CÉLULAS PAROQUIAIS DE EVANGELIZAÇÃO

APOIO À PREPARAÇÃO DA EDIFICAÇÃOIs 49,8-162ª Edificação

TEMA: VINDE!

OBJETIVO: SER CÉLULA CONSOLADDRA!

1. EXORTAÇÃO DO PASTOR2. OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO 3. ANEXO: DEIXAR-SE CONSOLAR – PAPA FRANCISCO

Como sempre, sugerimos uma leitura orante sobre esse texto de Isaías. Mas também e antes ouvir do padre Jonas Abib sua música Isaías 49:https://www.youtube.com/watch?v=R3RHQ2hhDCo

1. EXORTAÇÃO DO PASTOR

Is 49,8-162ª Edificação

Com 550 Missionários da Misericórdia, Papa Francisco contemplou a consoladora Misericórdia expressa em Isaías:

“Assim diz o Senhor: ‘No tempo da benevolência, eu te respondi,

no dia da salvação te ajudei, para dizeres aos presos:

Saí! ; e aos que estão em trevas:

Vinde à luz! ;porque aquele que tem misericórdia deles os guiará

e os levará às fontes das águas’”.

Ouçamos o Papa, sigamos Jesus, sejamos Missionários da

Misericórdia Consoladora!

2. OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO

Queres ser Missionário da Misericórdia? Não há chamado maior: pois esse o foi Jesus, enviado do Pai no Espírito!A 550 Missionários da Misericórdia, reunidos em evento do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Papa Francisco, em emblemática meditação sobre Is 49, deu-nos essenciais qualidades desse Missionário. É um texto muito rico e amplo, por isto dividimos a exortação do Papa em três Edificações semanais sucessivas. 1.JAMAIS ME ESQUECEREI DE TI!

2.VINDE ÀS ÁGUAS!

3.ESTÁS GRAVADO EM MINHAS MÃOS!

Na primeira, contemplarmos com o Papa o amor materno, incondicional e incomparável manifestado em Cristo; na segunda, experimentemos a providência salvadora do Messias, que nos purifica, dá força, sentido e consolo; e, na terceira, o Papa nos mergulha no tema do abandono, chamados que somos a levar a inalienável e íntima companhia nos doada em Cristo.Esta é a segunda Edificação, mas será certamente produtivo, a quem não o fez, tomar conhecimento da primeira.Que as lições de nosso Pastor Maior nos ajudem a transformar nossa Célula em Missionária da Misericórdia Consoladora!

Link do vídeo: https://drive.google.com/file/d/15SyeSOVpcxUi1DtdExbH0BSCLojwT4PX/view?usp=sharing

Is 49,8-16

2ª Edificação

Irmãos, utilizando Isaías 49, 8-16, do Livro da Consolação de Israel, Papa Francisco deixou maravilhosa catequese a 550 Missionários da Misericórdia. Depois de, na 1ª Edificação, o Papa nos iluminar o amor incondicional do Pai (v. 14-16), ele nos mergulha agora nos v. 8-10, onde destaca que a Misericórdia toma a inciativa de nos conduzir à Reconciliação, à Restauração e à Consolação. Escolham o mais conveniente para sua Célula:

a. O “PRIMEIRAR” DE DEUS NA RECONCILIAÇÃOb. O SENHOR CONDUZ À RESTAURAÇÃOc. O SENHOR CONDUZ À CONSOLAÇÃO

VINDE! “Assim diz o Senhor:

‘No tempo da benevolência, eu te respondi, no dia da salvação te ajudei,

para dizeres aos presos: Saí! ;

e aos que estão em trevas: Vinde à luz! ;

porque aquele que tem misericórdia deles os guiará e os levará às fontes das águas’”.

(Is 49,8a.9a.10b)

a. O “PRIMEIRAR” DE DEUS NA RECONCILIAÇÃO

Papa Francisco ama o neologismo "primeirar", que lhe recorda a flor da amendoeira, que precede a chegada da primavera. Vejamos Jr 1,11:

‘Veio a mim a palavra do SENHOR: “Que estás vendo, Jeremias?”

Respondi: “Vejo um ramo de amendoeira esperando brotar”’.

Diz o Papa:“Amo esse neologismo para expressar a dinâmica do primeiro ato com o qual Deus vem ao nosso encontro. O “primeirar” de Deus nunca pode ser esquecido ou dado como óbvio, caso contrário, o mistério da salvação realizado com o ato de reconciliação que Deus realiza através do mistério pascal de Jesus Cristo não é totalmente compreendido”.

A experiência da reconciliação encontra sua origem em Deus, o Pastor que, mal percebe a ovelha perdida, vai em sua busca até que a encontre (cf. Lc 14,21). Aqui, a bela expressão do profeta Isaías no versículo 8 adquire todo o seu significado:

"No tempo da benevolência, respondi-te,no dia da salvação te ajudei"

De fato, o Senhor sempre responde à voz daqueles que clamam a ele com coração sincero. Aqueles que se sentem abandonados podem experimentar que Deus os encontra. A parábola do filho pródigo, em Lc 15,20, relata que:

“Quando ainda estava longe, seu pai o viu,

teve compaixão e correu ao seu encontro”.E o pai se jogou no pescoço dele. Deus não está ocioso, a esperar pelo pecador: ele corre em direção a ele, porque a alegria de vê-lo voltar é grande demais; e Deus tem essa paixão de se alegrar, regozijar-se quando vê a vinda do pecador. Deus tem um "coração inquieto" até que encontre seu filho perdido.

Irmãos! Será que nos lembramos dos “primeirar” de Deus em nossa vida, que quando pensamos em voltar para casa era já ele que agia? Será que nos lembramos das vezes em que o Pai veio correndo e fez uma festa pelo nosso retorno? Sim, porque ele já esperava que escutássemos sua voz no nosso coração que nos fez cair em nós e querer voltar.Jamais esqueçamos essa “amazing grace” do Espírito, que nos abriu os olhos, a nós, seus amados filhos, que estávamos mortos e perdidos, a mendigar comida de porcos...

b. O SENHOR CONDUZ À RESTAURAÇÃO

Diz o papa: o versículo 10 nos ajuda a dar outro passo no mistério da reconciliação:

"Aquele que tem misericórdia deles os guiará e os levará às fontes das águas"

A misericórdia deve passar a guiar os passos do pecador que foi reconciliado. Deus liberta do medo, da angústia, da vergonha e da violência. Perdão é realmente uma forma de libertação que restaura a alegria e o sentido da vida. O clamor dos pobres que pedem ajuda corresponde ao grito do Senhor que promete a libertação dos presos, e no versículo 9 diz aos que estão nas trevas:

" Vinde à luz! "É um convite para sair da condição de pecado para retomar as vestes de filhos de Deus. Em suma, a misericórdia libertadora restaura a dignidade levando "às fontes das águas" (v.10). Isso significa que o perdão e a misericórdia nos permitem olhar para a vida com confiança e comprometimento. É como dizer que a misericórdia abre para a esperança, cria a esperança e se nutre de esperança. A esperança também é realista, é concreta. Diz: "Vá em frente, vá, vá". - "E se algo acontecer?" – “Você volta, não há problema. O Senhor está sempre esperando por você”.

c.O SENHOR CONDUZ À CONSOLAÇÃO

Mas não há só perdão e paz, há também o consolo. Santo Inácio escreve:

"O consolo interno [...] afasta toda perturbação e atrai a todos para o amor do Senhor. Este consolo ilumina alguns, outros descobrem muitos segredos. Finalmente, com isso todas as dores são prazeres, todo o resto funciona. Para aqueles que andam com este fervor, com este ardor e esta consolação interior,

não há um fardo tão grande que não pareça leve, nem penitência nem uma dor tão grande que não seja muito doce. Esta consolação revela-nos o caminho que devemos seguir e o que devemos evitar - repito: esta consolação revela-nos o caminho que devemos percorrer e o caminho de onde devemos fugir. Nós devemos aprender a viver em consolo -. Ele - continua Inácio - nem sempre está em nosso poder; ele vem em determinados momentos determinados segundo o plano de Deus, e tudo isso para nosso benefício”. (Carta a Ir. Teresa Rejadell)

Diz o papa: “É bom pensar que precisamente o sacramento da Reconciliação pode tornar-se um momento favorável para fazer sentir e crescer a consolação interior, que anima o caminho do cristão. E quero dizer isto: nós, com a “espiritualidade das queixas”, corremos o risco de perder o sentido da consolação. Até de perder aquele oxigênio, que é viver em consolação. Às vezes é intensa, mas há sempre uma consolação mínima, que é concedida a todos: a paz. A paz é o primeiro grau de consolação. Não podemos perdê-la, porque é precisamente o oxigênio puro, sem poluição, da nossa relação com Deus. A consolação. Da mais alta à mais baixa, que é a paz”.

Irmãos! A grande consolação vem do Espírito Santo, que nos reconcilia no amor do Pai e nos leva à comunhão com os irmãos em Cristo. O Espírito Santo se torna o “manancial” de paz, esperança, consolação, amor – e alegria! “Gozemos sempre de suas consolações!”Que Maria, Mãe de Consolação, que cuida de nós com extremo cuidado, nos ilumine o coração para praticarmos o que Papa Francisco nos exorta.

Sejamos Célula da Misericórdia Consoladora de Jesus Cristo!

APLICAÇÕES – (sugestão, entre muitas possíveis)

1. Partilhem os “primeirar”, as iniciativas de Deus em suas Vidas.

2. Partilhem testemunhos de restaurações feitas por Deus.3. Partilhem consolações, confortos e ânimos que a fé lhes

trouxe.

COLETA - (sugestão – não se prenda a ela, ouça o Espírito!)

Pode ser oração espontânea que resuma as graças que o Espírito suscitou. Ou orarem:

Senhor, fazei-nos Célula Missionária de Misericórdia, onde aconteça vosso “primeirar”, vossa Iniciativa que Restaura e Consola o irmão e o conduz à Comunhão de vossa família.

EXERCÍCIO PARA A SEMANA - (não se prenda a ele, ouça o Espírito!)

Elevar preces a Maria, baseadas em Isaías 49, 8-16. Por ex:

Maria, minha Mãe! Grava em meu coração tua maternidade!

Mãe da Consolação! Dá-me a consolação de me sentir criancinha em teu regaço!

Mãe! Fazei-me fazei-me preparar o “primeirar” de vosso Filho!

Essa Edificação se baseia na fala do Papa, acessível no site do Vaticano:http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2018/april/documents/papa-francesco_20180410_missionari-misericordia.html

C - ANEXO

DEIXAR-SE CONSOLARPapa Francisco - MEDITAÇÃO DA MANHÃ NA CAPELA DO DOMUS SANCTAE MARTHAE - Segunda-feira, 11 dezembro 2017

(grifos deste redator)

“Ligado como é ao ‘negativo’, às ‘feridas do pecado’ que carrega dentro de si, o homem muitas vezes resiste, mesmo que esteja só, a ‘deixar-se consolar’ por Deus.

Ao invés, a Igreja, neste tempo de Advento, convida a todos para reagirem, a levantar-se de seus erros e ter ‘coragem’ porque Jesus vem, e vem precisamente para trazer ‘consolação’.

Esta reflexão do Papa é sobre a passagem do profeta Isaías (35,1-10) em que, "de uma maneira um pouco 'bucólica', se antecipa à parte dedicada à ‘consolação de Israel’ (cap. 40-55), ao Senhor que ‘promete a consolação, e faz com que retorne do exílio, onde há tristeza, a escravidão...’“.

E sobre o fato de que "o Senhor veio para nos consolar," ele sugeriu, por exemplo, repensar "a manhã

da ressurreição na história de Lucas, quando Jesus apareceu aos Apóstolos:" Mas era tanta alegria - diz o Evangelho - que eles não podiam acreditar "a alegria impedia de acreditar". Assim, ele disse, "muitas vezes, a consolação do Senhor nos parece uma maravilha, algo que não é real".

No entanto, observou ele, "não é fácil ser consolado; é mais fácil consolar os outros do que ser consolado ". De fato, "muitas vezes, estamos apegados ao negativo, somos apegados à ferida do pecado dentro de nós e, muitas vezes, há uma preferência em permanecer lá, sozinhos. Como o paralítico do Evangelho que permaneceu na cama. Em certas situações, a palavra de Jesus é sempre: ‘Levante-se!”". No entanto, nós, Francisco sublinhou, "estamos com medo". Além disso, acrescentou, "somos donos no negativo, porque temos a ferida interna, o negativo, o pecado; ao invés, no positivo somos mendicantes e não gostamos de implorar, de mendigar a consolação”.

A este respeito, o pontífice trouxe dois exemplos de situações em que o homem prefere "não ser consolado".

Primeiro de tudo, há "a atitude de ressentimento". Isto é, quando "nossa preferência é por ressentimento, rancor", e nós "cozinhamos nossos sentimentos naquela sopa, o caldo de ressentimento". Nessas situações, o homem tem ‘um coração amargo’, como se dissesse: ‘Meu tesouro é a minha amargura: estou aqui, com a minha amargura’. Um exemplo é encontrado no episódio evangélico do paralítico no tanque de Betzatá: trinta e oito anos ali, com sua amargura, e sempre explicando: ‘Mas não é culpa minha, porque quando se movem as águas ninguém me ajuda’. Ele sempre raciocinou ‘em

negativo’”. O Papa comentou: "Para esses corações amargos, a amargura é mais bonita do que doce. Amargura como explicação».

Da mesma forma, muitas pessoas preferem essa "raiz amarga" que "nos leva com a memória ao pecado original, o pecado que nos feriu". E este é um modo de "não se deixar ser consolado". Nós preferimos dizer: ‘Não, não, não perturbe, me deixe aqui’. Derrotado".

Depois, há a atitude das "lamentações". Homem e mulher "que sempre reclamam; em vez de louvar a Deus, eles se queixam diante de Deus. E as queixas são a música que acompanha aquela vida ". E ele também lembrou a história bíblica do profeta Jonas, "o Prêmio Nobel das lamentações". Jonas, na verdade, "fugiu de Deus porque se lamentava de que Deus lhe faria algum mal e se foi, e depois se afogou, o peixe o engoliu. E então ele voltou para a missão e a fez, e ao invés de se alegrar com a conversão, o amargo vem e reclama: ‘Eu sabia que você era assim e sempre salvava as pessoas ...’, e reclama porque Deus salva pessoas". Porque, acrescentou, "mesmo nas lamentações, somos contraditórios".

Uma atitude que o Papa também encontrou no homem contemporâneo: "Vivemos muitas vezes respirando lamentações, estamos produzindo queixas e podemos discriminar tantas pessoas que reclamam".

Para reafirmar, o papa tomou Isaías: "’Coragem! Coragem, não tenha medo, fortaleça suas mãos fracas’: as mãos estão fracas, fortaleça-as, coragem. ‘Faça firmes os joelhos vacilantes’: coragem, para a frente, joelhos vacilantes... sim, mas para a frente, coragem.

‘Diga aos perdidos de coração - aqueles que têm rancor, que vivem de reclamações -: Eis o seu Deus que vem para salvá-lo’".A da liturgia de hoje, disse o Papa, "é uma mensagem tão bela e tão positiva: deixemo-nos consolar pelo Senhor”. Mesmo que não seja fácil, ‘porque para se permitir ser consolado pelo Senhor’ é necessário ‘nos despir do nosso egoísmo, daquelas coisas que são o nosso tesouro, tanto a amargura quanto as queixas e muitas coisas’. Por isso, acrescentou, nos fará bem hoje, cada um de nós, fazer um exame de consciência: como está meu coração? Eu tenho alguma amargura lá? Eu tenho alguma tristeza? E pergunte: ‘Como está minha língua? É de louvor a Deus, de beleza ou sempre de queixas?’ E então peça ao Senhor a graça da coragem, porque na coragem ele vem nos consolar".