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DESENHO TÉCNICO Prof. Luis H. Wolk O que é desenho técnico? O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizada por profissionais de uma mesma área, como, por exemplo, na área ambiental, na civil, na mecânica, na eletricidade. O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim todos os elementos do desenho técnico obedecem às normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com as normas específicas. Observe alguns exemplos: 1

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DESENHO TÉCNICO Prof. Luis H. Wolk

O que é desenho técnico?

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizada por profissionais de uma mesma área, como, por exemplo, na área ambiental, na civil, na mecânica, na eletricidade.

O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim todos os elementos do desenho técnico obedecem às normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com as normas específicas. Observe alguns exemplos:

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Padronização

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.

No Brasil as normas técnicas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas técnicas – ABNT, fundada em 1940. As normas técnicas que regulam o desenho são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras – NBR e estão de acordo com as normas internacionais ISO (International Organization for Standardization).

A execução de desenho técnico é inteiramente normalizada ABNT. Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica.

Por que padronizar?

Economia Rapidez Qualidade Segurança

NORMAR BÁSICAS PARA EXECUÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS

CÓDIGO TÍTULONBR 8196 Emprego de escalas em desenho técnicoNBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnicoNBR 8403 Aplicação de linhas em desenho – Tipos de Linha – Largura das linhasNBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnicoNBR 10068 Folha de desenho – Leiaute e dimensões NBR 10582 Apresentação de folhas em desenho técnico

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IDENTIFICAÇÃO DE NORMA DA ABNT

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Código da Norma

Data de Referência: para normas com mesmo código,

mais recente é que será válida

Título

Tipo da Norma Padronização Procedimento Terminologia

Origem Normas e/ou trabalhos

que deram origem à norma

Palavra-chave Para localização de normas por

assunto

Número de Páginas

Corpo da Norma

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Folhas de desenho – Leiaute e dimensões (NBR 10068)

Formatos PadronizadosDesignação Dimensões

A0 841 X 1189A1 594 X 841A2 420 X 594A3 295 X 420A4 210 X 297

Largura das linhas e Margens

FormatoMargem Largura da linha

(Conforme NBR 8403)Esquerda Direita, Inferior e Superior

A0 25 10 1,4A1 25 10 1,0A2 25 7 0,7A3 25 7 0,5A4 25 7 0,5

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Apresentação da folha para desenho – Legenda e lista de itens (NBR10067, NBR 10582 e NBR 13272)

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Caligrafia técnica (NBR 8402)

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Proporção e dimensão de símbolos gráficosCaracterística Relação Dimensões (mm)Altura de letra Maiúscula h

(10/10) h

2,5 3,5 5 7 10 14 20

Altura das letras minúsculas c

(7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14

Distância mínima entre caracteres a

(2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4

Distância mínima entre linhas de base b

(14/10) h

3,5 5 7 10 14 20 28

Distância mínima entre palavras e

(6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12

Largura da linha d

(1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

Aplicação de linhas em desenho – Tipos e Larguras das linhas (NBR 8403)

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Denominação Linha Aplicação Largura (mm)Contínua larga Arestas e contornos

visíveis0,5 a 0,6

Contínua estreita Chama de cota e hachuras

0,15 a 0,2

Tracejada estreita Arestas e contornos não visíveis

0,3 a 0,4

Traço ponto Linha de centro e simetria

0,15 a 0,2

Escalas – Redução e Ampliação (NBR 8196)

Escala é a relação entre duas dimensões. A escala a ser escolhida para um desenho técnico depende da complexidade de um objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Independentemente do caso, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto em questão são parâmetros para a escolha do tamanho da folha de desenho.

E= MD/MO

Onde: E – Escala; MD – Medida de desenho; Mo – Medida do objeto

Portanto:

E = 1 – Escala natural; E < 1 - Escala de Redução; E > 1 – Escala de redução

Identificação de escalaRedução Natural Ampliação

1:2 1:1 2:11:5 5:1

1:10 10:1

Exemplos:

Redução

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Desenho em tamanho real Desenho em redução 1:2

Escala 1:1

Escala 1:2

Ampliação

Desenho em tamanho real Desenho em ampliação 5:1

Escala 1:1

Escala 5:1

Desenhando Perspectiva Isométrica

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O problema fundamental do desenho é representar um objeto tridimensional em um plano. Então como fazer isso? Através da perspectiva. É importante saber que existem diferentes tipos de perspectiva, porém iremos aprender e utilizar somente a perspectiva isométrica.

O desenho de perspectiva isométrica é baseado em um sistema de três semi-retas que tem o mesmo ponto de origem e forma entre si um ângulo de 120°. Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos. Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico.

Exercício: Dadas a figuras abaixo desenhar a perspectiva isométrica

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Projeção Ortogonal

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Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica de um modelo feito em um plano.

Supõe-se que uma superfície de um objeto seja colocada paralelamente a um plano posterior a ela, imagine-se agora, que a figura seja iluminada por uma fonte luminosa colocada à distância infinita e perpendicular ao plano; conseqüentemente, os raios que provem da fonte luminosa são paralelos entre si ao mesmo tempo perpendiculares ao pano de projeção, eles produzirão no plano uma imagem com o mesmo contorno e a mesma grandeza do objeto, chamada projeção ortogonal.

A partir da perspectiva é possível executar desenhos na projeção ortogonal dividindo o desenho por planos de referência.

Para entender como é feita uma projeção é necessário conhecer os seguintes elementos:

O Observador (ou Centro de Projeção) O Modelo (Ou objeto) E o Plano de Projeção

Para cada face de referência projetada no plano é dada um nome diferente que são:

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Vista Frontal

Vista Superior

Vista Lateral Esquerda

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Na figura abaixo o objeto é representado por um dado, observem que a linha projetante é perpendicular ao plano de projeção, essa projeções são chamadas vistas como vimos anteriormente.

Quando se tem uma projeção ortogonal de um objeto, o objeto não é mais necessário e assim é possível rebater os planos de projeção.

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Com o rebatimento os planos de projeção que estavam ligados perpendicularmente entre si, aparecem em um único plano de projeção. Pode-se ver o rebatimento dos planos de projeção, imaginando-se os planos de projeção ligados por dobradiças conforme a seguir.

Agora imagine que o plano da vista frontal fica fixo que os outros dois planos giram para baixo e para a direita, conforme a seguir.

Na prática as vistas do objeto aparecem sem os planos de projeção. As linhas projetantes auxiliares indicam a relação entre as vistas do desenho técnico.

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Observação: as linhas auxiliares não aparecem no desenho técnico do objeto, são apenas linhas imaginárias que auxiliam o estudo na teoria da projeção ortogonal.

Neste outro exemplo dispondo as vistas alinhadas entre si, tem-se as projeções da peça formadas pela vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda.

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Exercício: Dadas a figuras abaixo desenhar as projeções ortogonais.

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Planta Baixa

A planta baixa é a representação gráfica onde são indicadas as dimensões horizontais. Consideramos para efeito de desenho uma vista ortográfica seccional do tipo corte, que se encontra entre 1,2 a 1,6m de altura do piso, e o sentido de observação é sempre em direção ao piso, em outras palavras sempre à vista superior.

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Qualquer construção projetada em um único piso terá a necessidade obvia de uma única planta baixa, que será denominada simplesmente “planta baixa”. Em construções projetadas em vários pavimentos, será necessária uma planta baixa para cada pavimento distinto. Vários pavimentos iguais terão como representação uma única planta baixa, que neste caso será chamada de “planta baixa do pavimento tipo”.

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Quanto aos demais pavimentos, o título de planta recebe o nome do respectivo piso. Exemplo: Planta baixa do 1º pavimento; planta baixa do sub-solo; planta baixa do pavimento cobertura. Observação utiliza-se as denominações “pisos” ou “pavimentos” e não andar.

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Mapa de Risco

Mapa de risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre uma planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar riscos a saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças do trabalho.

Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos de espaços de trabalho), e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamentos, etc).

Para que serve o mapa de risco?

Serve para conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização de riscos existentes na empresa.

Reunir informação necessária para estabelecer o diagnóstico da situação de saúde e segurança de empresa.

Possibilitar a troca e divulgação de informação entre os trabalhadores, bem como estimular a participação nas atividades de prevenção.

Como são elaborados os mapas

Através da identificação e riscos do local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais.

Elaboração do mapa de risco sobre a planta baixa da empresa, indicando através de círculos:

o O grupo a que pertence o risco de acordo com a cor padronizada

o A especificação do agente (exemplo: químico) que deve ser anotada ao lado do circulo

o A intensidade do risco deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

o Os mapas de risco devem ser fixados em locais de fácil acesso para todos os trabalhadores

Para facilitar a visualização no mapa de risco, são utilizadas cinco cores para representar os riscos e três tamanhos de círculos para representar a gravidade dos riscos.

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Simbologia de Cores:

No mapa de risco, os riscos ao representados e indicados por

círculos de três tamanhos diferentes

Risco Químico Leve

Risco Ergonômico

Leve

Risco Químico Médio

Risco Ergonômico

Médio

Risco Químico Grande

Risco Ergonômico

Grande

Risco Biológico Leve

Risco Físico Leve

Risco de Acidentes Leve

Risco Biológico Médio

Risco Físico Médio

Risco de Acidentes

Médio

Risco Biológico Grande

Risco Físico Grande

Risco de Acidentes

Grande

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