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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC :
CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC
E FAPESPA
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período: Setembro / 2015 a Fevereiro / 2016(X) PARCIAL() FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETOTítulo do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho ): Redes
Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais
Nome do Orientador: Denise Machado Cardoso
Titulação do Orientador: Doutora
Faculdade: Faculdade de Ciências Sociais
Instituto/Núcleo: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Laboratório: Laboratório de Antropologia
Título do Plano de Trabalho: A relação entre docente e discente e suas extensões
nas redes sociais online
Nome do Bolsista: Lorena Tamyres Trindade da Costa
Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/ CNPq
( ) PIBIC/CNPq – AF
( )PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador
( ) PIBIC/UFPA
( ) PIBIC/UFPA – AF
( ) PIBIC/ INTERIOR
( )PIBIC/PARD
( ) PIBIC/PADRC
(X) PIBIC/FAPESPA
( ) PIBIC/ PIAD
( ) PIBIC/PIBIT
RESUMO DO RELATÓRIO ANTERIOR (Alunos com bolsa renovada). No relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização
do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior
abrangência dos problemas de pesquisa, que existe uma preocupação com a
imagem que será passada pelo perfil de Facebook e os conteúdos lá
compartilhados. Para isso, são elaborados filtros, que determinam o que deve e o
que não deve ser postado, a fim de diminuir possíveis “desgastes” dessa imagem,
seja de aluno, ou de professor. Além disso, constatamos nossa hipótese inicial: que
a imagem construída no Facebook influencia a relação estabelecida fora da internet,
na sala de aula, o que não obrigatoriamente significa que o uso de mídias sociais
modifique a didática dos professores. A pessoalização oferecida pelo Facebook
permite que docentes e discentes compartilhem informações (mesmo que não
acadêmicas) e se tornem mais próximos, mesmo que somente através da internet.
Logo, quando se encontram em sala de aula, se sentem mais confortáveis para
estabelecer o diálogo e a troca de conhecimento, promovendo um melhor
relacionamento entre a classe.
INTRODUÇÃO:Este trabalho vem sendo realizado desde o segundo semestre de 2013, no
âmbito do projeto de pesquisa Redes Sociais e Formação Docente em Ciências
Sociais, coordenado pela professora Denise Machado Cardoso, que busca estudar
o uso de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação pelos docentes e
discentes do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. O projeto
tem como objetivo principal a investigação e discussões acerca das contribuições
das NTIC para a formação de docentes das áreas de Ciências Sociais.
Desde então, coube a mim investigar mais especificamente a utilização da
rede social online Facebook pelos docentes e discentes e analisar suas influências
no processo de ensino e aprendizagem, além de observar o que muda na relação
estabelecida entre eles e como estes administram seus “papéis” na sala de aula e
nos ambientes virtuais de sociabilidade, levando em consideração que estes são
extensões da vida offline.
Com o avanço nas tecnologias da informação e comunicação (TIC's) e sua
crescente influência em nosso cotidiano, uma das atividades que têm se adaptado a
essas modificações é a educação. Cada vez mais, com o advento da cibercultura,
definida por Pierre Lévy (1999, p.17) como “o conjunto de técnicas (materiais e
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” é necessário que
professores e alunos atualizem suas práticas de ensino e aprendizagem. Ainda em
sua obra Cibercultura, Lévy (1999, p. 172) questiona e apresenta um caminho para
uma melhor adaptação das práticas pedagógicas às constantes mudanças trazidas
com o rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC’s):
Como manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses novos
processos de transação de conhecimento? Não se trata aqui de usar as tecnologias
a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma
mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as
mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e sobretudo os
papéis de professor e de aluno.
Segundo Cardoso et al. (2012, p.1) “A educação escolar necessita de uma
contínua renovação de métodos e linguagens na medida em que os antigos não
mais atingem os alvos pretendidos por forças externas ou pela própria mudança
conferida ao receptor da mensagem, o aluno”, por isso, as redes sociais online,
como o Facebook, têm se mostrado como potenciais ferramentas educacionais e
cada vez mais utilizadas por professores desde o ensino fundamental, até o nível
superior com o objetivo de aumentar a participação dos alunos e torná-la mais
próxima, ativa e participativa (PATRÍCIO; GONÇALVES, 2010).
Com a inserção dessas mídias sociais no cotidiano do ambiente escolar,
ocorre também, uma modificação na relação estabelecida entre docente e discente,
pois agora, ela ultrapassa os limites da sala de aula e dos ambientes formais de
educação. Dessa forma, não só a rotina do ambiente escolar é alterada, mas se
transformam também, os papéis de cada um. Segundo FERREIRA, CORRÊA &
TORRES, 2012, é necessário:[…]ir além do trabalho docente em sala de aula, é preciso que a mediação
efetiva seja incluída nas relações professor-aluno, uma mediação da
eficiência e não somente da eficácia do uso das técnicas ou possibilidades
que as tecnologias podem proporcionar como agregadoras de novos
conhecimentos, ou seja, requer-se interatividade.
O avanço das tecnologias da informação e comunicação proporciona um
rápido compartilhamento de informações e maior interação e proximidade entre os
membros da comunidade acadêmica, o que modifica a dinâmica posta
anteriormente, em que o docente detinha todo o conhecimento e sua função era de
transmitir informações para os estudantes. Agora, ambos estão postos em uma
linha horizontal e crescente, de “aprendizagem cooperativa” (LÉVY, 1999, p. 171);
de troca e compartilhamento de saberes e experiências. O papel do professor como
profissional é de incentivar a aprendizagem e o pensamento, ou como define Pierre
Lévy, o docente se torna um “animador da inteligência coletiva” (LÉVY, 1999, p.
171).
Nesse sentido, levando em conta as observações feitas no percurso da
pesquisa, que teve início em agosto de 2013, se fez necessário observar como o
uso dessas mídias sociais como “redes educativas” (SANTOS, 2011) influencia a
relação entre docentes e discentes do curso de Ciências Sociais da Universidade
Federal do Pará (UFPA) e quais as consequências para o processo de ensino –
aprendizagem e para a formação dos estudantes e futuros professores.
Os questionamentos levantados pela pesquisa se fazem relevantes pois
trata-se de um processo ainda em desenvolvimento: docentes, em sua maioria, com
mais de 10 anos de carreira, tendo de se atualizarem para uma nova dinâmica de
trabalho, enquanto formam futuros professores que vivenciarão uma realidade ainda
mais avançada no que diz respeito às novas tecnologias da informação e
comunicação (NTIC). Dessa forma, ainda temos um campo de estudos incipiente,
pois grande parte dos estudos que tratam dos usos das mídias sociais para a
educação ainda são voltados para a educação à distância (EAD). Menos ainda, são
os estudos realizados voltados para a realidade da UFPA. Dessa forma, a partir dos
dados apresentados pela pesquisa, é possível elaborar e repensar políticas de
inclusão digital e melhor aproveitamento das TIC’s pela comunidade acadêmica da
Universidade, dentro e fora do campus, contemplando ações de ensino, pesquisa e
extensão.
Os resultados da pesquisa tiveram reflexos para além do campus da UFPA,
proporcionando experiências de grande contribuição para o desenvolvimento do
trabalho. Isso reafirma a importância da discussão sobre o relacionamento
estabelecido entre professores e alunos, suas extensões e como isso reflete no
processo de ensino e aprendizagem.
No período que compreende o primeiro ano da pesquisa (2013/2014),
tivemos artigos aprovados para apresentação oral em três grandes eventos
internacionais que tratam do tema das novas tecnologias, internet e seus reflexos
sociais. Foram eles: Congresso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación
y Educación 2014, Buenos Aires, Argentina; XVIII ISA World Congress of Sociology
2014, Yokohama, Japão; The Learner Conference 2015, Nova York, EUA.
Em setembro de 2014, o relatório final do ciclo 2013 – 2014 foi premiado
como Destaque da Iniciação Científica – UFPA – 2014. Em decorrência do prêmio,
fui selecionada para o programa de estágios de verão da Universidade Federal do
Pará. O estágio foi realizado durante o mês de março, no Núcleo de Antropologia
Urbana da Universidade de São Paulo – NAU – USP, sob orientação do professor
José Guilherme Cantor Magnani.
Nos anos de 2014 e 2015, participei do XXV e XXVI Seminário de Iniciação
Científica – UFPA, respectivamente, onde apresentei os artigos correspondentes ao
meu plano de trabalho dentro do projeto Redes Sociais e Formação Docente em
Ciências Sociais.
Entre os dias 4 a 6 de novembro de 2014, dentro da programação do I
Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, ministrei a oficina
“Netnografia em pesquisa social: Imagens, Prints, GIF's e Memes”. Além de
ministrar a oficina, também fui parte da comissão organizadora do mesmo.
Nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2015, participei do V Fórum da Internet no
Brasil, em Salvador – BA, graças ao auxílio participação ofertado pela organização
do evento.
O trabalho intitulado “Professores e Alunos Online: A Relação Entre Docente
e Discentes e Suas Extensões nas Redes Sociais Online” foi selecionado para a
Jornada Nacional de Iniciação Científica, parte da programação da 67° Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada de 12 a 18 de
julho de 2015, na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.
JUSTIFICATIVA:
Neste relatório parcial buscamos apresentar os resultados obtidos, porém, de
forma conclusiva, pois no período que compreende este relatório, o plano de
trabalho que coube a mim chegou ao seu produto final: meu trabalho de conclusão
de curso. Desta forma, vamos apresentar os resultados obtidos, de forma sucinta,
buscando também apresentar os objetivos alcançados durante todo o percurso da
pesquisa.
É importante ressaltar que os dados apresentados em nossa pesquisa
colaboram para a expansão das pesquisas sobre Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC’s) e Redes Sociais para a educação no ensino superior,
principalmente, no campo da antropologia. É possível também elaborar e repensar
políticas de inclusão digital e melhor aproveitamento das TIC’s pela comunidade
acadêmica da Universidade Federal do Pará (UFPA), dentro e fora do campus,
contemplando ações de ensino, pesquisa e extensão.
OBJETIVOS:
O objetivo principal do projeto é a investigação e discussões acerca das
contribuições das NTIC para a formação de docentes das áreas de Ciências
Sociais. Neste plano de trabalho pretendemos analisar as influências da utilização
de mídias sociais por docentes e discentes e seus reflexos no processo de ensino e
aprendizagem.
Partimos do pressuposto que a relação entre professores e alunos vai além
da sala de aula e que as redes sociais online têm assumido o papel de extensão
dessas relações. Os espaços de sociabilidade online ampliam o relacionamento
entre eles, facilitando a troca de informações e saberes entre docente e discentes.
Por esses motivos, com este estudo pretendemos identificar a influência da
utilização do Facebook como ferramenta educativa no curso de Ciências Sociais,
como interfere na relação entre professores e alunos e quais os reflexos disso no
processo de ensino e aprendizagem.
Nas etapas anteriores da pesquisa, foi possível constatar a utilização de
mídias sociais por professores e alunos de Ciências Sociais para fins educativos.
Percebemos também a influência que a utilização das novas tecnologias da
informação e comunicação (TIC's) têm sobre o ambiente escolar. Além disso é
possível identificar que a percepção que os alunos têm de seus professores é
modificada de acordo com a auto revelação que estes fazem em seus perfis e a
interação que estabelecem com seus alunos via internet.
Nos últimos seis meses, buscamos analisar principalmente como a auto
revelação de professores e alunos interfere na relação estabelecida entre eles e de
que forma os docentes lidam com a manipulação e exposição de suas identidades,
seja na sala de aula ou em ambientes virtuais de sociabilidade.
MATERIAIS E MÉTODOS:
A metodologia da pesquisa se desenvolveu em três momentos: levantamento
de documentação indireta e de dados sobre o uso de tecnologias educacionais
(LAKATOS, MARCONI, 2002), netnografia (KOZINETS, 2010) e entrevistas.
O levantamento bibliográfico teve início no segundo semestre de 2013 e vem sido
periodicamente atualizado desde então, buscando trabalhos dos campos da
comunicação, educação e ciências sociais, que abordem a questão do uso de NTIC
e de redes sociais online com finalidades educativas. Foi possível perceber que
ainda se trata de um campo de pesquisa recente e que são escassas as pesquisas
que tratam especificamente do uso de mídias sociais no ensino superior. A maior
parte das pesquisas aborda o uso das ferramentas da internet em educação
relacionado à EAD (Educação à Distância). Após a atualização do levantamento
bibliográfico no primeiro semestre deste ano, pudemos perceber um considerável
aumento da produção acadêmica nesse campo de estudo, o que vem a colaborar
com o desenvolvimento de nossa pesquisa ao oferecer maior arcabouço teórico
para nossa discussão.
Grande parte da bibliografia utilizada na pesquisa ainda é de pesquisadores
de fora do Brasil, que por enquanto, estão à frente no que diz respeito a pesquisa de
redes sociais e cibercultura e suas aplicações em educação. Um pequeno número
de pesquisadores brasileiros trata do tema, porém, quase sempre usando como
referência os autores de fora. Por isso, optei por usar estas obras de referência mais
utilizadas e que se aplicam diretamente ao tema.
A coleta de dados em ambientes virtuais foi realizada através de
netnografias. Utilizo na pesquisa a noção de netnografia desenvolvida por Kozinetz
(2010), de que a “netnografia é etnografia conectada pela tecnologia, ou pela
internet. A netnografia é a etnografia adaptada às complexidades de nosso mundo
social contemporâneo, mediado pela tecnologia”. Ou seja, é uma adaptação do
método etnográfico tradicional, porém, desenvolvido em espaços virtuais de
sociabilidade.
Utilizo a netnografia desde o primeiro ano da pesquisa. A técnica funciona
como uma forma de acompanhamento da utilização do Facebook pelos professores
e alunos. Estou inserida nos grupos relacionados ao curso de ciências sociais e
periodicamente coleto postagens nos grupos e as utilizo como dados
complementares das entrevistas presenciais.
A coleta de dados no Facebook foi a etapa foi a mais longa, sendo
desenvolvida entre o segundo semestre de 2013 ao primeiro semestre de 2015. Por
se tratar da coleta de dados “virtuais”, o fluxo de informação é contínuo. Dessa
forma, quase que diariamente foi necessário visitar os grupos e perfis de
professores do curso de Ciências Sociais para acompanhar quais discussões
estavam acontecendo, qual o teor das postagens, quem participava delas, e
dependendo da relevância, salvar as postagens em imagens.
As netnografias não consistiram somente em coletas de postagens e
discussões nos grupos e perfis, mas também foi realizada o que podemos chamar
de uma triagem a partir da observação dos professores e alunos que mais utilizam
Facebook. A partir dessa triagem, pudemos construir uma listagem de quais
professores utilizavam redes sociais e ainda, de que forma usufruíam de seus perfis.
Após a triagem, foi iniciada a primeira parte da etapa de entrevistas. Estas foram
realizadas com os professores através do Facebook, entre dezembro de 2013 e
abril de 2014. Escolhemos entrevistá-los “virtualmente” pois assim saberíamos quais
professores utilizam o Facebook para conversar com seus alunos, quais são os
mais receptivos, com que frequência utilizam, etc.
Após identificarmos quais professores utilizavam Facebook, enviamos um
pequeno questionário com 5 perguntas, através de mensagem “ inbox”1. Foram elas:
1 Mensagem enviada para a caixa de entrada do perfil pessoal do usuário de Facebook.
1) Idade; 2) Há quanto tempo é docente?; 3) Quais mídias sociais utiliza e há quanto
tempo?; 4) Qual mídia social mais utiliza?; 5) Utiliza mídias sociais como ferramenta
educacional ou simplesmente de contato com os alunos?
A partir dos resultados obtidos com o questionário, foi possível identificar os
professores usuários de Facebook, e o quanto cada um utiliza. A partir daí, partimos
para a terceira fase da coleta de dados: as entrevistas com alunos e professores
usuários de Facebook. Estas foram realizadas entre maio de 2014 e abril de 2015.
As entrevistas presenciais foram realizadas a partir de roteiros semiestruturados
previamente elaborado. Nos casos em que alunos e professores optaram por serem
entrevistados via internet, as perguntas foram enviadas via plataforma de
formulários do Google.
Buscando atender à questões éticas da pesquisa, os professores e alunos
entrevistados serão anonimizados, sendo chamados por “Estudante” ou “Professor”
seguido de um número. As imagens das postagens nos grupos de Facebook foram
utilizadas na pesquisa com autorização dos docentes e levando em consideração as
configurações de privacidade oferecidas aos usuários pelo Facebook, que permite
que as postagens fiquem em modo público, ou seja, todos podem visualizar.
Além das entrevistas e coleta de dados online, houve também a observação
participante, pois sou aluna do curso de Ciências Sociais. Esta foi de grande
utilidade para a pesquisa, pois em conversas em sala de aula, com colegas de
curso e professores; ou também relatos fora do ambiente da universidade, com
outros alunos de Ciências Sociais, obtive informações relevantes para a pesquisa.
RESULTADOS: Durante o período que compreende os meses de agosto e dezembro de
2015, as atividades do plano de trabalho convergiram para a conclusão da pesquisa
e elaboração de meu trabalho de conclusão de curso, produto final desta pesquisa.
O uso de Facebook pelos docentes de Ciências SociaisDos 58 professores da Faculdade de Ciências Sociais - UFPA, 36 têm perfil
de usuário na mídia social Facebook. Todos eles foram contatados para
participação na pesquisa. Destes, 12 colaboraram com a pesquisa em pelo menos
uma das etapas (seja nas entrevistas presencias ou nas realizadas através do
Facebook).
Segundo dados de Cardoso et al. (2012), 56% dos professores do curso de
Ciências Sociais possui três ou mais computadores em casa, e o tempo de uso de
internet é crescente em relação ao número de computadores em domicílio. De
acordo com a pesquisa, também realizada pelo projeto Redes Sociais e Formação
Docente em Ciências Sociais, 74% dos professores passam no mínimo 1 hora por
dia na internet. A partir da mesma pesquisa constatamos que:
[…] a grande maioria (92%) dos professores utiliza alguma tecnologia da
informação e comunicação em sala de aula. A tabela também mostra que
todos os professores que têm conta em rede social utilizam esses recursos
em sala de aula. E a rede de maior preferência é o Facebook com 52% de
adesão. (CARDOSO et al., 2012, p. 45).
A maior parte dos professores entrevistados afirmam não utilizar o Facebook
como rede social educativa, assim como dizem adicionar alunos como “amigos” no
Facebook. Assim, compartilham informações, textos, discussões, entre outros
conteúdos, direta ou indiretamente com seus alunos. Ou seja, se apropriam desses
espaços de sociabilidade os tornam espaços de educação não formais.
Uso de Facebook no curso de Ciências Sociais pelo ponto de vista dos alunosForam entrevistados 21 alunos, a partir de questionário semiestruturado. As
entrevistas foram realizadas entre maio e julho de 2014, no bloco de aulas A –
Básico ou por questionários virtuais enviados aos alunos por mensagem inbox no
Facebook. A maior parte dos alunos participantes da pesquisa são mulheres, 12 no
total, contra 9 do sexo masculino. Em relação à idade, todos têm entre 17 e 38
anos, ou seja, fazem parte do maior grupo etário entre os usuários do Facebook.
Todos os alunos entrevistados relatam que os professores usuários de
Facebook adicionam alunos como amigos e compartilham com frequência
informações relacionadas às disciplinas ministradas e outros temas afins. Mas o uso
de mídias sociais não é visto pelos alunos como algo imprescindível para o ensino.
Pois, segundo eles, não beneficia o uso de mídias sociais se a didática do professor
não é boa.
Auto revelação e a influência do Facebook na relação entre docente e discentes
Durante o percurso da pesquisa foi possível comprovar uma de nossas
hipóteses iniciais, embasados no que J. P. Mazer et al. (2009) diz acerca da auto
revelação – em tradução livre do conceito – dos professores para com seus alunos
e como isso influência no relacionamento estabelecido entre eles. Inclusive, no
envolvimento dos alunos nas disciplinas ministradas. A aproximação e a
pessoalização do ensino motivam os alunos e aumenta a credibilidade dos
professores. Sendo assim, o Facebook, além de uma extensão da sala de aula,
gera reflexos para dentro dela, modificando o modo de ver e de lidar entre
professores e alunos.
Os depoimentos de alunos e professores mostram que a forma como essas
pessoas “se apresentam” no Facebook influencia a imagem que se cria delas, seja
dentro ou fora da sala de aula.
Por isso, se cria a necessidade, mesmo que inconsciente, de uma
administração dessa imagem. Para isso, professores e alunos criam “filtros” para os
conteúdos compartilhados no Facebook. Sendo assim, os papéis dos docentes e
discentes são constantemente negociados e manipulados. Ou seja, agora, não
existe somente a figura do professor e do aluno, ambos em sala de aula e com
relacionamentos restritos àquele espaço. As identidade de acadêmicos, mães, pais,
filhos, militantes, entre outras se misturam em um único perfil. A partir do momento
em que se aceita ou adiciona como amigo um professor ou aluno, essas identidades
precisam ser negociadas, para que não gerem possíveis conflitos.
Essas múltiplas identidades expostas pelo Facebook alteram também a figura
consolidada e pré estabelecida que temos de professor: uma figura séria, rígida,
exemplar, por assim dizer. É construído um estereótipo com as características que
supostamente professores e alunos devem ter para assumirem tal papel. Sobre
isso, Erving Goffman diz o seguinte, em “A Representação do Eu na Vida
Cotidiana”:
"Se o indivíduo lhes for desconhecido, os observadores podem obter, a partir
de sua conduta e aparência, indicações que lhes permitam utilizar a
experiência anterior que tenham tido com os indivíduos aproximadamente
parecidos com este que está diante deles ou, o que é mais importante,
aplicar-lhe estereótipos não comprovados. Podem também supor, baseados
na experiência passada, que somente indivíduos de determinado tipo são
provavelmente encontrados em um dado cenário social." (GOFFMAN, 2007,
p. 11)
Sendo assim, o Facebook modifica essa expectativa sobre condutas, pois
além de propiciar algum conhecimento prévio sobre a pessoa, permite que este
conhecimento seja de alguma forma aprofundado com base nas informações
compartilhadas pelos usuários, como é possível perceber nos depoimentos a seguir:
“Muda minha concepção quanto a eles. Muda a imagem que eu tinha deles.
Ajuda pra ter uma outra visão. Isso influência na hora de ver o professor em
sala de aula. Mas não atrapalha no ensino.” (Informação verbal)2
“[...] tudo que você divulga nas mídias de uma certa forma circula e reforçar a
imagem que fazem de você… a partir do momento em que você coloca um
perfil, mesmo que não seja como ferramenta educacional, os alunos passam
a lhe observar.” (Informação verbal)3
O controle sobre essa imagem compartilhada no Facebook leva a criação de
filtros de conteúdo que determinam o que será o postado e quais as possíveis
consequências disso para a imagem dessas pessoas, na rede social e para além
dela.
Os filtros mais citados nas entrevistas com os docentes são: 1) Religião; 2)
Política, 3) Orientação Sexual. Estes são temas que sempre são evitados em
postagens, pois podem gerar possíveis discussões. Um dos docentes entrevistados
relata que já houve casos de alunos que discordaram de uma opinião política
postada no Facebook e levaram o debate para sala de aula, gerando certo
desconforto para o professor e para a turma. Essas discussões e divergências,
assim como podem fomentar o debate (mesmo que às vezes mais acalorado),
podem também constranger o aluno que discorda, mas não se sente à vontade para
comentar, no Facebook ou presencialmente, em sala de aula.
Por outro lado, a pessoalização oferecida pelas mídias sociais e aparente
proximidade gerada pelo fato de ter um professor como “amigo” no Facebook, pode
colaborar para que alunos, muitas vezes tímidos, participem de debates em sala de
aula, se tornem mais participativos e proativos em sala de aula. Uma das docentes
entrevistadas relata que já teve alunos que nunca se manifestaram em sala de aula
até o dia em que estabeleceram um diálogo com a docente pelo Facebook, por
mensagem ou até mesmo por comentários em postagens de “mural”. Após o
acontecido, se tornaram mais envolvidos com a disciplina e os temas trabalhados.
2 Trecho do depoimento de uma das discentes entrevistadas.Coletado em 23 de maio de 2014.3 Trecho do depoimento de uma das docentes entrevistadas. Coletado em 04 de junho de 2014.
Para além da sala de aula, são recorrentes nos depoimentos casos de
docentes e discentes que descobriram afinidades e gostos em comum graças à
amizade no Facebook e mesmo depois do término do vínculo acadêmico,
mantiveram o contato e baseiam sua amizade para além de assuntos estritamente
acadêmicos.
"Esses professores são altamente respeitados e extremamente bem quisto
pelos alunos, independentemente de suas atividades on-line. Apesar das
classificações consistentes de professores, alguns alunos auto-relatado que a
interação Facebook teve um impacto positivo sobre a sua percepção da professora.
Nenhum estudante relatou que o Facebook teve um efeito negativo. "(HEWITT &
FORTE, 2006. p. 2)
A partir dos relatos e informações obtidas durante todas essas etapas da
pesquisa, foi possível perceber o potencial oferecido pelo Facebook para
professores e alunos, dentro e fora da universidade. É possível compartilhar
conhecimento de forma colaborativa em espaços não formais de ensino e
aprendizagem, como por exemplo uma mídia social online.
PUBLICAÇÕES:
No dia 10 de dezembro de 2015 aconteceu a defesa do trabalho de
conclusão de curso intitulado “Professor sem feice é uma desgraça”: A Relação
Entre Docente e Discente e Suas Extensões nas Redes Sociais Online. O trabalho
foi produto do plano de trabalho aqui apresentado, tendo obtido conceito “excelente”
da banca examinadora.
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS MESESNos meses seguintes será dada continuidade à pesquisa de acordo com
o foi demonstrado nesse relatório, através da pesquisa de campo e netnografia,
utilizando materiais e métodos como roteiros de entrevistas semiestruturadas e
anotações em diários de campo. Pretende-se nos próximos meses realizar a
participação em eventos e publicação de trabalhos relacionados com projeto de
pesquisa, cuja temática se aproxima deste estudo, posto que outras variáveis e
perspectivas teóricas serão acrescentadas. Contudo, essas atividades serão
realizadas no âmbito da Pós-Graduação, onde fui aprovada na seleção de Mestrado
do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da UFPA.
A partir do primeiro semestre de 2016 realizarei pesquisas nesta mesma temática
com vistas à produção de trabalho para formação em nível de mestrado.
CONCLUSÃO:
A partir das informações coletadas durante o processo da pesquisa, podemos
concluir que a relação professor e aluno é facilmente influenciada pelas Novas
Tecnologias da Informação e Comunicação, neste caso, o Facebook.
A utilização de mídias sociais pelos docentes é vista pelos alunos como uma
forma aproximação na relação estabelecida entre eles, o que altera a forma como
são vistos pelos seus alunos. Porém, isso não obrigatoriamente significa que o uso
de mídias sociais modifique a didática dos professores.
Ainda sobre o uso de Facebook pelos docentes, foi possível constatar que
idade não é um fator determinante para a adesão (ou não) a rede social. Dessa
forma, percebemos que não existe um conflito geracional entre docentes e
discentes, somente visões diferentes sobre o mesmo processo de inclusão digital e
seus mais diversos usos. Percebemos também, que em relação ao gênero, as
professoras utilizam mais o Facebook que os professores. De forma mais acessível
e receptiva para com os discentes.
Interessante observar, que mesmo os docentes que dizem não utilizar o
Facebook como ferramenta educativa, na verdade o fazem, sem perceber, na maior
parte das situações, no momento em que compartilham informações sobre as aulas,
enviam textos, etc. A descrição de situações como esta são recorrentes nos relatos
dos discentes entrevistados; além de ter sido possível verificar durante a
observação participante e netnografias.
Constatamos que o compartilhamento de informações e a agilidade na
comunicação são as características que mais se destacam no uso de mídias sociais
no curso de Ciências Sociais. Mas o uso de mídias sociais não é visto pelos alunos
como algo imprescindível para o ensino. Pois, segundo eles, não beneficia o uso de
mídias sociais se a didática do professor não é boa.
Mas sejam as mídias sociais, sejam as ferramentas como celulares ou
tablets, a utilização destes como ferramentas educacionais merece uma discussão
mais profunda, principalmente dentro do ambiente escolar, pelos professores e
alunos, buscando com isso, adaptar da melhor maneira a forma como se aproveitam
dos benefícios de cada um e, principalmente, chegando a um consenso sobre o
usufruto disso para um melhor aproveitamento das disciplinas ministradas.
Além do mais, é necessário que a universidade propicie ferramentas que
otimizem o uso dessas novas tecnologias no espaço acadêmico, por exemplo:
melhor infraestrutura de internet sem fio no campus, equipamentos (computadores,
tablets, etc); cursos de capacitação mais acessíveis à comunidade acadêmica, entre
outras ações que levem em conta a demanda constante e cada vez mais veloz por
atualização da comunidade acadêmica no que diz respeito às Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação, e claro, suas possíveis aplicações no campo da
educação.
Outra questão que buscamos aprofundar neste trabalho foi a influência da
auto revelação de docentes e discentes para a relação estabelecida entre eles.
Percebemos que há a construção de perfis sociais no Facebook e conforme essas
pessoas compartilham informações pessoais sobre si em seus perfis, modificam a
imagem que transmitem se si através de seus perfis. Com isso, foi possível
perceber que existe uma preocupação com a imagem passada pelo perfil de
Facebook e os conteúdos lá compartilhados. Para isso, são elaborados filtros, pelos
docentes e discentes, que determinam o que deve e o que não deve ser postado, a
fim de diminuir possíveis “desgastes” dessa imagem, seja de aluno, ou de professor.
A partir do compartilhamento dessas informações pessoais, mesmo com a
administração dessa imagem, a partir do momento que se adiciona um discente ou
docente como “amigo”, cria-se um vínculo pessoal, o que reflete diretamente na
dinâmica em sala de aula, pois o ensino torna-se pessoalizado, o que na maioria
dos casos, motiva os discentes e aumenta a credibilidade dos docentes.
Foi possível comprovar nossa hipótese inicial que a imagem construída no
Facebook influencia a relação estabelecida fora da internet, na sala de aula. É fato
que o perfil de Facebook não altera diretamente a didática do professor, logo não o
torna bom ou ruim. Porém, tem consequências na forma como os alunos irão se
portar em relação a essa didática.
A pessoalização oferecida pelo Facebook permite que docentes e discentes
compartilhem informações (mesmo que não acadêmicas) e se tornem mais
próximos, mesmo que somente através da internet. O contato prévio, mesmo que
em ambientes virtuais de sociabilidade, modifica as expectativas de conduta sobre
os papéis de docentes e discentes, dessa forma, acontece uma flexibilização dos
estereótipos de professor e aluno e uma ressignificação das posturas assumidas em
sala de aula. Estas se tornam mais subjetivas e criam laços mais estreitos entre
eles. Ou seja, quando se encontram em sala de aula, se sentem mais confortáveis
para estabelecer o diálogo e a troca de conhecimento, promovendo um melhor
relacionamento entre a classe.
Novamente, é possível identificar o grande potencial do Facebook para fins
educativos, desde que utilizado da maneira mais funcional para cada turma e que
seja oferecida uma infraestrutura básica (oferta de computadores e sinal de internet
aberto) para que a comunidade acadêmica possa utilizar todos os recursos em seu
máximo potencial.
As questões levantadas em nossa pesquisa reafirmam a importância da
discussão sobre o relacionamento estabelecido entre professores e alunos, suas
extensões e como isso reflete no processo de ensino e aprendizagem. A relevância
do debate deve ser levada em consideração também na Universidade Federal do
Pará, pois pudemos perceber que existe uma grande insatisfação dos alunos e
professores em relação à estrutura oferecida pela Universidade para que sejam
utilizadas as novas TIC's. O sinal de internet não é de boa qualidade, não são
oferecidos equipamentos adequados e estrutura para que sejam utilizados. A
capacitação para a utilização de novas ferramentas, como o e-mail institucional e o
SIGAA, é insuficiente, entre outras críticas que foram relatadas. Por isso, é
necessário discutir as demandas dos professores e alunos da UFPA e verificar qual
a melhor maneira de fazer essa adequação no ensino, para que professores e
alunos possam acompanhar os avanços constantes e os benefícios que a internet e
suas diversas ferramentas podem oferecer para o campo da educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Denise Machado et al. Redes Sociais e Formação Docente em
Ciências Sociais. Revista Movendo Ideias. p. 39 – 47. ISSN: 1517-199x Vol. 17, Nº
2 – jul. - dez. De 2012.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Tradução de Maria
Célia Santos Raposo, 14° ed. / Petrópolis, Vozes, 2007.
KOZINETS, Robert V.. Netnografia: A Arma Secreta dos Profissionais de Marketing
– Como o conhecimento das mídias sociais gera inovação. Março de 2010.
Disponível em: http://bit.ly/1vjsLGc. Acesso em 06 de agosto de 2014.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,
publicações e trabalhos científicos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34,1999.
MAZER, J. P. et al.The effects of teacher self-disclosure via Facebook on teacher credibility. Learning, Media and Technology Vol. 34, No. 2, June 2009,
175–183.
PATRÍCIO, Maria Raquel; GONÇALVES, Vítor. Utilização educativa do Facebook no ensino superior. l Conference Learning and Teaching in Higher Education,
2010.
PARECER DA ORIENTADORA: A pesquisa foi realizada conforme o proposto no projeto e plano de trabalho. O
desenvolvimento das tarefas contribuiu para a formação da graduanda em termos
da prática de pesquisa nas Ciências Sociais. Como evidência deste avanço
conceitual e empírico tem-se a aprovação de Lorena Costa na seleção de Mestrado
do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFPA).
Certamente, continuará sua formação com o mesmo brilhantismo e dedicação com
que sempre realizou as atividades de pesquisa neste projeto.
DATA : 22 de fevereiro de 2016
Denise Machado Cardoso_________________________________________ASSINATURA DA ORIENTADORA
Lorena Thamyres Trindade da Costa
____________________________________________ASSINATURA DA ALUNA
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: A aluna ingressou na turma 2016 do Programa de
Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia - PPGSA - UFPA
FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO:
1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se
ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?
2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho?
3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com
os objetivos propostos?
4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista?
Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido
gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em
que tipo de veículo?
5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório
6. Parecer Final:
Aprovado ( )
Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou recomendações)
Reprovado ( )
7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________
Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o
desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do
relatório.
Data: _____/____/_____.
________________________________________________
Assinatura do(a) Avaliador(a)