file · web viewno relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da...

29
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: Setembro / 2015 a Fevereiro / 2016 (X) PARCIAL () FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho ): Redes Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais Nome do Orientador: Denise Machado Cardoso Titulação do Orientador: Doutora Faculdade: Faculdade de Ciências Sociais Instituto/Núcleo: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Laboratório: Laboratório de Antropologia

Upload: phamdien

Post on 07-Feb-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC :

CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC

E FAPESPA

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período: Setembro / 2015 a Fevereiro / 2016(X) PARCIAL() FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETOTítulo do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho ): Redes

Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais

Nome do Orientador: Denise Machado Cardoso

Titulação do Orientador: Doutora

Faculdade: Faculdade de Ciências Sociais

Instituto/Núcleo: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Laboratório: Laboratório de Antropologia

Título do Plano de Trabalho: A relação entre docente e discente e suas extensões

nas redes sociais online

Nome do Bolsista: Lorena Tamyres Trindade da Costa

Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/ CNPq

( ) PIBIC/CNPq – AF

( )PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador

( ) PIBIC/UFPA

Page 2: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

( ) PIBIC/UFPA – AF

( ) PIBIC/ INTERIOR

( )PIBIC/PARD

( ) PIBIC/PADRC

(X) PIBIC/FAPESPA

( ) PIBIC/ PIAD

( ) PIBIC/PIBIT

RESUMO DO RELATÓRIO ANTERIOR (Alunos com bolsa renovada). No relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização

do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

abrangência dos problemas de pesquisa, que existe uma preocupação com a

imagem que será passada pelo perfil de Facebook e os conteúdos lá

compartilhados. Para isso, são elaborados filtros, que determinam o que deve e o

que não deve ser postado, a fim de diminuir possíveis “desgastes” dessa imagem,

seja de aluno, ou de professor. Além disso, constatamos nossa hipótese inicial: que

a imagem construída no Facebook influencia a relação estabelecida fora da internet,

na sala de aula, o que não obrigatoriamente significa que o uso de mídias sociais

modifique a didática dos professores. A pessoalização oferecida pelo Facebook

permite que docentes e discentes compartilhem informações (mesmo que não

acadêmicas) e se tornem mais próximos, mesmo que somente através da internet.

Logo, quando se encontram em sala de aula, se sentem mais confortáveis para

estabelecer o diálogo e a troca de conhecimento, promovendo um melhor

relacionamento entre a classe.

INTRODUÇÃO:Este trabalho vem sendo realizado desde o segundo semestre de 2013, no

âmbito do projeto de pesquisa Redes Sociais e Formação Docente em Ciências

Sociais, coordenado pela professora Denise Machado Cardoso, que busca estudar

o uso de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação pelos docentes e

discentes do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. O projeto

tem como objetivo principal a investigação e discussões acerca das contribuições

das NTIC para a formação de docentes das áreas de Ciências Sociais.

Page 3: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

Desde então, coube a mim investigar mais especificamente a utilização da

rede social online Facebook pelos docentes e discentes e analisar suas influências

no processo de ensino e aprendizagem, além de observar o que muda na relação

estabelecida entre eles e como estes administram seus “papéis” na sala de aula e

nos ambientes virtuais de sociabilidade, levando em consideração que estes são

extensões da vida offline.

Com o avanço nas tecnologias da informação e comunicação (TIC's) e sua

crescente influência em nosso cotidiano, uma das atividades que têm se adaptado a

essas modificações é a educação. Cada vez mais, com o advento da cibercultura,

definida por Pierre Lévy (1999, p.17) como “o conjunto de técnicas (materiais e

intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se

desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” é necessário que

professores e alunos atualizem suas práticas de ensino e aprendizagem. Ainda em

sua obra Cibercultura, Lévy (1999, p. 172) questiona e apresenta um caminho para

uma melhor adaptação das práticas pedagógicas às constantes mudanças trazidas

com o rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação

(TIC’s):

Como manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses novos

processos de transação de conhecimento? Não se trata aqui de usar as tecnologias

a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma

mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as

mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e sobretudo os

papéis de professor e de aluno.

Segundo Cardoso et al. (2012, p.1) “A educação escolar necessita de uma

contínua renovação de métodos e linguagens na medida em que os antigos não

mais atingem os alvos pretendidos por forças externas ou pela própria mudança

conferida ao receptor da mensagem, o aluno”, por isso, as redes sociais online,

como o Facebook, têm se mostrado como potenciais ferramentas educacionais e

cada vez mais utilizadas por professores desde o ensino fundamental, até o nível

superior com o objetivo de aumentar a participação dos alunos e torná-la mais

próxima, ativa e participativa (PATRÍCIO; GONÇALVES, 2010).

Com a inserção dessas mídias sociais no cotidiano do ambiente escolar,

ocorre também, uma modificação na relação estabelecida entre docente e discente,

pois agora, ela ultrapassa os limites da sala de aula e dos ambientes formais de

Page 4: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

educação. Dessa forma, não só a rotina do ambiente escolar é alterada, mas se

transformam também, os papéis de cada um. Segundo FERREIRA, CORRÊA &

TORRES, 2012, é necessário:[…]ir além do trabalho docente em sala de aula, é preciso que a mediação

efetiva seja incluída nas relações professor-aluno, uma mediação da

eficiência e não somente da eficácia do uso das técnicas ou possibilidades

que as tecnologias podem proporcionar como agregadoras de novos

conhecimentos, ou seja, requer-se interatividade.

O avanço das tecnologias da informação e comunicação proporciona um

rápido compartilhamento de informações e maior interação e proximidade entre os

membros da comunidade acadêmica, o que modifica a dinâmica posta

anteriormente, em que o docente detinha todo o conhecimento e sua função era de

transmitir informações para os estudantes. Agora, ambos estão postos em uma

linha horizontal e crescente, de “aprendizagem cooperativa” (LÉVY, 1999, p. 171);

de troca e compartilhamento de saberes e experiências. O papel do professor como

profissional é de incentivar a aprendizagem e o pensamento, ou como define Pierre

Lévy, o docente se torna um “animador da inteligência coletiva” (LÉVY, 1999, p.

171).

Nesse sentido, levando em conta as observações feitas no percurso da

pesquisa, que teve início em agosto de 2013, se fez necessário observar como o

uso dessas mídias sociais como “redes educativas” (SANTOS, 2011) influencia a

relação entre docentes e discentes do curso de Ciências Sociais da Universidade

Federal do Pará (UFPA) e quais as consequências para o processo de ensino –

aprendizagem e para a formação dos estudantes e futuros professores.

Os questionamentos levantados pela pesquisa se fazem relevantes pois

trata-se de um processo ainda em desenvolvimento: docentes, em sua maioria, com

mais de 10 anos de carreira, tendo de se atualizarem para uma nova dinâmica de

trabalho, enquanto formam futuros professores que vivenciarão uma realidade ainda

mais avançada no que diz respeito às novas tecnologias da informação e

comunicação (NTIC). Dessa forma, ainda temos um campo de estudos incipiente,

pois grande parte dos estudos que tratam dos usos das mídias sociais para a

educação ainda são voltados para a educação à distância (EAD). Menos ainda, são

os estudos realizados voltados para a realidade da UFPA. Dessa forma, a partir dos

dados apresentados pela pesquisa, é possível elaborar e repensar políticas de

Page 5: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

inclusão digital e melhor aproveitamento das TIC’s pela comunidade acadêmica da

Universidade, dentro e fora do campus, contemplando ações de ensino, pesquisa e

extensão.

Os resultados da pesquisa tiveram reflexos para além do campus da UFPA,

proporcionando experiências de grande contribuição para o desenvolvimento do

trabalho. Isso reafirma a importância da discussão sobre o relacionamento

estabelecido entre professores e alunos, suas extensões e como isso reflete no

processo de ensino e aprendizagem.

No período que compreende o primeiro ano da pesquisa (2013/2014),

tivemos artigos aprovados para apresentação oral em três grandes eventos

internacionais que tratam do tema das novas tecnologias, internet e seus reflexos

sociais. Foram eles: Congresso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación

y Educación 2014, Buenos Aires, Argentina; XVIII ISA World Congress of Sociology

2014, Yokohama, Japão; The Learner Conference 2015, Nova York, EUA.

Em setembro de 2014, o relatório final do ciclo 2013 – 2014 foi premiado

como Destaque da Iniciação Científica – UFPA – 2014. Em decorrência do prêmio,

fui selecionada para o programa de estágios de verão da Universidade Federal do

Pará. O estágio foi realizado durante o mês de março, no Núcleo de Antropologia

Urbana da Universidade de São Paulo – NAU – USP, sob orientação do professor

José Guilherme Cantor Magnani.

Nos anos de 2014 e 2015, participei do XXV e XXVI Seminário de Iniciação

Científica – UFPA, respectivamente, onde apresentei os artigos correspondentes ao

meu plano de trabalho dentro do projeto Redes Sociais e Formação Docente em

Ciências Sociais.

Entre os dias 4 a 6 de novembro de 2014, dentro da programação do I

Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, ministrei a oficina

“Netnografia em pesquisa social: Imagens, Prints, GIF's e Memes”. Além de

ministrar a oficina, também fui parte da comissão organizadora do mesmo.

Nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2015, participei do V Fórum da Internet no

Brasil, em Salvador – BA, graças ao auxílio participação ofertado pela organização

do evento.

O trabalho intitulado “Professores e Alunos Online: A Relação Entre Docente

e Discentes e Suas Extensões nas Redes Sociais Online” foi selecionado para a

Jornada Nacional de Iniciação Científica, parte da programação da 67° Reunião

Page 6: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada de 12 a 18 de

julho de 2015, na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.

JUSTIFICATIVA:

Neste relatório parcial buscamos apresentar os resultados obtidos, porém, de

forma conclusiva, pois no período que compreende este relatório, o plano de

trabalho que coube a mim chegou ao seu produto final: meu trabalho de conclusão

de curso. Desta forma, vamos apresentar os resultados obtidos, de forma sucinta,

buscando também apresentar os objetivos alcançados durante todo o percurso da

pesquisa.

É importante ressaltar que os dados apresentados em nossa pesquisa

colaboram para a expansão das pesquisas sobre Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC’s) e Redes Sociais para a educação no ensino superior,

principalmente, no campo da antropologia. É possível também elaborar e repensar

políticas de inclusão digital e melhor aproveitamento das TIC’s pela comunidade

acadêmica da Universidade Federal do Pará (UFPA), dentro e fora do campus,

contemplando ações de ensino, pesquisa e extensão.

OBJETIVOS:

O objetivo principal do projeto é a investigação e discussões acerca das

contribuições das NTIC para a formação de docentes das áreas de Ciências

Sociais. Neste plano de trabalho pretendemos analisar as influências da utilização

de mídias sociais por docentes e discentes e seus reflexos no processo de ensino e

aprendizagem.

Partimos do pressuposto que a relação entre professores e alunos vai além

da sala de aula e que as redes sociais online têm assumido o papel de extensão

dessas relações. Os espaços de sociabilidade online ampliam o relacionamento

entre eles, facilitando a troca de informações e saberes entre docente e discentes.

Por esses motivos, com este estudo pretendemos identificar a influência da

utilização do Facebook como ferramenta educativa no curso de Ciências Sociais,

como interfere na relação entre professores e alunos e quais os reflexos disso no

processo de ensino e aprendizagem.

Page 7: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

Nas etapas anteriores da pesquisa, foi possível constatar a utilização de

mídias sociais por professores e alunos de Ciências Sociais para fins educativos.

Percebemos também a influência que a utilização das novas tecnologias da

informação e comunicação (TIC's) têm sobre o ambiente escolar. Além disso é

possível identificar que a percepção que os alunos têm de seus professores é

modificada de acordo com a auto revelação que estes fazem em seus perfis e a

interação que estabelecem com seus alunos via internet.

Nos últimos seis meses, buscamos analisar principalmente como a auto

revelação de professores e alunos interfere na relação estabelecida entre eles e de

que forma os docentes lidam com a manipulação e exposição de suas identidades,

seja na sala de aula ou em ambientes virtuais de sociabilidade.

MATERIAIS E MÉTODOS:

A metodologia da pesquisa se desenvolveu em três momentos: levantamento

de documentação indireta e de dados sobre o uso de tecnologias educacionais

(LAKATOS, MARCONI, 2002), netnografia (KOZINETS, 2010) e entrevistas.

O levantamento bibliográfico teve início no segundo semestre de 2013 e vem sido

periodicamente atualizado desde então, buscando trabalhos dos campos da

comunicação, educação e ciências sociais, que abordem a questão do uso de NTIC

e de redes sociais online com finalidades educativas. Foi possível perceber que

ainda se trata de um campo de pesquisa recente e que são escassas as pesquisas

que tratam especificamente do uso de mídias sociais no ensino superior. A maior

parte das pesquisas aborda o uso das ferramentas da internet em educação

relacionado à EAD (Educação à Distância). Após a atualização do levantamento

bibliográfico no primeiro semestre deste ano, pudemos perceber um considerável

aumento da produção acadêmica nesse campo de estudo, o que vem a colaborar

com o desenvolvimento de nossa pesquisa ao oferecer maior arcabouço teórico

para nossa discussão.

Grande parte da bibliografia utilizada na pesquisa ainda é de pesquisadores

de fora do Brasil, que por enquanto, estão à frente no que diz respeito a pesquisa de

redes sociais e cibercultura e suas aplicações em educação. Um pequeno número

de pesquisadores brasileiros trata do tema, porém, quase sempre usando como

Page 8: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

referência os autores de fora. Por isso, optei por usar estas obras de referência mais

utilizadas e que se aplicam diretamente ao tema.

A coleta de dados em ambientes virtuais foi realizada através de

netnografias. Utilizo na pesquisa a noção de netnografia desenvolvida por Kozinetz

(2010), de que a “netnografia é etnografia conectada pela tecnologia, ou pela

internet. A netnografia é a etnografia adaptada às complexidades de nosso mundo

social contemporâneo, mediado pela tecnologia”. Ou seja, é uma adaptação do

método etnográfico tradicional, porém, desenvolvido em espaços virtuais de

sociabilidade.

Utilizo a netnografia desde o primeiro ano da pesquisa. A técnica funciona

como uma forma de acompanhamento da utilização do Facebook pelos professores

e alunos. Estou inserida nos grupos relacionados ao curso de ciências sociais e

periodicamente coleto postagens nos grupos e as utilizo como dados

complementares das entrevistas presenciais.

A coleta de dados no Facebook foi a etapa foi a mais longa, sendo

desenvolvida entre o segundo semestre de 2013 ao primeiro semestre de 2015. Por

se tratar da coleta de dados “virtuais”, o fluxo de informação é contínuo. Dessa

forma, quase que diariamente foi necessário visitar os grupos e perfis de

professores do curso de Ciências Sociais para acompanhar quais discussões

estavam acontecendo, qual o teor das postagens, quem participava delas, e

dependendo da relevância, salvar as postagens em imagens.

As netnografias não consistiram somente em coletas de postagens e

discussões nos grupos e perfis, mas também foi realizada o que podemos chamar

de uma triagem a partir da observação dos professores e alunos que mais utilizam

Facebook. A partir dessa triagem, pudemos construir uma listagem de quais

professores utilizavam redes sociais e ainda, de que forma usufruíam de seus perfis.

Após a triagem, foi iniciada a primeira parte da etapa de entrevistas. Estas foram

realizadas com os professores através do Facebook, entre dezembro de 2013 e

abril de 2014. Escolhemos entrevistá-los “virtualmente” pois assim saberíamos quais

professores utilizam o Facebook para conversar com seus alunos, quais são os

mais receptivos, com que frequência utilizam, etc.

Após identificarmos quais professores utilizavam Facebook, enviamos um

pequeno questionário com 5 perguntas, através de mensagem “ inbox”1. Foram elas:

1 Mensagem enviada para a caixa de entrada do perfil pessoal do usuário de Facebook.

Page 9: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

1) Idade; 2) Há quanto tempo é docente?; 3) Quais mídias sociais utiliza e há quanto

tempo?; 4) Qual mídia social mais utiliza?; 5) Utiliza mídias sociais como ferramenta

educacional ou simplesmente de contato com os alunos?

A partir dos resultados obtidos com o questionário, foi possível identificar os

professores usuários de Facebook, e o quanto cada um utiliza. A partir daí, partimos

para a terceira fase da coleta de dados: as entrevistas com alunos e professores

usuários de Facebook. Estas foram realizadas entre maio de 2014 e abril de 2015.

As entrevistas presenciais foram realizadas a partir de roteiros semiestruturados

previamente elaborado. Nos casos em que alunos e professores optaram por serem

entrevistados via internet, as perguntas foram enviadas via plataforma de

formulários do Google.

Buscando atender à questões éticas da pesquisa, os professores e alunos

entrevistados serão anonimizados, sendo chamados por “Estudante” ou “Professor”

seguido de um número. As imagens das postagens nos grupos de Facebook foram

utilizadas na pesquisa com autorização dos docentes e levando em consideração as

configurações de privacidade oferecidas aos usuários pelo Facebook, que permite

que as postagens fiquem em modo público, ou seja, todos podem visualizar.

Além das entrevistas e coleta de dados online, houve também a observação

participante, pois sou aluna do curso de Ciências Sociais. Esta foi de grande

utilidade para a pesquisa, pois em conversas em sala de aula, com colegas de

curso e professores; ou também relatos fora do ambiente da universidade, com

outros alunos de Ciências Sociais, obtive informações relevantes para a pesquisa.

RESULTADOS: Durante o período que compreende os meses de agosto e dezembro de

2015, as atividades do plano de trabalho convergiram para a conclusão da pesquisa

e elaboração de meu trabalho de conclusão de curso, produto final desta pesquisa.

O uso de Facebook pelos docentes de Ciências SociaisDos 58 professores da Faculdade de Ciências Sociais - UFPA, 36 têm perfil

de usuário na mídia social Facebook. Todos eles foram contatados para

participação na pesquisa. Destes, 12 colaboraram com a pesquisa em pelo menos

uma das etapas (seja nas entrevistas presencias ou nas realizadas através do

Facebook).

Segundo dados de Cardoso et al. (2012), 56% dos professores do curso de

Ciências Sociais possui três ou mais computadores em casa, e o tempo de uso de

Page 10: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

internet é crescente em relação ao número de computadores em domicílio. De

acordo com a pesquisa, também realizada pelo projeto Redes Sociais e Formação

Docente em Ciências Sociais, 74% dos professores passam no mínimo 1 hora por

dia na internet. A partir da mesma pesquisa constatamos que:

[…] a grande maioria (92%) dos professores utiliza alguma tecnologia da

informação e comunicação em sala de aula. A tabela também mostra que

todos os professores que têm conta em rede social utilizam esses recursos

em sala de aula. E a rede de maior preferência é o Facebook com 52% de

adesão. (CARDOSO et al., 2012, p. 45).

A maior parte dos professores entrevistados afirmam não utilizar o Facebook

como rede social educativa, assim como dizem adicionar alunos como “amigos” no

Facebook. Assim, compartilham informações, textos, discussões, entre outros

conteúdos, direta ou indiretamente com seus alunos. Ou seja, se apropriam desses

espaços de sociabilidade os tornam espaços de educação não formais.

Uso de Facebook no curso de Ciências Sociais pelo ponto de vista dos alunosForam entrevistados 21 alunos, a partir de questionário semiestruturado. As

entrevistas foram realizadas entre maio e julho de 2014, no bloco de aulas A –

Básico ou por questionários virtuais enviados aos alunos por mensagem inbox no

Facebook. A maior parte dos alunos participantes da pesquisa são mulheres, 12 no

total, contra 9 do sexo masculino. Em relação à idade, todos têm entre 17 e 38

anos, ou seja, fazem parte do maior grupo etário entre os usuários do Facebook.

Todos os alunos entrevistados relatam que os professores usuários de

Facebook adicionam alunos como amigos e compartilham com frequência

informações relacionadas às disciplinas ministradas e outros temas afins. Mas o uso

de mídias sociais não é visto pelos alunos como algo imprescindível para o ensino.

Pois, segundo eles, não beneficia o uso de mídias sociais se a didática do professor

não é boa.

Auto revelação e a influência do Facebook na relação entre docente e discentes

Durante o percurso da pesquisa foi possível comprovar uma de nossas

hipóteses iniciais, embasados no que J. P. Mazer et al. (2009) diz acerca da auto

revelação – em tradução livre do conceito – dos professores para com seus alunos

Page 11: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

e como isso influência no relacionamento estabelecido entre eles. Inclusive, no

envolvimento dos alunos nas disciplinas ministradas. A aproximação e a

pessoalização do ensino motivam os alunos e aumenta a credibilidade dos

professores. Sendo assim, o Facebook, além de uma extensão da sala de aula,

gera reflexos para dentro dela, modificando o modo de ver e de lidar entre

professores e alunos.

Os depoimentos de alunos e professores mostram que a forma como essas

pessoas “se apresentam” no Facebook influencia a imagem que se cria delas, seja

dentro ou fora da sala de aula.

Por isso, se cria a necessidade, mesmo que inconsciente, de uma

administração dessa imagem. Para isso, professores e alunos criam “filtros” para os

conteúdos compartilhados no Facebook. Sendo assim, os papéis dos docentes e

discentes são constantemente negociados e manipulados. Ou seja, agora, não

existe somente a figura do professor e do aluno, ambos em sala de aula e com

relacionamentos restritos àquele espaço. As identidade de acadêmicos, mães, pais,

filhos, militantes, entre outras se misturam em um único perfil. A partir do momento

em que se aceita ou adiciona como amigo um professor ou aluno, essas identidades

precisam ser negociadas, para que não gerem possíveis conflitos.

Essas múltiplas identidades expostas pelo Facebook alteram também a figura

consolidada e pré estabelecida que temos de professor: uma figura séria, rígida,

exemplar, por assim dizer. É construído um estereótipo com as características que

supostamente professores e alunos devem ter para assumirem tal papel. Sobre

isso, Erving Goffman diz o seguinte, em “A Representação do Eu na Vida

Cotidiana”:

"Se o indivíduo lhes for desconhecido, os observadores podem obter, a partir

de sua conduta e aparência, indicações que lhes permitam utilizar a

experiência anterior que tenham tido com os indivíduos aproximadamente

parecidos com este que está diante deles ou, o que é mais importante,

aplicar-lhe estereótipos não comprovados. Podem também supor, baseados

na experiência passada, que somente indivíduos de determinado tipo são

provavelmente encontrados em um dado cenário social." (GOFFMAN, 2007,

p. 11)

Sendo assim, o Facebook modifica essa expectativa sobre condutas, pois

além de propiciar algum conhecimento prévio sobre a pessoa, permite que este

Page 12: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

conhecimento seja de alguma forma aprofundado com base nas informações

compartilhadas pelos usuários, como é possível perceber nos depoimentos a seguir:

“Muda minha concepção quanto a eles. Muda a imagem que eu tinha deles.

Ajuda pra ter uma outra visão. Isso influência na hora de ver o professor em

sala de aula. Mas não atrapalha no ensino.” (Informação verbal)2

“[...] tudo que você divulga nas mídias de uma certa forma circula e reforçar a

imagem que fazem de você… a partir do momento em que você coloca um

perfil, mesmo que não seja como ferramenta educacional, os alunos passam

a lhe observar.” (Informação verbal)3

O controle sobre essa imagem compartilhada no Facebook leva a criação de

filtros de conteúdo que determinam o que será o postado e quais as possíveis

consequências disso para a imagem dessas pessoas, na rede social e para além

dela.

Os filtros mais citados nas entrevistas com os docentes são: 1) Religião; 2)

Política, 3) Orientação Sexual. Estes são temas que sempre são evitados em

postagens, pois podem gerar possíveis discussões. Um dos docentes entrevistados

relata que já houve casos de alunos que discordaram de uma opinião política

postada no Facebook e levaram o debate para sala de aula, gerando certo

desconforto para o professor e para a turma. Essas discussões e divergências,

assim como podem fomentar o debate (mesmo que às vezes mais acalorado),

podem também constranger o aluno que discorda, mas não se sente à vontade para

comentar, no Facebook ou presencialmente, em sala de aula.

Por outro lado, a pessoalização oferecida pelas mídias sociais e aparente

proximidade gerada pelo fato de ter um professor como “amigo” no Facebook, pode

colaborar para que alunos, muitas vezes tímidos, participem de debates em sala de

aula, se tornem mais participativos e proativos em sala de aula. Uma das docentes

entrevistadas relata que já teve alunos que nunca se manifestaram em sala de aula

até o dia em que estabeleceram um diálogo com a docente pelo Facebook, por

mensagem ou até mesmo por comentários em postagens de “mural”. Após o

acontecido, se tornaram mais envolvidos com a disciplina e os temas trabalhados.

2 Trecho do depoimento de uma das discentes entrevistadas.Coletado em 23 de maio de 2014.3 Trecho do depoimento de uma das docentes entrevistadas. Coletado em 04 de junho de 2014.

Page 13: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

Para além da sala de aula, são recorrentes nos depoimentos casos de

docentes e discentes que descobriram afinidades e gostos em comum graças à

amizade no Facebook e mesmo depois do término do vínculo acadêmico,

mantiveram o contato e baseiam sua amizade para além de assuntos estritamente

acadêmicos.

"Esses professores são altamente respeitados e extremamente bem quisto

pelos alunos, independentemente de suas atividades on-line. Apesar das

classificações consistentes de professores, alguns alunos auto-relatado que a

interação Facebook teve um impacto positivo sobre a sua percepção da professora.

Nenhum estudante relatou que o Facebook teve um efeito negativo. "(HEWITT &

FORTE, 2006. p. 2)

A partir dos relatos e informações obtidas durante todas essas etapas da

pesquisa, foi possível perceber o potencial oferecido pelo Facebook para

professores e alunos, dentro e fora da universidade. É possível compartilhar

conhecimento de forma colaborativa em espaços não formais de ensino e

aprendizagem, como por exemplo uma mídia social online.

PUBLICAÇÕES:

No dia 10 de dezembro de 2015 aconteceu a defesa do trabalho de

conclusão de curso intitulado “Professor sem feice é uma desgraça”: A Relação

Entre Docente e Discente e Suas Extensões nas Redes Sociais Online. O trabalho

foi produto do plano de trabalho aqui apresentado, tendo obtido conceito “excelente”

da banca examinadora.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS MESESNos meses seguintes será dada continuidade à pesquisa de acordo com

o foi demonstrado nesse relatório, através da pesquisa de campo e netnografia,

utilizando materiais e métodos como roteiros de entrevistas semiestruturadas e

anotações em diários de campo. Pretende-se nos próximos meses realizar a

participação em eventos e publicação de trabalhos relacionados com projeto de

pesquisa, cuja temática se aproxima deste estudo, posto que outras variáveis e

perspectivas teóricas serão acrescentadas. Contudo, essas atividades serão

realizadas no âmbito da Pós-Graduação, onde fui aprovada na seleção de Mestrado

Page 14: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da UFPA.

A partir do primeiro semestre de 2016 realizarei pesquisas nesta mesma temática

com vistas à produção de trabalho para formação em nível de mestrado.

CONCLUSÃO:

A partir das informações coletadas durante o processo da pesquisa, podemos

concluir que a relação professor e aluno é facilmente influenciada pelas Novas

Tecnologias da Informação e Comunicação, neste caso, o Facebook.

A utilização de mídias sociais pelos docentes é vista pelos alunos como uma

forma aproximação na relação estabelecida entre eles, o que altera a forma como

são vistos pelos seus alunos. Porém, isso não obrigatoriamente significa que o uso

de mídias sociais modifique a didática dos professores.

Ainda sobre o uso de Facebook pelos docentes, foi possível constatar que

idade não é um fator determinante para a adesão (ou não) a rede social. Dessa

forma, percebemos que não existe um conflito geracional entre docentes e

discentes, somente visões diferentes sobre o mesmo processo de inclusão digital e

seus mais diversos usos. Percebemos também, que em relação ao gênero, as

professoras utilizam mais o Facebook que os professores. De forma mais acessível

e receptiva para com os discentes.

Interessante observar, que mesmo os docentes que dizem não utilizar o

Facebook como ferramenta educativa, na verdade o fazem, sem perceber, na maior

parte das situações, no momento em que compartilham informações sobre as aulas,

enviam textos, etc. A descrição de situações como esta são recorrentes nos relatos

dos discentes entrevistados; além de ter sido possível verificar durante a

observação participante e netnografias.

Constatamos que o compartilhamento de informações e a agilidade na

comunicação são as características que mais se destacam no uso de mídias sociais

no curso de Ciências Sociais. Mas o uso de mídias sociais não é visto pelos alunos

como algo imprescindível para o ensino. Pois, segundo eles, não beneficia o uso de

mídias sociais se a didática do professor não é boa.

Page 15: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

Mas sejam as mídias sociais, sejam as ferramentas como celulares ou

tablets, a utilização destes como ferramentas educacionais merece uma discussão

mais profunda, principalmente dentro do ambiente escolar, pelos professores e

alunos, buscando com isso, adaptar da melhor maneira a forma como se aproveitam

dos benefícios de cada um e, principalmente, chegando a um consenso sobre o

usufruto disso para um melhor aproveitamento das disciplinas ministradas.

Além do mais, é necessário que a universidade propicie ferramentas que

otimizem o uso dessas novas tecnologias no espaço acadêmico, por exemplo:

melhor infraestrutura de internet sem fio no campus, equipamentos (computadores,

tablets, etc); cursos de capacitação mais acessíveis à comunidade acadêmica, entre

outras ações que levem em conta a demanda constante e cada vez mais veloz por

atualização da comunidade acadêmica no que diz respeito às Novas Tecnologias da

Informação e Comunicação, e claro, suas possíveis aplicações no campo da

educação.

Outra questão que buscamos aprofundar neste trabalho foi a influência da

auto revelação de docentes e discentes para a relação estabelecida entre eles.

Percebemos que há a construção de perfis sociais no Facebook e conforme essas

pessoas compartilham informações pessoais sobre si em seus perfis, modificam a

imagem que transmitem se si através de seus perfis. Com isso, foi possível

perceber que existe uma preocupação com a imagem passada pelo perfil de

Facebook e os conteúdos lá compartilhados. Para isso, são elaborados filtros, pelos

docentes e discentes, que determinam o que deve e o que não deve ser postado, a

fim de diminuir possíveis “desgastes” dessa imagem, seja de aluno, ou de professor.

A partir do compartilhamento dessas informações pessoais, mesmo com a

administração dessa imagem, a partir do momento que se adiciona um discente ou

docente como “amigo”, cria-se um vínculo pessoal, o que reflete diretamente na

dinâmica em sala de aula, pois o ensino torna-se pessoalizado, o que na maioria

dos casos, motiva os discentes e aumenta a credibilidade dos docentes.

Foi possível comprovar nossa hipótese inicial que a imagem construída no

Facebook influencia a relação estabelecida fora da internet, na sala de aula. É fato

que o perfil de Facebook não altera diretamente a didática do professor, logo não o

torna bom ou ruim. Porém, tem consequências na forma como os alunos irão se

portar em relação a essa didática.

Page 16: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

A pessoalização oferecida pelo Facebook permite que docentes e discentes

compartilhem informações (mesmo que não acadêmicas) e se tornem mais

próximos, mesmo que somente através da internet. O contato prévio, mesmo que

em ambientes virtuais de sociabilidade, modifica as expectativas de conduta sobre

os papéis de docentes e discentes, dessa forma, acontece uma flexibilização dos

estereótipos de professor e aluno e uma ressignificação das posturas assumidas em

sala de aula. Estas se tornam mais subjetivas e criam laços mais estreitos entre

eles. Ou seja, quando se encontram em sala de aula, se sentem mais confortáveis

para estabelecer o diálogo e a troca de conhecimento, promovendo um melhor

relacionamento entre a classe.

Novamente, é possível identificar o grande potencial do Facebook para fins

educativos, desde que utilizado da maneira mais funcional para cada turma e que

seja oferecida uma infraestrutura básica (oferta de computadores e sinal de internet

aberto) para que a comunidade acadêmica possa utilizar todos os recursos em seu

máximo potencial.

As questões levantadas em nossa pesquisa reafirmam a importância da

discussão sobre o relacionamento estabelecido entre professores e alunos, suas

extensões e como isso reflete no processo de ensino e aprendizagem. A relevância

do debate deve ser levada em consideração também na Universidade Federal do

Pará, pois pudemos perceber que existe uma grande insatisfação dos alunos e

professores em relação à estrutura oferecida pela Universidade para que sejam

utilizadas as novas TIC's. O sinal de internet não é de boa qualidade, não são

oferecidos equipamentos adequados e estrutura para que sejam utilizados. A

capacitação para a utilização de novas ferramentas, como o e-mail institucional e o

SIGAA, é insuficiente, entre outras críticas que foram relatadas. Por isso, é

necessário discutir as demandas dos professores e alunos da UFPA e verificar qual

a melhor maneira de fazer essa adequação no ensino, para que professores e

alunos possam acompanhar os avanços constantes e os benefícios que a internet e

suas diversas ferramentas podem oferecer para o campo da educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 17: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

CARDOSO, Denise Machado et al. Redes Sociais e Formação Docente em

Ciências Sociais. Revista Movendo Ideias. p. 39 – 47. ISSN: 1517-199x Vol. 17, Nº

2 – jul. - dez. De 2012.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Tradução de Maria

Célia Santos Raposo, 14° ed. / Petrópolis, Vozes, 2007.

KOZINETS, Robert V.. Netnografia: A Arma Secreta dos Profissionais de Marketing

– Como o conhecimento das mídias sociais gera inovação. Março de 2010.

Disponível em: http://bit.ly/1vjsLGc. Acesso em 06 de agosto de 2014.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,

publicações e trabalhos científicos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34,1999.

MAZER, J. P. et al.The effects of teacher self-disclosure via Facebook on teacher credibility. Learning, Media and Technology Vol. 34, No. 2, June 2009,

175–183.

PATRÍCIO, Maria Raquel; GONÇALVES, Vítor. Utilização educativa do Facebook no ensino superior. l Conference Learning and Teaching in Higher Education,

2010.

Page 18: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

PARECER DA ORIENTADORA: A pesquisa foi realizada conforme o proposto no projeto e plano de trabalho. O

desenvolvimento das tarefas contribuiu para a formação da graduanda em termos

da prática de pesquisa nas Ciências Sociais. Como evidência deste avanço

conceitual e empírico tem-se a aprovação de Lorena Costa na seleção de Mestrado

do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFPA).

Certamente, continuará sua formação com o mesmo brilhantismo e dedicação com

que sempre realizou as atividades de pesquisa neste projeto.

DATA : 22 de fevereiro de 2016

Denise Machado Cardoso_________________________________________ASSINATURA DA ORIENTADORA

Lorena Thamyres Trindade da Costa

____________________________________________ASSINATURA DA ALUNA

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: A aluna ingressou na turma 2016 do Programa de

Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia - PPGSA - UFPA

Page 19: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO:

1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se

ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?

2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho?

3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com

os objetivos propostos?

4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista?

Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido

gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em

que tipo de veículo?

5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório

Page 20: file · Web viewNo relatório final do ano de 2015 foi possível concluir, a partir da atualização do levantamento bibliográfico, ampliação do número de entrevistas e maior

6. Parecer Final:

Aprovado ( )

Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou recomendações)

Reprovado ( )

7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________

Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o

desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do

relatório.

Data: _____/____/_____.

________________________________________________

Assinatura do(a) Avaliador(a)