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PROJETO DE LEI PROJETO DE LEI Nº ______/2013 Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de pisos táteis ao redor de barreiras construídas nas calçadas da cidade de Salvador-BA. A CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR DECRETA: Art. 1º - Todas as barreiras arquitetônicas urbanísticas, assim definidas pela Lei Federal nº 10.098/2000, instaladas em Salvador deverão possuir sinalização com pisos táteis apropriados para facilitar o deslocamento de deficientes visuais, respeitando-se o previsto pela Lei Municipal n° 8.140/2011. Parágrafo Único: Consideram-se barreiras arquitetônicas urbanísticas: I – Telefones públicos; II – Postes de cabeamento de energia elétrica; III – Placas de trânsitos; IV – Placas de publicidade; V – Árvores; VI – Demais equipamentos públicos ou privados que constituam possíveis barreiras para o exercício do direito de ir e vir dos deficientes visuais. Art. 2° - O Poder Público e as empresas concessionárias de serviço público terão prazo de 180 dias para promover todas as adaptações a que se refere o artigo antecedente. Art. 3º - Os demais particulares terão prazo de 1 ano, a contar da publicação da presente lei, para promover as adaptações a que se referem os incisos III e V do parágrafo único do art. 1º.

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PROJETO DE LEI

PROJETO DE LEI Nº ______/2013

Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de pisos táteis ao redor de barreiras construídas nas calçadas da cidade de Salvador-BA.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR

DECRETA:

Art. 1º - Todas as barreiras arquitetônicas urbanísticas, assim definidas pela Lei Federal nº 10.098/2000, instaladas em Salvador deverão possuir sinalização com pisos táteis apropriados para facilitar o deslocamento de deficientes visuais, respeitando-se o previsto pela Lei Municipal n° 8.140/2011.

Parágrafo Único: Consideram-se barreiras arquitetônicas urbanísticas:

I – Telefones públicos;II – Postes de cabeamento de energia elétrica;III – Placas de trânsitos;IV – Placas de publicidade;V – Árvores;VI – Demais equipamentos públicos ou privados que constituam possíveis barreiras para o exercício do direito de ir e vir dos deficientes visuais.

Art. 2° - O Poder Público e as empresas concessionárias de serviço público terão prazo de 180 dias para promover todas as adaptações a que se refere o artigo antecedente.

Art. 3º - Os demais particulares terão prazo de 1 ano, a contar da publicação da presente lei, para promover as adaptações a que se referem os incisos III e V do parágrafo único do art. 1º.

Art. 4º - O descumprimento dos prazos estabelecidos nos artigos anteriores implicará em multa de 300,00 UFIR por infração, podendo ser dobrada em caso de reincidência.

Art. 5º - Fica a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo – SUCOM, responsável pela fiscalização da obrigação estabelecida por esta lei e da notificação e eventual aplicação de multa para o descumprimento do prazo fixado para adaptação.

Art. 6º - O Executivo deverá propor em 30 (trinta) dias um calendário com a implantação desses limites, de forma gradativa, no prazo máximo de cinco anos a partir do próximo ano letivo.

Art. 7º - As despesas com a execução desta lei ocorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias, sendo suplementadas caso seja necessário.

PROJETO DE LEI

Art. 8º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 15 de maio de 2013.

_______________________Hilton Coelho

Vereador (PSOL)

PROJETO DE LEI

JUSTIFICATIVA

A Lei Federal n° 10.098/2000 instituiu uma política nacional, com normas básicas para permitir acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, tendo normatizado, em seu Capítulo II, os elementos da urbanização que devem ser observados para garantir o direito de ir e vir dos deficientes físicos.

Por ser competência municipal a regulamentação do uso e ocupação do solo, art. 30, VIII da CF/88, deve o ente municipal, por sua Câmara de Vereadores, promover as alterações necessárias para compatibilizar a legislação municipal com aquilo previsto pela referida Lei Federal.

O Poder Público Municipal já editou a Lei nº 8.140/2011, que trata da padronização dos passeios públicos de Salvador, mas não criou obrigação específica para sinalização com pisos táteis para as barreiras arquitetônicas urbanísticas que dificultam a mobilidade dos deficientes visuais.

Nesse sentido, o presente projeto se justifica pela necessidade de garantir o direito de ir e vir dos deficientes, melhorando a acessibilidade especificamente dos deficientes visuais na cidade central da cidade, garantindo uma locomoção com segurança, sendo um auxílio à mobilidade.

Sabe-se que nas calçadas de Salvador existem uma série de barreiras e obstáculos, que são dificultadores dos deslocamentos para os deficientes visuais e que precisam estar sinalizados. Existem formas de demarcação destes espaços para deficientes visuais, o chamado "piso tátil ou podotáteis", feito de ladrilho hidráulico com relevos, ajuda o portador de deficiência visual a se locomover com mais segurança e tranquilidade, sendo uma referência para os deslocamentos, pois o relevo em círculo indica mudança de piso-e o retangular mostra a direção. Outra facilidade para a implantação desse revestimento, é que o mesmo pode ser aplicado de maneira sobreposta, ou integrado ao piso já existente, o que facilita sua afixação. Os pisos táteis são regulamentados pela norma técnica NBR 9050, do ano de 2004.

Desta forma, o presente projeto deve ser aprovado, como forma de compatibilizar a cidade com as necessidades dos deficientes visuais, uma vez que já existe tecnologia para facilitar o deslocamento dos mesmos pela cidade.

LEGISLAÇÃO CITADAConstituição da República Federativa do Brasil de 1988Lei Federal nº 10.098/2000 – Institui a política de acessibilidade.

Sala das Sessões, 16 de maio de 2013.

_______________________Hilton Coelho

Vereador (PSOL)