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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL (AEA) A DISTÂNCIA. Aluno : KLEYTON SAMUEL LIMA DE SOUZA – CUITÉ-PB E.E.E.M. ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS CNPJ 01 632 718 / 0001 -63 RUA: 15 DE NOVEMBRO /SN - CENTRO - 58175000 / CUITÉ-PB TEL: (83) 3372 2502 / Email: [email protected] PROJETO: REPENSANDO O BIOMA CAATIGA.

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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

(AEA) A DISTÂNCIA.

Aluno : KLEYTON SAMUEL LIMA DE SOUZA – CUITÉ-PB

E.E.E.M. ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS

CNPJ 01 632 718 / 0001 -63

RUA: 15 DE NOVEMBRO /SN - CENTRO - 58175000 / CUITÉ-PB

TEL: (83) 3372 2502 / Email: [email protected]

PROJETO:

REPENSANDO O BIOMA CAATIGA.

CUITÉ-2015

KLEYTON SAMUEL LIMA DE SOUZA

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO EMÉDIO ORLANDO VENÂNCIO

DOS SANTOS

PROJETO:

REPENSANDO O BIOMA CAATIGA.

CUITÉ-2015

RESUMO

O projeto “Repensando O Bioma Caatinga”, pretende em conjunto com os estudantes do

ensino médio da Escola Orlando Venâncio dos Santos, município de Cuité-PB, estudar e

entender o semiárido brasileiro, a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável, através da

educação ambiental e do estudo do bioma caatinga, dando-se ênfase ao processo de

desertificação no estado da Paraíba, algo sério e que assusta, propondo aos alunos identificar

as árvores típicas deste bioma, sua diversidade faunística e florística, as propriedades,

características e importância do mesmo para a região do nordeste do Brasil, bem como

também, as dificuldades quanto a preservação, conservação, e manutenção do bioma em

questão, trabalho esse realizado por meio de aulas expositivas, atividades práticas em

laboratório, trilhas ecológicas na região do curimataú paraibano, coleta de sementes e

produção de mudas de espécies nativas ameaçadas de extinção, plantio e distribuição de

mudas em ações coletivas com os alunos envolvendo a comunidade urbana e rural do

município de Cuité, levando-os a uma aprendizagem significativa, crítica e autônoma sobre as

muitas questões que envolvem a conservação da vegetação da caatinga no semiárido

paraibano.

Palavras chave: caatinga, sociedade, preservação, escola, desertificação

Sumário1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................52. JUSTIFICATIVA....................................................................................................................93. OBJETIVO GERAL..........................................................................................................11

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................114. METODOLOGIA..............................................................................................................12

4.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................................135. CRONOGRAMA FÍSICO DE ATIVIDADES PLANEJADAS........................................166. REFERÊNCIA...................................................................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

É de extrema importância nos dias atuais a preservação e conservação dos muitos biomas que

se encontram presentes no território brasileiro, assim como também em todo o planeta , uma

vez que, a existência dos mesmos é fundamental para o equilíbrio e manutenção da vida na

terra.

O Brasil é um país privilegiado, conta com uma rica biodiversidade faunística e

florística, presentes em 6 biomas característicos em seu vasto território . Devido sua enorme

extensão territorial apresenta climas e solos muito variados. Em função dessas características,

há uma evidente diversidade de biomas, definidos sobretudo pelo tipo de cobertura vegetal,

ver (figura 1e 2).

Biomas Continentais Brasileiros

Área Aproximada (km²)

Área /total do Brasil

Bioma AMAZÔNIA 4.196.943 49,29%

Bioma CERRADO 2.036.448 23,92%

Bioma MATA ATLÂNTICA

1.110.182 13,04%

Bioma CAATINGA 844.453 11 %

Bioma PAMPA 176.496 2,07%

Bioma PANTANAL 150.355 1,76%

Área Total Brasil 8.514.877 100%

A Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, ocupa oficialmente 844.453 Km²

do território brasileiro. Hoje fala-se em mais de um milhão de Km², ver ( figura 2) . Estende-

se pela totalidade do estado do Ceará (100%) e mais de metade da Bahia (54%), da Paraíba

(92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade

de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do

Maranhão (1%). Área nacional que abrange cerca de 27 milhões de pessoas e

Figura 1: Tabela mostrando a área em aproximada km² dos 6 principais biomas do Brasil. Fonte: http://www.ibge.com.br/home/presidencia

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geograficamente encontra-se localizado na região do semiárido brasileiro (MMA). Além

disso, 63% da população nordestina vivem na caatinga e sobrevivem de seus recursos

(DRUMOND e col., 2003).

A palavra caatinga é de origem tupi

e significa mata branca, referindo-se ao

aspecto da vegetação durante a estação

seca, quando a maioria das árvores perde

as folhas, e os troncos esbranquiçados

dominam a paisagem (ALBUQUERQUE

et al 2010).

Esse bioma Caracteriza-se

por ser único e exclusivamente

brasileiro, possuindo um patrimônio biológico de valor incalculável e não pode ser encontrado

em nenhum outro lugar. Devido as matas terem um aspecto seco, são muito ricas em espécies

endêmicas. Essa região também é caracterizada por ocorrer o fenômeno da sazonalidade

climática, em que a maior parte dos meses (de sete a nove) são quentes e secos, restando

poucos meses de (três a cinco) com chuvas intensas (ALBUQUERQUE et al., 2010).

Figura 2: Imagem mostrando todo o território brasileiro com seus principais biomas em destaque, sobressai-se na imagem aos limites do bioma caatinga no semiárido nordestino. Fonte:http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga.

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O bioma apresenta uma riqueza tanto na sua fauna quanto na flora e também uma

diversidade de endemismos. Algumas de suas espécies vegetais apresentam estratégias

adaptativas ao clima semiárido, como folhas finas e pequenas, perdas da folha na estação

seca, ciclo fenológico curto, sistema de armazenamento de reservas, dormência das sementes

etc. Os representantes da sua fauna apresentam hábito noturno e adaptações fisiológicas como

estratégias de sobrevivência (DRUMOND, 2012).A caatinga possui características únicas e

particulares e abrange uma diversidade de ecossistemas necessários para manter o ciclo de

vida de muitas espécies, fator que é fundamental para garantir a sustentabilidade da vida no

bioma.

Apesar da sua importância, Leal, Tabarelli e Silva (2003) discutem que este bioma

brasileiro, vem passando por um processo de alteração e deterioração ambiental muito

intenso, devido ao uso insustentável dos seus recursos naturais, o que tem levado a perda de

muitos representantes de espécies únicas do bioma, provocando a eliminação de processos

ecológicos chaves e a formação de extensos núcleos de desertificação em seus vários pontos.

Em relação este aspecto, vale salientar que segundo o INSA-Instituto Nacional do Semiárido,

aproximadamente 29% do território paraibano estariam enfrentando sérios problemas com a

desertificação, o que afeta diretamente mais de 653 mil habitantes. De acordo com a

organização, 70% da Paraíba (em municípios que abrigam 1,66 milhão de pessoas,

correspondendo a 52 % do total da população) já sofrem em algum grau o processo de

desertificação. Os dados constam do relatório “Mudanças de clima, mudanças de vida”(INSA-

2014). De acordo com os autores citados anteriormente, a caatinga está entre os biomas

menos conhecidos e estudados, comparando-se a outros que estão nos domínios brasileiros,

pois grande parte dos esforços científicos estão concentrados em biomas como a mata

atlântica, o pantanal, a Amazônia. E também, é ainda o que se encontra menos protegido, uma

vez que, as unidades de conservação cobrem pouco mais de 2% do seu território.

Desta maneira é possível destacar a vegetação da caatinga como um recurso de grande

importância para a população que sobrevive nessa região que por sua vez utiliza esses

recursos de diversas formas, entre elas a predatória. Diante de toda importância biológica esse

bioma ainda é descrito na literatura como o mais degradado, sendo muitas vezes associado à

imagem de seca e pobreza, assim considerado o mais desvalorizado, e menos conhecido

botanicamente. Porém a falta de conhecimento e devastação da flora local, contribui para uma

degradação de forma acelerada. É importante destacar, que ainda são escassos os trabalhos

que venham a discutem sobre a caatinga, principalmente quando se refere ao ambiente

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escolar. Portanto para reverter esse quadro é necessário investir em estudos da flora da

Caatinga, faz-se necessários estudar e conhecer a vegetação nativa deste bioma, para que

dessa forma, seja aplicadas atividades educacionais contextualizadas como forma de assegurar

o interesse, resgate e divulgação dos conhecimentos sobre o bioma Caatinga (ARAÚJO,

2009). O aluno necessita vivenciar questões ligadas ao seu cotidiano como uma maneira de

esclarecer falsos conceitos e eliminar preconceitos relacionados ao bioma caatinga e ao

semiárido nordestino.

Não se deve deixar de ressaltar que toda e qualquer mudança a ser pensada,

sistematizada e executada na sociedade passa pela educação e formação dos que nela vivem.

Nesse contexto, torna-se urgente introduzir a educação ambiental em escolas e centros de

ensino em todo o mundo, sem esquecermos que a verdadeira mudança deve partir do

individual para o global.

A missão da Educação é conduzir o crescimento intelectual moral, ético dos alunos por

meio de ensinamentos, de exemplos, experiências levada às escolas fazendo com que cada um

se conscientize e se responsabilize pelo destino de sua própria vida, por intermédio do eixo

norteador da questão do eu, no meio ambiente (CURRIE,1998). O educador deve ser visto

como mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como

instrumentos para o desenvolvimento de uma prática socioambiental centrada na preservação

e conservação do meio ambiente e da natureza (JACOBI, 2003).

Segundo Tristão (2002), “a escola é uma instituição dinâmica que deve compreender e

articular os processos cognitivos com os contextos da vida, já que a educação ambiental é

atravessada por vários campos do conhecimento e deve respeitar a diversidade cultural, social

e biológica”.

A dimensão ambiental na educação básica, em muitos casos, se reduz à incorporação

de temas e princípios ecológicos às diferentes matérias de estudo no nível primário - na língua

materna, na matemática, na física, na biologia, na literatura e no civismo, e a um tratamento

geral dos valores ecologistas, em vez de tentar traduzir o conceito de ambiente e o

pensamento da complexidade na formação de novas mentalidades, conhecimentos e

comportamentos, (LEFF, 2005).

É necessária portanto, uma maior discussão sobre os biomas, especialmente a Caatinga,

com a população que nele e dele vivem, como forma de auxiliar na preservação local. Neste

processo, a escola desponta como um importante meio para esta discussão, pois é um espaço

de opiniões e pode fomentar hábitos e atitudes que promovam a sustentabilidade da caatinga.

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A ação direta do professor deve estimular a criação de espaços educativos de mobilização e

processos de intervenção sobre as situações vivenciadas e de seus problemas socioambientais,

proporcionando condições em que os alunos possam exercitar suas capacidades de pensar e

agir.

Assim, o presente trabalho tem como meta principal, avaliar a percepção dos alunos do

ensino médio, de uma escola pública localizada no município de Cuité-PB, a cerca dos

conhecimentos a respeito do bioma caatinga, dando ênfase a espécies da flora nativa local

ameaçadas de extinção. Bem como também, utilizar recursos teóricos e práticos afim de

promover a produção de mudas pelo alunos de arvores da caatinga como: Umbuzeiro -

Spondias tuberosa, L, Anacardiaceae, Juazeiro, Ziziphus joazeiro Mart.; Rhamnaceae,

Amburana cearensis (Fr. All.) A.C. Smith, Barriguda, ou paineira-branca (Ceiba glaziovii)

uma espécie de Paineira do género Ceiba, o Angico, designação comum a várias árvores dos

gêneros Piptadenia, Parapiptadenia e Anadenanthera da família Mimosoideae, e Jatobá, nome

popular que se refere a árvores do gênero Hymenaea L. (Fabaceae - Caesalpinioideae), sendo

as mesmas distribuídas através de uma ação coletiva com os alunos a população urbana e rural

local, levando conhecimento e ao mesmo tempo conscientizando e informando a comunidade

quanto a importância da conservação deste bioma. Os alunos também plantarão algumas

mudas das arvores em questão no HORTO FLORESTAL OLHO D’ DA BICA NO CAMPUS

DA UFCG-CUITÉ. Após o término das atividades espera-se que os alunos participem

ativamente e estejam aptos a transmitirem os conhecimentos adquiridos, demonstrando uma

nova visão para preservação e sustentabilidade dos recursos naturais, levando-os a uma

aprendizagem significativa, crítica, autônoma e transformadora, relacionando os aspectos

homem, sociedade, meio ambiente e semiárido brasileiro.

2. JUSTIFICATIVA Tomando como pressuposto a prática pedagógica nas escolas, a Educação Ambiental,

e as mais variadas formas de inserir o conceito de desenvolvimento sustentável no convívio

dos educandos, questionando-os e sensibilizando-os quanto aos impactos das ações antrópicas

no meio ambiente e seus reflexos em nosso cotidiano, a importância de se preservar os

ecossistemas locais e globais, a degradação e as fragilidades quanto a conservação do bioma

caatinga , esse projeto foi pensado.

Tendo em vista um grande número de espécies endêmicas da flora, encontradas no

bioma caatinga, é importante destacar a importância da conservação e utilização sustentável

10

das mesmas pela população. No entanto, sabe-se que o processo de devastação vegetativa

acontece de forma acelerada, devido à exploração dos recursos locais de maneira predatória,

especialmente devido a falta de conhecimento por parte das populações locais, podendo assim

levar a extinção de várias espécies. Deve-se salientar que, o processo de desertificação do

bioma em questão na Paraíba, é algo sério e que assusta. Os especialistas alertam que se nada

for feito e se o estado atual de degradação ambiental continuar, é provável que em 100 anos, o

Semiárido paraibano esteja totalmente árido. Isso significa que a vegetação da Paraíba corre

sérios riscos de desaparecer de vez, o que seria catastrófico para a população.

Um levantamento feito pela Sudema- Superintendência de Administração do Meio

Ambiente, o órgão ambiental do Estado da Paraíba, revela que pelo menos 68% das matas

paraibanas sofreram alguma interferência do homem e estão com sua fauna e flora

comprometida afetando diretamente mais

de 1milhão de paraibanos. As regiões com

maior grau de ocorrência de desertificação

apontadas no documento são o Seridó

oriental e ocidental – composto por

municípios como Barra de Santa Rosa,

Salgadinho, Frei Martinho, Cuité e Picuí –

e o Cariri ocidental. Nessas regiões a

retirada da lenhas típicas da caatinga tem

sido feito sem nenhum controle, Ver

(figura 3). Tomando por base esta

realidade, as consequências da

degradação, e a falta de conhecimento

relacionados à vegetação dessa região ,

torna-se imprescindível conhecer e

trabalhar a flora da caatinga no contexto

escolar.

Figura 3: Mapa mostrando o acelerado processo de desertificação no seminário brasileiro o qual esta comprometendo 70% do território paraibano. Fonte :MMA

11

Diante deste desafio, apresentamos como principal proposta, aplicar conhecimentos

científicos aos alunos do ensino médio a cerca do tema sustentabilidade e biodiversidade do

bioma caatinga, partindo da aplicação de questionários semiestruturados como instrumento de

coleta de dados do conhecimento prévio dos educandos a cerca da temática, trabalhar o tema

com os alunos através de palestras, com intuito de promover uma aprendizagem significativa

sobre conteúdos específicos relacionados à caatinga como: as características da flora nativa,

importância e conservação, endemismo da fauna e flora do bioma em questão.

Posteriormente, propor atividades práticas através de trilhas ecológicas na região de Cuité-

PB, para coleta de sementes de árvores nativas locais a serem usadas na produção,

distribuição, e plantio de mudas com os alunos, com o intuito de propagar algumas espécies

da flora ameaçada do bioma caatinga, bem como destacar a importância de conhecerem

questões ligadas a esse contexto no seu cotidiano, além da conscientização e sensibilização da

comunidade local no que se refere a conservação deste bioma, que é um dos mais devastados

em nosso pais.

3. OBJETIVO GERAL O projeto repensando o bioma caatinga, tem como principal objetivo trabalhar

educação ambiental e desenvolvimento sustentável com alunos do ensino médio através do

estudo do bioma caatinga, analisando e identificando as árvores típicas deste bioma, as

propriedades, características e importância deste ecossistema para a região nordeste, o

processo de desertificação que o mesmo vem sofrendo, bem como também, as dificuldades

quanto a preservação, conservação, e manutenção da vegetação da caatinga, além de

promover a produção, distribuição e plantio de mudas de espécies nativas locais.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar a concepção dos alunos acerca do bioma caatinga, com um olhar voltado para a

flora nativa local;

Possibilitar aos alunos vivenciar questões relacionadas ao bioma caatinga;

Promover uma aprendizagem significativa dos educandos, através de aulas práticas e

expositiva sobre o tema;

Esclarecer falsos conceitos relacionados ao bioma trabalhado;

Compreender a importância de estudar e conhecer o bioma caatinga no contexto escolar;

Identificar as principais espécies de plantas nativas da região do semiárido;

Contribuir para a preservação de espécies da caatinga arbórea, ameaçadas de extinção;

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Promover atividades práticas como a produção de mudas nativas, para que desperte no

aluno interesse de conhecer e conservar a flora da caatinga;

Mostrar aos alunos a importância e a necessidade de preservação do ambiente em que eles

vivem;

Destacar os impactos do uso predatório antrópico que contribuem para devastação do

bioma caatinga no nordeste;

Realizar através de aula prática o plantio de mudas nativas do bioma em questão no horto

olho d’ da bica;

Destacar a importância ecológica quanto à preservação do horto olho d’ da bica;

Realizar trilhas ecológicas com os alunos a fim de conhecer e coletar sementes de espécies

nativas locais;

Salientar e destacar os riscos do processo de desertificação que o semiárido paraibano vem

enfrentando atualmente;

Efetuar a distribuição de mudas de arvores da caatinga arbórea a população urbana e rural

do município de Cuité;

Promover ações coletivas de conscientização e sensibilização da população local quanto a

conservação do bioma em questão;

4. METODOLOGIA

O estudo será desenvolvido no município de Cuité (6° 29 ’0’’ S; 36° 9’3” W), cidade

que faz parte da microrregião do Curimataú Ocidental da Paraíba, com área territorial de

741,840 km2 e distancia 235,10 Km da capital do estado, João Pessoa. O mesmo possui uma

população estimada de 20.299 habitantes/km2em 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). O local para desenvolvimento do trabalho será na

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Orlando Venâncio dos Santos, situada na

Rua 15 de Novembro, s/n, Bairro Centro, (zona urbana),Ver (figura 4).

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4.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente projeto será realizado com alunos possuindo idades entre 15 a 18 anos,

regularmente matriculados no ensino médio na escola descrita acima, os trabalhos serão

realizados de forma contínua no decorrer de 6 meses no mínimo, de Maio a Novembro de

2015 nas disciplinas de Biologia interdisciplinando o mesmo com as matérias Educação

Física e História.

Consequentemente, as atividades deverão ser desenvolvidas em etapas, inicialmente na

1ª das etapas o projeto será apresentado aos alunos com seus respectivos objetivos, em qual na

oportunidade deverá ser feito o levantamento do conhecimento prévio dos educandos, sobre

desenvolvimento sustentável, educação ambiental, bioma caatinga, suas características,

importância e conservação do mesmo, entre outros conceitos. Para tanto será aplicado um

questionário semiestruturado com perguntas objetivas e discursivas a cerca das temáticas a

serem trabalhadas. Sendo em seguida na 2ª etapa das atividades programadas, o

desenvolvimento de aulas expositivas sobre temas específicos como: desenvolvimento

sustentável e sustentabilidade no semiárido, características da vegetação da caatinga,

importância e conservação do mesmo, produção de mudas de espécies nativas locais. Na

realização destas atividades do projeto será necessária a utilização de recursos como: sala de

aula, quadro branco, auxílio de data show, notebook, apostilas, e alguns vídeos sobre a

Figura4.Vista parcial do munícipio de Cuité-PB, visualizado pelo Google Mapas, com destaque para Escola Orlando Venâncio dos santos, onde será executado o projeto. Fonte:https://www.google.com.br/mapas

14

temática do projeto.

Nestas etapas do projeto os alunos irão estudar sobre as árvores típicas do bioma da

caatinga, suas características, importância, adaptação ao clima semiárido da região nordeste,

bem como também, os aspectos sociais e econômicos do semiárido brasileiro e o intenso

processo de desertificação que o mesmo vem enfrentando. Na 3ª etapa dos trabalhos será

proposto aos alunos a realização de trilhas ecológicas nas localidades rurais do município de

Cuité-PB, tendo por objetivo conhecer e analisar a vegetação local, observar os impactos

provocados pelo uso predatório da vegetação nativa, além de coletar sementes de arvores da

caatinga a serem levadas ao laboratório da escola para serem escarificadas e semeadas pelos

alunos. Na realização desta atividade será necessário o uso chapéu ou boné, protetor solar,

tênis, água potável, mochila, caneta, sacos plásticos, cordões, e fita adesiva para etiquetas.

Posteriormente, na 4ª etapa dos trabalhos os alunos serão levados ao laboratório de

ciências da escola, para aula prática a qual terá por objetivo, a escarificação das sementes

coletadas em campo das árvores nativas locais, ocasião em que as mesmas serão semeadas em

sacos plásticos para plantio de mudas de árvores, a ser feito pelos alunos utilizando como

substrato barro, humos de minhoca e esterco bovino. As árvores nativas a serem produzidas

na escola serão: Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda), Jatobá (Hymenaea courbaril L.),

Aroeira (Myracrodruon urundeuva), Catingueira (Caesalpinia pyramidales), Angico

(Anadenanthera colubrina), Juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.; Rhamnaceae), Jucá

(Caesalpinea ferrea Mart ex Tul) e Barriguda (Ceiba glaziovii). Para estas atividades será

necessário a utilização de materiais como lixas, bandejas de plástico, estiletes, bancada do

laboratório, borrifador , esterco, húmus de minhoca, barro, saquinhos para mudas de árvores,

e água. É importante destacar, que esta etapa das atividades será realizada em laboratório com

os alunos, permanecendo os saquinhos com as sementes no laboratório até a germinação das

plântulas. Após germinadas, as mesmas serão levadas ao pátio da escola, para passarem por

um processo de aclimatização – adaptação as condições climáticas e ambientais locais, sendo

regadas e cuidadas pelos alunos da escola diariamente.

As aulas práticas das duas últimas etapas, terão o objetivo de proporcionar aos alunos

a capacidade de desenvolver atividades sustentáveis e por em prática o conhecimento

adquirido, dessa maneira possuem como intuito promover a propagação e conservação de

algumas espécies muito conhecidas e de grande utilidade na região, uma vez que, muitas sofre

grande pressão extrativista e algumas já figuram a lista de ameaçadas de extinção.

15

Dando continuidade aos trabalhos, na 5ª etapa do projeto, pretende-se realizar uma

atividade coletiva com os alunos que tem por meta a conscientização, e sensibilização da

comunidade local quanto a preservação e conservação do bioma caatinga, através da

distribuição para a população das mudas produzidas na escola, em feira livre no município de

Cuité-PB. Na 6ª e ultima etapa das atividades, os alunos serão levados ao Horto Florestal

Olho D’água da Bica, localizado no município de Cuité-PB, para que os mesmos possam

plantar algumas das mudas por eles produzidos. Ocasião esta, a qual será necessário utilizar

materiais como cavador, fita métrica para medir a distância entre uma muda e outra, e enxada.

Torna-se relevante destacar que a abordagem de temáticas como o bioma Caatinga buscam

que os alunos adquiram uma visão crítica e contextualizada acerca da dinâmica de

funcionamento do ecossistema e de reciclagem dos nutrientes na natureza, além da

importância destes para a manutenção do meio ambiente e a sustentabilidade,

contextualizando as várias disciplinas com os conceitos e princípios os quais integram e

estruturam uma educação ambiental centrada em um aprendizado coletivo e pluridisciplinar.

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5. CRONOGRAMA FÍSICO DE ATIVIDADES PLANEJADAS.ATIVIDADES PLANEJADAS

1º Mês

Março

2°Mês

Abril

3º Mês

Maio

4º Mês

Junho

5º Mês

Julho

6º Mês

Agosto

Planejamento e organização do material

didático e referencial para elaboração do

projeto e de aulas teóricas e práticas.

X X

Apresentação do projeto aos alunos em

PowerPoint relacionando o

desenvolvimento sustentável e o bioma

caatinga.

X

Desenvolvimento de aulas expositivas

sobre sustentabilidade, vegetação da

caatinga, semiárido brasileiro e

desertificação, entre outros temas.

X

Realização de trilhas ecológicas com os

alunos, objetivando conhecer a vegetação e

coletar sementes de arvores nativas.

X

Aulas práticas em laboratório com os

alunos para escarificação de sementes, e

preparo do substrato orgânico para plantio

de sementes .

X

Preparo dos saquinhos plásticos para mudas

de arvores e plantio das sementes

escarificadas.

X

Regagem e monitoramento da germinação

de mudas produzidas. X X X X

Distribuição de mudas de arvores nativas a

população urbana e rural local, pelos

alunos.

X X

Plantio de mudas pelos alunos em

atividade prática no Horto Florestal Olho

D’água da Bica, no município de Cuité-PB.

X

6. REFERÊNCIA

17

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Paulino Bauru,São Paulo,Canal6, 2010.

ARAÚJO, C. S. SOBRINHO J. F. O bioma caatinga no entendimento dos alunos da rede

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18

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