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RESOLUÇÃO SESAU N. 196, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2014. DISPÕE SOBRE O REGULAMENTO TÉCNICO PARA O FUNCIONAMENTO DE SERVIÇOS DE ESTÉTICA E EMBELEZAMENTO SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA.

CONSIDERANDO as disposições constitucionais e a Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que tratam das condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, como direito fundamental do ser humano;

CONSIDERANDO a Lei Federal n. 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), que estabelece que a proteção da saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de serviços é um dos direitos básicos do consumidor;

CONSIDERANDO a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostas as pessoas que frequentam os serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica;

CONSIDERANDO a necessidade de definir critérios mínimos para o funcionamento e qualidade e avaliação dos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica;

CONSIDERANDO as disposições contidas no Código Penal, art.129 (das lesões corporais), e dos artigos 949, 950 e 951 do Código Civil, que tratam da indenização no caso de lesão ou outra ofensa à saúde de outrem;

CONSIDERANDO que no exercício da atividade fiscalizadora, as Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios, deverão observar entre outros requisitos e condições, a adoção de medidas de biossegurança pelos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica;

CONSIDERANDO que as ações e serviços de saúde são de relevância pública, estando sujeitos à regulamentação, fiscalização e controle pelo Poder Público, nos termos do art. 197, da Constituição da República; RESOLVE: Art. 1º -Aprovar o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para os serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica, na forma do Anexo deste Regulamento Técnico. Art. 2º -O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui infração de natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei Municipal Complementar n. 148, de 23 de dezembro de 2009, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis.

CAMPO GRANDE-MS, 7 DE NOVEMBRO DE 2014. JAMAL MOHAMED SALEM Secretário Municipal de Saúde Pública

ANEXO A RESOLUÇÃO SESAU N. 196/2014 REGULAMENTO TÉCNICO PARA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE ESTÉTICA E EMBELEZAMENTO SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS SEÇÃO I OBJETIVO Art. 1º -Estabelecer o padrão mínimo de funcionamento para os estabelecimentos que realizam serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. SEÇÃO II ABRANGÊNCIA Art. 2º -Este Regulamento é aplicável a todo estabelecimento que realiza atividades de cabeleireiro, barbearia, depilação (exceto depilação a laser), manicure e pedicure, podologia, serviços estéticos faciais, corporais e terapias capilares, e outras atividades similares. § 1º -Caso o estabelecimento realize maquiagem definitiva, o mesmo deverá seguir as legislações pertinentes. § 2º – As escolas de cabeleireiros(as), manicures, pedicures e similares ficam sujeitas ao estabelecido neste regulamento. SEÇÃO III DAS DEFINIÇÕES Art. 3º -Para os fins do presente Regulamento Técnico, serão utilizadas as seguintes definições: I -Ambiente: espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma área. II -Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces. III -Área de processamento de artigos: local onde são realizadas lavagem, preparação, desinfecção ou esterilização de instrumentais utilizados nos procedimentos. IV -Artigos: compreendem instrumentos de naturezas diversas, acessórios de equipamentos e outros. Exemplo: pinças, alicates, tesouras, espátulas, pincéis, pentes, escovas, bacias, toalhas, etc. V -Artigo de uso único e/ou descartavel: é o produto que, após o uso, perde suas características originais ou que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário, não deve ser reutilizado nem reprocessado. VI -Desinfecção: processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies. VII -Esterilização: processo físico ou químico ou físico-químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos. VIII -Esteticista nível médio: é o profissional com escolaridade mínima de nível médio, que possua comprovação de frequência, avaliação e aprovação em curso profissionalizante ministrado por escolas credenciadas pelos órgãos competentes. IX -Evento adverso: qualquer efeito não desejado, em humanos, decorrente do uso de produtos sujeitos à vigilância sanitária. X -Lavatório de mãos: peça sanitária destinada exclusivamente à lavagem de mãos. XI -Licença sanitária: documento expedido pelo órgão sanitário competente, que libera o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. XII -Limpeza: consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com consequente redução da carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização. XIII -Local insalubre: local que permite a exposição a fatores de risco para a saúde, presente em ambientes e processos de trabalho. XIV -Responsável legal: pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida de representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais a pessoa jurídica. XV -Responsável técnico: profissional legalmente habilitado, considerado responsável perante o órgão sanitário competente de fiscalização, pelo cumprimento da legislação pertinente de saúde, sem prejuízo das demais atividades profissionais que desenvolve no respectivo estabelecimento, empregando todos os meios e recursos disponíveis, no sentido de que se adotem os processos e métodos científicos e tecnológicos, visando a proteção da saúde dos funcionários, clientes e demais circunstantes. XVI -Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta. XVII -Tecnólogo em estética: profissional com diploma de curso superior de estética e cosmética, oficialmente reconhecido, expedido por instituição de ensino superior devidamente credenciada pelo Ministério da Educação -MEC. CAPÍTULO II DOS REQUISITOS PARA FUNCIONAMENTO SEÇÃO I DO LICENCIAMENTO Art. 4º -Os estabelecimentos objetos desse Regulamento Técnico devem possuir licença sanitária, expedida pelo órgão sanitário competente. SEÇÃO II ESTRUTURA FÍSICO-FUNCIONAL Art. 5º -Os estabelecimentos de que trata este Regulamento estarão sujeitos às normas gerais e específicas de edificações, sejam federais, estaduais e municipais vigentes; às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua especificidade e às normas técnicas específicas de engenharia e arquitetura, com a adoção de procedimentos que garantam a segurança do trabalhador e do usuário. Art. 6º -Os serviços de estética e embelezamento deverão ser independentes de residência e não servir de passagem para outro local. DIOGRANDE n. 4.145 PÁGINA 9 - terça-feira, 11 de novembro de 2014

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Art. 7º -As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a incêndio, telefonia, acessibilidade e outras existentes, deverão atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim como às normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações. Art. 8º -As instalações elétricas deverão possuir fiação embutida, tomadas com indicação de voltagem e quadro de força devidamente identificado com acesso desobstruído. Art. 9º -O ambiente destinado à recepção/sala de espera deverá ser de fácil acesso, com ventilação e iluminação que garantam conforto térmico. Deverão ser disponibilizados água potável e copos descartáveis, além de coletor para lixo com saco plástico, com cadeiras ou similares, em número suficiente para atender a demanda diária. Art. 10 -As instalações sanitárias deverão possuir piso de material liso, resistente, antiderrapante e de fácil higienização, paredes também de material liso, resistente, impermeável e de fácil higienização. Estas instalações deverão ser providas de pia lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de sabonete líquido, vaso sanitário dotado de assento com tampa, recipiente coletor de lixo com saco plástico, tampa e acionamento não manual. Quando albergadas em shopping/centros comerciais, as instalações sanitárias destinadas ao público poderão ser as coletivas do local. Art. 11 -Os sanitários/vestiário de funcionários deverão ser em quantidade suficiente e providos de vaso sanitário com assento e tampa, pia lavatório com dispensador de sabonete líquido e suporte para papel toalha, lixeira com tampa e acionamento não manual e armário para guarda de pertences. Art. 12 -As paredes e teto do estabelecimento deverão ser revestidos ou pintados com material liso, resistente e impermeável e piso de material antiderrapante, resistente, impermeável e de fácil higienização. Art. 13 -Todos os ralos instalados no estabelecimento deverão ser sifonados e possuir tampa escamoteável. Art. 14 -A iluminação e ventilação deverão ser naturais e/ou artificiais de forma a proporcionar adequadas condições de segurança e conforto. Art. 15 -Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os estabelecimentos deverão possuir dimensionamento compatível com a atividade a ser realizada, com área que permita livre circulação. Parágrafo único -Os estabelecimentos que oferecerem serviços de estética corporal deverão possuir sanitário dotado de chuveiro anexo à sala de procedimentos. Art. 16 -Deverá ser garantida a privacidade, durante os procedimentos em que haja exposição do cliente (massagem, depilação, massagem relaxante, banho de ofurô, drenagem linfática, massagem estética e outras atividades similares), devendo haver sala/box individual. Art. 17 -Para a realização de processos químicos, deverá possuir sala exclusiva com sistema de exaustão adequada para as atividades que gerem emissão de vapores, fumaça e odores que provoquem desconforto. Art. 18 -Todo estabelecimento deverá possuir lavatório exclusivo para higienização de mãos dos(as) profissionais, provida de dispensador de sabonete líquido e suporte para papel toalha, coletor para lixo com tampa, acionamento não manual e saco plástico, em posição estratégica em relação ao fluxo de atendimento aos clientes e em número suficiente de modo a atender a demanda. Art. 19 -Todo estabelecimento deverá possuir bancadas fixas ou móveis para apoio das atividades, com acabamento liso, impermeável, resistente, lavável, de fácil higienização. Art. 20 -O estabelecimento deverá possuir, no mínimo, um ambiente destinado ao processamento de artigos, disposto de pia com bancada para limpeza, preparo, desinfecção e/ou esterilização de materiais, em dimensão adequada. Art. 21 -Os estabelecimentos deverão disponibilizar área específica para guarda de materiais esterilizados, materiais limpos e instrumentais não esterilizados, devendo ser acondicionados em locais distintos, em recipiente fechado, limpo, livre de umidade e identificados. Art. 22 -Caso as refeições dos trabalhadores sejam realizadas no local, o estabelecimento deverá disponibilizar área adequada para este fim, fora dos postos de trabalho e não ter comunicação direta com instalações sanitárias ou locais insalubres, tendo no mínimo piso revestido com material resistente, liso e impermeável; pia com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios, geladeira exclusiva para guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de alimentos. Art. 23 -No caso de preparo de alimentos, o estabelecimento fica obrigado a instalar cozinha, de acordo com a legislação específica. Art. 24 -Acima de 6 (seis) boxes deverá existir um lavatório exclusivo para higienização de mãos provido de dispensador de sabonete líquido e suporte para papel toalha, coletor para lixo com tampa e acionamento não manual e saco plástico, em posição estratégica em relação ao fluxo de atendimento aos clientes. Todas as salas/box deverão possuir dispensador com álcool a 70% para assepsia das mãos. Art. 25 -Deverá possuir área de serviço coberta, dotada de tanque para higienização de materiais usados no processo de limpeza das superfícies dos estabelecimentos e para o descarte das águas servidas e armário para guarda de materiais e utensílios de limpeza. Art. 26 -Quando o estabelecimento realizar reprocessamento de roupas contaminadas (podologia), deverá possuir área exclusiva para lavanderia e dispor de máquina lavadora, sendo vedada a lavagem manual, ou deverá apresentar comprovante de terceirização dos serviços por empresa devidamente licenciada. Art. 27 -Os estabelecimentos de que trata este regulamento deverão dispor de equipamentos e mobiliário adequados, mantidos higienizados e em condições ergonômicas aceitáveis. Os móveis e equipamentos como cadeiras, armários, macas e colchões deverão ser revestidos de material resistente, impermeável e de fácil higienização. Art. 28 -Os serviços de cabeleireiro deverão ser dotados de no mínimo 01 (um) lavatório de cabelos, com água corrente e mecanismo ajustável de temperatura. Art. 29 -A obrigatoriedade de ambientes específicos dependerá da execução ou não da atividade. SEÇÃO III ABASTECIMENTO E USO DE ÁGUA Art. 30 -Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão ser providos de reservatório de água potável, com capacidade suficiente à sua demanda diária, devendo ser limpo e desinfetado a cada 06 (seis) meses. Art. 31 -O reservatório de água deve ser devidamente protegido para evitar a entrada de animais de qualquer porte, isento de rachaduras, de sujidades ou quaisquer outros contaminantes, permitindo o fácil acesso para inspeção e limpeza, além de possibilitar o esgotamento total. Deve-se definir procedimento escrito para a higienização da caixa d’água e manutenção dos registros que comprovem sua realização. SEÇÃO IV ESGOTAMENTO SANITÁRIO Art. 32 -O esgoto sanitário e as águas residuais (provenientes de lavatórios, pias, sanitários, etc.) deverão ser devidamente canalizados para a rede coletora de esgotos ou sistemas individuais de esgotamento sanitário, sendo vedado o lançamento no sistema de coleta de águas pluviais e em vias públicas. Art. 33 -O sistema de caixas de gordura e de passagem deverá ter manutenção periódica, evitando incrustações ou extravasamentos. Art. 34 -Para escoamento da água de lavagem de pisos, o estabelecimento deverá dispor de sistema de ralos instalados em pontos estratégicos, com fecho hídrico e tampa escamoteável, devidamente interligado ao sistema de esgotamento sanitário. SEÇÃO V RESÍDUOS Art. 35 -Todos os resíduos sólidos produzidos no estabelecimento deverão ser acondicionados em sacos plásticos com simbologia de substância infectante quando se tratar de lixo contaminado ou sacos sem simbologia, para lixo comum. Este acondicionamento se dará em recipientes coletores providos de tampa de acionamento não manual, de material liso e resistente, sem arestas, de forma a permitir a adequada higienização. Art. 36 -Deverá ser apresentado Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos -PGRS contendo no mínimo as informações constantes no modelo conforme Anexo I. Art. 37 -Os salões de beleza, podólogos, salões de estética e barbeiros deverão encaminhar seus resíduos (grupos A, B e E) para coleta com empresa devidamente licenciada. Serão dispensados de contrato mensal os estabelecimentos onde há geração esporádica de resíduos, porém, deverão ser arquivados os comprovantes de destinação final adequada dos resíduos às empresas específicas. Art. 38 -Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 13853/1997 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. Art. 39 -Os recipientes mencionados no artigo anterior devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Art. 40 -Os recipientes para descarte de perfurocortantes deverão ser acondicionados em local apropriado e seguro, de modo a não favorecer a ocorrência de acidentes. Art. 41 -Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte, sendo vedado o reencape de agulhas. Art. 42 -Os resíduos sólidos deverão ser depositados, após embalados, em local apropriado, protegidos contra o acesso de vetores e pragas, fora da área de atendimento, enquanto aguardam o recolhimento. Art. 43 -Não será permitido o acúmulo, em locais impróprios, de detritos que possibilitem a proliferação de vetores. SEÇÃO VI PROGRAMA DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS URBANAS Art. 44 -Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão instituir um programa de controle de vetores e pragas urbanas com medidas preventivas e, quando necessárias, corretivas. Art. 45 -O procedimento de controle químico, quando realizado, deverá ser efetuado por empresa terceirizada com licença sanitária atualizada para a atividade. SEÇÃO VII SAÚDE OCUPACIONAL Art. 46 -Os estabelecimentos de que trata este Regulamento Técnico deverão elaborar e tornar disponíveis aos funcionários Manual de Procedimentos Operacionais, contendo rotinas de procedimentos técnicos, biossegurança e medidas de controle de transmissão de doenças.

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Art. 47 -O Manual de Procedimentos Operacionais deverá ser elaborado de acordo com a realidade do estabelecimento e com as legislações sanitárias vigentes e estar devidamente datado e assinado pelo responsável técnico e pelo responsável legal. Deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: I -Identificação do estabelecimento; II -Relação de funcionários e funções; III -Relação de serviços e procedimentos realizados; IV -Relação de equipamentos, com respectivos números de registros (quando for o caso); V -Manutenção preventiva dos equipamentos; VI -Processamento de artigos e superfícies; VII -Controle de vetores e pragas urbanas e higienização do reservatório de água; VIII -Descrição da rotina de lavagem de roupas utilizadas na atividade; IX -Plano de gerenciamento dos resíduos gerados; DIOGRANDE n. 4.145 PÁGINA 10 - terça-feira, 11 de novembro de 2014

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X -Outras informações que se fizerem necessárias. Art. 48 -O Manual de Procedimentos Operacionais deverá ser atualizado sempre que houver alteração de procedimentos/serviços. Art. 49 -Os profissionais dos estabelecimentos de que trata este Regulamento devem comprovar conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e superfícies, biossegurança e gerenciamento de resíduos, de acordo com regulamento específico. Art. 50 -Todos os profissionais devem apresentar comprovante de vacinação contra hepatite B e tétano. Art. 51 -O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança. Art. 52 -Deverão ser disponibilizados, além dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), equipamentos de proteção individual (EPI) aos funcionários (óculos, máscaras, respiradores, luvas e jalecos), de acordo com as funções exercidas, em número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. Para a manipulação de produtos químicos que gerem vapores, o trabalhador deverá utilizar respirador adequado. SEÇÃO VIII PRODUTOS Art. 53 -Todos os produtos de interesse à saúde em uso ou armazenados no estabelecimento deverão obrigatoriamente estar dentro do prazo de validade e obedecer à legislação específica quanto ao registro ou notificação no órgão competente. Parágrafo único -Os produtos deverão ser adquiridos de fornecedores devidamente licenciados pelo órgão sanitário competente. Art. 54 -Os produtos químicos, cosméticos, saneantes que forem submetidos a fracionamento ou diluição com a finalidade de facilitar a atividade, deverão ser acondicionados em recipientes de primeiro uso devidamente identificados, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, lote, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. Parágrafo único -O fracionamento deverá ser de acordo com as especificações contidas no rótulo do fabricante. Art. 55 -É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos, cosméticos, saneantes, entre outras. Art. 56 -As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes para cada cliente, sendo vedada a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro produto químico. Parágrafo único -Fica terminantemente proibida a utilização de cera caseira. Art. 57 -É proibida a adição de formol ou de formaldeído em produtos cosméticos acabados o que caracteriza adulteração, fabricação e utilização de produtos clandestinos. Art. 58 -Os estabelecimentos que oferecem serviços de cabeleireiros e congêneres ficam obrigados a afixarem em local visível ao consumidor, cartaz informando a proibição e os males que acarretam o uso de formol, nos tratamentos capilares. O aviso deve conter obrigatoriamente o texto: “O uso de formol nos tratamentos capilares é proibido e é considerado cancerígeno segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)”. SEÇÃO IX EQUIPAMENTOS/ INSTRUMENTAIS Art. 59 -Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão dispor de todos os equipamentos necessários à realização das atividades propostas, mantendo-os higienizados e em condições de funcionamento e ergonomia adequados. Art. 60 -Os equipamentos e instrumentais deverão ser disponibilizados em quantidade suficiente para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos para limpeza, desinfecção e/ou esterilização dos mesmos. Art. 61 -Todos os equipamentos deverão possuir registro no órgão competente, sendo observadas suas restrições de uso. Os proprietários deverão realizar manutenção preventiva (de acordo com as recomendações do fabricante) e corretiva de equipamentos, mantendo os registros atualizados. Art. 62 -A manutenção dos equipamentos deverá ser realizada por empresa devidamente habilitada para tal atividade. Art. 63 -Os equipamentos destinados à esterilização de materiais deverão ter registro para este procedimento no órgão sanitário competente. Art. 64 -É proibido o uso de fornos elétricos, estufas e equipamentos à base de radiação ultravioleta para o processo de esterilização de materiais.

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Art. 65 -A higienização dos aparelhos de ventilação artificial deverá atender as orientações do fabricante quando se tratar de aparelho individual ou seguir normas técnicas específicas para centrais de ar condicionado. Art. 66 -O estabelecimento deverá manter refrigerador exclusivo para guarda de produtosque necessitam ser mantidos sob refrigeração, com termômetro e registro diário de temperatura. É vedado o armazenamento em refrigerador de guarda de alimentos. SEÇÃO X PROCEDIMENTOS Art. 67 -Os artigos utilizados deverão ser submetidos aos processos de limpeza, desinfecção e/ou esterilização, de acordo com as finalidades propostas, com a legislação específica e com o Manual de Procedimentos Operacionais do estabelecimento. Estes artigos quando em contato com sangue ou secreções deverão ser esterilizados ou descartáveis. Art. 68 -Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização os artigos deverão ser acondicionados em recipiente limpo e protegido. Art. 69 -No processo de esterilização é obrigatório o acondicionamento dos artigos em invólucros adequados à técnica empregada, devidamente vedados, com registro no Ministério da Saúde, devendo constar na embalagem a data de esterilização. Art. 70 -Os estabelecimentos deverão realizar controle de qualidade do processo de esterilização, cujo monitoramento deverá contemplar: I -Testes biológicos devidamente registrados com periodicidade mínima mensal; II -Identificação visual dos pacotes com fita termossensível; III -Registro das falhas a cada esterilização. Art. 71 -As roupas limpas do estabelecimento deverão ser acondicionadas em sacos plásticos, recipientes fechados ou armários, sendo trocadas a cada cliente. Art. 72 -O acondicionamento de roupas sujas deverá ser feito em recipiente plástico com tampa e identificado com a inscrição ROUPA SUJA. Art. 73 -As lâminas para barbear são de uso único ficando vedado o seu reprocessamento, devendo ser descartadas como material perfurocortante. Art. 74 -É obrigatória a utilização de material descartável para proteção de bacias de manicure e pedicure. Também são consideradas de uso único lixas para unhas e pés, polidoras, palitos e espátulas de madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da pele. CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 75 -O responsável legal responderá administrativamente por todos os atos praticados, por ele ou por seus funcionários, no interior de seu estabelecimento. Art. 76 -São vedadas aos profissionais que realizam os procedimentos de estética e embelezamento a prescrição e a administração de quaisquer medicamentos por qualquer via de administração (tópica, oral, injetável e outras) aos seus clientes. Art. 77 -Estes estabelecimentos deverão manter quadro de pessoal devidamente qualificado, em número suficiente para a perfeita execução das atividades. Art. 78 -Fica concedido prazo de 02 (dois) anos, a partir da data de publicação desta Resolução, para o atendimento do artigo 70. Resolução, para o atendimento do artigo 70. Art. 79 -O não cumprimento dos dispositivos deste instrumento implicará a aplicação das penalidades previstas na Lei Complementar Municipal n. 148, de 23 de dezembro de 2009 ou a que vier substituí-la ou complementá-la. Art. 80 -A partir da data da publicação desta Resolução, os novos estabelecimentos devem atender na íntegra às exigências nela contidas, previamente ao seu funcionamento. Art. 81 -Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 82 -Ficam revogadas as disposições contrárias. ANEXO I MODELO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS O PGRS é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente. 1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: Razão Social/Nomecompleto:______________________________________________

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CNPJ/CPF: _______________________ Inscrição Municipal:_____________________ Endereço:_____________________________________________ Bairro:_______________________ CEP:_____________________ Telefone:_____________________ 2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO/ OPERAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOSSÓLIDOS – PGRS: Nome:_______________________________________________________________ RG:_____________________________ CPF:______________________________ Profissão/Ocupação _____________________________________________________ Registro no Conselho (caso houver): ____________________ Telefone:_____________________ 3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: Atividade(s) Desenvolvida(s):______________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Área Construída (m²):______________ Área do Terreno (m²):___________________ Quadro de funcionários: Cargo ou função Quantidade