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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 13.out.2014 “Encare a realidade como ela é, não como você gostaria que ela fosse.” (Jack Welch) Empresas optantes pela antecipação do regime introduzido pela Lei nº 12.973/2014 em 2014 não estão dispensadas da DCTF 6 de outubro de 2014 18:32 A norma em referência alterou a IN RFB nº 1.110/2010, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e aprovou o programa gerador e as instruções para preenchimento da DCTF na versão “DCTF Mensal 1.8″. A alteração determina que as pessoas jurídicas optantes pela aplicação antecipada do novo regime tributário introduzido pela Lei nº 12.973/2014 em 2014 não estão dispensadas da entrega da DCTF. (Instrução Normativa RFB nº 1.496/2014 – DOU 1 de 06.10.2014) via:: NETIOB :: . Empresas optantes pelo Simples Nacional obrigadas à EFD ICMS/IPI: lançamento de documentos fiscais De acordo com o Protocolo ICMS 91/2013, que modificou o Protocolo ICMS 03/2011, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional estarão obrigadas à Escrituração Fiscal Digital – EFD ICMS/IPI a partir de 01/01/2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade Federada. Preparamos uma tabela com o início de obrigatoriedade da EFD ICMS/IPI para as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo simples nacional IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 13.out.2014

“Encare a realidade como ela é, não como você gostaria que ela fosse.” (Jack Welch)

 

Empresas optantes pela antecipação do regime introduzido pela Lei nº 12.973/2014 em 2014 não estão dispensadas da DCTF 6 de outubro de 2014 18:32

A norma em referência alterou a IN RFB nº 1.110/2010, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e aprovou o programa gerador e as instruções para preenchimento da DCTF na versão “DCTF Mensal 1.8″. A alteração determina que as pessoas jurídicas optantes pela aplicação antecipada do novo regime tributário introduzido pela Lei nº 12.973/2014 em 2014 não estão dispensadas da entrega da DCTF.

(Instrução Normativa RFB nº 1.496/2014 – DOU 1 de 06.10.2014)

via:: NETIOB ::.

Empresas optantes pelo Simples Nacional obrigadas à EFD ICMS/IPI: lançamento de documentos fiscais     De acordo com o Protocolo ICMS 91/2013, que modificou o Protocolo ICMS 03/2011, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional estarão obrigadas à Escrituração Fiscal Digital – EFD ICMS/IPI a partir de 01/01/2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade Federada.

   Preparamos uma tabela com o início de obrigatoriedade da EFD ICMS/IPI para as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo simples nacional em cada Estado da Federação, conforme abaixo: ESTADO INÍCIO DA

OBRIGATORIEDADEEMPRESAS OBRIGADAS BASE LEGAL

Acre 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Alagoas 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Amapá 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Amazonas 01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional relacionadas no

Anexo VI da Resolução 0016/2014 – GSEFAZResolução 0016/2014 – GSEFAZ

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não relacionadas no Anexo VI da Resolução 0016/2014 – GSEFAZ

Bahia 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Ceará 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Espírito santo

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

Goiás 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Maranhão 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Mato Grosso

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

Mato Grosso do Sul

01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional relacionadas no Anexo Único da Resolução/SEFAZ 2.510/2013

Resolução/SEFAZ 2.510/2013

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não relacionadas no Anexo Único da Resolução/SEFAZ 2.510/2013

Protocolo ICMS 91/2013

Minas Gerais

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

Pará 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Paraíba 01/01/2014 Contribuintes com regime de apuração Normal e que a

partir de 01/01/14 optarem pelo Simples Nacional deverão continuar apresentando a EFD.

Decreto 34.436/13

01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional com faturamento, no exercício de 2013 e subsequentes, superior a R$ 2.520.000,00.

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Paraná 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Piauí 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Rio de Janeiro

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

Rio Grande do Norte

01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Decreto 24.120/13

Rio Grande do Sul

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

Rondônia 01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional enquadradas nos CNAE elencados no Anexo Único da IN 007/2013/GAB/CRE e demais estabelecimentos destes contribuintes situados no Estado

IN 007/2013/GAB/CRE

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não enquadradas no Anexo Único da IN 007/2013/GAB/CRE ou não pertencentes a contribuintes elencados no referido Anexo Único

Protocolo ICMS 91/2013

Roraima 01/01/2014 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional enquadrados no Regime de Pagamento Normal

Portaria 253/2014

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional enquadrados no Regime de Pagamento Simplificado

Protocolo ICMS 91/2013

Santa Catarina

01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

São Paulo 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Sergipe 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013Tocantins 01/01/2016 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional Protocolo ICMS 91/2013

 

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   Para estas empresas optantes pelo Simples Nacional, o lançamento de documentos fiscais na EFD ICMS-IPI será realizado através da geração do arquivo no Perfil “C”, onde alguns registros não precisam ser informados, como os registros que detalham os itens dos documentos fiscais. Assim, os Registros C170, C370, e C470 não devem ser preenchidos.

   Os contribuintes do Simples Nacional não realizam apuração de ICMS. Por este motivo, nem recebem, nem transferem créditos para seus clientes (exceto a parcela destacada no campo Observações do Documento Fiscal, e a emissão de nota fiscal de devolução de mercadoria recebida com destaque de ICMS). Como consequência, ao escriturar os documentos (de entrada e de saída), todos os campos referentes a ICMS devem ser preenchidos “ZERADOS”, desde a base de cálculo até o valor do ICMS (mesmo no caso dos documentos de aquisição de mercadoria que possuem ICMS destacado).

   A única exceção para esta regra é no caso de nota fiscal de emissão própria de devolução para contribuinte do tipo Normal (se a nota fiscal de entrada possuía destaque de ICMS). Neste caso, o contribuinte optante do Simples Nacional deve emitir a nota fiscal com destaque de ICMS, e também deve escriturá-la desta maneira. Consequentemente, deverá informar um código de ajuste de apuração para o estorno deste débito no preenchimento das informações do Bloco “E”.

   No Bloco “E”, os registros serão, via de regra, informados “zerados”, pois estes contribuintes não realizam apuração de ICMS. Excepcionalmente, no caso da empresa emitir nota fiscal de devolução com destaque de ICMS, a nota fiscal deve ser escriturada da forma que foi emitida (com destaque de ICMS). Ao se escriturar esta nota fiscal com destaque, será gerado um débito de ICMS na apuração. Para que não seja gerado ICMS a recolher, é necessário que se faça o estorno deste débito na apuração. Na EFD, o estorno de débito deve ser realizado pelo cadastramento de um código de ajuste de apuração.

   Em relação ao CIAP, os contribuintes do Simples Nacional não realizam apuração de ICMS e consequentemente não acumulam créditos. Por este motivo não devem apresentar dados nos registros do Bloco “G”.

   Por outro lado, os optantes pelo Simples, assim como os contribuintes do Tipo Normal, também deverão escriturar, ao final de cada exercício, o Livro de Inventário. Este livro, na EFD, é escriturado utilizando os registros do Bloco “H”, que devem ser informados de acordo as orientações do GUIA PRÁTICO DA EFD.

   Caso o contribuinte optante pelo Simples Nacional esteja obrigado a informar os registros que detalham os itens dos documentos fiscais, na escrituração de documentos fiscais de saída deverá ser utilizada a Tabela B do Código de Situação da Operação no Simples Nacional – CSOSN – e na escrituração dos documentos fiscais de entrada, deverá informar o CST_ICMS sob o enfoque do declarante. Isto porque o CSOSN é utilizado somente na emissão da NF-e, quando o Código de Regime Tributário – CRT for igual a “1”, substituindo os códigos da tabela B – Tributação pelo ICMS do Anexo Código de Situação Tributária – CST do Convênio s/nº de 15 de dezembro de 1970.

Tributos e Contribuições Federais: Alterada a legislação

A Medida Provisória nº 656/2014 - DOU 1 de 08.10.2014, entre outras disposições, modifica as normas para a dedução de perdas no recebimento de créditos da pessoa jurídica, prorroga benefícios fiscais do Imposto de Renda da pessoa física e da pessoa jurídica, prorroga desonerações do PIS e da Cofins sobre bens de informática e reduz tributação dessas contribuições sobre peças de aerogeradores.

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Entre as disposições estabelecidas destacamos:

PIS e Cofins

– reduz a zero as alíquotas na importação e na venda no mercado interno de partes utilizadas exclusiva ou principalmente em aerogeradores;

– prorroga, até 31-12-2018, a redução a zero das alíquotas incidentes sobre a receita bruta de venda a varejo de computadores, periféricos, tablets e smartphones;

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Outros

– prorroga até 31-12-2018 o benefício do RET (Regime Especial de Tributação) para as incorporadoras e construtoras no âmbito dos projetos de incorporações e construções de imóveis residenciais de interesse social (Programa Minha Casa, Minha Vida), cuja construção tenha sido iniciada a partir de 31-3-2009;

– amplia os limites de dedução das perdas no recebimento de créditos originados de contratos inadimplidos a partir de 8-10-2014;

Imposto de Renda da Pessoa Física

– prorroga, até o exercício de 2019, ano-calendário de 2018, o benefício da dedução, na Declaração de Ajuste Anual, da contribuição previdenciária patronal paga pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado.

Fonte: IR-Consultoria

Orientação sobre suposto erro no PVAPublicado em 10 de outubro de 2014 por Mauro Negruni

A partir de constatações realizadas pela equipe de Escriturações (Contribuições e Fiscal) percebeu-se que o volume de incidentes registrados no canal Fale Conosco do SPED foi incrementado sensivelmente a partir da liberação da versão 2.0.9 da EFD Contribuições.

Após o atendimento de várias ocorrências a constatação é que trata-se de casos de bloqueio do PVA, pelos sistemas de segurança dos antivírus, ao banco de dados local (banco de dados que o PVA monta e mantém com as escriturações).

A Equipe de Escriturações esclareceu-nos que o SERPRO está ciente da situação. Porém, como trata-se de casos em equipamentos de propriedade dos contribuintes (ou de organizações contábeis) a solução poderá ser a configuração dos sistemas antivírus adequadamente, substituição por outro sistema de proteção, e em

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última tentativa de solução a desativação momentânea – apenas para teste e identificação da causa do erro – e a consequente reativação (independentemente do resultado).

Por fim salientamos que é extremamente perigoso para suas atividades manter desativado o sistema de proteção de vírus.

Colaboração da Equipe de Escriturações Digitais do SPED.

08/10/2014 19h11 - Atualizado em 08/10/2014 20h59

Supremo decide que ICMS não integra base de cálculo da CofinsDecisão pode reduzir gastos de empresas e diminuir preço de produtos.Sentença vale para caso pontual, mas pode orientar outros julgamentos.Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (8) que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não pode integrar a base de cálculo para a cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), como ocorre atualmente. Na prática, a decisão pode diminuir o gasto das empresas no pagamento de impostos e, com isso, reduzir o valor de produtos vendidos ao consumidor.

A Cofins é cobrada sobre o faturamento da empresa. Atualmente, ao calcular esses receitas, as pessoas jurídicas não excluem os valores pagos a título de ICMS no transporte das mercadorias comercializadas. Por 7 a 2, o STF entendeu que os gastos com o ICMS não compõem o faturamento e, portanto, devem ser excluídos da base de cálculo da Cofins.

O valor correspondente a este último não tem a natureza de faturamento. Não pode, então, servir à incidência da Cofins, pois não revela medida de riqueza"Marco Aurélio Mello, ministro do STF e relatro do processo

Com isso, o montante arrecadado pela União será menor, já que o imposto incidirá sobre um valor mais baixo. A decisão vale apenas para o caso concreto analisado, que era um recurso da empresa paulista Auto

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Americano, de revenda de autopeças, contra decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) que considerou legal a inclusão do ICMS na base de cálculo da Cofins.

Apesar de não afetar automaticamente outros processos em tramitação pelo país sobre o mesmo tema, o entendimento do Supremo pode servir de base para que outras empresas protocolem ações exigindo o mesmo que a Auto Americano.

O posicionamento do STF também poderá ser utilizado por juízes de primeiro grau e desembargadores no momento de julgar processos que pedem a exclusão do ICMS da base de cálculo. Segundo a AGU, se decisão for aplicada a outras ações, a União perderá R$ 12 bilhões por ano em arrecadação.

Relator do processo, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou em seu voto que o valor gasto pela empresa com ICMS não pode ser computado como parte do faturamento, pois não mede a “riqueza” da pessoa jurídica.

saiba mais

STF decide que créditos de ICMS não entram no cálculo do PIS/Cofins Lei retira ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins na importação

“O valor correspondente a este último não tem a natureza de faturamento. Não pode, então, servir à incidência da Cofins, pois não revela medida de riqueza”, disse o ministro.

Para Marco Aurélio, o que é “faturado” pela empresa diz respeito ao valor da mercadoria ou do serviço comercializado, “não englobando parcela diversa”.

“Olvidar os parâmetros próprios ao instituto, que é o faturamento, implica manipulação geradora de insegurança e, mais do que isso, a duplicidade de ônus fiscal a um só título, a cobrança da contribuição sem ingresso efetivo de qualquer valor, a cobrança considerado, isso sim, um desembolso”, diz o ministro, no voto.

Empresas do lucro presumido podem ter pago impostos a mais nos últimos anos.Empresas no regime fiscal de lucro presumido podem ter pago impostos a mais nos últimos anos. Conforme decisão do STF, contribuinte pode pedir na Justiça restituição de tributos indevidos

São Paulo – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que contribuintes podem pedir restituição de PIS/Cofins em importações na Justiça, contrariando um pedido da Receita Federal.

O embaraço se refere à inclusão de tributos na base de cálculo das duas contribuições federais (PIS e Cofins) para produtos importados. Mas, segundo decisão do Supremo, de março de 2013, essa inclusão é indevida.

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Com medo do impacto da decisão nas contas do governo, em novembro do ano passado a Fazenda Nacional entrou com um pedido de embargos declaratórios, para que o entendimento valesse apenas para o futuro.

Se o pedido fosse aceito, os contribuintes ficariam impedidos de pedir a restituição dos impostos pagos de forma indevida nos últimos cinco anos. Em nota técnica, a Receita Federal chegou a calcular que as restituições poderiam custar ao fisco R$ 14,3 bilhões.

Mesmo assim, em decisão do último dia 17, a Suprema Corte negou o pedido da Fazenda. Consta no site do STF que, por unanimidade e nos termos do voto da relatora, a ministra aposentada Ellen Gracie, foram rejeitados os embargos de declaração.

Apesar de Ellen Gracie ter apreciado o caso em 2010, no sentido de excluir os tributos da base de cálculo do PIS/Cofins, até hoje o acórdão da decisão não foi publicado pelo Supremo.

A restituição

Para o tributarista Saulo Vinícius de Alcântara, do Celso Cordeiro e Marco Aurélio de Carvalho Advogados, podem pedir a restituição do imposto as empresas que estão no regime de lucro presumido – até R$ 78 milhões de faturamento.

De acordo com ele, as empresas acima deste teto, que apuram impostos por lucro real, acabam não sofrendo com os problemas da base de cálculo do PIS e Cofins. Por questões contábeis, a base maior vira crédito numa segunda etapa, o que anula o acréscimo de imposto.

Por essa diferença entre os regimes de lucro real e lucro presumido, ele suspeita que o número de R$ 14,3 bilhões possa estar inchado. “O valor deve ser menor. Mas não dá para sabermos ao certo”, disse.

Mesmo assim, o especilista acredita que a diferença no cálculo gera impactos grandes. Se houver adição de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, o valor de um bem que custa R$ 1 mil, sob alíquota de 25%, vai a R$ 1,250 mil. No momento de calcular os valores do PIS/Cofins, a diferença ficaria representativa.

O tributarista Lucas Bizzotto Amorim, do Marcelo Tostes Advogados, avalia que assim como o caso da base de cálculo de PIS/Cofins para produtos importados, processos parecidos estão na mira do STF.

Segundo Amorim, as controvérsias envolvem a inclusão do Imposto sobre Serviços (ISS) e do ICMS sobre produtos nacionais na base de cálculo das contribuições federais. “No Brasil é frequente tributo sobre tributo. E o contribuinte questiona isso”, conclui.

Fonte: DCI – SP

O “vai e vem” do FCONT (e do RTT) Postado por José Adriano em 10 outubro 2014 às 14:00 Exibir blog

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Por Mauro Negruni

Como é mesmo o nome do guerreiro imortal dos filmes de ação? Highlander, isso! Aquele quase indestrutível e destemido combatente que quando imaginávamos morto, ele ressurge e volta a cena principal (do filme).

Com o FCONT (Controle Fiscal da Contabilidade) a “serviço” do perverso RTT (Regime Tributário de Transição) temos uma situação semelhante: quando menos imaginávamos ele ressurge para o plano principal das obrigações do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED.

No início deste exercício fiscal (2014) entendi e assimilei que não haveria mais o “famigerado” FCONT, afinal estamos em tempos de ECF – Escrituração Contábil Fiscal. A primeira surpresa foi a possibilidade de antecipação do final do RTT, aquilo que a maioria dos contribuintes já tinha como certo virou opção. Após, como tornou-se opcional a manutenção do RTT, houve publicação do Manual da ECF contendo o bloco L400 – registros mais simplificados, mas com o intuito de permitir a escrituração da contabilidade fiscal – a exemplo do FCONT. O bloco L400 deverá deixar de existir na ECF, afinal, perdeu sua finalidade.

Entramos então numa área ainda mais nebulosa. A convivência das duas formas de declaração: FCONT-RTT, bem como a escrituração da contabilidade fiscal pela ECF. A convivência de ambas foi possível através instrução normativa 1.469/2014 (http://www.mauronegruni.com.br/2014/05/29/in-1-4692014-e-lei-12-973...) quando estabeleceu a OPÇÃO ao contribuinte de manter-se no RTT durante o ano-calendário 2014 ou antecipar a adoção (já a partir de 2014). A partir de então, o que era confuso tornou-se impossível de ser entendido facilmente.

Em relação as obrigações acessórias havia a sinalização por parte da Receita Federal do Brasil. Mas faltaria ainda a definição dos reflexos da opção, ou não, antecipada. Com a recente edição da IN 1.493/2014 (http://www.mauronegruni.com.br/2014/09/19/instrucao-normativa-rfb-n...) foram também estabelecidos os critérios de opção pelo fim do RTT.

Sei. Ainda está confuso entender o que é preciso entregar como obrigação acessória, visto que os reflexos da opção pelo fim do RTT estão bastante claros (IN 1.493/2014 link acima). Então vou ajudar com uma regra clara e simples:

- Sua empresa já tomou a decisão de optar pelo fim antecipado do RTT? Então estará sujeita a entrega da ECF, sem os registros do bloco L400, mas com o LALUR contendo todos os efeitos de adição e expurgos para a perfeita apuração fiscal da base de tributação (CSLL e IRPJ);– Sua empresa já tomou a decisão de manter-se no RTT em 2014 (para 2015 é compulsória a migração)?

Então deverá entregar o FCONT do ano-calendário 2014 como fez até 2014 (base 2013). Utilizando, inclusive, a última versão do PVA e escriturando os lançamentos que tornam a contabilidade societária em fiscal. Neste caso deverá também entregar a ECF já que esta escrituração é obrigatória em substituição a DIPJ – sem o bloco L400 (que foi supresso pela entrega de FCONT).

Também é bom lembrar, a bem da verdade, que a própria equipe da Receita Federal surpreendeu-se com os ótimos resultados da validação do programa PVA que recepcionou a ECF de forma prévia (versão Beta publicada no sitio do SPED). O complexo algoritmo de recuperação de saldos da ECD e geração de saldos fiscais foi um ganho expressivo para a sociedade e os resultados gerais foram satisfatórios, até o momento.

Assim, para aqueles que desejarem findar definitivamente o “guereiro” FCONT podem fazê-lo, através da opção de antecipação a ser realizada na DCTF do mês de agosto (entrega até 21/outubro/2014). Para os

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que preferem ingressar apenas no próximo exercício fiscal no novo cenário contábil-fiscal, espero que seja o último suspiro do “bravo”!

Fonte: Decision IT

http://www.mauronegruni.com.br/2014/10/09/o-vai-e-vem-do-fcont-e-do...

SPED Fiscal - EFD ICMS/IPI - Novo versão do PVA 2.1.0 (incluindo o Bloco K)

Postado por José Adriano em 8 outubro 2014 às 7:30 Exibir blog

Publicada a versão 2.1.0 do PVA da EFD ICMS IPI. A versão anterior (2.0.34) poderá ser utilizada até 10/10/2014.

Principais alterações:

Inclusão do campo VL_ITEM_IR no registro H010 (a partir de 01/01/2015 - leiaute 009). Inclusão do bloco K (a partir de 01/01/2016 - leiaute 010)

Download: http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/SpedFiscal/SpedFisc...

OBS: A versão 2.1.0 somente disponibiliza o RCPE para períodos posteriores a 01/01/2016, versão de leiaute igual a 010.

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/efd-icms-ipi-novo-pva-versao...

EFD-Contribuições - Nova versão do PVA 2.09

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Postado por José Adriano em 8 outubro 2014 às 8:00 Exibir blog

O novo pva, versão 2.09, já está disponível. 

Esta versão permite a escrituração da NFC-e VAREJO ( modelo 65), conforme orientação do GUIA PRÁTICO.

Download em http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/SpedPisCofinsPVA/Sp...

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/efd-contribuicoes-novo-pva-v...

Bloco K - Perguntas não respondidas no evento "Era do SPED: Os Desafios e Oportunidades"

Postado por José Adriano em 8 outubro 2014 às 12:00 Exibir blog

Realizado no dia 24 de Setembro de 2014, no Hotel Deville Porto Alegre, com a presença de mais de 120 pessoas, representando 40 empresas, o evento Era do SPED: Desafios e Oportunidades, reuniu especialistas em SPED para analisar o contexto SPED atual e futuro do cenário fiscal brasileiro.Para o conhecimento de todos, seguem abaixo as perguntas que não foram respondidas durante o evento referentes a palestra sobre o Bloco K.1) Foi divulgado pela Confaz a prorrogação do Bloco K para jan/2016 e não mais jan/2015. Procede para todos os estados brasileiros?Mauro Negruni:Esta definição está dependendo da Cotepe e Cosefaz, com informação aos contribuintes para a primeira semana de novembro/14. Mas todas as sinalizações apontam para janeiro/2016 para todas as Sefaz.________________________________________________________2) No caso de insumo substituto, o resultado final/código do produto final muda?Mauro Negruni:Depende. Muitas vezes ao usar um insumo substituto geramos um produto distinto, tanto que sua NCM, descrição a custo muda. Neste caso, o recomendável é a atribuição de um novo código com ficha técnica – composição, distinta do produto original. Por exemplo, um rancho de tomates que usa um tipo de corante. No momento da produção é utilizado outro que há limitação de consumo. São produtos distintos, ou se a embalagem fosse distinta, por exemplo: Lâminas de barbear em conjunto e unitários, poderiam ter GTIN distintos, logo, seriam produtos distintos.________________________________________________________3) O Bloco K é a aversão digital do livro P3, que originalmente era voltado para indústria. Ele foi estendido a outros tipos de segmentos de empresa. Frente a isso pergunto, o bloco terá adaptações para outros setores? Como fica o Bloco K para o setor agrícola?Mauro Negruni:

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O livro de controle da produção como está atende em seu escopo qualquer, ou quase qualquer segmento. No caso da produção agrícola, já tivemos diagnósticos realizados em produção sazonal, florestamento, cultivados e não encontramos impedimento para a declaração. Talvez a interpretação das orientações tenham gerado discordâncias sobre o tema. Sugere-se a realização do diagnóstico para o Caso.________________________________________________________4) Com o Bloco K, o Bloco H vai permanecer?Mauro Negruni:Sim. O Bloco K é equivalente ao inventário mensal e para fins fiscais. O H é equivalente ao controle de inventário, societário e anual, por definição legal no levantamento de balanço.________________________________________________________5) Qual a posição do governo para empresas que tem produtos configuráveis, ou seja, um mesmo código de produto com estatutos diferentes?5.1) Se um mesmo código de produto ora é comprado, ora é fabricado?5.2) Se nas ordens de produção forem usados produtos/materiais que não forem pervistos no estatuto do produto?Mauro Negruni:5) Se a composição de um produto é distinta de outro, deverá haver códigos distintos. Se a própria ficha técnica informa composição distinta, é porque são produtos distintos.5.1) Se ora compro, ora produzo, obrigatoriamente são produtos distintos e devem ter códigos distintos, bem como, sua classificação.5.2) Depende. Muitas vezes ao usar um insumo substituto geramos um produto distinto, tanto que sua NCM, descrição a custo muda. Neste caso, o recomendável é a atribuição de um novo código com ficha técnica – composição, distinta do produto original. Por exemplo, um rancho de tomates que usa um tipo de corante. No momento da produção é utilizado outro que há limitação de consumo. São produtos distintos, ou se a embalagem fosse distinta, por exemplo. Lâminas de barbear em conjunto e unitários, poderiam ter GTIN distintos, logo, seriam produtos distintos.________________________________________________________6) Qual o período de competência do Bloco K? Anual ou mensal?Mauro Negruni:O Bloco K é equivalente ao inventário mensal e para fins fiscais.________________________________________________________7) Qual é a grande preocupação ou mudança no Bloco K para o varejo?Mauro Negruni:Posição de estoque mensal, conciliada com o contábil (controle) e os demais documentos da escrita fiscal.Possível auditoria fiscal sobre CMV, sobre as aquisições e demais movimentações, bem como sobre quantidades em conciliação de um período com o seguinte (Bloco K de cada mês em relação à movimentação).http://blogdosped.blogspot.com.br/

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Atenção: Publicada atualização da NT2013.005 – Versão 1.10

08 Oct 2014 11:31 am

Permitindo o uso da versão 2.0 do leiaute da NF-e até o mês de março de 2015, dentre outras alterações.

(NT2013.005_v1.10)

Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT

Fonte: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/informe.aspx?ehCTG=false#277

AQUISIÇÃO DE ARROZ DO RS – PERMITIDO O CRÉDITO DE 7%Bom dia pessoal,

A resolução foi atualizada, portanto o credito de 7% das aquisições de arroz do RS poderá ser aproveitado sem objeção, ref as notas de 01/08/2014 em adiante.

RESOLUÇÃO Nº 4.707, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014(MG de 08/10/2014)

Altera o Anexo Único da Resolução nº 3.166, de 11 de julho de 2001, que veda a apropriação de crédito do ICMS nas entradas, decorrentes de operações interestaduais, de mercadorias cujos remetentes estejam beneficiados com incentivos fiscais concedidos em desacordo com a legislação de regência do Imposto.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no artigo 225 da Lei n° 6.763, de 26 de dezembro de 1975, RESOLVE:Art. 1º O Anexo Único da Resolução nº 3.166, de 11 de julho de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Anexo Único(a que se refere o art. 1º da Resolução nº 3.166, de 2001)

6.2 Comércio atacadista Crédito presumido de 11%(Lei 1.201/2000)

1% s/ BCNF emitida a partir de 30/12/2000

Crédito presumido de 2%(Lei 1.039/98, art. 3º e Dec. 462/97 - RICMS, art. 34, X)

10% s/ BCNF emitida no período de 23/12/98 a 29/12/2000

Obs: não se aplica às mercadorias sujeitas à substituição tributária.

(...) (...) (...) (...)13.17

Arroz, classificado nos códigos 1006.20, 1006.30 e 1006.40 da

Crédito presumido de 7%(Art. 32, inciso XXXIII, do RICMS, com vigência a partir de

5%  s/BCNF emitida a partir de

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NBM/SH 1º de dezembro de 2013 - redação dada pelo Decreto nº 51.076, de 2013).Revogado o crédito presumido e estabelecida redução da base de cálculo pelo art. 1º do Decreto N.º 51.703, de 31/7/2014.

1º/12/2013 até 31/7/2014.

(...) (...) (...) (...)16.2 Sal marinho refinado, moído e

grosso ensacadoCrédito presumido de 50%(Decreto n.º 15.439/01 e art. 112, I, do RICMS/RN) -Revogado pelo art. 14, II do Decreto nº 21.892, de 22/9/2010.

6% s/BCNF emitida a partir de 11/05/2001 até 22/09/2010.

 

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MG - ICMS - Redução da base de cálculo - Produtos alimentícios e água – AlteraçãoFoi alterado o RICMS/MG para dispor sobre a anulação do crédito pelo adquirente na hipótese de aquisição de produtos alimentícios especificados em lei, com carga tributária superior a 7% (sete por cento), estando a operação subsequente com a mercadoria beneficiada com a redução, salvo aos seguintes produtos:

a) linguiça;

b) mortadela;

c) leite de soja;

d) biscoito de maisena;

e) água mineral ou água potável ou natural, engarrafada em embalagem com volume de 20 litros.Decreto nº 46.609 de 2014

Imposto no cartaz, agora prá valer!A lei do imposto na nota começou a valer no dia 06. Há, porém, algumas mudanças em relação ao texto original.

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O uso de cartazes é uma delas. Portaria interministerial publicada na edição de ontem do Diário Oficial (nº 85) esclarece que o comércio poderá usar painéis afixados em locais visíveis para informar o consumidor sobre a carga de impostos embutida no preço de mercadorias e serviços. Essa é a determinação principal da Lei nº 12.741/2012, conhecida como Lei De Olho no Imposto. As microempresas e empresas de pequeno porte inscritas no Simples Nacional ganharam uma exceção: poderão informar apenas a alíquota a que estão sujeitas dentro do regime tributário simplificado.

Segundo o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, a publicação da portaria é importante porque reforça a autorização para o uso de cartazes, trazendo segurança aos comerciantes. “Foi a alternativa encontrada para resolver a questão do cumprimento da lei”, explica. A ACSP, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e a Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac) se mobilizaram pela aprovação da chamada Lei do Imposto. Tanto que se anteciparam ao governo no desenvolvimento de metodologia para o cálculo dos impostos incidentes sobre os produtos e mercadorias ao menor custo para o varejo. Pelo texto da Lei nº 12.741, os cupons e notas fiscais deviam trazer valores estimados da carga total de impostos federais, estaduais e municipais.

Um decreto publicado em junho deste ano (nº 8.264), entretanto, exigiu a demonstração da carga tributária de forma separada, considerando os impostos de competência da União, do Estado e Município, o que não estava previsto na legislação anterior.

A mudança na forma de informar o consumidor impôs alteração nos softwares e em toda a metodologia de cálculo até então desenvolvida. “Vale lembrar que as mudanças feitas nos softwares devem ser homologadas pelas secretarias de fazenda”, reforça o economista. Para a adequação às novas regras, o governo baixou a Medida Provisória 649 que, entre outros assuntos tratados, prorroga para o final do ano o início da obrigatoriedade de o comércio informar o consumidor sobre a carga tributária. “Como o prazo para a votação da MP expirou, entende-se que a Lei de Olho no Imposto está em vigor”, explica o economista, ao justificar a publicação da portaria.

A Lei de Olho no Imposto demorou cinco anos para sair do papel. A aprovação da lei é resultado de um movimento de mesmo nome, liderado pela ACSP, que colheu mais de 1,5 milhão de assinaturas. Em todas as discussões realizadas em audiências públicas em Brasília para discutir o projeto de lei sobre o assunto, a Receita Federal se mostrou a mais resistente à ideia da transparência tributária, embora a proposta seja vista com bons olhos pelos brasileiros.

Uma pesquisa encomendada pela ACSP ao Ibope no ano passado mostrou que 90% da população quer saber o valor dos impostos embutidos nos preços que paga por produtos e serviços. De acordo com o levantamento, 65% dos entrevistados concordam com a tese de que, sabendo o quanto pagam de impostos de forma indireta, as pessoas passarão a cobrar do governo o melhor uso do dinheiro público.

Data de Publicação: 07/10/2014 às 10:00hrsFonte: Diário do Comércio

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Veja mais:

TRANSPARÊNCIA FISCAL: INDICAÇÃO DO VALOR DA TOTALIDADE DOS TRIBUTOS INCIDENTES NA VENDA E NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO CONSUMIDOR - PROCEDIMENTO Resumo: Este procedimento dispõe sobre a indicação, no documento fiscal ou outro meio estabelecido na legislação, do valor da totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais incidentes na venda e na prestação de serviços ao consumidor.

Sumário 1. Introdução 2. Indicação dos tributos nos documentos fiscais 2.1 Informação por outro meio 2.2 Tributos informados 2.3 Produtos industrializados com insumos importados2.4 Serviços financeiros 2.5 Contribuição previdenciária 3. Apuração do valor aproximado dos tributos 4. Penalidades

1. Introdução A Constituição Federal de 1988 dispõe que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. Com base nesse preceito constitucional, foi publicada a Lei nº 12.741/2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, relativamente à informação da totalidade dos impostos federais, estaduais e municipais incidentes nas vendas e prestações de serviços ao consumidor, a partir de 10.06.2013, cujas regras serão analisadas nesse texto. (Constituição Federal de 1988, art. 150, § 5º; Lei nº 12.741/2012)

2. Indicação dos tributos nos documentos fiscais Nos documentos fiscais ou equivalentes, emitidos por ocasião da venda de mercadorias e de prestações de serviços ao consumidor, deverá constar a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços. A apuração do valor dos tributos incidentes deverá ser feita em relação a cada mercadoria ou serviço, separadamente, inclusive nas hipóteses de regimes jurídicos tributários diferenciados dos respectivos fabricantes, varejistas e prestadores de serviços, quando couber.

Notas (1) O Ajuste Sinief nº 7/2013, que dispõe sobre a indicação do valor dos tributos nos documentos fiscais, determina que: a) tratando-se de documento fiscal eletrônico ou cupom fiscal, os valores referentes aos tributos incidentes sobre cada item de mercadoria ou serviço e o valor total dos tributos deverão ser informados em campo próprio, conforme especificado no Manual de Orientação do Contribuinte,

Nota Técnica ou Ato Cotepe; e b) nos demais documentos fiscais, os valores referentes aos tributos incidentes sobre cada item de mercadoria ou serviço deverão ser informados logo após a respectiva descrição e o valor total dos tributos deverá ser informado no campo "Informações complementares" ou equivalente. (2) A Nota Técnica 2013/003 alterou o Schema XML do sistema da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), para criar campo opcional para que o contribuinte possa informar o valor correspondente à totalidade dos tributos. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, caput e § 1º; Ajuste Sinief nº 7/2013, cláusulas segunda e terceira; Nota Técnica 2013/003)

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2.1 Informação por outro meio A informação dos tributos mencionada no item 2 poderá constar de painel afixado em local visível do estabelecimento, ou por qualquer outro meio eletrônico ou impresso, de forma a demonstrar o valor ou percentual, ambos aproximados, dos tributos incidentes sobre todas as mercadorias ou serviços. Nessa hipótese, as informações a serem prestadas serão elaboradas: a) em percentual sobre o preço a ser pago, quando se tratar de tributo com alíquota ad valorem; ou b) em reais, no caso de alíquota específica. Na hipótese de utilização de meio eletrônico, este deverá estar disponível ao consumidor no estabelecimento comercial. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, §§ 2º e 3º)

2.2 Tributos informados Na informação dos tributos incidentes na venda ou prestação de serviços ao consumidor, deverão ser computados os seguintes impostos e contribuições: a) ICMS; b) ISS; c) IPI; d) IOF; e) PIS/Pasep; f) Cofins; e g) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível. Notas (1) A indicação relativa ao IOF (letra "d") restringe-se aos produtos financeiros sobre os quais incida diretamente o tributo. (2) A indicação relativa ao PIS e à Cofins (letras "e" e "f") será limitada à tributação incidente sobre a operação de venda ao consumidor. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, §§ 5º, 10 e 11)

2.3 Produtos industrializados com insumos importados Na hipótese de produtos cujos insumos ou componentes sejam oriundos de operações de comércio exterior e representem percentual superior a 20% do preço de venda, serão informados também os valores referentes ao Imposto de Importação (II), PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação. Na hipótese de incidência do II, bem como do IPI, todos os fornecedores constantes das diversas cadeias produtivas deverão fornecer aos adquirentes, em meio magnético, os valores desses tributos individualizados por item comercializado. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, §§ 6º e 7º)

2.4 Serviços financeiros Quanto aos serviços de natureza financeira, quando não seja legalmente prevista a emissão de documento fiscal, a informação dos tributos incidentes deverá ser feita em tabelas afixadas nos respectivos estabelecimentos. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, § 8º)

2.5 Contribuição previdenciária Sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada, ainda, a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores incidente, alocada ao serviço ou produto. (Lei nº 12.741/2012, art. 1º, § 12)

3. Apuração do valor aproximado dos tributos

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Os valores aproximados dos tributos descritos neste texto serão apurados sobre cada operação e poderão, a critério das empresas vendedoras, ser calculados e fornecidos, semestralmente, por instituição de âmbito nacional reconhecidamente idônea, voltada primordialmente à apuração e análise de dados econômicos.(Lei nº 12.741/2012, art. 2º)

4. Penalidades O descumprimento do procedimento descrito neste texto sujeitará o infrator às sanções previstas nos arts. 55 a 60 do Código de Defesa do Consumidor. Saliente-se que as sanções somente serão aplicadas depois de decorrido o prazo de 12 meses, contado do início de vigência da Lei nº 12.741/2012 (10.06.2013). (Lei nº 12.741/2012, art. 5º; Lei nº 8.078/1990, arts. 55 a 60)

Legislação Referenciada

Ajuste Sinief nº 7/2013Constituição Federal de 1988Lei nº 12.741/2012Código de Defesa do Consumidor Nota Técnica 2013/003

FONTE: IOB

Publicação da versão 3.1.6 do programa validador e assinador (PVA) do Sped ContábilFoi publicada a versão 3.1.6 do PVA do Sped Contábil

Foi publicada a versão 3.1.6 do PVA do Sped Contábil, com as seguintes alterações:

Permissão para informar a data de encerramento do exercício, dentro do período (ano) da escrituração, mas fora do mês do arquivo, para empresas que entregam arquivos mensais da ECD.

Correção do problema do reconhecimento do nível de aglutinação acima de "10" no registro J100.

Link: http://www1.receita.fazenda.gov.br/noticias/2014/outubro/noticia-06102014.htm Fonte: SPED

Tributos e Contribuições Federais: Alterada a legislaçãoMedida Provisória nº 656/2014

A Medida Provisória nº 656/2014   - DOU 1 de 08.10.2014, entre outras disposições, modifica as normas para a dedução de perdas no recebimento de créditos da pessoa jurídica, prorroga benefícios fiscais do

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Imposto de Renda da pessoa física e da pessoa jurídica, prorroga desonerações do PIS e da Cofins sobre bens de informática e reduz tributação dessas contribuições sobre peças de aerogeradores.

Entre as disposições estabelecidas destacamos:

PIS e Cofins

– reduz a zero as alíquotas na importação e na venda no mercado interno de partes utilizadas exclusiva ou principalmente em aerogeradores;

– prorroga, até 31-12-2018, a redução a zero das alíquotas incidentes sobre a receita bruta de venda a varejo de computadores, periféricos, tablets e smartphones;

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Outros

– prorroga até 31-12-2018 o benefício do RET (Regime Especial de Tributação) para as incorporadoras e construtoras no âmbito dos projetos de incorporações e construções de imóveis residenciais de interesse social (Programa Minha Casa, Minha Vida), cuja construção tenha sido iniciada a partir de 31-3-2009;

– amplia os limites de dedução das perdas no recebimento de créditos originados de contratos inadimplidos a partir de 8-10-2014;

Imposto de Renda da Pessoa Física

– prorroga, até o exercício de 2019, ano-calendário de 2018, o benefício da dedução, na Declaração de Ajuste Anual, da contribuição previdenciária patronal paga pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado.

Link: https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=12775 Fonte: LegisWeb

CSLL - PIS/PASEP E COFINS: RETENÇÃO NA FONTE NOS CONTRATOS DE PLANO PRIVADO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE - ADI RFB Nº 9, DE 30/09/2014

Dispõe sobre a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), nos contratos de plano privado de assistência à saúde ou odontológica.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 30 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, no § 1º do art. 647 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), no inciso IV do § 2º do art. 1º da Instrução Normativa SRF nº 459, de 18 de outubro de 2004, no § 3º do art. 21 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013,

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e o que consta nos e-Processos nº 13601.001126/2009-11, 13601.001128/2009-18 e 13601.001129/2009-54, Declara: Art. 1º Não cabe retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), nos termos do art. 30 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas contratantes a cooperativas de trabalho médico ou odontológico, ou a outras pessoas jurídicas operadoras de plano privado de assistência à saúde ou odontológica, nos contratos de plano privado de assistência à saúde ou odontológica, se o preço do contrato for pré-determinado, onde a contratante paga determinado valor independentemente dos serviços efetivamente prestados, tendo em vista que não há vinculação entre o desembolso financeiro e os serviços executados. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica quando a operadora do plano de saúde ou odontológico efetuar os pagamentos aos fornecedores dos serviços utilizados pelos beneficiários do plano, ocasião em que caberá retenção do imposto sobre a renda de que trata o § 1º do art. 647 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), e das contribuições nos termos do art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003. Art. 2º Cabe retenção na fonte da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos termos do art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003, sem prejuízo da retenção do imposto sobre a renda de que trata o § 1º do art. 647 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas contratantes a cooperativas de trabalho médico ou odontológico, ou a outras pessoas jurídicas operadoras de plano privado de assistência à saúde ou odontológica, nos contratos de plano privado de assistência à saúde ou odontológica, na modalidade de custo operacional, ou seja, quando a contratante repassa à operadora do plano o valor total das despesas assistenciais, isto é, paga exatamente pelos serviços médicos efetivamente prestados. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos serviços de medicina realizados dentro do ambiente físico de ambulatórios, bancos de sangue, casas de saúde, casas de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospitais e prontos-socorros, prestados sob subordinação técnica e administrativa da pessoa jurídica titular do empreendimento. CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

FONTE: Diário Oficial da União - 01/10/2014

PIS/PASEP E COFINS: APLICAÇÃO DO REGIME DE APURAÇÃO CUMULATIVA - ALCANCE DO CONCEITO DE “OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL” - ADI RFB Nº 10, DE 30/09/2014

Dispõe sobre o alcance do conceito de 'obras de construção civil' para efeito de aplicação do regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos termos do inciso XX do art. 10 e do inciso V do art. 15 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso XXVI do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no inciso XX do art. 10 e inciso V do art.

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15 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, no Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30, de 14 de outubro de 1999, bem como o que consta do Processo nº 18186.720547/2011-21, Declara: Art. 1º Para efeito de aplicação do disposto no inciso XX do art. 10 e inciso V do art. 15 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, enquadram-se, no conceito de obras de construção civil, as obras e os serviços auxiliares e complementares da construção civil, tais como exemplificados no Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30, de 14 de outubro de 1999. Art. 2º Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste ato independentemente de comunicação aos consulentes. CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO FONTE: Diário Oficial da União - 01/10/2014

PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE: “ALERTE SEUS CLIENTES DO CADASTRO DE OPERAÇÕES NA COAF” - COMENTÁRIO

O COAF estabelece procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens móveis de luxo ou de alto valor ou intermedeiem a sua comercialização, ainda que por meio de leilão. Entende-se como de luxo ou alto valor o bem móvel cujo valor unitário seja igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente em outra moeda. Nas operações de valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente em outra moeda, as pessoas sujeitas à obrigação de controle devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos, inclusive representantes e procuradores, em relação aos quais devem constar, no mínimo: I – se pessoa física: a) nome completo; b) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF; c) número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; e d) endereço completo; ou II – se pessoa jurídica: a) razão social e nome de fantasia; b) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ; c) nome completo, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF e número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil, do(s) seu(s) preposto(s); e d) endereço completo.

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As pessoas sujeitas ao controle dos dados devem manter registro de todas as operações que realizarem de valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente em outra moeda, do qual devem constar, no mínimo: I – a identificação do cliente; II – descrição pormenorizada dos bens/mercadorias; III – valor da operação; IV – data da operação; V – forma de pagamento; e VI – meio de pagamento. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração: I – qualquer operação ou conjunto de operações de um mesmo cliente no período de seis meses que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda, em espécie; e II – outras situações designadas em ato do Presidente do COAF. Adicionalmente ao disposto acima deverão ser comunicadas ao COAF quaisquer operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio e forma de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se. As comunicações devem ser efetuadas em meio eletrônico no sítio do COAF, de acordo com as instruções ali definidas. Base: Resolução COAF 25/2013

FONTE: BLOG GUIA CONTÁBIL

Justiça Federal defere liminar para redução de alíquota de COFINS e CSLL de Corretoras de Seguros Em 18/09/2014 foi publicada decisão liminar em mandado de segurança, proferida pelo Juiz Federal Substituto da 1ª Vara Federal da Subseção de Varginha (MG) Dr. Luiz Antônio Ribeiro da Cruz, deferindo liminar para que a corretora de seguros Baroncelli e Bíscaro Corretora de Seguros e Representações Comerciais Ltda, recolha COFINS com alíquota reduzida de 4% para 3%, como também reduziu a base de cálculo da CSLL de 15% para 9%.

 A ação impetrada pelo escritório João Carlos de Paiva Advogados Associados teve como premissa o entendimento equivocado da Receita Federal do Brasil que equiparava as corretoras de seguros como entidades financeiras e operadoras de seguro, acarretando, assim, na majoração da alíquota de COFINS para 4% sobre o faturamento e da base de cálculo da CSLL para 15% sobre o lucro.

 Ocorre que todas as sociedades previstas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/91 são instituições financeiras, ou a elas equiparadas. Já a corretagem de seguros, disciplinada pelo Decreto-Lei 73/1966, é uma atividade de intermediação de negócios. A sociedade age em nome próprio, com o objetivo de vender contratos de

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seguro entre as seguradoras e terceiros. Não há como confundir corretora de seguros com instituição financeira ou equivalente.

 Desta forma, ao analisar a questão, o Juiz Federal utilizou para fundamentar sua decisão recente julgado do STJ que determinou a redução das alíquotas de COFINS de 4% para 3% e da base de cálculo da CSLL de 15% para 9%, em relação às corretoras de seguros.

 Esta recente decisão liminar trata-se de um grande precedente para as demais corretoras de seguros da região que devem buscar junto ao Poder Judiciário a restituição dos valores indevidamente recolhidos a título de COFINS com a alíquota majorada e, ainda, a restituição dos valores indevidamente recolhidos de CSLL com a base de cálculo majorada, valores estes recolhidos indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos, tendo em vista o entendimento do STJ sobre a matéria e agora acompanhado pelo entendimento da Justiça Federal de Varginha.

 Por Flávio Corrêa Reis

Governo prorroga dedução do IR sobre previdência paga por doméstica 8 de outubro de 2014 09:34

Benefício vale até exercício de 2019, ano calendário de 2018.

Medida foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (8).

O governo prorrogou o prazo para que pessoas físicas deduzam no Imposto de Renda a contribuição paga à Previdência Social referente à remuneração do empregado doméstico. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (8) no “Diário Oficial da União”.

A medida foi publicada como parte da Medida Provisória 656, e altera a Lei 9.250, que trata da legislação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Agora, a pessoa física que é empregador doméstico poderá deduzir do imposto apurado até o exercício de 2019, ano calendário de 2018, a contribuição patronal paga à Previdência Social incidente sobre o valor da remuneração do empregado.

Pela regra anterior, os valores pagos neste ano Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a título de contribuição patronal, poderiam ser abatidos no IR de 2015, que se refere ao ano-base 2014, e não nos anos seguintes.

Para poder fazer a dedução do empregado doméstico, o contribuinte deve optar pela declaração completa do IR. A alíquota, de 12%, não foi alterada.

viaG1 – Governo prorroga dedução do IR sobre previdência paga por doméstica – notícias em Seu Dinheiro

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Retroativo? Só louco!!

Empresas que querem optar pela lei nº 12.973/2014 devem entregar DCTFConsultor tributário da IOB / Sage, Antonio Teixeira, explica norma que aprova e dá instruções para o preenchimento da declaração

Hoje a Receita Federal do Brasil – RFB publicou no Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 1.496/2014 alterando algumas regras para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF. Além disso, o documento aprovou o programa gerador e dá as instruções para preenchimento da DCTF na versão "DCTF Mensal 1.8".

De acordo com o consultor tributário da IOB / Sage, Antonio Teixeira, a nova norma estipula que não estão dispensadas da entrega da DCTF as empresas excluídas do Simples Nacional, quando as declarações forem relacionadas a fatos geradores ocorridos a partir da data em que a exclusão produzir efeitos.

“Além disso, devem entregar o documento todas as empresas inativas, a partir do período em que praticarem qualquer atividade operacional, não operacional, financeira ou patrimonial, desde que tenham débitos a declarar; e as empresas que optarem pelas regras previstas nos arts. 1º, 2º e 4º a 70 bem como nos arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973/2014, com efeitos desde 1º de janeiro de 2014”, informa o especialista.

Teixeira lembra que a Lei nº 12.973/2014 teve como objetivo adequar a legislação tributária com a societária. A legislação, com aproximadamente 100 artigos e 60 páginas, revogou o Regime Tributário de Transição – RTT, o qual neutralizava os efeitos da mudança no critério de escrituração contábil promovidas pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, e dispõe sobre novas regras de apuração dos seguintes tributos: Programa de Integração Social - PIS; Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - Cofins; Imposto de Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.

DCTF

A transmissão da DCTF deve ser feita mensalmente mediante o uso de certificado digital válido, que não tenha sido revogado e que ainda esteja dentro de seu prazo de validade. Para o envio da declaração, o contribuinte pode optar pela utilização do certificado emitido em nome da empresa, do responsável pela pessoa jurídica ou de procurador habilitado no Cadastro de Procurações da RFB, o qual está disponível no site www.receita.fazenda.gov.br.

O consultor tributário da IOB / Sage comenta ainda que a multa por falta de entrega ou envio fora do prazo da DCTF é de 2%, ao mês calendário ou fração, incidente sobre o montante dos impostos e contribuições informados, limitada a 20%, reduzida à metade se a Declaração for apresentada antes de qualquer procedimento de ofício. “A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00, ou, R$ 200,00, no caso de empresa inativa”.

Link: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,707836,Empresas_que_querem_optar_pela_lei_n_12973_2014_devem_entregar_DCTF,707836,4.htm

Fonte: Maxpress Net

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NF-e - Versão 3.10 - Terceira Geração - NT 2013.005 versão 1.10 - mudança no prazo

Publicado por Jorge Campos em 8 outubro 2014 às 12:02 em NF-e Exibir tópicos

Pessoal,

Acaba de ser liberada a versão 2013/005 - versão 1.10  que traz alguns ajustes na NF-e e inclusive traz o novo prazo:

Com isso, quem não se programou, tem a chance de programar melhor o processo de migração. 

segue o link: http://goo.gl/sbonUD

D. Alterações efetuadas na versão 1.10

A partir do uso efetivo em produção da versão 3.10 do XML com as alterações introduzidas na versão 1.03 desta nota técnica foi ampliado de maneira significativa o número de empresas usuárias. Esta realidade apontou a necessidade de mais correções, realizadas nesta versão 1.10.

Alterações na vigência da versão 2.0:

Em função de dificuldades operacionais de contratação, ainda não foi possível viabilizar a internalização na Zona Franca de Manaus de mercadorias acobertadas por notas emitidas na versão 3.10, o que torna necessário permitir o uso da versão 2.0 até março de 2015.

Alterações na documentação: Subitem 04.8.C.6: retirado o comando “Deverá ser mantida a descrição do produto conforme padronização da ANP”;

Campo 29.x18 (número do documento fiscal referenciado, em caso de informações da NF de produtor rural referenciada): a observação determinava “Faixa: 1–999999999”, enquanto o tamanho do campo prescrevia “1-6”. Como o tipo de dados no Schema previa para este campo nove posições, foi alterado o tamanho deste campo na documentação para “1-9”;

Campo I23a: acrescentadas novas vias de transporte internacional, em função de alteração na tabela administrada pela RFB;

Campo I27: corrigido o nome (nSeqAdic);

Esclarecida a forma de preenchimento dos campos i29a e i51 (Número do ato concessório de Drawback);

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Acrescentados esclarecimentos com relação ao CFOP 3.503 (Devolução de mercadoria exportada que tenha sido recebida com fim específico de exportação) nos campos I54 e I55;

Acrescentados os CFOP 1.505, 1.506, 1.919, 2.505, 2.506, 2.919, 5.919 e 6.919 à tabela do Anexo XI.01 (CFOP de Devolução de Mercadoria);

Alterado o CFOP 5.667 no anexo XI.02 para não exigir a obrigatoriedade de identificação do Transportador

Por fim, alerto novamente, que alterações deste tipo precisam de uma análise global dos impactos na companhia, porque, afetam não apenas a solução de NF-e, como na ilustração abaixo, onde coloco as áreas e soluções que sofrem repercussão, seja na atualização de versões, na atualização de interfaces ou na mudança de processos.

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Obrigatoriedade do Exame de Suficiência para Técnicos em ContabilidadeÉ importante esclarecer que decisões proferidas em processos judiciais nos quais os demais Conselhos Regionais não figuram como parte, não produzem efeitos diretos sobre os seus registrados.

O Conselho Federal de Contabilidade comunica que a veiculação de informações, por meio de matérias divulgadas recentemente em veículos de comunicação, acerca da não obrigatoriedade de Exame de Suficiência para a categoria de Técnico em Contabilidade não corresponde à realidade do entendimento dos Tribunais.

Decisões de Tribunais Federais distintos têm reconhecido a exigibilidade de aprovação em Exame de Suficiência como requisito para obtenção de registro profissional, tanto para Contadores como para Técnicos em Contabilidade que concluíram sua formação posteriormente à entrada em vigor da Lei nº 12.249/2010.

A decisão do TRF da 3ª Região, que embasa a matéria veiculada, não discute, diretamente, a legalidade do Exame para os Técnicos em Contabilidade, mas tão somente a possibilidade de o estudante do curso de Técnico em Contabilidade realizar a prova do Exame de Suficiência antes da sua conclusão, assim como já acontece com os estudantes de Ciências Contábeis do último ano da graduação.

É importante esclarecer que decisões proferidas em processos judiciais nos quais os demais Conselhos Regionais não figuram como parte, não produzem efeitos diretos sobre os seus registrados.

Ressalta-se que o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Contabilidade mantém à disposição dos profissionais e da sociedade em geral diversos canais de comunicação através dos quais podem ser encaminhadas manifestações, analisando e respondendo a cada uma das demandas recebidas.

No mais, acrescentamos que os Conselhos de Contabilidade não se furtarão em defender, mesmo que judicialmente, os seus entendimentos, princípios e a legalidade que sempre nortearam os atos dessas instituições.

José Martonio Alves Coelho

Presidente

Link: http://portalcfc.org.br/noticia.php?new=17841 Fonte: CFC - Conselho Federal de Contabilidade

Realização de Planejamento TributárioMais que nunca, as empresas e contribuintes precisam analisar seus custos tributários, já que a queda de vendas, a concorrência com produtos importados e também interna, a inflação e a queda no consumo geram redução de lucratividade.

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Júlio César Zanluca

Mais que nunca, as empresas e contribuintes precisam analisar seus custos tributários, já que a queda de vendas, a concorrência com produtos importados e também interna, a inflação e a queda no consumo geram redução de lucratividade.

O Planejamento Tributário é a metodologia para se obter um menor ônus fiscal sobre operações, rendas ou produtos, utilizando-se meios legais.

Também chamado de “elisão fiscal” (não confundir com “evasão fiscal” – sonegação).

Podemos sintetizar as técnicas de planejamento tributário às seguintes formas:

- Redução da base de cálculo, da alíquota ou deduções permissíveis – exemplo: deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada e outros pagamento, na declaração anual do imposto de renda de pessoa física;

- Utilização de incentivos ou benefícios fiscais específicos – exemplo: Incentivos à Inovação Tecnológica – artigos 17 a 26 da Lei 11.196/2005;

- Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu pagamento, sem a ocorrência da multa – exemplo: transferência do faturamento do último dia de um mês para o primeiro dia do mês seguinte;

- Evitar a incidência do tributo – exemplo: substituir parte do valor do pró-labore de sócios por retirada de lucros não tributáveis.

Link: http://guiatributario.net/2014/10/03/realizacao-de-planejamento-tributario/

Secretaria lança Portal Empresa Simples9 out 2014 - Simples Nacional

O Portal Empresa Simples foi lançado nesta quarta-feira (8) pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE/PR), Guilherme Afif Domingos.

A plataforma, dirigida a cerca de oito milhões de micro e pequenos empresários, vai permitir que essas companhias sejam abertas em até cinco dias.

Durante o lançamento, Afif destacou a importância do projeto e a intensa busca pela desburocratização no Brasil. "A simplificação é a palavra de ordem no Brasil hoje. "Temos que facilitar a vida dos brasileiros", disse. "Iniciamos o projeto piloto do portal no DF e em novembro vamos implantá-lo em todo país", complementou o ministro.

A Fenacon foi representada, no evento, pelo vice-presidente da Região Centro Oeste, Francisco Claudio Martins Júnior.

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Entre as principais características do Empresa Simples, o subsecretário de Empreendedorismo e da Micro e Pequena Empresa, Carlos Leony Fonseca, destacou a central de atendimento telefônica (0800) e digital ([email protected]), o aumento da comunicação direta com o poder municipal e a praça eletrônica de comércio.

Além de simplificar o processo de abertura de empresas, o portal Empresa Simples também vai funcionar como uma praça eletrônica de comércio, aproximando compradores de vendedores.

Nessa praça eletrônica, será possível obter a lista de características da empresa; o quadro de colaboradores dessa companhia; dados sobre balanço, capacidade de gestão e qualidade do produto; análises da companhia em questão, que serão realizadas por empresas parceiras; entre outros detalhes.

Durante a apresentação do Empresa Simples, Fonseca mencionou que com esse sistema eletrônico de relacionamento comercial, será possível ao governo divulgar anúncios sobre editais.

Desse modo, as empresas não precisam entregar documentos para participar concorrência governamental, já que todos seus dados estarão no sistema.

O subsecretário também ressaltou que a praça eletrônica de comércio dará mais visibilidade aos micro e pequenos empresários brasileiros no comércio exterior e mais segurança aos clientes internacionais, que poderão confirmar os dados das companhias na plataforma. 

Redesim

Com a construção do portal, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa também vai viabilizar a implantação do Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) em todo o País.

O Redesim vai viabilizar o registro e legalização de empresas em até cinco dias e, desse modo, possibilitar o registro de legalização de empresas em um processo único, que poderá ser realizado pela internet, com a utilização de contratos e declarações eletrônicos.

No período de cinco dias, qualquer empresa, independentemente do porte, obterá permissão da prefeitura para o exercício de suas atividades no endereço indicado, o registro na Junta Comercial, a inscrição no CNPJ e as licenças de funcionamento.

Simples internacional

Por meio do Empresa Simples, também será implantado o Simples Internacional, sistema de comércio bilateral entre países da América Latina, Caribe, Espanha, Portugal e África lusófona. Nesse modelo de interação comercial, micro e pequenas empresas exportadoras e importadoras dos países que celebrarem acordos bilaterais de comércio, prevalecendo-se de um regime alfandegário diferenciado e simplificado, poderão fazer negócios.

No projeto, foi definida a utilização de linguagem padronizada e, além disso, as empresas serão beneficiadas por tributos reduzidos e disporão de um sistema de logística, que terá a incumbência de realizar a entrega das mercadorias.

Inova fácil

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Além desses serviços, o Empresa Simples oferecerá informações para aprimorar o gerenciamento profissional das micro e pequenas empresas. Bastará o empreendedor interessado em capacitar a gestão do seu negócio acessar o Inova Fácil.

A ferramenta oferecerá publicação de pesquisas e soluções de inovação elaboradas por institutos, universidades, entidades de fomento e centros de pesquisa em linguagem acessível, classificadas como em uma enciclopédia, utilizando descritores taxonômicos para que os empreendedores possam realizar consultas.

Caso as consultas não estejam disponíveis respostas para as perguntas encaminhadas, o sistema registrará a solicitação e a enviará aos institutos, universidades e entidades de fomento para investigação. As respostas alimentarão um banco de dados com informações sobre soluções de inovação.

Crédireto

Outro serviço que o Empresa Simples oferecerá, o Crédireto, terá a função de, por meio de certificado digital, encaminhar os dados autorizados das MPEs a instituições financeiras para que essas possam oferecer linhas especiais de crédito.

As linhas de crédito poderão ter finalidades diversas, desde capital de giro até financiamento de máquinas novas e usadas. Trata-se, acima de tudo, de um sistema de autorização de entrega de dados para as instituições financeiras que automatiza a execução da rotina de extração de dados.

Conheça o Portal: www.empresasimples.gov.br

Fonte: Fenacon

Certidões Negativas de Débitos da Fazenda Nacional serão unificadasA unificação das Certidões Negativas está prevista na Portaria MF 358, de 5 de setembro de 2014.

A partir do dia 20 de outubro de 2014, as certidões que fazem prova da regularidade fiscal de todos os tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, tanto no âmbito da Receita Federal quanto no âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional, serão unificadas em um único documento. A unificação das Certidões Negativas está prevista na Portaria MF 358, de 5 de setembro de 2014.

Atualmente, o contribuinte que precisa provar sua regularidade para com o fisco deve apresentar duas certidões: uma relativa às contribuições previdenciárias, conhecida como certidão do INSS ou certidão previdenciária, e outra relativa aos demais tributos.

Com a unificação a Certidão será obtidas por meio dos seguintes procedimentos:

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1. com apenas um acesso o contribuinte obterá o documento que atesta sua situação fiscal perante a Fazenda Nacional, o que simplifica o procedimento para o contribuinte e diminui o custo da máquina administrativa;

2. a gestão da sistemática de emissão de Certidão da Receita e da Procuradoria passa a ser única, reduzindo os custos com desenvolvimento e manutenção de sistemas;

3. na impossibilidade de emissão de certidão por meio da internet, o contribuinte poderá consultar suas pendências no próprio e-CAC, no sítio da Receita Federal, sem a necessidade de se dirigir a uma unidade;

4. no e-Cac estarão disponíveis dois serviços: Situação Fiscal e Situação Fiscal-Relatório Complementar, que poderão ser acessados por código de acesso ou por certificado digital, ou seja, de casa mesmo o contribuinte terá acesso às suas informações;

5. uma vez regularizada eventuais pendências, a certidão será obtida na própria internet;

6. não haverá mais a vedação para tirar uma certidão antes de 90 dias do término da validade de uma anterior, como existia na certidão das contribuições previdenciárias: uma nova certidão poderá ser emitida a qualquer momento;

7. os contribuintes com parcelamentos previdenciários em dia poderão obter a certidão positiva com efeitos de negativa pela internet (atualmente quem tem parcelamento previdenciário, mesmo que regular, tem de comparecer a uma unidade da Receita para solicita a certidão);

8. algumas outras situações que levavam o contribuinte para as unidades da Receita também foram resolvidas de forma que o contribuinte possa ter a certidão pela internet;

9. a certidão unificada deixa de ter finalidade específica, ou seja, uma vez obtida a certidão, ela vale para fazer prova de regularidade junto à Fazenda Nacional para quaisquer fins;

10. as pessoas jurídicas que possuem muitos estabelecimentos poderão ter a emissão da nova Certidão no momento da solicitação pela Internet (para esses contribuintes a emissão da certidão previdenciária só ocorria no dia posterior ao pedido).

Deve-se prestar atenção que, a partir do dia 20/10/2014, se o contribuinte precisar comprovar a regularidade para com a Fazenda Nacional, ele deve apresentar uma única certidão emitida a partir dessa data OU, se possuir uma certidão previdenciária e uma outra dos demais tributos, emitidas ANTES de 20/10, mas dentro do prazo de validade, poderá apresentá-las, pois continuarão válidas dentro do período de vigência nelas indicados; mas se o contribuinte tiver apenas uma delas válida, terá que emitir a nova Certidão Unificada.

A emissão de Certidão de Regularidade Fiscal do Imóvel Rural e de Obras não sofreram quaisquer alterações.

Link: http://www.receita.fazenda.gov.br/AutomaticoSRFsinot/2014/10/03/2014_10_03_12_19_31_747689397.html Fonte: Receita Federal

Valorizado, contador vê salário subir dois dígitosIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Além de esperar por meses para encontrar o candidato considerado ideal, as empresas precisam pagar mais para tê-lo em seus quadros.

Luciano Feltrin

O processo de contratação de profissionais de contabilidade, auditoria e finanças está mais difícil, lento e caro. Além de esperar por meses para encontrar o candidato considerado ideal, as empresas precisam pagar mais para tê-lo em seus quadros.

Segundo dados do Guia Salarial 2014 elaborado pela Robert Half, ao longo deste ano, são esperados incrementos salariais de 25% e 10%, respectivamente, para os cargos de analista contábil/fiscal sênior e de diretor financeiro.

Para Alexandre Attauah, gerente da Divisão de Finanças e Contabilidade da empresa de recrutamento, além da escassez de pessoal especializado, outro fator que contribui para a valorização salarial é o caráter estratégico que esses profissionais passaram a ter nas organizações. Os salários também são atrativos, partindo de R$2.500,00 a R$7.000,00 para analista contábil; R$5.000,00 a R$14.000,00 para coordenador contábil, chegando até R$24.000,00 para gerente contábil, em média, conforme informações da Robert Half.

“Eles saíram dos bastidores e se tornaram mais ativos na análise de risco. Além disso, a interação com as demais áreas internas também aumentou. O objetivo agora não é só alcançar os melhores custos, mas também obter melhores retornos do negócio”, aponta.

Mesmo diante de um cenário bastante favorável, que inclui a possibilidade de trilhar uma carreira bem-sucedida e engordar o salário, a Contabilidade ainda não tem despertado o desejo dos jovens.

George Sales, assessor da coordenação da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - Fipecafi, atribui isso a uma visão limitada que muitos têm do segmento.

“O jovem ainda não percebeu as diversas possibilidades que existem para trabalhar na área. Muitos deles associam esse profissional a alguém que se limita a cumprir normas, regras e obrigações. Também acham que ser contador é ficar dentro de um escritório, distante do dia a dia e da estratégia das empresas, o que é um grande erro, principalmente depois da chegada das normas internacionais de contabilidade ao país.”

Para mudar essa imagem, a partir deste ano, a Fipecafi passará a visitar colégios e cursinhos. O objetivo é mostrar aos jovens estudantes que a carreira contábil pode ser uma opção interessante e rentável.

Link: http://www.revistadeducao.com.br/noticia/58-valorizado-contador-ve-salario-subir-dois-digitos Fonte: Revista Dedução

Como garantir a precisão da informação em relatórios gerenciais

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A contabilidade é um ótimo instrumento para auxiliar a tomada de decisão. É um mapa que nos mostra todos os destinos, mas para chegarmos onde pretendemos esse mapa tem que estar correto afinal de contas a direção é mais importante que a velocidade

Diego Posich, 8 de outubro de 2014

Em um mundo capitalista é mais que normal que os empreendedores se preocupem com a continuidade e a lucratividade de seus negócios, afinal são eles que mantém viva a esperança de uma vida melhor, com conforto e quem sabe até algum luxo. É nesse ponto que entra a importância da contabilidade e quando falo em contabilidade não me refiro apenas as obrigações com o fisco, mas também como instrumento de controle.

A Contabilidade é uma poderosa ferramenta para auxiliar a tomada de decisão. No entanto para que isso seja possível é necessário garantir que as informações apresentadas estejam refletindo a realidade do que ocorre na organização. Abaixo seguem algumas dicas de procedimentos a serem adotados que possibilitará um controle mais preciso e evitar multas por erros nas declarações enviadas ao fisco.

Acredito que algumas situações descritas se repetem em todo o Brasil e não apenas na minha cidade o que vai fazer com que você se identifique com elas.

Seguem as dicas:

- Nunca misture as contas pessoais com as contas da empresa. A princípio isso não é nenhuma novidade, todavia é uma situação recorrente principalmente em pequenas empresas. Esse fato acaba distorcendo as informações geradas o que por sua vez impede sua utilização na tomada de decisão. Isso ocorre principalmente pelo fato de não se ter um controle das contas a pagar e a receber ou ainda por não se formar um pequeno caixa para despesas eventuais que não estavam nos planos. Para quem tem mais de uma empresa isso também é válido, não misture as contas de uma empresa com as de outra empresa.

- Mantenha os documentos em local seguro. Pouco adianta não misturar as contas pessoais com as da empresa se o empresário acaba por extraviar documentos importantes como notas fiscais de entrada e saída, contratos com clientes e fornecedores, comprovantes de pagamentos ou até mesmo documentos que garantem segurança na relação de trabalho entre empregado e empregador. Certa vez o empregador perdeu a Carteira de Trabalho de um empregado. Se organize e evite transtornos e aborrecimentos futuros.

- Mantenha uma boa comunicação com todos os setores da organização principalmente com a contabilidade. Como diz um dito popular “Quem não se comunica se trumbica”, em outras palavras, quem não se comunica acaba se prejudicando e prejudicando toda a organização, o que por sua vez compromete o sustento das famílias que ali trabalham. Não permita que intrigas bobas entre os setores ou entre pessoas prejudiquem a comunicação de toda a empresa.

Apesar de serem dicas simples ou até mesmo dicas que não são nenhuma novidade pra muita gente, a implantação delas trará resultados muito além do esperado, pois sem isso é impossível se basear em relatórios quando se necessitar tomar alguma decisão (o que acontece o tempo todo). Não é fácil mudar um hábito, pois o mesmo está enraizado em nosso cérebro de modo que este nunca será perdido, poderá apenas ser substituído por outro. Em uma era digital onde mudanças ocorrem a cada instante é imprescindível que venhamos a passar por mudanças. Lembre-se o mundo muda quando as pessoas mudam. E a vida segue enquanto todos sabemos o que fazer e não fazemos, o que segundo um dito chinês, é o mesmo que não saber.

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Imunidade tributária e isenção fiscal – dois conceitos parecidos, mas bem diferentes A imunidade é determinada pela Constituição Federal sobre tributação de certas pessoas ou certos fatos, enquanto a isenção é o exercício da competência do ente da federação.

Publicado por Studio Fiscal - 3 dias atrás

Dois conceitos do direito tributário que levam leigos e até operadores do direito e profissionais da área fiscal à confusão é sobre a diferença entre imunidade tributária e isenção fiscal. E não é de se espantar o quiproquó conceitual, haja vista que o efeito prático é o não pagamento do tributo. Entretanto, há diferenças enormes entre os dois, que passaremos a verificar a seguir.

Antes, de explicar a imunidade, é necessário lembrar que a Constituição Federal dá aptidão para o ente federativo criar tributos, mas também o limita em seu poder de tributar. É esse segundo que trata sobre imunidade, afinal a Carta Magna é taxativa no que tange a falta de competência em tributar certas pessoas ou situações.

Isso fica evidente no art. 150, VI, a, b, c, d, e, e § 2º da Constituição Federal:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)

(...)

§ 2º - A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Outro ponto interessante a se destacar sobre as imunidades é o fato de elas caminharem juntas a alguns princípios constitucionais pétreos. Por exemplo, a imunidade aos templos visa à liberdade religiosa, bem como a imunidade ao patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos visam à liberdade política.

Por outro lado, a isenção não é a vedação constitucional à aplicação e instituição do tributo, mas sim uma opção legal do ente federativo. E por esse motivo essa medida é mais frágil, tendo em vista a facilidade em isentar ou não determinada pessoa ou fato.

Um exemplo simples é a questão do ICMS. O imposto estadual, muitas vezes é zerado ou tem sua alíquota reduzida com a finalidade de fomentar ou desenvolver o estado em determinado segmento econômico. Ou seja, caso o estado deseje cancelar essa isenção, basta modificar a lei (claro que levando em conta os processos legislativos estaduais e suas peculiaridades, bem como os demais princípios constitucionais, como legalidade e anterioridade).

Portanto, é possível resumir a diferença entre os dois conceitos do seguinte modo: a imunidade é lida como competência ou falta dela, sendo determinada pela Constituição Federal a tributação de certas pessoas ou certos fatos. A isenção é meramente o exercício da competência do ente da federação.

Um exemplo derradeiro pode deixar mais claro isso. O IPVA é pago pelo proprietário de veículo automotor. Porém, se esse veículo pertencer ao ente federativo não pode ser exigido – isso é imunidade. Por outro lado, caso o estado decida não exigir IPVA de veículos com mais de 25 anos, por exemplo, isso é isenção.

Fonte: Blog Studio Fiscal

Como ter uma boa contabilidade na sua empresaA primeira dica e a mais importante é a transparência nos negócios, diz especialista

Elói de Siqueira

É importante encarar a contabilidade como uma ferramenta que contribui para o gerenciamento do negócio, independente do tamanho ou ramo de atividade da empresa. Pensar desta forma traz muitas

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vantagens corporativas, principalmente quanto à transparência das transações e a real apuração do lucro ou prejuízo.

A primeira dica e a mais importante é a transparência. Com a elevada carga tributária e a forte concorrência que alguns setores enfrentam, muitas vezes, os administradores arranjam formas alternativas de se manterem vivos no mercado, realizando operações sem emissão de documentos fiscais, por exemplo.

Essa prática, entretanto, conhecida como caixa dois é facilmente detectada pela Receita Federal, que está bem aparelhada para cruzar as informações eletrônicas transmitidas por todos os contribuintes. Agindo com clareza e transparência, o empreendedor terá mais tranquilidade para estruturar a sua empresa para crescer.

A escolha do profissional ou organização contábil é outro ponto importante. Normalmente, aspequenas empresas preferem terceirizar a responsabilidade para uma organização especializada no ramo e focar no negócio. Essa é uma boa decisão? Sim, mas devem ser analisados alguns pontos antes da contratação.

Pesquise nos órgãos da classe contábil se empresa é idônea, entre em contato com os clientes atendidos pela contabilidade para verificar se eles estão satisfeitos com os serviços prestados, visite as instalações da organização e avalie a proposta de prestação de serviços oferecida.

Após a contratação, é importante acompanhar a realização dos serviços, pessoalmente ou através de um colaborador de confiança. É necessário fazer reuniões periódicas com o contador e se certificar de que a contabilidade esteja em ordem. O segredo de sucesso da terceirização de serviços é o gerenciamento. A empresa contratada é uma extensão da sua, portanto, o acompanhamento é fundamental para saber se o serviço prestado está adequado. Uma boa informação contábil e fiscal assegura o atendimento às exigências da Receita Federal, que é a grande preocupação do empresário.

Link: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-ter-uma-boa-contabilidade-na-sua-empresa Fonte: Exame.com

Algumas notas acerca do sigilo bancário Publicado por Ionilton Pereira do Vale - 2 dias atrás

O sigilo bancário, atualmente, pode ser compreendido como um dever jurídico, imposto às instituições bancárias, de não divulgar informações acerca das movimentações financeiras de seus clientes, sendo derivado do direito à intimidade e à vida privada, bem como à manifestação do pensamento.

A intimidade está inserida na esfera da privacidade, sendo mais limitada a assuntos os quais o indivíduo não revela nem mesmo a pessoas da família, pois não envolve direito de terceiros. Desta forma, o sigilo bancário faz parte da intimidade do indivíduo, pois este confia ao banco as suas intenções e projetos, fazendo-o, muitas vezes, de seu confidente.

O cliente objetiva um bom resultado na operação que pretende realizar e, por isso, necessita confiar dados a seu respeito ao banco. Desde o Direito Romano observava-se a reserva mantida pelos banqueiros (argentarus), que tinham um livro de créditos e débitos (Codex), cujo conteúdo deveria ser mantido sob sigilo, salvo os casos de conflito entre o cliente e o banqueiro, em que o litígio seria resolvido perante a

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Justiça, com a divulgação dos dados necessários. (ABRÃO, Nelson. Direito bancário. 3. Ed. São Paulo: RT, 1996. P. 72.).

Regulamenta o sigilo bancário a Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001, dispondo o art. 1.º, § 4.º, as hipóteses em que a quebra de sigilo poderá ser decretada: a) quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial; b) nos seguintes crimes: I – de terrorismo; II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção; IV – de extorsão mediante sequestro; V – contra o sistema financeiro nacional; VI – contra a Administração Pública; VII – contra a ordem tributária e a previdência social; VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores; IX – praticado por organização criminosa.

A quebra do sigilo, contudo, é medida excepcional, que não pode ser manejada de forma arbitrária pelo poder público, caracterizada pela busca generalizada e devassa indiscriminada da esfera de intimidade das pessoas, o que daria, ao Estado, em desconformidade com os postulados que informam o regime democrático, o poder absoluto de vasculhar, sem quaisquer limitações, registros sigilosos alheios. Para que a medida excepcional da quebra de sigilo bancário não se descaracterize em sua finalidade legítima, torna-se imprescindível que o ato estatal que a decrete, além de adequadamente fundamentado, também indique, de modo preciso, entre outros dados o número de sua inscrição no CPF) e o lapso temporal abrangido pela ordem de ruptura dos registros sigilosos mantidos por instituição financeira. (HC 84.758, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16.06.2006.).

Ademais, é certo que o sigilo bancário, que é espécie de direito à privacidade, o qual a Constituição protege, conforme o art. 5.º, X, não é um direito absoluto, que deve ceder diante do interesse público, do interesse social e do interesse da Justiça, certo é, também, que ele há de ceder na forma e com observância de procedimento estabelecido em lei e com respeito ao princípio da razoabilidade. No tocante à quebra do sigilo bancário, a posição majoritária do Supremo Tribunal Federal é a de que somente o Poder Judiciário, por meio dos juízes competentes, tem legitimidade para quebrar o sigilo. A exceção feita, em relação ao Ministério Público, para que obtivesse diretamente os dados, por tratar-se de empresa com participação do erário, tendo em vista o patrimônio e o interesse público. A propósito:

A discussão atinente à quebra de sigilo bancário pela autoridade administrativa, sem a participação da autoridade judiciária, já foi ventilada por esta Corte, pelo menos, nos seguintes julgamentos: MS 21.729-4, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 19.10.2001; MS 23.851, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 21.06.2002; Pet 2.790 AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ 11.04.2003, e RE 215.301, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28.05.1999.. Em todos, assentou-se que a proteção aos dados bancários configura manifestação do direito à intimidade e ao sigilo de dados, garantido nos incs. X e XII do art. 5.º da Constituição Federal, só podendo cair à força de ordem judicial ou decisão de Comissão Parlamentar de Inquérito, ambas com suficiente fundamentação. A exceção deu-se no julgamento do MS 21.729, em que se admitiu que o Ministério Público obtivesse diretamente os dados, por tratar-se de empresa com participação do erário (patrimônio e interesse público)” (AC 415-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 20.09.2004).

Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no HC 91.661, de relatoria da Min. Ellen Gracie, reconheceu por meio da 2.ª Turma os poderes investigatórios do Ministério Público, e nesta esteira a ilustre Ministra Ellen Gracie reconheceu, embora não explicitamente, a possibilidade de o Ministério Público requisitar diretamente as informações bancárias. (RE 535.478/SC, Rel. Min. Ellen Gracie, 2.ª T., j. 28.10.2008, DJE 222, divulg.20.11.2008, publ. 21.11.2008, Ement. Vol. 02342-11, p. 2.204).

Também já decidiu o Supremo Tribunal Federal não ser oponível ao Ministério Público informações sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de requisição de informações e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público.(MS 21.729/DF, Rel.

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Min. Marco Aurélio, Rel. P/ Acórdão Min. Néri da Silveira, Tribunal Pleno, j. 05.10.1995, DJ 19.10.2001, p. 33, Ement. Vol. 02048-01, pp. 67, RTJ vol. 00179, p. 225).

O Supremo Tribunal entende que fere o princípio federativo, bem como o sistema de checks-and-counterchecks adotado pela Constituição Federal de 1988, a recusa de instituição federal (no caso o Banco Central), em fornecer informações à Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada no âmbito estadual. (ACO 730, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 11.11.2005). Devem, contudo, as CPIs observar as regras do due process of law, bem como os direitos e garantias fundamentais, competindo ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, em sede originária, mandados de segurança e habeas corpus impetrados contra comissões parlamentares de inquérito constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou no de qualquer de suas casas.

A Comissão Parlamentar de Inquérito, enquanto projeção orgânica do Poder Legislativo da União, nada mais é senão a longa manus do próprio Congresso Nacional ou das casas que o compõem, sujeitando-se, em consequência, em tema de mandado de segurança ou de habeas corpus, ao controle jurisdicional originário do Supremo Tribunal Federal (cf. Art. 102, i, d e i). Com a quebra do sigilo bancário, têm os integrantes das CPIs o dever de demonstrar, a partir de meros indícios, a existência concreta de causa provável que legitime a medida excepcional, devendo ater-se a fatos determinados. (MS 23.452/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno do STF, j. 16.09.1999, DJU 12.05.2000, unânime)

A diferença entre Bitributação e Bis in idem Há apenas duas situações das quais a bitributação é permitida, enquanto o Bis In Idem é permitido pelo sistema constitucional desde que expressamente autorizado pela Carta Constitucional.

Publicado por Studio Fiscal - 4 dias atrás

Um dos temas mais complexos no direito tributário é a questão da bitributação. Muitas vezes em nosso trabalho percebemos as pessoas reclamando e criticando diversas situações que consideram levianamente como caso de ser tributado duas vezes. Ocorre que nesse caso, é necessário cautela. Há diversas variáveis que tornam esse discurso inválido.

Para entender isso, primeiramente é preciso conceitua-lo. Bitributação ocorre quando dois entes da federação, por meio de suas pessoas jurídicas de direito público tributam o mesmo contribuinte sobre o mesmo fato gerador. Por exemplo, isso ocorre quando dois municípios pretende cobrar ISS sobre um mesmo serviço prestado.

A ilegitimidade nesse caso se dá pela inconstitucionalidade, em razão da violação de normas constitucionais sobre competência tributária.

Entretanto, como tudo que rodeia nosso sistema tributário e nossa administração pública existem exceções. Há duas situações em que é permitida a bitributação.

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Primeiro, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá ser exigido imposto extraordinário, compreendido ou não em sua competência, conforme previsto no art. 154, II da Constituição Federal de 1988:

Art. 154. A União poderá instituir:

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Outro caso de possibilidade da tributação está mais ligada ao âmbito internacional. Ocorre nos casos em que um tributo é recolhido em um Estado, mas poderá também ser cobrado noutro. Por exemplo, o contribuinte recebe rendimento de um trabalho realizado em País, poderá ser cobrada sua renda em ambos Países, claro que dependendo das regulações internas e externas, respeitando a soberania em cada nação.

Uma coisa é importante informar ao leitor. Bitributação é diferente de outro fenômeno – que também pode gerar certa dúvida ao contribuinte: o Bis in idem, ou duas vezes sobre a mesma coisa. Esse fenômeno ocorre quando a pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez o mesmo fato jurídico. Por exemplo, o fato de uma empresa auferir lucro dá margem à exigência de Imposto sobre a Renda, como também da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ambos tributos de competência da União Federal.

Vale ressaltar que o Bis In Idem, é permitido pelo sistema constitucional desde que expressamente autorizado pela Carta Constitucional. Ou seja, a competência tributária precisa ser exercida dentro dos parâmetros constitucionalmente estabelecidos, respeitando ainda os princípios e as imunidades.

O Sistema Tributário Nacional previsto na Constituição Federal de 1988 (Título VI, Art. 145 e seguintes), autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituir impostos, taxas e contribuições e, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Como já observado, a competência tributária é matéria eminentemente constitucional, taxativa e exaustivamente prevista, de sorte que haverá conflito de competência na medida em que um ente político arvorar-se de competência alheia.

Nesse sentido, reiterando a assertiva de que todas as competências tributárias são previstas na Constituição Federal, conclui-se que a pessoa política não pode usurpar competência tributária alheia, nem aquiescer que sua própria competência tributária venha a ser utilizada por outra pessoa política.

Sempre que houver bitributação, ocorrerá violação ao dispositivo constitucional, e que pode ser coibido imediatamente por uma medida judicial.

Fonte: Blog Studio Fiscal

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10 passos para a PME se adequar à Lei Anticorrupção 07-10-2014

Em vigor desde 29 de janeiro deste ano, a Lei Anticorrupção afeta não apenas grandes corporações, mas todas as pequenas e médias empresas, em especial aquelas que têm ou pretendem ter relações comerciais com o setor público. De acordo com a nova lei, se um funcionário for pego em atos de corrupção, a empresa é punida mesmo sem a comprovação de que tinha conhecimento do que estava acontecendo.

A punição prevê multa que pode chegar a até 20% do faturamento bruto do ano anterior, inclusão da empresa numa “lista negra” que a impede de firmar contratos e receber recursos financeiros de entidades públicas, suspensão e encerramento de atividades, prisão dos envolvidos, entre outras. Portanto, agora é hora de investir em prevenção.

“A Lei Anticorrupção prevê tratamento diferenciado entre empresas negligentes no combate à corrupção e as que se esforçam para evitar e coibir ilícitos. Empresas que possuem políticas internas de auditoria, aplicação de códigos de ética e conduta e incentivos a denúncias de irregularidades poderão ter as penas atenuadas, tendo certo que a lei importou do Direito norte-americano o conceito de compliance, procedimento implantado para satisfazer o cumprimento das normas e regulamentos de determinada jurisdição ou setor, que pode ser definido como o ato de cumprir, de estar em conformidade e executar regulamentos internos e externos, impostos às atividades da instituição, buscando mitigar o risco atrelado à reputação e ao regulatório/legal”, explica Murillo Onesti, do escritório Rodrigues Onesti & Lima Neto Advogados.

10 Passos para de adequar à Lei Anticorrupção

1. Criação de uma Política eficaz de Combate à Corrupção A responsabilidade da empresa em garantir a correta compreensão do conceito de corrupção e os riscos e sanções que sua prática envolvem é a função primordial na adoção de políticas de combate à corrupção. Conscientizar seus colaboradores da necessidade de condução dos trabalhos sem que haja o envolvimento inadvertido em atividades ilegais, afinal, violação de leis, já que a nova lei poderá penalizado individualmente com multas, prisões, etc. Além do mais, a implantação e aplicação de tal pratica pode ser considerada um fator de atenuação da responsabilidade da empresa.

2. Formulação, aplicação e divulgação do planejamento estratégico da empresa, De simples elaboração, esta ferramenta é bastante útil e deve ser compartilhada entre todos os funcionários, mesmo aqueles que não têm contato direto com autoridades públicas, pois auxilia na formação e manutenção da cultura da empresa.

3. Adoção e Criação de manuais de conduta e códigos de ética.A empresa deve criar o seu próprio código, de acordo com a sua realidade. “Não se deve utilizar modelos aplicados em outras companhias, pois isso não funciona e ainda pode causar problemas”, adverte o advogado, José de Souza Lima Neto.

4. Realização de atualizações, treinamentos e cursos Não basta criar as regras, é preciso disseminá-las e reforçá-las periodicamente.

5. Criação de um canal de comunicação aberto com os colaboradoresPara Onesti, esta é uma das principais ferramentas a serem implantadas nas empresas. “É preciso que haja esta abertura para que se possa apurar os fatos e atuar rapidamente, evitando problemas jurídicos”.

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6. Adoção de práticas contábeis de acordo com a legislação A precisão dos diários, livros, registros e contas é fundamental a todas as transações/despesas (nacionais e estrangeiras) das empresas. Pagamentos incomuns, contas “sem registro”, faturas ou notas inexistentes devem ser abolidas, bem como supressão de livros e registros. A fórmula é simples. Um terceiro, alheio à empresa, entenderia a operação, como foi feita, as partes envolvidas, os beneficiárias e sua razão? Transparência e documento.

7. Acompanhamento periódico da legislação, inclusive regulamentadoras da atividadePara os advogados, é fundamental acompanhar as constantes mudanças legislativas, pois muitas vezes as novas regras não são devidamente divulgadas e a empresa pode ter uma conduta indevida sem ter conhecimento.

8. Realização periódica de auditoriasProcedimentos internos de auditoria podem dar início à ações investigativas e fiscalizatórias, com o fim de averiguar se os procedimentos adotados e a legislação estão sendo aplicados corretamente. Auditorias periódicas, internas e externas, são importantes ferramentas de controle e gestão de riscos, aplicando transparência e eficácia na condução dos negócios da empresa. As auditorias, aliadas à sólidos programas de Compliance formam mecanismos diligentes de atendimento à nova legislação, podendo oferecer a segurança necessária diante de uma eventual fraude ou processo administrativo ou judicial.

9. Apoio e orientação de um departamento jurídico (interno ou terceirizado)Braço fundamental, atuando em vários seguimentos da empresa, o departamento juridico contribui para a eficácia de suas transações. Orientando e apoiando o compiance e a auditoria, torna-se uma ferramenta imprescindivel na aplicação, atualização e desenvolvimento das politicas de combate à corrupção.

10. Rigidez e eficácia no manuseio e guarda de documentos e informações O acordo celebrado com órgão ou entidade publica, que visa a cooperação da empresa que colabore efetivamente com as investigações é previsto na legislação em comento, denominado acordo de leniência. O objetivo do acordo é a identificação de outros envolvidos, obtenção rápida de documentos, informações, etc. A possibilidade de celebrar o acordo, em conjunto com a necessidade de transparecia nas relações e ainda a responsabilidade individual e/ou da pessoa jurídica, demandam uma grande necessidade na guarda e manutenção de documentos, informações, registros de atividades, etc. Com a era digital esse cuidado se torna ainda mais importante.

Dentre outros instrumentos necessários, as empresas de médio e pequeno porte também devem: adotar estrutura de governança com compromisso claro da alta administração; realizar auditorias e monitoramentos contínuos; executar reuniões periódicas para revisar pontos levantados pelas auditorias interna e externa; realizar treinamentos de funcionários de área de risco; estabelecer rotinas de atualização e de acompanhamento contínuo do pessoal com relacionamento direto com o governo; implementar medidas mais incisivas de análises nas contratações de pessoal; definir as sanções para os casos de desvio de conduta; e, avaliar a eficiência e revisar periodicamente a política adotada, propondo melhorias.

Para empresas que não tem estrutura ou condições de criar ou gerir um compliance próprio, há a possibilidade de adequação à lei através de sua terceirização, contratando escritórios especializados que possam suprir essa lacuna, os quais serão responsáveis pela implementação de uma política de combate à corrupção em sua empresa.

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Por que é tão difícil acabar com o 'manicômio tributário' brasileiro?Ruth Costas Da BBC Brasil em São Paulo

9 outubro 2014

Há 30 anos, presidentes prometem reformar sistema de impostos, mas isso nunca ocorreu

É só uma eleição se aproximar e as promessas de mudanças no intrincado sistema tributário brasileiro ganham espaço no discurso de políticos dos mais variados partidos. Nas últimas três décadas, todos os presidentes eleitos se declararam a favor de uma reforma. E dois deles – FHC e Lula - chegaram a apresentar propostas ao Congresso.

A presidente Dilma Rousseff, do PT – que ao assumir, em 2011, prometeu uma "reforma tributária fracionada" –, agora se compromete em avançar em uma simplificação dos tributos do país.

E seu concorrente, Aécio Neves, do PSDB, diz que, se vencer a eleição do dia 26, criará uma secretaria especial para apresentar, em 60 dias, propostas nessa área.

Além disso, diversos congressistas recém-eleitos garantem apoiar uma reforma. Mas, quando é iniciado um debate sobre que tipo de reforma deveria ser feita e quem se beneficiaria dela, as opiniões passam a ser divergentes.

A regressividade do sistema faz com que os 10% mais pobres paguem, proporcionalmente, mais impostos que os 10% mais ricos. Empresários reclamam da oneração. A classe média se vê obrigada a gastar com serviços privados e não tem a percepção de que os impostos pagos "voltam" de alguma maneira.

Promessas de mudanças nessa área, ainda que pouco específicas, são populares tanto entre eleitores quanto entre empresários financiadores de campanhas.

Comendo poeiraExiste um consenso de que o sistema tributário brasileiro é excessivamente complexo e incoerente - um "manicômio tributário", como definiu o tributarista Alfredo Augusto Becker.

Uma empresa brasileira gasta 2600 horas por ano com os trâmites burocráticos para pagar seus impostos, segundo o Banco Mundial. É o pior resultado entre 189 países analisados.

A comparação com a média da OCDE – de 175 horas - pode parecer covardia, mas mesmo países famosos por sua ineficiência burocrática fazem o Brasil comer poeira nesse quesito.

Na Bolívia, por exemplo, as empresas gastam 1025 horas com o pagamento de impostos. Na Nigéria, 956 horas, na Líbia, 889 horas e, na Venezuela, 792 horas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), desde a Constituição de 88, união, estados e municípios editaram 320 mil normas modificando matéria tributária no Brasil – uma média de 33 por dia.

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Além disso, poucos gostam de pagar imposto – e o brasileiro não só paga cada vez mais, como há uma percepção generalizada de que o investimento não compensa.

Nos anos 50, a carga tributária estava na casa dos 15% do PIB. Chegou a 25% nos anos 70 e 80 e 30% no final da década de 90.

Hoje, é de 36% - o que significa que um terço de tudo que se produz no país é destinado ao pagamento de tributos.

Para completar, na última década pesquisadores vêm chamando atenção para o problema da regressividade do sistema: quanto mais pobre o contribuinte, mais imposto ele paga proporcionalmente a sua renda.

Segundo o Instituto Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), os 10% mais pobres do país gastam 32,8% de sua renda com impostos. Já entre os 10% mais ricos, a proporção é de 22,7%.

"Isso ocorre em função da grande participação dos impostos sobre o consumo na carga tributária – uma peculiaridade do sistema brasileiro", explica José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.

"É um mito que pobre não paga imposto. Aqui, se você acende a luz, abre a torneira ou atende o celular, já está pagando."

É como se os mais pobres é que estivessem, de fato, "bancando" os programas sociais que voltam para eles mesmos - programas que são alvos de muitos críticos do governo.

Mas, se todos concordam que o sistema tributário está crivado de problemas, por que é tão difícil fazer mudanças?

Especialistas consultados pela BBC levantaram pelo menos três motivos por trás da inércia nessa área. Leia abaixo:

1. Medo de perder arrecadaçãoPara Maria Helena Zockun, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), tanto estados quanto o governo federal temem que uma reforma tributária, com simplificações e unificação de tributos, possa resultar em menos arrecadação.

A questão é que o sistema tributário brasileiro pode ser intrincado e incoerente. Mas é eficaz do ponto de vista arrecadatório.

Em porcentagem do PIB, arrecada-se o mesmo que países como Alemanha e Canadá – que exibem taxas de informalidade em suas economias muito menores.

"Em última instância, não há interesse entre os que estão no poder e querem expandir os gastos públicos de fazer uma mudança que poderia implicar em perda de receita", diz Zockun.

Afonso, do IBRE, e João Elói Olenike, presidente-executivo do IBPT, concordam.

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"Alguns políticos até parecem começar o governo com intenção de fazer a reforma, mas perdem o ímpeto ao se dar conta de seus riscos e dificuldades. Ao final, temos muito jogo de cena, mas pouco empenho político para se avançar nessa área", opina Olenike.

No caso das mudanças no chamado"pacto federativo" – que define competências tributárias e atribuições dos entes da federação – o grande problema parece ser a disputa por recursos entre estados e a união, como ressalta Marcelo Moura, professor do Insper.

De um lado, Brasília resiste a uma descentralização dos tributos. Do outro, alguns estados se opõem a mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Hoje, esse imposto é cobrado em parte pelo Estado produtor e em parte no destino das mercadorias – o que torna seu pagamento complexo e permite o uso de isenções fiscais para atrair investimentos produtivos, na chamada "guerra fiscal".

A reforma de 2008, por exemplo, propunha que se privilegiasse os estados de destino na arrecadação – o que enfrentou grande oposição de estados produtores do Sudeste.

"Mas também já tivemos reformas e leis que enfrentaram resistência dos Estados e mesmo assim foram aprovadas, como a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz Afonso.

"Por isso, no caso da reforma tributária, acho que tem faltado mesmo empenho do Executivo."

2. Resistência de grupos de interesseO sistema tributário brasileiro é repleto de situações de exceção e privilégios – e para alguns setores, mudanças podem significar o fim de vantagens.

Talvez o exemplo mais claro de resistência de grupos específicos às reformas diz respeito a propostas, encampadas por organizações da sociedade civil, para tornar o sistema mais "progressivo" – ou seja, para garantir que os ricos paguem proporcionalmente mais imposto.

A avaliação dos especialistas é que, hoje, dificilmente um aumento significativo de tributos sobre o topo da pirâmide social brasileira conseguiria ser aprovado no Congresso.

O Imposto sobre Grandes Fortunas, por exemplo, foi estabelecido pela Constituição de 1988, mas nunca foi regulamentado.

"E isso não é surpresa dado que quem deveria votar a regulamentação são políticos donos de grandes fortunas", diz Olenike, do IBPT. Um levantamento do portal G1 mostra que 248 deputados eleitos (para as 513 vagas na Câmara) são "milionários", de acordo com a declaração patrimonial.

Afonso também cita o caso do Imposto Territorial Rural, cuja arrecadação seria baixa no Brasil se comparada a de outros países.

"Com as dimensões territoriais de nosso país, arrecadamos em ITR em todo o Brasil o mesmo que com IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) no bairro de Copacabana", diz.

No caso, a oposição de produtores rurais, com forte representação no Congresso, também ajudaria a impedir a expansão da arrecadação nessa área.

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3. Falta de consensoPara entender o último fator que atravanca a reforma tributária no Brasil, basta dar uma olhada na discussão que a BBC abriu sobre o tema no Facebook.

O leitor André Luzardo defende que é preciso aumentar a alíquota máxima do imposto de renda de 27,5% para 50-60%.

Já Renato Souza Melo acredita que "se os pobres usam mais dos serviços públicos, devem pagar mais".

E, para o leitor Albert Guedes, "sistema mais justo é aquele que não cobra imposto, já que imposto é assalto por definição".

Se há certo consenso na sociedade de que uma reforma tributária é necessária, o mesmo não pode ser dito sobre a direção dessa reforma.

Seja por convicção ou interesse pessoal, diferentes grupos defendem diferentes reformas.

"E, até por isso, muitos políticos falam em reforma tributária, mas poucos se arriscam a detalhar qual mudanças pretendem levar adiante", diz Olenike.

Para Marcelo Oliveira, do Instituto Justiça Fiscal, isso ocorre porque, em última instância, a discussão sobre "quanto de impostos pagamos" e "como pagamos esses impostos" é uma discussão sobre que tipo de Estado queremos.

Mais Estado? Menos Estado? Um Estado que garante serviços básicos aos mais pobres? Ou se propõe a atender a toda a população? Que taxa mais os ricos? Ou pelo qual todos pagam igualmente?

"Quem é a favor de um Estado mínimo, por exemplo, obviamente defende menos imposto", diz Oliveira.

"Esse é um tema que dificilmente suscita consensos e, sem um norte claro, é mais difícil avançar."

Contribuinte induzido a erro pela fonte pagadora não pode ser punido por falha na declaração7 out 2014 - IR / Contribuições

A retenção do IR na fonte e o seu recolhimento cabem ao empregador, mas a omissão deste não exclui a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento do tributo, o qual fica obrigado a lançar o valor recebido em sua declaração de ajuste anual.

No entanto, é indevida a imposição de multa e juros ao contribuinte quando, induzido a erro pela fonte pagadora, inclui em sua declaração de ajuste os rendimentos como isentos e não tributáveis. O entendimento é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Em 1992, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul moveu ação trabalhista em favor dos médicos e dentistas que à época trabalhavam nos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição. Antes mesmo do julgamento, as partes entraram em acordo e deram fim ao processo.

Ficou combinado que, a partir de 1996, eles receberiam o valor mensal correspondente a 8% da remuneração para a constituição de um fundo de aposentadoria. Como a obrigação não foi cumprida, os hospitais tiveram de indenizar os profissionais pelas perdas e danos.

Depois disso, a Receita Federal autuou alguns dos profissionais porque os valores recebidos foram lançados na declaração do IR como isentos e não tributáveis. Eles impetraram mandado de segurança para que o imposto não incidisse sobre os valores decorrentes do acordo.

Acréscimo patrimonial

O juízo de primeiro grau concedeu a segurança, mas o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) considerou que nessa hipótese o IR deveria incidir, já que "as verbas recebidas por empregados médicos em função da não constituição do fundo de aposentadoria têm natureza jurídica de salário e, portanto, representaram acréscimo patrimonial".

O tribunal ressaltou que, embora os hospitais não tenham retido o IR na fonte, os contribuintes não poderiam deixar de declarar a renda e pagar o imposto no ajuste anual.

No recurso especial para o STJ, os médicos defenderam que a responsabilidade pela retenção é da fonte pagadora, a qual, segundo eles, deve responder de forma exclusiva pelo pagamento do IR.

Sujeitos passivos

"Em se tratando de verba recebida pelo empregado em razão de acordo coletivo de trabalho firmado com o empregador, no qual ficou estabelecido que seria constituído fundo de aposentadoria/pensão em favor daquele, ou, como cláusula alternativa, o pagamento de determinado valor em dinheiro correspondente ao que verteria para o fundo, há a incidência do Imposto de Renda", explicou o ministro Mauro Campbell Marques, relator do recurso especial.

Ele considerou que a falha dos hospitais - não reter o IR e ainda enviar comprovante de rendimentos aos contribuintes informando que se tratava de rendimentos isentos e não tributáveis - não retira dos recorrentes a qualidade de contribuintes, sujeitos passivos da relação jurídico-tributária.

"Em última instância, foram os contribuintes os beneficiados pelo não pagamento do tributo e não a fonte pagadora. Sendo assim, quando da entrega da declaração de ajuste, os contribuintes deveriam ter oferecido os valores à tributação. Não o fizeram. Daí que devem arcar com o imposto devido", disse o ministro.

Apesar disso, Campbell enfatizou que a falha dos hospitais ao enviar comprovante informando que se tratava de rendimentos isentos e não tributáveis resultou em ser indevida a imposição de multa e juros aos contribuintes, já que, induzidos a erro pela fonte pagadora, não incluíram os valores no campo correto de suas declarações de ajuste. Nessa hipótese, disse ele, a responsabilidade pela multa e juros de mora deve ser atribuída à fonte pagadora, conforme o artigo 722, parágrafo único, do Regulamento do IR/99.

Fonte: Contábeis.com

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Vale contestar PIS e Cofins sobre importação7 out 2014 - IR / Contribuições

Empresas no regime fiscal de lucro presumido podem ter pago impostos a mais nos últimos anos. Conforme decisão do STF, contribuinte pode pedir na Justiça restituição de tributos indevidos

São Paulo - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que contribuintes podem pedir restituição de PIS/Cofins em importações na Justiça, contrariando um pedido da Receita Federal.

O embaraço se refere à inclusão de tributos na base de cálculo das duas contribuições federais (PIS e Cofins) para produtos importados. Mas, segundo decisão do Supremo, de março de 2013, essa inclusão é indevida.

Com medo do impacto da decisão nas contas do governo, em novembro do ano passado a Fazenda Nacional entrou com um pedido de embargos declaratórios, para que o entendimento valesse apenas para o futuro.

Se o pedido fosse aceito, os contribuintes ficariam impedidos de pedir a restituição dos impostos pagos de forma indevida nos últimos cinco anos. Em nota técnica, a Receita Federal chegou a calcular que as restituições poderiam custar ao fisco R$ 14,3 bilhões.

Mesmo assim, em decisão do último dia 17, a Suprema Corte negou o pedido da Fazenda. Consta no site do STF que, por unanimidade e nos termos do voto da relatora, a ministra aposentada Ellen Gracie, foram rejeitados os embargos de declaração.

Apesar de Ellen Gracie ter apreciado o caso em 2010, no sentido de excluir os tributos da base de cálculo do PIS/Cofins, até hoje o acórdão da decisão não foi publicado pelo Supremo.

A restituição

Para o tributarista Saulo Vinícius de Alcântara, do Celso Cordeiro e Marco Aurélio de Carvalho Advogados, podem pedir a restituição do imposto as empresas que estão no regime de lucro presumido - até R$ 78 milhões de faturamento.

De acordo com ele, as empresas acima deste teto, que apuram impostos por lucro real, acabam não sofrendo com os problemas da base de cálculo do PIS e Cofins. Por questões contábeis, a base maior vira crédito numa segunda etapa, o que anula o acréscimo de imposto.

Por essa diferença entre os regimes de lucro real e lucro presumido, ele suspeita que o número de R$ 14,3 bilhões possa estar inchado. "O valor deve ser menor. Mas não dá para sabermos ao certo", disse.

Mesmo assim, o especilista acredita que a diferença no cálculo gera impactos grandes. Se houver adição de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, o valor de um bem que custa R$ 1 mil, sob alíquota de 25%, vai a R$ 1,250 mil. No momento de calcular os valores do PIS/Cofins, a diferença ficaria representativa.

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O tributarista Lucas Bizzotto Amorim, do Marcelo Tostes Advogados, avalia que assim como o caso da base de cálculo de PIS/Cofins para produtos importados, processos parecidos estão na mira do STF.

Segundo Amorim, as controvérsias envolvem a inclusão do Imposto sobre Serviços (ISS) e do ICMS sobre produtos nacionais na base de cálculo das contribuições federais. "No Brasil é frequente tributo sobre tributo. E o contribuinte questiona isso", conclui.

Fonte: DCI – SP

FGV: País precisará de aumento na carga tributáriaPara Samuel Pessôa, a devolução de algumas desonerações promovidas pelo governo é necessária

Estadão Conteúdo

SÃO PAULO - O Brasil deve apresentar um saldo negativo nas contas públicas deste ano e terá que passar por uma nova rodada de aumento na carga tributária durante o próximo governo, afirmou Samuel Pessôa, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e um dos responsáveis pela agenda econômica do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB). Em teleconferência promovida pela GO Associados, Pessôa projetou um déficit no resultado primário de 0,5% a 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em termos recorrentes, isso é, excluindo itens extraordinários como receitas de Refis, dividendos e bônus de concessões. "A grande dúvida do próximo governo é como reconstruir o resultado primário", disse.

Nesse contexto, Pessôa disse acreditar em mais uma rodada de aumento de carga tributária e a devolução de algumas desonerações promovidas pelo atual governo. Na cesta básica não há motivo para mexer nas desonerações, acrescentou. "Se não fizermos isso acho que vamos perder o grau de investimento no próximo ano", justificou.

Ao mesmo tempo, Pessôa defende uma reforma tributária para simplificar o sistema e se disse otimista com esse processo, uma vez que os três principais candidatos à Presidência defendem esse tema.

Isso seria necessário para que o gasto público pare de crescer acima do PIB, afirmou. Pessôa, que é um dos responsáveis pela agenda econômica de Aécio, acrescentou que historicamente a sociedade não tem se mostrado contra o aumento de imposto. "Acredito que há evidências de que o sistema político brasileiro funciona bem, que consegue funcionar como uma correia de transmissão da preferência do eleitor para a formulação de políticas públicas, e até hoje a sociedade não vetou esse processo (de elevação da carga tributária)", disse durante a teleconferência.

Pessôa lembrou que o gasto público tem subido significativamente desde os anos 1990 para financiar a expansão do Estado, mas ele reconheceu que isso reflete um desejo da sociedade de construir um Estado

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de bem estar social padrão europeu continental. "Não vejo espaço para que isso seja mudado. Esse sistema não está em discussão na campanha", disse.

No entanto, ele criticou a Nova Matriz Econômica, adotada pelo governo de Dilma Rousseff. "Se houver uma mudança política, a nova matriz vai ser revertida, vamos voltar a um regime de política econômica mais liberal, a questão social é um outro item", afirmou. Para ele, essa mudança possibilitaria à economia brasileira crescer de 3,5% a 4% ao ano.

"Se a Dilma for reeleita, não sei como vai ficar a formulação da política econômica. Todos os associados a ela atribuem os problemas à economia internacional, e não está claro o quanto isso é discurso de campanha ou entendimento genuíno desse grupo político", afirmou. Para ele, se for de fato um entendimento do governo, o Brasil pode perder o grau de investimento "rapidamente". No entanto, se for apenas um discurso de campanha, ele acredita que o recuo maior do governo ocorrerá na área macroeconômica, e não na microeconômica, que envolve manter a economia fechada.

Mesmo assim, independentemente de quem for eleito neste mês, Pessôa lembrou que a economia brasileira permanecerá estagnada neste ano e apresentará alguma recuperação no próximo. "Com a solução do processo eleitoral, tira um enorme ponto de interrogação, as expectativas ficam mais claras e os empresários tiram os investimentos da gaveta", avaliou.

A primeira medida do próximo governo, na visão de Pessôa, seria melhorar a transparência da política fiscal. Ele ainda sugeriu alguma melhora em termos regulatórios para evitar, no futuro, o que ficou conhecido como "contabilidade criativa".

Micros e pequenas são 99% das empresasOntem foi comemorado o Dia Municipal do Microempreendedor; na Capital, maioria é mulher06/10/14 às 00:00

As micro e pequenas empresas representam aproximadamente 99% dos estabelecimentos formais no Paraná e no Brasil. São empreendimentos que respondem em média por 60% dos empregos com carteira assinada e 40% da massa salarial. Tanto no estado quanto no País, o segmento gera mais empregos que as empresas médias e grandes. Ontem, foi comemorado o Dia Municipal do Microempreendedor individual, da microempresa, da empresa de pequeno porte e do Desenvolvimento.Empreendedores homens e mulheres estão em posição de igualdade no Brasil, em negócios iniciais (aqueles em funcionamento até três anos e meio) aponta estudo da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Ou seja, 51% dos negócios iniciais são comandados por homens e 49% em média por mulheres.

Em Curitiba a proporção é invertida. No primeiro semestre deste ano a Agência Curitiba atendeu em sua maioria as mulheres. Elas representaram 57,1% dos atendimentos realizados. Em relação à faixa etária, 31,9% dos empreendedores têm entre 30 e 39 anos, 24,6% entre 40 a 49 anos. Em relação à escolaridade

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52,2% dos empreendedores capacitados têm o ensino médio concluído e 31,8% o ensino superior.Microeemprendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais, além de ter acesso tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria.Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Indedutibilidade: Depreciação de aguardando instalação1) Pergunta:

Um bem que se encontra em armazém ou depósito aguardando instalação pode ser depreciado para fins de apuração do IRPJ e da CSLL?

2) Resposta:

Não. Para fins de apuração do Lucro Real e da Base de Cálculo (BC) da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o bem registrado no Ativo Imobilizado que foi adquirido de terceiros, ou construído pela própria empresa, somente poderá ter sua quota de depreciação dedutível a partir da época em que for instalado, posto em serviço ou em condições de produzir (1).

Isso se justifica pelo fato de a depreciação decorrer do desgaste do bem em virtude de sua efetiva utilização nas atividades intrinsecamente relacionadas com a produção ou comercialização de outros bens e/ou serviços, portanto, considerando que o bem depositado ou armazenado não está em condição de funcionamento, muito menos cumprindo sua função, temos que ele não é suscetível de depreciação.

Notas Tax Contabilidade:

(1) E contabilmente, esse mesmo bem pode ser depreciado?... Quer saber a resposta:, então leia nossa Pergunta: "Um bem que se encontra guardado em armazém ou depósito pode ser depreciado?" .

Base Legal: Art. 13, III da Lei nº 9.249/1995 (UC: 05/10/14) e; Art. 305, § 2º do RIR/1999 (UC: 05/10/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 09/08/2014 e atualizado em 05/10/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Indedutibilidade: Depreciação de aguardando instalação (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=911. - Acesso em: 12/10/2014.

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Marcas e patentesResumo:

Em todas as empresas, independentemente do seu porte, é altamente aconselhável o registro das marcas e patentes nos órgãos competentes, evitando, assim, que terceiros apropriem-se delas. Devido à importância do assunto, estudaremos neste Roteiro os procedimentos contábeis aplicáveis na classificação e contabilização das marcas e patentes das empresas e instituições em geral.

1) Introdução:Os empresários que pretendam constituir uma empresa visando sucesso e um longo período de atuação no mercado em que irão atuar, devem, de imediato providenciar o registro de sua marca, nome empresarial, não apenas na Junta Comercial de seu Estado, mas também no órgão de proteção das marcas e patentes, evitando, assim, que terceiros apropriem-se dela.

Desta forma, terão protegidos seu nome, assegurando o direito de seu uso, evitando dores de cabeça sérias com disputa judicial para continuar usando o nome, principalmente se este for sinônimo do êxito do empreendimento.

A marca é um patrimônio da empresa, na hora de angariar empréstimos bancários, garantir crédito para negociação com outras empresas, penhorar ou dar como garantia para aquisição de produtos e serviços, penhorar para liberação de crédito em ação trabalhista, dentre outras situações, por isso é necessário ter o registro da marca e agregá-lo ao patrimônio ativo da empresa.

As patentes, não menos importantes que as marcas, também devem ser requeridas quando da invenção de novos produtos ou processos, visando assim sua proteção. Um produto ou processo patenteado impedirá sua utilização por terceiros pelos prazos previstos em lei.

Estudaremos neste Roteiro os procedimentos aplicáveis na classificação e contabilização das marcas e patentes das empresas, em conformidade com a Lei das S/A's, Resolução CFC nº 1.303/2010, que aprovou a NBC TG 04 - Ativo Intangível e Deliberação CVM nº 644/2010, as duas últimas editadas após o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) que trás o tratamento contábil aplicável aos bens classificados no "Ativo Intangível".

Base Legal: Lei nº 6.404/1976 (UC: 29/09/14); Resolução CFC nº 1.303/2010 (UC: 29/09/14); Deliberação CVM nº 644/2010 (UC: 29/09/14) e; PT CPC 04 - R1 (UC: 29/09/14).

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2) Marcas e Patentes:Apesar da contabilidade tratar os 2 (dois) direitos de forma similar, chegando, em alguns casos, a contabilizar os custos relacionados a ambos numa mesma conta contábil, analisaremos neste Roteiro cada um deles de forma separada, facilitando assim seu entendimento.

Vale mencionar que ambos os institutos estão disciplinados pela Lei 9.279/1996, lei esta que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

Base Legal: Lei nº 9.279/1976 (UC: 29/09/14).

2.1) Marcas:Poderão ser registrados como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, desde que não compreendidos nas proibições legais, dentre estas, as previstas no artigo 124 da Lei 9.279/1996. Na prática, são registráveis como marca qualquer nome ou símbolo (ou o conjunto de ambos) que representem um serviço, um produto ou uma empresa.

A marca provavelmente acabará sendo o maior patrimônio da empresa, por isso, o cuidado a ser tomado com esse patrimônio deve iniciar-se antes mesmo do pedido de registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), talvez antes mesmo da sua aprovação definitiva. Esse zelo deve começar com uma "Busca de Anterioridade", que visa identificar a possibilidade de registro de uma marca. Assim, aconselhamos a buscar junto uma empresa especializada todas as fases do processo de registro de uma marca, a fim de evitar problemas e custos adcionais futuros.

Base Legal: Arts. 122 e 124 da Lei nº 9.279/1976 (UC: 29/09/14).

2.1.1) Tipos de marcas:

As marcas podem ser classificadas quanto a sua "natureza" ou "forma". Na primeira, podemos dividir as marcas como sendo do tipo PRODUTO ou SERVIÇO, essa classificação tem como objetivo distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa.

Quanto à forma, uma marca pode ser registrada segundo 4 (quatro) tipos diferentes, a saber:

a. Nominativa: Quando registramos apenas o nome, independente de sua apresentação;b. Figurativa: Nos casos de registro dos logotipos, desenhos, etc... sem a caracterização de uma

palavra, frase ou seqüência de letras;c. Mista: Nos casos de registro do nome e sua apresentação gráfica - logotipo, lettering, etc...; oud. Tridimensional: Nos casos de registro de marca segundo as 3 (três) dimensões, isto é, o volume.

Existe, também, outra classificação trazida pela Lei nº 9.279/1976, referente às aplicações especiais. Esta lei ampliou o rol de tipos de marcas, criando 4 (quatro) novos tipos, quais sejam:

a. Marcas Coletivas: Quando diversas empresas têm a licença para o seu uso (marca de uso coletivo);

b. Marcas de Certificação: Aquelas que atestam a qualidade ou a procedência de um produto, por exemplo;

c. Marca de Alto Renome: Atribui uma proteção especial à marca, podendo chegar até a protegê-la em todos os ramos de atividade; e

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d. Indicação Geográfica: Subdividida em 2 (dois) tipos indicação de procedência e denominação de origem, sendo que a primeira identifica características de uso ou produção e a segunda identifica características exclusivas de determinada região e que não pode ser produzido em outra região.

Base Legal: Lei nº 9.279/1976 (UC: 29/09/14).

2.2) Patentes:A patente é um instrumento de incentivo à inovação tecnológica e de estímulo aos investimentos que confere ao inventor o direito de impedir terceiro de fabricar, usar, colocar à venda ou importar produto ou processo patenteado ou produto obtido diretamente de processo patenteado, pelos prazos previstos em lei.

A validade de uma patente está limitada ao país que a concede. Existem acordos internacionais que auxiliam na proteção das patentes. Se a invenção não está protegida por uma patente ela poderá ser livremente produzida por quem tiver interesse, é o que se chama de "Domínio Público". Se uma invenção é patenteada em outro país, mas não é patenteado no Brasil, qualquer interessado poderá explorá-la.

Base Legal: Lei nº 9.279/1976 (UC: 29/09/14).

2.2.1) Tipos de patentes:

Atualmente nossa legislação prevê 2 (dois) tipos de patentes, a saber:

a. Patente de Invenção (PI): Refere-se a sistemas, processos ou produtos baseados em princípios novos e originais. Entram nestas categorias composições químicas, processos industriais de fabricação, modificações genéticas, misturas alimentícias, composições de limpeza, processos médicos, brinquedos. Sua validade é de 20 (vinte) anos contados do depósito; e

b. Patente de Modelo de Utilidade (MU): Refere-se a aperfeiçoamentos em objetos pré-existentes capazes de melhorar sua utilização ou facilitar seu processo produtivo. Podemos citar aperfeiçoamentos em móveis ou em utensílios de limpeza como rodos articulados, ou vassouras com cabos removíveis. Por exemplo: o teclado ergonômico é passível de modelo de utilidade, pois funciona do mesmo modo e apresenta os mesmos elementos (teclas), mas é dotado de forma diferenciada e diferente disposição destas teclas, que o torna mais confortável para o usuário e facilita a digitação. Sua validade é de 15 (quinze) anos contados do depósito.

3) Tratamento Fiscal:Os gastos incorridos pela pessoa jurídica com a geração de marca(s) própria(s) deverão ser registrados em conta de custo ou despesa operacional no período de apuração em que ocorrerem. Já a aquisição/compra de marca ou, de seu direito de uso serão registradas em conta de "Ativo" do Balanço Patrimonial (BP) da empresa para posterior amortização, quando autorizado por lei.

Na hipótese de não haver permissão legal para a dedução do encargo de amortização de marcas e patentes seu valor deverá ser mantido em conta de Ativo até que ocorra sua baixa, conta esta denominada "Marcas Adquiridas (AI)" ou "Patentes Adquiridas (AI)", ambas do subgrupo "Ativo Intangível (AI)".

3.1) Amortização do valor da marca ou patente:

3.1.1) Marcas:

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Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração, o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, desta forma, apenas será dedutível para efeito de apuração do Lucro Real e da Base de Cálculo (BC) da CSLL, o valor da marca que houver sido adquirido de terceiros com prazo contratualmente estipulado para a sua utilização.

Na hipótese da marca ser comprada ou seus direitos adquiridos por prazo indeterminado, sua dedutibilidade será proibida, neste caso, os valores pagos deverão ser mantidos em conta do "Ativo" do Balanço Patrimonial (BP) da Empresa.

Caso a marca seja amortizável (com prazo de vigência limitada), se a existência ou o exercício do direito terminar antes da amortização integral de seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo (perda de capital) no período de apuração em que se extinguir o direito. Desta forma, a determinação da perda terá por base o valor contábil da marca, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte e diminuído, se for o caso, da amortização acumulada.

Base Legal: Arts. 324, § 3º, 325, I e 418 do RIR/1999 (UC: 29/09/14).

3.1.2) Patentes:

Conforme estabelece o artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, as patentes possuem vigência limitada a um determinado período de tempo, contados da data de depósito do pedido de patente no INPI. Desta forma, seu titular, terá direito exclusivo de uso apenas nesse limite temporal que, quando esgotado passará a domínio público.

Assim, por se tratar de direito com prazo de duração legalmente determinado, o custo ou encargo da patente poderá ser amortizado durante o prazo em que esta vigorar.

Caso o direito de exploração da patente termine antes da amortização integral de seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo (perda de capital) no período de apuração em que se extinguir o direito. Desta forma, a determinação da perda terá por base o valor contábil da patente, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte e diminuído, se for o caso, da amortização acumulada.

Base Legal: Art. 40 da Lei nº 9.279/1976 (UC: 29/09/14) e; Arts. 324, § 3º e 418 do RIR/1999 (UC: 29/09/14).

3.1.3) Cálculo das quotas de amortização:

Quando cabíveis, as quotas de amortização a serem registradas na escrituração contábil da empresa, como custo ou despesa operacional, devem ser calculadas com observância das seguintes regras:

a. a quota dedutível em cada período de apuração será determinada pela aplicação da taxa anual de amortização sobre o valor da marca ou patente;

b. se a amortização tiver início ou terminar no curso do período de apuração anual, ou se este tiver duração inferior a doze meses, a taxa anual será ajustada proporcionalmente ao período de amortização, quando for o caso; e

c. a amortização poderá ser apropriada em quotas mensais, dispensado o ajuste da taxa para o capital aplicado ou baixado no curso do mês.

Base Legal: Art. 326 do RIR/1999 (UC: 29/09/14).

3.2) Exploração de marca ou patente de terceiros:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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A empresa que explorar marca, de indústria ou comércio, ou patente de propriedade de terceiros, mediante pagamento de royalties, poderá lançar os valores pagos a esse título como custo ou despesa operacional, conforme o caso, entretanto, deverá observar os limites e as condições estabelecidos no artigo 355 do RIR/1999, para efeito de dedutibilidade.

Nota Tax Contabilidade:

(1) A dedutibilidade das importâncias pagas ou creditadas pelas pessoas jurídicas, a título de aluguéis ou royalties pela exploração ou cessão de patentes ou pelo uso ou cessão de marcas somente será admitida a partir da averbação do respectivo ato ou contrato no INPI, obedecidos o prazo e as condições da averbação e, ainda, as demais prescrições pertinentes, na forma da Lei nº 9.279/1996.

Base Legal: PN CST nº 139/1975 (UC: 29/09/14); PN CST nº 86/1977 (UC: 29/09/14) e; Art. 355 do RIR/1999 (UC: 29/09/14).

3.3) Provisão para perdas no valor de mercado:Quando houver perda efetiva, calculada ou estimada, do valor de mercado das marcas e patentes, deverá ser constituída Provisão para Perdas. Essa provisão não será dedutível para efeito de apuração do Lucro Real e da BC da CSLL, por isso deverá ser adicionada ao Lucro Líquido do Exercício no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) e na BC da CSLL, respectivamente.

O valor da perda só será dedutível quando for efetuada a alienação do bem ou da sua baixa por absolescência ou dano irrecuperável.

4) Tratamento Contábil:Conforme estabelecido pela Lei das S/A's, serão classificados no "Ativo Intangível (AI)" do grupo "Ativo Não Circulante (ANC)" os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido, dessa forma, as marcas e patentes serão registradas neste grupo do Balanço Patrimonial da empresa, ou seja, no subgrupo "Ativo Intangível (AI)".

Na prática contábil, apesar de serem direitos diferentes, os gastos relacionados às marcas e patentes podem ser registradas numa mesma conta contábil intitulada "Marcas e patentes Adquiridas ou Desenvolvidas", deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. Mas, para efeitos didáticos, nossos exemplos utilizarão contas diferentes para ambas, marcas ou patentes.

Base Legal: Art. 179, VI da Lei 6.404/1976 (UC: 29/09/14).

4.1) Marcas:Os gastos com o registro de marca, sejam estas industriais ou comerciais, normalmente ocorrem por ocasião do início das atividades da pessoa jurídica, mas nada impede de ocorrem no período de existência da empresa ou instituição.

Referidos gastos podem se relacionar a:

a. marca já registrada adquirida de terceiros, sendo a empresa adquirente a nova proprietária; ou

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b. aquisição dos direitos de uso de determinada marca por prazo determinado, tendo à empresa adquirente a licença de uso pelo período pactuado em contrato.

Como podemos verificar, apenas serão registradas no "Ativo Intangível (AI)" a aquisição/compra de marca ou, de seu direito de uso, assim, os gastos incorridos pela pessoa jurídica com a geração de marca(s) própria(s) não devem ser registradas nessa conta, haja vista que não podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento do negócio como um todo. Nesse caso, devem-se registrar tais gastos como custo ou despesa operacional na competência em que ocorrerem.

Para efeito de exemplificação, admitamos que a empresa Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., tenha adquirido a marca de mouses Mouse Rapid da detentora original da marca por R$ 1.100.000,00 (Um milhão e cem mil reais). Além do preço pago pela marca, a empresa desenbolsou ainda R$ 6.000,00 (Seis mil reais) a título de taxas de registro nos órgãos competentes (despesas legais) (2). Nesse caso, os registros contábeis referentes à aquisição da marca e das taxas de registro serão contabilizadas da seguinte forma:

Pelo registro da aquisição da marca de mouses Mouse Rapid:D - Marcas Adquiridas (AI) _ R$ 1.100.000,00C - Bco. c/ Movto. (AC) _____ R$ 1.100.000,00

Pelo registro das taxas de registro da marca de mouses Mouse Rapid:D - Marcas Adquiridas (AI) _ R$ 6.000,00C - Bco. c/ Movto. (AC) _____ R$ 6.000,00

Legenda:AC: Ativo Circulante; eAI: Ativo Intangível.

Nota Tax Contabilidade:

(2) No Brasil, o INPI, autarquia Federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é o órgão responsável pelo registro de marcas. Conforme a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96), a Lei de Software (Lei nº 9.609/98) e a Lei nº 11.484/07, o INPI é responsável por:

1. Registros de Marcas;2. Concessão de patentes;3. Averbação de Contratos de Transferência de Tecnologia e de Franquia empresarial;4. Registros de Programas de Computador;5. Registros de Desenho Industrial;6. Registros de Indicações Geográficas; e7. Registros de Topografia de circuitos integrados.

4.2) Patentes:O valor da patente corresponde aos dispêndios necessários à criação, ao seu registro ou, a importância paga a terceiros pela aquisição dos direitos, quando for o caso.

O registro contábil do custo da patente será efetuado nos moldes dos lançamentos visto no subcapítulo 4.1 supra. Assim, suponhamos que a empresa Vivax tenha inventado um novo modelo de mouse ergonômico a um custo, entre pesquisas e desenvolvimento, de R$ 95.000,00 (Noventa e cinco mil reais) e que tenha tinha um gasto a título de registro, até a data averbação do pedido no INPI, de R$ 4.500,00 (Quatro mil e

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quinhentos reais). Nesse caso, os lançamentos referentes à criação e registro da patente serão contabilizadas da seguinte forma:

Pelo custo de criação da patente de um mouse ergonômico:D - Patentes Desenvolvidas (AI) _ R$ 95.000,00C - Bco. c/ Movto. (AC) _________ R$ 95.000,00

Pelo registro das taxas de registro da patente de um mouse ergonômico:D - Patentes Desenvolvidas (AI) _ R$ 4.500,00C - Bco. c/ Movto. (AC) _________ R$ 4.500,00

Legenda:AC: Ativo Circulante; eAI: Ativo Intangível.

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 30/06/2011 e atualizado em 05/10/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Marcas e patentes (Area: Manual de Contabilização). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=27. Acesso em: 12/10/2014.

CONFLITOS DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS: ICMS x ISS X IPI

Equipe Portal Tributário

Um dos grandes problemas tributários para determinadas atividades é definir qual a sua competência tributária. Para as atividades desenvolvidas é devido ISS, ICMS ou IPI?

A Lei Complementar 116/2003 buscou minimizar as polêmicas, destacando as hipóteses em que na prestação de serviços haverá também a incidência do ICMS sobre os materiais aplicados.

Portanto, os casos em que o ICMS incide sobre mercadorias e o ISS sobre serviços são expressos e específicos. Em todos os demais, apenas o ISS é devido, ainda que haja fornecimento de materiais.

As exceções existentes, que qualificam o emprego de mercadorias, peças e partes ao pagamento do ICMS, encontram-se nos seguintes itens da lista de serviços anexa à LC 116/2003:

   7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços,fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

   7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

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   14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS);

   14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS);

   17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

O assunto parece melhor encaminhado, mas, claro, controvérsias persistem no caso de operações mistas, envolvendo a prestação de serviços com fornecimento de materiais. Veja a seguinte ementa:

Ementa: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS E MUNICÍPIOS. ICMS E ISSQN. CRITÉRIOS. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS. MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS. SERVIÇOS INCLUÍDOS NA LISTA ANEXA À LC 116/03. INCIDÊNCIA DE ISSQN. 1. Segundo decorre do sistema normativo específico (art. 155, II, § 2º, IX, b e 156, III da CF, art. 2º, IV da LC 87/96 e art. 1º, § 2º da LC 116/03), a delimitação dos campos de competência tributária entre Estados e Municípios, relativamente à incidência de ICMS e de ISSQN, está submetida aos seguintes critérios: (a) sobre operações de circulação de mercadoria e sobre serviços de transporte interestadual e internacional e de comunicações incide ICMS; (b) sobre operações de prestação de serviços, compreendidos na lista de que trata a LC 116/03, incide ISSQN; e (c) sobre operações mistas, assim entendidas as que agregam mercadorias e serviços, incide o ISSQN sempre que o serviço agregado estiver compreendido na lista de que trata a LC 116/03 e incide ICMS sempre que o serviço agregado não estiver previsto na referida lista. Precedentes de ambas as Turmas do STF. 2. Os serviços farmacêuticos constam do item 4.07 da lista anexa à LC 116/03 como serviços sujeitos à incidência do ISSQN. Assim, a partir da vigência dessa Lei, o fornecimento de medicamentos manipulados por farmácias, por constituir operação mista que agrega necessária e substancialmente a prestação de um típico serviço farmacêutico, não está sujeito ao ICMS, mas a ISSQN. 3. Recurso provido." (REsp 881035 / RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, Data do Julgamento: 06/03/2008).

Há que se cuidar também com algumas situações de operações mistas, nas quais as empresas comumente prestam serviços de instalação, montagem, entre outras, e, ao mesmo tempo, fornecem a mercadoria. Nesses casos, a Lista de Serviços trata da incidência de ISS quando o material é fornecido pelo tomador do serviço, contrário senso, o serviço ficará sujeito ao ICMS.

Exemplificando:

7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço.

14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.

No tocante ao IPI, também existem conflitos, podendo, em alguns casos, inclusive, haver a incidência dos dois encargos fiscais, como podemos observar através da seguinte solução de consulta:

RECONDICIONAMENTO DE PNEUS. INCIDÊNCIA DO IPI E DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. POSSIBILIDADE DE CONCOMITÂNCIA. As atividades de recapagem, recauchutagem e recondicionamento de pneus usados configuram, como

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regra, operações de industrialização, sujeitando-se à incidência do IPI, sendo irrelevante o fato de haver, ou não, incidência do ISS, de competência dos municípios. Na hipótese de a recapagem, a recauchutagem e o recondicionamento de pneus usados serem realizados por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional, a operação não é considerada industrialização. Para esse efeito, oficina é definida como o estabelecimento que empregar, no máximo, cinco operários e, caso utilize força motriz, não dispuser de potência superior a cinco quilowatts e trabalho preponderante é considerado aquele que contribuir no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão-de-obra, no mínimo com sessenta por cento (Solução de Consulta nº 188, de 05 de novembro de 2008).

Os assuntos de competência tributária sempre geram dúvidas aos contribuintes, não sendo raros os casos em que as controvérsias são causadas pelas próprias administrações municipais, estaduais e por vezes federal. Nestes momentos resta aos contribuintes conhecer a legislação e os processos em maiores detalhes, para fins de administração tributária e também para eventual defesa fiscal em demandas fiscais

Não Incidência do ICMS nas Operações de Importação por Leasing

Harrison Nagel - 24.09.2014

Em  recente julgamento do Recurso Extraordinário nº 540.829, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a não Incidência do ICMS nas Operações de Importação por Leasing, pacificando as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelos Tribunais de Justiças dos Estados.

Há muito o Fisco Estadual vem exigindo e cobrando o ICMS nos produtos importados por meio de Contratos de Leasing, sob a justificativa de que, a partir da Emenda Constitucional nº 33/2001 que alterou o artigo 155, § 2, IX, “a”, da Constituição Federal de 1988, a cobrança foi legitimada, passando a incidir o ICMS na entrada de bem ou mercadoria importados do exterior.

Nota-se que a incidência do ICMS, mesmo no caso de importação, pressupõe operação de circulação de mercadoria (transferência da titularidade do bem), e essa hipótese não ocorre nos Contratos de Arrendamento/Leasing em que há o usufruto do bem e um pseudo sentimento de transferência de domínio desse bem do arrendante para o arrendatário.

Observa-se que, com base no artigo 3.º, inciso VIII, da Lei Complementar nº 87/96, excluiu-se a não incidência do ICMS sobre as operações de Leasing, aquelas onde não há transferência da propriedade e da titularidade do bem (circulação de mercadoria), quer o bem arrendado provenha do exterior, quer não.

Conforme inúmeros julgados, decisões e doutrinas, o Contrato de Leasing não transfere a propriedade plena para o Contratante, mas sim uma propriedade temporária e por prazo determinado. Desta forma, veículos, aeronaves e produtos, bem como as peças ou equipamentos que as componham quando

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importadas em regime de leasing, não se prevê a sua posterior transferência ao domínio do arrendatário, logo, não pode haver a incidência do tributo do ICMS, pois não há transferência de titularidade.

Ao analisar o artigo 155, II da Constituição do Brasil de 1988, constatamos que ele é claro ao definir que sobre “as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior” incidem o ICMS, pois ali há uma “circulação econômica, envolvendo transferências de domínio”, o que não se pode aplicar para nos Contratos de Leasing sem a opção de compra porque não há transferência permanente, mas sim temporária e de prazo determinado.

Assim, ao ler o inciso XI, alínea “a” do § 2º do artigo 155 da Constituição do Brasil observa-se que não foi instituído um imposto sobre a entrada de bem ou mercadoria importada do exterior por pessoa física ou jurídica, o que se faz é simplesmente estabelecer que, desde que atinente à operação relativa à sua circulação, a entrada de bem ou mercadoria importadas do exterior por pessoa física ou jurídica sofrerá a incidência do ICMS porque o tributo não incide sobre a importação de bem ou produto, seja esse, veículo, produto, aeronave, equipamento ou peça mediante contrato de arrendamento mercantil (leasing).

O voto da Ministra Carmen Lúcia e da maioria dos Ministros no julgamento do Recurso Extraordinário nº 540.829 define que as operações de arrendamento mercantil/leasing não implicam na aquisição do bem, logo, não há circulação da mercadoria e nem transferência de propriedade, mas sim o usufruto, pois os Contratos de Leasing, em quase sua totalidade, não preveem a opção de compra, não prosperando o argumento de que há importação por arrendamento.

Com esse julgado pacifica-se o entendimento de que nos Contratos de Leasing, onde não há a transmissão da posse, só o usufruto, não pode incidir o ICMS, ocorrendo somente quando houver a transferência de propriedade, ou seja, a opção de compra do bem, conforme prevê o artigo 3º, inciso VIII, da Lei Complementar 87/96.

Assim, o importador deve buscar a tutela jurisdicional para resguardar seu direito em não proceder com o pagamento indevido do ICMS na importação quando se tratar de importações por meio de contratos de Leasing sem transferência de propriedade.

Harrison Nagel

[email protected]

www.nageladvocacia.com.br

ICMS: CRÉDITOS MUITAS VEZES ESQUECIDOSAs operações diárias podem esconder várias formas admissíveis de creditamento de ICMS, que podem não estar sendo aproveitadas pelas empresas contribuintes deste imposto.

Destacamos algumas formas mais comuns de créditos habitualmente não aproveitados:

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1) Fretes CIF: registrados na conta "despesas com fretes", frequentemente deixam os respectivos conhecimentos de serem escriturados no Registro Fiscal de Entradas. O ICMS do frete CIF, decorrente de operações de saídas tributadas, é creditável.

2) Imobilizado: a aquisição de bens para o imobilizado gera crédito. Para detectar se os mesmos estão sendo creditados, basta conciliar os códigos de entradas (CFOP 1.551 + 2.551) no Registro de Entradas com as respectivas contas contábeis.

3) Energia: um estabelecimento industrial que mantém várias contas de energia pode estar deixando de creditar alguma delas. É necessário conciliar o razão das contas de custos com energia com o respectivo código no registro de entradas (CFOP 1.252 +2.252).

4) Aquisições de combustíveis/lubrificantes mediante Cupom Fiscal: as empresas que mantém veículos para distribuição de suas mercadorias tributadas podem estar adquirindo o respectivo combustível sem registrar o crédito, cujas despesas são contabilizadas em "despesas de combustível" ou "despesas com veículos".

5) Comunicações: o ICMS pago nos serviços de comunicação (telefone, internet, etc.) é creditável quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais.

Apesar dos valores individuais serem pequenos, num período mais longo, as diferenças podem ser significativas. Assim, por exemplo, um montante de R$ 1.000,00/mês de créditos de ICMS que não foram aproveitados poderão gerar até R$ 12.000,00/ano de pagamento a maior deste imposto.

PIS/Pasep e Cofins Importação: Base de Cálculo1) Pergunta:

Qual será a Base de Cálculo do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação na hipótese de importação de bens do exterior?

2) Resposta:

Desde o dia 10/10/2013, a Base de Cálculo (BC) do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação devidos na importação de bens do exterior é o valor aduaneiro, assim definido, pela legislação aduaneira.

Assim, para fins de incidência dessas contribuições, entende-se como valor aduaneiro aquele definido no Acordo Sobre Implementação do Artigo VII do GATT, denominado "Acordo de Valoração Aduaneiro do GATT (AVA-GATT)", aprovado pelo Decreto legislativo nº 30/1994 e promulgado pelo Decreto executivo nº 1.355/1994.

Base Legal: Art. 7º, I da Lei nº 10.865/2004 (UC: 06/10/14) e; Arts. 26, 42, I e 43 da Lei nº 12.865/2013 (UC: 06/10/14). Informações Adicionais:

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Este material foi escrito no dia 19/12/2013 e atualizado em 06/10/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. PIS/Pasep e Cofins Importação: Base de Cálculo (Area: Assuntos de Comex). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=491. - Acesso em: 12/10/2014.

Compensação de tributos federais recolhidos indevidamente ou a maior do que o devidoResumo:

O contribuinte que recolher tributo administrado pela Receita Federal do Brasil (RFB) indevidamente ou a maior do que o efetivamente devido poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração desse órgão, ressalvadas as contribuições previdenciárias e as contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos.

Devido à importância do tema, veremos neste Roteiro os procedimentos contábeis que devem ser observados pelas pessoas jurídicas quando da compensação de tributos e contribuições federais recolhidos indevidamente ou a maior.

1) Introdução:O contribuinte que recolher tributo administrado pela Receita Federal do Brasil (RFB) indevidamente ou a maior do que o efetivamente devido poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração desse órgão, ressalvadas as contribuições previdenciárias e as contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos.

Também poderão ser compensados as quantias recolhidas indevidamente ou a maior a título de multa e de juros de mora previstos nas leis instituidoras das obrigações tributárias principais ou acessórias geradoras das respectivas multas e juros, bem como os créditos decorrentes de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Na compensação dos débitos, poderão ser considerados os créditos que já tenham sido objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento encaminhado a RFB, desde que o referido pedido se encontre pendente de decisão administrativa à data do encaminhamento da "Declaração de Compensação".

Além disso, o crédito relativo a tributo ou contribuição passível de compensação, será compensado com o acréscimo de juros equivalentes à Taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)

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para títulos Federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% (um por cento) no mês da efetiva compensação.

A "Declaração de Compensação" é gerada pelo programa "Pedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento e da Declaração de Compensação (PER/DCOMP)" e deverá ser transmitida via internet. O leitor interessado poderá obter tais programas no site da RFB no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br.

Contabilmente, os valores passíveis de compensação devem ser controlados em conta do Ativo Circulante (AC) do Balanço Patrimonial (BP) da empresa ("Tributos e Contribuições Sociais a Compensar, por exemplo"), com a correspondente atualização (Taxa Selic), de acordo com a legislação de regência. Para efeito de contabilização e cômputo na Base de Cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL), os juros devem ser apropriados pelo regime de competência.

O valor dos juros calculados com base na Taxa Selic para títulos Federais acumulada mensalmente serão registrados em conta de resultado que pode ser intitulada como "Juros Ativos (CR)", tendo como contrapartida a conta que registra o crédito a compensar ("Tributos e Contribuições Sociais a Compensar, por exemplo").

Recomendamos que a empresa mantenha controles extra-contábeis dos créditos a compensar, bem como dos valores dos juros apropriados e dos valores compensados, para fazer prova frente a possíveis questionamentos por parte do Fisco Federal.

Devido à importância do tema, veremos neste Roteiro os procedimentos contábeis que devem ser observados pelas pessoas jurídicas quando da compensação de tributos e contribuições federais recolhidos indevidamente ou a maior.

Notas Tax Contabilidade:

(1) Registramos que, o direito à compensação de indébitos tributários, prescreve em 5 (cinco) anos contados do recolhimento indevido ou a maior do que o efetivamente devido.

(2) A compensação declarada a RFB extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da ulterior homologação do procedimento. Constatada pela RFB a compensação indevida de tributo ou contribuição já confessado ou lançado de ofício, o sujeito passivo será comunicado da não-homologação da compensação e intimado a efetuar o pagamento do débito no prazo de trinta dias, contado da ciência do procedimento.

Base Legal: Artigos 41 a 68 da IN RFB nº 1.300/2012 (UC: 29/09/14).

2) Tratamento Contábil:2.1) Reconhecimento do crédito a compensar:Os valores passíveis de compensação devem ser controlados em conta do Ativo Circulante (AC) do Balanço Patrimonial (BP) da empresa ("Tributos e Contribuições Sociais a Compensar, por exemplo") e apropriados mensalmente pelo regime de competência. A contrapartida deve levar em consideração se o valor recolhido a maior ou indevidamente foi debitado ao resultado no exercício social em curso ou em exercício social encerrado, conforme veremos nos subcapítulos seguintes.

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2.1.1) Valor debitado ao resultado no exercício social em curso:

Na hipótese de o valor recolhido a maior ou indevidamente ter sido debitado à conta de resultado no exercício social em curso, o lançamento contábil do direito à compensação deverá ser efetuado a débito da conta "Tributos e Contribuições Sociais a Compensar (AC)", por exemplo, com o consequente crédito à conta de resultado na qual esteja registrado o respectivo valor.

2.1.2) Valor debitado ao resultado em exercício social encerrado:

Na hipótese de o valor recolhido a maior ou indevidamente ter sido debitado à conta de resultado em exercício social encerrado, o lançamento contábil do direito à compensação deverá ser efetuado a débito da conta "Tributos e Contribuições Sociais a Compensar (AC)", por exemplo, e terá como contrapartida:

a. a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)", no Patrimônio Líquido (PL), como ajuste de exercícios anteriores, caso se trate de valor relevante e o recolhimento a maior ou indevido tenha decorrido de erro cometido pela empresa, ou seja, o crédito a compensar não esteja relacionado com fatos subsequentes, tais como: legislação nova com efeito retroativo, decisão judicial ou administrativa, mudança de entendimento do Fisco, etc; ou

b. a conta de receita, que represente a recuperação da despesa reconhecida anteriormente ("Impostos Recuperados (CR)", por exemplo) no demais casos.

Lembramos que, na hipótese da letra "a" acima, o crédito deve ser feito líquido dos tributos devidos em decorrência de alteração do lucro tributável do exercício em que o valor foi debitado ao resultado.

Base Legal: Item 116 da Resolução CFC nº 1.157/2009 (UC: 29/09/14).

2.2) Juros incidentes sobre o crédito a compensar:Desde 01/01/1998, o crédito relativo a tributo ou contribuição passível de compensação em virtude de recolhimento indevido ou a maior do que o devido, será compensado com o acréscimo de juros equivalentes à Taxa Selic para títulos Federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% (um por cento) no mês da efetiva compensação.

Referidos juros devem ser registrados em conta de resultado que pode ser intitulada como "Juros Ativos (CR)", tendo como contrapartida a conta que registra o crédito a compensar ("Tributos e Contribuições Sociais a Compensar, por exemplo").

Base Legal: Art. 39, § 4º da Lei 9.250/1995 (UC: 29/09/14) e; Arts. 73 e 81, II da Lei 9.532/1997 (UC: 29/09/14).

2.3) Exemplo Prático:A título de exemplo, suponhamos que a empresa Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., tenha um crédito referente ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) apurado na competência fevereiro de 20X1, decorrente de recolhimento a maior do que o efetivamente devido. Suponhamos, também, que o crédito seja de R$ 4.500,00 (Quatro mil e quinhentos reais), uma vez que o valor efetivamente devido era de R$ 360.500,00 (Trezentos e sessenta mil e quinhentos reais) e não R$ 365.000,00 (Trezentos e sessenta e cinco mil), como foi recolhido na data do vencimento, ou seja, 23/03/20X1.

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Considerando que a constatação do recolhimento a maior tenha se dado no mês de outubro de 20X1 e o que crédito haja sido compensado com o valor da contribuição para a Cofins devida relativamente ao mês de setembro de 20X1, temos:

Descrição Valor (R$)Principal (Valor pago a maior) 4.500,00Juros (R$ 4.500,00 X 5,28% (3)) 237,60Crédito a compensar (R$ 4.500,00 + R$ 237,60) 4.737,60CompensaçãoValor do débito de Cofins 900.000,00Crédito compensado 4.737,60Saldo a recolher (R$ 900.000,00 - R$ 4.737,60) 895.262,40

Assim, com base nesses dados, a empresa Vivax deverá efetuar os seguintes lançamentos contábeis para reconhecer o direito à compensação do IPI recolhido a maior em 23/03/20X1:

Pela apropriação do IPI devido no mês de fevereiro de 20X1 (pelo valor incorreto):D - IPI sobre Vendas (RV) _ R$ 665.000,00C - IPI a Recolher (PC) ___ R$ 665.000,00

Pela transferência do IPI incidente nas compras de MP, INS e EMB, em fevereiro de 20X1:D - IPI a Recolher (PC) __ R$ 300.000,00C - IPI a Recuperar (AC) _ R$ 300.000,00

Pelo recolhimento do IPI do mês de fevereiro de 20X1, em 23/03/20X1:D - IPI a Recolher (PC) _ R$ 365.000,00C - Bco. c/ movto. (AC) _ R$ 365.000,00

Pelo reconhecimento do direito à compensação do IPI recolhido a maior:D - IPI a Compensar (AC) _ R$ 4.500,00C - IPI (RRV) ____________ R$ 4.500,00

Pela apropriação do juros do IPI recolhido a maior:D - IPI a Compensar (AC) _ R$ 237,60 (4)C - Juros Ativos (CR) ____ R$ 237,60

Legenda: AC: Ativo Circulante;CR: Conta de Resultado;PC: Passivo Circulante;RRV: Conta Redutora de Receita de Vendas; eRV: Receita de Venda.

Já em relação ao recolhimento da Cofins e a compensação do IPI, teremos os seguintes lançamentos contábeis:

Pela apropriação da Cofins devida no mês de setembro de 20X1:D - Cofins (RV) ____________ R$ 900.000,00C - Cofins a Recolher (PC) _ R$ 900.000,00

Pelo compensação do IPI recolhido a maior, com a Cofins devida no mês de setembro de 20X1:D - Cofins a Recolher (PC) _ R$ 4.737,60C - IPI a Compensar (AC) ___ R$ 4.737,60

Pelo recolhimento do saldo remanescente de Cofins:D - Cofins a Recolher (PC) _ R$ 895.262,40

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C - Bco. c/ movto. (AC) ____ R$ 895.262,40

Legenda:AC: Ativo Circulante;PC: Passivo Circulante; eRV: Receita de Vendas.

Notas Tax Contabilidade:

(3) Índice de juros: Março/20X1 (0,82%) + Abril/20X1 (0,71%) + Maio/20X1 (0,74%) + Junho/20X1 (0,64%) + Julho/20X1 (0,68%) + Agosto/20X1 (0,69%) + Setembro/20X1 (1,00%) = 5,28%.

(4) Para efeito de simplificação, efetuamos um único lançamento com o total dos juros. Porém, lembramos que esses juros devem ser reconhecidos mensalmente, ou seja, pelo regime de competência.

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 07/12/2012 e atualizado em 06/10/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Compensação de tributos federais recolhidos indevidamente ou a maior do que o devido (Area: Manual de Contabilização). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=141. Acesso em: 12/10/2014.

Indedutibilidade: Depreciação de bens não relacionados a atividade1) Pergunta:

Um veículo não utilizado nas atividades da empresa pode ter seu encargo de depreciação deduzido para fins de apuração do IRPJ e da CSLL?

2) Resposta:

Não. Para fins de apuração do Lucro Real e da Base de Cálculo (BC) da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é vedada a dedução de despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros, contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, exceto se intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.

Para esse efeito, consideram-se intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização:

a. os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade;b. os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração;

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c. os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento da empresa;d. os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte

de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima (MP), produtos intermediários (PI) e de embalagem aplicados na produção;

e. os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizados pelos cobradores, compradores e vendedores nas atividades de cobrança, compra e venda;

f. os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;

g. os veículos de transporte coletivo de empregados;h. os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos;i. os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto

de sua atividade;j. os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da Lei nº 6.099/1974, pela

pessoa jurídica arrendadora;k. os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que tenha

por objeto essa espécie de atividade.

Base Legal: Art. 13, III da Lei nº 9.249/1995 (UC: 07/10/14) e; Art. 25 da IN SRF nº 11/1996 (UC: 07/10/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 09/08/2014 e atualizado em 07/10/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Indedutibilidade: Depreciação de bens não relacionados a atividade (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=912. - Acesso em: 12/10/2014.

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