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“Ricardo Pereira, paraplégico com incapacidade de 80%, resultante de um acidente de aviação. Os dias seguintes ao acidente foram de desespero, porque percebi que a minha vida tinha mudado completamente. Mas como sou uma pessoa com personalidade forte e corajoso foi à luta. E o primeiro passo foi pensar numa profissão diferente da que exercia “mecânico” era de todo impossível seguir, foi então que pensei em frequentar um curso de práticas administrativas, para que me sentisse útil para sociedade, visto que a minha filosofia não era a do dito “coitadinho”. Com o decorrer dos tempos vim a enfrentar as barreiras arquitectónicas existentes no meu município “Vila Vede” que passo a descrever: Não ter acesso as casas de banho de muitos estabelecimentos; Os degraus nas passadeiras; A falta de rampas em muitas instituições publicas, A falta de elevadores; Os buracos no piso em diversas passadeiras para peões; O acesso as caixas de multibanco; O acesso aos transportes públicos; Etc.… Depois de vários apelos feitos a associação da qual pertenço, tem-se vindo a verificar algumas melhorias, não da forma como nos deficientes esperávamos, mas sim da forma que o nosso Portugal nos habituou.” Pereira, Ricardo, 2010

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Page 1: incluirhoje2010.files.wordpress.com  · Web viewA falta de elevadores; Os buracos no piso em diversas passadeiras para peões; O acesso as caixas de multibanco; O acesso aos transportes

“Ricardo Pereira, paraplégico com incapacidade de 80%, resultante de um acidente de aviação. Os dias seguintes ao acidente foram de desespero, porque percebi que a minha vida tinha mudado completamente. Mas como sou uma pessoa com personalidade forte e corajoso foi à luta. E o primeiro passo foi pensar numa profissão diferente da que exercia “mecânico” era de todo impossível seguir, foi então que pensei em frequentar um curso de práticas administrativas, para que me sentisse útil para sociedade, visto que a minha filosofia não era a do dito “coitadinho”. Com o decorrer dos tempos vim a enfrentar as barreiras arquitectónicas existentes no meu município “Vila Vede” que passo a descrever:

Não ter acesso as casas de banho de muitos estabelecimentos; Os degraus nas passadeiras; A falta de rampas em muitas instituições publicas, A falta de elevadores; Os buracos no piso em diversas passadeiras para peões; O acesso as caixas de multibanco; O acesso aos transportes públicos; Etc.…

Depois de vários apelos feitos a associação da qual pertenço, tem-se vindo a verificar algumas melhorias, não da forma como nos deficientes esperávamos, mas sim da forma que o nosso Portugal nos habituou.” Pereira, Ricardo, 2010