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1 Pressclipping em 13.out.2015 "Não são livres todos aqueles que fogem das suas cadeias." (Gotthold Ephraim) O que é pedalada fiscal? Um manual para não-economistas Publicado por Mercado Popular Nesta semana, o Tribunal de Contas da União rejeitou a execução orçamentária de 2014 do governo federal. O relatório menciona que “2014 foi um sistemático e abrangente descumprimento de princípios basilares que regem a administração pública.” Um dos pontos basilares para essa rejeição foram as chamadas “pedaladas fiscais”. Mas o que são essas pedaladas e por que o governo se utilizou delas? O que são pedaladas fiscais? Pedaladas fiscais são operações atípicas, não previstas na legislação, utilizadas para maquiar o resultado das contas públicas. Um exemplo claro disso ocorreu por meio do sistema de distribuição dos benefícios sociais do governo. A população recebe esses benefícios em agências da Caixa Econômica Federal e o Governo Federal, por sua parte, tem um contrato com a Caixa que prevê uma remuneração ao banco pelos custos operacionais dessa distribuição. Como os beneficiários recebem dinheiro dos programas sociais pela Caixa, o Governo Federal deve manter, junto àquela instituição financeira, uma conta com saldo positivo para a Caixa faça tais pagamentos. À medida que pagamentos são feitos, o governo deve sistematicamente depositar mais dinheiro nessas contas, mantendo nela um saldo positivo. Veja abaixo que, historicamente, esse modelo funcionou bem. A despeito de breves débitos com a Caixa (que usualmente não duravam mais de um mês), o governo entre 2004 e 2012 manteve um saldo junto ao banco público. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 13.out.2015"Não são livres todos aqueles que fogem das suas cadeias."

(Gotthold Ephraim)

O que é pedalada fiscal? Um manual para não-economistas Publicado por Mercado Popular

Nesta semana, o Tribunal de Contas da União rejeitou a execução orçamentária de 2014 do governo federal. O relatório menciona que “2014 foi um sistemático e abrangente descumprimento de princípios basilares que regem a administração pública.” Um dos pontos basilares para essa rejeição foram as chamadas “pedaladas fiscais”. Mas o que são essas pedaladas e por que o governo se utilizou delas?

O que são pedaladas fiscais?

Pedaladas fiscais são operações atípicas, não previstas na legislação, utilizadas para maquiar o resultado das contas públicas. Um exemplo claro disso ocorreu por meio do sistema de distribuição dos benefícios sociais do governo. A população recebe esses benefícios em agências da Caixa Econômica Federal e o Governo Federal, por sua parte, tem um contrato com a Caixa que prevê uma remuneração ao banco pelos custos operacionais dessa distribuição.

Como os beneficiários recebem dinheiro dos programas sociais pela Caixa, o Governo Federal deve manter, junto àquela instituição financeira, uma conta com saldo positivo para a Caixa faça tais pagamentos. À medida que pagamentos são feitos, o governo deve sistematicamente depositar mais dinheiro nessas contas, mantendo nela um saldo positivo. Veja abaixo que, historicamente, esse modelo funcionou bem. A despeito de breves débitos com a Caixa (que usualmente não duravam mais de um mês), o governo entre 2004 e 2012 manteve um saldo junto ao banco público.

Contudo, a partir do último trimestre de 2013 o governo passou a Acumular amplas dívidas em seu saldo com a Caixa Econômica Federal. Veja abaixo.

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Mas qual é o porquê disso? O melhor indicador de solidez fiscal do governo é a diferença entre tudo aquilo que o governo arrecada com tributos e tudo aquilo que o governo gasta antes de pagar os juros da dívida pública – chamado em economês de “resultado primário”. E o que isso tudo tem a ver com as tranferências do governo com a Caixa? – você pode estar se perguntando.

A questão é que quando o governo deixa de compensar a Caixa por meio desses depósitos sistemáticos, os governantes estão inflando artificialmente o resultado primário do governo. Como? A questão é que, apesar do gasto social ter efetivamente ocorrido, ele ainda não saiu das contas do Governo Federal – e sim da Caixa. Como o governo federal só saldou sua dívida de 2013 com a Caixa em janeiro de 2014, por exemplo, o resultado de 2013 ficou artificialmente inflado. Igualmente, o resultado do primeiro semestre de 2014, usado como referência para as eleições presidenciais, dava a impressão que a situação fiscal do governo era melhor do que realmente era.

Mas qual é o problema disso?

A Lei de Responsabilidade Fiscal proibe, em seu artigo 36, que um banco público financie os gastos do governo que o controla. No caso da Caixa, a entidade controladora é o Governo Federal, mas isso também é válido para governos estaduais. Por exemplo, o governo do Rio Grande do Sul não poderia ter suas despesas primárias financiadas pelo Banrisul.

A ideia por trás de tal proibição tem dois eixos principais. O primeiro é incentivar os diversos níveis de governo a terem orçamentos mais racionalizados, com gastos primários financiados com receitas primárias, sem que haja grandes dívidas deixadas para administrações futuras.

O segundo é fruto da experiência inflacionária brasileira. Até 1984, uma das causas da alta inflação sistêmica no Brasil era o fato dos governos estaduais e federal poderem financiar gastos por meio de bancos públicos. Depois desse financiamento, os bancos eram recapitalizados pelo Banco Central através de um mecanismo complicado chamado de “conta-movimento” (para entender mais dessa parte da história, clique aqui), que na prática significava que os políticos estaduais e federais poderiam imprimir quantidades ilimitadas de moeda, gerando ampla inflação. Para evitar esses problemas do passado, a Lei de Responsabilidade Fiscal traz essa proibição – que é bastante razoável.

O Tribunal de Contas da União entendeu que o atraso constante e sistemático do governo em seu saldo com a Caixa era equivalente a um financiamento de gastos públicos pela Caixa. Isso porque o governo acabou obrigando a Caixa a utilizar

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recursos próprios para arcar com obrigações que eram suas. O esquema é resumido na figura abaixo, disponível na página 600 do relatório do TCU sobre as contas de 2014.

A Caixa deveria ser mero intermediário – ou seja, uma prestadora de serviços que usa de sua rede de agências para distribuir benefícios financiados com recursos do governo depositados em uma conta específica. Mas, com esses longos e robustos atrasos, ela precisou usar receitas próprias pra pagar em dia essas despesas primárias da União com gastos sociais. Esse ciclo é o que caracteriza o financiamento ilegal – a “pedalada fiscal”.

Quais as consequências disso para o futuro?

A mais importante consequência disso é uma importante sinalização no sentido da preservação dos princípios de responsabilidade fiscal. A Lei de Responsabilidade Fiscal é um marco que ajuda a evitar o endividamento excessivo dos estados e também do governo federal. Ter uma dívida que não cresce ao longo do tempo é importante. Afinal de contas, como toda dívida precisa ser paga no futuro, uma dívida maior no presente significa maiores impostos ou menos serviços públicos no futuro. Nesses últimos anos, onde as pedaladas se fizeram mais presentes, também ocorreu uma deterioração na dívida do governo, que passou a aumentar em relação ao PIB.

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No longo prazo, é importante restaurar o compromisso com as regras de estabilidade fiscal e de transparência, responsabilidade e controle dos gastos públicos. Independentemente das consequências políticas das pedaladas fiscais, a sinalização do TCU é extremamente importante. Ela demonstra que as instituições brasileiras estão respondendo a pedaladas, jeitinhos e outras ilegalidades que revertem os importantes avanços estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é essencial para prosperidade futura do país, a despeito de qual governante esteja no poder.

Mercado Popular

Economia Livre & Justiça Social

Cunha: “Eu não tenho conta no exterior”. Mas o humano mente inveteradamente Publicado por Luiz Flávio Gomes - 4 dias atrás

Mesmo depois de o Procurador-Geral da Suíça ter confirmado oficialmente que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi informado do bloqueio das suas contas naquele País [movimentou algo em torno de 5 milhões dólares]; mesmo depois de ele ter confirmado que o deputado “tentou reverter o congelamento de suas contas e manobrou para evitar o envio de seus dados bancários ao Brasil, onde terá que responder a processos criminais por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, crime organizado etc.” (Estadão 7/10/15: A8), mesmo assim, continua o presidente da Câmara dizendo: “Eu não tenho conta no exterior”. Mentiu na CPI da Petrobras, mentiu inúmeras vezes para seus colegas de Parlamento, mentiu diante de jornalistas e continua mentindo inveteradamente. Vai renunciar à presidência da Câmara? “Em hipótese alguma” (declaração de 7/10/15, pela manhã).

Neste tenebroso episódio, trata-se de um louco ou, apenas, de um mentiroso? De um desavergonhado mentiroso. E por que nós humanos mentimos tanto, inclusive e, sobretudo, para nós mesmos? Quando nos deparamos com graves crises nas nossas vidas, algo realmente muito estressante, como nos comportamos? Quais mecanismos psicológicos são desencadeados? Por que começamos negando (descaradamente) a verdade?

Grande parcela dos humanos enfrentamos as grandes crises da seguinte maneira (veja Pedro Bermejo, Quiero tu voto, p. 33 e ss.): 1º) negando o problema; 2º) buscando culpados; 3º) praticando medidas desesperadas; 4º) reconhecendo o problema; 5º) buscando soluções racionais (quando existentes) para ele. As três primeiras etapas são regidas pela emoção. As duas últimas, pela razão.

Eduardo Cunha ainda está vivendo (até o momento que escrevo este artigo) as três primeiras etapas (as emocionais). Já negou ter conta no exterior inúmeras vezes, já culpou o governo do PT assim como o Procurador-Geral e o Ministro da Justiça pelas investigações criminais da sua participação no escândalo da Petrobras, já disse estar sendo perseguido e já praticou incontáveis barbaridades contra o governo (pautas-bombas). Até aqui, pura emoção! É previsível que, em breve, venha a etapa da razão. Começará aceitando o problema e vai buscar uma solução (a menos estressante possível). Pode renunciar à presidência da Câmara (ou vai ser “renunciado”), para manter, provisoriamente, o cargo de deputado (e continuar com prerrogativa de foro). Isso é praticamente certo. Em seguida aguardará o seu destino: cassação do mandato pelos seus pares ou condenação pelo STF, com perda do cargo. Para não ir para a cadeia pode ser que aceite fazer delação premiada. Nesse caso, uma boa limpeza na venal e decrépita República brasileira pode ser feita. Eduardo Cunha não deveria ser apenas mais um “escândalo” na vida pública brasileira emporcalhada: é hora de decretarmos o fim dessa maneira de fazer política e negócios.

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Por que começamos negando os nossos problemas (as crises)? Pedro Bermejo, neurologista espanhol, explica (Quiero tu voto, p. 32 e ss.): “O cérebro humano conta com uma série de características para evitar o sofrimento, o que nos faz mais felizes e potencializa nossas capacidades para afrontar o estresse e os problemas desde o ponto de vista emocional; mas também, nesta fase emocional, nos impede de tomar decisões corretas para sair do problema; diante de uma crise nosso cérebro põe em marcha uma série de mecanismos para superá-la; a negação é uma forma de funcionar do cérebro, é um autoengano, que tem o objetivo de evitar sofrimentos sem pensar nas desastrosas consequências posteriores”.

Por que mentimos inveteradamente? A biologia evolutiva e a psicologia dizem que “mentimos para nós mesmos para mentir melhor para as demais pessoas” (Robert Trivers, La insensatez de los necios, p. 11). Praticamos o autoengano para poder enganar melhor os outros. Quem não mente para si mesmo não se transforma num grande mentiroso. Quem se vende como honesto, não o sendo, primeiro tem que estar convencido dessa desonestidade. O engano assim como o autoengano “é uma faceta obscura e opaca da nossa personalidade, um aspecto que preferimos não encarar, assumindo o risco que isso implica”. Sofremos com o autoengano, mas também desfrutamos dele.

Somos, ademais, protagonistas de uma contradição brutal (diz Trivers, p. 18): “Procuramos obter informação [isso foi o que Cunha fez sobre suas contas na Suíça] e logo em seguida atuamos destruí-la. Por um lado, os órgãos dos sentidos evolucionaram e nos brindam hoje uma imagem sumamente detalhada e precisa do mundo circundante (...) em conjunto, os sitemas sensoriais estão organizados para nos brindar um reflexo pormenorizado e preciso da realidade [como ter contas bancárias clandestinas fora do País] (...) Não obstante tudo isso, uma vez que toda essa informação chega ao cérebro, com frequência a mente consciente a torce ou distorce. Negamos a nós mesmos a verdade. Projetamos sobre os demais traços que na realidade são nossos e logo os atacamos. Reprimimos as recordações penosas, inventamos outras totalmente falsas, racionalizamos o comportamento imoral, atuamos sem cessar para elevar a opinião que temos de nós mesmos e recorremos a toda uma série de mecanismos de defesa do eu. Por quê? Porque queremos enganar os outros”.

“Perigosa é a mentira que se conta para si próprio” (Gabriel, o Pensador), porque ela é a base da mentira que se conta para os outros. “A repetição não transforma em verdade uma mentira” (Franklin Roosevelt), mas ela é a base do autoengano. “O humano tem uma capacidade inesgotável de mentir, especialmente para si mesmo” (George Santayana), porque é dessa forma que se prepara para mentir e para enganar os outros.

Brasil cai 18 posições em ranking de países mais competitivos

Como os fatores mais problemáticos para se fazer negócios no país, os executivos

apontaram, pela ordem, nível de tributação, leis trabalhistas restritivas, corrupção, inadequação da infraestrutura e burocracia.

O Brasil perdeu mais 18 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, segundo o Relatório Global de Competitividade, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral.Trata-se da maior queda já registrada pelo país e pior posição da série histórica da pesquisa, que mantém a mesma metodologia há 10 anos. Em 2014, o Brasil tinha caído da 56ª posição para a 57ª posição.

A pior colocação até então tinha sido o 72º lugar, registrado em 2007. O melhor resultado foi alcançado em 2012, quando o Brasil ficou no 48º lugar.

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Após 3 anos consecutivos de perda de posições, o país está, agora, abaixo de alguns de seus principais concorrentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores como Uruguai, Peru, Vietnã e Hungria.

O relatório destaca que a economia brasileira sofre com a deterioração de fatores básicos para a competitividade, como a confiança nas instituições e déficit das contas públicas, e fatores de sofisticação dos negócios, como a capacidade de inovar e educação.

“A crise econômica e política que se deteriora desde 2014, associada a fatores estruturais e sistêmicos como sistema regulatório e tributário inadequados, infraestrutura deficiente, educação de baixa qualidade e baixa produtividade, resultam em uma economia frágil e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional”, afirma Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, responsável pela coleta e análise dos dados do Brasil.

Suíça e Cingapura lideram ranking

O levantamento avalia 140 países. O estudo define competitividade como o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país. O ranking é calculado a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos dos 140 países participantes. Ao todo, 118 variáveis são analisadas e agrupadas em 12 categorias.

A edição 2015 do ranking não trouxe alterações nas 3 primeiras posições. A Suíça está em 1º lugar no ranking de competitividade pelo sétimo ano consecutivo. Líderes em inovação, os suíços têm taxa de desemprego estável, o que está relacionado ao excelente sistema de educação e à eficiência no mercado de trabalho.

Cingapura e Estados Unidos seguem na 2ª e 3ª posições, respectivamente. A Alemanha subiu da 5ª para a 4ª posição, e a Holanda saltou da 8 para a 5ª colocação. Veja tabela ao lado.

O Chile é o país da América Latina mais bem posicionado, em 35º lugar no ranking geral, seguido do Panamá (50º lugar).

As notas e os rankings são calculados a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos dos 140 países participantes. Cento e dezoito variáveis são analisadas e agrupadas em 12 categorias. Para coletar os dados de maneira eficiente, o Fórum Econômico Mundial conta com o apoio de uma rede de mais de 160 instituições parceiras. No Brasil, a Fundação Dom Cabral (FDC) é responsável pela pesquisa de opinião realizada junto à comunidade empresarial. Em 2015, ouviu 197 executivos entre março e maio.

Os menos competitivos

Guiné, Chade, Mauritânia, Serra Leoa, Burundi e Malaui ocupam os últimos lugares do ranking.

Segundo o estudo, países com menores índices de competitividade se caracterizam por instituições fracas, infraestrutura deficiente e educação não inclusiva e de baixa qualidade, além de péssimo sistema de saúde.

Problemas do Brasil

No relatório de 2015, o Brasil teve piora em 9 das 12 categorias analisadas. As quedas mais acentuadas foram nos quesitos instituições, ambiente econômico, saúde e educação primária) e nos indicadores de sofisticação e inovação do ambiente empresarial. Já os pilares infraestrutura, prontidão tecnológica e tamanho do mercado tiveram leves avanços, subindo duas posições cada.

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O estudo destaca a deterioração de indicadores como confiança pública em políticos, pagamentos irregulares e subornos, comportamento ético das empresas, pouca eficácia dos conselhos corporativos, citando os recentes escândalos de corrupção envolvendo poder público, partidos políticos e iniciativa privada.

Como os fatores mais problemáticos para se fazer negócios no país, os executivos apontaram, pela ordem, nível de tributação, leis trabalhistas restritivas, corrupção, inadequação da infraestrutura e burocracia.

Oportunidades

Segundo Carlos Arruda, embora o cenário geral seja marcado por grande pessimismo, a pesquisa aponta oportunidades para o país diante do potencial do mercado doméstico.

“Estratégias focadas na base da pirâmide, por exemplo, que desenvolvem ofertas para a camada mais pobre da população, são promissoras, e a forte desvalorização cambial abre espaço para um movimento de substituição de importações, em que empreendedores locais podem explorar opções mais baratas de produção local de bens e serviços”, avalia.

“Para sair desta situação de piora contínua, não há como fugir das soluções de curto prazo que urgem no país, como reformas fiscais e controle de orçamento do governo. O risco inflacionário, combinado à elevação do déficit público e à desvalorização cambial, é uma receita para um círculo vicioso. Com baixa abertura comercial, o desafio para o Brasil é investir mais em setores exportadores de produtos com maior valor agregado, em troca das commodities, e em acordos bilaterais no lugar dos multilaterais, ou seja, soluções mais eficazes em momentos difíceis como os de agora”, conclui.

Os 10 países mais competitivos e o Brasil

1ª Suíca

2ª Cingapura

3ª Estados Unidos

4ª Alemanha

5ª Holanda

6ª Japão

7ª Hong Kong

8ª Finlândia

9ª Suécia

10ª Reino Unido

75º Brasil

Fonte: G1 via Roberto Dias Duarte

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El País, fala que empresas brasileiras estão indo para o Paraguai

Em matéria para jornal El País, de Madri, a jornalista Heloísa Mendonça conta que diferentes  empresas brasileiras de diferentes setores estão cruzando a fronteira e abrindo filiais no Paraguai, em busca de mão de obra  mais barata e menos impostos. País vizinho do Brasil, que hoje é um dos que mais cresce na região, o PIB paraguaio vai aumentar em 4% este ano, tornou-se um parceiro estratégico para empresas que buscam reduzir os custos de produção, neste momento de crise. A principal atração para os brasileiros é a Lei de Maquila, criada ha mais de 15 anos. Inspirada no modelo mexicano, a lei prevê isenções fiscais para as empresas estrangeiras que importam máquinas e matérias-primas, desde que o produto final seja exportado.

O jornal de Madri fala que mais de 40 empresas brasileiras (desde têxteis até fábricas de plástico) já adotaram esta abordagem, incentivados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que no mês passado trouxe mais de 90 empresários de 79 empresas para o Paraguai, para que eles soubessem das oportunidades de negócios no país. Durante três dias, a delegação brasileira, acompanhada do ministro do Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, vai participar de seminários e encontrar-se com o presidente paraguaio, Horacio Cartes.

"A missão tem como objetivo mostrar um ambiente favorável aos negócios no Paraguai. Nós não queremos que as empresas fechem suas portas no Brasil, mas que se tornem mais fortes e competitivas, integrando cadeias internacionais de produção ", diz Sarah Saldanha, diretora de Serviços de Internacionalização da CNI.

"A demanda é tão grande que não se aconselha para todos os interessados. Parte da demanda é para a crise no Brasil, mas também pelo mercado muito competitivo. As empresas que competem com os que já foram, começam a perceber que eles precisam internacionalizar a marca ", explica Wagner Weber, diretor do Centro Empresarial Brasil-Paraguai (Braspar), que aconselha os empregadores nas negociações.

A matéria de Heloísa Noronha ressalta que a eletricidade abundante devido à Usina de Itaipu, faz com que o custo da eletricidade seja 50% mais cara no Brasil. "No Paraguai, a conta de eletricidade é quase três vezes mais barata", diz Rafael Buddemeyer, diretor comercial da fabricante de toalhas Buddemeyer. A empresa, uma subsidiária no país vizinho por 15 anos, planeja expandir a produção no Paraguai. "O que vemos não é uma referência para a diferença de salário básico, mas o imposto cobrado pelo Estado. Paraguai não faz milagres, é o Brasil que abusa de impostos ", disse ele. No Paraguai, o imposto de renda e imposto de valor acrescentado (IVA) são em torno de 10%, enquanto no Brasil as empresas pagam 25% da primeira, e três outros impostos, que em conjunto representam mais de 25%.

 

Jornal do Brasil

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Agora é decreto!!Decreto 8.537/15

Regulamentada meia-entrada a jovens de baixa renda, estudantes e deficientes

Decreto também estabelece critérios para reserva de vagas a jovens de baixa renda em transporte interestadual.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Foi publicado nesta terça-feira, 6, no DOU, o decreto 8.537 , que regulamenta as leis 12.852/13 e 12.933/13 para dispor sobre o benefício da meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos para jovens de baixa renda, estudantes e pessoas com deficiência. A norma também estabelece os critérios para reserva de vagas a jovens de baixa renda em transporte interestadual, e passa a vigorar em 1º de dezembro deste ano.

Acesso à cultura

Ficaram deliberados pelo decreto os critérios e procedimentos para a obtenção dos benefícios. Os estudantes terão direito ao benefício da meia-entrada mediante a apresentação da CIE – Carteira de Identidade Estudantil no momento da aquisição do ingresso e na portaria ou na entrada do local de realização do evento, ou da Identidade Jovem, documento que comprova a condição financeira, acompanhada de documento de identificação com foto expedido por órgão público.

As pessoas com deficiência terão direito ao benefício da meia-entrada mediante a apresentação de documento que comprove a condição. Em caso de necessidade de acompanhamento, ao acompanhante também se aplica o benefício.

Também foram definidos termos presentes no texto como "jovem de baixa renda", qual seja, aquele com idade entre 15 e 29 anos cuja família ganhe mensalmente até dois salários mínimos e esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que concede benefícios como o Bolsa Família.

Transporte coletivo

Além disso, foi regulamentada a obrigação de linhas interestaduais de concessionárias de transporte coletivo rodoviário, ferroviário e aquaviário a reservarem vagas de gratuidade e meia-passagem para jovens de baixa renda, nos mesmos moldes do que já acontece em relação ao Estatuto do Idoso, cuja reserva de vagas segue inalterada.

Na forma definida no art. 32 da lei 12.852/13, ao jovem de baixa renda serão reservadas duas vagas gratuitas

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em cada veículo, e duas vagas com desconto de cinquenta por cento, no mínimo, no valor das passagens, a serem utilizadas depois de esgotadas as vagas gratuitas.

Veja a íntegra do decreto .

7 direitos que você NÃO tem! Publicado por Davi Farizel

http://davifarizel.com/

Vimos no post "16 direitos que você tem", alguns direitos que você TEM e provavelmente não sabia, agora, tão importante quanto saber seus direitos é saber os direitos que você não tem e muitas vezes acha que tem.

1. Direito de arrependimento

O direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC se refere apenas aquelas situações em que a compra foi feita FORA do estabelecimento comercial, como compras pela internet, pelo telefone, onde não foi possível o contato com o produto ou serviço.

2. Direito de comprar em cheque ou cartão

O estabelecimento comercial não é obrigado a aceitar pagamento em cheques ou cartões, a obrigatoriedade recai apenas sobre dinheiro (moeda corrente), porém, a boa-fé que devem guardas as partes nas relações de consumo, bem como seus deveres colaterais ou anexos, impõe o dever transparência à ambas as partes, dessa forma, o comerciante deve fixar avisos de maneira clara, legível, para informar o consumidor sobre a não aceitação de outra forma de pagamento que não seja em dinheiro.

Uma vez que o estabelecimento aceita outras formas de pagamentos que não sejam em dinheiro, como cheque e cartão de crédito ou débito, seu uso não pode ser restrito a determinados produtos, ou condicionado a determinados valores. Alguns exemplos do dia a dia que são práticas abusivas: i) cigarros e cartões de recarga e determinados produtos que só são vendidos em dinheiro; ii) diferenciar preços de acordo com a forma de pagamento, lembrando que o desconto à vista é válido para qualquer forma de pagamento feita sem parcelamento, portanto, não se pode fazer diferenciação de preço de uma compra não parcelada no cartão e uma em dinheiro; iii) imposição de valor mínimo para compras no cartão de crédito ou débito.

3. Direito de trocar produtos que não apresentem vício ou defeito

A troca de produtos pelas lojas é mera cortesia, pois a obrigação imposta pelo código de defesa do consumidor recai apenas sobre produtos ou serviços quem apresentem vício ou defeito, na forma dos artigos 12 e 18. Imagine que você tenha comprado um smartphone que apresentou um vício, suponhamos que o aparelho ligue, mas alguns comandos não funcionam, o procedimento correto, conforme dispõe o art. 18 do CDC é, em primeiro lugar, enviar o produto a assistência técnica e caso o vício não seja sanado no prazo de 30 dias poderá o consumidor exigir, alternativamente e a sua escolha: 1) a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições; 2) a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 3) o abatimento proporcional do preço.

Nesse ponto, deve-se fazer a ressalva do parágrafo terceiro do art. 18 que dispõe:

§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.

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Devendo ainda respeitar os prazos previstos no art. 26 e 27 do CDC , para reclamar pelos vícios ou fato do produto ou serviço.

4. Direito de comprar por preço muito inferior

Calma! Explico... Você leu em um panfleto de publicidade da concessionária que um carro que custa 200 mil está sendo vendido por 2 mil. A concessionária é obrigada a vender por esse preço? Não! Se de um lado exige-se a boa-fé do comerciante, também exige-se do consumidor, que muitas vezes busca “se dar bem” em detrimento de deslizes justificáveis do fornecedor. Há uma linha que separa o erro crasso da informação clara e precisa que vincula o fornecedor quando da proposta, esta linha deve ser analisada com bom senso à luz do caso concreto.

5. Direito sobre ao dobro do total pago indevidamente

Conforme dispõe o art. 42, parágrafo único, a repetição do indébito se dá por valor igual ao dobro do que se pagou em excesso e não do total pago.

6. Direito quando do sinistro

É necessário acionar o seguro imediatamente e seguir os procedimentos da empresa, é um momento delicado, não aja de qualquer maneira achando que depois será ressarcido por tudo que gastou.

7. Direito de exigir o ressarcimento pelo conserto de eletrodomésticos em decorrência de oscilação de energia

Num primeiro momento, entre em contato com a concessionária de energia elétrica, siga o procedimento proposto requerendo o ressarcimento, faça vários orçamentos, caso lhe seja negado, aí sim, ingresse com a ação judicial cabível.

http://davifarizel.com/

PAGAMENTO À VISTA

Cobrar mais para pagamento com cartão de crédito é prática abusiva, decide STJ8 de outubro de 2015, 11h32

Dar desconto para pagamento em dinheiro ou cheque e cobrar preço diferente para pagamento com cartão de crédito pelo mesmo produto ou serviço é prática abusiva. Com esse entendimento, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou nessa terça-feira (6/10) recurso da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, que pretendia impedir o Procon de Minas Gerais de aplicar penalidades a empresas pela cobrança diferenciada.

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O relator do recurso, ministro Humberto Martins, afirmou em seu voto que o estabelecimento comercial tem a garantia do pagamento efetuado pelo consumidor com cartão de crédito, pois a administradora assume inteiramente a responsabilidade pelos riscos da venda. Uma vez autorizada a transação, o consumidor recebe quitação total do fornecedor e deixa de ter qualquer obrigação perante ele. Por essa razão, a compra com cartão é considerada modalidade de pagamento à vista.

O ministro destacou que o artigo 36, X e XI, da Lei 12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, considera infração à ordem econômica a discriminação de adquirentes de bens ou serviços mediante imposição diferenciada de preços, bem como a recusa à venda de produtos em condições de pagamento corriqueiras no comércio.

A norma, segundo o ministro, evidencia que constitui prática abusiva a situação em que o fornecedor determina preços mais favoráveis para o consumidor que paga em dinheiro ou cheque em detrimento de quem paga com cartão de crédito. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

REsp 1.479.039

Revista Consultor Jurídico, 8 de outubro de 2015, 11h32

Nunca escreva atrás do Cheque Fique de olho quando for preencher. Publicado por Warley Oliveira

A maioria das pessoas que usa cheques faz isso automaticamente. Ninguém pode lhe obrigar a colocar telefone e endereço atrás do cheque. Se o comerciante quiser, peça para ele fazer um cadastro seu, mas colocar seus dados atrás do cheque, NÃO! Não somente por causa de roubos, mas há muita gente que troca seu cheque com outras pessoas e você nem desconfia qual a procedência destas.

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Dr. Maurício Guimarães Soares, titular da Delegacia Anti-Seqüestros de São Paulo fez uma palestra na Amcham-SP sobre violência e medidas preventivas de segurança que podem ser adotadas. Segundo ele, os perfis da vítima e do seqüestrador mudaram. Há casos de seqüestros com pedidos de resgate que variam de R$ 3.000,00 a R$ 3.000.000,00. A prevenção acrescenta, implica em mudança de comportamento; vale observar alguns itens:

1. Saber o que está acontecendo;2. Conscientizar-se que pode acontecer com você;3. Adotar medidas para minimizar riscos.

Mauricio Soares citou algumas medidas que devem ser incorporadas no dia a dia:

1) Não anotar telefone residencial no verso de cheques, especialmente em postos de gasolina. No caso de assalto ao posto, as informações pessoais podem ser usadas para ameaças, especialmente contra mulheres. Anote sempre o telefone comercial;

2) Não exibir "currículo" no carro, como: adesivo de Faculdade, do Condomínio onde reside e adesivos como: "Eu amo Ubatuba", da academia de ginástica, etc. Um extorsionário deduz desses sinais à vida de pessoa e os usa para fazer ameaças;

3) Evitar compras por telefone ou Internet fornecendo o número do Cartão de Crédito. Peça boleto bancário;

4) O ladrão prefere pessoas desatentas, aproveita-se do elemento surpresa;

5) O objetivo do ladrão é patrimonial e não pessoal. Ele escolhe as vítimas pelo fator comportamental (fato comprovado após entrevistas com vítimas e com marginais;

6) Jamais reagir. Isso só dá certo em filmes. O elemento surpresa é favorável ao bandido, que nunca está sozinho e não tem nada a perder;

7) Manter distância segura do carro da frente, para poder sair numa só manobra, sem bater. Distância segura é poder enxergar pelo menos parte do pneu do carro da frente;

8) O risco de morrer em roubo no sinal de trânsito absurdamente maior do que num sequestro. Nessa situação, mantenha as mãos no volante e tente comunicar-se, indicando claramente o que vai fazer, por ex: Se for tirar o cinto: - Vou tirar o cinto com esta mão, posso? Se pedir a carteira: -A carteira está no bolso de trás (ou dentro da bolsa), posso pegar?

9) À noite, calcule tempo e velocidade para evitar parar num sinal vermelho. Não há registro de assalto com carro em movimento.

Fonte: JusNotícias

Dr. Maurício Guimarães Soares é titular da Delegacia Anti-Seqüestros de São Paulo.

Quais dívidas podem ser herdadas e quais prescrevem após a morte do titular? Publicado por Vannia Costa Ferreira

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A quitação de dívidas em caso de óbito do devedor deve ser feita com a herança; crédito consignado e imobiliário possuem outras regras

Perder um ente querido nunca é fácil, ainda mais se a família tem de lidar com dívidas acumuladas do falecido. Entretanto, passado o período inicial de luto, é preciso voltar a atenção para resolver esses assuntos desagradáveis.

Se o falecido tinha um empréstimo pessoal, a família deve arcar com o pagamento? De acordo com o Código Civil, em especial o artigo 1.792, a herança do morto deve ser usada para quitar débitos pendentes em seu nome. A família deve fazer um inventário dos bens do falecido e, a partir dele, o juiz vai determinar quanto da herança será usada para pagar dívidas e quanto ficará para cada herdeiro.

No caso de os bens não serem suficientes para cobrir as dívidas, os familiares não podem ser responsabilizados pelo pagamento. “A dívida não passa para os herdeiros. O que paga as dívidas do falecido é a herança deixada por ele”, explica a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais.

Crédito consignado

A regra prevista pelo Código Civil para a quitação de dívidas em caso de óbito do devedor, no entanto, não se aplica ao crédito consignado - que é o empréstimo feito com desconto direto na folha de pagamento. O artigo 16 da Lei nº 1.046, sancionada em 1950, diz que os empréstimos consignados em folha extinguem quando o consignante falece. A determinação continua valendo, já que a atual legislação que trata de crédito consignado, a Lei nº 10.820/2003, não aborda a questão da morte do mutuário. “Não houve revogação expressa ou tácita do artigo, logo, ele está em vigor”, conclui Maria Elisa.

O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) afirma que “os empréstimos consignados contraídos por beneficiários da Previdência Social se extinguem quando da morte do titular”. A posição do órgão é essencial, já que aposentados e pensionistas são o principal público-alvo do crédito em folha. De acordo com o INSS, a regra consta da Instrução Normativa nº 39/2009, que prevê que a consignação “não persistirá por sucessão, em relação aos respectivos pensionistas e dependentes”.

Já os contratos de financiamento imobiliário têm dois seguros obrigatórios. Um deles é o MII (Morte ou Invalidez Permanente), que serve exatamente para quitar o contrato de financiamento com a morte da pessoa no percentual de renda que ela contribuiu para o financiamento. Logo, a dívida não é passada aos herdeiros.

ESTUDOS TÉCNICOS

OAB cria comissão para avaliar rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma8 de outubro de 2015, 17h52

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil vai criar uma comissão para analisar os aspectos jurídicos da rejeição das contas de 2014 do governo da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União.

Os membros, que serão empossados na próxima semana, realizarão estudos técnicos sobre a existência ou não de crime praticado pela presidente e a sua

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implicação no atual mandato presidencial, com prazo máximo de 30 dias para a elaboração de parecer. Redigido o documento, o Conselho Federal deliberará sobre o assunto, informou a entidade nesta quinta-feira (8/10).

"É indiscutível a gravidade da situação consistente no parecer do TCU pela rejeição das contas da presidente da República por alegado descumprimento à Constituição Federal e às leis que regem os gastos públicos”, disse Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente da OAB.

Nesta quarta-feira (7/10), o tribunal, por unanimidade, recomendou ao Congresso a rejeição das contas, devido ao não atendimento de princípios constitucionais e legais que regem a administração pública federal. A recomendação pela rejeição das contas não ocorria desde 1937.

Entre as razões que motivaram a recomendação pela rejeição estão a omissão de passivos da União junto ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço nas estatísticas da dívida pública de 2014, os adiantamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal para despesas dos programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial e os adiantamentos concedidos pelo FGTS para despesas do programa Minha Casa, Minha Vida.

Revista Consultor Jurídico, 8 de outubro de 2015, 17h52

Justiça condena igreja evangélica a indenizar terreiro após morte de Ialorixá em Camaçari Segundo testemunhas, o terreiro era alvo de inúmeros ataques de intolerância religiosa por uma igreja evangélica que fica em frente.

Publicado por Lucas Vieira - 3 dias atrás

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Uma liminar com ação indenizatória por danos morais foi concedida nesta quarta-feira (07) aos integrantes do Terreiro Oyá Denã, em Camaçari. A ação da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) se deu pois, o terreiro foi atacado moralmente por uma igreja evangélica conhecida como Casa de Oração Ministério de Cristo, construída há 1 ano em frente ao local.

Segundo informações da Justiça, os pastores da igreja manifestavam intolerância religiosa, que, segundo os integrantes do terreiro, resultou na morte da ialorixá Mildreles Dias Ferreira, 90 anos, em junho deste ano. Mãe Dedé de Iansã, como era conhecida, teria sido vítima de “uma noite intensa de manifestação de ódio por parte dos ministros da igreja” em frente ao terreiro. Durante a ação, ela passou mal, teve um infarto e morreu.

A Justiça determinou que cada réu deverá pagar a partir de R$2 mil de multa caso pratiquem atos de intolerância religiosa ou façam qualquer ofensa ao terreiro. Ainda de acordo com a Defensoria, caso a igreja não faça revestimento acústico em sua sede em até 30 dias e se abstenha de realizar culto fora das normas deverá pagar multa a partir de R$5 mil por dia de atraso.

As práticas, que ocorriam com frequência, foram consideradas ofensivas pela Justiça, indicando também a violação à liberdade de culto, assegurada pela Constituição Federal. Este foi o primeiro caso de intolerância em que a Defensoria Pública atuou no âmbito cível em Camaçari.

Entenda o caso

A matéria publicada em primeira mão pelo Portal Bahia no Ar informa que, Mildreles Dias Ferreira, conhecida como Mãe Dede de Iansã, de 90 anos, morreu na madrugada de 1º de junho, após sofrer um infarto. De acordo com informações de amigos e pessoas ligadas à líder religiosa e fundadora do terreiro Oyá Denã, localizado na comunidade de Areias, Mãe Dede passou mal, após atos de intolerância religiosa.

Segundo o coordenador de Promoção da Igualdade Racial de Camaçari, João Borges, há pelo menos três meses recebeu diversas denúncias a respeito de ações caluniosas e ofensivas, contra a sacerdotisa. “Há aproximadamente um ano, uma igreja evangélica se instalou em frente ao terreiro e iniciou os ataques à Mãe Dede e familiares. Na noite da morte, os parentes informaram que os fiéis da igreja resolveram realizar um culto religioso praticamente na calçada do terreiro, demonizando os orixás”, explicou.

O coordenador João Borges disse ainda que familiares acreditam que o acúmulo de insultos pode ter provocado o mal estar e, consequentemente, o infarto que resultou na morte da ialorixá. “Tenho toda a documentação das denúncias, inclusive uma ocorrência registrada na 26ª Delegacia Territorial de Vila de Abrantes. Situação mais do que clara de perseguição, exemplo de desrespeito e intolerância religiosa”, afirmou.

Na tarde desta terça-feira (2), familiares de Mãe Dede, considerada a ialórixá mais antiga do município, se dirigiram à 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, no intuito de registrar o ocorrido. O andamento do caso será acompanhado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi), que lamentou oficialmente a morte de Mãe Dede, na página do órgão, no Facebook.

FONTE: http://bahianoar.com/justiça-condena-igreja-evangelicaaindenizar-terreiro-apos-morte-de-ialorixa-e...

Governador abre 56º Encat e diz que sistema tributário precisa de modernização

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8 de outubro de 2015

O governador Wellington Dias participou, na manhã desta quinta-feira (8), da abertura do 56º Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT). É a primeira vez que o evento é realizado no Piauí. O Encat acontece em Teresina, no Hotel Arrey, desde o dia 6 de outubro. Representantes de todas as secretarias de Fazenda do país estão presentes.

Para o governador, os técnicos têm uma responsabilidade grande no país, que é a modernização do sistema tributário brasileiro. “Esses técnicos são altamente qualificados e têm a responsabilidade de trabalhar a modernização do nossos sistema tributário. Há a necessidade de uma maior eficiência para evitar a sonegação e para garantir que a gente tenha uma forma de tributação justa e adequada aos princípios da nossa Constituição”, disse.

O secretário Rafael Fonteles, anfitrião do Encat, disse o encontro é um oportunidade única. “Estamos nesse novo viés de modernização da máquina pública e o Fisco, que é um elemento importante tem que estar antenado com as melhores práticas do país. Por isso, que pedimos ao superintendente da receita para trazer o Encat para o Piauí, objetivando aproximar nossos técnicos e auditores desse ambiente de inovação, modernização e simplificação tributária, visando facilitar a vida dos contribuintes”, afirmou.

É a segunda vez que um governador participa do Encat. Segundo Rafael Fonteles, Wellington Dias será um porta voz do que está sendo defendido no encontro junto à presidente Dilma Rousseff e aos ministérios. “É no Encat onde surgem as ideias de vanguarda para aperfeiçoar os fiscos estaduais”, disse.

O superintendente da Receita, Antonio Luis Soares, afirmou que o Encat reúne as ideias de todos os estados, onde as melhores podem ser utilizadas como experiência. “Aqui vamos saber o que os estados estão fazendo de melhoria em relação aos seus fiscos e, quem sabe, implantar em outras unidades da federação”, afirmou.

O Encat tem como premissa a troca de experiências entre os Fiscos e a sua realização em território piauiense será um marco histórico para a Sefaz/PI, além de ser positivo para o Estado e um ganho para a sociedade.

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Na parte da tarde, será apresentada no evento a Nota Fiscal Piauiense e a Amazonense. O evento encerra nesta sexta-feira (9) com a aprovação da ata do último Encat, que foi realizado em Maceió (AL), no período de 16 a 19 de junho.

Fonte: Sefaz-PI.

"Seu maior legado é atacar a sensação de impunidade", diz auditor fiscal responsável pela Operação Lava-Jato

Postado por José Adriano em 6 outubro 2015 às 8:00

Em 2013, quando a Polícia Federal ainda preparava a Operação Lava-Jato nos bastidores, um grupo de auditores fiscais seria responsável por elucidar as irregularidades em remessas de dinheiro ao exterior cometidas por doleiros – como Alberto Youssef – e empresas de fachada. A contribuição foi decisiva para que a investigação revelasse um dos maiores escândalos de corrupção do país.       A análise daqueles dados fiscais foi de responsabilidade da Coordenação de Pesquisa e Investigação da Receita Federal (Copei), cujo chefe, Gerson Schaan, esteve nesta quinta-feira em Florianópolis para participar de um evento de auditores. Ele ainda hoje coordena uma equipe de 190 pessoas, sendo que 45 delas dedicam-se exclusivamente a analisar os materiais obtidos pela PF e pelo Ministério Público Federal dentro da Lava-Jato.   Em entrevista ao Diário Catarinense, Schaan dá detalhes sobre as ações da Receita Federal na operação, os impactos dela em SC e afirma que novas etapas da operação estão por vir.      DC – A Operação Lava-Jato é a mais importante da sua carreira?Gerson Schaan – É a mais importante, sem dúvida. Até para o Brasil, eu diria. É um marco em termos de trabalho integrado, efetividade. As condenações em primeira instância já estão saindo. Não só o juiz que está sendo competente, mas todas as instituições envolvidas. A saída que alguns acusados estão tomando é a deleção premiada com diminuição da pena. Isto está sendo um marco. A mudança de comportamento de alguns setores econômicos também é muito importante. Eles estão mais cautelosas no que se refere a fraudes em licitações. Ela ataca a sensação de impunidade, talvez este seja o maior legado, mais do que responsabilizar os culpados. DC – A operação já teve desdobramentos em SC. A mais recente foi a prisão de um dos donos da Engevix, morador de Florianópolis. O que o Estado representa para a Lava-Jato?  Schaan – Eu não colocaria essa diferenciação geográfica. Por exemplo, os fatos estão sendo todos investigados em Curitiba porque o inquérito original surgiu em Londrina (PR). A maior parte dos fatos ocorreu em São Paulo, onde estão sediadas as grandes empreiteiras. Mas estamos falando de um esquema multimilionário, com obras superfaturadas pelo Brasil inteiro. A Engevix é uma prestadora de serviço de uma subsidiária da Petrobras. Não vejo essa questão regional como relevante. Nós temos é dinheiro internacional em circulação neste caso. É como uma organização criminosa atua, ela não respeita fronteiras entre Estados ou países. Ela ataca onde é vulnerável. Vai utilizar empresa disposta a ser cúmplice, sem preocupações geográficas. DC – Mas recentemente SC foi palco de outras importantes operações da PF, como a Ex-Câmbio e Shylock. Isso não tem alguma representatividade? Schaan – O Estado tem crescido economicamente e em importância. Cresce também o movimento do Porto de Itajaí, dos demais portos, e os fraudadores e sonegadores vêm juntos. O crime econômico organizado ele vem junto com o crescimento. Não é a toa que grande parte das operações sempre tem alguma coisa em São Paulo, pois lá é o centro econômico e financeiro do país. Se aqui se está produzindo mais dinheiro, naturalmente haverá mais fraudes. É um efeito colateral. DC – Quais foram as contribuições decisivas da RF na Lava-Jato? Schaan – A Lava-Jato ganhou corpo quando a PF começou a investigar as remessas de doleiros para o exterior através de operações de importação simulada. Quando a PF se deparou com isso, ela procurou a Receita Federal. Então hoje pegamos o material da polícia, fazemos análise e apresentamos os resultados. Depois se quebra o sigilo fiscal e, com as informações coletadas pela PF e pelo MPF, produzimos análises patrimoniais. Por exemplo: a condenação do André Vargas (PT) se deu porque conseguimos montar a forma de lavagem de dinheiro dele.

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Chegaram até nós informações sobre alguns depósitos relacionados a um imóvel, que foi comprado com um valor e foi registrado com um valor menor. Nós temos uma expertise em investigação financeira e lavagem de dinheiro que está sendo muito útil nesta operação. Essa é a riqueza e a importância do trabalho conjunto.DC – Em que situação se encontram as ações ficais da RF?Schaan – Na Lava-Jato há centenas de pessoas investigadas para fins criminais (corrupção, lavagem de dinheiro). Nós avaliamos isso a partir de um enfoque fiscal. Nem todas as pessoas responsabilizadas têm necessariamente efeitos tributários. Nós temos uma equipe especial de 45 auditores dedicadas a isso e já foram abertas mais de 200 ações fiscais.DC – Disso se prevê a aplicação de multas?Schaan – Tem a multa penal que quem define é o juiz e tem multas vinculadas à sonegação fiscal. Estas últimas vêm depois dos trabalhos abertos (as 200 ações fiscais em andamento). E tem algumas que são mais complexas. A RF está em cima da parte de sonegação fiscal. Ainda não é resultado concreto de multa, pois isso está sendo definido ainda. Mas acredito que será mais de R$ 1 bilhão em multas cobradas. DC – Como é o trabalho com outras instituições como PF e MPF?Schaan – Trabalho integrado é fundamental. A Lava-Jato é um exemplo de sucesso, cada um com suas contribuições e com suas colaborações, e disso resulta casos robustos. Isso facilita o julgamento do juiz Sérgio Moro que, para nossa sorte, é muito competente, que está de posse de um material contundente. Mas manter a integração entre os órgãos não é tarefa simples. As direções da PF, MPF e RF entendem que é necessária a integração, mas quando descemos para a parte operacional, entre delegado, procurador e auditor, os ruídos surgem. E meu papel é aparar estas arestas. Mas é normal, como em brigas de casal. Os atritos aparecem, mas são superados. Afinal estamos lidando com pessoas, com entendimentos subjetivos, apesar dos papéis institucionais.   DC – Acha que o desmembramento dos inquéritos da Lava-Jato pode ser prejudicial?Schaan – Nós temos que trabalhar com as decisões do Judiciário. Eu não sei se isso será bom ou ruim. Por exemplo, a Lava-Jato está toda com um juiz só. Pode se aumentar a força-tarefa, com mais delegados de polícia, de procuradores e de auditores, e assim aumentar a quantidade de material. Mas o juiz continua sendo um. Ele dá conta disso? Não sei. É algo para se pensar. Sei que um procurador do MPF já questionou e disse que isso pode ser ruim, mas eu prefiro avaliar mais tarde. DC – Há dificuldade em levantar uma estimativa precisa do rombo causado pelo esquema?Schaan – A gente não tem essa estimativa. Foram 19 etapas da Lava-Jato até agora. Eu não trabalhei da mesma forma em todas elas. Em algumas a gente colaborou decisivamente, e em outras apenas com informação fiscal. Em âmbito penal, quem atua primariamente é o MPF e a PF. Nós trabalhamos para colaborar com expertise. Nessa parte de comprovação de faturamento, nós não enfocamos isso. DC – Novas etapas da Lava-Jato e novas prisões estão a caminho?Schaan – O trabalho segue. Tem muito material pra ser analisado Vai levar ainda um bom tempo. A ação fiscal também, pois é complexa. Nós temos 15 servidores dedicados na investigação criminal. Na fiscalização fiscal são 45 e segue dessa forma. Outras etapas devem acontecer sim. É de se esperar novas prisões, pois há muito material pra analisar e cada etapa gera novas informações. 

Luis Antonio [email protected]

Fonte: Diário Catarinensehttp://blogdosped.blogspot.com.br/2015/10/seu-maior-legado-e-atacar...$%7Bblogdosped%7D+($%7BBlog+do+SPED%7D)

Eu sonego, tu sonegas; eles só negam

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The Pharisee and the Publican (De Farizeeër en de tollenaar), 1661, Barent Fabritius (Dutch Baroque Era Painter, 1624-1673), oil on canvas, 95 x 287 cm, Rijksmuseum, Amsterdam, The Netherlands.

Obsoleta na maioria dos países, uma pergunta mantém-se recorrente entre nós: “Por que não devemos sonegar impostos? ” Primeiro, porque é ilegal, e segundo, imoral. Afinal, sonegar fere a legislação e a imoralidade deste ato gera consequências para todos, ao evitar que recursos se apliquem, pelo menos em tese, à saúde, educação, segurança etc.

Aqui, entretanto, praticamente todo mundo comete este erro. As formas são infinitas. Comprar recibos médicos para restituição de imposto de renda, não declarar receitas de aluguéis, vender produtos sem nota fiscal, informar um tamanho menor para o imóvel comercializado, declarar venda de bens por valores diferentes dos reais, omitir receitas e por aí vai. Brasileiros das classes “A” a “Z” sonegam.

Muitos defendem esse comportamento alegando que o Estado é corrupto e ineficiente, sem retornar à sociedade o muito que lhe cobra, sendo então o melhor a fazer simplesmente não pagá-los.

Penso justamente o oposto. Só posso exigir determinado comportamento se eu mesmo praticá-lo.

Entretanto, no Brasil há outro grave problema. O próprio Estado, na figura das autoridades fiscais, age de forma imoral. Explico usando um exemplo palpável. Já ministrei palestras e treinamentos em mais de 200 cidades e, segundo nossa lei, o Imposto sobre Serviços (ISS), no meu caso, é devido no município da minha empresa, ou seja, Belo Horizonte. Há alguns anos, diversas prefeituras passaram a exigir das contratantes sediadas em outros municípios a retenção adicional do ISS.

Assim, além de pagar os 5% à minha cidade, quem me contrata retém outros 5% para a dele. A maior parte destas prefeituras exige, para não o fazer, que o prestador realize um cadastro, quase sempre repleto de exigências surreais. São documentos, contratos, fotos, declarações, registros em cartórios. Enfim, um inferno burocrático. Para justificar a existência destas normas, sempre há um fariseu tributário a serviço da prefeitura que descobre um jeito de submeter as empresas a tal martírio. Isso, sem contar as milhares de empresas que acabam pagando duas vezes, preferindo desistir deste processo kafkiano.

Dentre as 200 prefeituras que já combati, a mais surreal é a de Goiânia. Lá sequer existe o tal cadastro. O município exige a retenção por parte do tomador de serviços, e pronto. Neste caso, além da imoralidade, materializa-se a ilegalidade.

Diante disto tudo, pergunto às autoridades fiscais dos nossos municípios: que moral os senhores têm para combater a sonegação? Ora, meus caros, sejam exemplos vivos para os cidadãos e abandonem esse discurso farisaico e falso moralista, antes de cobrar honestidade dos demais.

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Quanto a mim, continuarei observando meus princípios: sonegação jamais. Mas nunca deixarei de enfrentar um bom combate, afinal, minha consciência – e certamente a de muitos que nos leem – está tranquila para cobrar autoridades fraudulentas uma conduta ética.

por Roberto Dias Duarte

Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franchising, a primeira e maior rede de franquias contábeis

Fonte: Roberto Dias Duarte

Unificação do ICMS pode gerar perda de pelo menos R$ 296 bi em 20 anos

8 de outubro de 2015 Estima-se que estados precisarão dos recursos para compensar a mudança no principal tributo cobrado por estados e garantir receita. São Paulo perderá R$ 3 bilhões por ano, a partir de 2017

Brasília – A unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), prevista na reforma do Pacto Federativo, pode gerar perdas de R$ 296 bilhões em 20 anos aos estados, de acordo com dados apresentados ontem em reunião de secretários estaduais de Fazenda e representantes do governo em Brasília.

Além disso, o fim da guerra fiscal entre os governos estaduais com a unificação em 4% das alíquotas do ICMS, principal tributo dos estados, só acontecerá se o governo federal tornar constitucionais os fundos previstos em medida provisória para compensar as perdas e identificar as fontes de recursos, disseram.

Na opinião dos estados, para que os fundos se tornem constitucionais é necessária a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição. Em vez de PEC, o governo encaminhou ao Congresso uma medida provisória que cria o Fundo de Compensação e Desenvolvimento Regional para os Estados e o Fundo de Auxílio à Convergência das Alíquotas do ICMS, o que não garante a inclusão dos fundos na Constituição. Assim, a compensação seria estabelecida em lei ordinária.Compensação

Para compensar a perda de receitas, os estados precisarão de pelo menos R$ 296 bilhões ao longo de 20 anos, de acordo com o secretário-adjunto de Fazenda do Mato Grosso do Sul, Jader Rieffe Julianelli Afonso. Uma das fontes de receita dos fundos seria a repatriação de recursos do exterior prevista no projeto de lei 2960/15, enviado ao Congresso com urgência constitucional.“Isso depende de algo que é efêmero, etéreo, que é o projeto de repatriação, que não se sabe o valor”, afirmou Afonso.

A previsão de perdas só para o Estado de São Paulo é de R$ 3 bilhões anuais, a partir de 2017. Essa posição foi defendida ontem por senadores e secretários de Fazenda que participaram de audiência pública sobre o assunto na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado.

A unificação das alíquotas interestaduais do ICMS está prevista no Projeto de Resolução do Senado (PRS) PRS 1/2013, cuja aprovação é defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Retirada de MP

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) defendeu que o governo federal deveria retirar a Medida Provisória (MP) 683/ 15, que trata dos fundos de compensação, e aceitar que sejam criados por

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meio de emenda constitucional. Para ela, a repatriação de recursos enviados ao exterior e não declarados à Receita Federal não será suficiente para cobrir os fundos indefinidamente.

“Não podemos fazer uma pseudo-reforma tributária sem identificar claramente de onde virão os recursos”, comentou a parlamentar. “Por que o governo não manda uma Proposta de Emenda Constitucional. Só o Estado de São Paulo vai perder R$ 3 bilhões por ano, a partir de 2017, e ninguém sabe quanto será arrecadado com a repatriação de recursos”.A CDR decidiu por unanimidade que o substitutivo ao texto original não será encaminhado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para passar a ser analisado pela comissão especial da chamada Agenda Brasil, elenco de propostas elencadas por Calheiros para reaquecer a economia. Foi entendido que a Agenda Brasil atropelaria os trabalhos da comissão.O relator da matéria, senador Wellington Fagundes (PR-MT), também criticou a falta de previsão de recursos para custear os fundos previstos na MP. “Aprovar essa Resolução é dar um cheque branco e que não terá fundos quando for sacado”, prognosticou.

Presente na audiência, o senador Ronaldo Caiado (DEM- GO) disse que não há a menor chance de o Congresso aprovar possíveis fontes que possam irrigar os fundos compensatórios das perdas tributárias decorrentes da unificação.Caiado se referiu à repatriação de recursos desviados ao exterior sem comunicação à Receita Federal enviado pelo Executivo ao Congresso na forma de projeto de lei com urgência constitucional.

Em agosto, durante a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para ser reconduzido ao cargo, ele pediu um parecer do Ministério Público Federal sobre o projeto de repatriação. “Bem lembrado, vou cobrar”, disse ao DCI, ao ser questionado a respeito. Para o senador goiano, a aprovação do projeto de resolução das alíquotas exige também a convalidação dos incentivos fiscais que foram considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Temor é que o projeto seja ‘um repeteco da Lei Kandir’ de 1996

Os senadores e secretários presentes na audiência pública sobre a proposta de unificação do ICMS disseram temer que se repita com os fundos previstos para compensar a perdas dos estados o que aconteceu com a Lei Kandir, instrumento criado pelo governo federal em 1996 para isentar de ICMS produtos e serviços exportados.Por falta de clareza nas regras, as perdas dos estados exportadores, hoje avaliadas em R$ 28 bilhões ao ano, são compensadas parcialmente, com apenas R$ 3,6 bilhões anualmente.

Na audiência, o representante do Ministério da Fazenda, Marcelo Mello, apontou a reforma do ICMS como caminho para ajudar o país a sair da crise. “Não é só ICMS, mas esse é o principal imposto, com arrecadação de R$ 400 bilhões”, afirmou.Fonte: DCI via Fenacon.

Simples Nacional para empresas de serviços - adesão já deve ser planejada Desde o ano passado o Simples Nacional foi ampliado para empresas de serviços e outros ramos de atividade, possibilitando a inclusão de 142 atividades no regime que visa facilitar a vida das micro e pequenas empresas. Dentre as atividades que podem aderir desde o ano passado ao Simples Nacional estão advocacia, odontologia, jornalismo, publicidade, administração, medicina, arquitetura, psicologia, entre outras.

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Com essa mudança, a adesão ao regime tributário Simples Nacional cresceu 156% em 2015 em comparação ao mesmo período de 2014. Mas, a participação poderia ter sido muito maior se as empresas não tivessem débitos tributários e se a forma com que foi implantado o sistema não aumentasse os valores dos tributos para alguns setores.

"Observamos que houve uma boa procura por pessoas que queriam aderir a esse modelo tributário, mas muitas não se atentaram com antecedência a pendências (principalmente financeiras) que não possibilitaram a adesão. Há também a necessidade de um planejamento tributário com antecedência, para avaliar se realmente será vantajoso", explica o diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos.

Ele explica que, na Confirp, a grande procura para adesão foi dos escritórios de advocacia, que tiveram uma grande redução tributária em comparação com o lucro presumido. Já em relação a outros setores de serviços, a mudança de regime resultaria em um pequeno aumento da carga tributária, na maior parte das vezes.

Entenda melhor

Para entender melhor, com a aprovação da Lei Complementar 147/2014, que atualizou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, foi possibilitada a inclusão de 143 novas atividades no Simples Nacional, assim, chegou a 319.882 o número de pedidos aceitos de adesão ao regime tributário à Receita Federal até 31 de janeiro de 2015, segundo dados a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE).

A partir da publicação da lei passo a ser considerado para adesão ao Simples Nacional apenas o faturamento para que microempresas (com teto de R$ 360 mil) e pequenas (R$ 3,6 milhões).

Porém, para quem não conseguiu a adesão e pretende tentar em 2016 é necessário já buscar ajustar sua situação junto aos órgãos públicos. Para que a opção seja aceita é necessária a eliminação de possíveis pendências que possam inviabilizar o processo. Para as empresas que já aderiram, também é importante ficarem atentas, pois, as que não ajustarem sua situação de débitos tributários serão exclusas do sistema simplificado.

"A Receita Federal envia notificações às empresas devedoras, mas, mesmo sem receber nada, é importante fazer uma pesquisa e, caso tenha pendências, pagar ou parcelar os débitos, eliminando todos os riscos", explica Richard Domingos.

Cuidado com o planejamento

Para adesão, segundo o diretor da Confirp Contabilidade, é necessário o planejamento tributário já que para as empresas de serviços o que se tem observado é que nem sempre a opção vem sendo vantajosa. Ainda que não seja possível generalizar, a opção das empresas que se encaixam no Anexo VI representa um aumento médio de 2,5% da carga tributária. "Em média, apenas para 20% das empresas é positiva a opção pelo Simples. Para as demais, essa opção representava em aumento da carga tributária, apesar da simplificação dos trabalhos", explica Richard Domingos.

"Ocorre que a regulamentação do Governo estabeleceu alíquotas muito altas para a maioria das empresas de serviços, sendo que foi criada uma nova faixa de tributação, o Anexo VI, na qual a carga a ser recolhida tem início em 16,93% do faturamento, indo até 22,45%. Com esses percentuais assustadores, a adesão pode levar ao aumento da carga tributária.

Dentre as empresas que estão no Anexo VI estão: jornalismo e publicidade; medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia; despachantes; arquitetura, engenharia,

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pesquisa, design, desenho e agronomia; representação comercial; perícia, leilão e avaliação; auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; e outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual que não estejam nos Anexos III, IV ou V.

Assim, a recomendação da Confirp para as empresas desses setores é de buscar o mais rápido possível por uma análise tributária. "Se a carga tributária for menor ou até mesmo igual, com certeza será muito vantajosa a opção pelo Simples, pelas facilidades que proporcionará para essas empresas", finaliza o diretor da Confirp.

Fonte: Maxpress

Operação Sonho de Valsa

Faxineira é acusada de furto qualificado após comer bombom de delegado

Após fatos, internautas de Roraima teriam iniciado campanha para arrecadar chocolates e doar ao delegado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Uma faxineira que trabalhava na sede da PF em Boa Vista/RR foi acusada de furto qualificado após ser flagrada comendo bombom que pertencia a um delegado, durante a limpeza de sua sala.

Desconfiado do sumiço do doce, o delegado analisou as câmeras de segurança do circuito interno e descobriu o fato, o que ocasionou o afastamento da prestadora de serviço das funções na PF e uma notícia-crime. Foi recomendado à empresa terceirizada, ainda, a demissão por justa causa.

A mulher disse que não imaginava que o delegado "iria fazer questão de um bombom" e se propôs a pagar o valor do chocolate, mas ele recusou. "Fui levada à sala do delegado e me perguntaram sobre o chocolate. Eu disse que comi. Peguei a embalagem no lixeiro e entreguei ao delegado", disse em entrevista à Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, o presidente da OAB/RR, Jorge Fraxe, classificou a situação como "abuso de poder" e o ato como "desproporcional", já que não feriu patrimônio de ninguém e, assim, não pode ser considerado crime.

Mobilizados pela história, internautas de Roraima teriam iniciado uma campanha para arrecadar chocolates e doar ao delegado. A campanha ficou conhecida por Operação Sonho de Valsa.

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Ajuste fiscal afeta pacto com inovação tecnológica e competitividade industrial

8 de outubro de 2015

Por Rodrigo Veiga Freire e Freire

A Medida Provisória 694/2015, publicada em edição extraordinária no dia 30 de setembro, faz parte do novo pacote do ajuste fiscal do Governo Federal que tem como principal tema a extinção de benefícios fiscais, sob a fundamentação de que a atual crise orçamentária exige o incremento de bases tributárias e a redução dos incentivos em vigor, com impacto financeiro em aproximadamente R$ 10 bilhões em 2016.

O conteúdo da exposição de motivos da MP parece ser coerente e uma iniciativa inteligente do governo. Sob o ponto de vista político, é mais simples e menos desgastante cortar incentivos fiscais do que criar novas fontes de receitas tributárias. Ademais, os incentivos perenizados no tempo têm aptidão para causar distorções na economia e quebra de igualdade concorrencial.

Esse, contudo, não é um diagnóstico correto para o pacote de medidas contido na citada MP. As alterações promovidas pela MP 694 desidrataram diversos benefícios veiculados pela denominada Lei do Bem (Lei 11.196/2005). Dentre outras medidas veiculadas nessa lei, estavam os incentivos fiscais à inovação tecnológica e ao acesso competitivo aos insumos da indústria petroquímica nacional.

Tais incentivos fiscais não foram concedidos como gestos graciosos ou discricionários do Poder Público. Pelo contrário, faziam parte de uma política nacional de fomento à inovação (artigo 28, Lei 10.973/2004)[1] e à competitividade da indústria petroquímica nacional em um ambiente de mercado internacional (conforme lei 9.478/1997).

A Lei do Bem, pois, veiculava normas cujas funções indutoras de condutas eram evidentes, com vistas ao atingimento de políticas de interesse público, sujeitas não apenas ao regime jurídico do sistema tributário nacional, mas também às demais normas que compõem os microssistemas jurídicos das políticas nacionais de inovação, desenvolvimento e energia nacional.

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Além de contrárias às diretrizes jurídicas acima indicadas, a revogação dos incentivos pela MP 694 não observou princípios jurídicos caros ao nosso sistema constitucional, conforme veremos a seguir.

No caso dos incentivos da indústria petroquímica, a desoneração foi concedida por prazo certo, com vigência até 2018, sob a condição de emprego dos insumos desonerados na manufatura de produtos destinados ao abastecimento das indústrias químicas nacionais.

Com base em tais desonerações, a indústria brasileira planejou suas atividades para os exercícios vindouros, promoveu investimentos, celebrou contratos de longo prazo com seus clientes e passou a ter a legítima expectativa de que o regime tributário vigorasse pelo menos dentro do prazo pactuado com a Administração Pública.

Nesse sentido, a mudança das regras do jogo, imposta unilateralmente pela Administração Pública, sobretudo em casos de incentivos com prazos determinados, sugere a violação a preceitos constitucionais que protegem a segurança jurídica a legítima expectativa e confiança dos contribuintes nos atos praticados pela Administração (artigo 5º, e 37, caput, da Constituição Federal).

Outro ponto digno de crítica é o fato de não ter sido estudado e apresentado pelo governo em sua Exposição de Motivos o impacto econômico de uma possível retração econômica que as medidas ocasionarão no setor. Isso porque esses tipos de incentivos têm como expectativa, desde a sua criação, a compensação da renúncia fiscal com o aumento da atividade do setor e correlato incremento de arrecadação.

Consequentemente, seria prudente a realização de tais estudos de modo a justificar se a medida é coerente com os objetivos inicialmente planejados de diminuição do déficit orçamentário de 2016.

Se a medida do novo pacote do Ajuste Fiscal agravar ainda mais a situação da atividade econômica da indústria nacional, é provável que a meta de superávit orçamentário seja mais prejudicada do que auxiliada.

Caberá, pois, ao Congresso Nacional deliberar com cuidado e profundidade sobre a adequação e juridicidade da Medida Provisória 694, sendo estas as nossas singelas contribuições ao início dos debates.

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Fonte: ConJur

Receita Federal institui grupo de trabalho para acompanhamento patrimonial de grandes devedores

9 de outubro de 2015

Fisco intensifica ações para evitar blindagem patrimonial

A Secretaria da Receita Federal do Brasil publicou no Diário Oficial de hoje (8/10) a Portaria nº 1441, de 7 de outubro de 2015, que determina a instituição de Equipes Regionais de Monitoramento Patrimonial e de Garantia do Crédito Tributário.

Essa medida visa a monitorar, de forma permanente, o patrimônio do devedor, com o objetivo de combater as artimanhas do contribuinte que tenta blindar seu patrimônio frente a existência de grandes dívidas tributárias.

As Equipes Regionais de Monitoramento Patrimonial e de Garantia do Crédito Tributário, amparadas nos arts. 64 e 64-A da Lei nº 9.532/1997, e utilizando-se de tecnologia de mineração de dados, desenvolvida internamente por auditores-fiscais, promoverão busca de dados patrimoniais de contribuintes e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente.

Na hipótese em que o contribuinte possuir créditos tributários em valor superior a R$ 2 milhões e a 30% do seu patrimônio conhecido, será adotada a ação de arrolamento de bens, que permite o acompanhamento da movimentação patrimonial do contribuinte.

Caso se constate que o patrimônio está sendo dilapidado, a Receita Federal fundamenta os fatos e representa o devedor à Procuradoria da Fazenda Nacional, para que essa ajuíze a medida de cautelar fiscal, que visa ao bloqueio dos bens e a garantia e o recebimento do crédito tributário.

Foi com base nessas medidas que a Fazenda Nacional conseguiu bloquear R$ 4,6 bilhões de bens do Grupo Shahin e R$ 188,8 milhões das empresas ligadas ao jogador Neymar, conforme amplamente noticiado pela imprensa.

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Outro exemplo é o de um devedor que, possuindo dívida de R$ 190 milhões, fez alteração societária para incluir duas funcionárias no quadro de sócios (laranjas), sem capacidade financeira ou intelectual para gerir os negócios da empresa. Os reais proprietários passaram a integrar empresa sediada nas Ilhas Virgens, por onde recebiam os lucros da empresa no Brasil mediante meios fraudulentos.

Outra empresa, com dívida da ordem de R$ 250 milhões, obteve parcelamento em condições especiais, do qual foi excluída por inadimplência, enquanto vendia 69 imóveis em apenas um ano.

Em todos os casos citados a Fazenda Nacional obteve o deferimento da competente cautelar fiscal, que anulou contratos fraudulentos e bloqueou os bens dos devedores.

Levantamento da Receita Federal aponta que mais de R$ 104 bilhões de bens e direitos, pertencentes a 11.567 contribuintes, já foram alcançados pelo arrolamento e quase R$ 15 bilhões foram objetos de medidas cautelares fiscais

Há ainda sob investigação 3.857 devedores, que respondem por R$ 380 bilhões, para a adoção das medidas legais aplicáveis.

5 dos processos judiciais mais bizarros do Brasil 1. Flatulência não é causa de demissão por justa causa segundo TRT

Em 2007 o TRT-2, de São Paulo, se deparou com um curioso caso de demissão por justa causa sob o pretexto de flatulências.

O magistrado relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros, destacou que trata-se de “uma reação orgânica natural à ingestão de ar e de determinados alimentos com alto teor de fermentação, os quais, combinados com elementos diversos, presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo e necessitam ser expelidos, via oral ou anal, respectivamente sob a forma de eructação (arroto) e flatos”

E ainda, sendo uma eliminação involuntária, pode gerar piadas e brincadeiras, mas não interfere na relação contratual, avaliando a demissão como insubsistente, injusta e abusiva, sobretudo, porque ficou demonstrado nos autos que as flatulências não eram o único problema entre empregada e empregadora, que segundo os autos tratava a funcionária com autoritarismo.

Em sua decisão, advertiu que, há casos em que a flatulência pode sim gerar uma justa causa, quando provocada, intencional, ultrapassa o limite do razoável, atingindo a incontinência de conduta.

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Por fim, a justa foi revertida e a funcionária recebeu R$ 10 mil reais a título de danos morais.

Processo TRT/SP nº: 012902005242009

2. Preservativo no extrato de tomate

A consumidora que se deparou com um preservativo masculino no interior de uma lata de extrato de tomate recebeu indenização no valor de R$ 10 mil. REsp 1.317.611/RS

3. Ladrão que processou a vítima por lesão corporal e danos morais

Em 2008, na cidade de Belo Horizonte/ MG, o ladrão que portava um pedaço de madeira debaixo da camisa para simular uma arma, subtraiu do caixa de uma padaria R$ 45, no entanto, foi surpreendido pelo dono do estabelecimento na porta que conteve a fuga do sujeito com violência, segundo o dono do estabelecimento e moradores das proximidades o mesmo ladrão já havia roubado a padaria mais de 10 vezes, o bandido foi atacado não só pelo dono do estabelecimento mas pelos que passavam no local.

Sentindo-se humilhado, o bandido ajuizou queixa-crime, pelas lesões corporais e ação de indenização por danos morais, contra o comerciante assaltado. O juiz considerou a ação uma verdadeira “aberração”.

Processo nº 0024 08 246471-0

4. Pai-de-santo recebe indenização por serviços prestados

Em Macapá, a juíza da Justiça do Trabalho, arbitrou em R$ 5 mil indenização ao pai-de-santo por serviços prestados para a proprietária de um frigorífico que não pagou pelo serviço contratado, alegando em defesa que os serviços não foram solicitados e não surtiram efeito.

Processo nº 639/2008 206 08 00 1

5. Mulher processa marido por insignificância peniana

Em Porto Grande no Amapá, mulher pede anulação do casamento, em razão do erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge, alegando que jamais casaria se soubesse de tais circunstâncias, e ainda, uma indenização de R$ 200 mil pelos dois anos de namoro e 11 meses de casamento.

SETOR CERÂMICO

MPF em São Paulo denuncia 11 pessoas por envolvimento em cartel6 de outubro de 2015, 16h23

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Onze pessoas foram denunciadas nesta segunda-feira (5/10) pelo Ministério Público Federal em São Paulo pelo envolvimento em um suposto cartel relacionado ao mercado nacional de rolos refratários de cerâmica (Ação Penal 0012178-18.2015.403.6181). Os denunciados têm envolvimento direto ou indireto com as empresas Cerâmica e Velas de Ignição NGK do Brasil Ltda. (NGK), Estiva Refratários Especiais Ltda. (Estiva), Incer Indústria Nacional de Cerâmica Ltda. (Incer) e Refratários Paulista Indústria e Comércio Ltda.

O caso já era investigado desde julho pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por meio do Processo Administrativo 08700.004627/2015-49. O parecer do órgão aponta que 46 funcionários, das quatro empresas, estão envolvidos. De acordo com as investigações, as companhias, com a coordenação da Associação Nacional dos Fabricantes de Rolos Refratários (Anafar), dividiam o mercado por meio de fixação de preços, concessão de vantagens e de condições comerciais favoráveis, além de acordos de abstenção ou cobertura na apresentação de propostas para pedidos de cotação de clientes.

Esse modelo era estabelecido e monitorado por meio de tabelas de alocação de clientes, que também permitiam a mensuração de metas de participação de mercado para cada integrante do grupo e a troca de informações comercialmente sensíveis (preços, dados específicos de vendas, portfólio, inadimplência de clientes e valores de matérias-primas). Foram verificados ainda indícios de que as empresas investigadas coordenavam estratégias para impedir a importação de produtos similares da China ou a entrada de outros concorrentes no mercado.

Essas práticas teriam sido implementadas entre 1998 e 2014, por meio de contatos telefônicos contínuos, reuniões periódicas, confraternizações mensais e anuais em restaurantes de São Paulo e encontros em feiras do setor cerâmico, além de diversas reuniões na Anafar. A comunicação entre as empresas também permitia o monitoramento mútuo, que visava o cumprimento do acordo.

Os denunciados compartilhavam informações sobre o volume de negócios concluídos por meio de documentos denominados “Central de Vendas” e “Mapa de Vendas”, aos quais todos tinham acesso. Com esse controle, os envolvidos

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garantiam a manutenção das fatias de mercado reservadas a cada companhia. Por meio desse sistema, também eram fornecidas compensações em caso de desequilíbrio entre os integrantes.

Consta na denúncia do MPF que “foi na Anafar que se formalizou um manual próprio de procedimentos e normas, consistente nas regras do cartel”. O documento do órgão também traz as normas que deveriam ser seguidas pelos integrantes do suposto cartel, como "respeitar a divisão de clientes e a cotação de no mínimo o valor da tabela acordada quando houvesse pedido de cotação de cliente direcionado a outra empresa pela divisão de mercado inicialmente estipulada, informar mensalmente os dados de cada firma no mercado e direcionar vendas com volume superior a 1.000 peças para as firmas integrantes do cartel que estivessem defasadas na 'Central de Vendas'".

Padronização de valores e de práticas comerciaisPara viabilizar a adoção de valores e condições comerciais padronizados, os envolvidos criaram tabelas de preços para os produtos. Quando uma solicitação de orçamento era enviada a uma das empresas, o grupo verificava a quem seria atribuída aquela venda, de acordo com a divisão de mercado previamente estabelecida.

A companhia identificada como “dona” do cliente então indicava que utilizaria a tabela com o menor preço. Já os concorrentes apresentariam os valores das outras tabelas, mais elevados, caso o mesmo cliente os cotasse. Assim, era possível a divisão igualitária do mercado entre as empresas. Em 2012, por exemplo, cada uma atendia a aproximadamente 25% do mercado.

Os rolos refratários de cerâmica são utilizados em fornos para queima de revestimentos cerâmicos e exercem a função de transportar e suportar esses revestimentos de modo que se movam sobre os rolos durante o procedimento. Assim, o acordo entre os concorrentes desse nicho teria afetado a cadeia de produção de revestimentos cerâmicos, que incluem, por exemplo, pisos, revestimentos de parede e fachada, porcelanatos e telhas. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF e do Cade.

Ação 0012178-18.2015.403.6181 -

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Revista Consultor Jurídico, 6 de outubro de 2015, 16h23

ESTADO LAICO

Lei do Rio de Janeiro que obriga escolas a disponibilizarem Bíblia é inconstitucional6 de outubro de 2015, 18h28

É inconstitucional a lei do Rio de Janeiro que obriga as escolas públicas e privadas a terem em sua biblioteca um exemplar da Bíblia. A decisão é do Órgão Especial do Tribunal de Justiça daquele estado e foi publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (6/10). Para o colegiado, a norma sofre de “vício de iniciativa”.

A decisão foi proferida nesta segunda-feira (5/10), no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Ministério Público do Rio contra a Lei 5.998/11. O MP argumentou que o projeto que deu origem à lei deveria ter sido apresentado pelo governador, e não por um deputado. O MP também alegou que, por ser o estado laico, a lei feria o princípio de neutralidade entre as religiões.

Por maioria, o Órgão Especial acompanhou o voto do relator, desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos. Para ele, “ao tornar obrigatória a inclusão de obra específica no acervo de bibliotecas particulares, culminou por disciplinar e restringir o funcionamento daqueles estabelecimentos, cuja matéria relaciona-se ao Direito Civil e, portanto, está reservada à competência da União”.

“Com efeito, a ingerência na seleção literária de estabelecimentos privados configura limitação ao direito de propriedade privada e interfere na liberdade econômica, por isso que o tema está inserto na órbita civil, a excluir a competência legislativa dos estados e municípios”, afirmou o relator. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.

Clique aqui para ler a decisão.IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Revista Consultor Jurídico, 6 de outubro de 2015, 18h28

DOCUMENTO PÚBLICO

Publicar representação administrativa na internet não gera dano moral6 de outubro de 2015, 19h05

A divulgação na internet de uma representação administrativa não gera indenização por dano moral devido ao caráter público do documento, assim entendeu a 1ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao negar o pedido de compensação feito por um servidor público. Consta nos autos que um dos envolvidos no caso publicou no Facebook uma manifestação que fez para a Ouvidoria-Geral do DF sobre briga que teria tido com o autor da ação.

A indenização foi concedida pela corte de primeiro grau. Segundo o juiz de primeira instância, as alegações divulgadas são graves, pois o réu teria ameaçado o autor da publicação, inclusive com o uso de um facão, bem como teria cometido assédio moral. Ele ressaltou, ainda, que o responsável pela divulgação do documento teria confirmado sua atitude, alegando que o fez para "que os outros servidores do Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal tomassem conhecimento da má conduta do denunciado e que esses fatos não são isolados".

Devido à concessão da reparação, o responsável pela publicação impetrou recurso junto à 1ª Turma Recursal, que reformou a decisão. Para a corte regional, "a jurisprudência majoritária não reconhece a existência de ato ilícito na mera comunicação à autoridade policial de fato passível de ser definido como crime e de quem seja o seu suposto autor".

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Segundo os julgadores, "o registro de ocorrência policial pelo servidor que se sentiu intimidado pela proximidade do facão e com quem o autor já tinha rusga não caracteriza injusto constrangimento ou ofensa a sua honra. O mesmo se diga da disponibilização da comunicação e do pedido de apuração à Corregedoria do órgão de lotação, porque se tratam de documentos públicos".

O colegiado acrescentou que "não condiz com os princípios e normas que disciplinam o exercício da função pública brandir ou manejar arma branca para outros servidores, porque teriam mudado o canal da televisão da repartição. Ainda que a intenção seja puramente figurativa ou 'mera brincadeira', tal comportamento afronta a norma vigente e merece justificável censura". Com informações da Assessoria de imprensa do TJ-DF.

Processo 2014.01.1.152139-7ACJ -

Revista Consultor Jurídico, 6 de outubro de 2015, 19h05

RECURSO PROTELATÓRIO

Paulo Henrique Amorim terá de indenizar Merval Pereira imediatamente6 de outubro de 2015, 20h04

Condenado a pagar 30 salários mínimos por ter ofendido o jornalista Merval Pereira, o blogueiro Paulo Henrique Amorim terá de cumprir a condenação imediatamente, antes mesmo da publicação do acórdão do julgamento de embargos de declaração sobre o caso. A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgou que o recurso movido pelo blogueiro e apresentador tem natureza protelatória e que havia a possibilidade     de a pena prescrever se o tribunal esperasse a publicação da decisão.

Amorim foi condenado à pena de um mês e dez dias de detenção, convertida em pena restritiva de direitos — pagamento de 30 salários mínimos —, por publicação feita em seu blog, em 2012, na qual chamou Merval Pereira de “jornalista bandido”. Ele recorreu ao STF, mas o recurso teve seguimento negado

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pelo relator, ministro Celso de Mello, uma vez que a análise do caso dependeria do exame de matéria fático-probatória, o que é vedado pela Súmula 279 do STF.

A defesa do blogueiro questionou a decisão do decano do STF por meio de embargos de declaração, recebidos como agravo regimental, ao qual foi negado provimento pela 2ª Turma do STF, em setembro deste ano. Os advogados, então, apresentaram embargos de declaração contra a decisão do colegiado e, nesta terça-feira (6/10), o relator votou pela rejeição do recurso, apontando que ele era procrastinatório.

Seguindo a jurisprudência do Supremo, o ministro Celso de Mello propôs a imediata devolução dos autos à origem (Tribunal de Justiça de São Paulo) e o pronto cumprimento da condenação penal imposta.

Episódio lamentávelAo julgar o caso no TJ-SP, o relator do caso, desembargador Richard Francisco Chequini, disse que a liberdade de expressão e informação não é absoluta. “Tratou-se, na verdade, de um episódio lamentável, onde foram utilizados dois subterfúgios para ofender a honra alheia: primeiro, valer-se da palavra de terceiras pessoas e, segundo, lançá-las em contexto visual absolutamente desconexo com a intenção de simplesmente transmitir uma notícia veiculada em outro órgão de imprensa”, escreveu o relator.

Esta não é a primeira vez que Paulo Henrique Amorim é condenado por ofensas a jornalistas. Uma das derrotas do blogueiro e apresentador se deu após ele dizer que Heraldo Pereira, da TV Globo, é “negro de alma branca” e “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”. Em outra ação, também levou a pior depois de afirmar que Ali Kamel, diretor de jornalismo e esporte da TV Globo, é racista.

No entanto, essa foi a primeira decisão penal transitada em julgado contra Paulo Henrique Amorim. Com isso, ele perdeu o status de réu primário, e será considerado reincidente em eventual nova condenação. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Revista Consultor Jurídico, 6 de outubro de 2015, 20h04

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O Brasil possui a maior carga tributária do mundo? Publicado por Natan Rocha Batista

Não. Ao contrário do que muitas vezes é difundido, o Brasil não é o país com a maior carga tributária do mundo. Cerca de 35% do PIB Brasileiro são pagos em tributos, um percentual alto, porém menor que de diversos países europeus tais como Dinamarca, Suécia, Noruega e outros que pagam mais de 40% do PIB em tributos. No entanto, há aspectos importantes a se considerar sobre o Sistema Tributário Nacional que não apenas prejudica a competitividade das empresas brasileiras face às estrangeiras, como também afeta diretamente a qualidade de vida do brasileiro.

Um dos aspectos a se analisar é quanto à complexidade do Sistema Tributário Nacional. Desde sua fabricação, até chegar às mãos do consumidor, incidem diversos tributos indiretos sobre um produto que circula em território nacional, que podem ser IPI, PIS, COFINS e ICMS, bem como outros, sem falar que os mesmos podem ter as mais variadas alíquotas dependendo do produto. Por isso, para se auferir o valor devido de tributos de uma empresa, exige-se muito da contabilidade desta, o que na prática significa que a complexidade da carga tributária brasileira termina por encarecer o trabalho contábil, um custo que será repassado para o consumidor.

Além de encarecer o produto para o consumidor, encarece o produto que será exportado e irá competir com produtos mais baratos no exterior, o que afeta diretamente a economia do país. Em empresas menores, onde o setor contábil não é bem estruturado, este tempo e dinheiro gasto com questões tributárias poderia estar sendo utilizado para produtividade da empresa.

Outro aspecto que afeta diretamente o povo brasileiro é a gestão dada a este dinheiro arrecadado. De acordo com pesquisa realizada pelo IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, dentre os 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil figura em último lugar no IRBES, Índice de Retorno De Bem Estar à Sociedade, o qual avalia retorno efetivo dado aos tributos arrecadados em um país.

Ainda, no Brasil, as classes mais abastadas pagam proporcionalmente menos tributos que as classes menos favorecidas. Esse fenômeno se dá devido a já citada enorme quantidade de tributos indiretos, o que impacta diretamente o preço final dos produtos destinados a consumo. Em tabela divulgada pelo IBPT verifica-se que em bens de consumo diário os tributos representam mais de 40% da composição do preço do produto.

Ainda que os tributos indiretos sejam iguais para todos, o que ocorre é que as classes mais altas têm a possibilidade de acumular mais patrimônio que as classes mais baixas, onde incidem tributos como IPTU, ITR e IPVA, cujas alíquotas variam entre 3% a 5% do valor do bem, ou seja, uma carga tributária menor que a presente em bens de consumo. A maior faixa de imposto de renda no Brasil possui alíquota de 27,5%, com a possibilidade de se pedir a restituição das despesas médicas, de educação e de previdência. Assim, quem destina a sua renda somente para bens de consumo, proporcionalmente irá pagar mais tributos que aquele que acumula patrimônio. De acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, os 10% mais pobres da população brasileira sofrem uma carga total equivalente a 32,8% da sua renda, enquanto os 10% mais ricos, de apenas 22,7% da renda.

A título de comparação, nos Estados Unidos, o imposto similar ao ICMS é cobrado somente uma única vez, do consumidor final, em alíquotas que variam de estado para estado, entre 4% a 8% do valor do produto. Dessa forma, evita-se o gasto com o complexo cálculo de créditos e débitos de impostos indiretos recorrentes em toda cadeia de produção do produto, como no

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Brasil, bem como torna o sistema mais equilibrado entre as classes mais baixas e as classes mais altas, que podem ter até 35% da sua renda tributada.

Percebe-se que por mais que não seja a maior carga tributária do mundo, a carga tributária brasileira é sem dúvida uma das mais injustas para o contribuinte, seja pelo retorno em serviços para população, seja pelo que representa em perda de produtividade e competitividade das empresas brasileiras.

Fontes:

Estudo índice IRBES: http://www.ibpt.com.br/img/uploads/novelty/estudo/2171/IRBES2015.pdf

DANOS MORAIS

Ofensas a Gilmar Mendes custam mais de R$ 500 mil à Carta Capital6 de outubro de 2015, 17h46

Chegou ao fim, ao menos por enquanto, o litígio entre o ministro Gilmar Mendes, a revista Carta Capital e os jornalistas Mino Carta e Leandro Fortes. No mês passado, as partes chegaram a um acordo para pagar  mais de R$ 500 mil ao ministro ofendido em uma série de reportagens da revista. Gilmar Mendes afirma que destinará o dinheiro ao financiamento de bolsas de estudos.

Representado pelos advogados Alexandre Fidalgo e Michael Gleidson Araujo Cunha, o ministro Gilmar Mendes entrou na Justiça para reclamar de cinco reportagens publicadas pela revista que depreciaram sua imagem. Ele foi apontado como contraventor e teve seu nome associado a delitos que não praticou.

Com base em documento falso, reportagens ofenderam Gilmar Mendes.

O ministro foi colocado como um dos beneficiários da já famosa “lista de Furnas”, um documento sabidamente falsificado que relacionava pessoas que teriam recebido valores em um esquema desonesto. A revista acusou o ministro de estar na lista quando seus autores já haviam sido condenados pela falsificação. O título de uma das notícias baseadas no documento inventado era: “Juiz? Não, réu”.

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Na decisão de primeiro grau, o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, reconheceu que a jurisprudência do STF entende que o direito à informação se sobrepõe a outros direitos constitucionais. Mas também lembrou que as reportagens devem se pautar por princípios éticos, como ser fiel à informação e dar oportunidade de os envolvidos se manifestarem.

Para Raposo Filho, esses princípios não foram observados em três ocasiões. Segundo o juiz, ao dizer que Gilmar Mendes é réu, o jornalista Leandro Fortes insinuou que ele está sendo processado pelos fatos narrados nas reportagens, o que não era verdade.

A sentença afirma que as reportagens deram à lista o caráter de prova irrefutável, sem ouvir os envolvidos. “O autor [Gilmar Mendes], na verdade, foi ‘acusado, julgado e condenado’ pelas matérias e viu sua imagem pública manchada pela pecha de beneficiário de uma suposta organização criminosa, sem que haja notícia até hoje de seu indiciamento ou denúncia criminal propriamente dita em seu desfavor, mostrando-se evidente a lesão de ordem moral como resultado da conduta imprópria dos réus", concluiu o juiz.

A editora responsável pela publicação e o diretor de redação foram condenados por um editorial publicado em 2012. De acordo com o juiz, a revista tomou o lugar do Judiciário e sentenciou o ministro como contraventor, sem sequer ouvi-lo. “Indiferente à necessidade de ponderar às várias fontes de informações disponíveis, alheio à recomendada oitiva da pessoa que acusa e desprovido até mesmo de algum espírito sarcástico ou irônico tão típico da atividade, o aturo da matéria tomou o lugar do poder competente e pôs, sem tergiversar, o autor [Gilmar Mendes] na posição de contraventor”, registra a sentença.

Ao analisar o caso, em recurso, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve o valor das indenizações e ainda condenou a revista e os jornalistas por mais duas notícias que, em primeira instância, não haviam sido motivo da condenação. De acordo com o TJ-DF, "publicações que não se limitam a noticiar fatos ocorridos e que, com críticas ofensivas, utiliza expressões injuriosas e difamatórias, com imputação desabonadora à imagem, honra e dignidade da pessoa, causam danos morais".

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Com o trânsito em julgado da condenação, as partes firmaram um acordo para o pagamento do valor devido, que, com correção monetária, chegou a R$ 507 mil — divididos em dez parcelas.

Clique aqui e aqui para ler as decisões. 

Revista Consultor Jurídico, 6 de outubro de 2015, 17h46

A Complexidade Tributária Brasileira e a Crise

Postado por LEANDRO GAMBETTA em 6 outubro 2015 às 16:43

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Por Leandro Gambetta

A Complexidade Tributária Brasileira e a Crise

Como é de conhecimento da maioria da população brasileira, vivemos em um dos países com uma das maiores complexidades tributárias, senão o maior. E, para lidar com toda esta complexidade, as empresas têm despendido grandes somas de capital para investimento em mão-de-obra especializada, bem como tecnologia e consultorias diversas, para poder atender com maior assertividade todas as obrigações fiscais decorrentes de toda esta complexidade.Os números gerados por tamanha complexidade são estarrecedores. Os brasileiros pagaram em impostos no ano de 2014 R$1,915 trilhões e para o ano de 2015 a previsão é que esta marca seja superada e atinja um total de R$ 2,066 trilhões[i]. A carga tributária média é de 41,37%, fazendo com que trabalhemos 151 dias no ano apenas para pagamento de impostos. Porém, quanto menor é a renda cidadão, maior é o impacto exercido pelos impostos. Um cidadão com uma renda de até dois salários mínimos, a carga tributária chega a 49%, fazendo com que trabalhe 192 dias no ano para pagamento dos impostos. Já, aquele que possui uma renda superior a trinta salários mínimos, a carga tributária média é de 42,19%, necessitando apenas de 154 dias ao ano para pagar suas obrigações perante o fisco. Ou seja, o sistema tributário brasileiro, é extremamente remissivo, atingindo com maior impacto, o cidadão de baixa renda, pois é voltado à tributação sobre o consumo, sendo que a tributação sobre a renda, se comparada com outros países, é considerada mediana e a tributação sobre a propriedade, muito baixa. Se comparado com os dias necessários para o pagamento de impostos em outros países, o Brasil fica atrás da Dinamarca (176 dias), França (171 dias), Suécia (163 dias), Itália (163 dias), Finlândia (161 dias), Áustria (158 dias) e Noruega (157 dias). Países onde o retorno dos impostos ao cidadão, através de serviços de saúde, segurança, educação e transportes é altíssimo e os índices de desenvolvimento humano são extremamente superiores aos índices brasileiros. Aliás, o Brasil encontra-se na décima posição dos países que menos dão retorno nestes serviços ao seu cidadão.Com a crise econômica, institucional e de confiança que vivemos no momento, o Governo propõe um ajuste fiscal, porém sem cortar gastos que seriam necessários, desta forma a medida encontrada para voltar a equilibrar as contas é um aumento de impostos (uma das propostas apresentadas pelo Governo é a volta da CPMF). Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), o impacto disso

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na vida do cidadão será três dias a mais de trabalho no ano para pagar impostos. A volta da CPMF implicará diretamente no aumento de preços e pressão inflacionária, uma vez que o custo gerado por mais este imposto será automaticamente repassado aos consumidores. E, como sempre, os cidadãos das classes mais baixas serão mais afetados.Vale ressaltar que a Legislação brasileira, infelizmente, permite facilmente a criação de novos impostos, ficando somente a cargo da vontade política e da pressão (ou falta dela) popular a aprovação ou não de um novo tributo. E, certamente, caso a CPMF seja aprovada, surgirão inúmeras ações de empresas e entidades, solicitando a suspensão de sua cobrança, como ocorreu no passado, gerando uma série de liminares. Tudo isso tem um custo alto para a sociedade, que já vem sofrendo com os descalabros dos últimos anos.Aliado à tudo isso, o Brasil sofre, como nenhuma outra nação do planeta, com os problemas gerados com a corrupção. Estima-se que no ano de 2014 o prejuízo nacional com a corrupção tenha atingido a marca de R$275 bilhões. Vale lembrar que o escândalo apontado pela Operação Lava Jato já é o maior da história da humanidade.Tudo isso, somado à complexidade da Legislação brasileira torna o Brasil um ambiente hostil a qualquer investimento. Pois, para acompanhar as constantes mudanças na Legislação e o infinito número de obrigações tributárias a serem cumpridas diariamente, as empresas tem que investir cada vez mais em pessoal especializado e tecnologia, além de estarem constantemente revendo seus processos. Para se uma ideia, desde a criação da atual Constituição, já foram editadas 5,2 milhões de normas, sendo que destas, 95% já sofreu alguma alteração. Além disso, TODOS os tributos já sofreram majoração.Em um aspecto, o Brasil é campeão: a tecnologia fiscal. Desde o ano de 1995, com a criação do Sintegra, o Fisco vem se modernizando e deixando de lado o que era feito in loco e de forma manual, com pilhas e mais pilhas de documentos e se informatizando, passando a fazer o acompanhamento fiscal à distância e on line. O projeto SPED, certamente é o maior projeto da história da humanidade em termos de inteligência fiscal. Desde a sua criação, as empresas que acompanharam todas as etapas e resolveram investir em inteligência fiscal, também tiveram que ter seus processos remanejados e adaptados à nova realidade. Sem mencionar, que no atual cenário, ficou muito mais difícil de dar o famoso “jeitinho brasileiro”, pois o Fisco está amarrando por todos os lados as operações. As empresas que não acompanharam este avanço, hoje sofrem um imenso passivo tributário além de terem ainda, um longo caminho a percorrer para conseguir atingir o estágio atual do Fisco. E, o reflexo do que é feito hoje, certamente será sentido daqui em média dezessete ou vinte anos (cinco anos para prescrição; três anos em média para recorrer administrativamente; oito à dez anos para ação judicial).Para ter uma ideia da “fome” de arrecadação do Fisco, no ano de 2014 a Receita Federal constituiu R$150,5 bilhões em créditos tributários (autos de infração), só perdendo para o ano de 2013, onde foram constituídos R$190,1 bilhões. Nos últimos quatro anos (2011 à 2014), a Receita Federal somou um montante de R$566 bilhões em autos, o que representa 55,2% a mais de créditos tributários somados nos quatro anos imediatamente anteriores (2007 à 2010). Até 31/12/2014, 95,8% das autuações efetuadas em 2010 foram mantidas após julgamento perante o CARF, ou seja, o resultado da auditoria está correto. Certamente, estes números já são reflexos do programa SPED.Agora, o mais novo alvo do Fisco é o planejamento tributário das empresas, que visam a redução do pagamento de tributos. Para isso, além do cerco já criado, o Governo lançou a MP 685/2015, que está em apreciação pelo Congresso Nacional, a qual institui nova declaração fiscal do tipo denúncia espontânea a ser entregue anualmente até o dia 30/09 do ano calendário seguinte, ao criar a obrigação de informar à administração tributária federal as operações e atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributo. Este ato, já vem sendo duramente criticado por grandes juristas e entidades empresariais, que alegam ser inconstitucional, por infringirem princípios como o da presunção de inocência e de não-incriminação, pois nesta medida o Planejamento Tributário é computado como crime, se não informado. Este tipo de medida, como sempre, é tomada sem um amplo debate com a sociedade e espera-se que seja rejeitado pelo Congresso.Diante disso, chegamos às seguintes conclusões:1º - O sistema tributário brasileiro não necessita de Reforma, pois já foi e vem sendo amplamente reformado ao longo dos anos. O sistema tributário brasileiro necessita de Simplificação;2º - O sistema tributário, depois de simplificado, deve ser voltado à tributação da Renda e não do Consumo, como é hoje. Desta forma, o consumo seria estimulado e poderiam ser desenvolvidos amplamente diversos setores econômicos;3º - O Governo tem que diminuir a máquina pública e cortar gastos, pois não é sustentável o nível de

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gastos do governo. Um país funciona como nosso lar, quando gastamos mais do que arrecadamos, temos que cortar gasto e equilibrar as contas;4º - Gerar poupança. Após o equilíbrio das contas, deve-se gerar poupança. O país necessita de lastro para enfrentar quaisquer crises e fatores externos;5º - Estimular a poupança do cidadão. A partir do momento que se cria estabilidade econômica, se deve incentivar que o cidadão crie poupança e gere riqueza, para que este dinheiro seja investido na própria sociedade, formando assim um ciclo de crescimento;6º - Gastar melhor o dinheiro do contribuinte. Este é o principal ponto, cortar o que é desnecessário, criar mecanismos de combate à corrupção e Leis mais duras para quem comete este tipo de delito, investir fortemente em infraestrutura;7º - Retornar melhores serviços ao cidadão, o que é essencial para que a sociedade se desenvolva, com melhores condições de vida, com bom ensino, saúde e segurança pública.Não há segredo, enquanto estas medidas não forem tomadas, o Brasil dificilmente se tornará um país desenvolvido e conseguiremos sair desta crise com facilidade.

ÁGUAS TURBULENTAS

Volkswagen enfrenta enxurrada de ações coletivas nos EUA7 de outubro de 2015, 6h46

Por   João Ozorio de Melo

Até agora, já foram movidas 175 ações coletivas, em 32 dos 50 estados americanos, contra a Volkswagen por fraude relativa a testes de emissões de poluentes dos veículos a diesel e por propaganda enganosa. Os processos são de autoria de proprietários de carros e de revendas da montadora, segundo o The National Law Journal.

A fraude se refere a um dispositivo que a Volkswagen teria instalado em seus veículos a diesel com o propósito de trapacear nos testes de emissão de gases poluentes. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA descobriu que esses carros, sem o dispositivo, emitem 40 vezes mais óxidos de nitrogênio que o padrão aprovado para o país. Com o dispositivo, os testes mostravam que o índice era menor que o limite permitido.

Os proprietários dos veículos a diesel da Volkswagen — e também de sua subsidiária Audi — afirmam nas ações que foram enganados pelas empresas, ao

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serem convencidos, no processo de compra, a pagar um “preço premium” por um veículo que oferecia a vantagem do “diesel limpo”. As revendas também alegam que foram enganadas e moveram ações, provavelmente para se proteger.

O dispositivo teria sido instalado, desde 2009, em cerca de 11 milhões de veículos vendidos em todo o mundo, 482 mil dos quais nos Estados Unidos. O “escândalo”, como é chamado nos EUA, só estourou no mês passado.

Além de todas essas ações civis já protocoladas na Justiça, o Departamento de Justiça dos EUA e a Agência de Proteção Ambiental abriram um processo de investigação contra a Volkswagen Group of America Inc. e sua subsidiária Audi A.G. O resultado da investigação é previsível, porque é o que sempre acontece no caso de grandes corporações: uma indenização bilionária a ser paga pela empresa, em um acordo para evitar uma ação judicial.

Complexidades das ações coletivasO primeiro passo para a Justiça tentar organizar esse volume de ações coletivas, movidas por consumidores e pelas revendas, deverá ser dado pelo Painel Judicial dos EUA para Contencioso Multidistrital. O Painel deverá decidir se congrega todas as ações em uma única ação coletiva, para ser decidida por um único juiz. Depois, o juiz decidirá se aceita a ação coletiva — e isso não é fácil de acontecer nos EUA.

Há mais complicações. Uma delas é que os demandantes reivindicam coisas diferentes. Alguns pedem apenas o reembolso do “preço premium” que pagaram pelo veículo; outros querem que o problema seja corrigido e que o veículo realmente ofereça a eficiência energética prometida. Se isso é difícil de acontecer, os demandantes querem o reembolso do preço pago pelo veículo. Há ainda quem pede a substituição do veículo por outro.

Outros demandantes, por sua vez, querem uma indenização milionária. No Condado de Harris, no Texas, por exemplo, onde 6 mil desses veículos da Volkswagen e da Audi foram vendidos, os proprietários desejam uma indenização de US$ 100 milhões, a título de penalidades civis. Tudo isso conspira contra a “configuração” de uma ação coletiva nos EUA.

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Outra complicação é definir a jurisdição de uma possível ação coletiva única. Isso está criando uma espécie de rede de intrigas entre as bancas que representam os demandantes, o que não é nenhuma novidade nesse tipo de ação coletiva.

Algumas bancas querem, por exemplo, que a jurisdição escolhida seja a de um distrito da Virgínia, onde está a sede da Volkswagen Group of America Inc. nos EUA. As principais testemunhas e provas estarão concentradas nesse distrito, segundo o advogado Warren Burns, sócio da banca Burns Charest de Dallas, no Texas.

Uma vantagem, dizem, é que esse distrito fica próximo de Washington, onde está a sede do Departamento de Justiça, que está investigando a “fraude” e, no final das contas, poderá coordenar todas as ações civis.

Algumas bancas querem que a jurisdição escolhida seja a de Nova Jersey. A advogada Diane Sammons disse ao jornal que esse estado seria o ideal, porque a Volkswagen foi constituída lá. Além disso, a fábrica mantém, em Nova Jersey, seu escritório regional, a frota de testes de veículos, o centro de distribuição de peças e o grupo de coordenação de produtos.

Porém, a jurisdição correta seria na Califórnia, dizem outras bancas. É lá que fica o Conselho de Recursos do Ar da Califórnia, que ajudou a Agência de Proteção Ambiental a desvendar o “escândalo”, com ajuda de dois laboratórios de pesquisa eletrônica, que ficam na área de São Francisco. Os dois laboratórios se envolveram, recentemente, em testes de combustíveis renováveis para os carros a diesel da Volkswagen. Em outras palavras, as principais fontes de informação estariam na Califórnia.

Enquanto isso, um advogado processou em um tribunal superior de Santa Bárbara os dois laboratórios, o Solazyme Inc., sediado em South San Francisco, e o Amyris Inc., em Emeryville. Ele alega que os laboratórios sabiam que a Volkswagen estava manipulando os resultados dos testes de emissão por meio de seu dispositivo e não fizeram nada para contê-la.

João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

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Revista Consultor Jurídico, 7 de outubro de 2015, 6h46

PEDALADAS FISCAIS

TCU recomenda que Congresso rejeite contas de 2014 do governo Dilma7 de outubro de 2015, 20h38

O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou nesta quarta-feira (7/10), por unanimidade, a rejeição das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff. Os ministros acompanharam o voto do relator do processo, ministro Augusto Nardes, em sessão extraordinária realizada no Plenário do TCU. Com isso, o tribunal apresenta sua recomendação ao Congresso Nacional, que deverá aprovar ou não as contas do governo.

A análise do TCU ocorreu sobre duas questões. Uma delas foi o atraso no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo, o que configuraria operação de crédito.

O outro ponto, questionado pelo Ministério Público, tratou de cinco decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidente Dilma Rousseff, sem autorização do Congresso Nacional.

No voto, Augusto Nardes destacou que houve “afronta de princípios objetivos de comportamentos preconizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, caracterizando um cenário de desgovernança fiscal”. Ele também afirmou que o governo criou “uma irreal condição”, que permitiu um gasto adicional de forma indevida.

“O não registro dos pagamentos das subvenções, o não registro de dívidas contraídas e a omissão das respectivas despesas primárias no cálculo do resultado fiscal criaram a irreal condição para que se editasse o decreto de contingenciamento em montante inferior ao necessário para o cumprimento das

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metas fiscais do exercício de 2014, permitindo, desse modo, a execução indevida de outras despesas”, concluiu Nardes.

Contas aprovadasTambém nesta quarta-feira (7/10), a Comissão Mista de Orçamento (CMO), do Senado, aprovou três prestações de contas presidenciais. Os parlamentares aprovaram, com ressalvas, as contas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referentes aos anos de 2009 e 2010, e da presidente Dilma Rousseff, de 2012.

O trâmite para a análise das contas presidenciais tem início após a chegada do parecer do TCU à comissão, na qual o relator designado tem até 40 dias para entregar o parecer. A partir daí, os congressistas têm 15 dias para apresentar emendas, e o relator, mais 15 para elaborar o texto final de um projeto de decreto legislativo (PDC).

Segundo a presidente da Comissão de Orçamento, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), as contas devem ser analisadas e votadas em uma sessão conjunta de deputados e senadores. “Este é o entendimento do senador Renan Calheiros [presidente do Senado e da Mesa do Congresso] e é assim que ele vai proceder a partir de agora”, disse a senadora.

Caso isso ocorra, serão as primeiras contas presidenciais analisadas em sessão conjunta após a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso, que acolheu pedido encaminhado pela senadora. Antes as contas passavam por votações separadas na Câmara dos Deputados e no Senado.

Com a aprovação dessas contas, ainda falta a Comissão de Orçamento analisar as de 1990 e 1991, do ex-presidente Fernando Collor, e as de 2011, 2013 e 2014, da presidenta Dilma Rousseff. Com informações da Agência Brasil.

*Texto alterado às 20h55 do dia 7/10/2015 para atualização.

Revista Consultor Jurídico, 7 de outubro de 2015, 20h38

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ECF - Balanço Final: 1.189.626 entreguesConfirmando as estimativas da Receita Federal, até as 23h59min do dia 30 de setembro de 2015 foram entregues 1.189.626 Escriturações Contábil Fiscal (ECF), relativas ao ano-calendário de 2014 e às situações especiais de janeiro a agosto de 2015, pelos contribuintes pessoas jurídicas não optantes do Simples Nacional.

O prazo de entrega encerrou ontem (30/9), às 23h59min59s.

O número representa a 99,1% da estimativa inicial da Receita Federal do Brasil, que era de 1.200.000 escriturações.

A ECF é uma medida de simplificação tributária. Consolida o processo de eliminação da Declaração de Informações Econômico - Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e permite às empresas enviar as informações contábeis e ajustadas para fins fiscais de maneira eletrônica, eliminando erros que ocorriam com o preenchimento da DIPJ, que foi eliminada este ano.

As empresas que perderam o prazo poderão entregar as ECFs a partir das 8h de amanhã (02/10) e estarão sujeitos às multas legalmente previstas, a depender do enquadramento da empresa.

A não apresentação da ECF no prazo estabelecido na Instrução Normativa nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas:

- No art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, para os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Jurídica pela sistemática do Lucro Real.

- No art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, para os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Jurídica por qualquer sistemática que não o lucro real.

Tais penalidades pecuniárias para atraso, inexatidões e omissões podem atingir o valor de R$ 5 milhões, em algumas hipóteses legais.

Petrobras: “Mais rigor na contratação de nossos fornecedores”

7 de outubro de 2015

Durante o ato de devolução de recursos resgatados pelo Ministério Público Federal, nesta sexta-feira (31), anunciamos medidas que tornam mais rigoroso o processo de gestão de fornecedores. As empresas deverão prestar informações detalhadas sobre estrutura, finanças e mecanismos de compliance (conformidade) e combate à fraude e à corrupção, entre outros itens, sendo avaliadas pelo processo conhecido como Due Diligence de Integridade.

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O objetivo é aumentar a segurança nas contratações de bens e serviços e mitigar riscos em relação às práticas de fraude e corrupção. Estamos implementando ações para que apenas os fornecedores que comprovarem adotar medidas de conformidade e integridade sejam mantidos em nosso cadastro e possam participar de processos licitatórios.

Hoje, foram devolvidos R$ 139 milhões, sendo R$ 69 milhões referentes a desvios do ex-empregado Pedro Barusco e R$ 70 milhões desviados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. Esse foi o segundo montante de valores devolvidos. Em maio, o Ministério Público Federal já havia feito a devolução de R$ 157 milhões repatriados pela Operação Lava Jato.

A revisão da situação dos fornecedores tem início com as empresas bloqueadas cautelarmente em função das evidências levantadas pelas investigações da Operação Lava Jato. Paralelamente, são avaliadas aquelas em processo de renovação ou em fase de inclusão no cadastro corporativo.

Além de atestar a veracidade das informações prestadas, as empresas que se mantiverem em nosso banco de fornecedores nos darão a prerrogativa de realizar auditorias em seus padrões de integridade e de combate à fraude e à corrupção.

Decisões colegiadas

Também temos realizado um conjunto de iniciativas para aumentar nosso controle interno. Um dos princípios norteadores destas mudanças é a limitação de decisões individuais em todos os níveis da companhia, promovendo decisões colegiadas.

Outra medida é a criação de dois novos comitês (Estratégico e Financeiro), em adição aos três que já existiam (Auditoria; Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e Remuneração e Sucessão), para assessorar o Conselho de Administração na apreciação de pautas, aprofundando a análise de todos os temas que lhe são submetidos.

Todos os projetos elaborados e aprovados dentro da companhia agora também têm de ser submetidos à avaliação de uma matriz que leva em conta os possíveis riscos, inclusive do ponto de vista de controle e transparência.

Denúncias e investigações

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Para estimular denúncias de indícios de irregularidades, iniciamos processo de contratação de uma empresa independente especializada no serviço de recebimento, coleta e escuta de denúncias. O canal estará disponível 24 horas por dia, em diversos idiomas, e também será aberto para público externo, recebendo também denúncias anônimas. Esse formato já é adotado pelas maiores empresas de petróleo com boas práticas de governança.

Outra reformulação diz respeito ao funcionamento das Comissões Internas de Apuração, criadas sempre que é necessário averiguar indícios de irregularidades praticados por empregados. Agora, todas que apuram possíveis casos de fraude e corrupção são compostas por representantes das áreas de Segurança Empresarial, Auditoria, Jurídico e Conformidade. Sempre que apontam possíveis crimes, os relatórios das comissões são enviados ao Ministério Público e aos órgãos policiais.

Outra medida é que a Auditoria Interna agora participa de todas as reuniões da nossa Diretoria Executiva, o que contribui na elaboração dos planos de auditoria desde o início da aprovação dos projetos.

Punição a empregados

A fim de aumentar o rigor das sanções a empregados envolvidos em casos de desrespeito às nossas normas Petrobras foi criado o Comitê de Correição, vinculado à Diretoria de Governança, Risco e Conformidade.

O papel desse colegiado é assegurar que as punições aplicadas contra os empregados dentro da companhia sejam adequadas à gravidade das irregularidades. Além disso, o comitê tem a prerrogativa de punir gestores que deixem de apurar ou punir seus subordinados.

Fonte: Petrobras

Carf

Escritórios de advocacia são alvo da operação Zelotes

PF deflagrou na manhã desta quinta-feira, 8, a 3ª etapa da operação.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

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Na manhã desta quinta-feira, 8, a PF deflagrou a 3ª etapa da Operação Zelotes, que investiga possíveis fraudes nos julgamentos do Carf. Sete mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos, cinco em Brasília e dois no RJ. Na capital Federal, a PF já passou por dois escritórios de advocacia.

Segundo a PF, os mandados desta quinta aprofundam investigações a partir de documentos apreendidos em março, na primeira etapa. Esses documentos teriam indícios de participação de um novo conselheiro do Carf no esquema e de escritórios de advocacia ligados a ele.

Em nota, a PF afirmou que “durante os quase sete meses de investigação em andamento na Superintendência da Polícia Federal no DF, visando apurar a prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, ocorrida em decorrência de negociações escusas realizadas em processo administrativos de interesse CARF, ficou comprovado que Conselheiros e funcionários do desse órgão defendiam interesses privados, em detrimento da União, e ainda, valendo-se de informações privilegiadas, realizavam captação de clientes através de escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia, que ofereciam serviços e facilidades em julgamentos dentro do CARF.”

Esquema

A operação Zelotes foi deflagrada no dia 26 de março deste ano, quando 180 policiais federais cumpriram 41 mandados de busca e apreensão nos Estados de SP, CE e no DF.

De acordo com a PF, as investigações, iniciadas em 2013, apontaram que a organização atuava no interior do órgão patrocinando interesses privados, com o objetivo de conseguir a anulação ou diminuir os valores dos autos de infrações da RF.

Apurou-se que servidores repassavam informações privilegiadas obtidas dentro do conselho para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia para que se realizasse captação de clientes e se intermediasse a contratação de "facilidades" dentro do Carf.

Redução de alunos beneficiados pelo FIES em 2015 preocupa entidade Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:09 hs.

09/10/2015 - Semesp apresentou na Câmara o Mapa do Ensino Superior no Brasil, uma pesquisa sobre a educação pública e privada no país

O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), entidade que representa as universidades particulares do estado de São Paulo, apresentou em audiência pública da Comissão de Educação o Mapa do Ensino Superior no Brasil, uma pesquisa nacional que engloba dados relativos à educação pública e privada.

Uma das conclusões do estudo, a queda do número de alunos beneficiados pelo Financiamento do IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Ensino Superior (Fies) em 2015, preocupou a entidade.Segundo a pesquisa, de 2010 até junho de 2015, o número de beneficiados pelo programa somou 2,1 milhões de alunos, mas a taxa anual de novos contratos deve cair pela metade este ano, depois das mudanças feitas pelo Ministério da Educação no final de 2014.

De acordo com a entidade, a redução de beneficiados pode comprometer uma das principais metas do Plano Nacional de Educação (PNE), a de manter 33% dos jovens de 18 a 24 anos nas universidades até 2020. Hoje, essa taxa é de 16,8%.

“O número de contratos de financiamento deu um salto de 2010 a 2015, mas caiu pela metade este ano, o que pode atrasar em cinco anos o cumprimento da meta do PNE”, disse Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp e coordenador do estudo.

O deputado Moses Rodrigues (PPS-CE) considerou a expectativa apresentada otimista. “Acho que o impacto é muito maior. O número de alunos matriculados no ensino superior não chegará a 20% em 2020 com a redução da oferta de financiamento”, disse o deputado.

Capelato admitiu que a estimativa dele é baseada em uma retomada do ritmo anterior de benefícios.

O presidente da comissão, deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), também se disse preocupado com a redução da oferta de financiamento. “Tenho medo de o Fies ser zerado ou muito diminuído no ano que vem”, disse.

O deputado Giuseppe Vecci (PSDB-GO) pediu uma alternativa de financiamento aos alunos. Capelato apresentou duas sugestões. “Não seria o caso de destinar os recursos do FGTS para financiar a educação?”, perguntou. Ele também propôs uma espécie de Lei Rouanet, pela qual as próprias instituições de ensino poderiam emprestar dinheiro aos alunos em troca de benefícios fiscais. “Essa sugestão é baseada em uma pesquisa que mostra que os jovens de classe C não acreditam mais no Fies, tem medo dos bancos e preferem bolsa de estudos ou um financiamento das próprias instituições de ensino”, disse Capelato.

MudançasO Fies é um programa do governo federal, criado em 1999, que empresta dinheiro para alunos de instituições privadas de ensino superior. Em 2010, no final do governo Lula, houve uma alteração no programa para incluir mais pessoas, com juros abaixo da inflação. As taxas de juros caíram de 6,5% para 3,4% ao ano. Pesquisas indicaram que o acesso ao crédito estava causando distorções no ensino superior.

Uma pesquisa da CM Consultoria concluiu que uma das consequências do maior acesso ao financiamento foi o aumento dos valores das mensalidades das instituições privadas de ensino superior, que também serviu como um incentivo para que alunos, até então bolsistas, aderissem ao programa.

Os gastos do Fies aumentaram de R$ 1,1 bilhão em 2010, para R$ 13,7 bilhões em 2014, o que fez com que o Ministério da Educação (MEC) restringisse o acesso ao programa no final do ano passado.

Em dezembro, o aluno passou a ser obrigado a fazer pelo menos 450 pontos no Enem para ter direito ao financiamento. Além disso, diminuiu de 12 para oito o número de pagamentos do governo às universidades ao longo do ano.

Para se inscrever o beneficiário tem que ter renda mensal bruta de, no máximo, 20 salários mínimos e não pode estar inadimplente com o Programa de Crédito Educativo. Em troca da mensalidade, o aluno contemplado paga R$ 50 a cada três meses, taxa que continua a ser paga por um período de 18 meses após a conclusão do curso. Depois disso, começa o período de amortização da dívida, que

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é de 13 anos nos casos em que o curso durou quatro anos.

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Reportagem - Antonio VitalEdição - Luciana Cesar

Fonte: 2.camara.leg.br/camaranoticias

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