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Anexo 01 LISTAGEM DOS ANEXOS Conferência dos documentos: Anexo 02 – Formulário de CheckList/Índice Apresentação do projeto: Anexo 03 – Capa Anexo 04 – Formulário de Apresentação Anexo 05 – Declaração de Localização da Sede Anexo 06 – Declaração de Residência Anexo 07 –Termo de Ciência e Compromisso Anexo 08 – Modelo de Abaixo-Assinado Financiamento: Anexo 09 – Caminhos para Obtenção das Certidões Anexo 10 – Plano de Aplicação Logomarcas: Anexo 11 – Fundo Municipal de Cultura – Farroupilha Cultural e Prefeitura Municipal de Farroupilha Prestação de contas: Anexo 12 – Requerimento de Pessoa Jurídica Anexo 13 – Requerimento de Pessoa Física

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Anexo 01

LISTAGEM DOS ANEXOS

Conferência dos documentos:

Anexo 02 – Formulário de CheckList/Índice

Apresentação do projeto:

Anexo 03 – Capa

Anexo 04 – Formulário de Apresentação

Anexo 05 – Declaração de Localização da Sede

Anexo 06 – Declaração de Residência

Anexo 07 –Termo de Ciência e Compromisso

Anexo 08 – Modelo de Abaixo-Assinado

Financiamento:

Anexo 09 – Caminhos para Obtenção das Certidões

Anexo 10 – Plano de Aplicação

Logomarcas:

Anexo 11 – Fundo Municipal de Cultura – Farroupilha Cultural e Prefeitura Municipal de

Farroupilha

Prestação de contas:

Anexo 12 – Requerimento de Pessoa Jurídica

Anexo 13 – Requerimento de Pessoa Física

Anexo 14 – Demonstrativo Financeiro de Receitas e Despesas

Legislação:

Anexo 15 – Lei Municipal nº 3.955/2013

Anexo 16 – Decreto Municipal nº 5.831/2015

ANEXO 02

FORMULÁRIO DE CHECK LIST/ÍNDICE(a) O Check List/Índice é para a conferência do proponente; b) não será a página 01 do projeto;

c) deverá ser mantido avulso do projeto, ou seja, não poderá estar no corpo do mesmo,

portanto, não estará no maço encadernado; d) deverá ser preenchido a mão)

PROPONENTE:_______________________________________________________________

PESSOA: ( ) JURÍDICA ( ) FÍSICA

TÍTULO DO PROJETO:_________________________________________________________

CATEGORIA(S)CULTURAL(IS):_________________________________________________

OBSERVAÇÕES GERAIS:

- Não esquecer de verificar a ordem obrigatória dos documentos.- As informações presentes nos formulários e que estão entre parênteses, em vermelho e em itálico são meramente informativas ou exemplificativas devendo ser excluídas durante o preenchimento.- Antes da formalização da inscrição, certificar-se que todos os campos dos formulários estejam preenchidos e que todos os documentos estejam inseridos, pois a falta de quaisquer destes documentos poderá acarretar na inabilitação ou em prejuízo avaliativo do projeto.

Confira pela ordem abaixo:

01º ETAPA – APRESENTAÇÃO DO PROJETO(a) todos os proponentes preencherão a primeira etapa; b) só deverão ser preenchidos os

espaços necessários a cada proponente)

01. FORMULÁRIO DE CHECK LIST/ÍNDICE( ) sim página______até a página______

02. CAPA( ) sim página______até a página______

03. FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO( ) sim página______até a página______

A. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE: 01. Dados diversos ( ) sim página______até a página______

B. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:01. Título ( ) sim página______até a página______

02. Categoria(s) cultural(is) ( ) sim página______até a página______

C. DETALHAMENTO DO PROJETO: 01. Descrição do projeto ( ) sim página______até a página______

02. Objetivos (gerais e específicos) ( ) sim página______até a página______

03. Metas ( ) sim página______até a página______

04. Justificativa ( ) sim página______até a página______

05. Estimativa de público alvo ( ) sim página______até a página______

06. Prazo de execução ( ) sim página______até a página______

07. Metodologia / Cronograma ( ) sim página______até a página______

08. Planilha de Previsão de Custos ( ) sim página______até a página______

09. Fontes de financiamento ( ) sim página______até a página______

10. Relação dos principais participantes e fornecedores

( ) sim página______até a página______

11. Plano de Divulgação / Distribuição ( ) sim página______até a página______

12. Retorno de interesse público / Contrapartida

( ) sim página______até a página______

13. Outras informações ( ) sim página______até a página______

04. DOCUMENTOS DO PROPONENTE( ) sim página______até a página______

A. PESSOA JURÍDICA01. Cópia dos documentos pessoais do representante legal (RG e CPF);

( ) sim página______até a página______

02. Cópia do Cartão CNPJ;

( ) sim página______até a página______

03. Cópia do Estatuto da Entidade ou Contrato Social da Empresa;

( ) sim página______até a página______

04. Cópia da ata da última eleição, para entidades sem fins lucrativos;

( ) sim página______até a página______

05. Comprovação de sede, no município de Farroupilha/RS, há no mínimo 01 (um) ano, ou de

promoção/realização de atividades culturais, no município de Farroupilha/RS, há no mínimo 02

(dois) anos.

( ) sim página______até a página______

B. PESSOA FÍSICA01. Cópia dos documentos do responsável pelo projeto (RG e CPF);

( ) sim página______até a página______

02. Comprovação de residência, no município de Farroupilha/RS, há no mínimo 01 (um) ano,

ou de promoção/realização de atividades culturais, no município de Farroupilha/RS, há no

mínimo 02 (dois) anos.

( ) sim página______até a página______

C. DECLARAÇÃO ( ) sim página______até a página______

01. Declaração de residência (pessoa física)

( ) sim página______até a página______

02. Declaração de localização da sede (pessoa jurídica)

( ) sim página______até a página______

05. CURRÍCULOS( ) sim página______até a página______

01. Currículo do proponente

( ) sim página______até a página______

02. Currículos dos principais participantes do projeto

( ) sim página______até a página______

06. ORÇAMENTOS( ) sim página______até a página______

07. TERMO DE CIÊNCIA E COMPROMISSO( ) sim página______até a página______

08. ANEXOS DIVERSOS( ) sim página______até a página______

OBSERVAÇÃO GERAL:- Sempre que o projeto envolver direitos autorais, o proponente deverá apresentar Termo de Cessão de Direitos Autorais e/ou Carta de Anuência, devidamente assinada pelo autor ou pelo detentor dos direitos.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

01. PARTE FÍSICAA. QUANTIDADE01. 01 (uma) via

( ) sim página______até a página______

B. QUALIDADE01. Formulário de Check List/Índice

- Documento claro, legível e sem rasuras ( ) sim

- Formulário preenchido a mão ( ) sim

- Maço avulso ( ) sim

- Maço paginado ( ) sim página______até a página______

- Maço rubricado ( ) sim

02. Corpo do projeto

- Documentos claros, legíveis e sem rasuras ( ) sim

- Formulários digitados ( ) sim

- Maço encadernado ( ) sim

- Maço paginado ( ) sim página______até a página______

- Maço rubricado ( ) sim

02. PARTE VIRTUAL- 02 (dois) CDs ou DVDs ( ) sim

02º ETAPA – FINANCIAMENTO(a) apenas os proponentes que tiverem os seus projetos selecionados e aprovados deverão

preencher a segunda etapa; b) só deverão ser preenchidos os espaços necessários a cada

proponente)

01. DOCUMENTOS PARA FORMALIZAÇÃO DA CONCESSÃO DO FINANCIAMENTOA. PESSOA JURÍDICA01. Certidão negativa de tributos municipais;

( ) sim página______até a página______

02. Certidão negativa de tributos estaduais;

( ) sim página______até a página______

03. Certidão negativa de tributos federais;

( ) sim página______até a página______

04. Certidão negativa do INSS;

( ) sim página______até a página______

05. Certidão negativa do FGTS;

( ) sim página______até a página______

06. Alvará;

( ) sim página______até a página______

07. Plano de Aplicação com assinatura;

( ) sim página______até a página______

08. Cópia do extrato zerado de uma conta bancária específica para a movimentação dos

recursos do projeto.

( ) sim página______até a página______

B. PESSOA FÍSICA01. Certidão negativa de tributos municipais;

( ) sim página______até a página______

02. Certidão negativa de tributos estaduais;

( ) sim página______até a página______

03. Certidão negativa de tributos federais;

( ) sim página______até a página______

04. Se for autônomo, certidão negativa do INSS;

( ) sim página______até a página______

05. Plano de Aplicação com assinatura;

( ) sim página______até a página______

06. Cópia do extrato zerado de uma conta bancária específica para a movimentação dos

recursos do projeto.

( ) sim página______até a página______

02. MINUTA DO CONVÊNIO(A Minuta do Convênio será fornecida pela Coordenadoria Municipal de Cultura)

( ) sim página______até a página______

03º ETAPA – PRESTAÇÃO DE CONTAS

(a) apenas os proponentes que tiverem os seus projetos selecionados e aprovados deverão

preencher a terceira etapa; b) só deverão ser preenchidos os espaços necessários a cada

proponente)

01. REQUERIMENTO ( ) sim página______até a página______

02. RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO( ) sim página______até a página______

03. DEMONSTRATIVO FINANCEIRO DE RECEITAS E DESPESAS( ) sim página______até a página______

04. ORIGINAL E CÓPIA DOS DOCUMENTOS DE COMPROVAÇÃO DE DESPESAS( ) sim página______até a página______

05. ORIGINAL E CÓPIA DOS EXTRATOS MENSAIS DA CONTA BANCÁRIA( ) sim página______até a página______

06. MATERIAL DE DIVULGAÇÃO E REGISTRO( ) sim página______até a página______

07. OUTROS DOCUMENTOS( ) sim página______até a página______

ANEXO 03

CAPA(a) parte da frente do projeto; b) página 01 do corpo do projeto; c) deverá ser digitada)

PROPONENTE:_______________________________________________________________

PESSOA: ( ) JURÍDICA ( ) FÍSICA

TÍTULO DO PROJETO:_________________________________________________________

CATEGORIA(S) CULTURAL(IS):_________________________________________________

ANEXO 04

FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO(a) o projeto deve conter todas as informações necessárias a sua compreensão para que

possa ser avaliado; b) deverá ser digitado)

A. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE(Preencher somente as informações do enquadramento jurídico correspondente)

01. Pessoa Jurídica

Razão Social:__________________________________________________________________

Nome fantasia:_________________________________________________________________

Endereço da sede:______________________________________________________________

Nº:_________ Compl.:______________Bairro:________________________________________

Município:_____________________________________________________________________

Unidade da Federação:______________ CEP:________________________________________

Telefone Fixo:__________________________________________________________________

Telefone Móvel (Celular):_________________________________________________________

CNPJ:________________________________________________________________________

Nome do Responsável:__________________________________________________________

Cargo:________________________________________________________________________

Endereço:_____________________________________________________________________

Nº:_________ Compl.:______________Bairro:________________________________________

Município:_____________________________________________________________________

Unidade da Federação:______________ CEP:________________________________________

Telefone Fixo:__________________________________________________________________

Telefone Móvel (Celular):_________________________________________________________

E-mail:________________________________________________________________________

CPF:________________________________ RG:______________________________________

Órgão Exp.:___________________________________________________________________

02.Pessoa Física

Nome:________________________________________________________________________

Endereço:_____________________________________________________________________

Nº:_________ Compl.:______________Bairro:________________________________________

Município:_____________________________________________________________________

Unidade da Federação:______________ CEP:________________________________________

Telefone Fixo:__________________________________________________________________

Telefone Móvel (Celular):_________________________________________________________

E-mail:________________________________________________________________________

CPF:______________________________ RG:________________________________________

Órgão Exp.:____________________________________________________________________

B. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

01. Título: (preenchimento obrigatório)______________________________________________________________________

(Este é o nome que será usado como identidade do projeto, inclusive o que deve aparecer na

campanha publicitária na execução do mesmo)

Exemplo:

Teatro Mágico

Maratona de Música

02. Categoria(s) cultural(is): (preenchimento obrigatório)(a) assinalar a(s) categoria(s) cultural(is) de enquadramento do projeto; b) o projeto poderá ser

enquadrado em quantas categorias culturais se julgar necessário)

( ) Artes Visuais

( ) Artes Cênicas

( ) Audiovisual

( ) Tradição / Folclore

( ) Literatura e Humanidades

( ) Música

( ) Patrimônio Cultural

C. DETALHAMENTO DO PROJETO

01. Descrição do projeto: (preenchimento obrigatório)(a) descrever de forma clara o projeto a realizar; b) apresentar um resumo em torno de 10 (dez)

linhas; c) procurar ser sucinto e condensar as informações imprescindíveis sobre o projeto; d)

responder objetivamente: o que? como? onde? quando? qual o público alvo?)

Exemplo:

O projeto Teatro Mágico irá proporcionar aulas de teatro para estudantes do Bairro São José. O

Teatro Mágico há mais de uma década vem sendo desenvolvendo pela empresa X e corresponde

a atividades relacionadas à aprendizagem das artes cênicas no contra turno escolar. As aulas são

realizadas nos salões comunitários por meio de professores com experiência...

02. Objetivos: (preenchimento obrigatório)(a) os objetivos são os propósitos que se pretende atingir com o projeto; b) definem a direção que

o trabalho tomará; c) os objetivos balizam a realização do projeto durante todo o seu período de

organização, execução e finalização; d) indica os benefícios de ordem geral que as ações do

projeto deverão propiciar aos seus participantes; e) são neles que o projeto caminha, se

desenvolve e mostra resultados; f) os objetivos devem ser expressos de forma sintética e clara,

indicando o que pretende fazer para o desenvolvimento da cultura na cidade)

- Geral:(É o objeto do projeto, ou seja, a sua essência, o que se pretende desenvolver)

Exemplo: Proporcionar as crianças...

- Específicos:(a) apontam os resultados esperados com a sua realização, resultados verificáveis; b) usar verbos

no infinitivo, tais como: estimular, promover, proporcionar, enfatizar, provocar, desenvolver, incitar,

dentre todos os outros possíveis)

Exemplo: Promover o acesso à exposição para XX comunidades do interior do município.

1-_____________________________________________________________________________

2-_____________________________________________________________________________

3-_____________________________________________________________________________

4-_____________________________________________________________________________

03. Metas: (preenchimento facultativo)(a) aqui devem ser registrados os dados quantificáveis/mensuráveis; b) o que o projeto vai

desenvolver, mobilizar, produzir, envolver; c) podem ser usados para a quantificação, as ações

que serão desenvolvidas, o que será produzido, que público irá mobilizar, dentre outros índices)

Exemplo:

Atividade: gravação de CD/DVD / Unidade de medida: exemplar /Quantidade: 1.000 (mil);

Atividade: divulgação / Unidade de medida: cartaz / Quantidade: 100 (cem)

Atividade: publicação de livros / Unidade de medida: exemplares / Quantidade: 1.000 (mil)

Atividade: show / Unidade de medida: quantos / Quantidade: público

Atividade Unidade de Medida Quantidade

04. Justificativa: (preenchimento obrigatório)(a) justificar em que parâmetros a proposta apresentada é importante para o município e que

resultados concretos trará para a sociedade: desenvolvimento cultural, importância sociocultural,

ações inéditas, ou de transformação, importância para os participantes, etc.; b) a justificativa deve

ser clara, evitar divagações e citar questões como “onde, por que, quem realiza o projeto”; c)

mostre a necessidade dessa proposta sob os critérios de mérito, de abrangência, de

sistematização para o desenvolvimento cultural local)

Exemplo:

A edição de um livro sobre o município de Farroupilha é um acontecimento de grande valor, pois

nos livros é que registramos tudo aquilo que é profundamente humano de nossos cidadãos:

fatos, visões, valores, memórias, emoções, aventuras e, por que não dizer, sonhos. Uma obra

literária é um patrimônio não só para a atual, mas também, para as próximas gerações.

Este projeto contribuirá para o desenvolvimento da cultura de Farroupilha/RS, pois não há

nenhuma publicação até hoje que tenha focalizado integralmente a historia municipal...

05. Estimativa de público alvo: (preenchimento obrigatório)(Camada da população/quantidade estimada que será atingida)

Exemplo:1000 estudantes da rede pública municipal

06. Prazo de execução: (preenchimento obrigatório)(a) colocar o tempo necessário para a execução do projeto; b) prazo máximo de 12 (doze)

meses)

Exemplo: 05 meses

07. Metodologia / Cronograma: (preenchimento obrigatório)(a) este item trata de planejar o modo de desenvolvimento do projeto; b) é de suma importância

que se explique as etapas e as ações necessárias para a realização do projeto; c) é preciso

demonstrar dentro de um período relativo, e compatibilizado com a Planilha de Previsão de

Custos, todo o desenvolvimento do projeto; d) apresentar um planejamento das ações, descritas

em etapas e listadas em ordem cronológica)

Exemplo:

Etapa / Ação / Descrição / Duração / Custo

1º / Revisão de literatura / Promover a releitura de todas as obras / Fevereiro / Custo: R$500,00

2º / Coletar dados / Recolher relatos, buscar estatísticas, etc. / Março / Custo: R$600,00

Etapas Ação Descrição Duração Custo

Total

08. Planilha de Previsão de Custos: (preenchimento obrigatório)(a) neste quadro deverão ser detalhados todos os custos do projeto, em reais; b) cada item

poderá vir acompanhado de orçamentos fornecidos por pessoa física ou pessoa jurídica)

- Na coluna Descrição, detalhar os itens necessários à realização do projeto (ex.: figurinos,

cartazes, programas, serviço de sonorização, etc.).

- Na coluna Pessoa Jurídica ou Física, identificar com J ou F o fornecedor.

- Na coluna Unidade de Medida, especificar qual a unidade que será utilizada em relação ao item

da coluna anterior (Descrição) (ex.: peças, exemplares, dias, cachês, etc.).

- Na coluna Quantidade, deverá ser quantificado o especificado na coluna Descrição,

considerando a unidade de medida adotada.

- Na coluna seguinte colocar o Custo Unitário.- Na coluna Custo Total colocar o resultado da multiplicação entre custo unitário e quantidade.

OBSERVAÇÕES:a) Quando houver contratação de serviços de terceiros deverão estar previstos no custo o

recolhimento das contribuições sociais e tributos (INSS, ISS e Imposto de Renda, quando

houver);

b) Não será aceita a apresentação de itens genéricos, como por exemplo, despesas diversas,

verba extra, reserva de contingência, taxa de produção, gastos com gráficas, gastos operacionais,

entre outros;

c) Não serão aceitas despesas com tarifas de cheques devolvidos e nem com extratos bancários,

uma vez que o correntista tem direito a um extrato mensal gratuito;

d) Não serão aceitas despesas com bens de capital e bens imóveis (com exceção daqueles

pertinentes a categoria descrita no inciso VII do item 5.3),com coquetéis, com almoços ou com

jantares de confraternização e premiação em dinheiro.

Exemplo:

Desc.: Figurinos / PJ ou PF: J / Uni. Med.: Peças / Qtd.:7 / C. Unit.: R$50,00 / C. Total.: R$350,00

Descrição Pessoa Jurídica ou

Física

Unidade de Medida

Quantidade Custo Unitário

Custo Total

TOTAL

09. Fontes de financiamento: (preenchimento obrigatório)(Cientificar as fontes de financiamento)

Exemplo:Poder Público = R$9.500 – 95% / Recursos Próprios = R$500,00 – 05%

Total = R$10.000,00 = 100%

FONTES VALOR %

PODER PÚBLICO

RECURSOS PRÓPRIOS

OUTROS RECURSOS (ESPECIFICAR)

TOTAL

10.Relação dos principais participantes e fornecedores: (preenchimento obrigatório)(Descrição dos principais participantes: pessoas físicas e jurídicas)

Exemplo: Nome = Fernando Henrique / Função = Bailarino

Nome = Calçados X / Função = Fornecimento de calçados

Nome Função

11. Plano de Divulgação / Distribuição: (preenchimento obrigatório)(a) elaborar um plano de divulgação para o projeto, buscando visibilidade para o mesmo; b)

informar o material, quantidades previstas e os locais de divulgação)

IMPORTANTE:- As informações devem ser idênticas às da Planilha de Previsão de Custos.

- É importante criar mecanismos e estratégias para a divulgação espontânea por parte da mídia

local.

Exemplo:

Peça de Divulgação ou Serviço = Cartaz

Quantidade Tempo = 5 semanas (35 dias)

Dimensões / Características = 31 cm x 44 cm

Loca(is) de Divulgação = Lojas do comércio varejista de Farroupilha/RS

Peça de Divulgação ou Serviço Quantidade Dimensões Loca(is) de

Tempo Características Divulgação

12. Retorno de interesse público/ Contrapartida: (preenchimento obrigatório)(A contrapartida é obrigatória e deverá se constituir de ações de inclusão sociocultural destinadas

às comunidades diretamente beneficiadas com o projeto)

Exemplo:

- Descrição:

Distribuição de exemplares do livro para as escolas da rede pública municipal

- Quantidade:

100 exemplares ao todo, 05 exemplares para cada escola

- Descrição da ação:

- Quantidade:

13. Outras informações: (preenchimento facultativo)(Espaço para outras informações pertinentes que possam qualificar o projeto)

ANEXO 05

DECLARAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO DA SEDE(a) facultativo para aqueles que não tiverem outro meio de prova; b) exclusivo para o

preenchimento por pessoa jurídica)

Declaro, sob as penas da Lei, que a entidade/empresa________________________________

____________________________________________________________________________

tem sua sede localizada no município de Farroupilha/RS à (rua, avenida, etc., bairro)________

____________________________________________________________________________

(Abaixo:dados e assinatura)

__________________________________________

Nome do representante, CPF e nome do cargo que ocupana entidade/empresa

__________________________________________

Jefferson Paim – CPF nº 700.127.760-68 – Coordenador Municipal de Cultura

__________________________________________

Nome da testemunha 01 e CPF

__________________________________________

Nome da testemunha 02 e CPF

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 06

DECLARAÇÃO DE RESIDÊNCIA(a) facultativo para aqueles que não tiverem outro meio de prova; b) exclusivo para o

preenchimento por pessoa física)

Eu (nome da pessoa) declaro, sob as penas da Lei, ser residente no Município de

Farroupilha/RS à (descrever a quantos anos reside no Município de Farroupilha/RS).

(Abaixo: dados e assinatura)

__________________________________________

Nome da pessoa e CPF

__________________________________________

Jefferson Paim – CPF nº 700.127.760-68 – Coordenador Municipal de Cultura

__________________________________________

Nome da testemunha 01

__________________________________________

Nome da testemunha 02

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 07

TERMO DE CIÊNCIA E COMPROMISSO

Declaro, sob as penas da Lei, conhecer e estar de acordo com as condições do Edital de

Chamamento Público nº 01/15 – Fundo Municipal de Cultura – Farroupilha Cultural,

reconhecendo como verdadeiras as informações aqui prestadas, tanto no projeto como em

seus anexos. Igualmente, estou de acordo em assinar convênio com a Prefeitura Municipal de

Farroupilha para a realização do projeto, nos termos deste Edital, caso venha a receber apoio

do Fundo Municipal de Cultura – Farroupilha Cultural.

(Abaixo: dados e assinatura)

__________________________________________

Nome da pessoa e CPF ou do representante da entidade/empresa, CPF e cargo que ocupa

__________________________________________

Jefferson Paim – CPF nº 700.127.760-68 – Coordenador Municipal de Cultura

__________________________________________

Nome da testemunha 01 e CPF

__________________________________________

Nome da testemunha 02 e CPF

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 08

ABAIXO-ASSINADO(Utilizar o modelo disponível abaixo)

ABAIXO-ASSINADO

Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal de Farroupilha Sr. Claiton Gonçalves

Os cidadãos abaixo-assinados, brasileiros, residentes e domiciliados na cidade de Farroupilha/RS,solicitam de Vossa Excelência (descreva aqui a solicitação).

Na certeza de termos nosso pleito atendido, encaminhamos este documento em (preencher com a quantidade de folhas) folhas numeradas e assinadas por todos os cidadãos.

Nomeamos o (preencher com o nome do proponente), como nosso representante, caso sejam necessárias maiores informações.

Farroupilha, (dia) de (mês) de (ano).

(abaixo, listar todas as pessoas, com nome, documento e assinatura)NOME CPF ASSINATURA

ANEXO 09

CAMINHOS PARA OBTENÇÃO DAS CERTIDÕES

Pessoa Jurídica:

Certidão Negativa de Débitos Municipais: farroupilha.rs.gov.br/novo/ → Serviços Online →

Atendimento ao Cidadão → Documentos → Certidão Negativa Débitos - CND → Emitir

Certidão Negativa → CNPJ

Certidão Negativa de Débitos Estaduais:www.sefaz.rs.gov.br → Cidadão → Certidões →

Situação Fiscal → Solicitação → CNPJ

Certidão Negativa de Débitos Federais: www.receita.fazenda.gov.br→ Certidões e Situação

Fiscal → Certidão Pessoa Física → Certidão Pessoa Jurídica → Consulta Pendências -

Situação Fiscal

Prova de Regularidade junto ao FGTS:www.caixa.gov.br→ Empresas → FGTS → CRF –

Consulta Regularidade → CNPJ ou CEI

Certidão Negativa de Débito - INSS: www.receita.fazenda.gov.br→ Certidões e Situação

Fiscal → Emissão de Certidão Previdenciária → CNPJ ou CEI

Pessoa Física:

Certidão Negativa de Débitos Municipais: farroupilha.rs.gov.br/novo/ → Serviços Online →

Atendimento ao Cidadão → Documentos → Certidão Negativa Débitos - CND → Emitir

Certidão Negativa → CPF

Certidão Negativa de Débitos Estaduais:www.sefaz.rs.gov.br → Cidadão → Certidões →

Situação Fiscal → Solicitação → CPF

Certidão Negativa de Débitos Federais: www.receita.fazenda.gov.br→ Certidões e Situação

Fiscal → Certidão Pessoa Física → Emissão de Certidão Pessoa Física

ANEXO 10

PLANO DE APLICAÇÃO

Exemplo:

Plano de Aplicação Financeira Descrição Qtd. Uni. Med. Valor Unitário Valor Total Tipo de Contratação

Confecção de Material Gráfico 1 Contratação 50,00 50,0 PJ

Criação Gráfica 1 Contratação 100,00 100,00 RPA

Criação e confecção de

troféus 20 Troféus 50,00 1.000,00 RPA

Cachê para os avaliadores do

festival 3 Pessoas 1.000,00 3.000,00 PJ

TOTAL 25 - R$1.200,00 R$4.150,00 -

Plano de Aplicação Financeira Descrição Qtd. Uni. Med. Valor Unitário Valor Total Tipo de Contratação

TOTAL

ANEXO 11

LOGOMARCAS

01. Fundo Municipal de Cultura – Farroupilha Cultural

02. Prefeitura Municipal de Farroupilha (brasão)

ANEXO 12

REQUERIMENTO DE PESSOA JURÍDICA(Exclusivo para o preenchimento por pessoa jurídica)

Sr. Claiton Gonçalves

Prefeito Municipal de Farroupilha/RS

(Nome da entidade/empresa de acordo com o cadastro no CNPJ), com sede localizada na

(endereço completo), representada por (nome do representante), ocupante do cargo de

(cargo), contato (telefone e e-mail), inscrito(a) no CPF nº (número do CPF do representante),

encaminha e requer aprovação da prestação de contas de recursos recebidos.

Título do projeto:______________________________________________________________

Termo de Convênio:____________________________________________________________

Origem do recurso: Fundo Municipal de Cultura - Farroupilha Cultural

Valor recebido: R$ (numérico) (valor por extenso) liberados em (data da liberação do recurso),

depositados no Banco:________________________, Agência:________________________e

Conta:________________________

(Abaixo: nome e assinatura)

__________________________________________

Nome do representante

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 13

REQUERIMENTO DE PESSOA FÍSICA(Exclusivo para o preenchimento por pessoa física)

Sr. Claiton Gonçalves

Prefeito Municipal de Farroupilha/RS

(Nome da pessoa de acordo com o CPF), residente na (endereço completo), contato (telefone

e e-mail), inscrito(a) no CPF sob nº (número do CPF da pessoa), encaminha e requer

aprovação da prestação de contas de recursos recebidos.

Título do projeto:______________________________________________________________

Termo de Convênio:____________________________________________________________

Origem do recurso: Fundo Municipal de Cultura - Farroupilha Cultural

Valor recebido: R$ (numérico) (valor por extenso) liberados em (data da liberação do recurso),

depositados no Banco:________________________, Agência:________________________e

Conta:________________________

(Abaixo: nome e assinatura)

__________________________________________

Nome da pessoa

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 14

DEMONSTRATIVO FINANCEIRO DE RECEITAS E DESPESAS

Exemplo:

DADOS GERAIS

ENTIDADE X Produções Culturais

CONVÊNIO Nº 15/2015

BANCO Banrisul AGÊNCIA 0215 CC 355555556

RECEITADATA ESPECIFICAÇÃO VALOR

27/01/2015 Depósito do fundo R$9.500,00

28/01/2014 Recursos próprios R$500,00

TOTAL RECEITA R$10.000,00

DESPESASDATA FORNECEDOR ESPECIFICAÇÃO Nº

DOCUMENTONº CHEQUE VALOR

25/02/201

5

Lojas Y Calçado de couro 1567898979 12368544 R$300,00

25/03/201

5

Lojas X Cartaz 1533335154 12354847 R$500,00

SALDO FINAL R$800,00

DADOS GERAIS

ENTIDADE

CONVÊNIO Nº

BANCO AGÊNCIA CCRECEITA

DATA ESPECIFICAÇÃO VALORDepósito do fundoRecursos próprios

TOTAL RECEITADESPESAS

DATA FORNECEDOR ESPECIFICAÇÃO Nº DOCUMENTO Nº CHEQUE VALOR

SALDO FINAL

(Abaixo: dados e assinatura)

__________________________________________

Nome da pessoa e CPF ou do representante da entidade/empresa, CPF e cargo que ocupa

__________________________________________

Nome do contador, a profissão (contador) e CRC

Farroupilha,_______ de _______________ de 2015.

ANEXO 15

LEI MUNICIPAL N.º 3.955, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2013

Dispõe sobre o Sistema Municipal de Cultura –

SMC, e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS

FAZ SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona a seguinte

L E I

TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º Esta Lei regula o Sistema Municipal de Cultura – SMC, que tem por finalidade

promover o desenvolvimento humano, social e econômico, com pleno exercício dos direitos

culturais.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura – SMC integra o Sistema Nacional de

Cultura – SNC e se constitui no principal articulador, no âmbito municipal, das políticas públicas

de cultura, estabelecendo mecanismos de gestão compartilhada com os demais Entes

Federados e a sociedade civil.

TÍTULO IIDA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA

Art. 2.º A política municipal de cultura estabelece o papel do Poder Público Municipal na gestão

da cultura, explicita os direitos culturais que devem ser assegurados a todos os munícipes e

define pressupostos que fundamentam as políticas, programas, projetos e ações formuladas e

executadas pelo Município, com a participação da sociedade, no campo da cultura.

CAPÍTULO IDo Papel do Poder Público Municipal na Gestão da Cultura

Art. 3.º A cultura é um direito fundamental do ser humano, devendo o Poder Público Municipal

prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, no âmbito do Município de

Farroupilha.

Art. 4.º A cultura é um importante vetor de desenvolvimento humano, social e econômico,

devendo ser tratada como uma área estratégica para o desenvolvimento sustentável e para a

promoção da paz no Município.

Art. 5.º É responsabilidade do Poder Público Municipal, com a participação da sociedade,

planejar e fomentar políticas públicas de cultura, assegurar a preservação e promover a

valorização do patrimônio cultural material e imaterial do Município e estabelecer condições

para o desenvolvimento da economia da cultura, considerando em primeiro plano o interesse

público e o respeito à diversidade cultural.

Art. 6.º Cabe ao Poder Público do Município de Farroupilha planejar e implementar políticas

públicas para:

I – assegurar os meios para o desenvolvimento da cultura como direito de todos os cidadãos,

com plena liberdade de expressão e criação;

II – universalizar o acesso aos bens e serviços culturais;

III – contribuir para a construção da cidadania cultural;

IV – reconhecer, proteger, valorizar e promover a diversidade das expressões culturais

presentes no Município;

V – combater a discriminação e o preconceito de qualquer espécie e natureza;

VI – promover a equidade social e territorial do desenvolvimento cultural;

VII – qualificar e garantir a transparência da gestão cultural;

VIII – democratizar os processos decisórios, assegurando a participação e o controle social;

IX – estruturar e regulamentar a economia da cultura, no âmbito local;

X – consolidar a cultura como importante vetor do desenvolvimento sustentável;

XI – intensificar as trocas, os intercâmbios e os diálogos interculturais;

XII – contribuir para a promoção da cultura da paz.

Art. 7.º A atuação do Poder Público Municipal no campo da cultura não se contrapõe ao setor

privado, com o qual deve, sempre que possível, desenvolver parcerias e buscar a

complementaridade das ações, evitando superposições e desperdícios.

Art. 8.º A política cultural deve ser transversal, estabelecendo uma relação estratégica com as

demais políticas públicas, em especial com as políticas de educação, comunicação social, meio

ambiente, turismo, ciência e tecnologia, esporte, lazer, saúde e segurança pública.

Art. 9.º Os planos e projetos de desenvolvimento, na sua formulação e execução, devem

sempre considerar os fatores culturais e na sua avaliação uma ampla gama de critérios, que

vão da liberdade política, econômica e social às oportunidades individuais de saúde, educação,

cultura, produção, criatividade, dignidade pessoal e respeito aos direitos humanos, conforme

indicadores sociais.

CAPÍTULO IIDos Direitos Culturais

Art. 10. Cabe ao Poder Público Municipal garantir a todos os munícipes o pleno exercício dos

direitos culturais, entendidos como:

I – o direito à identidade e à diversidade cultural;

II – o direito à participação na vida cultural, compreendendo:

a) livre criação e expressão;

b) livre acesso;

c) livre difusão;

d) livre participação nas decisões de política cultural.

III – o direito autoral;

IV – o direito ao intercâmbio cultural nacional e internacional.

CAPÍTULO IIIDa Concepção Tridimensional da Cultura

Art. 11. O Poder Público Municipal compreende a concepção tridimensional da cultura –

simbólica, cidadã e econômica – como fundamento da política municipal de cultura.

SEÇÃO I

Da Dimensão Simbólica da Cultura

Art. 12. A dimensão simbólica da cultura compreende os bens de natureza material e imaterial

que constituem o patrimônio cultural de Farroupilha, abrangendo todos os modos de viver,

fazer e criar dos diferentes grupos formadores da sociedade local, de conformidade com o

disposto no art. 216 da Constituição Federal.

Art. 13. Cabe ao Poder Público Municipal promover e proteger as infinitas possibilidades de

criação simbólica expressas em modos de vida, crenças, valores, práticas, rituais e

identidades.

Art. 14. A política cultural deve contemplar as expressões que caracterizam a diversidade

cultural do Município, abrangendo toda a produção nos campos das culturas populares,

eruditas e da indústria cultural.

Art. 15. Cabe ao Poder Público Municipal promover diálogos interculturais, nos planos local,

regional, nacional e internacional, considerando as diferentes concepções de dignidade

humana, presentes em todas as culturas, como instrumento de construção da paz, moldada em

padrões de coesão, integração e harmonia entre os cidadãos, as comunidades, os grupos

sociais, os povos e nações.

SEÇÃO IIDa Dimensão Cidadã da Cultura

Art. 16. Os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e devem se constituir numa

plataforma de sustentação das políticas culturais, posto que a cidadania plena só pode ser

atingida quando a cidadania cultural puder ser usufruída por todos os cidadãos de Farroupilha.

Art. 17. Cabe ao Poder Público Municipal assegurar o pleno exercício dos direitos culturais a

todos os cidadãos, promovendo o acesso universal à cultura por meio do estímulo à criação

artística, da democratização das condições de produção, da oferta de formação, da expansão

dos meios de difusão, da ampliação das possibilidades de fruição e da livre circulação de

valores culturais.

Art. 18. O direito à identidade e à diversidade cultural deve ser assegurado pelo Poder Público

Municipal por meio de políticas públicas de promoção e proteção do patrimônio cultural do

Município, de promoção e proteção das culturas indígenas, populares e afro-brasileiras e,

ainda, de iniciativas voltadas para o reconhecimento e valorização da cultura de outros grupos

sociais, étnicos e de gênero.

Art. 19. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado pelo Poder Público

Municipal com a garantia da plena liberdade para criar, fruir e difundir a cultura e não

ingerência estatal na vida criativa da sociedade.

Art. 20. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado igualmente às pessoas

com deficiência, que devem ter garantidas condições de acessibilidade e oportunidades de

desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual.

Art. 21. O estímulo à participação da sociedade nas decisões de política cultural deve ser

efetivado por meio da criação e articulação de conselhos paritários, com os representantes da

sociedade democraticamente eleitos pelos respectivos segmentos, bem como, da realização

de conferências e da instalação de colegiados, comissões e fóruns.

SEÇÃO IIIDa Dimensão Econômica da Cultura

Art. 22. Cabe ao Poder Público Municipal criar as condições para o desenvolvimento da cultura

como espaço de inovação e expressão da criatividade local e fonte de oportunidades de

geração de ocupações produtivas e de renda, fomentando a sustentabilidade e promovendo a

desconcentração dos fluxos de formação, produção e difusão das distintas linguagens

artísticas e múltiplas expressões culturais.

Art. 23. O Poder Público Municipal deve fomentar a economia da cultura como:

I – sistema de produção, materializado em cadeias produtivas, num processo que envolva as

fases de pesquisa, formação, produção, difusão, distribuição e consumo;

II – elemento estratégico da economia contemporânea, em que se configura como um dos

segmentos mais dinâmicos e importante fator de desenvolvimento econômico e social; e

III – conjunto de valores e práticas que têm como referência a identidade e a diversidade

cultural dos povos, possibilitando compatibilizar modernização e desenvolvimento humano.

Art. 24. As políticas públicas no campo da economia da cultura devem entender os bens

culturais como portadores de ideias, valores e sentidos que constituem a identidade e a

diversidade cultural do município, não restritos ao seu valor mercantil.

Art. 25. As políticas de fomento à cultura devem ser implementadas de acordo com as

especificidades de cada cadeia produtiva.

Art. 26. O objetivo das políticas públicas de fomento à cultura no Município de Farroupilha deve

ser estimular a criação e o desenvolvimento de bens, produtos e serviços e a geração de

conhecimentos que sejam compartilhados por todos.

Art. 27. O Poder Público Municipal deve apoiar os artistas e produtores culturais atuantes no

Município para que tenham assegurado o direito autoral de suas obras, considerando o direito

de acesso à cultura por toda sociedade.

TÍTULO IIIDO SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA – SMC

CAPÍTULO IDas Definições e dos Princípios

Art. 28. O Sistema Municipal de Cultura – SMC se constitui num instrumento de articulação,

gestão, fomento e promoção de políticas públicas, bem como de informação e formação na

área cultural, tendo como essência a coordenação e cooperação intergovernamental com

vistas ao fortalecimento institucional, à democratização dos processos decisórios e à obtenção

de economicidade, eficiência, eficácia, equidade e efetividade na aplicação dos recursos

públicos.

Art. 29. O Sistema Municipal de Cultura – SMC fundamenta-se na Política Municipal de Cultura

expressa nesta Lei e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Municipal de Cultura, para

instituir um processo de gestão compartilhada com os demais Entes da Federação, com suas

respectivas políticas e instituições culturais e a sociedade civil.

Art. 30. Os princípios do Sistema Municipal de Cultura – SMC que devem orientar a conduta do

Governo Municipal, dos demais Entes Federados e da sociedade civil nas suas relações como

parceiros e responsáveis pelo seu funcionamento são:

I – diversidade das expressões culturais;

II – universalização do acesso aos bens e serviços culturais;

III – fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais;

IV – cooperação entre os Entes Federados, os agentes públicos e privados atuantes na área

cultural;

V – integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações

desenvolvidas;

VI – complementaridade nos papéis dos agentes culturais;

VII – transversalidade das políticas culturais;

VIII – autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;

IX – transparência e compartilhamento das informações;

X – democratização dos processos decisórios com participação e controle social;

XI – descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;

XII – ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.

CAPÍTULO IIDos Objetivos

Art. 31. O Sistema Municipal de Cultura – SMC tem como objetivo formular e implantar

políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas com a sociedade civil e

com os demais Entes da Federação, promovendo o desenvolvimento humano, social e

econômico, com pleno exercício dos direitos culturais e acesso aos bens e serviços culturais,

no âmbito do Município.

Art. 32. São objetivos específicos do Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I – estabelecer um processo democrático de participação na gestão das políticas e dos

recursos públicos na área cultural;

II – assegurar uma partilha equilibrada dos recursos públicos da área da cultura entre os

diversos segmentos artísticos e culturais, distritos, regiões e bairros do município;

III – articular e implementar políticas públicas que promovam a interação da cultura com as

demais áreas, considerando seu papel estratégico no processo do desenvolvimento

sustentável do Município;

IV – promover o intercâmbio com os demais entes federados e instituições municipais para a

formação, capacitação e circulação de bens e serviços culturais, viabilizando a cooperação

técnica e a otimização dos recursos financeiros e humanos disponíveis;

V – criar instrumentos de gestão para acompanhamento e avaliação das políticas públicas de

cultura desenvolvidas no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC;

VI – estabelecer parcerias entre os setores público e privado nas áreas de gestão e de

promoção da cultura.

CAPÍTULO IIIDa Estrutura

SEÇÃO IDos Componentes

Art. 33. Integram o Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I – Coordenação: Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer.

II – Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação:

a) Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC;

b) Conferência Municipal de Cultura – CMC.

III – Instrumentos de Gestão:

a) Plano Municipal de Cultura – PMC;

b) Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura – SMC estará articulado com os demais

sistemas municipais ou políticas setoriais, em especial, da educação, da comunicação,da

ciência e tecnologia, do planejamento urbano,do desenvolvimento econômico e social, da

indústria e comércio, das relações internacionais, do meio ambiente, do turismo, do esporte, da

saúde, dos direitos humanos e da segurança, conforme regulamentação.

SEÇÃO IIDa Coordenação do Sistema Municipal de Cultura – SMC

Art. 34. A Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer é o órgão gestor e

coordenador do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

Art. 35. São atribuições da Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer:

I – formular e implementar, com a participação da sociedade civil, o Plano Municipal de Cultura,

executando as políticas e as ações culturais definidas;

II – implementar o Sistema Municipal de Cultura – SMC, integrado aos Sistemas Nacional e

Estadual de Cultura, articulando os atores públicos e privados no âmbito do Município,

estruturando e integrando a rede de equipamentos culturais, descentralizando e

democratizando a sua estrutura e atuação;

III – promover o planejamento e fomento das atividades culturais com uma visão ampla e

integrada no território do Município, considerando a cultura como uma área estratégica para o

desenvolvimento local;

IV – valorizar todas as manifestações artísticas e culturais que expressam a diversidade étnica

e social do Município;

V – preservar e valorizar o patrimônio cultural do Município;

VI – pesquisar, registrar, classificar, organizar e expor ao público a documentação e os acervos

artísticos, culturais e históricos de interesse do Município;

VII – manter articulação com entes públicos e privados visando à cooperação em ações na

área da cultura;

VIII – promover o intercâmbio cultural a nível regional, nacional e internacional;

IX – assegurar o funcionamento do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC e

promover ações de fomento ao desenvolvimento da produção cultural no âmbito do Município;

X – descentralizar os equipamentos, as ações e os eventos culturais, democratizando o acesso

aos bens culturais;

XI – estruturar e realizar cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de criação,

produção e gestão cultural;

XII – estruturar o calendário dos eventos culturais do Município;

XIII – elaborar estudos das cadeias produtivas da cultura para implementar políticas

específicas de fomento e incentivo;

XIV – captar recursos para projetos e programas específicos junto a órgãos, entidades e

programas internacionais, federais e estaduais;

XV – operacionalizar as atividades do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC e dos

Fóruns de Cultura do Município;

XVI – realizar a Conferência Municipal de Cultura – CMC, colaborar na realização e participar

das Conferências Estadual e Nacional de Cultura;

XVII – exercer outras atividades correlatas com as suas atribuições.

Art. 36. À Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, como órgão coordenador do

Sistema Municipal de Cultura - SMC, compete:

I – exercer a coordenação geral do Sistema Municipal de Cultura – SMC;

II – promover a integração do Município ao Sistema Nacional de Cultura – SNC e ao Sistema

Estadual de Cultura – SEC;

III – instituir as orientações e deliberações normativas e de gestão, aprovadas no plenário do

Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC e nas suas instâncias setoriais;

IV – implementar, no âmbito do Governo Municipal, as pactuações acordadas na Comissão

Intergestores Tripartite – CIT e aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC

e na Comissão Intergestores Bipartite – CIB e aprovadas pelo Conselho Estadual de Política

Cultural – CNPC;

V – emitir recomendações, resoluções e outros pronunciamentos sobre matérias relacionadas

com o Sistema Municipal de Cultura – SMC, observadas as diretrizes aprovadas pelo Conselho

Municipal de Política Cultural – CMPC;

VI – colaborar para o desenvolvimento de indicadores e parâmetros quantitativos e qualitativos

que contribuam para a descentralização dos bens e serviços culturais promovidos ou apoiados,

direta ou indiretamente, com recursos do Sistema Nacional de Cultura – SNC e do Sistema

Estadual de Cultura – SEC, atuando de forma colaborativa com os Sistemas Nacional e

Estadual de Informações e Indicadores Culturais;

VII – colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, para a compatibilização e

interação de normas, procedimentos técnicos e sistemas de gestão;

VIII – subsidiar a formulação e a implementação das políticas e ações transversais da cultura

nos programas, planos e ações estratégicos do Governo Municipal;

IX - auxiliar o Governo Municipal e subsidiar os demais Entes Federados no estabelecimento

de instrumentos metodológicos e na classificação dos programas e ações culturais no âmbito

dos respectivos planos de cultura;

X – colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, com o Governo do Estado e

com o Governo Federal na implementação de Programas de Formação na Área da Cultura,

especialmente capacitando e qualificando recursos humanos responsáveis pela gestão das

políticas públicas de cultura do Município; e

XI – coordenar e convocar a Conferência Municipal de Cultura - CMC.

SEÇÃO IIIDas Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação

Art. 37. Constituem-se instâncias de articulação, pactuação e deliberação do Sistema

Municipal de Cultura – SMC:

I – Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC;

II – Conferência Municipal de Cultura – CMC.

SUBSEÇÃO I Do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC

Art. 38. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC, órgão colegiado consultivo,

deliberativo e normativo,com composição paritária entre Poder Público e sociedade civil, se

constitui no principal espaço de participação social institucionalizada, de caráter permanente,

na estrutura do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC tem como principal

atribuição atuar, com base nas diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura –

CMC, na elaboração, acompanhamento da execução, fiscalização e avaliação das políticas

públicas de cultura, consolidadas no Plano Municipal de Cultura – PMC.

Art. 39. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMP é composto por 12 (doze) membros

titulares e respectivos suplentes, designados pelo Prefeito Municipal, com renovação bienal, de

acordo com a seguinte representação:

I – um representante do Gabinete do Prefeito;

II – um representante da Coordenadoria de Cultura, Esporte e Lazer;

III – um representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo;

IV – um representante da Secretaria Municipal de Educação;

V – um representante da Secretaria Municipal de Gestão e Governo;

VI – um representante da Secretaria Municipal de Planejamento;

VII – seis representantes da sociedade civil, ligados à área da cultura, escolhidos em foro

próprio.

Art. 40. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC é constituído pelas seguintes

instâncias:

I – Plenário;

II – Comitê de Integração de Políticas Públicas de Cultura – CIPOC;

III – Colegiados Setoriais;

IV – Comissões Temáticas;

V – Grupos de Trabalho;

VI – Fóruns Setoriais e Territoriais.

Art. 41. Ao Plenário, instância máxima do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC,

compete:

I – propor e aprovar as diretrizes gerais, acompanhar e fiscalizar a execução do Plano

Municipal de Cultura – PMC;

II – estabelecer normas e diretrizes pertinentes às finalidades e aos objetivos do Sistema

Municipal de Cultura – SMC;

III – colaborar na implementação das pactuações acordadas na Comissão Intergestores

Tripartite – CIT e na Comissão Intergestores Bipartite – CIB, devidamente aprovadas,

respectivamente, nos Conselhos Nacional e Estadual de Política Cultural;

IV – aprovar as diretrizes para as políticas setoriais de cultura, oriundas dos sistemas setoriais

municipais de cultura e de suas instâncias colegiadas;

V – definir parâmetros gerais para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura –

FMC no que concerne à distribuição territorial e ao peso relativo dos diversos segmentos

culturais;

VI – estabelecer para a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC do Fundo Municipal

de Cultura as diretrizes de uso dos recursos, com base nas políticas culturais definidas no

Plano Municipal de Cultura – PMC;

VII – acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC;

VIII – apoiar a descentralização de programas, projetos e ações e assegurar os meios

necessários à sua execução e à participação social relacionada ao controle e fiscalização;

IX – contribuir para o aprimoramento dos critérios de partilha e de transferência de recursos, no

âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC;

X – apreciar e aprovar as diretrizes orçamentárias da área da cultura;

XI – contribuir para a definição das diretrizes do Programa Municipal de Formação na Área da

Cultura – PROMFAC, especialmente no que tange à formação de recursos humanos para a

gestão das políticas culturais;

XII – acompanhar a execução do Acordo de Cooperação Federativa assinado pelo Município

de Farroupilha para sua integração ao Sistema Nacional de Cultura – SNC.

XIII – promover cooperação com os demais Conselhos Municipais de Política Cultural, bem

como com os Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e Nacional;

XIV – promover cooperação com os movimentos sociais, organizações não-governamentais e

o setor empresarial;

XV – incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos

públicos na área cultural;

XVI – delegar às diferentes instâncias componentes do Conselho Municipal de Política Cultural

– CMPC a deliberação e acompanhamento de matérias;

XVII – aprovar o regimento interno da Conferência Municipal de Cultura – CMC.

XVIII – estabelecer o regimento interno do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

Art. 42.  Compete ao Comitê de Integração de Políticas Públicas de Cultura – CIPOC promover

a articulação das políticas de cultura do Poder Público, no âmbito municipal, para o

desenvolvimento de forma integrada de programas, projetos e ações.

Art. 43.  Compete aos Colegiados Setoriais fornecer subsídios ao Plenário do Conselho

Municipal de Política Cultural – CMPC para a definição de políticas, diretrizes e estratégias dos

respectivos segmentos culturais.

Art. 44.  Compete às Comissões Temáticas, de caráter permanente, e aos Grupos de

Trabalho, de caráter temporário, fornecer subsídios para a tomada de decisão sobre temas

específicos, transversais ou emergenciais relacionados à área cultural.

Art. 45. Compete aos Fóruns Setoriais e Territoriais, de caráter permanente, a formulação e o

acompanhamento de políticas culturais específicas para os respectivos segmentos culturais e

territórios.

Art. 46. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC deve se articular com as demais

instâncias colegiadas do Sistema Municipal de Cultura –, para assegurar a integração,

funcionalidade e racionalidade do sistema e a coerência das políticas públicas de cultura

implementadas no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

SUBSEÇÃO II Da Conferência Municipal de Cultura – CMC

Art. 47. A Conferência Municipal de Cultura – CMC constitui-se numa instância de participação

social, em que ocorre articulação entre o Governo Municipal e a sociedade civil, por meio de

organizações culturais e segmentos sociais, para analisar a conjuntura da área cultural no

município e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de Cultura, que comporão

o Plano Municipal de Cultura – PMC.

§ 1.º É de responsabilidade da Conferência Municipal de Cultura – CMC analisar, aprovar

moções, proposições e avaliar a execução das metas concernentes ao Plano Municipal de

Cultura – PMC e às respectivas revisões ou adequações.

§ 2.º Cabe à Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer convocar e coordenar a

Conferência Municipal de Cultura – CMC, que se reunirá ordinariamente a cada dois anos ou

extraordinariamente, a qualquer tempo, a critério do Conselho Municipal de Política Cultural –

CMPC. A data de realização da Conferência Municipal de Cultura – CMC deverá estar de

acordo com o calendário de convocação das Conferências Estadual e Nacional de Cultura.

§ 3.º A Conferência Municipal de Cultura – CMC será precedida de Conferências Setoriais e

Territoriais.

§ 4.º A representação da sociedade civil na Conferência Municipal de Cultura – CMC será, no

mínimo, de dois terços dos delegados, sendo os mesmos eleitos em Conferências Setoriais e

Territoriais.

SEÇÃO IVDos Instrumentos de Gestão

Art. 48. Constituem-se em instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I – Plano Municipal de Cultura – PMC;

II – Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC;

III – Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC;

IV - Programa Municipal de Formação na Área da Cultura – PROMFAC.

Parágrafo único. Os instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura – SMC se

caracterizam como ferramentas de planejamento, inclusive técnico e financeiro, e de

qualificação dos recursos humanos.

SUBSEÇÃO I Do Plano Municipal de Cultura – PMC

Art. 49. O Plano Municipal de Cultura – PMC tem duração decenal e é um instrumento de

planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política Municipal de

Cultura na perspectiva do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

Art. 50. A elaboração do Plano Municipal de Cultura – PMC e dos Planos Setoriais de âmbito

municipal é de responsabilidade da Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, que,

a partir das diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura – CMC, desenvolve o

Projeto de Lei a ser submetido ao Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC e ao

Prefeito Municipal e, posteriormente, é enviado à Câmara Municipal de Vereadores.

Parágrafo único. Os Planos devem conter:

I – diagnóstico do desenvolvimento da cultura;

II – diretrizes e prioridades;

III – objetivos gerais e específicos;

IV – estratégias, metas e ações;

V – prazos de execução;

VI – resultados e impactos esperados;

VII – recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;

VIII – mecanismos e fontes de financiamento; e

IX – indicadores de monitoramento e avaliação.

SUBSEÇÃO II Do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC

Art. 51. O Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC é constituído pelo conjunto

de mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do Município, que devem ser

diversificados e articulados.

Parágrafo único. São mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do

Município de Farroupilha:

I – Orçamento Público do Município, estabelecido na Lei Orçamentária Anual;

II – Fundo Municipal de Cultura, definido nesta Lei;

III – Incentivo Fiscal, por meio de renúncia fiscal do IPTU e do ISS, conforme lei específica; e

IV – outros que venham a ser criados.

SUBSEÇÃO III Do Fundo Municipal de Cultura – FMC

Art. 52. Fica criado o Fundo Municipal de Cultura – FNC, vinculado à Coordenadoria Municipal

de Cultura, Esporte e Lazer, como fundo de natureza contábil e financeira, com prazo

indeterminado de duração, de acordo com as regras definidas nesta Lei.

Art. 53. O Fundo Municipal de Cultura – FMC se constitui no principal mecanismo de

financiamento das políticas públicas de cultura no Município, com recursos destinados a

programas, projetos e ações culturais implementados de forma descentralizada, em regime de

colaboração e co-financiamento com os Governos Federal e Estadual.

Parágrafo único. É vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC

com despesas de manutenção administrativa dos Governos Municipal, Estadual e Federal,

bem como de suas entidades vinculadas.

Art. 54. São receitas do Fundo Municipal de Cultura – FMC:

I – dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual do Município, e seus créditos adicionais;

II – transferências federais e estaduais à conta do Fundo Municipal de Cultura - FMC;

III – contribuições de mantenedores;

IV – produto do desenvolvimento de suas finalidades institucionais, tais como: arrecadação dos

preços públicos cobrados pela cessão de bens municipais sujeitos à administração do

Município; resultado da venda de ingressos de espetáculos ou de outros eventos artísticos e

promoções, produtos e serviços de caráter cultural;

V – doações e legados nos termos da legislação vigente;

VI – subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos

internacionais;

VII – reembolso das operações de empréstimo porventura realizadas por meio do Fundo

Municipal de Cultura – FMC, a título de financiamento reembolsável, observados critérios de

remuneração que, no mínimo, lhes preserve o valor real;

VIII – retorno dos resultados econômicos provenientes dos investimentos porventura realizados

em empresas e projetos culturais efetivados com recursos do Fundo Municipal de Cultura –

FMC;

IX – resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre

a matéria;

X – empréstimos de instituições financeiras ou outras entidades;

XI – saldos não utilizados na execução dos projetos culturais financiados com recursos dos

mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC;

XII – devolução de recursos determinados pelo não cumprimento ou desaprovação de contas

de projetos culturais custeados pelos mecanismos previstos no Sistema Municipal de

Financiamento à Cultura – SMFC;

XIII – saldos de exercícios anteriores; e

XIV – outras receitas legalmente incorporáveis que lhe vierem a ser destinadas.

Art. 55. O Fundo Municipal de Cultura – FMC será administrado pela Coordenadoria Municipal

de Cultura, Esporte e Lazer na forma estabelecida no regulamento, e apoiará projetos culturais

por meio das seguintes modalidades:

I – não-reembolsáveis, na forma do regulamento, para apoio a projetos culturais apresentados

por pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, com ou sem fins

lucrativos, preponderantemente por meio de editais de seleção pública; e

II – reembolsáveis, destinados ao estímulo da atividade produtiva das empresas de natureza

cultural e pessoas físicas, mediante a concessão de empréstimos.

§ 1.º Nos casos previstos no inciso II do caput, a Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte

e Lazer definirá com os agentes financeiros credenciados a taxa de administração, os prazos

de carência, os juros limites, as garantias exigidas e as formas de pagamento.

§ 2.º Os riscos das operações previstas no parágrafo anterior serão assumidos, solidariamente

pelo Fundo Municipal de Cultura – FMC e pelos agentes financeiros credenciados, na forma

que dispuser o regulamento.

§ 3.º A taxa de administração a que se refere o § 1.º não poderá ser superior a três por cento

dos recursos disponibilizados para o financiamento.

§ 4.º Para o financiamento de que trata o inciso II, serão fixadas taxas de remuneração que, no

mínimo, preservem o valor originalmente concedido.

Art. 56. Os custos referentes à gestão do Fundo Municipal de Cultura – FMC com

planejamento, estudos, acompanhamento, avaliação e divulgação de resultados, incluídas a

aquisição ou a locação de equipamentos e bens necessários ao cumprimento de seus

objetivos, não poderão ultrapassar cinco por cento de suas receitas, observados o limite fixado

anualmente por ato do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

Art. 57. O Fundo Municipal de Cultura – FMC financiará projetos culturais apresentados por

pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, com ou sem fins

lucrativos.

§ 1.º Poderá ser dispensada contrapartida do proponente no âmbito de programas setoriais

definidos pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC.

§ 2.º Nos casos em que a contrapartida for exigida, o proponente deve comprovar que dispõe

de recursos financeiros ou de bens ou serviços, se economicamente mensuráveis, para

complementar o montante aportado pelo Fundo Municipal de Cultura - FMC, ou que está

assegurada a obtenção de financiamento por outra fonte.

§ 3.º Os projetos culturais previstos no caput poderão conter despesas administrativas de até

dez por cento de seu custo total, excetuados aqueles apresentados por entidades privadas

sem fins lucrativos, que poderão conter despesas administrativas de até quinze por cento de

seu custo total.

Art. 58. Fica autorizada a composição financeira de recursos do Fundo Municipal de Cultura –

FMC com recursos de pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado, com fins

lucrativos para apoio compartilhado de programas, projetos e ações culturais de interesse

estratégico, para o desenvolvimento das cadeias produtivas da cultura.

§ 1.º O aporte dos recursos das pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado

previsto neste artigo não gozará de incentivo fiscal.

§ 2.º A concessão de recursos financeiros, materiais ou de infraestrutura pelo Fundo Municipal

de Cultura – FMC será formalizada por meio de convênios e contratos específicos.

Art. 59. Para seleção de projetos apresentados ao Fundo Municipal de Cultura – FMC fica

criada a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC, de composição paritária entre

membros do Poder Público e da Sociedade Civil.

Art. 60. Na seleção dos projetos a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC deve ter

como referência maior o Plano Municipal de Cultura – PMC e considerar as diretrizes e

prioridades definidas anualmente pelo Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

Art. 61. A Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC deve adotar critérios objetivos na

seleção das propostas:

I – avaliação das três dimensões culturais do projeto - simbólica, econômica e social;

II – adequação orçamentária;

III – viabilidade de execução; e

IV – capacidade técnico-operacional do proponente.

SUBSEÇÃO IV Do Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC

Art. 62. Cabe à Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer desenvolver o Sistema

Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC, com a finalidade de gerar

informações e estatísticas da realidade cultural local com cadastros e indicadores culturais

construídos a partir de dados coletados pelo Município.

§ 1.º O Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC é constituído de

bancos de dados referentes a bens, serviços, infraestrutura, investimentos, produção, acesso,

consumo, agentes, programas, instituições e gestão cultural, entre outros, e estará disponível

ao público e integrado aos Sistemas Estadual e Nacional de Informações e Indicadores

Culturais.

§ 2.º O processo de estruturação do Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais

– SMIIC terá como referência o modelo nacional, definido pelo Sistema Nacional de

Informações e Indicadores Culturais – SNIIC.

Art. 63. O Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC tem como

objetivos:

I – coletar, sistematizar e interpretar dados, fornecer metodologias e estabelecer parâmetros à

mensuração da atividade do campo cultural e das necessidades sociais por cultura, que

permitam a formulação, monitoramento, gestão e avaliação das políticas públicas de cultura e

das políticas culturais em geral, verificando e racionalizando a implementação do Plano

Municipal de Cultura – PMC e sua revisão nos prazos previstos;

II – disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a

caracterização da demanda e oferta de bens culturais, para a construção de modelos de

economia e sustentabilidade da cultura, para a adoção de mecanismos de indução e regulação

da atividade econômica no campo cultural, dando apoio aos gestores culturais públicos e

privados, no âmbito do Município;

III – exercer e facilitar o monitoramento e avaliação das políticas públicas de cultura e das

políticas culturais em geral, assegurando ao poder público e à sociedade civil o

acompanhamento do desempenho do Plano Municipal de Cultura – PMC.

Art. 64. O Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC fará

levantamentos para realização de mapeamentos culturais para conhecimento da diversidade

cultural local e transparência dos investimentos públicos no setor cultural.

Art. 65. O Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC estabelecerá

parcerias com os Sistemas Nacional e Estadual de Informações e Indicadores Culturais, e com

institutos de pesquisa, para desenvolver uma base consistente e continua de informações

relacionadas ao setor cultural e elaborar indicadores culturais que contribuam tanto para a

gestão das políticas públicas da área, quanto para fomentar estudos e pesquisas nesse campo.

TÍTULO IVDO FINANCIAMENTO

CAPÍTULO IDos Recursos

Art. 66. O Fundo Municipal da Cultura – FMC e o orçamento da Coordenadoria Municipal de

Cultura, Esporte e Lazer e de suas instituições vinculadas são as principais fontes de recursos

do Sistema Municipal de Cultura.

Art. 67. O financiamento das políticas públicas de cultura estabelecidas no Plano Municipal de

Cultura far-se-á com os recursos do Município, do Estado e da União, além dos demais

recursos que compõem o Fundo Municipal da Cultura – FMC.

Art. 68. O Município deverá destinar recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC, para uso

como contrapartida de transferências dos Fundos Nacional e Estadual de Cultura.

§ 1.º Os recursos previstos no caput serão destinados a:

I – políticas, programas, projetos e ações previstas nos Planos Nacional, Estadual e Municipal

de Cultura;

II – para o financiamento de projetos culturais escolhidos pelo Município por meio de seleção

pública.

§ 2.º A gestão municipal dos recursos oriundos de repasses dos Fundos Nacional e Estadual

de Cultura deverá ser submetida ao Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

Art. 69. Os critérios de aporte de recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC deverão

considerar a participação dos diversos segmentos culturais e territórios na distribuição total de

recursos municipais para a cultura, com vistas a promover a desconcentração do investimento,

devendo ser estabelecido anualmente um percentual mínimo para cada segmento/território.

CAPÍTULO IIDa Gestão Financeira

Art. 70. Os recursos financeiros da Cultura serão depositados em conta específica, e

administrados pela Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e instituições

vinculadas, sob fiscalização do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

§ 1.º Os recursos financeiros do Fundo Municipal de Cultura – FMC serão administrados pela

Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer.

§ 2.º A Coordenadoria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer acompanhará a conformidade à

programação aprovada da aplicação dos recursos repassados pela União e Estado ao

Município.

Art. 71. O Município deverá tornar público os valores e a finalidade dos recursos recebidos da

União e do Estado, transferidos dentro dos critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional e pelo

Sistema Estadual de Cultura.

Parágrafo único. O Município deverá zelar e contribuir para que sejam adotados pelo Sistema

Nacional de Cultura critérios públicos e transparentes, com partilha e transferência de recursos

de forma equitativa, resultantes de uma combinação de indicadores sociais, econômicos,

demográficos e outros específicos da área cultural, considerando as diversidades regionais.

Art. 72. O Município deverá assegurar a condição mínima para receber os repasses dos

recursos da União, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura, com a efetiva instituição e

funcionamento dos componentes mínimos do Sistema Municipal de Cultura e a alocação de

recursos próprios destinados à Cultura na Lei Orçamentária Anual e no Fundo Municipal de

Cultura.

CAPÍTULO IIIDo Planejamento e do Orçamento

Art. 73. O processo de planejamento e do orçamento do Sistema Municipal de Cultura – SMC

deve buscar a integração do nível local ao nacional, ouvidos seus órgãos deliberativos,

compatibilizando-se as necessidades da política de cultura com a disponibilidade de recursos

próprios do Município, as transferências do Estado e da União e outras fontes de recursos.

Parágrafo único. O Plano Municipal de Cultura será a base das atividades e programações do

Sistema Municipal de Cultura e seu financiamento na legislação orçamentária municipal.

Art. 74. As diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Cultura serão

propostas pela Conferência Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal de Política Cultural

– CMPC.

TÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 75. O Município deverá se integrar ao Sistema Nacional de Cultura – SNC.

Art. 76. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de

verbas ou rendas públicas, previsto no artigo 315 do Código Penal, a utilização de recursos

financeiros do Sistema Municipal de Cultura – SMC em finalidades diversas das previstas nesta

lei.

Art. 77. As despesas decorrentes desta Lei serão suportadas por dotações orçamentárias

próprias.

Art. 78. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS, 20 de novembro de 2013.

CLAITON GONÇALVES

Prefeito Municipal

Registre-se e publique-se

Em 20 de novembro de 2013.

Francis Cesar Dobner Casali

Secretário Municipal de Gestão e Governo

ANEXO 16

DECRETO N.º 5.381, DE 16 DE MARÇO DE 2015

Regulamenta o Fundo Municipal de Cultura –

FMC, instituído pela Lei Municipal nº 3.955, de 20 de

novembro de 2013.

O PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS, no uso de suas atribuições que lhe

confere a Lei,

D E C R E T A

CAPÍTULO IDas Disposições Preliminares

Art. 1.º O Fundo Municipal de Cultura – FMC, instituído pela Lei Municipal nº 3.955, de 20 de

novembro de 2013, rege-se por este Decreto e demais atos normativos que forem expedidos

pelo Poder Executivo Municipal.

Art. 2.º O FMC adotará como nome fantasia a seguinte designação: FUNDO MUNICIPAL DE

CULTURA - FARROUPILHA CULTURAL.

CAPÍTULO IIDa Natureza e da Duração

Art. 3.º O FMC é um fundo de natureza contábil e financeira, que funcionará sob as normas

legais vigentes, por prazo indeterminado de duração.

CAPÍTULO IIIDa Finalidade

Art. 4.º O FMC tem por finalidade prestar apoio financeiro para a implementação e/ou

ampliação de programas, projetos e ações de natureza cultural que se enquadrem nas

diretrizes e prioridades do Plano Municipal de Cultura.

CAPÍTULO IVDos Recursos e de sua Aplicação

Art. 5.º São receitas do FMC:

I – dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual do Município, e seus créditos adicionais;

II – transferências federais e estaduais à conta do FMC;

III – contribuições de mantenedores;

IV – produto do desenvolvimento de suas finalidades institucionais, tais como: arrecadação dos

preços públicos cobrados pela cessão de bens municipais sujeitos à administração do

Município; resultado da venda de ingressos de espetáculos ou de outros eventos artísticos e

promoções, produtos e serviços de caráter cultural;

V – doações e legados nos termos da legislação vigente;

VI – subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos

internacionais;

VII – reembolso das operações de empréstimo porventura realizadas por meio do FMC, a título

de financiamento reembolsável, observados critérios de remuneração que, no mínimo, lhes

preserve o valor real;

VIII – retorno dos resultados econômicos provenientes dos investimentos porventura realizados

em empresas e projetos culturais efetivados com recursos do FMC;

IX – resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre

a matéria;

X – empréstimos de instituições financeiras ou outras entidades;

XI – saldos não utilizados na execução dos projetos culturais financiados com recursos dos

mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC;

XII – devolução de recursos determinados pelo não cumprimento ou desaprovação de contas

de projetos culturais custeados pelos mecanismos previstos no Sistema Municipal de

Financiamento à Cultura – SMFC;

XIII – saldos de exercícios anteriores; e

XIV – outras receitas legalmente incorporáveis que lhe vierem a ser destinadas.

Art. 6.º Todos os programas, projetos ou ações beneficiados, com ou sem fins lucrativos,

receberão até 100% (cem por cento) de apoio do FMC.

Art. 7.º O FMC apoiará programas, projetos e ações culturais por meio das seguintes

modalidades:

I – não-reembolsáveis, quando apresentados por pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito

público e de direito privado, com ou sem fins lucrativos, através de:

a) editais de seleção pública;

b) contribuições;

c) subvenções; e

d) auxílios.

II – reembolsáveis, quando destinados ao estímulo da atividade produtiva das empresas de

natureza cultural e pessoas físicas, através de:

a) concessão de empréstimos.

§ 1.º Nos casos previstos no inciso II do caput, a Coordenadoria Municipal de Cultura definirá

com os agentes financeiros credenciados, a taxa de administração, os prazos de carência, os

juros limites, as garantias exigidas e as formas de pagamento.

§ 2.º Os riscos das operações previstas no parágrafo anterior serão assumidos, solidariamente

pelo FMC e pelos agentes financeiros credenciados, na forma que dispuser o regulamento.

§ 3.º A taxa de administração a que se refere o §1.º não poderá ser superior a 3% (três por

cento) dos recursos disponibilizados para o empréstimo.

§ 4.º Para o empréstimo de que trata o inciso II, serão fixadas taxas de remuneração que, no

mínimo, preservem o valor originalmente concedido.

Art. 8.º É vedada a aplicação de recursos do FMC em:

a) aquisição, construção, reforma ou conservação de bens imóveis, com exceção dos

programas, projetos ou ações relacionados ao Patrimônio Cultural;

b) aquisição, construção, reforma ou conservação de bens de capital;

c) pagamento de serviços de elaboração de propostas, de administração ou de gerência de

projetos culturais, cobrados por pessoas físicas ou jurídicas que atuem com captação de

recursos e quaisquer formas de intermediação que objetivem o financiamento das atividades

com recursos do fundo;

d) taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária, referentes a cobranças ou

recolhimentos de valores fora dos prazos ou não previstos no projeto;

e) promoção de recepções, festas, coquetéis ou serviços de bufê, excetuados os gastos com

refeições dos profissionais ou com ações educativas, isso quando necessário à consecução

dos objetivos do programa, projeto ou ação;

f) favor de clubes ou associações de servidores públicos municipais, estaduais ou federais ou

de entidades congêneres;

g) programas, projetos ou ações que sejam originários do poder público municipal, estadual ou

federal;

h) despesas de manutenção administrativa dos Governos Municipal, Estadual e Federal, bem

como de suas entidades vinculadas;

i) programas, projetos ou ações que não possuam finalidade predominantemente cultural;

j) programas, projetos ou ações que estejam captando, ou já tenham captado, recursos através

das leis de incentivo à cultura das esferas municipal, estadual ou federal;

k) programas, projetos ou ações que objetivem a realização de feiras ou exposições de

produtos predominantemente comerciais, não culturais;

l) programas, projetos ou ações promovidos por igrejas ou relacionados a doutrinas religiosas

ou de autoajuda; e

m) programas, projetos ou ações que façam apologia à violência, ao preconceito de qualquer

espécie, ao uso de drogas ou ainda a toda e qualquer expressão que seja considerada

ofensiva.

Art. 9.º As disponibilidades dos recursos do FMC serão aplicadas em programas, projetos ou

ações que visem fomentar e estimular o desenvolvimento da cultura no município de

Farroupilha, nas seguintes áreas:

I – artes visuais;

II – artes cênicas;

III – audiovisuais;

IV – tradição e folclore;

V – literatura e humanidades;

VI – música; e

VII – patrimônio cultural.

Parágrafo único. Os recursos deverão ser aplicados de maneira a assegurar a partilha entre

as diversas áreas e territórios.

Art. 10. Os programas, projetos ou ações deverão apresentar proposta de retorno de interesse

público (contrapartida social).

§ 1.º A contrapartida social deverá estar relacionada à descentralização e diversificação cultural

e à universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não poderão

estar incluídos no orçamento do programa, projeto ou ação cultural.

§ 2.º Poderá ser dispensada contrapartida social no âmbito de programas setoriais definidos

pela CMIC.

§ 3.º Nos casos em que a contrapartida for exigida, o proponente deve comprovar que dispõe

de recursos financeiros ou de bens ou serviços, se economicamente mensuráveis, para

complementar o montante aportado pelo FMC, ou que está assegurada a obtenção de

financiamento por outra fonte.

Art. 11. As normas para transferência de recursos orçamentários seguem Instrução Normativa

vigente no Município.

Art. 12. A prestação de contas do FMC observará a legislação pertinente.

Art. 13. Além das sanções penais e administrativas cabíveis, o proponente que não comprovar

a correta aplicação dos recursos nos prazos estipulados fica sujeito a:

I – inscrição em dívida ativa da Fazenda Municipal;

II – impedimento de participação em qualquer projeto apoiado pelo FMC, por um período de 2

(dois) anos após o cumprimento dessas obrigações; e

III – devolução dos valores repassados com as devidas correções.

§ 1.º Nas hipóteses em que for possível verificar o cumprimento parcial do programa, projeto ou

ação cultural, a prestação de contas poderá ser parcialmente aprovada, sujeitando o

proponente unicamente à devolução proporcional dos recursos, no prazo e forma assinalados

pela Coordenadoria Municipal de Cultura.

§ 2.º A não devolução da importância citada no parágrafo anterior caracterizará a inadimplência

do proponente que ficará sujeito às determinações do caput.

§ 3.º O responsável pelo projeto cuja prestação de contas for rejeitada pela Coordenadoria

Municipal de Cultura terá acesso a toda documentação que sustentou a decisão, bem como

poderá interpor recursos para reavaliação do parecer final, acompanhado, se for o caso, de

elementos não trazidos inicialmente à consideração no prazo estabelecido.

Art. 14. O saldo positivo do FMC apurado em balanço em cada exercício financeiro será

transferido para o exercício seguinte a crédito do mesmo Fundo.

CAPÍTULO VDos Proponentes

Art. 15. Poderão concorrer ao apoio do FMC as pessoas físicas ou jurídicas de direito público e

de direito privado, com ou sem fins lucrativos.

§ 1.º Somente serão aceitos, no caso de pessoas jurídicas, entidades legalmente constituídas

que comprovem, mesmo que de maneira informal, promover ou realizar atividades culturais no

Município há no mínimo 02 (dois) anos ou entidades que comprovem sede no Município há no

mínimo 01 (um) ano.

§ 2.º As pessoas jurídicas descritas no parágrafo anterior só serão aceitas caso se encontrem

em dia com as obrigações tributárias e institucionais, inclusive quanto ao cumprimento da

periodicidade dos mandatos estabelecidos nos estatutos.

§ 3.º As pessoas físicas mencionadas, deverão ser executoras do projeto e comprovar ter

residência e domicílio no Município de Farroupilha há no mínimo 01 (um) ano ou comprovar,

mesmo que de maneira informal, que promovem ou realizam atividades culturais no Município

há no mínimo 02 (dois) anos.

CAPÍTULO VIDa Estrutura

Art. 16. O FMC é constituído pelas seguintes instâncias:

I – Coordenadoria Municipal de Cultura;

II – Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC; e

III – Plenário do Conselho Municipal de Política Cultura – CMPC.

CAPÍTULO VIIDas Responsabilidades

Seção IDa Coordenadoria Municipal de Cultura

Art. 17. A Coordenadoria Municipal de Cultura é a instância responsável pela administração do

FMC, cabendo a ela:

I – orientar as propostas de programas, projetos ou ações culturais;

II - receber as propostas de programas, projetos ou ações culturais;

III – abrir os processos referentes aos programas, projetos ou ações culturais;

IV – realizar as inscrições dos programas, projetos ou ações culturais;

V – divulgar os programas, projetos ou ações culturais beneficiados;

VI – fiscalizar, juntamente com o Plenário do CMPC, os programas, projetos ou ações culturais;

e

VII – realizar a execução orçamentária, financeira e patrimonial do Fundo.

Parágrafo único. A administração do FMC será realizada, no que cabível, em conjunto com a

Secretaria Municipal de Finanças e Secretaria Municipal de Gestão e Governo.

Seção IIDa Comissão Municipal de Incentivo à Cultura

Art. 18. A Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC, é a instância responsável pela

seleção dos programas, projetos e ações culturais do FMC.

Parágrafo único. A seleção consiste em ato técnico de verificação da habilitação e avaliação

objetiva dos programas, projeto e ações culturais.

Art. 19. A CMIC adotará os seguintes critérios objetivos na avaliação da seleção:

I - avaliação das três dimensões – simbólica, econômica e social;

II – adequação orçamentária;

III – viabilidade de execução; e

IV – capacidade técnico-operacional.

Art. 20. A CMIC reunir-se-á, quantas vezes forem necessárias, por convocação da

Coordenadoria Municipal de Cultura ou de qualquer um de seus integrantes, com a presença

da maioria simples de seus membros.

Parágrafo único. As convocações serão feitas com antecedência mínima de 48 (quarenta e

oitos) horas e com a indicação da respectiva ordem do dia, e dispensar-se-á o prazo, quando

urgente à convocação extraordinária.

Art. 21. Os membros da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC serão designados

pelo Prefeito Municipal, mediante ato próprio, para mandato de 01 (um) ano, podendo ser

reconduzidos para mais um período de igual duração.

§ 1.º A CMIC será formada por 04 (quatro) componentes, sendo 02 (dois) representantes do

Poder Público e 02 (dois) da Sociedade Civil.

§ 2.º Caberá a CMIC estabelecer seu regimento interno.

§ 3.º A função de membro da CMIC é considerada de caráter público relevante, sendo vedada

qualquer forma de remuneração.

Art. 22. É vedada a participação, de qualquer espécie, dos membros da CMIC, em programas,

projetos ou ações culturais do FMC.

Seção IIIDo Plenário do Conselho Municipal de Políticas Culturais

Art. 23. O Plenário do Conselho Municipal de Políticas Culturais – CMPC, é a instância

responsável pela:

I - aprovação dos programas, projetos e ações culturais do FMC;

II - fiscalização, juntamente com a Coordenadoria Municipal de Cultura, dos programas,

projetos ou ações culturais; e

III – fiscalização da Coordenadoria Municipal de Cultura em suas ações.

Parágrafo único. A aprovação consiste em ato político de consentimento, onde se decidirá se

o projeto possui mérito significativo e se enquadra nas diretrizes e prioridades políticas da área

da cultura.

Art. 24. Não será vedada a apresentação ou participação em programas, projetos ou ações

culturais dos membros do Plenário do CMPC.

Parágrafo único. Os membros do Plenário do CMPC que tiverem programas, projetos ou

ações culturais próprios ou que tenham alguma espécie de participação ou ainda que sejam de

seus sócios, cônjuges, companheiros estáveis ou parentes em primeiro grau, selecionados

pela CMIC, não terão direito a voto nas reuniões de aprovação dos mesmos.

CAPÍTULO VIIIDo Funcionamento

Art. 25. Os programas, projetos e ações culturais do FMC deverão ser apresentados a

Coordenadoria Municipal de Cultura que abrirá os devidos processos.

Art. 26. A tramitação dos processos ocorrerá em fases, exatamente na ordem estabelecida

abaixo:

1. inscrição;

2. seleção;

3. aprovação;

4. financiamento;

5. execução; e

6. prestação de contas.

§ 1.º A inscrição, o financiamento e prestação de contas serão realizadas pela Coordenadoria

Municipal de Cultura.

§ 2.º A seleção será realizada pela CMIC.

§ 3.º A aprovação será realizada pelo Plenário do CMPC.

Art. 27. Os documentos, indicações e demais atos serão estabelecidos em instrumentos

próprios definidos e publicados pela Coordenadoria Municipal de Cultura.

CAPÍTULO IXDas Disposições Finais

Art. 28. Casos omissos serão resolvidos pela Coordenadoria Municipal de Cultura.

Art. 29. Este Decreto entre em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS, 16 de março de 2015.

CLAITON GONÇALVES

Prefeito Municipal

Registre-se e publique-se

Em 16 de março de 2015.

Francis Casali

Secretário Municipal de Gestão e Governo