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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO Prospectiva e Planejamento Estratégico PORTO - PI 5

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO

Prospectiva e Planejamento Estratégico

PORTO - PI

5

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Setembro/2015

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ministro de Estado da SaúdeArthur Chioro

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE- FUNASAFundação pública vinculada ao Ministério da Saúde

Superintendente EstadualIsabel Keline Cabral CardosoSuperintendência Estadual da FUNASA-PI

Avenida João XXIII, 1317, Jockey Club, Teresina-PI. CEP: 64049-010Telefone: (86) 3232 3995 / 3520Fax: (86) 3232-3047www.funasa.gov.br

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO-PI

PrefeitoFrancisco Geronço

Secretario Municipal de Administração: Francisco Lima do Amaral

Secretário de Saúde e Meio Ambiente:Sebastião Danilo Vaz do Rêgo

Secretário de Obras e Urbanismo:Dilson da Costa

Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento: Marcelino Oliveira

Secretário do Trabalho e Ação Social:Edilson Pereira da Silva Secretária Municipal de Educação:Clarissa Maria Lira Geronço

Secretário Municipal de Esportes e Lazer:Antônio de Sousa Vivica

Secretário Municipal de Cultura e Turismo:Iranildo Carvalho

Secretário Municipal de Finanças:Raimundo Nonato Geronço Secretário Municipal de Transporte e Rodovias:Laécio Viana Silva

Chefe de Gabinete:Manoel Galdino da Silva Filho COMITÊ DE COORDENAÇÃO

Representante do NICT/ FUNASA

Representantes do Executivo Municipal Raimundo Nonato Ferreira - TitularBruno Cruz Pereira - Suplente

Representantes da Câmara dos VereadoresValter Gomes de Oliveira Filho (Vereador) - TitularAdones Francisco de Sousa Bastos (Vereador) - Suplente

Representantes da Igreja CatólicaArnaldo de Sousa Silva - TitularJoão Paulo de Lima Machado – Suplente

Representantes da Igreja EvangélicaGenivaldo da Costa Alves - TitularManoel Galdino da Silva Filho - Suplente

Representantes da Sociedade CivilAloisio Moreira Vaz - TitularPaulo Henrique - Suplente

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores RuraisFrancisca Maria de Oliveira - TitularLurdes Maria da Conceição Ferreira - Suplente

Representantes da AgespisaMaria Suely de Moura Silva - TitularFrancisco Araújo Rodrigues - Suplente

Representantes Municipal de Trabalho e Ação Social Clarissa Maria Lira Geronço - TitularAntônio Carvalho - Suplente

Representantes de Associações de MoradoresIracema Alves de Morais Sampaio - TitularIrileuda Alves de Sousa - Suplente

COMITÊ EXECUTIVO DO PMSB

Representante da Consultoria: Dayana Ketty Barros

Representantes da Secretaria de Saúde e Meio AmbienteAntônio Alves da Silva - TitularSebastião Danilo Vaz do Rêgo - Suplente

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Representantes da Secretaria de Obras e Serviços UrbanosFrancisco das Chagas Oliveira - TitularDilson da Costa - Suplente

Representantes da Secretaria de Agricultura e AbastecimentoWillamy Vaz Costa - TitularMarcelino de Oliveira - Suplente

Representantes da EducaçãoAdriana Bastos - TitularMaria de Fátima Alves de Sousa - Suplente

FUNPAPIEmpresa de Consultoria Técnica para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico

Coordenadora AdministrativaDalya Ketty Barros

Coordenadora de LogísticaDayana Ketty Barros

Equipe TécnicaAlberto Soares Cavalcante Jr – Engenheiro CivilCarlos Anísio de Sousa – AdvogadoEdson Filho da Silva Santos – Engenheiro Sanitarista e AmbientalErlon Lira Barros – Técnico em Mídia Informatizada e Operador de VídeoFelipe Ferreira – Arquiteto e Especialista em GeoreferenciamentoJosé de Ribamar Bringel – Analista de SistemasMairla Meneses Lopes Teles – Engenheira CivilMarcelo Dante de Almeida Nunes – ArquitetoMercelane Bezerra – Assistente SocialNayara Sampaio Braga - Arquiteta

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FICHA CATALOGRÁFICA

Sumário

P699 Plano Municipal de Saneamento Básico de Porto-PI: Prognóstico dos Serviços de Saneamento Básico (versão preliminar) / Prefeitura Municipal de Porto. – Porto, 2015. 255 p. V. 2.

1. Saneamento Básico. I. Prefeitura Municipal de Porto. II. FUNASA.

COD 628.3

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APRESENTAÇÃO.....................................................................................................14

1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................15

2. PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.......................................16

2.1 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS DE PRESTAÇÃO E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO..............................................................16

2.1.1 DIRETRIZES PARA O SETOR DE SANEAMENTO..................................22

2.1.1.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO............22

2.1.1.2 Resíduos Sólidos .................................................................................225

2.1.1.3 Drenagem Urbana.................................................................................228

2.2 PROJEÇÕES DAS DEMANDAS PARA OS SETORES DE SANEAMENTO.........................................................................................................................29

2.2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA.......................................................................29

2.2.1.1 Parâmetros Normatizados.......................................................................30

2.2.1.2 Parâmetros Físicos de Projeção das Demandas....................................30

2.2.1.3 Descrição do Manancial Existente e das Alternativas para Atender as Demandas...........................................................................................................34

2.2.1.4 Alternativa Técnica para Atendimento da Demanda...............................35

2.2.1.5 Indicadores..............................................................................................36

2.2.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO.....................................................................38

2.2.2.1 Parâmetros Normatizados.......................................................................39

2.2.2.2 Parâmetros para Projeção de Extensão de Rede...................................39

2.2.2.3 Geração per Capita de Esgoto................................................................40

2.2.2.4 Evolução das Demandas de Esgoto.......................................................40

2.2.2.5 Alternativas Técnicas de Engenharia para Atendimento da Demanda...42

2.2.2.6 Estimativas de Carga do Esgoto.............................................................43

2.2.2.7 Estimativa de Concentração do Esgoto..................................................46

2.2.2.8 Comparação das Alternativas de Tratamento Local dos Esgotos...........47

2.2.2.9 Indicadores..............................................................................................48

2.2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS................................................................50

2.2.3.1 Resíduos Domésticos e de Limpeza Pública (RDO)...............................50

2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)............................52

2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)...........................................53

2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos.........................................53

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2.2.3.5 Metodologia para Cálculo dos Custos de Manutenção do Setor de Limpeza Urbana.........................................................................................54

2.2.3.6 Indicadores..............................................................................................59

2.2.3.7 Regras para o Transporte e Outras Etapas do Gerenciamento de RSU 60

2.2.3.7.1 Acondicionamento do Lixo...............................................................5961

2.2.3.7.2 Coleta e Transporte dos Resíduos...................................................5965

2.2.3.8 Os Serviços de Limpeza Urbana (varrição, capina, poda, roçado, pintura de meio fio e limpeza do sistema de drenagem: procedimentos e destinação). .87

2.2.3.9 Destinação de Resíduos Sólidos Sujeitos a Planos de Gerenciamento Específicos (industriais, agrosilvopastoris, volumosos, de transporte, verdes, óleos comestíveis, de cemitérios, de serviços de saneamento).......................591

2.2.4 DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS........................104

2.2.4.1 O Sistema de Drenagem Urbana em Porto...........................................104

2.2.4.2 Diagnóstico de Áreas de Riscos.........................................................1046

2.2.4.3 Demandas e Projeções.........................................................................111

2.2.4.4 Despesas e Receitas para o Setor........................................................113

2.2.5 CENÁRIOS ALTERNATIVOS DAS DEMANDAS POR SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO......................................................................................113

2.2.5.1Considerações Iniciais...........................................................................113

2.5.2.2 Fundamentação Teórica.......................................................................114

2.5.2.3 Metodologia para a Construção dos Cenários......................................116

2.5.2.4 Cenário para o Abastecimento de Água............................................11621

2.5.2.5 Análise SWOT.......................................................................................124

2.3 CENÁRIO DE REFERÊNCIA PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA......124

2.3.5.1 Analise SWOT – Abastecimento de água.............................................124

2.3.5.2 Estudo de Cenários – Abastecimento de Água....................................125

2.3.5.2.1 Metodologia de Cálculo para Sistemas de Abastecimentos de Água e Esgotamento Sanitário de Porto.......................................................................127

2.3.5.2.2 Cenário de Referência – Abastecimento de Água.............................135

2.3.5.3 Análise Swot – Esgotamento Sanitário.................................................139

2.3.5.4 Estudo de Cenários – Esgotamento Sanitário.......................................139

2.3.5.4.1 Metodologia de Calculo......................................................................141

2.3.5.4.2 Cenário de Referência – Esgotamento Sanitário...............................147

2.3.5.4.3 Análise SWOT – RESIDUOS SÓLIDOS............................................151

2.3.5.5 Estudo de Cenários – Resíduos Sólidos...............................................156

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2.3.5.5.1 Cenário de Referência – RESÍDUOS SÓLIDOS................................158

2.3.5.6 Análise SWOT – DRENAGEM URBANA..............................................177

2.3.5.7 Estudo de Cenários...............................................................................180

2.3.5.7.1 Cenário de Referência – Drenagem Urbana......................................183

2.3.5.7.2 Indicadores- Drenagem Urbana.........................................................186

2.3.5.7.3 PROPOSTA DE MEDIDAS MITIGADORAS PARA OS PRINCIPAIS IMPACTOS IDENTIFICADOS...........................................................................196

A) Medidas de controle para reduzir o assoreamento de cursos d’agua e de bacias de contenção (e de controle para reduzir o lançamento de resíduos solidos nos corpos d’agua)................................................................................196

B) Medidas referentes ao Sistema de Macrodrenagem....................................198

2.3.5.7.4 DIRETRIZES PARA O CONTROLE DE ESCOAMENTOS NA FONTE..........................................................................................................................203

2.3.5.7.5 DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DE FUNDOS DE VALE........207

2.3.5.7.6 MEDIDAS COMPLEMENTARES.......................................................216

3.0 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA...............................................218

3.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES........................................................................218

3.2 PREVISÃO DE EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIA.................222

3.3 FASES DA ADMINISTRAÇÃO.......................................................................225

3.4 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIA...............................................231

3.4.1 Ações de Caráter Geral – Água, Esgoto, Resíduo Sólido .......................231

3.4.2 Ações Específicas....................................................................................234

3.4.2.1 Serviços de Abastecimento de Água e Esgotos.................................234

3.4.2.2 Serviços de Coleta e Manejo de Resíduos Sólidos............................237

3.4.2.3 Serviços de Dregem Urbana e Manejo de Rsíduos Sólidos..............240

3.4 Atribuições e Responsabilidades................................................................242

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................243

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Sequência metodológica para o prognóstico do PMSB de Porto, PI................................................................................................................................16Figura 02: Caracterização Física dos Resíduos dos Municípios do T. dos Cocais ....................................................................................................................................51Figura 03: Esquema das etapas envolvidas na operacionalização da limpeza urbana........................................................................................................................64Figura 04: Etapa de escavação das trincheiras com o uso de retroescavadeira.........................................................................................................78Figura 05: Etapa de deposição dos resíduos nas valas/trincheiras...........................79Figura 06: Etapa de cobertura dos resíduos nas valas/trincheiras (manualmente)...........................................................................................................79Figura 07: Etapa de cobertura dos resíduos nas valas/trincheiras (mecanicamente)........................................................................................................80Figura 08: Esquema ilustrativo dos drenos de chorume............................................83Figura 09: Esquema ilustrativo dos poços de monitoramento....................................85Figura 10: Organograma dos serviços de limpeza pública........................................87Figura 11: Setores de risco de inundações no município de Porto..........................107Figura 12: Mapa de locais visitados na área urbana do município de Porto – PI (19/08/2015).............................................................................................................108Figura 13: Esquema Geral da Metodologia Proposta para a Elaboração dos Cenários...................................................................................................................118Figura 14: Cenário Indutivo......................................................................................120Figura 15: Cenário Dedutivo.....................................................................................120Figura 16: Esquema Representativo das Metas do Cenário Factível......................127Figura 17: Esquema da eficiência da prestação de serviços do Saneamento.........163Figura 18: Uso de “caixas filtro” em bocas-de-lobo e/ou caixas-ralo, para redução de aporte de resíduos sólidos no sistema de drenagem...............................................196Figura 19: Esquema de implantação de boca-de-lobo com poço de infiltração.......197Figura 20: Caixa-filtro com árvore, para redução da entrada de sedimentos na rede de drenagem............................................................................................................198Figura 21: Limites das áreas de risco susceptíveis às inundações do rio Parnaíba no entorno da área urbana de Porto-PI.........................................................................200Figura 22: Concepção das soluções para tratamento das áreas com risco de inundação.................................................................................................................202Figura 23: Regiões entre a cota 35m e o Parque Urbano Linear.............................202Figura 24: Categorização das soluções técnicas sustentáveis segundo sua localização no sistema de drenagem.......................................................................204Figura 25: Limites das áreas de risco susceptíveis às inundações do rio Parnaíba no entorno da área urbana de Porto-PI.........................................................................212Figura 26: Concepção das soluções para tratamento das áreas com risco de inundação.................................................................................................................214Figura 27: Regiões entre a cota 35m e o Parque Urbano Linear.............................215

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Possibilidades Institucionais de Prestação dos Serviços........................17Quadro 02: Possibilidades Institucionais de Prestação dos Serviços........................18Quadro 03: Densidade de Extensão de Rede Por Ligação de Água.........................31Quadro 04: Consumo Per Capita de Água.................................................................31Quadro 05: Evolução das Demandas da Sede Administrativa de Porto(PI)..............31Quadro 06: Evolução das Demandas da Área Rural de Porto(PI).............................34Quadro 07: Metas para o IEPA..................................................................................36Quadro 08: Prazos para Execução dos Serviços ......................................................36Quadro 09: Metas para o ISCA..................................................................................37Quadro 10: Condições a Serem Verificadas na Satisfação dos Clientes..................37Quadro 11: Metas para o IEAR..................................................................................38Quadro 12: Geração Per Capita de Esgoto................................................................40Quadro 13: Demandas do Sistema de Esgotamento Sanitário na Sede de Porto...........................................................................................................................41Quadro 14: Demandas do Sistema de Esgotamento Sanitário da Área Rural de Porto...........................................................................................................................42Quadro 15: Carga do Esgoto Bruto Urbano...............................................................43Quadro 16: Carga do Esgoto Tratado Urbano...........................................................44Quadro 17: Carga de Esgoto Bruto – Área Rural.......................................................45Quadro 18: Carga de Esgoto Tratado – Área Rural...................................................45Quadro 19: Prazos para Execução dos Serviços.......................................................48Quadro 20: Condições a Serem Verificadas na Satisfação dos Clientes..................49Quadro 21: Planilha de Estimativa de Geração Anual de Resíduos Domiciliares e Públicos em Porto (PI)................................................................................................52Quadro 22: Indicadores de Eficiência do Setor de Limpeza Urbana (2013)..............60Quadro 23: Identificação das etapas dos Serviços de Limpeza Urbana....................60Quadro 24: Critérios para Seleção de Áreas para Destinação Final de Resíduos Não Perigosos....................................................................................................................73Quadro 25: Especificações da Geomembrana para Impermeabilização de Aterros........................................................................................................................86Quadro 26: Síntese dos Cenários para o SAA.........................................................121Quadro 27: Análise SWOT do SAA de Porto(PI).....................................................124Quadro 28: Síntese dos Cenários para o SAA.........................................................125Quadro 29: Metas do IPA.........................................................................................135Quadro 30: Metas do ICA.........................................................................................136Quadro 31: Meta de Redução das Perdas da Sede Municipal de Porto(PI)............136Quadro 32: Análise SWOT do SES de Porto(PI).....................................................139Quadro 33: Síntese dos Cenários para o SAA.........................................................140Quadro 34: Metas Anuais da Cobertura de Esgoto do Sistema Porto.....................147Quadro 35: Resultado da Análise de SWOT para o Setor de Limpeza Urbana.....154Quadro 36: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Pública e Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO IDEAL...............................................................156Quadro 37: Análise Comparativa Despesas – CENÁRIO IDEAL.............................157

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Quadro 38: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Pública e Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO IDEAL...............................................................157Quadro 39: Análise Comparativa Despesas – CENÁRIO TENDENCIAL................157Quadro 40: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Pública e Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO DE REFERÊNCIA............................................158Quadro 41: Porcentagem dos itens que compõem os custos de um sistema de coleta e transporte regular de resíduos sólidos..................................................................159Quadro 42: Previsão de Cobertura da Coleta de RSU – zona urbana....................163Quadro 43: Geração de Resíduos Recicláveis ou com Potencial de Reaproveitamento – Porto/PI (período 2013-2033).................................................166Quadro 44: Análise SWOT do Sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Porto-PI.................................................................................................179Quadro 45: Síntese dos cenários e metas para o manejo de águas pluviais.........180Quadro 46: Ações Complementares para a Melhoria da Drenagem Urbana em Porto (PI)............................................................................................................................216Quadro 47: Ações Emergenciais do Sistema de Abastecimento de Água..............235Quadro 48: Ações Emergenciais do Sistema de Esgotamento Sanitário................236Quadro 49: Serviços de coleta e manejo de resíduos sólidos.................................238Quadro 50: Ações de Emergência e Contingência do Sistema de Drenagem de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.......................................................241Quadro 51: Atribuições das Unidades Envolvidas...................................................242

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Projeção de demandas do serviço de microdrenagem.........................112Tabela 02: Metas do Cenário Factível para o Setor de Abastecimento de Água – zona urbana.............................................................................................................132Tabela 03: Metas do Cenário Factível para o Setor de Abastecimento de Água – zona rural..................................................................................................................132Tabela 04: Valores Unitários Adotados na Estimativa de Despesas e Receitas do Setor de Abastecimento de Água em Porto.............................................................132Tabela 05: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Abastecimento de Água – Cenário Factível (Zona Urbana)...................................................................133Tabela 06: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Abastecimento de Água – Cenário Factivel Zona Rural........................................................................133Tabela 07: Comparativo das Despesas e das Receitas – Cenário Factível (Abastecimento de Água).........................................................................................134Tabela 08: Despesas Complementares - Cenário Factível (Abastecimento de Água)........................................................................................................................134Tabela 09: Abastecimento de Água - Zona Urbana e Zona Rural..........................137Tabela 10: Metas do Cenário Factível para o Setor de Esgotamento Sanitário (zona urbana e rural)..........................................................................................................143Tabela 11: Preços Unitários de Serviços Adotados para Projeção do Sistema de Esgotamento Sanitário em Porto – Cenário Factível...............................................145Tabela 12: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Esgotamento Sanitário – Cenário Factível (Zona Urbana e rural)..................................................146Tabela 13: Comparativo das Despesas e das Receitas incluindo Serviços Complementares – Cenário Factível (Esgotamento Sanitário)................................146Tabela 14: Esgotamento Sanitário - Zona Urbana e Zona Rural ............................149Tabela 15: Despesas e Receitas no Setor de Limpeza Urbana (cenário atual)......153Tabela 16: Preços de Compra e Venda de Recicláveis praticados no Piauí (2010).......................................................................................................................160Tabela 17: Principais indicadores comparativos entre as cidades nacionais..........165Tabela 18: Resíduos Sólidos - Zona Urbana e Zona Rural.....................................169Tabela 19: Indicadores para avaliação do atendimento das metas.........................187Tabela 20: Pontuação do indicador de atendimento de microdrenagem.................188Tabela 21: Pontuação do indicador de ocorrência de alagamentos........................189

Tabela 22: Drenagem Urbana - Zona Urbana e Zona Rural....................................192

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APRESENTAÇÃO

O presente produto corresponde ao Produto D – Prospectiva e Planejamento Estratégico dos Serviços de Saneamento Básico, referente aos trabalhos de

elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB de Porto, objeto do

Convênio nº 759674/2011 firmado entre a Prefeitura Municipal de Porto e a

Fundação Nacional de Saúde - FUNASA.

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1.0 INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o

saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico, os municípios

devem elaborar seus Planos de Saneamento, para que este seja parte integrante do

Sistema Municipal. O referido Sistema é composto pelos seguintes instrumentos:

Plano Municipal de Saneamento;

Lei Municipal de Saneamento, que terá o Plano como base;

Conselho Municipal de Saneamento;

Agencia Regulatória de Saneamento.

O Plano deve especificar a situação atual e futura, a partir da discussão de cenários

de referência, dos setores de:

Abastecimento de água;

Esgotamento sanitário;

Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais;

Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana.

Para tanto, e necessário que o processo de esteja de acordo com o que preconiza o

Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001), que define que o acesso aos serviços de

saneamento básico é um dos componentes do direito à cidade e os planos

municipais devem ter a participação e acompanhamento da sociedade civil para

aumentar sua eficácia e controle social.

A Lei do Saneamento Básico nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007, regulamentada

pelo Decreto Federal nº 7.217/10, determina que a prestação dos serviços públicos

de saneamento básico deve ocorrer com base em um plano que apresente, de

forma clara, os objetivos, metas, ações e prazos visando a universalização do

acesso ao saneamento básico a toda a população municipal dentro de um horizonte

de planejamento de 20 anos.

O esquema da Figura 02 apresenta a sequência metodológica adotada para

desenvolvimento dos estudos de prognóstico do saneamento em Porto.

18

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Figura 02: Sequência metodológica para o prognóstico do PMSB de Porto, PI.

2. PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

2.1 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS DE PRESTAÇÃO E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

O intuito do presente capítulo é sugerir ao poder público municipal uma avaliação

objetiva das possibilidades de que dispõe o município para a prestação dos serviços

de saneamento, especificamente no presente caso de abastecimento de água e

esgotamento sanitário.

O fundamento legal para a presente avaliação é o artigo 175 da Constituição Federal

e da Lei Federal 11.445/2007. Os Quadros 01 e 02 sintetizam as possibilidades

institucionais para organização da prestação de serviços públicos de acordo com o

ordenamento legal vigente.

19

Necessidades para Regularização dos SistemasObjetivos e Metas para o abastecimento de água e

esgotamento sanitárioObjetivos e Metas para o

manejo dos resíduos sólidosObjetivos e Metas para o

manejo das águas pluviais

Cenários de Referência dos Serviços de SaneamentoSistema de abastecimento

de água

Sistema de esgotamento

sanitário

Sistema de manejo de resíduos sólidos

Sistema de manejo de

águas pluviais

Projeção PopulacionalEstudos de Evolução Demográfica

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Quadro 01: Possibilidades Institucionais de Prestação dos Serviços.

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Quadro 02: Possibilidades Institucionais de Prestação dos Serviços.

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Conforme verificado nos Quadros anteriores, existem as seguintes possibilidades

institucionais para a prestação dos serviços:

Prestação pelo Poder Público Municipal por meio de: Departamento,

Autarquia ou Empresa Municipal dos serviços de abastecimento de

água e de esgotamento sanitário;

Outorga dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário a Sociedade de Economia Mista controlada pelo Poder

Pública Estadual por meio de contrato programa;

Concessão dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário a Sociedade de Propósito Específico (SPE) controlada pelo

Poder Público ou Privado;

Concessão Parcial ou Participação Público/Privado de Esgoto.

Para a determinação da melhor maneira de prestação dos serviços de saneamento,

serão diversos fatores devem ser levados em consideração para a tomada de

decisão por parte da Administração Pública, dentre eles, destacam-se:

Capacidade de mobilização dos recursos financeiros necessários;

Possibilidade de atendimento aos requisitos necessários para a

prestação de serviço adequado;

Rapidez no atendimento à legislação sanitária, ambiental, recursos

hídricos, tributária, defesa do consumidor, etc.;

Capacidade para atrair e manter no sistema os grandes consumidores

de água e os grandes emissores de esgoto domésticos e efluentes

industriais (visando economia de escala);

Capacidade de efetuar, pela menor tarifa, a prestação adequada dos

serviços de água e esgoto;

Capacidade de adequação e cumprimento das práticas comerciais

adequadas;

Capacidade de racionalização do uso dos recursos hídricos existentes;

Segurança político institucional;

Capacidade de atrair parceiros privados;

Complexidade do arranjo institucional;

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Aceitabilidade por parte da comunidade, da classe política, dos meios

de comunicação e demais entidades organizadas da sociedade civil.

A decisão sobre as melhores formas de implantação do PMSB decorrerá da

consideração simultânea dos parâmetros econômico-financeiros e dos fatores acima

enumerados. Assim, uma decisão superior poderá se realizar de modo objetivo e

transparente.

Todas as formas de prestação dos serviços possuem seus pontos positivos e

negativos, os quais serão demonstrados para cada modelo a seguir:

PRESTAÇÃO DIRETA DOS SERVIÇOS

Embora se constitua na modalidade politicamente mais adequada, pelo aspecto do

controle da gestão operacional ficar em poder da administração pública municipal,

capacitar de forma adequada profissionais dos quadros permanentes da

municipalidade apresenta um cenário de incertezas.

Estas incertezas refletem a capacidade dos profissionais concursados, a capacidade

de captação de recursos para viabilização dos investimentos necessários e no

desenvolvimento de uma política municipal de saneamento básico, que assegure

aos cidadãos a prestação de serviços de forma satisfatória ao longo do tempo.

EMPRESA ESTADUAL

Por meio de contrato programa, embora possa se colocar como solução viável,

verifica-se que no médio e longo prazo, a Companhia Estadual poderá ter

dificuldades para honrar compromissos de investimentos necessários para com a

municipalidade no caso de a Estatal não reunir as condições de ampliar sua

capacidade de endividamento para acessar linhas de financiamentos, colocando em

risco o objetivo de garantir aos cidadãos o serviço adequado.

Pelas exigências contidas na legislação, que assegura ao titular dos serviços fazer

constar no contrato de programa, metas e cronograma de investimentos que garanta

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a prestação dos serviços de forma adequada, pode-se afirmar que é prudente o

Município, cercar-se de garantias, para que em eventual opção de celebração de

contrato programa, o cumprimento do cronograma de investimentos e metas esteja

devidamente assegurado para os sistemas de abastecimento de água potável e

esgotamento sanitário.

CONCESSÃO MEDIANTE LICITAÇÃO

No comparativo com as demais alternativas, apresenta-se como a mais viável e

recomendada, pela possibilidade de atrair investimentos ao longo do tempo,

facultando a participação de Entidades de capital público e/ou privado,

individualmente ou em forma de consórcio.

Além disso, a concessão visa o lucro, para tanto, deverá realizar os investimentos

necessários de ampliação dos sistemas, assim como uma prestação de serviço

eficiente para então obter resultados positivos economicamente.

PROJETOS PPP

Poderá propiciar soluções parciais e terá de contar com a participação do poder

público ou da empresa estadual na execução e operação dos serviços. De um lado

demandará recursos públicos municipais e de outro dependerá da capacidade de

captação de recursos do Poder Público, gerando assim, incertezas.

No ponto de vista desta consultoria e dentro do aspecto estritamente técnico, o

importante não é quem venha a executar a prestação de serviço de saneamento e

sim o bom atendimento à população de Porto, o que será viável com a implantação

do PMSB proposto e dentro dos critérios operacionais fixados.

Não pode deixar de se registrar a necessidade legal da prestação dos serviços de

saneamento ser acompanhados por uma Agência Reguladora, independente do

regime de prestação de serviço a ser adotada pela Administração.

2.1.1 DIRETRIZES PARA O SETOR DE SANEAMENTO

2.1.1.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

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Os Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário só poderão ser

considerados como eficazes e eficientes se atenderem aos seus usuários e serem

viáveis financeiramente, com o concomitante atendimento das seguintes Diretrizes:

Que ocorra a universalização dos serviços;

Que o usuário é a razão de ser da empresa, independentemente da

mesma ser pública ou concessionada através de contrato de programa

ou para a iniciativa privada;

Que a prestação de serviços originados atenda as expectativas dos

usuários em termos de prazos de atendimento e qualidade do serviço

prestado;

Que a empresa atue com isonomia na prestação de serviços a seus

clientes;

Que a qualidade da água esteja, a qualquer tempo, dentro dos padrões

de potabilidade, no mínimo, atendendo aos dispositivos legais da

Portaria 2.914 do Ministério da Saúde;

Que a qualidade do esgoto tratado esteja, a qualquer tempo, de acordo

com a Resolução CONAMA nº 357 de 17 de Março de 2005 que

“dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes

ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as

condições e padrões de lançamento de efluentes”; a Resolução

CONAMA nº 375 de 29 de Agosto de 2006 que “define critérios e

procedimentos para o uso agrícola de lodos gerados em estações de

tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados” e a

Resolução CONAMA nº 430 de 13 de maio de 2011 que dispõe sobre

condições, parâmetros, padrões e diretrizes para a gestão do

lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando

parcialmente e complementando a Resolução CONAMA nº 357/2005;

Que ocorram regularidade e continuidade na prestação de serviços de

abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos sanitários;

no caso do abastecimento de água, no que se refere à quantidade e

pressão dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT;

Que o custo do m³ cobrado de água produzido e distribuído e da coleta

e tratamento de esgoto seja justo e que possa ser absorvido pela

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população, mesmo aquela de baixa renda, sem causar desequilíbrio

financeiro domiciliar e sem, contudo, inviabilizar os planos de

investimentos necessários;

Que a grade tarifária a ser aplicada privilegie os usuários que

pratiquem a economicidade no consumo de água;

Que a operação do sistema seja adequada, no que se refere à

medição correta de consumos e respectivos pagamentos;

Que a relação preço/qualidade dos serviços prestados esteja otimizada

e que a busca pela diminuição de perdas físicas, de energia e outras

seja permanente;

Que os serviços de manutenção preventiva/preditiva tenham

prevalência em relação aos corretivos;

Que seja aplicada a tecnologia mais avançada, adequada às suas

operações;

Que seja buscado permanentemente prover soluções otimizadas ao

cliente;

Que sejam previstas nos projetos de implantação das obras, condições

de minimizar as interferências com a segurança e tráfego de pessoas e

veículos;

Que o futuro sistema de informações a ser elaborado no PMSB venha

a ser alimentado por dados verídicos e obtidos da boa técnica,

resultando em indicadores que retratem a realidade dos sistemas de

saneamento;

Que os indicadores selecionados permitam ações oportunas de

correção e otimização da operação dos serviços;

Que seja viabilizado o desenvolvimento técnico e pessoal dos

profissionais envolvidos nos trabalhos, de forma a possibilitar à estes

uma busca contínua da melhoria do seu desempenho.

As principais Obrigações da Administração Municipal a serem atendidas

são:

Deverá constituir ou delegar a competente regulação dos serviços,

conforme previsto em lei;

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A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação

dos sistemas deverá preencher adequadamente o sistema de

indicadores elaborado no PMSB, o qual deverá ser utilizado para

acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas;

A entidade reguladora dos serviços deverá acompanhar a evolução

das metas, utilizando o sistema de indicadores desenvolvido, atuando

sempre que ocorrerem distorções, garantindo o fiel cumprimento das

metas fixadas, sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação

dos sistemas deverá obter todas as licenças ambientais para execução

de obras e operação dos serviços nos sistemas de abastecimento de

água, tendo em vista que diversas dessas obras são passíveis de

licenciamento ambiental nos termos de legislação específica (Lei

Federal nº 6.938/1988, Decreto Federal nº 99.274/1990 e Resoluções

CONAMA 5/1988, 237/1997 e 377/2006);

A Administração Municipal deverá garantir que as obras e serviços

venham a ser executados atendendo todas as legislações referentes à

segurança do trabalho;

Dar os subsídios necessários para que a entidade reguladora dos

serviços possa acompanhar de forma eficaz a evolução das metas,

utilizando o sistema de indicadores desenvolvido. Caberá a entidade

reguladora dos serviços atuarem de forma firme, sempre que

ocorrerem distorções, garantindo o fiel cumprimento das metas fixadas,

sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

Obter, ou a quem a mesma delegar a operação dos serviços de

esgoto, as licenças ambientais, tanto para a execução de obras (LI),

como para a própria operação dos serviços (LO). Isto se deve em

função da necessidade de licenciamento ambiental nos termos da

legislação específica vigente (Lei Federal No 6.938/1988, Decreto

Federal No 99.274/1990 e Resoluções CONAMA No 005/1988, No

237/1997 e No 377/2006);

Implantar, ou a quem a mesma delegar a operação dos serviços de

abastecimento de água, de coleta e de tratamento de esgoto, um

sistema de qualidade envolvendo todas as etapas dos processos.

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2.1.1.2 RESIDUOS SÓLIDOS

O Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos só poderá ser

considerado como eficiente se atendera os seus usuários e ser auto-suficiente. Para

tanto devem ser atendidas as seguintes Diretrizes:

Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a

seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,

reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos;

Que ocorra a universalização de cada tipo de serviço componente do

sistema e uma vez atendida seja mantida ao longo do período do

Plano;

Que a qualidade dos serviços esteja, a qualquer tempo, dentro dos

padrões, no mínimo atendendo aos dispositivos legais ou àqueles que

venham a ser fixados pela administração do sistema;

Que os resíduos sejam coletados e devidamente tratados e sua

disposição final atenda aos dispositivos legais vigentes ou aqueles que

venham a ser fixados pela administração do sistema;

Que o município disponha de dispositivos ou exija a existência dos

mesmos em relação à segurança de que não serão interrompidos os

serviços de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos;

Que o usuário é a razão de ser do operador, independentemente do

mesmo ser público, por prestação de serviço, autárquico ou privado;

Que a prestação de serviços atenda as expectativas dos usuários em

termos de prazos de atendimento e qualidade do serviço prestado;

Que a prestação do serviço seja adequada ao pleno atendimento dos

usuários atendendo às condições de regularidade, continuidade,

eficiência, segurança e cortesia na prestação;

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Que seja elaborado e implantado esquemas de atendimento dos

serviços, para as situações de emergência, mantendo alternativas de

recursos materiais e humanos para tanto;

Que o valor cobrado por todos os serviços prestados seja justo e que

possa ser absorvido pela população, mesmo aquela de baixa renda,

sem causar desequilíbrio domiciliar, sem, contudo, inviabilizar os

planos de investimento e o equilíbrio econômico-financeiro dos

contratos ou serviços;

Que o operador atue com isonomia na prestação de serviços a seus

usuários;

Que o sistema de informações desenvolvido no PMSB venha a ser

alimentado por dados verídicos e obtidos da boa técnica, resultando

em indicadores que retratem a realidade dos sistemas de saneamento;

Que seja recebida, apurada e promovida a solução das reclamações

dos usuários, quando julgadas procedentes;

Que seja priorizada a melhoria contínua da qualidade e o incremento

da produtividade dos serviços prestados;

Que seja divulgado adequadamente, ao público em geral e ao usuário

em particular, a ocorrência de situações excepcionais, a adoção de

esquemas especiais de operação e a realização de obras e serviços no

Município, em especial àquelas que obriguem à interrupção da

prestação dos serviços;

Que sejam divulgadas ao usuário, informações necessárias ao uso

correto dos serviços e orientações, principalmente quanto à forma de

manuseio, embalagem, acondicionamento e disposição dos resíduos

para sua remoção.

Que seja disciplinado o fluxo da logística reversa para os resíduos

gerados no município, com o envolvimento de todas as esferas

responsáveis.

Para viabilizar estas diretrizes, o município:

Deverá constituir Agência Reguladora de âmbito municipal ou delegar

a competente regulação dos serviços, conforme previsto em lei;

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A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação do

sistema deverá preencher adequadamente o sistema de indicadores

elaborado no PMSB, o qual deverá ser utilizado para acompanhamento

do cumprimento das metas estabelecidas;

A entidade reguladora dos serviços deverá acompanhar a evolução

das metas, utilizando o sistema de indicadores desenvolvido, atuando

sempre que ocorrerem distorções, garantindo o fiel cumprimento das

metas fixadas, sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação

dos sistemas deverá obter todas as licenças ambientais para execução

de obras e operação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos

resíduos sólidos, tendo em vista que diversas dessas obras são

passíveis de licenciamento ambiental nos termos da legislação

específica (Lei Federal nº 6.938/1981; Decreto Federal nº 99.274/1990

e Resoluções CONAMA nº 5/1988, 237/1997 e 377/2006);

A Administração deverá garantir que as obras e serviços venham a ser

executados atendendo todas as legislações referentes à segurança do

trabalho;

2.1.1.3 DRENAGEM URBANA

O Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais só poderão ser

considerados eficientes se atenderem bem aos seus usuários, para tanto devem ser

atendidas algumas Diretrizes:

Que ocorra a universalização do serviço e, uma vez atendida, seja

mantida ao longo do período do Plano;

Que toda área do município, seja urbana ou rural, possua os serviços

de drenagem e manejo de águas pluviais adequados a sua

necessidade e características locais;

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Que as águas pluviais urbanas sejam coletadas e sua disposição final

atenda aos dispositivos legais vigentes ou aqueles que venham a ser

fixados pela administração do sistema;

Que seja priorizada a melhoria contínua da qualidade dos serviços

prestados;

Que ocorra a prevalência da manutenção preventiva em relação aos

serviços corretivos;

Que a qualidade dos serviços esteja, a qualquer tempo, dentro dos

padrões, no mínimo atendendo aos dispositivos legais ou aqueles que

venham a ser fixados pela administração do sistema;

Que o operador atue com isonomia na prestação de serviços a seus

usuários;

Que esteja disponibilizado um bom sistema de geração de informações

e que os dados que venham a alimentar as variáveis sejam verídicos e

obtidos da boa técnica;

Que seja recebida, apurada e promovida a solução das reclamações

dos usuários, quando julgadas procedentes;

Que seja viabilizado o desenvolvimento técnico e pessoal dos

profissionais envolvidos nos trabalhos;

Que ocorra a busca da melhoria contínua do desempenho do corpo

profissional envolvido.

Para viabilizar estas diretrizes, o município:

Deverá constituir Agência Reguladora de âmbito municipal ou delegar

a competente regulação dos serviços, conforme previsto em Lei;

A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação do

sistema deverá preencher adequadamente o sistema de indicadores

elaborado no PMSB, o qual deverá ser utilizado para acompanhamento

do cumprimento das metas estabelecidas;

A entidade reguladora dos serviços deverá acompanhar a evolução

das metas, utilizando o sistema de indicadores desenvolvido, atuando

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sempre que ocorrerem distorções, garantindo o fiel cumprimento das

metas fixadas, sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

A Administração Municipal deverá obter todas as licenças ambientais

para execução de obras e manutenção dos serviços de drenagem

urbana e manejo das águas pluviais, tendo em vista que diversas

dessas obras são passíveis de licenciamento ambiental nos termos da

legislação específica;

A Administração deverá ser responsável pela complementação dos

custos envolvidos nas ações estruturais e não estruturais da drenagem

urbana e manejo das águas pluviais;

A Administração deverá garantir que as obras e serviços venham a ser

executados atendendo todas as legislações referentes à segurança do

trabalho.

2.2 PROJEÇÕES DAS DEMANDAS PARA OS SETORES DE SANEAMENTO

2.2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Para identificação das necessidades futuras de ampliação/otimização dos

componentes do sistema serão utilizados dados anteriores apresentados no

levantamento e diagnóstico da situação atual, das evoluções ao longo do período do

estudo, da população, das metas de cobertura fixada e de redução do índice de

perda, sendo necessário ainda definir os parâmetros normatizados e parâmetros de

projeção do número de ligações, economias e de extensão de rede.

2.2.1.1 Parâmetros Normatizados

Os parâmetros normatizados a serem adotados para a projeção de demanda dos

sistemas de abastecimento de água do município de Porto são os seguintes:

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Reservação: mínimo 1/3 do volume distribuído no dia de maior

consumo;

Coeficiente de variação máxima diária - K = 1,2;

Coeficiente de variação máxima horária - K2 =1,5.

2.2.1.2 Parâmetros Físicos de Projeção das Demandas

Para determinação da projeção das demandas no município Porto, foram utilizadas

informações repassadas pela AGESPISA e Administração Municipal.

População estimada abastecida em 2014 de 6.827 habitantes na área

urbana.

Quantidade de ligações de água em 2014: 2.445 ligações;

Com base nestas informações, obteve-se um índice de 2,792 habitantes/ligação.

Segundo informações obtidas com a AGESPISA, existem 1.903 economias nos

sistemas de Porto, obtendo-se assim, a seguinte densidade de economia por

ligação:

Município de Porto = 1.903 econ. / 2.445 lig. = 0,778 econ./lig.

Diferentemente da densidade de economia por ligação e do número de habitantes

por ligação, a densidade de extensão de rede varia de acordo com número de

ligações, conforme demonstra o Quadro 03.

Quadro 03: Densidade de Extensão de Rede Por Ligação de Água.

Sistema Extensão de Rede (m)

N° de Ligações m/lig

Sede Administrativa de Porto 23.530 2.445 9,62

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Por fim, conforme demonstrado no Relatório do Diagnóstico do Sistema de

Abastecimento de Água, o consumo per capita de água na zona urbana de Porto(PI)

está apresentado no Quadro 04.

Quadro 04: Consumo Per Capita de Água.

Sistema Per Capita (L/hab.dia)Sede Administrativa de Porto(PI) 88,68

Já para a projeção das demandas na área urbana do município será adotado o

consumo per capita de 120l/hab.dia, levando em consideração que as informações

contidas no Quadro 04 estão deduzidas as perdas, que com as ações previstas

terão regularidade e o consumo per capita será aumentado. Para a projeção das

demandas na área rural do município será adotado o mesmo consumo per capita da

Sede de Porto, visto que não existem informações quanto aos sistemas de

abastecimento existente, portanto, foi considerada a situação a situação mais crítica,

devido o maior consumo.

Com Base nos parâmetros normatizados e nos parâmetros físicos do sistema de

Porto, foram elaborados os Quadros 05 e 06, que representa um resumo da

evolução dos principais componentes do sistema de abastecimento de água na

Sede de Porto e da área rural do município de Porto, respectivamente.

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Quadro 05: Evolução das Demandas da Sede Administrativa de Porto(PI)

ANOPOPULA

ÇÃO (hab.)

COBERTURA (%)

POPULAÇÃO

ATENTIDA

(hab.)

ÍNDICE DE

PERDAS (%)

PER CAPIT

A (L/hab.

dia)

VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO (L/s) RESERV

AÇÃO (m³)

EXTENSÃO DE

REDE (m)

Nº DE LIGAÇÕ

ES

Nº DE ECONOMI

ASMEDIA DIA HORA

2015 7503 100 7503 42,13 120 15,01 18,01 27,01 388,13 23530 2445 19032016 7616 100 7616 40,13 120 15,23 18,28 27,42 393,98 26254 2728 21232017 7731 100 7731 39,13 120 15,46 18,55 27,83 399,92 26648 2769 21552018 7847 100 7847 37,13 120 15,69 18,83 28,25 405,92 27043 2810 21872019 7965 100 7965 35,13 120 15,93 19,12 28,67 412,03 27456 2853 22212020 8085 100 8085 33,13 120 16,17 19,40 29,11 418,24 27870 2896 22542021 8207 100 8207 32,13 120 16,41 19,70 29,55 424,55 28284 2939 22872022 8331 100 8331 31,13 120 16,66 19,99 29,99 430,96 28717 2984 23232023 8456 100 8456 30,13 120 16,91 20,29 30,44 437,43 29141 3028 23572024 8583 100 8583 29,13 120 17,17 20,60 30,90 444,00 29583 3074 23932025 8712 100 8712 29,13 120 17,42 20,91 31,36 450,67 30026 3120 24282026 8843 100 8843 28,13 120 17,69 21,22 31,83 457,45 30478 3167 24652027 8976 100 8976 27,13 120 17,95 21,54 32,31 464,33 30940 3215 25022028 9111 100 9111 26,13 120 18,22 21,87 32,80 471,31 31402 3263 25402029 9248 100 9248 25,13 120 18,50 22,20 33,29 478,40 31874 3312 25782030 9387 100 9387 25,00 120 18,77 22,53 33,79 485,59 32355 3362 26172031 9528 100 9528 25,00 120 19,06 22,87 34,30 492,88 32836 3412 26562032 9671 100 9671 25,00 120 19,34 23,21 34,82 500,28 33337 3464 26962033 9817 100 9817 25,00 120 19,63 23,56 35,34 507,83 33837 3516 27372034 9965 100 9965 25,00 120 19,93 23,92 35,87 515,49 34347 3569 27782035 10115 100 10115 25,00 120 20,23 24,28 36,41 523,25 34867 3623 2820

35

Page 32:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Quadro 06: Evolução das Demandas da Área Rural de Porto(PI)

ANO POPULAÇÃO (hab.)

PER CAPITA

(L/hab.dia)

VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO (L/s) Nº DE

LIGAÇÕESMEDIA DIA HORA2015 4394 120 8,79 10,55 15,82 8792016 4460 120 8,92 10,70 16,06 8922017 4527 120 9,05 10,86 16,30 9052018 4595 120 9,19 11,03 16,54 9192019 4664 120 9,33 11,19 16,79 9332020 4734 120 9,47 11,36 17,04 9472021 4806 120 9,61 11,53 17,30 9612022 4879 120 9,76 11,71 17,56 9762023 4953 120 9,91 11,89 17,83 9912024 5028 120 10,06 12,07 18,10 10062025 5104 120 10,21 12,25 18,37 10212026 5181 120 10,36 12,43 18,65 10362027 5259 120 10,52 12,62 18,93 10522028 5338 120 10,68 12,81 19,22 10682029 5419 120 10,84 13,01 19,51 10842030 5501 120 11,00 13,20 19,80 11002031 5584 120 11,17 13,40 20,10 11172032 5668 120 11,34 13,60 20,40 11342033 5754 120 11,51 13,81 20,71 11512034 5841 120 11,68 14,02 21,03 11682035 5929 120 11,86 14,23 21,34 1186

2.2.1.3 Descrição do Manancial Existente e das Alternativas para Atender as Demandas

Conforme demonstrado no Relatório do Diagnóstico do Sistema de Abastecimento

de Água, o principal manancial atualmente utilizado pela concessionária na Sede é o

Rio Parnaíba. Existem ainda outras possibilidades de captação em manancial

superficial no município, são córregos, açudes e lagoas, na zona rural do município,

porém, a utilização de mananciais subterrâneos ainda é a forma mais viável para o

abastecimento das localidades rurais, os problemas desses aquíferos são o alto teor

de salinidade.

Na Sede de Porto, a vazão média captada no Rio Parnaíba é de 22,22 l/s, ou seja,

1.919,81 m³/dia, sendo possível ampliar a capacidade de produção nesta unidade

operacional, para o limite necessário, porém, para produção de água tratada é

necessário dobrar a capacidade de produção da E.T.A.

36

Page 33:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

De acordo com o cenário de referência, existem metas de manutenção do

atendimento em 100% da área urbana e de redução das perdas na distribuição dos

atuais 42,13% para 25% do volume de água produzido.

Com as metas estabelecidas e a evolução populacional da área urbana do

município, ocorre uma pequena evolução da demanda de água, logo estima-se que

no final do período de planejamento, a vazão demandada pela população de Porto

seja de 20,23 L/s (1.747,87 m³/dia).

Como a capacidade de captação da Sede de Porto atual é de 22,22 L/s (1.919,81

m³/dia), haverá necessidade de buscar recursos para dobrar a capacidade de

produção da E.T.A. para 30 l/s, buscando regularizar a produção de água tratada

para demanda da população neste setor do município.

Para tanto, propõe-se a ampliação da E.T.A. da AGESPISA, buscando uma

produção de 30l/s, levando em consideração que a captação no Rio Parnaíba,

acompanhe a produção da E.T.A.

2.2.1.4 Alternativa Técnica para Atendimento da Demanda

Conforme demonstrado no item Identificação do Manancial e nos quadros de

evolução de demandas de água, a Sede de Porto propõe-se a ampliação da E.T.A.

da AGESPISA, buscando uma produção de 30l/s, regularizando o abastecimento da

Sede Administrativa, principalmente, sua área de expansão urbana.

Já para as áreas rurais do município de Porto propõe-se que o município realize

fiscalizações nos pontos de captação das soluções individuais e coletivas para

verificar a qualidade da água e que crie um programa de distribuição de produto

químico para que seja realizada corretamente a desinfecção da água bruta nestas

áreas, evitando assim, a ação de organismos patogênicos.

Além, dessas ações é necessário à verificação do teor de salinidade dos mananciais

subterrâneos para utilização no consumo humano, deve ser verificado os índices

reguladores para tais fins, conforme estabelece a OMS, e a possibilidade de

utilização de equipamentos dessalinizadores.

37

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Em algumas localidades deve ser verificada a possibilidade da utilização de

mananciais superficiais como açudes e lagoas, sendo para isso necessário um

estudo hidrológico, de qualidade da água, e dos níveis de produção. Nestas

localidades será necessária a construção de estações compactada de tratamento de

água, para o atendimento das localidades adjacentes aos mananciais de captação.

2.2.1.5 Indicadores

Eficiência nos Prazos de Atendimento

As metas fixadas para o indicador de eficiência nos prazos de atendimento estão

apresentadas no Quadro 07.

Quadro 07: Metas para o IEPA.

Ano Meta do IEPA (%)1 Medição Inicial2 80

3 e 4 905 em diante 95

Os prazos são para solicitações efetuadas dentro do horário comercial (2ª a 6ª feira,

das 8:00 às 17:00 h), fora desse período os mesmos deverão ser majorados em

100%.

Quadro 08: Prazos para Execução dos Serviços

Serviço Unidade PrazoLigação domiciliar Dias úteis 5Reparo de vazamentos de água Horas 12Reparo de cavalete Horas 12Falta de água local ou geral Horas 12Ocorrências relativas à repavimentação Dias úteis 3Verificação da qualidade da água Horas 6Verificação de falta de água/pouca pressão Horas 6Restabelecimento do fornecimento de água por débito Horas 24Restabelecimento do fornecimento a pedido Dias úteis 2Ocorrências de caráter comercial Dias úteis 2Remanejamento de ramal de água Dias úteis 5Deslocamento de cavalete Dias úteis 3

38

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Substituição de hidrômetro a pedido do cliente Dias úteis 2O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como segue:

IEPAagua = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x

100)/(quantidade total de serviços realizados).

Satisfação do Cliente no Atendimento

As metas fixadas para o indicador de satisfação do cliente no atendimento estão

apresentadas no Quadro 09.

Quadro 09: Metas para o ISCA.

Ano Meta do ISCA (%)1 Medição Inicial2 90

3 e 4 955 em diante 98

Indicador de satisfação do cliente no atendimento - ISCA deve mensurar o grau de

satisfação do usuário em relação ao atendimento recebido, devendo ser calculado

mensalmente e avaliado como média anual.

A obtenção dos dados para integrar o índice deve ser efetuado por amostragem, em

quantidade suficiente que garanta a representatividade do universo de solicitações,

sendo que da pesquisa deverão constar obrigatoriamente os itens relacionados no

Quadro 10 a seguir apresentados.

Quadro 10: Condições a Serem Verificadas na Satisfação dos Clientes.

Item Condição a ser verificadaAtendimento personalizado Atendimento em tempo inferior a 15

minutosAtendimento telefônico Atendimento em tempo inferior a 5

minutosCortesia no atendimento Com cortesia

Sem cortesiaProfissionalismo no atendimento Com profissionalismo

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Sem profissionalismoConforto oferecido pelas instalações físicas, mobiliário e equipamentos.

Com confortoSem conforto

Eficiência na Arrecadação

As metas fixadas para o indicador de eficiência na arrecadação estão apresentadas

no Quadro 11.

Quadro 11: Metas para o IEAR.

Ano Meta do IEAR (%)Ano 1 Medição Inicial

Ano 2 ao 4 Diminuição de 2% ao ano em relação ao ano anterior

Ano 5 em diante Diminuição de 1% ao ano em relação ao ano anterior, até atingir uma eficiência de 97%.

A eficiência da arrecadação

A eficiência da arrecadação é um indicador que permite o acompanhamento da

efetividade das ações que viabilizem o recebimento dos valores faturados.

O acompanhamento deverá ser mensal e referenciado sempre ao mês base,

devendo ser apurado até o terceiro mês do faturamento. Após esse período passará

a ser considerado como um serviço ineficiente em relação à efetividade de

arrecadação.

Deverá ser calculado da seguinte forma:

IEARagua = (Valor arrecadado (mês base)/ Valor faturado (mês base)) +

(Valor arrecadado (mês base) no mês base + 1/ Valor faturado (mês base)) +

(Valor arrecadado (mês base) no mês base + 2/ Valor faturado (mês base)).

2.2.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Para identificação das necessidades futuras de ampliação/otimização dos

componentes do sistema de esgotamento sanitário serão utilizados dados referentes

40

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ao levantamento e diagnóstico da situação atual, das evoluções populacionais

previstas ao longo do período de planejamento, das metas de cobertura fixada,

sendo necessário, ainda, definir parâmetros normatizados, e parâmetros de projeção

do número de ligações, economias e de extensão de rede.

2.2.2.1 Parâmetros Normatizados

Coeficiente de Retorno (C)

É o valor do consumo de água que retorna como esgoto na rede coletora. Será

adotado o valor previsto em norma, ou seja: C = 0,80.

Coeficientes de Variação de Vazão

Para os coeficientes de variação de vazão estão sendo adotados os valores

preconizados por norma, quais sejam:

Coeficiente de variação máxima diária (K1) = 1,20

Coeficiente de variação máxima horária (K2) = 1,50

Vazão de Infiltração Unitária (qi)

Segundo a Norma NBR 9.649 da ABNT de 1986, a taxa de infiltração deve estar

dentro de uma faixa entre 0,05 e 1,0. Por fim, devido a outros projetos de esgoto

existentes em regiões com o mesmo tipo de solo, fica adotado um coeficiente de

infiltração de 0,1 L/s.km.

2.2.2.2 Parâmetros para Projeção de Extensão de Rede

No sistema de esgotamento sanitário as projeções de ligações e economias serão

baseadas nas projeções do sistema de abastecimento de água, visto que a

densidade de ligações e economias é a mesma para ambos os sistemas.

Como o município não possui atualmente no Plano Diretor alguma diretriz de

aumento ou redução da densidade populacional do município será considerada a

manutenção destes parâmetros, sendo necessária a revisão do plano em casos de

41

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mudança da política de ocupação urbana do município, independentemente das

revisões periódicas previstas em Lei.

2.2.2.3 Geração per Capita de Esgoto

A geração per capita de esgoto será baseada no consumo per capita,

considerando-se um coeficiente de retorno de 80% do volume consumido de água.

Desta forma, a geração per capita de esgoto para a Sede está estimada no Quadro

12:

Quadro 12: Geração Per Capita de Esgoto.

Sistema Per Capita (L/hab.dia)Água Esgoto

Sede Administrativa de Porto(PI) 120 96

2.2.2.4 Evolução das Demandas de Esgoto

No Quadro 13, estão apresentadas resumidamente as projeções das demandas de

vazão, extensão de rede, número de ligações e economias da área urbana do

sistema de Porto, considerando o cumprimento das metas estipuladas no cenário de

referência do presente plano que visam à universalização da prestação do serviço

de esgotamento sanitário.

Já no Quadro 14 apresenta resumidamente as projeções das demandas de vazão,

número de ligações a sistemas unifamiliares e número de famílias atendidas para

área rural de Porto.

42

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Quadro 13: Demandas do Sistema de Esgotamento Sanitário na Sede de Porto.

ANO POPULAÇÃO (hab.)

COBERTURA (%)

POPULAÇÃO

ATENTIDA (hab.)

PER CAPITA ESGOTO (L/hab.di

a)

VAZÃO DE ESGOTO (L/s)EXTENSÃ

O DE REDE (m)

MEDIA DIA HORA Infiltraç

ãoMédia + Infiltraç

ão

Hora + Infiltraç

ão2015 7503 80 6002 96 7,68 9,22 13,83 2,24 9,92 16,06 223522016 7616 82 6245 96 7,99 9,59 14,39 2,28 10,27 16,67 227992017 7731 84 6494 96 8,31 9,97 14,96 2,33 10,64 17,29 232552018 7847 86 6748 96 8,64 10,36 15,55 2,37 11,01 17,92 237202019 7965 88 7009 96 8,97 10,77 16,15 2,42 11,39 18,57 241942020 8085 90 7277 96 9,31 11,18 16,77 2,47 11,78 19,23 246782021 8207 92 7550 96 9,66 11,60 17,40 2,52 12,18 19,91 251722022 8331 94 7831 96 10,02 12,03 18,04 2,57 12,59 20,61 256752023 8456 96 8118 96 10,39 12,47 18,70 2,62 13,01 21,32 261892024 8583 98 8411 96 10,77 12,92 19,38 2,67 13,44 22,05 267132025 8712 100 8712 96 11,15 13,38 20,07 2,72 13,88 22,80 272472026 8843 100 8843 96 11,32 13,58 20,37 2,72 14,04 23,10 272472027 8976 100 8976 96 11,49 13,79 20,68 2,72 14,21 23,41 272472028 9111 100 9111 96 11,66 13,99 20,99 2,72 14,39 23,72 272472029 9248 100 9248 96 11,84 14,20 21,31 2,72 14,56 24,03 272472030 9387 100 9387 96 12,02 14,42 21,63 2,72 14,74 24,35 272472031 9528 100 9528 96 12,20 14,64 21,95 2,72 14,92 24,68 272472032 9671 100 9671 96 12,38 14,85 22,28 2,72 15,10 25,01 272472033 9817 100 9817 96 12,57 15,08 22,62 2,72 15,29 25,34 272472034 9965 100 9965 96 12,76 15,31 22,96 2,72 15,48 25,68 272472035 10115 100 10115 96 12,95 15,54 23,30 2,72 15,67 26,03 27247

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Quadro 14: Demandas do Sistema de Esgotamento Sanitário da Área Rural de Porto.

ANO POPULAÇÃO (hab.)

PER CAPITA ESGOT

O (L/hab.di

a)

VAZÃO DE ESGOTO (L/s) Nº DE

SISTEMAS UNIFAMILIA

RES

Nº DE FAMILI

ASMEDIA DIA HORA

2015 4394 96 5,62 6,75 10,12 1000 8792016 4329 96 5,54 6,65 9,97 985 8662017 4265 96 5,46 6,55 9,83 971 8532018 4202 96 5,38 6,45 9,68 957 8402019 4139 96 5,30 6,36 9,54 943 8282020 4077 96 5,22 6,26 9,39 929 8152021 4016 96 5,14 6,17 9,25 916 8032022 3956 96 5,06 6,08 9,11 903 7912023 3897 96 4,99 5,99 8,98 890 7792024 3839 96 4,91 5,90 8,85 877 7682025 3782 96 4,84 5,81 8,71 864 7562026 3726 96 4,77 5,72 8,58 852 7452027 3671 96 4,70 5,64 8,46 840 7342028 3616 96 4,63 5,55 8,33 828 7232029 3562 96 4,56 5,47 8,21 816 7122030 3509 96 4,49 5,39 8,08 804 7022031 3457 96 4,42 5,31 7,96 792 6912032 3406 96 4,36 5,23 7,85 781 6812033 3355 96 4,29 5,15 7,73 770 6712034 3305 96 4,23 5,08 7,61 759 6612035 3256 96 4,17 5,00 7,50 748 651

2.2.2.5 Alternativas Técnicas de Engenharia para Atendimento da Demanda

Conforme foi demonstrado no diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário, a

área urbana do município será atendida em 2015, com um atendimento de 80% pela

ETE Porto, composta por um sistema de UASB seguido de filtro submerso com fluxo

ascendente.

Pelo sistema estar fase de implantação não temos medir a eficiência do tratamento.

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Page 41:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

A adoção de sistemas unifamiliares para a área rural do município se deve pela

baixa densidade populacional, resultando em investimentos muito elevados e que

levariam à inviabilidade financeira do sistema.

2.2.2.6 Estimativas de Carga do Esgoto

A seguir está demonstrada a estimativa de carga de DBO, DQO, Sólidos Suspensos

e Coliformes Fecais do esgoto bruto:

DBO5 – 50 g/hab.dia.

DQO – 100 g/hab.dia.

Sólidos Suspensos – 60 g/hab.dia.

Coliformes Fecais – 1,0E+07 org/hab.dia.

Foram realizadas projeções da carga para estes parâmetros considerando a

inexistência de tratamento e o sistema planejado para a Sede de Porto, conforme

apresentado nos Quadros 15 e 16.

Quadro 15: Carga do Esgoto Bruto Urbano.

ANO POPULAÇÃO (hab.)

TRATAMENTO

Carga de DBO Total

(kg)

Carga de DQO Total

(kg)

Carga de Sólidos

Suspensos Total (kg)

Coliformes Fecais Total

(org.)

2015 7503

INEX

ISTE

NTE

136928 273871 164323 2,75E + 102016 7616 138991 277996 166797 2,76E + 102017 7731 141089 282193 169316 2,77E + 102018 7847 143206 286427 171856 2,78E + 102019 7965 145360 290735 174441 2,79E + 102020 8085 147550 295115 177069 2,80E + 102021 8207 149776 299568 179741 2,81E + 102022 8331 152039 304094 182456 2,82E + 102023 8456 154320 308657 185194 2,83E + 102024 8583 156638 313292 187975 2,84E + 102025 8712 158992 318001 190801 2,85E + 102026 8843 161383 322783 193670 2,86E + 102027 8976 163810 327638 196583 2,87E + 102028 9111 166274 332565 199539 2,88E + 102029 9248 168774 337566 202540 2,89E + 102030 9387 171311 342640 205584 2,90E + 102031 9528 173884 347786 208672 2,91E + 102032 9671 176494 353006 211804 2,92E + 102033 9817 179158 358335 215001 2,93E + 102034 9965 181859 363738 218243 2,94E + 102035 10115 184597 369213 221528 2,95E + 10

45

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Quadro 16: Carga do Esgoto Tratado Urbano.

ANO POPULAÇÃO (hab.)

TRATAMENTO

Carga de DBO

Total (kg)

Carga de DQO

Total (kg)

Carga de Sólidos

Suspensos Total

(kg)

Coliformes Fecais

Total (org.)

2015 7503

USA

B –

FIL

TRO

SU

BM

ERSO

16432 52036 27935 2,75E + 10

2016 7616 16680 52819 28355 2,76E + 10

2017 7731 16932 53617 28784 2,77E + 10

2018 7847 17186 54421 29216 2,78E + 10

2019 7965 17444 55240 29655 2,79E + 10

2020 8085 17707 56072 30102 2,80E + 10

2021 8207 17974 56918 30556 2,81E + 10

2022 8331 18246 57778 31018 2,82E + 10

2023 8456 18520 58645 31483 2,83E + 10

2024 8583 18798 59526 31956 2,84E + 10

2025 8712 19080 60421 32436 2,85E + 10

2026 8843 19367 61329 32924 2,86E + 10

2027 8976 19658 62251 33419 2,87E + 10

2028 9111 19954 63188 33922 2,88E + 10

2029 9248 20254 64138 34432 2,89E + 10

2030 9387 20559 65102 34949 2,90E + 10

2031 9528 20867 66080 35474 2,91E + 10

2032 9671 21181 67072 36007 2,92E + 10

2033 9817 21500 68084 36550 2,93E + 10

2034 9965 21825 69111 37101 2,94E + 10

2035 10115 22153 70151 37660 2,95E + 10

46

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A mesma projeção foi realizada para a área rural do município, considerando a

inexistência de tratamento e com a implantação de um sistema de tanque séptico

seguido de filtro anaeróbio, conforme apresentado nos Quadros 17 e 18.

Quadro 17: Carga de Esgoto Bruto – Área Rural.

ANOPOPULAÇÃ

O (hab.)TRATAMENT

O

Carga de DBO

Total (kg)

Carga de DQO

Total (kg)

Carga de Sólidos Suspensos Total

(kg)

Coliformes Fecais

Total (org.)

2015 4394

INEX

ISTE

NTE

9623 30474 1636016,04E +

10

2016 4329 9481 30023 1611815,80E +

10

2017 4265 9341 29579 1587915,57E +

10

2018 4202 9203 29142 1564515,33E +

10

2019 4139 9065 28705 1541015,11E +

10

2020 4077 8929 28275 1517914,88E +

10

2021 4016 8796 27852 1495214,66E +

10

2022 3956 8664 27436 1472914,44E +

10

2023 3897 8535 27027 1450914,11E +

10

2024 3839 8408 26625 1429314,01E +

10

2025 3782 8283 26229 14081 13,80E +

10

47

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2026 3726 8160 25841 1387213,60E +

10

2027 3671 8040 25460 1366813,40E +

10

2028 3616 7919 25078 1346313,20E +

10

2029 3562 7801 24704 1326213,00E +

10

2030 3509 7685 24336 1306512,80E +

10

2031 3457 7571 23975 1287112,62E +

10

2032 3406 7460 23622 1268112,43E +

10

2033 3355 7348 23268 1249112,25E +

10

2034 3305 7238 22921 1230512,06E +

10

2035 3256 7131 22581 1212311,87E +

10

Quadro 18: Carga de Esgoto Tratado – Área Rural.

ANO POPULAÇÃO (hab.)

TRATAMENTO

Carga de DBO

Total (kg)

Carga de DQO

Total (kg)

Carga de Sólidos Suspensos Total

(kg)

Coliformes Fecais

Total (org.)

2015 4394

TAN

QU

E SE

PTIC

O C

OM

FI

LTR

O A

NA

ERO

BIC

O 36086 80191 24057 16,04E + 10

2016 4329 35553 79005 23701 15,80E + 10

2017 4265 35027 77837 23351 15,57E + 10

2018 4202 34510 76687 23006 15,33E + 10

2019 4139 33992 75538 22661 15,11E + 10

48

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2020 4077 33483 74406 22321 14,88E + 10

2021 4016 32982 73293 21988 14,66E + 10

2022 3956 32489 72198 21659 14,44E + 10

2023 3897 32005 71121 21336 14,11E + 10

2024 3839 31528 70062 21018 14,01E + 10

2025 3782 31060 69022 20706 13,80E + 10

2026 3726 30600 68000 20400 13,60E + 10

2027 3671 30149 66996 20099 13,40E + 10

2028 3616 29697 65993 19798 13,20E + 10

2029 3562 29253 65007 19502 13,00E + 10

2030 3509 28818 64040 19212 12,80E + 10

2031 3457 28391 63091 18927 12,62E + 10

2032 3406 27972 62160 18648 12,43E + 10

2033 3355 27553 61229 18369 12,25E + 10

2034 3305 27143 60317 18095 12,06E + 10

2035 3256 26740 59423 17827 11,87E + 10

2.2.2.7 Estimativa de Concentração do Esgoto

A seguir está demonstrada a estimativa de concentração de DBO, DQO,

Sólidos Suspensos e Coliformes Fecais do esgoto bruto:

DBO5 – 300 mg/l.

DQO – 700 mg/l.

Sólidos Suspensos - 400 mg/l.

Coliformes Fecais – 1,0E+09 org./100 ml.

Diferentemente da carga, a concentração do esgoto bruto é independente da vazão

gerada, portanto a concentração do esgoto sem tratamento será a mesma em todo o

período de planejamento.

49

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No caso do efluente tratado, este apresentará diferentes resultados entre a área

urbana e a área rural, devido à diferença na eficiência do tratamento urbano

composto de sistema UASB seguido por filtro anaeróbio submerso e o sistema rural,

composto apenas por tanque séptico seguido de filtro anaeróbico.

De acordo com a eficiência do sistema UASB seguido de filtro anaeróbio submerso,

o efluente pós-tratamento deverá apresentar os seguintes resultados de

concentração na sede urbana do sistema Porto:

DBO5 – 36 mg/l.

DQO – 133 mg/l.

Sólidos Suspensos - 68 mg/l.

Coliformes Fecais – 1,0E+06 org./100 ml.

Já para a área rural de Porto, considerando a eficiência do sistema de tanque

séptico seguido por filtro anaeróbico têm-se os seguintes resultados de

concentração na área rural:

DBO5 – 135 mg/l.

DQO – 350 mg/l.

Sólidos Suspensos - 100 mg/l.

Coliformes Fecais – 1,0E+09 org/100 ml.

2.2.2.8 Comparação das Alternativas de Tratamento Local dos Esgotos

Apesar de existirem duas maneiras de implantar o sistema de esgotamento

sanitário, sendo o primeiro modelo descentralizado, onde implanta-se diversas

estações de tratamento, normalmente uma para cada sub-bacia de esgoto, e o

segundo modelo é o centralizado, onde implanta-se apenas uma estação de

tratamento para receber todo o efluente produzido no município.

Conforme demonstrado no Relatório do Diagnóstico do Sistema de Esgotamento

Sanitário, o município de Porto implantou um modelo centralizado.

Contrapondo a alternativa técnica de uma ETE única no município, existe a

possibilidade de implantação de pequenas estações de tratamento de esgoto ao

50

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longo do município de Porto. No entanto, todo o sistema que está sendo implantado

aponta para a utilização de uma ETE única.

Outro problema em implantar pequenas estações de tratamento é o aspecto

operacional, visto que a concessionária necessitará de uma maior quantidade de

operadores para garantir o bom funcionamento do sistema, resultando em maiores

despesas ao longo do período de planejamento.

Portanto, propõe-se no presente PMSB, que o município mantenha a concepção de

utilizar apenas uma estação de tratamento de esgoto no município de Porto.

Já para a área rural, fica definida a utilização de sistemas unifamiliares, compostos

por tanque séptico, seguido de filtro anaeróbico e sumidouro, garantindo assim, a

saúde ambiental da população nas áreas rurais do município de Porto.

A adoção de sistemas unifamiliares para as áreas rurais do município se justificam

devido à baixa densidade populacional nestas áreas, o que resultaria em

investimentos muito elevados, tornando o sistema economicamente inviável.

2.2.2.9 Indicadores Eficiência nos Prazos de Atendimento

A eficiência no atendimento ao público e na prestação do serviço pelo prestador será

avaliada através do Índice de Eficiência nos Prazos de Atendimento – IEPA.

O índice será calculado mensalmente com base no acompanhamento e avaliação

dos prazos de atendimento dos serviços de maior frequência; propõe-se como prazo

o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo usuário e a data de

início dos trabalhos, sendo que no Quadro 19 estão apresentados os prazos de

atendimento dos serviços.

Os prazos são para solicitações efetuadas dentro do horário comercial (2ª a 6ª feira,

das 8:00 às 17:00 h), fora desse período os mesmos deverão ser majorados em

100%.

Quadro 19: Prazos para Execução dos Serviços

Serviço Unidade Prazo51

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Ligação de esgoto Dias úteis 10

Desobstrução de redes e ramais de esgoto Horas 12

Ocorrências relativas à repavimentação Dias úteis 3

O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como segue:

IEPAesg = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x

100)/(quantidade total de serviços realizados).

Satisfação do Cliente no Atendimento

O indicador de satisfação do cliente no atendimento - ISCA deve mensurar o grau de

satisfação do usuário em relação ao atendimento recebido, devendo ser calculado

mensalmente e avaliado como média anual.

A obtenção dos dados para integrar o índice deve ser efetuado por amostragem, em

quantidade suficiente que garanta a representatividade do universo de solicitações,

sendo que da pesquisa deverão constar obrigatoriamente os itens relacionados no

Quadro 20 a seguir apresentados.

Quadro 20: Condições a Serem Verificadas na Satisfação dos Clientes.

Item Condição a ser verificadaAtendimento personalizado Atendimento em tempo inferior a 15

minutos

Atendimento telefônico Atendimento em tempo inferior a 5 minutos

Cortesia no atendimento Com cortesia

Sem cortesia

Profissionalismo no atendimento Com profissionalismo

Sem profissionalismo

Conforto oferecido pelas instalações Com conforto

52

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físicas, mobiliário e equipamentos.

Sem conforto

A eficiência da arrecadação

A eficiência da arrecadação é um indicador que permite o acompanhamento da

efetividade das ações que viabilizem o recebimento dos valores faturados.

O acompanhamento deverá ser mensal e referenciado sempre ao mês base,

devendo ser apurado até o terceiro mês do faturamento. Após esse período passará

a ser considerado como um serviço ineficiente em relação à efetividade de

arrecadação.

Deverá ser calculado da seguinte forma:

IEAResg = (Valor arrecadado (mês base)/ Valor faturado (mês base)) + (Valor

arrecadado (mês base) no mês base + 1/ Valor faturado (mês base)) + (Valor

arrecadado (mês base) no mês base + 2/ Valor faturado (mês base)).

2.2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

2.2.3.1 Resíduos Domésticos e de Limpeza Pública (RDO)

Os valores informados pela Prefeitura Municipal de Porto resultam em uma taxa de

geração um pouco abaixo da média brasileira, o que evidencia que parte do lixo

gerado não é devidamente coletado ou o registro dos dados é deficiente.

Segundo dados do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (2013), em diagnóstico

realizado pela Secretaria das Cidades, os estudos gravimétricos na região do

Território de Desenvolvimento Cocais, no qual se insere o município de Porto,

indicam, uma proporção de cerca de 45% de matéria orgânica na sua composição.

53

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Alumínio:0,29%

Borracha:1,84%Papel: 9,28%

Papelão 6,56%PET 5,52%

Plástico Maleável;16,55%

Plástico Rígido: 5,31%Metal 4,57%

Vidro: 3,00%

Matéria Orgânica: 45,00%

Outros: 0,43%

Caracterização Física dos ResíduosT. dos Cocais

Alumínio Borracha Cerâmica Pano\Trapo Papel PapelãoPET Plástico Maleável Plástico Rígido Metal Vidro Matéria OrgânicaOutros

Figura 02: Caracterização Física dos Resíduos dos Municípios do T. dos Cocais (Fonte: Secretaria das Cidades, 2013)

Tendo em vista a ausência de registros sistematizados sobre a coleta de resíduos

no município, inferiu-se a taxa de geração de RDO no município de Porto a partir

das estimativas do Diagnostico do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (SECID,

2013) para os municípios do Território de Desenvolvimento de Cocais, onde se

insere o município, sendo de 363,09 kg.hab./ano, ou seja, 0,99 kg/hab./dia. Com

base nesta taxa, pode-se prever a evolução da geração de resíduos ao longo do

período de 20 anos, considerando a classificação gravimétrica quanto a massa com

potencial reciclável, de matéria orgânica e os rejeitos:

54

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Quadro 21: Planilha de Estimativa de Geração Anual de Resíduos Domiciliares e Públicos em Porto (PI)

ANO População Total (hab)

Massa Total de

Resíduos Gerados (t/ano)

Recicláveis (52,84%)

t/ano

Matéria Orgânica (45,29%)

t/ano

Rejeitos (1,87%)

t/ano

2015 7687 2.791,07 1.474,80 1.264,08 52,192016 7841 2.846,99 1.504,35 1.289,40 53,242017 7998 2.903,99 1.534,47 1.315,22 54,302018 8158 2.962,09 1.565,17 1.341,53 55,392019 8322 3.021,63 1.596,63 1.368,50 56,502020 8489 3.082,27 1.628,67 1.395,96 57,642021 8659 3.144,00 1.661,29 1.423,92 58,792022 8833 3.207,17 1.694,67 1.452,53 59,972023 9010 3.271,44 1.728,63 1.481,64 61,182024 9191 3.337,16 1.763,36 1.511,40 62,402025 9375 3.403,97 1.798,66 1.541,66 63,652026 9563 3.472,23 1.834,73 1.572,57 64,932027 9755 3.541,94 1.871,56 1.604,15 66,232028 9951 3.613,11 1.909,17 1.636,38 67,572029 10151 3.685,73 1.947,54 1.669,27 68,922030 10355 3.759,80 1.986,68 1.702,81 70,312031 10563 3.835,32 2.026,58 1.737,02 71,722032 10775 3.912,29 2.067,26 1.771,88 73,162033 10991 3.990,72 2.108,70 1.807,40 74,632034 11211 4.070,60 2.150,91 1.843,58 76,122035 11436 4.152,30 2.194,07 1.880,58 77,65

Fonte: FUNPAPI (2015)

2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)

Nos termos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, são considerados resíduos de

construção civil os resíduos gerados nas construções, reformas, reparos e

demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e

escavação de terrenos para obras civis, os quais são de responsabilidade do

gerador dos mesmos (ABRELPE, 2012).

Não existe coleta de Resíduos de Construção e Demolição (RCD). Este tipo de

resíduo é de responsabilidade do morador/gerador que contrata agentes autônomos

(caminhões e carroças), não havendo nenhuma forma de controle do Poder Público.

Dessa forma, não se tem dados para estimar o volume de RCD gerado ou coletado 55

Page 52:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

em Porto, sendo necessário fazer estimativa com base em estudos de projeção de

órgãos de pesquisa.

Segundo o diagnóstico da edição 2012 do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil

(ABRELPE), a taxa de coleta de RCD nos municípios nordestinos é de 0,530

kg/hab./dia. Os dados do SNIS (2010) indicam valor diferenciado para cidades com

população até 77.228 habitantes de 0,325 kg/hab./dia. Considerou-se neste estudo a

taxa da ABRELPE, projetando-se uma expectativa mais segura, tendo em vista que

a ausência de dados referentes a este tipo de serviço compromete os resultados das

pesquisas, sendo mais seguro adotar valores maiores. Estima-se, então, que em

Porto é gerada uma massa de 1.411,28 t/ano de RCD.

2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)

Em Porto, não existe uma prática adequada no que se refere à coleta de RSS. Os

resíduos são coletados pela Prefeitura e também encaminhados para o lixão da

cidade.

Adotando-se, uma estimativa baseada nos estudos da Associação Brasileira de

Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE, divulgados na

publicação Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil (2012), que indica uma taxa

de geração de 1,01 kg/hab./ano para o Estado do Piauí, tem-se que a população

urbana de Porto gera uma média de 12,02 t/ano de RSS.

2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos

Além dos resíduos supracitados, no município de Porto, devido a sua vocação

agrícola, podem ocorrer geração de resíduos sólidos provenientes do manuseio dos

agrotóxicos, que não são equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público

municipal. O ponto de coleta especial mais próximo fica em Teresina, na BR-316.

Neste contexto, segundo a lei nº 12.305, as fontes geradoras desses resíduos

possuem responsabilidade em relação ao gerenciamento, isto é, acondicionamento,

coleta, transporte e destinação e/ou disposição final, inserindo aqui o conceito de

responsabilidade compartilhada.

Inicialmente, ressalta-se que, com a implementação do sistema de coleta eficiente,

principalmente de coleta seletiva devido a inclusão social e valorização dos resíduos

recicláveis, acarretará um controle do lançamento de resíduos sólidos em pontos 56

Page 53:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

clandestinos que, por consequente, mitigará a poluição como um todo (hídrica, do

solo e atmosférica).

2.2.3.5.Metodologia para Cálculo dos Custos de Manutenção do Setor de Limpeza Urbana A arrecadação de recursos financeiros junto à população a fim de custear a

prestação de serviços de saneamento básico se sujeita a uma série de limitações

legais que devem ser consideradas, devendo-se ter a cautela de identificar qual o

instrumento jurídico que pode fundamentar essa arrecadação que tem necessidade

vital para compor o volume de recursos a serem aportados para a concretização do

saneamento básico.

A Constituição Federal/88, em seu art. 145, II, define que taxa é o tributo exigido em

razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição. Ou seja, isso exige que seja possível, identificar quantitativamente o

volume ou massa equivalente ao serviço prestado que cada residência ou pessoa

produz.

A taxa só pode incidir sobre serviços públicos específicos e divisíveis, pois a taxa é o

tributo que tem sua razão de ser na contraprestação realizada pelo contribuinte em

razão de serviço prestado pelo Ente Público ou colocado à disposição daquele.

Enquanto para a prestação dos serviços de abastecimento de água e coleta de

esgotos não há problemas de quantificação, isso traz alguns condicionantes para o

serviço de limpeza pública porque na visão de alguns juristas trata-se de serviço

geral e indivisível, de utilização indistinta por toda a comunidade, que circula

diariamente pelo espaço público urbano, devendo ser assim, custeado inteiramente

pela receita advinda dos impostos municipais exigidos por lei, e não cobrado dos

proprietários de imóveis. Na visão deles não se teria como identificar o volume de

resíduos por habitante, assegurando justiça e equilíbrio na taxação.

Com relação ao imposto, este é uma das espécies do gênero tributo que

diferentemente de outros tributos, como taxas e contribuição de melhoria, é um

tributo não vinculado, sendo exigido pela Administração Pública e não tendo em vista uma contraprestação do contribuinte por serviço prestado, mas sim em

57

Page 54:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

razão da necessidade primordial do Estado, de conseguir valores para custear os variados gastos de interesse coletivo. No entanto, na prática, como o imposto

não está vinculado ao destino das verbas, ao contrário de taxas e contribuições, ao

pagá-lo não se tem garantia de retorno: o dinheiro arrecadado pode não ser

direcionado para o serviço de limpeza pública.

No caso da cobrança da taxa, que a administração faz em troca de algum serviço

público, há um destino certo para a aplicação do dinheiro. Com base no exposto

verifica-se ser inconstitucional a cobrança de taxa para custeio de gastos com a

limpeza urbana, recaindo sobre o crime de “bitributação”, havendo respaldo legal

apenas na cobrança em forma de imposto; isso porque a taxa só se justifica se for possível quantificar o volume de resíduos por habitante.

A outra forma de cobrança pela prestação do serviço de limpeza urbana relaciona-se

ao pagamento pelo serviço à uma empresa terceirizada para a execução dos

serviços. No entanto, o Supremo Tribunal Federal - STF julgou inconstitucional tanto

a taxa de limpeza urbana como inviabilizou a cobrança de tarifa por empresas

concessionárias.

Por razões de eficiência, de universalização e de maior qualidade dos serviços de

saneamento básico, a tendência atual do Poder Público é se voltar inevitavelmente

para a parcerização nos serviços: Parceria entre o setor público e o setor privado,

motivando a sinergia de investimentos financeiros bilaterais e a atuação colaborativa

público-privada a partir da aplicação da Lei Federal 11.079/04. Mas, para assegurar

o valor mínimo a ser pago à terceirizada, é necessário um aporte na arrecadação a

fim de se viabilizar a melhoria da prestação de serviços, o que só pode ser obtido

através da tarifação do serviço junto a população, uma vez que os valores previstos

na LOA são insuficientes e não específicos para este fim, e os recursos advindos da

venda de recicláveis não apresenta data certa e nem valor fixo para tal custeio.

A Lei de Saneamento Básico - LSB, em seu artigo 10º, ao caracterizar o contrato

como o instrumento adequado para a prestação de serviços públicos de saneamento

básico por entidade que não integre a administração do titular, veda a adoção dos

convênios, de termos de parceria ou de outros instrumentos tidos como precários,

aceitando apenas o contrato de serviço;

58

Page 55:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

A existência do plano de saneamento básico é uma das condições de validade dos

contratos que tenham por objeto a prestação desse serviço público, paralelamente a

um estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e

integral dos serviços e à existência de normas de regulação que prevejam os meios

para o cumprimento das diretrizes da Lei, nos termos do artigo 11º da LSB.

Merece destaque que a LSB inova no âmbito dos serviços de limpeza urbana

quando refere-se à dispensa de licitação na contratação de associações ou

cooperativas de catadores de material reciclável alterando o artigo 57 da Lei federal

8.666/93 - lei de licitações e contratos administrativos.

Nos termos da legislação atual do saneamento básico (11.445/07), a limpeza urbana

extrapola a simples prestação referente à coleta, transporte de resíduos sólidos e

varrição de logradouros e vias, e responsabiliza o prestador pelo fim que será dado

ao lixo e demais resíduos, fazendo menção expressa aos processos de triagem para

reciclagem e ao tratamento do lixo.

A Lei define que todo aquele que fizer uso do serviço concedido tem o dever de

arcar com o pagamento da tarifa correspondente, incluindo-se os condomínios em

nome dos quais estejam registradas unidades autônomas.

Os serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos deverão

ser custeados mediante tarifas, taxas ou outros preços públicos, conforme o art. 29,

II, da LSB. O par. 1º do art. 29 define as diretrizes norteadoras da cobrança.

Diante da controvertida situação jurídica para a cobrança pela prestação de serviço

de limpeza urbana se delineiam apenas dois caminhos:

A não realização de cobrança, que inviabiliza a obtenção de todos os recursos

necessários para a melhoria dos serviços de limpeza urbana, já se considerando

outras fontes;

A adoção de uma metodologia coerente de quantificação do volume de resíduos

gerado por cada habitante para assegurar legalidade da cobrança de uma taxa de

prestação de serviço ou para viabilizar a cobrança de um imposto.

Assim, a alternativa focalizada no presente estudo é a realização de um cadastro de todos os domicílios, com o registro da quantidade de moradores e

59

Page 56:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

inferência da quantidade de resíduos gerados em função da taxa de geração per capita do município. Este cadastramento seria importante mesmo que não

houvesse a tarifação porque forneceria subsídios para outros cálculos financeiros e

operacionais do setor.

A partir dessa base de cálculo, que obedece às condições de taxação de forma

diferenciada pelos habitantes, os municípios instituiriam a Taxa de Coleta de Lixo (TCL). Na Lei Municipal a ser criada para regulamentar a taxação deve ser definido

que "a Taxa de Coleta de Lixo (TCL) tem como fator gerador a utilização, efetiva ou

potencial, dos serviços de coleta, remoção, transporte e destinação final de lixo,

domiciliar ou não, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição".

Além disso, o contribuinte da Taxa de Coleta de Lixo (TCL) é o proprietário, o titular

do domínio útil ou possuidor de qualquer título do imóvel beneficiado pelo respectivo

serviço.

Para efeitos da taxação seria considerado beneficiado pelo serviço de coleta,

remoção, transporte e destinação final de lixo, quaisquer imóveis edificados ou não,

inscritos no Cadastro Imobiliário do Município de modo individualizado, tais como

terrenos ou lotes de terrenos, prédios ou edificações de qualquer tipo, que

constituam unidade autônoma residencial, comercial, industrial, de prestação de

serviço ou de qualquer natureza e destinação.

Haveria casos de isenção de pagamento da TCL e de taxação mínima,

correspondente a 25% do valor adotado para a taxa média do município:

Imóveis fechados por um período superior a 3 anos seriam isentos;

Imóveis cuja família apresentasse declaração de renda total dos

membros economicamente ativos inferior a 1,0 salário mínimo seriam

cobrados pela taxa mínima (variável por território);

Imóveis sem edificação, cercados ou murados, também seriam

cobrados pela taxa mínima;

Imóveis que comprovassem adesão ao Programa de Coleta Seletiva

também pagariam taxa mínima. Esta comprovação seria dada nos Pontos de

Entrega Voluntária, nos quais seriam recebidos os tickets de entrega

semanal, ou durante a coleta dos caminhões que deixariam tickets semanais.

60

Page 57:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

A quantidade de resíduos gerada por ano na unidade baseado na taxa

per capita de resíduos do município que é de 363,09 kg.hab./ano. Para efeito

de estimativa, consideraria-se no calculo da quantidade de resíduos em cada

unidade habitacional que nesta residem em média 4,0 pessoas, conforme os

dados do (Censo 2010) . Desta forma, obtêm-se a TCRunitária:

O valor do custo unitário dos serviços pode ser estimado considerando-se:

- A população beneficiada;

- Metas do cenário de referência (custos de investimentos e manutenção);

- Incremento populacional

O custo unitário relaciona o custo anual dos serviços e o volume de resíduos

gerados no mesmo período conforme os parâmetros anteriormente considerados: o

volume de resíduos gerados e obtido pelo produto entre a taxa de geração de

resíduos (363,09 kg/hab) e o nº de habitantes da área beneficiada. O valor anual dos

serviços de coleta e transporte totalizam R$ 576.000,00. Considerando, inicialmente

a população urbana estimada em 2013 que é de 7.503, tem-se, o valor unitário dos

serviços cobrados através da seguinte fórmula:

Custo Unit. do Serviço = Custos dos serviços[R$] = 76,77 R$/hab/ano População beneficiada [hab]

Este seria o valor considerado para a despesa no setor, mas sozinho não atende às

demandas de universalização do serviço. Considerando o montante necessário para

a cobertura integral da zona urbana com ampliação para os, estima-se um valor três

(03) vezes superior.

Para cálculo de receita proveniente da cobrança da prestação dos serviços junto a

população, vinculando-se esses valores à geração de resíduos, item mensurável

com base na taxa de geração de resíduos, o valor a ser cobrado seria calculado a

partir da fórmula:

Taxa Unit. (R$/kg) = Custos dos serviços [R$] = X R$/kg/ano

Volume total de resíduos gerados [kg]

Massa gerada/ imóvel = Taxa per capita[kg/hab.ano] x nº hab. do imóvel [hab]

Taxa do Domicílio = Taxa Unit. [R$/kg/ano] x Massa gerada domicílio

[kg/domicílio/ano]61

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Dessa forma, poder-se-ia quantificar o volume de resíduos com maior precisão,

vinculando-o ao imóvel e sua quantidade de moradores. O cálculo para cobrança da

taxa de coleta de resíduos fundamenta-se na obtenção da massa gerada por imóvel

edificado conforme o número de moradores e a taxa per capita de geração de

resíduos.

A cobrança da taxa para prestação dos serviços de limpeza urbana, deve atender ao

Princípio da Modicidade Tarifária. Este conceito compreende essencialmente em

estabelecer-se preços razoáveis a partir de uma “tarifa justa”. Tarifas módicas (ou

tarifas justas) são, em essência, a menor tarifa possível que garanta a segurança,

qualidade e universalização do serviço prestado e que sejam viáveis de pagamento

pela população.

2.2.3.6 Indicadores

Para análise da eficiência do setor de limpeza urbana Porto, adotou-se os principais

indicadores analisados pelo SNIS tendo-se os seguintes resultados:

Quadro 22: Indicadores de Eficiência do Setor de Limpeza Urbana (2013)

62

INDICADOR UNID SLU REGENERAÇÃO

Meta PMSB

INDICADORES DE CARÁTER GERAL

Taxa de empregos emprego/1.000 habitantes

0,009 0,018

Despesa por emprego R$/emprego.ano 8.228,57 4.114,29 Incidência de despesas com RSU na Prefeitura

% 1,81% 5,0%

Incidência de despesas com empresas contratadas

% 100% 60%

Auto-suficiência financeira % 100 100 Despesa per capita com RSU R$/habitante

(pop.urb) 76,77 52,77

Incidência com empregados próprios % 5,71% 30% Incidência com empregados administrativos

% 7,2% 10%

INDICADORES - COLETA DE RDO +RPU

Taxa de Cobertura % 80 100 Taxa de Terceirização % 100 60% Massa Coletada Per Capita kg/hab./dia 0,99 0,71%

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2.2.3.7 Regras para o Transporte e Outras Etapas do Gerenciamento de RSU

Os serviços de limpeza municipal abrangem os serviços de limpeza, propriamente

dito, e também os serviços de tratamento do lixo e disposição final:

Quadro 23: Identificação das etapas dos Serviços de Limpeza Urbana

O bom gerenciamento desses serviços, que estão entre os de maior visibilidade,

representa uma boa aceitação da administração municipal por parte da população.

Adicionalmente, a sua otimização leva a uma economia significativa dos recursos

públicos (IPT,1995).

2.2.3.7.1 Acondicionamento do Lixo

O lixo é tratado e disposto em locais afastados do seu ponto de geração. O envio do

lixo ao aterro envolve uma fase interna e outra externa. A primeira está sob a

63

Serviços de Limpeza Urbana

AcondicionamentoColeta e

Transporte de Lixo

Domiciliar

Coleta e Transporte do Lixo dos Serviços de

Saúde e Hospitalar

Outros serviços: - Varrição- Capinagem- Limpeza de praças e feiras livres;- Limpeza de bocas de lobo, galerias e córregos;- Remoção de animais mortos;- Coleta de resíduos volumosos- Coleta Seletiva- Logistica Reversa- Compostagem Doméstica

INDICADOR UNID SLU REGENERAÇÃO

Meta PMSB

INDICADORES DE CARÁTER GERAL

Taxa de empregos emprego/1.000 habitantes

0,009 0,018

Despesa por emprego R$/emprego.ano 8.228,57 4.114,29 Incidência de despesas com RSU na Prefeitura

% 1,81% 5,0%

Incidência de despesas com empresas contratadas

% 100% 60%

Auto-suficiência financeira % 100 100 Despesa per capita com RSU R$/habitante

(pop.urb) 76,77 52,77

Incidência com empregados próprios % 5,71% 30% Incidência com empregados administrativos

% 7,2% 10%

INDICADORES - COLETA DE RDO +RPU

Taxa de Cobertura % 80 100 Taxa de Terceirização % 100 60% Massa Coletada Per Capita kg/hab./dia 0,99 0,71%

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responsabilidade do gerador (residência, empresa, hospital etc). A fase externa

abrange os serviços públicos de coleta e está sob a administração do setor de

limpeza da Prefeitura.

Na etapa precedente à fase externa, a população deve ser orientada através de

Campanha de Educação Ambienta realizada de forma contínua (divulgação no rádio,

distribuição de panfletos e palestras em instituições de ensino, repartições públicas e

associações de moradores e entidades correlatas) sobre as formas corretas de

acondicionamento do lixo a fim de que sejam evitados os acidentes, proliferação de

insetos, impacto negativo olfativo e visual e mistura de residuos, após a implantação

da campanha de coleta seletiva e do programa de compostagem domiciliar.

A forma de acondicionamento do lixo é determinada pela quantidade gerada, pelo

tipo de resíduo, pela frequencia da coleta e a forma como ela é realizada. As

especificações são as seguintes:

a) Acondicionamento de Pequenos Volumes na Fonte

A população deve ser orientada a acondicionar o lixo em embalagens

resistentes que podem ser colocadas, ou não, em cestos fixos apropriados

em frente às residências próximo à hora da coleta para evitar que sejam

rasgados por animais ou em função das intempéries. Os recipientes devem

ter capacidade para suportar peso máximo de 30kg, incluindo a carga, se a

coleta for manual. As embalagens flexíveis (sacos plásticos) devem permitir

fechamento adequado das "bocas". Os sacos plásticos são as embalagens

mais adequadas para

acondicionar o lixo quando a coleta for manual, porque são facilmente

amarrados nas "bocas", garantindo o fechamento e são leves, sem retorno

(resultando em coleta mais produtiva). Também possuem preço acessível,

permitindo a padronização, podendo ser tolerado o uso de sacos plásticos

de supermercados (utilizados para embalar os produtos adquiridos), sem

custo para apopulação.

Os sacos podem ter volume de 20, 30, 50 ou 100 litros;

b) Acondicionamento de Lixo nos Logradouros

64

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O Poder Público Municipal deve disponibilizar nas calçadas, praças e

feiras livres recipientes para os lixos lançados pelos transeuntes –

lixeiras públicas. Os cestos devem ser instalados (fixados de forma

resistente contra ação de vândalos ou animais) preferencialmente a

cada 50m ou 01 por quarteirão, se não em todas as ruas, mas nas de

maior circulação. Podem ser metálicos ou de material plástico e

devem facilitar a remoção dos resíduos por parte do varredor. Para

facilitar a remoção devem ser utilizados sacos plásticos dentro dos

cestos para recepção direta dos resíduos e posterior remoção. Os

cestos devem ser de no mínimo 20l.

Em locais de maior circulação como feiras e praças, e próximos a

grandes estabelecimentos (restaurantes, coméricos etc) ou

intituições (escolas, igrejas etc) podem haver tambores de 200l ou contêineres estacionários. Devem ser adaptados com alças de

manuseio e tampa, impedindo a dispersão do odor e a entrada de

animais. O tambor ou contêiner deve ser de material resistente à

corrosão como o aço pintado ou plástico. A limpeza dos cestos

públicos deve ser no mínimo de duas vezes por semana, nos

horários da coleta. Existem disponíveis no mercado brasileiro

contêineres plásticos de 120, 240 e 360 litros. Os contêineres

metálicos utilizados no acondicionamento do lixo público são

recipientes estacionários, com capacidade de 5 a 15m³, que podem

ser basculados por caminhões compactadores.

Os sacos plásticos a serem utilizados nas lixeiras públicas e

tambores devem ser resistentes à perfuração e não podem ser

transparentes. As características ideais para os sacos acham-se

regulamentadas pela norma técnica NBR 9.190 da ABNT.

Nas áreas por onde não passa o caminhão a população deve ser

orientada a colocar os residuos devidamente acondiconados em

contêineres estrategicamente colocados, em vias de fácil acesso

para serem coletados pelo carro da coleta. Em Regeneração, deverá

haver haver coleta dos contêineres pelo menos 3 vezes na semana;

65

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c) Acondicionamento de Lixo na Varrição

As equipes de varrição devem contar com recipientes de lixo sobre duas

rodas (carrinhos) que podem dispor de porta-vassouras e também devem

ser revestidos com sacos plásticos. O volume deve ser correspondente à

previsão de residuos removidos por cada varredor no seu trecho de

atividade.

d) Acondicionamento de Grandes Volumes/ Grandes Geradores

Uma vez disposto em legislação específica que os imóveis

comerciais industriais com geração diária de resíduos sólidos

superior a 120 litros são considerados "grandes geradores", é

necessário estabelecer padronização dos recipientes para

acondicionamento desses resíduos.

Esse limite está baseado na capacidade do menor contêiner de

plástico com tampa e rodízios.

É conveniente determinar que os grandes geradores devam possuir

contêineres diferenciados (em cor, de preferência) daqueles da

coleta normal, para facilitar a fiscalização.

A facilidade do uso dos contêineres basculáveis estacionários é que

são possíveis de serem basculados, pela lateral ou por trás do

veículo para a descarga dos resíduos. Há também os conteineres

intercambiáveis que quando cheios são substituídos por recipientes

vazios. No entanto, para esses são exigidos caminhões com chassi

dotado de equipamento de levantamento. A adoção desta alternativa

pode se transformar em um problema devido à falta de

conscientização da população que geralmente deposita entulhos,

animais mortos e outros resíduos incompatíveis com o sistema de

coleta, e logo o conteiner se torna um pequeno lixão gerando maus

odores. Para que seja adotada esta metodologia deve haver uma

fiscalização e um coleta muito eficientes.

e) Resíduos de Serviços de Saúde – RSS

66

Page 63:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

A responsabilidade pela coleta dos RSS é do gerador, mas cabe ao

Poder Público orientar e fiscalizar, e em muitos casos agir em

parceria com as instituições de saúde que pagam para a remoção

dos resíduos. Neste plano está prevista a compra de um carro para a

coleta de RSS, no caso dos resíduos perfurocortantes que

necessitam ser encaminhados para as regionais para serem

desinfectados e para coleta dos resíduos contaminantes a serem

encaminhados para o incinerador localizado em Teresina, sob as

despesas dos estabelecimentos de sáude.

Para acondicionamento destes resíduos os estabelecimentos de

saúde devem atender a um plano de gestão específico, seguindo as

seguintes orientaões gerais:

- Os recipientes de perfurocortantes devem ser fabricados com

material incinerável (polietileno rígido, papelão ondulado etc) e

possuir cor amarela com simbologia internacional para material

infectante;

- Devem possuir, também, resistencia à perfuração, à compressão,

ao vazamento e ao levantamento por alças;

- O armazenamento ou a contenção temporária dos RSS deve ser

feito em salas especiais (com piso e paredes laváveis),

localizadas próximo às fontes geradoras, se possível. A

armazenagem externa deve ser feita em recipientes com tampas,

em locais abrigados e com acesso apenas por funcionários

autorizados;

- O transporte para a incineração deve se dar em bombonas. As

bombonas contendo resíduos são recebidas totalmente fechadas

e abertura das mesmas é efetuada no exato momento da

incineração.

f) Resíduos Especiais

2.2.3.7.2 Coleta e Transporte dos Resíduos

67

Page 64:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Para que a coleta e o transporte de resíduos ocorra de forma satisfatória, o Poder

Público Municipal deve buscar alcançar a universalidade do serviço prestado, de

maneira que todos os cidadãos possam servidos pela coleta. Além disso, os

principais indicadores de qualidade desta etapa são a regularidade e a frequência.

Os veículos coletores devem passar regularmente nos mesmos locais, dias e

horários, e o serviço não deve ter interrupção, com excessão de situações especiais

previstas na legislação.

Figura 03: Esquema das etapas envolvidas na operacionalização da limpeza urbana

Antes do detalhamento de cada fase do processo é preciso considerar os tipos de

residuos envolvidos no programa da limpeza urbana proposto:

A Norma NBR- 12980 define os diferentes tipos de coleta de lixo:

a) Coleta Convencional ou Domiciliar: Consiste na coleta dos resíduos das

residências, estabelecimentos comerciais e industriais cujo volume não

ultrapasse o previsto na legislação específica. O lixo dos "grandes geradores"

(estabelecimentos que produzem mais que 120 litros de lixo por dia) deve ser

coletado por empresas particulares, cadastradas e autorizadas pela

prefeitura;

b) Coleta de Feiras, Praias e Calçadas;

68

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c) Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde: Compreende a coleta dos

resíduos de estabelecimentos de saúde que segue normatização específica e

é de responsabilidade do gerador que pode fazer parceria com o Poder

Público Municipal mediante contratação paga pelos serviços;

d) Coleta Especial: Contempla os resíduos não recolhidos pela coleta regular,

tais como entulho, animais mortos, podas de jardins e de resíduos especiais,

conforme definição já apresentada;

e) Coleta Seletiva: Tem por objetivo recolher os resíduos segregados na origem

e está ligada a programas específicos tratados posteriormente neste

documento.

Critérios para a Realização da Coleta Domiciliar

1. A coleta e o transporte do lixo domiciliar produzido em imóveis residenciais, em

estabelecimentos públicos e no pequeno comércio serão, em geral, efetuados

pelo órgão municipal encarregado da limpeza urbana. Para esses serviços,

podem ser usados recursos próprios da prefeitura, de empresas sob contrato de

terceirização ou sistemas mistos, como o aluguel de viaturas e a utilização de

mão-de-obra da prefeitura.

2. O lixo dos "grandes geradores" (estabelecimentos que produzem mais que 120

litros de lixo por dia) deve ser coletado por empresas particulares, cadastradas e

autorizadas pela prefeitura;

3. A coleta do lixo domiciliar deve ser efetuada em cada imóvel,sempre nos

mesmos dias e horários, regularmente. Somente assim os cidadãos habituar-se-

ão e serão condicionados a colocar os recipientes ou embalagens do lixo nas

calçadas, em frente aos imóveis, sempre nos dias e horários em que o veículo

coletor irá passar.

4. A frequência da coleta na zona urbana será de no mínimo 02 vezes por semana;

nas unidades de transbordo, de duas vezes por semana, também. O calendário

proposto neste documento, com detalhamento das rotas pode ser observado em

item posterior;

5. Para redução significativa dos custos e otimização da frota a coleta deve ser

realizada em dois turnos. Considerando o objetivo de ampliação da rota de

69

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coleta, a proposta do presente estudo indica a necessidade do estabelecimento

das seguintes rotas:

6. Em vias que possuem varrição pouco freqüente, é muito importante a limpeza

da coleta, ou seja, o recolhimento sem deixar resíduos.

7. Nos bairros estritamente residenciais, a coleta será preferencialmente ser

realizada durante o dia. Deve-se, entretanto, evitar fazer coleta em horários de

grande movimento de veículos nas vias principais.

Coleta de RSSA coleta dos resíduos dos serviços de saúde será feita de forma diferenciada,

obedecendo as seguintes diretrizes:

Destinação apropriada;

Evitar a contaminação de resíduos não perigosos;

O manejo seguro dos resíduos infectantes.

A coleta de RSS tem duas etapas: interna e externa. Na fase interna, a

responsabilidade é do gerador, e suas obrigações envolvem a seleção e triagem, o

transporte interno e o acondicionamento. Estes procedimentos devem ser

detalhados em Plano de Gestão de Resíduos de Saúde - PGRS específico a ser

elaborado pelo gerador.

A elaboração do PGRS se fundamenta nas diretrizes estabelecidas pela legislação e

normatização a seguir referenciadas:

NBR 10004/2004 Resíduos sólidos – Classificação

NBR 10005/87 Lixiviação de resíduos – Procedimento

NBR 10007/87 Amostragem de resíduos – Procedimento

NBR 12235/87 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos

NBR 11174/89 Armazenamento de resíduos classes II (não inertes) e III

(inertes) ;

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004

Publicada no DOU de 10/12/2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o

gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Procedimentos

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1. Os resíduos serão coletados em todos os estabelecimentos que prestam

serviços na área de saúde: grandes geradores (hospitais e postos de saúde) e

pequenos geradores (Iaboratórios, clínicas odontológicas e veterinárias etc).

2. Para a coleta da Prefeitura os volumes não devem exceder 150 l/dia de

coleta.

3. Na seleção, o gerador deve separar os resíduos em sépticos (infectantes) e

assépticos (não infectantes). A separação dos resíduos se inicia no momento e local

de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, oseu

estado físico e os riscos envolvidos.

4. A identificação dos resíduos consiste no conjunto de medidas que permite o

reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo

informações ao correto manejo dos RSS. A identificação deve estar aposta nos

sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos

recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em

local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases,

atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de

outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de

cada grupo de resíduos. A identificação dos sacos de armazenamento e dos

recipientes de transporte poderá ser feita por adesivos, desde que seja garantida a

resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.

5. No transporte interno, cada estabelecimento deve criar circuitos apropriados

para o transporte de resíduos, evitando o cruzamento da circulação destes com a

circulação das demais atividades de transporte de pacientes e alimentos. Não sendo

possível estabelecer a segregação entre as diversas classes de resíduos é

recomendável que todo o conjunto seja tratado como perigoso.

6. No acondicionamento será feita a embalagem dos resíduos segregados,

em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e

ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível

com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os resíduos sólidos devem ser

acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura e vazamento,

impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso

de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

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7. Na fase externa, os resíduos sépticos serão coletados em um carro da

Prefeitura, com carroceria metálica fechada, de fácil operação de carga e descarga,

e lavados com produtos desinfetantes. No PMSB está prevista a aquisição de um

utilitário para a coleta de pequenos geradores. Os resíduos do grupo infectantes

serão encaminhados para incineramento em empresa especializada em Teresina,

com custos de responsabilidade dos geradores.

8. Os resíduos não infectantes (resíduos do tipo domesticos e comercial) serão

objeto da coleta convencional.

9. O pessoal envolvido na coleta e transporte de resíduos sépticos, um motorista

e dois coletores devem trabalhar com luvas, botas, máscaras simples, estar

vacinados contra hepatite e tétano e realizarem exames médicos periódicos.

10. O setor de limpeza urbana deve elaborar cadastro de todos os

estabelecimentos de saúde que serão informados sobre suas responsabilidades e

custos de transporte e remoção dos infectantes.

Coleta de RCD (Resíduos de Construção e Demolição)

Os resíduos de construção e demolição devem ser objeto de plano regional de

gestão, tendo em vista as caracteristicas deste tipo de residuo e a necessidade de

implantação de medidas transporte, tratamento e destinação que envolve custos

muito onerosos para o municipio, demandando a reunião de esforços dos pequenos

municípios na busca de soluções.

Este tipo de resíduo é de responsabilidade do gerador. São considerados geradores

pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou

empreendimentos que gerem os resíduos de construção civil ou demolição.

Os resíduos da construção civil são classificados, segundo a Resolução CONAMA

nº 307, de 5 de Julho de 2002, da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais

como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras

de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

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b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e

concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias

ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,

tais como os produtos oriundos do gesso;

IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais

como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de

demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e

outros.

Procedimentos

Promover seminário com municípios vizinhos para o estabelecimento das

medidas necessárias para a elaboração de um plano regional de RCD de forma

consorciada, buscando construir soluções viáveis do ponto de vista finaceiro e

ambiental, tendo em vista a impossibilidade de implementar medidas eficazes de

forma isolada de maneira a atender às exigências da legislação em vigor;

Até o plano regional estar concluído, deve ser realizada campanha de

esclarecimento junto à comunidade sob as responsabilidades dos geradores;

A Prefeitura deve estabelecer a obrigatoriedade dos empreendimentos novos,

obras e construções o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

para a emissão do alvará de construção;

Deverá ser criada uma sistemática de registro de fornecedores, procedência,

usuários, volumes manejados, entre outros, visando construir um banco de dados

confiável e atualizado para essatipologia de resíduos. Estes dados subsidiaraão a

elaboração do plano de gestão de RCD.

No caso da Prefeitura ser acionada, mediante pagamento estabelecido para a

remoção, estes resíduos serão encaminhados para áreas que demandem material

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de aterramento, e não podem ser destinados ao aterro sanitário. Sua destinação

deve obedecer a legislação em vigor. Os resíduos da construção civil deverão ser

destinados das seguintes formas:

- Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou

encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de

modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura. Caso não haja áreas

licenciadas poderão ser direcionadas para terrenos que necessitem de aterro (com

autorização do proprietário ou da construtora) ou terrenos de particulares, locados

para este fim até que haja uma destinação mais adequada. De maneira alguma

poderão ser dispostos em vias públicas, próximos de corpos d’água, areas

protegidas e aterros sanitários de RDO;

- Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de

armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou

reciclagem futura;

- Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade

com as normas técnicas especificas.

- Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em

conformidade com as normas técnicas especificas.

DESTINAÇÃO FINAL (Critérios para Pontos de Apoio ao Sistema de Limpeza Urbana)Modelo Tecnológico

O aterro sanitário se apresenta com o a solução sanitária e ambientalmente mais

adequada para a destinação final dos resíduos que não foram reaproveitas ou

reciclados, objeto da coleta convencional. Trata-se de uma técnica de disposição

final dos resíduos sólidos no solo, que não provoca incômodos nem oferece perigo

para a saúde e a segurança pública; tampouco prejudica o ambiente durante

a sua operação, nem mesmo depois de desativado. Esta técnica utiliza princípios

de engenharia para confinar o lixo numa área com a menor superfície possível,

cobrindo-a diariamente com camadas de terra e compactado-a para reduzir seu

volume. Além do mais, prevê e mantém sob controle os problemas que possam

ocasionar os líquidos e gases produzidos no aterro, como conseqüência da

decomposição da matéria orgânica.

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O municipio terá duas unidades de destinação final para os RDO: um aterro para atender a zona urbana e a localidade de Titaras. O aterro será de pequeno porte: um ASPP A para atender ate 20 t/dia a ser localizado a 4,0 km da zona urbana com 2,0 hectares. Será executado segundo as exigências da Legislação

em vigor que prevê que esta área terá fundos de valas impermeabilizadas, drenos

de chorume e para gases, poços de monitoramento, lagoas de tratamento do

chorume, cercamento e guarita de vigilância, além de sistema de drenagem. A

instalação para disposição no solo de até vinte toneladas por dia de resíduos sólidos

não perigosos em ASPP pode ser concebida para execução em valas ou trincheiras,

mediante escavação do solo; execução em encosta, aproveitando desníveis, sendo

uma alternativas tecnológica apropriada para pequenos municípios. No ASPP o

recobrimento das valas é feito mecanicamente, com ajuda de retro-escavadeira.

Segundo a NBR 13.896/97, este tipo de aterro deve ser executado em áreas onde

haja predominância no subsolo de material com coeficiente de permeabilidade

inferior a 5x10-5 cm/s ou as valas e a lagoa de tratamento devem ser

impermeabilizadas com geomembrana. Ao lado da área do ASPP A haverá pátio de

compostagem.

Além do aterro, para viabilizar o sistema de coleta seletiva será instalada unidade de

triagem com capacidade de 0,25 a 0,60 t/di, com área prevista de 250m².

Critérios para Localização do AterroPara esta seleção foram considerados os parâmetros indicados pelas seguintes

fontes:

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT em consulta às seguintes

normas - ABNT NBR 13896 - Aterros de Resíduos Não Perigosos - Critério

para Projeto, Construção e Operação;

Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (IBAM,

2005).

Na análise foi levando em consideração o levantamento e análise de condicionantes

operacionais, legais, ambientais e socioeconômicos que podem ser sintetizados nos

pontos a seguir relacionados:

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Quadro 24: Critérios para Seleção de Áreas para Destinação Final de Resíduos Não Perigosos

Quadro 24: Critérios para Seleção de Áreas para Destinação Final de Resíduos Não

Perigosos (cont)

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Fonte: adaptado de Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos(IBAM, 2005)

O quadro foca em aspectos importantes e dentre estes foi dada especial importância

aos seguintes pontos:

Propriedade   - Se a área é pública não há necessidade de desapropriá-la ou

negociar sua aquisição, arrendamento, etc. Em certas situações, a utilização de

uma área particular pode representar uma opção interessante, como nos casos em

que o órgão da limpeza urbana e o proprietário fazem um contrato para aterramento

da área mediante a cessão, ao termino do contrato, de parte do terreno recuperado.

Tamanho da área - O sítio selecionado para a instalação do aterro deverá ser

suficiente para utilização por um período de tempo que justifique os investimentos,

sendo que para o presente PMSB deve ser de no mínimo vinte (20) anos. O terreno

indicado é de particular que aceita negociar com a Prefeitura. Mas, é necessário um

estudo hidrogeológico específico para a aprovação final do terreno para este fim.

Localização – As condições básicas para a área ideal são:

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Estar próxima da zona de coleta (no máximo 10 km para ida e volta);

Possuir vias de acesso em boas condições de tráfego para os caminhões,

inclusive em épocas de chuvas, com o minimo de aclives, pontes estreitas e

outros inconvenientes;

Estar distante de aeroportos ou de corredores de aproximação de aeronaves,

já que o lixo atrai urubus, por exemplo, que podem provocar acidentes

aéreos;

Estar distante no mínimo 2 km de zonas residenciais adensadas para evitar

incômodos ao bem-estar e a saúde dos moradores;

Ser atendida por redes de telefones, energia elétrica, água, transportes e

outros serviços;

Estar afastada de cursos de água, nascentes e poços artesianos, em virtude

da possibilidade de contaminação das águas;

Apresentar jazidas acessíveis de material para cobertura do lixo, par a

revestimento de pistas de acesso e impermeabilização do solo; apresenta

posicionamento adequado em relação a ventos dominantes.

Devem ser escolhidas áreas que facilitem o aterro e que naturalmente

favoreçam a proteção a vida e ao meio ambiente.

São geralmente recomendadas áreas como: terrenos localizados em

depressões naturais secas, minas abandonadas; jazidas de argila ou saibro já

exploradas.

A área deve ter um solo de baixa permeabilidade. A composição do lixo

urbano é bastante variada, podendo conter substâncias perigosas ao homem

e ao ambiente. A tendência natural é que tais substâncias e os produtos da

própria decomposição do lixo comecem a penetrar no solo, levadas pela água

presente no lixo e pela água das chuvas. A este tipo de fenômeno se dá o

nome de lixiviação. Dela resulta o chorume, um líquido de cor escura, odor

desagradável e elevado poder de poluição. O solo de baixa permeabilidade é

portanto o ideal para o aterro, pois funciona como se fosse um filtro. Vai

retendo as substâncias à medida que o chorume se movimenta através dele,

reduzindo o seu poder contaminante;

A área deve apresentar nível do aquífero profundo. Quanto mais profundo o

nível da água subterrânea, menores serão as possibilidades de contaminação

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e também menores as medidas de proteção e controle exigidas. Considera-

se, geralmente, que a cota inferior do aterro deve estar distante no mínimo

cerca de 3,0 metros do lençol freático, tendo em vista a variedade das

condições geológicas no município.

Das áreas observadas, o terreno localizado a cerca de 4,0 km, próximo ao

antigo lixão, obteve a melhor pontuação com relação aos critérios citados.

Dimensionamento das Áreas dos Aterros

No dimensionamento do aterro previsto foi considerada a densidade de

compactação adotada citada no Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos Urbanos (IBAM, 2005), e esta na faixa considerada moderadamente boa.

Este valor será de 5 KN/m³, o equivalente a 500 kg/m³.

Para definição da área necessária utilizou-se duas metodologias: o modelo

tecnológico da CODEVASF (planilha em anexo), que desenvolveu pequena planilha

de calculo através da qual ficou estimada uma área de 1,0 hectare para o aterro que

atenderá a zona urbana, mas prevê-se uma área maior para comportar o Pátio de

Compostagem e um perímetro circundante de área sem ocupação, com vegetação

para impedir que a ocupação de residencias se aproxime do local do aterro e para

minimizar impactos relacionados a odores, totalizando 2,0 hectares.

Uma outra metodologia que apresenta resultados similares está descrita no Manual

de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (IBAM, 2005) - para se estimar a área total

necessária a um aterro, em metros quadrados, basta multiplicar a quantidade de

resíduo coletada diariamente, em toneladas, pelo fator 560. O fator 560 é fruto de

análises que se baseiam em aterros sanitários que possuem a seguinte

configuração: vida útil de 20 anos, aterro com altura de 20 metros, taludes de um

para três e ocupação de 80% do terreno com área operacional.

A estimativa da média da produção diária de resíduos sólidos urbanos, em

toneladas, durante os próximos vinte anos do município será o do cenário mais

desfavorável (item 2.5.2) com previsão de geração de 20% a mais do valor previsto

de 0,99 kg/hab.ano, considerando a melhoria da taxa de cobertura. O cálculo foi feito

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com base nas tabelas de quantitativos de geração de resíduos e na tabela de

estimativa de crescimento populacional. E a relação se deu da seguinte forma:

Média de RSU gerado por dia = Média de geração anual nos 20 anos / dias

de coleta= ((valor da massa gerada retirada do quadro de geração conforme

evol. populacional) / 20 anos) /( (23 dias de coleta/ mês) x 12)

Média de RSU gerado por dia = (72.005,82/20) / (23 x 12)

Média de RSU gerado por dia = 0,20t

Portanto, a área mínima necessária para a implantação de um aterro,

seguindo os parâmetros previamente mencionados, será de:

A = Média de RSU gerado por dia x 560

A = 0,20 t x 560

A = 112m² = 0,1 hectare

Considerando o valor mais desfavorável, o aterro previsto para atender a zona

urbana será de 2,0 hectares, considerando a área do Patio de Compostagem e o

perímetro de isolamento.

Frequência da Coleta Domiciliar

A frequencia da coleta de lixo domiciliar define o tempo decorrido entre duas coletas

consecutivas num mesmo local ou numa mesma zona. Quanto maior a frequencia,

maio o custo total do serviço. É preciso evitar o acúmulo de lixo. Em áreas

geradoras de muito lixo, como por exemplo, regiões comerciais, calçadões e áreas

de pedestres com grande afluxo de pessoas, a frequencia da coleta deve ser no

minimo diária, para evitar acumulação de resíduos. A folga da coleta, geralmente

ocorre no domingo.

A priori a frequencia da coleta deveria ser diária, no entanto, tendo em vista o

volume a ser coletado e a realização de programas de coleta seletiva e de

compostagem doméstica, é possível reduzir essa frequencia, intercalando a coleta

convencional com a coleta seletiva de recicláveis e de matéria orgânica, pois dessa

forma o volume a ser armazenado até o dia da coleta fica reduzido. Atualmente

80

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Porto tem coleta todos os dias, mas analisando as rotas verifica-se que em cada

rota, o carro só passa duas vezes por semana. Então, com exceção do centro da

cidade, no qual o carro passa diariamente, as demais áreas tem coleta apenas duas

vezes por semana, de fato.

Considerando a área da zona urbana de Porto que não é muito extensa, este Plano

propõe que a coleta convencional seja realizada duas vezes por semana na zona

urbana e 3ª e 6ª na zona rural: 2ª e 5ª feira, o que permite uma melhor distribuição

evitando o que ocorre com a coleta 3ª e 5ª, ou 2ª e 4ª, em que um dos dias coleta

resíduos de 05 dias e outro de apenas 01 dia. No sábado haverá a coleta nas feiras

e mercados.

Procedimentos de Construção e Manejo dos Aterros

O método construtivo e a seqüência peracional de um aterro sanitário são

determinados principalmente pela topografia do terreno escolhido, embora

dependam também da fonte do material de cobertura e da profundidade do

lençol freático. No município de Regeneração serão adotadas duas formas de

manejo, uma metodologia para cada aterro:

a) Método de Trincheiras ou Valas – Aterro para atendimento à Zona Urbana

Será adotado um método recomendado para regiões planas, ou pouco inclinadas

que consiste na escavação periódica de valas com profundidade entre dois a três

metros, por meio de retro-escavadeira ou de trator de esteiras, como pode ser

observado na ilustração a seguir:

Figura 04 – Etapa de escavação das trincheiras com o uso de retroescavadeiraFonte: Manual para Implantação de Aterros Sanitários em Valas de Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células

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A terra extraída é estocada ao lado da vala, para posterior utilização como material

de cobertura. Os resíduos sólidos são depositados e espalhados dentro da trincheira

para, imediatamente em seguida, serem compactados e recobertos com terra.

Figura 05 – Etapa de deposição dos resíduos nas valas/trincheirasFonte: Manual para Implantação de Aterros Sanitários em Valas de Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células

À medida que são depositados, os resíduos são nivelados e cobertos manualmente

ou mecanicamente, utilizando-se a terra acumulada ao lado da vala.

Figura 06 – Etapa de cobertura dos resíduos nas valas/trincheiras (manualmente)

Fonte: Manual para Implantação de Aterros Sanitários em Valas de Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células

No caso do aterro da zona urbana a compactação será executada mecanicamente

com auxilio de um trator, empurrando-se os resíduos de encontro a esse desnível

natural, em movimentos ascendentes, forrando uma rampa com taludes de

inclinação aproximada de 1(v):3(H).

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Figura 07 – Etapa de cobertura dos resíduos nas valas/trincheiras (mecanicamente)

Fonte: IPT (1995)

Assim que o primeiro trecho da vala estiver totalmente preenchido, passa-se para

outro, repetindo-se as mesmas operações. A vala deverá estar numa cota superior à

do terreno, quando esta estiver completamente coberta, pois existirá acomodação

do resíduo com o tempo (prováveis recalques).

Para uma melhor compactação, os resíduos são espalhados sobre essa rampa,

formando camadas de mais ou menos 0,40 m de espessura, sobre as quais o trator

de esteiras passa de 3 a 5 vezes. A sobreposição dessas camadas dá origem a uma

elevação de lixo compactado, de formato prismátic0, que periodicamente é coberta

com terra ou outro material inerte, formando uma célula de lixo.

A camada de terra de cobertura deve ter aproximadamente 0,30 m de espessura

podendo, entretanto atingir valores de até 0,50 m ou mais, quando se utilizam solos

com percentuais elevados de areias.

O nivelamento e a cobertura dos resíduos devem ser realizados diariamente,

tolerando-se frequências menores apenas em circunstâncias especiais e

devidamente justificadas. Para a cobertura dos resíduos, geralmente, é utilizado o

material resultante da escavação da própria trincheira, que permanece estacada nas

imediações.

Na época de chuvas, procedimentos complementares devem ser previstos, porque

que as águas podem inundar as valas. Portanto, deve-se construir canaletas

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perimetrais para captá-las e desviá-las; e, inclusive, dotar as próprias valas de

drenos internos.

As paredes longitudinais e transversais das valas deverão ser cortadas de

acordo com o ângulo de repouso específico do solo escavado, caso a caso,

de modo a evitar-se o risco de desmoronamentos das mesmas.

Para o dimensionamento das valas/trincheiras serão considerados duas

fórmulas de cálculo:

Volume Diário das Valas -

Comprimento das Valas -

E, os parâmetros a seguir:

Largura da vala definida em 3,0m;

Profundidade máxima da vala de 4,0m, considerando que o nível freático se

encontra a mais de 10,0m, e o solo da região é do tipo Latossolo Amarelo. Este solo

possui textura que varia de média a argilosa, poroso e bem drenado. Caracteriza-se

pela ausência de minerais primários, baixa capacidade de cátions, predomina argila

1:1 (do grupo das caulinitas) e sua estrutura se apresenta normalmente com aspecto

maciço. Sua baixa fertilidade natural é causada por elevada acidez e baixa

saturação de bases, apresentando-se distrófico e/ou álico. O latossolo amarelo

apresenta em geral boa resistência a erosão e normalmente é encontrado em áreas

que possuem topografia plana ou suavemente ondulada. A suscetibilidade à erosão

é baixa.

γ = Peso específico do lixo no interior da vala = 0,70 t/m³;

Pr/D = Produção diária de lixo por habitante: (0,95kg/hab.dia x população

atendida);

Vt = Volume de terra para cobertura dos resíduos (m³);

Taxa de cobertura = 80%;

P = População atendida (19.066 hab);

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C = Comprimento da vala (m). O comprimento das valas é decorrente do

volume da vala. Elas devem ter uma vida útil de 30 dias, ou seja, que

corresponde a uma vala por mês;

VL = Volume diário de lixo gerado na cidade (m³)

Vt = Volume de terra para cobertura dos resíduos (m³) – corresponde ao valor

do volume da vala, acrescido de 15%, por conta da compactação.

A partir destes dados, tem-se que as valas terão comprimento de 80,0m. O aterro

terá vida útil superior a 20 anos. Na largura da vala é preciso considerar na

execução as valas de drenagem nas laterais de cada vala de resíduos, tendo sido

previsto mais 50 cm para cada lateral da trincheira a ser ocupada pela vala de

drenagem.

Procedimentos Complementares

a) Proteção, Isolamento e Identificação da área:

Além da cortina arbórea ou cerca viva no perímetro dos aterros, as áreas do aterro

serão isoladas por cerca de arame farpado (12 fios) com 1,80 m de altura, com uso

de postes de concreto ou madeira com colocação de portão de entrada com guarita,

que deverá ser mantido fechado. No portão haverá “mata-burro”. Essa providência

visa evitar a entrada de animais e/ou pessoas estranhas na área. Na entrada haverá

uma placa identificadora das atividades ali desenvolvidas.

b) Sistema de Drenagem do Chorume

Está previsto a implantação de um sistema de coleta e recirculação de chorume nos

dois aterros, com a finalidade de preservar o lençol freático de qualquer

contaminação, por menor que venha a ser. O sistema a ser projetado deverá ser

constituído de drenos de brita (inclusive geotextil e dreno flexível), implantados no

fundo da vala, rede de tubos em PVC, que levarão o chorume drenado até a lagoa

de tratmento do chorume.

O sistema de coleta e recirculação de chorume tem a finalidade de preservar o

lençol freático de qualquer contaminação, por menor que venha a ser. O sistema ser

projetado deverá ser constituído de drenos de brita (inclusive geotextil e dreno

flexível), implantados no fundo da vala, rede de tubos em PVC, que levarão o

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chorume drenado até a lagoa ou bacia de captação, para armazenamento provisório

do chorume. Este esquema pode ser observado na figura a seguir:

Figura 08: Esquema ilustrativo dos drenos de chorumeFonte: Manual Manual para Implantação de Aterros sanitários em valas de

Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Célula

Para dar destino ao chorume coletado, será projetada a sua recirculação dentro das

valas existentes, onde será implantada tubulação de PVC perfurada manualmente,

que distribuirá homogeneamente o chorume, pela superfície da vala.

Devido à grande quantidade de material fino arrastado pelas águas que percolam

através do aterro, os drenos vão se colmatando pouco a pouco, o que faz

absolutamente necessária a sua limpeza. Deve-se extrair este material da vala que

conduz o "chorume" para o campo de infiltração: caso contrário, com o tempo, os

drenos ficarão obstruídos e o líquido escoará pela superfície.

c) Drenagem Pluvial

Será projetado na estrutura do aterro os seguintes sistemas:

- Drenagem secundária – constituído de canaletas escavadas no solo,

localizadas em posições estratégicas, para auxiliar o escoamento superficial

internamente a área do aterro, direcionando o fluxo para o sistema de

drenagem principal.

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- Drenagem Principal – constituído de canaletas em concreto simples

moldado “in loco” com de caixas de passagem (PVS), responsáveis pela

coleta das contribuições da área externa ao aterro sanitário, do escoamento

superficial da área de projeto, direcionando este fluxo

até as bacias de detenção ou galeria de águas pluviais públicas. Na área

de circulação de veículos, adotar pranchão de madeira para proteção de

canaleta de concreto.

- Bacia de Detenção – estrutura projetada com a finalidade de regular a vazão

e velocidade das águas coletadas pelo sistema de drenagem. As vazões

provenientes da Bacia de Detenção, deverão ser conduzidas através de

dispositivos que minimizem os processos erosivos à jusante.

d) Poços de Monitoramento

Para a verificação da eficiência dos dispositivos de impermeabilização será

executado um sistema de monitoramento, constando basicamente de:

execução de 03 (três) poços de monitoramento, revestidos com diâmetro

mínimo DN 50, sendo que um localizado à montante e dois a jusante na cota

mais baixa da área, com profundidade máxima de 12 (doze) m em função da

profundidade do nível do lençol freático. A figura a seguir ilustra este tipo de

dispositivo.

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Figura 09: Esquema ilustrativo dos poços de monitoramentoFonte: Manual Manual para Implantação de Aterros sanitários em valas de

Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células

e) Serviços construtivos previstos

Na execução dos aterros foram previstos os seguintes itens:

Aquisição do terreno Geomembrana PEAD 2mm Geotêxtil – 150g/m² Tubo para dreno – 0,65mm Tubo para drenagem gás Brita 5 – drenagem para gás Brita 2 – drenagem superficial Poço de monitoramento (04 unid) Sondagens e Licenciamentos Estação tratamento de efluentes

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Balança (01 unid) Plantio vegetação ao redor Cercamento com mourões de concreto Portão e guarita de apoio Elaboração do projeto - 5% Administração da obra - 7%

Na aquisição da geomembrana para impermeabilização das valas e da lagoa de

captação do chorume devem ser previstas as seguintes especificações:

Quadro 25: Especificações da Geomembrana para Impermeabilização de Aterros

Fonte: Manual Brasileiro de Geossintéticos, 2004 (Apud Manual Manual para Implantação de Aterros sanitários em valas de Pequenas Dimensões, Trincheiras e em Células)

Pontos de Entrega Voluntária – PEV (NBR 15.112)Objetivo: Instalação na zona urbana de PEV para receber os resíduos volumosos,

decorrentes da aplicação da Resolução CONAMA n° 307/02, de pequenos

geradores e os resíduos recicláveis (RR), não sendo autorizado o recebimento de

RCD. Estudos indicam o critério de implantar PEV na proporção de um PEV a cada

25.000 habitantes quando este deve receber considerável quantidade de RCD e há

área de triagem, que não é o caso deste município. Os PEVs a serem instalados na

zona urbana e periferia, correspondem a uma área cercada com baias para

recebimento dos materiais, e uma pequena edificação de vigilância com banheiro. A

área total de construção não ultrapassa 400m². A distribuição dos PEVs foi feita

considerando a população, prevendo-se 03 pontos: na Av. Principal, próximo a

Prefeitura, o segundo próximo ao escritório da AGESPISA e o terceiro na localidade

Titaras.

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2.2.3.8 Os Serviços de Limpeza Urbana (varrição, capina, poda, roçado, pintura de meio fio e limpeza do sistema de drenagem: procedimentos e destinação)

Os resíduos de limpeza urbana, definidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos,

constituem os resíduos originários da varrição, limpeza de logradouros e vias

públicas; capinas; limpeza de escadarias e monumentos; raspagem e remoção de

terra em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e

correlatos; e, limpeza de feiras e eventos públicos.

Os resíduos da varrição são constituídos por materiais de pequenas dimensões,

como areia, terra, folhas, além de embalagens, pedaços de madeiras, e outros.

O organograma dos serviços de limpeza urbana reúne as seguintes etapas:

Figura 10: Organograma dos serviços de limpeza pública(Adap. FUNPAPI, 2015)

90

Secretaria de Obras,

Transportes e Serviços

Públicos

Empresa terceirizada

Prefeitura

Agência Reguladora (setor de limpeza

urbana)

Unificação das etapas e

transferência das atividades

quando a Agência

Reguladora estiver

estruturada

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Procedimentos:

1. As atividades de varrição limitarão-se às vias centrais e centro

comercial do município, e serão realizadas diariamente, em turno

diurno, a partir das 7h da manhã, conforme as rotas ilustradas na

imagem a seguir:

2. As áreas de varrição foram definidas em função da intensidade da

concentração de pessoas e de atividades, bem como os bairros

próximos a açudes, riachágua em e corpos d’,água em geral, áreas

que devem ter especial atenção para evitar concentração de resíduos

que podem atingir o manancial.

3. A varrição foi projetada para o intervalo de 2.000 a 2.500 hab./varredor

ou 0,50 a 0,40 varred./1.000 hab, o que corresponde a um rendimento

de 1,2 km/varredor/dia, 2 turnos/dia, frequência do serviço: 60% diário

e 40% interdiário.

4. A equipe de varrição permanente será composta por 10 funcionários,

além do motorista do caminhão.

5. Os serviços de varrição devem atender às normas de

acondicionamento dos resíduos.

6. Os roteiros de varrição deverão ser circulares, com subdivisão da

equipe em duplas de garis e um carrinheiro, com trajeto no sentido dos

declives, de modo que cada gari, partindo do ponto incial, finalize sua

jornada regressando ao início.

7. Deverá haver paradas no meio do turno em locais pré-estabelecidos

para lanche devidamente providenciado pela equipe de apoio do setor;

8. A varrição será realizada de forma manual, com auxílio de um

caminhão de carroceria.

9. A capina e o roçado serão realizados de forma manual e mecânica

conforme a necessidade.

10.Nos bairros, periodicamente será realizado o serviço de capina, após

avaliação da fiscalização indicando a necessidade do serviço,

consistindo na remoção de vegetação (gramíneas) das vias públicas,

com o auxílio de roçadeiras e uma máquina tipo trator. O recolhimento

dos resíduos gerados será realizado de forma manual.91

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11.As praças e áreas de lazer públicas do município também receberão

periodicamente os serviços de limpeza, juntamente com a manutenção

dos equipamentos públicos. A varrição em torno das vias e da Praça

do Mercado Público serão de segunda a sábado.

12.Os serviços de capina e poda serão realizados por oito (oito)

funcionários com apoio de um caminhão de carroceria, são da mesma

equipe da varrição, no turno da tarde. O serviço será diário,

consistindo na poda de galhos, supressão de árvores danificadas,

remoção de ervas daninhas, remoção de flores de estação e plantio de

novas, manutenção de gramas e adubação.

13.Para a distribuição das equipes deve ser considerada a taxa de

rendimento de 150m²/dia/funcionário;

14.A capinação de terrenos e passeios particulares dve ser realizada por

seus proprietários e os terrenos que acumulem lixo e não tenham

muros deverão ser notificados pela fiscalização do setor.

15.Os serviços de pintura de meio fio, limpeza das praças e de galerias e bocas de lobo serão realizados por 08 (oito) funcionários,

da equipe da varrição no turno da tarde, com o apoio do caminhão.

16.Os resíduos recicláveis recolhidos na limpeza pública serão destinados

junto a coleta seletiva do município e encaminhados para a unidade de

triagem. Os resíduos provenientes da varrição e da capina serão

devidamente acondicionados para serem encaminhados ao aterro

através da coleta convencional. Quando o pátio de compostagem

estiver em funcionamento, os resíduos de poda serão encaminhados

para esta unidade.

17.A limpeza do Mercado Público e de eventuais feiras deve ser feita após

o seu encerramento, por equipe munida de vassourões, pás e

carrinhos de mão. A lavagem, principalmente das áreas de

comercialização de carnes e peixes, deve ser complementada com

aplicação de desinfetantes e desodorantes.

18.A limpeza das bocas de lobo, galerias e córregos será feita

manualmente por equipes munidas de pás, picaretas e ganchos, além

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de dispor de equipamento do tipo conjunto aspirador com motor para

jateamento de água (eductor).

19.Deve ser elaborado calendário mensal com a distribuição das equipes

de trabalho das atividades de capina, poda, pintura de meio fio e

limpeza do sistema de drenagem;

20.O setor deve dispor de controle rigoroso de acompanhamento das

atividades com fichas de monitoramento indicando os horários de início

e termino das tarefas, equipes responsaveis, equipamentos utilizados,

materiais e insumos consumidos e rota do caminhão de apoio. Para tal,

o setor deve dispor de 04 funcionários para fiscalização e planejamento

das atividades de varrição e correlatas.

21.Diante da necessidade de remoção de animais mortos, é necessário

que o setor divulgue os telefones de contato para que a população

possa solicitar este serviço que é esporádico e precisa ser agendado,

necessitando do caminhão de apoio.

22.Deverá ser estabelecida normativa municipal dispondo sobre os

serviços de limpeza urbana, do lixo domiciliar, dos resíduos especiais,

de mercados e similares, de bares, de promoções em logradouros

públicos, da fiscalização, dos procedimentos, das infrações e das

penalidades, com base nas diretrizes estabelecidas neste plano.

Procedimentos Complementares

Elaborar estudo e projeto para a implantação das unidades;

Aportar recursos municipais, consorciados ou captados junto ao

governo federal, visando a instalação das unidades;

Realizar campanhas de educação ambiental que visem sensibilizar a

população quanto à importância da prática da segregação dos resíduos

nas residências, informando da importância desta ação para a redução

na fonte da quantidade de resíduos a serem dispostos nos aterros;

Adquirir maquinário e equipamentos necessários para o

funcionamento da unidade;

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Montar equipe de gerenciamento e operação das unidades, e realizar

capacitação técnica dos funcionários;

Promover a regularização ambiental da área conforme a Legislação

Ambiental em vigor.

2.2.3.9 Destinação de Resíduos Sólidos Sujeitos a Planos de Gerenciamento Específicos (industriais, agrosilvopastoris, volumosos, de transporte, verdes, óleos comestíveis, de cemitérios, de serviços de saneamento)

É preciso estabelecer, incentivar e fiscalizar a adoção de procedimentos para a

destinação de resíduos especiais sujeitos a planos de gerenciamento específicos

que devem ser cumpridos pelos respectivos geradores

Ações Previstas Capacitar equipe responsável pela fiscalização e orientação dos

geradores de resíduos especiais, criando cadastro de registro e banco de

dados informatizado, identificando aqueles que necessitam elaborar

programas específicos de gerenciamento dos resíduos, estimativas de

volumes, soluções de destinação e cumprimento da legislação;

Estabelecer mecanismos de incentivos e de punições para o não

cumprimento das diretrizes;

Criar campanha de Educação Ambiental para conscientizar os

geradores das necessidades específicas de cada tipo de resíduo,

conforme as orientações a seguir:

Resíduos Industriais:A Resolução CONAMA 313/2002, define como Resíduo Sólido Industrial – RSI

todos os resíduos gerados a partir de processos produtivos industriais nos estados

sólido, semisólido, gasoso (quando contido) e líquido (quando inviável o

lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d´água, ou exijam para isso

solução técnica).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal 12.305/2010,

sujeita aos geradores de resíduos industriais à elaboração de plano de

gerenciamento de seus resíduos. Não se verificou nenhuma forma de controle

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disso no município.

De acordo com a NBR 10004 se sub-dividem em três classes:

Resíduos de Classe I (Perigosos) – Devido às suas características físico-

químicas e infecto-contagiosas, apresentam ao menos uma das seguintes

propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e

patogenicidade (restos e borras de tintas e pigmentos, resíduos de limpeza

com solvente na fabricação de tintas, aparas de couro curtido em cromo,

embalagens vazias contaminadas e resíduos de laboratórios industriais);

Resíduos de Classe II (Não Inertes) – Apresentam propriedades de

combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água ( resíduos de

EVA (etil vinilacetato) e de poliuretano espumas, cinzas de caldeira, escórias

de fundição de alumínio e de produção de ferro, aço, latão e zinco).

Resíduos de Classe III (Inertes) – Aqueles que em contato estático ou

dinâmico com água não a contaminam ou se misturam a ela. Exemplos:

restos de alimentos, de madeira, sucata de metais ferrosos e não ferrosos,

resíduos de materiais têxteis, de plástico polimerizado, de borracha, papel e

papelão.

Em Porto não há estabelecimentos industriais, propriamente dito. Verificam-se

pequenas metalúrgicas, olarias e panificadoras que geram pequeno volume de

resíduos com as características industriais tendo em vista seu porte, mas não há

registros precisos de maneira que neste estudo não se considerou significativo

resíduos com estas características.

Os resíduos de escritório (papéis, embalagens) e sanitários (papel higiênico, lenços

e folha de papel) destes estabelecimentos são recolhidos como resíduo sólido

urbano e encaminhados para o mesmo destino dos demais resíduos (o lixão).

Resíduos AgrosilvopastorisEm Porto há apenas 01 estabelecimento registrado na Vigilância Sanitária e que

possui licença para a comercialização de produtos agrosilvopastoris. O volume de

resíduos gerados referente à embalagens de agrotóxicos não possui

acompanhamento efetivo, pois os agricultores em geral não devolvem as

embalagens e não há campanha de esclarecimento para a população e para os

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comerciantes. O posto mais próximo fica em Teresina.

A questão da destinação das embalagens de agrotóxicos passou a ter um

tratamento mais adequado a partir da promulgação da Lei Federal 9.974/2000,

regulamentada pelo Decreto 4.074/2002, que define regras para recolhimento,

transporte e destinação final dessas embalagens vazias. Essa lei disciplina a

destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos, determinando

responsabilidades específicas para todos os elementos relacionados à cadeia de

produção e consumo desses produtos no país, envolvendo agricultores, canais de

distribuição e vendas dos produtos comerciais, empresas fabricantes e o próprio

poder público.

Os agricultores têm a responsabilidade de fazer a tríplice lavagem das

embalagens vazias e encaminhá-las, com as respectivas tampas, a uma

unidade de recebimento dentro do prazo máximo de um ano a partir da data

da compra do agrotóxico.

O revendedor de agrotóxicos deve disponibilizar e gerenciar as unidades de

recebimento das embalagens vazias, informar aos agricultores sobre os

procedimentos de lavagem das embalagens e, no ato da venda, informar o

endereço da unidade de recebimento mais próxima para as devoluções.

A indústria fabricante de agrotóxicos tem como obrigação recolher as

embalagens devolvidas pelos agricultores, dar um destino adequado àquelas

embalagens e, em colaboração com o poder público, implementar

programas educativos de controle e estímulo à lavagem e à devolução.

Com base na última publicação do Informativo INPEV (Instituto Nacional de

Processamento de Embalagens Vazias) ANO IX - setembro e outubro de

2013, edição 54, p.02, o Piauí é citado como um dos Estados com maior

crescimento percentual em destinação correta de embalagens vazias de

agrotóxicos. Foram recolhidas 509 toneladas de embalagens, representado

cerca de 60% do volume de vendas, o que representa uma média de 0,64

embalagem por hectare plantado. No caso de Regeneração isso equivaleria

a geração de cerca de 1 tonelada de embalagem ao ano.

Na região Porto, o ponto mais próximo de recolhimento é a ACAPI -

Associação do Comércio Agropecuário do Piauí que fica na Rodovia BR

316, Km 07, próximo ao Aterro de Teresina, no bairro Santo Antônio, zona

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sul.

Resíduos Volumosos

Os Resíduos Volumosos (RV) são aqueles que geralmente não são coletados pelos

serviços de limpeza pública regular, como: móveis, equipamentos/utensílios

domésticos inutilizados (aparelhos eletro-eletrônicos, etc.), pneus, grandes

embalagens, peças de madeira e outros, comumente chamados de “bagulhos” e

não caracterizados como resíduos industriais. (MARQUES NETO, 2004)

Não se tem registros precisos sobre a quantidade de volumosos gerados no Brasil,

atualmente, pois trata-se de um cenário difícil de acompanhar, tendo em vista a

variedade de fontes de geração e a existência, praticamente em todo o país, de

poucos pontos de coleta para esses resíduos. Segundo dados do trabalho de

SUZUKI (2007), a taxa de geração média estimada fica em torno de 0,03

m³/hab.ano, o que corresponderia, em Porto, a cerca de 345m³ de volumosos por

ano.

Resíduos de TransporteOs resíduos de serviços de transportes, segundo a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), especificamente no tocante a resíduos de

serviços de transportes terrestres, incluem os resíduos originários de terminais

rodoviários e ferroviários, os gerados em terminais alfandegários e em passagens

de fronteira (BRASIL, 2010). Cabe ao gerador a responsabilidade pelo

gerenciamento dos resíduos e as empresas responsáveis por terminais

(rodoviários/ferroviários), estando sujeitos à elaboração do Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Art. 20º da Lei 12.305/2010). Em

Regeneração não há rodoviária ou terminal de transportes.

Resíduos VerdesOs resíduos verdes constituem os provenientes do serviço de poda, manutenção da

arborização de praças, parques e jardins, e da capina. Esses resíduos costumam

constituir um volume bastante significativo dos resíduos sólidos urbanos.

A poda e a manutenção da arborização são realizadas pela equipe da terceirizada,

conforme a necessidade. O serviço é, portanto, eventual, consistindo na poda de

97

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galhos, supressão de árvores danificadas, remoção de ervas daninhas, remoção de

flores de estação e plantio de novas, manutenção de gramas e adubação.

Não há dados precisos ou estimativas sobre a geração de resíduos verdes no

município.Estudos realizados em outras cidades

(WWW.campinas.sp.gov.br/arquivos/consulta-publica-novo-modelo-

2_diagnostico_final.pdf) indicam que o percentual deste tipo de resíduo

corresponde 3,4% do volume total gerado. Neste caso, esse valor corresponderia a

145t/ano em Porto.

Óleos comestíveis

Os óleos em geral são resíduos de grande importância pelo seu alto potencial de

contaminação. O óleo de cozinha, quando descartado irregularmente pode causar

grandes danos ao ecossistema aquático, além de impermeabilizar o solo e causar

entupimentos na rede de esgoto e de drenagem de águas pluviais, contribuindo

para a ocorrência de enchentes e inundações.

Uma parcela substancial dos geradores de óleos comestíveis usados, o descartam

diretamente na rede de esgoto, meio fio etc., o que implica na necessidade de

implantação da educação ambiental, do ordenamento dos fluxos deste resíduo e da

disponibilização de equipamentos públicos e privados para o recebimento e

destinação ambientalmente adequada do mesmo.

O ordenamento dos fluxos deste resíduo deve ser muito criterioso, visto que além

da contaminação ambiental, o óleo também possui grande potencial de

contaminação de outras tipologias de resíduo, muitas vezes impossibilitando o

reuso e a reciclagem dos mesmos. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos de Guarulhos (SP) fez estudos que estimam que em média cada habitante

gera em média 3,0 litros de óleo de cozinha por ano. Extrapolando para o município

de Porto resulta numa produção de 34.500 l/ano de óleo.

Resíduos de Cemitérios

Os resíduos sólidos cemiteriais são formados pelos materiais particulados de restos

florais resultantes das coroas e ramalhetes, vasos plásticos ou cerâmicos de vida

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útil reduzida, resíduos de construção e reforma de túmulos, da infraestrutura, de

exumações, de resíduos de velas e seus suportes, e restos de madeiras. Nas datas

emblemáticas das religiões é quando se dá uma concentração maior da geração de

resíduos.

Os cemitérios são fontes potenciais de impactos ambientais, principalmente quanto

ao risco de contaminação de águas subterrâneas e superficiais devido à liberação

de fluidos humosos, substância esta gerada com a decomposição dos corpos

(Funasa, 2007).

Os resíduos sólidos também requerem atenção, uma vez que, a geração é diária,

muitas vezes ficam em locais desabrigados (sujeitos a chuvas), podendo acumular

água e causar a proliferação de mosquitos vetores de doenças.

Nos processos de exumação os resíduos sólidos gerados são de responsabilidade

dos proprietários ou da empresa responsável pela incineração, devendo recolher e

dar a destinação final adequada. Dentre os resíduos gerados destacam-se roupas,

madeira, restos de caixão e ossos. A orientação é para que os resíduos sejam

incinerados.

O gerenciamento e destinação dos resíduos das construções, reformas e

manutenção de jazigos são de responsabilidade do proprietário.

A Resolução CONAMA 335/2003, dispõe sobre o licenciamento ambiental de

cemitérios. Compete ao gerador o gerenciamento dos resíduos cemiteriais,

devendo adotar a destinação ambiental e sanitariamente adequada. Não há

sistema de incineração no município. O incinerador mais perto fica em Teresina, da

ECOSERVICE que presta serviço para a Prefeitura e para os hospitais.

Em Porto, na zona urbana há um cemitério que não dispõe de PGRS e a coleta

destes resíduos é feita através da coleta convencional.

Resíduos de Serviços de Saneamento

Os resíduos de serviços públicos de saneamento são os gerados em atividades

relacionadas ao tratamento da água (Estação de Tratamento de Água – ETA), ao 99

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tratamento do esgoto sanitário (Estação de Tratamento de Esgoto – ETE), e a

manutenção dos sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais.

Em Porto o sistema de tratamento de esgotos está em implantação e já há uma

unidade de tratamento da AGESPISA com vazão de 15 l/s. Considerando que as

ETAs podem ser vistas como mini fábricas de resíduos, com produção de resíduos

na faixa de 1 a 4 % do volume total de água tratada.

Com relação aos esgotos, somente a partir desse ano é que o município implantará

o sistema de coleta e tratamento de esgotos com uma estação de tratamento

(ETE). Os resíduos desta estação compreenderão uma grande carga de matéria

orgânica, gerando resíduos provenientes do gradeamento, areia, sólidos de maior

dimensão, escuma e lodo. A ETE deverá ter um plano específico de gerenciamento

dos resíduos, conforme a rotina operacional.

A Prefeitura deve solicitar a AGESPISA o plano de gerenciamento dos resíduos

gerados nas estações de tratamento.

Implantação de Programa de Logística Reversa

E preciso estabelecer condições administrativas e técnico-operacionais e meios

destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor

empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação final ambientalmente adequada.

A implementação da logística reversa deverá ser realizada focalizando, inicialmente,

os seguintes tipos de resíduos: agrotóxicos (embalagens); pilhas e baterias; pneus;

óleo lubrificante (incluindo resíduos e embalagens), lâmpadas fluorescentes, de

vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista e resíduos eletrônicos.

Ações Previstas

Identificar geradores alvo a serem cadastrados no programa a partir dos

dados existentes e de novo cadastro atualizado;

Implantar um programa permanente de capacitação e educação

ambiental orientando quanto a destinação final dos resíduos e um ponto 100

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de entrega voluntária, ou campanhas de coleta, são indispensáveis para

evitar que os resíduos com potencial de reutilização sejam descartados

inadequadamente;

Criar mecanismos de divulgação e monitoramento das práticas de

destinação dos grupos de resíduos a seguir descritos, conforme o que

define a PNRS:

a) Agrotóxicos

• A Lei Federal nº 12.305/2010, dispõe da obrigatoriedade de

estrutura e implementar a logística reversa dos agrotóxicos,

seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos suja

embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso,

observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos

previstas em lei ou regulamentos específicos, ou ainda em

normas técnicas. O decreto que regula esta lei estabelece que

na logística reversa de agrotóxicos deve ser observado o

disposto na Lei Federal nº 7.802/1989, e Decreto Federal nº

4.074/2002.

• É necessário promover orientações aos produtores rurais

quanto aos riscos à saúde e ao meio ambiente quando do uso

de agrotóxicos, sensibilização ao uso de EPIs, e, continuidade

dos programas de incentivo a produção ecológica e a coleta de

embalagens.

b) Pilhas e Baterias

• As pilhas e baterias são definidas na Resolução CONAMA

257/1999, e estão dentre os resíduos com logística reversa

obrigatória prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

• Este tipo de resíduo ao ser descartado junto ao resíduo

comum, pode causar danos ao meio ambiente e riscos à saúde

pública, devido a presença de metais pesados. As substâncias

tóxicas que compõem as pilhas e baterias, quando dispostas

inadequadamente, podem atingir e contaminar solos, água, e

chegar ao organismo humano por meio da ingestão de água ou

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alimentos contaminados, inalação ou contato dérmico. Os

metais pesados, por serem bioacumulativos, podem se

depositar no organismo vindo a afetar funções orgânicas.

• A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), sancionada

em 2010, estabelece o incentivo à logística reversa para este

tipo de resíduo para que as empresas, governos e

consumidores estejam comprometidos em viabilizar a coleta e

restituição dos resíduos sólidos à empresas fabricantes, além

da participação de cooperativas ou outras formas de

associação de catadores de materiais recicláveis.

• A legislação brasileira, por meio da resolução nº 257 do

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), determina

que os fabricantes devem inserir, na rotulagem dos produtos,

informações sobre o perigo do descarte incorreto das pilhas e

baterias automotivas e de celular no lixo comum. A participação

do comércio na questão é fundamental, oferecendo postos de

coleta para as pilhas e baterias usadas.

• A responsabilidade por recolher e encaminhar adequadamente

as pilhas após o uso é do fabricante. Portanto, os materiais

usados devem ser entregues aos estabelecimentos que

comercializam ou às assistências técnicas autorizadas, para

que eles repassem os resíduos aos fabricantes ou

importadoras. As pilhas e baterias podem ser recicladas,

reutilizadas, ou podem passar por algum tipo de tratamento

que possibilite um descarte não nocivo ao meio ambiente.

• As pilhas e baterias também são reguladas pela Resolução

CONAMA nº 401 (com alterações até 2008), que atribui a

responsabilidade do acondicionamento, coleta, transporte e

disposição final de pilhas e baterias aos fabricantes,

comerciantes, importadores e à rede de assistência técnica

autorizada. Ademais, tal instituto legal, estabelece os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio que esses produtos

podem conter para a respectiva comercialização.

102

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• Devido à dificuldade de controle sobre os descartes junto aos

resíduos domiciliares, faz-se necessária uma forte campanha

de educação ambiental com a população, considerando as

características tóxicas e poluidoras dessa tipologia, e,

concomitantemente, tratá-los e dispô-los como resíduos Classe

I. Hoje há empresas especializadas na reciclagem desses

produtos.

• Mais medidas cautelosas devem ser tomadas com relação às

pilhas de procedência duvidosa pois elas podem conter

materiais muito mais tóxicos do que as regularizadas. É

importante também observar a rotulagem do produto para se

verificar se na embalagem consta que a pilha pode ser

descartada no lixo comum. As pilhas do tipo alcalinas não

contém metais pesados em sua composição. Já as pilhas

comuns, como as recarregáveis, possuem mercúrio, cádmio e

chumbo, e devem ser devolvidas ao fabricante.

c) Lâmpadas Fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de

luz mista

• As lâmpadas fluorescentes (de vapor de sódio, mercúrio e de

luz mista) são conhecidas pelo seu uso econômico e tempo de

vida útil mais longo, contribuindo para minimização da geração

de resíduos. Porém, tem alto potencial poluidor, sendo

classificadas como resíduo perigoso e sujeitas à logística

reversa obrigatória, conforme a Política Nacional de Resíduos

Sólidos. Por isso, são necessárias políticas de gerenciamento

destes resíduos, a fim de evitar a contaminação ambiental e

impacto na saúde da população em geral.

• As lâmpadas fluorescentes são bastante utilizadas nos

domicílios, comércio, indústria e iluminação pública, mas

liberam mercúrio (tóxico para o sistema nervoso humano)

quando quebradas, queimadas ou enterradas, o que também

as torna sujeitas à disposição em aterro específico, como

103

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resíduos perigosos Classe I. Atualmente há empresas

especializadas em reciclar esse resíduo, separando o vidro do

metal e do produto químico.

• Os estabelecimentos que comercializam estes tipos de

lâmpadas devem ser orientados a aceitar dos usuários a

devolução das unidades usadas, cujas características sejam

similares àquelas comercializadas). Exclui-se desta logística,

as lâmpadas incandescentes de filamento metálico que não

possuem mercúrio, cujo processo final consiste na separação

dos componentes (vidro e metais), podendo ser encaminhados

às indústrias de beneficiamento.

• Outro gerador de lâmpadas é o setor de iluminação pública. A

partir da Política Nacional de Resíduos, o município no ano de

2012 passou a exigir, nos processos de licitação para

aquisição de Lâmpadas, a logística reversa dos fornecedores.

Desta forma, os resíduos deverão ser recolhidos pela empresa

comercializadora, com comprovação da destinação final.

d) Pneumáticos

• Grande responsável pela disseminação de vetores, como

mosquitos e moscas, os pneus usados são muitas vezes

jogados em lugares a céu aberto, tornando-se um grave

problema para a administração pública.

• No Brasil, as empresas fabricantes e as importadoras de

pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final

ambientalmente adequada aos pneus inservíveis (Resolução

CONAMA nº 416/09). Existe uma regulação para a Logística

Reversa da indústria do pneu no País, existindo empresas

especializadas na reciclagem desses produtos.

• Os pneus são de porte variado e têm condições obrigatórias de

gestão para peças acima de 2kg, de acordo com a Resolução

CONAMA nº 416/2009, que dispõe sobre a prevenção à

104

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degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua

destinação ambientalmente adequada.

• Durante os trabalhos do PMSB não foi possível verificar o

volume de pneus gerado anualmente, tendo em vista as

diferentes e variadas formas de obtenção de pneus à

disposição dos moradores.

e) Óleos Lubrificantes

• Os óleos lubrificantes são produzidos diretamente a partir do

refino de petróleo (óleos lubrificantes básicos minerais) ou

através de reações químicas a partir de produtos geralmente

extraídos do petróleo (óleos lubrificantes básicos sintéticos).

São utilizados em automóveis, ônibus, caminhões, motos,

trens, aviões, barcos, e num grande número de equipamentos

motorizados como colheitadeiras, tratores e motosserras, para

lubrificação, em especial dos motores para seu funcionamento.

A troca de óleo lubrificante em veículos é um ato comum, mas,

poucas pessoas sabem dos riscos para o ambiente e para a

saúde humana que o gerenciamento inadequado do óleo

usado pode causar (APROMAC apud Plano Municipal de

Saneamento Básico de Garibaldi, 2012).

• Este resíduo, classificado como perigoso, está dentre os

resíduos obrigados aimplementar a logística reversa. A

Resolução CONAMA nº 362/2005 dispõe sobre o recolhimento,

coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou

contaminado.

• Segundo as recomendações do Guia Básico elaborado pela

Associação de Proteção ao Meio Ambiente de CIANORTE –

APROMAC (2007), um óleo lubrificante novo é em si um

produto com certo grau de perigo que aconselha uma

manipulação cuidadosa porque, além de ser feito basicamente

a partir do petróleo, geralmente contém diversos tipos de

aditivos que em altas concentrações são tóxicos.

105

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• O óleo lubrificante usado ou contaminado, além de carregar

essa carga original de perigo, recebe um reforço extra em sua

toxidade porque os seus componentes, ao sofrerem

degradação, geram compostos mais perigosos para a saúde e

o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e

hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.

• Além disso, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém

diversos elementos tóxicos (por exemplo cromo, cádmio,

chumbo e arsênio), oriundos da fórmula original e absorvidos

do próprio motor ou equipamento. Esses contaminantes são

em sua maioria bioacumulativos (ficam no organismo) e

causam diversos problemas graves de saúde. Segundo a

APROMAC (2007), apenas 1 litro de óleo lubrificante usado ou

contaminado pode contaminar 1 milhão de litros de água,

comprometendo sua oxigenação.

• Assim como causa danos à saúde das pessoas que têm

contato direto com o resíduo, o óleo lubrificante usado ou

contaminado, quando dispersado no meio ambiente, causa

grandes prejuízos, afetando grande número de pessoas, a

fauna e a flora, principalmente quando associado com outros

poluentes comuns nas áreas mais urbanizadas.

• Aos geradores a legislação atribui a responsabilidade de cuidar

para que o óleo lubrificante usado ou contaminado retirado de

veículos e equipamentos seja armazenado corretamente até

sua destinação final, e entregue ao revendedor ou a um coletor

autorizado pela ANP – Agência Nacional do Petróleo,

licenciado e que emita certificado de coleta (APROMAC apud

Plano Municipal de Saneamento Básico de Garibaldi, 2012).

2.2.4 DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

2.2.4.1 O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA EM PORTO106

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O município encontra-se na sub-bacia do Rio Longá e Baixo curso do Parnaíba.

Com uma área de 7.643 km², está sub-bacia é composta, principalmente, pelos rios

Longá, Parnaíba e por uma série de pequenos riachos que desembocam no rio

Parnaíba, além do delta do mesmo.

Entre Teresina e a foz do Longá (e até o Delta), o rio Parnaíba apresenta

declividades muito baixas (até 50cm/km) na estação seca, reduzido perfil

batimétrico, extensas larguras e, consequentemente, baixas velocidades, se

comportando como um efetivo rio de planície. Por isso, é comum encontrar às suas

margens lagoas perenes, alimentadas por riachos que desembocam no rio

Parnaíba.

Neste contexto situa-se Porto (PI), o qual apresenta importante contribuição ao

sistema hídrico da sub-bacia com três lagoas: Campo Largo, São Francisco (Lagoa

do Boi) e Estivas (Lagoa do Marruás Velho).

No que diz respeito a diretrizes de urbanização, o município de Porto não possui um

Plano Diretor. Desta forma, não há um planejamento quanto ao uso e à ocupação do

solo e, consequentemente, um dispositivo legal sobre parcelamento e uso do solo

urbano e rural.

No município também não foi identificada a existência do Código de Obras e

Edificações, porém, todo município inserido no território nacional Brasileiro está

regido pela Lei Nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o

parcelamento do solo urbano e dá outras providências. No seu artigo 2º, parágrafo

5º, a lei cita que, dentro outros equipamentos urbanos, o escoamento de águas

pluviais é constituidor da infraestrutura básica dos parcelamentos, compreendido

como sistema de drenagem urbana.

Atualmente, não há no município um setor administrativo relacionado a ações para

controle de cheias e gestão da drenagem urbana. O órgão responsável pelo

planejamento, execução das obras de construção, instalação, montagem,

manutenção e fiscalização do sistema de drenagem, além da pavimentação nas vias

urbanas e rurais do município é a Secretaria Municipal de Obras e Serviços

Urbanos.

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No entanto, esta Secretaria dispõe de poucos funcionários envolvidos com o manejo

de águas pluviais, dificultando a organização de ações e de tarefas de fiscalização

que coíbam as infrações que comprometem a qualidade e o funcionamento do

sistema. A efetividade do serviço é observada quando a Secretaria Municipal de

Obras e Serviços Urbanos é acionada por outros setores do planejamento municipal

para a construção dos dispositivos de drenagem.

O perímetro urbano do município situa-se em trechos caracterizados como planícies

de inundação, situadas tanto nas proximidades da margem do rio, como em outros

pontos da cidade. Sem apresentar dispositivos que redirecionem o escoamento das

águas dessa região aos corpos d’água principais, os problemas de inundação são

potencializados. Além disso, os sistemas de drenagem, em especial as sarjetas,

dispositivo mais comum e encontrado nas vias urbanas de Porto, são

dimensionados para transportar água de chuva, mas o que se observa, no cenário

local, é a mistura da água de chuva, esgotos, sedimentos e resíduos sólidos, o que

resulta na obstrução ou aumento da rugosidade das redes. Isso é decorrência da

falta de um projeto coletivo de Educação Ambiental e da ausência de um setor de

fiscalização para coibir os excessos e acionar os agentes responsáveis.

Na zona rural, é frequente a interposição entre estradas e talvegues. Sem a

presença de dispositivos eficientes de passagem, os trechos de via se tornam

passagens molhadas e são interditados durante o período de chuvas intensas. Em

outros pontos da zona rural, por mais que existam estes dispositivos de passagem, é

observada a necessidade de manutenção dos mesmos, por mau estado de

conservação. Todavia, na maioria das localidades do município, a situação

encontrada é de deficiência na microdrenagem, onde as vias não apresentam

pavimentação e, consequentemente, não possuem proteção com meios-fios e

sarjetas. Isto sujeita as vias a expressivas erosões, agravadas, em alguns pontos,

pelo aporte das águas cinzas decorrentes da lavagem em Lavanderia Pública, que

em curto espaço de tempo podem interromper o tráfego de acesso a muitas

moradias. Além disso, expõe a população a riscos de contaminação por doenças de

veiculação hídrica. Em alguns aglomerados da zona rural, foram registrados casos

de malária.

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Diferente de outros setores da infraestrutura, no município de Porto não há

indicadores específicos voltados para a análise do desempenho no manejo de águas

pluviais. No entanto, o uso de indicadores é primordial para implantar mudanças,

uma vez que através deles dispõe-se de informações concretas, que proporcionam

decisões mais sólidas.

Porto, assim como a maioria dos municípios do Brasil, não possui uma receita

específica a ser aplicada nas soluções dos problemas relacionados ao manejo das

águas pluviais. A falta dessa receita, somada à ausência de um órgão específico

responsável por este serviço, acaba atrasando a tomada de decisões e ações.

2.2.4.2 Diagnóstico de Áreas de Risco – CPRMEm 2012, a CPRM realizou um diagnóstico denominado “Ação Emergencial para

Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de

Massa em Porto (PI)”. Tal diagnóstico identificou seis setores de risco alto no

município, enquadrados como risco de enchentes e inundações.

As áreas delimitadas representam a região mais crítica da Sede Administrativa, onde

inundações atingem áreas urbanizadas, na sua maioria com habitações precárias. A

Figura 11 apresenta os setores informados no estudo da CPRM.

Os três primeiros setores identificados (Cais e Entorno; Cais e Entorno; e Bairro

Cavas e Entorno, respectivamente) estão localizados na planície de inundação do

rio Parnaíba. O rio tem histórico de sucessivos transbordamentos, sendo que os

últimos e mais graves ocorreram nos anos 2004 e 2008. Nesses eventos, o nível

d’água do rio Parnaíba subiu cerca de seis metros e chegou a cobrir, com mais de

dois metros de altura d’água, um grande número de edificações localizadas mais

próximas às suas margens, no primeiro e no terceiro setores. No segundo setor, o

diagnóstico da CPRM cita a subida do nível do rio em mais de sete metros nesses

eventos, causando prejuízos, destruição e comprometimento de muitas casas.

Os três outros setores identificados (Rua Fazenda Piripiri – Bairro das Verdes; PI

212 – Novo Parque Rodoviário; e PI 212 – Entrada da Cidade, respectivamente)

estão localizados nas planícies de inundação dos pequenos córregos que deságuam

no rio Parnaíba, com caudal suficiente para inundar e transbordar para além do leito

principal, causando prejuízos, destruição e comprometimento de muitas casas.

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Figura 11: Setores de risco de inundações no município de Porto (Fonte: CPRM, 2012)

O estudo da CPRM informa que, em períodos de cheia, ocorre a retirada dos

moradores das áreas habitadas que se distribuem ao longo das margens do rio

Parnaíba e na sua planície de inundação, mas com retorno no período pós-cheia.

Algumas áreas já foram definitivamente isoladas, mas ainda há moradores que

retornam. O estudo reconhece, ainda, que a ocupação desordenada da planície de

inundação e das calhas das linhas d’água constitui uma prática preocupante, com

agravamento a cada ano dos efeitos das inundações. Isso acontece, principalmente,

quando o uso e a ocupação dessas áreas são feitos sem restrição ou com

descumprimento à exigência da cota mínima do piso (superior ao nível da cheia

tomada como referência, com período de retorno de 100 anos).

Segundo dados da Defesa Civil, após a inundação, residências em áreas de risco

são realocadas, havendo, posteriormente, o regresso de parte população para essas

regiões. Para evitar esse ciclo de recorrentes realocações de moradias em áreas de

risco, sempre após ocorrência de eventos de inundações, já há um consenso

110

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informal entre os técnicos da Prefeitura em adotar a criação de parques fluviais

nessas áreas, em conjunto com um programa habitacional.

Em seguida, as áreas indicadas como mais susceptíveis aos problemas de inundações foram visitadas, sendo observado que há duas fontes de perigo para o município de Porto, conforme indicação do estudo da CPRM.

1. Inundação gradual do rio Parnaíba, alagando regiões ocupadas em suas planícies marginais e ao longo do Igarapé.

2. Inundação ocasionada por chuvas intensas, alagando pontos baixos e com problemas de drenagem em córregos na área urbana do município.

O mapa da Figura 12 apresenta a indicação dos locais mais susceptíveis às inundações, segundo informações da Prefeitura Municipal de Porto, os quais foram visitados pela equipe técnica, para reconhecimento dos problemas existentes.

Figura 12: Mapa de locais visitados na área urbana do município de Porto – PI (19/08/2015).

A seguir, são apresentados, por região, os locais visitados e os problemas levantados.

111

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As áreas indicadas como mais susceptíveis aos problemas de inundações foram

visitadas, sendo observado que há duas fontes de perigo para o município de Porto,

conforme indicação do estudo da CPRM:

1. Inundação gradual do rio Parnaíba, alagando regiões ocupadas em suas planícies

marginais e ao longo do Igarapé.

2. Inundação ocasionada por chuvas intensas, alagando pontos baixos e com

problemas de drenagem em córregos na área urbana do município.

Nas áreas de risco identificadas, foram observados problemas localizados que

merecem tratamento específico, conforme será descrito a seguir:

REGIÃO 1: Planície de inundação do rio Parnaíba na foz do Igarapé

A Região 1, localizada a sudoeste da área urbana de Porto, é composta pela

planície de inundação do rio Parnaíba e do trecho final do Igarapé, como

apresentado na figura 12.

Dessa forma, a região possui influência direta dos dois processos de formação de

inundações apontados em Porto, sofrendo influência tanto das inundações graduais

do rio Parnaíba, quanto das inundações ocasionadas pela ocorrência de chuvas

intensas na bacia do Igarapé, que extravasa e alcança áreas baixas ocupadas.

Na foz do Igarapé no rio Parnaíba, no local conhecido como “cai n’água”, foi

observado processo de sedimentação e assoreamento do leito do Igarapé, pouco

antes de alcançar o rio Parnaíba.

Foi observado que em um trecho desse Igarapé há singularidades que representam

obstáculos aos escoamentos fluviais durante a cheia. Um deles natural, conformado

pela grande presença de rochas no leito do rio, e outro artificial, inserido pela

instalação de uma adutora de água transversal ao leito.

Ainda na Região 1, no entorno da Igreja, localizada no início da Rua Beira Rio, onde,

segundo informação da Prefeitura, ocorre o limite da inundação do rio Parnaíba, com

alagamentos que alcançam a calçada em frente à Igreja.

112

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REGIÃO 2: Planície de inundação do Igarapé, com influência do rio Parnaíba

A Região 2, localizada ainda na planície de inundação do rio Parnaíba, também

sofre diretamente com inundações do Igarapé, que pode extravasar mesmo sem a

cheia do Parnaíba, alcançando algumas moradias.

No local conhecido como “Matadouro” ocorreu, durante uma cheia do rio

Parnaíba associada à cheia no Igarapé, que o limite da inundação ultrapassou as

margens anteriores. Observam-se algumas ocupações de áreas dentro da região

alagável.

REGIÃO 3: Limite da planície de inundação do rio Parnaíba

Na Região 3, o alagamento das inundações do rio Parnaíba se restringe às

áreas a jusante da estrada PI-112, que corta toda a planície e oferece um obstáculo

aos escoamentos pluviais durante ocorrência de chuvas intensas mais a montante

da cidade, alagando toda a área verde à leste da estrada.

REGIÃO 4: Área urbana com ocorrência de alagamento por insuficiência de

estrutura hidráulica

A Região 4 se localiza dentro da área urbana de Porto e apresenta uma grande

extensão de alagamentos, resultantes da concentração de escoamento das chuvas

sobre a bacia ao norte da cidade, potencializada pela insuficiência hidráulica do

dispositivo de drenagem existente sob a Av. Matias Olímpio.

REGIÃO 5: Continuação da área urbana com ocorrência de alagamento por

insuficiência de estrutura hidráulica

A Região 5 está localizada a montante da Região 4, sendo conectada

diretamente e, dessa forma, apresentando o mesmo problema de alagamentos,

potencializados pela insuficiência do dispositivo de drenagem da Av. Matias Olímpio.

Essa região possui um talvegue bem definido, ainda sem ocupação da calha

secundária.

A maior frequência de ocorrência de alagamentos nessa área dificultou o

processo de ocupação, favorecendo a existência de um corredor verde dentro da

cidade, havendo, porém, algumas habitações que são atingidas por inundações

mais intensas.113

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REGIÃO 6: Localidade conhecida como Verdes, onde ocorrem alagamentos pela

inundação do rio Parnaíba

A Região 6 abrange a localidade de Verdes, caracterizada como uma região de

alagadiços e lagoas, que sofre uma pressão urbana e já apresenta ocupação de

áreas muito baixas, com risco de inundações.

REGIÃO 7: Localidade conhecida como Cavas, onde ocorrem alagamentos pela

inundação do rio Parnaíba.

A Região 7 está localizada entre o extremo oeste da área urbana de Porto e o rio

Parnaíba, sendo muito susceptível às inundações desse rio. Por ser uma região de

alto risco, caracterizada por áreas alagadiças e lagoas, há ocupação rarefeita, mas

algumas casas ainda persistem em locais de alagamento.

REGIÃO 8: Lagoa de detenção e planície de inundação do rio Parnaíba

Na Região 8 estão localizadas parte da área urbana de Porto e da planície de

inundação do rio Parnaíba. No interior da cidade há uma lagoa que funciona como

um reservatório de detenção, armazenando as águas de chuva precipitadas sobre

as bacias a montante da cidade, mais a leste. Essa lagoa/reservatório possui uma

estrutura de controle na saída, que deságua na planície de inundação do rio

Parnaíba.

2.2.4.3 DEMANDAS E PROJEÇÕES

Para identificação das necessidades futuras de ampliação dos componentes do

sistema de drenagem urbana, foram utilizados dados associados à estimativa de

evolução da população e da urbanização, tendo como referência a extensão de vias

existentes na sede urbana do município de Porto, associada a uma densidade

máxima de domicílios por metro de vias.

O cálculo da densidade máxima foi feito pela análise de uma zona urbana que

apresentou saturação máxima de domicílios. Foram contabilizadas 27 casas na

região, associadas a 306 metros de vias de acesso, obtendo-se a taxa de 0,088

domicílios por metro.

114

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A partir desta taxa, foi possível obter a saturação máxima da área urbana

atualmente ocupada do município, multiplicando-se pelo comprimento total de vias

urbanas de 25.394 metros, totalizando 2.241 unidades residenciais.

Para o cálculo da estimativa de unidades residenciais a cada ano no horizonte de 20

anos, foram utilizados dados obtidos no Censo Demográfico de 2010 do IBGE.

Na Tabela 2.4 estão apresentadas, de maneira resumida, a estimativa de evolução

da população, o número de residências, a extensão das vias existentes na sede

urbana, a demanda da rede de microdrenagem, a extensão das redes implantadas

(valores por período e acumulados) e a porcentagem de atendimento da rede.

No ano de 2028 é ultrapassada a capacidade máxima de domicílios da atual área

urbana do município, considerando a densidade de referência. Sendo assim, a partir

deste ano é indispensável o aumento das vias para acesso aos novos domicílios,

aumentando, desta forma, a demanda pelo sistema de microdrenagem, como pode

ser observado na Tabela 01.

Tabela 02: Projeção de demandas do serviço de microdrenagem.

Período

População

(hab.)

Nº de residên

cias

Extensão das

vias (m)

Demanda (m)

Rede implantada no período

(m)

Total de rede

implantada (m)

Atendimento (%)

Atual 7.503 1.854 25.394 25.394 0 0 02016-2020 8.085 1.997 25.394 15.236 10.158 10.158 40

2021-2025 8.712 2.152 25.394 0 15.236 25.394 100

2026-2035 10.115 2.499 28.398 3.004 3.004 28.398 100

*OBS1: A população indicada para o ano de 2015, retirada do relatório da FUNPAPI, corresponde à população residente na área urbana no ano de 2010, segundo os dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE.

2.2.4.4 DESPESAS E RECEITAS PARA O SETOR

Em relação às despesas de custeio e investimento, o Plano Plurianual da Prefeitura

Municipal de Porto prevê cerca de 32,4 milhões de reais para manutenção e

115

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ampliação dos serviços de drenagem urbana entre os anos de 2014 e 2017 da atual

gestão. Este valor corresponde ao percentual médio de 18,53% do valor total do

orçamento do município, equivalendo ao valor per capita de R$ 431,84.

A eficiência dos serviços de drenagem urbana e manejo das águas pluviais

relaciona-se com ações administrativas para organização do setor responsável pela

gestão e operacionalização, e ações de regulação e fiscalização. Como ponto de

partida para o alcance desta meta, faz-se necessário um diagnóstico completo das

áreas de risco, o cadastramento dos dispositivos existentes, a elaboração de um

cronograma de manutenção e de implantação de dispositivos, bem como a

qualificação do quadro técnico.

2.2.5 CENÁRIOS ALTERNATIVOS DAS DEMANDAS POR SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

2.2.5.1 Considerações Iniciais

O Plano de Saneamento têm como princípio básico o atendimento das metas

fixadas, sendo que as ações previstas são meios decorrentes da necessidade de

atendimento das mesmas.

Apesar dos trabalhos estarem sendo desenvolvidos em 2015, considerou-se para

fim de padronização de datas como Ano 1 - o ano de 2016 e o Ano 2035 como final

de Plano (20 anos).

Para fim do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB entende-se como Meta

alcançar um objetivo físico num intervalo de tempo devidamente definido.

A construção de cenários tem como objetivo principal o entendimento das possíveis

situações que podem determinar o futuro, que podem interferir no desenvolvimento

futuro, montando assim uma cena ou situação consistente do futuro.

Um cenário criado é um importante instrumento de planejamento estratégico, capaz

de monitorar, antever o ambiente e responder melhor às possíveis surpresas e

crises, permitindo que o PMSB seja fundamentado também numa realidade futura

plausível de acontecer.

116

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Como principais aspectos a serem alcançados na construção do cenário futuro,

podemos listar os seguintes:

Conhecer o ambiente do saneamento básico e suas influências;

Propiciar maior consistência técnica no processo de decisão durante a

construção do PMSB;

Conhecer as inter-relações entre fatores externos e internos ao

saneamento municipal; e

• Dar respaldo para a formatação das estratégias adotadas no PMSB.

2.5.2.2 Fundamentação Teórica A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco conhecida

no Brasil e muito complexa. Por este motivo, foi feito um trabalho de pesquisa

procurando por modelos que se aproximassem do exigido pelo Contrato.

Na literatura pesquisada, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de

Construção de Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em

2003, para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao

Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, é o que fornece uma boa base

teórica e alguns fundamentos práticos muito importantes.

Citamos, a seguir, alguns trechos deste documento que se enquadram no presente

caso:

“A elaboração de cenários é uma atividade relativamente recente no Brasil. À

exceção de algumas referências isoladas e acadêmicas, a técnica de cenários

começa a ser efetivamente utilizada no Brasil na segunda metade da década de

1980 pelas empresas estatais que operam em segmentos de longo prazo de

maturação, e, portanto, precisam tomar decisões de longo prazo. A Petrobrás e a

Eletrobrás são duas empresas que lideram as iniciativas de elaboração de cenários

e antecipação de futuro sobre o comportamento de mercado e a demanda de

energia e de combustíveis.”

“No geral, os estudos de cenários têm sido interrompidos, o que acaba por não

permitir a formação de uma mentalidade prospectiva no planejamento.”

“Em grande medida, o presente é apenas um tênue momento entre o passado e o

futuro, passado este que o condiciona e o determina. Já o futuro é o momento para

o qual estão voltados nossos olhares, nossas inquietações e nossas ações.” 117

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“O futuro está predeterminado ou, ao contrário, está completamente aberto a

múltiplas alternativas? Até que ponto nós podemos antever e predizer o futuro,

determinado ou não?”

“Evitar duas armadilhas da antecipação de futuros: (i) a projeção de tendências do

passado, como se a estabilidade fosse permanente; e (ii) a reprodução das

instabilidades conjunturais como uma tendência de longo prazo, reduzindo a

importância da estrutura e dos fatores de continuidade. A mudança e a incerteza são

as regras, e tudo indica que o futuro não será uma continuidade do passado e do

presente.”

“Desse ponto de vista, os cenários constituem, no fim das contas, apenas um

approach geral orientado para a gestão de risco (Van Der Heijden, 1996) e para as

escolhas que decorrem das interpretações sobre o futuro.”

“Ao anteciparem as condições futuras no contexto externo das regiões (...) os

cenários permitem que as ações sejam organizadas e os investimentos sejam

orientados na perspectiva de aperfeiçoar os resultados e favorecer a construção do

futuro desejado.”

“Assim, podem ser diferenciados dois grandes tipos diferentes de cenários

exploratórios: (i) extrapolativos, que reproduzem no futuro os comportamentos

dominantes no passado; e (ii) alternativos, os quais exploram os fatores de mudança

que podem levar a realidades completamente diferentes das do passado e do

presente.”

“Diretrizes Metodológicas: (a) evitar o impressionismo e o imediatismo; (b) recusar

consensos; (c) ampliar e confrontar as informações; (d) explorar a intuição; (e)

aceitar o impensável; (f) reforçar a diversidade de visões; e (g) ressaltar a análise

qualitativa.”

“Se não se sabe para onde vai o futuro, será necessário, portanto, definir pelo

menos duas alternativas diferentes de evolução futura, e que cada uma delas ajude

a construir um cenário diverso.”

“Os cenários tratam, portanto, da descrição de um futuro – possível imaginável ou

desejável.”

“Normalmente utilizado para o planejamento governamental, o cenário normativo

(desejado) tem uma conotação política e, deve ser ao mesmo tempo, tecnicamente

plausível e politicamente sustentável.”

118

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“O cenário normativo (possível) é uma descrição da realidade futura e compõe um

determinado jogo de hipóteses plausíveis e consistentes que converge, fortemente,

para os desejos da sociedade em relação ao seu futuro.”

“O processo básico consiste em definir, de um lado, o futuro desejado e, de outro, os

cenários alternativos... de cuja relação surge o cenário normativo.”

“Os cenários apresentam uma descrição dos futuros alternativos em certo horizonte

de tempo previamente escolhido (como será a realidade naquela data?), mas devem

conter também uma explicação do caminho que vai da realidade presente aos

diversos futuros.”

Esta última citação permite-nos materializar, através de metas específicas, os

possíveis cenários que possam ser propostos para a evolução do saneamento

básico em Porto (PI).

2.5.2.3 Metodologia para a Construção dos Cenários

Foco no Objetivo

A formulação de cenários consiste num exercício do livre pensamento, portanto, é

necessário se ater ao foco do principal objetivo contratual, que é a elaboração do

Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB.

O excesso de detalhes ou de alternativas e participações poderão conduzir a um

estudo ficcional, sem aplicação prática, que consumirá um tempo de formulação,

discussão, e aprovação muito maior do que o requerido para elaborar o próprio

PMSB, que é o objeto do presente contrato.

A elaboração de cenários dentro do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá

ser a mais objetiva possível, limitada a sua capacidade de intervenção, de forma a

se tornar um instrumento eficaz.

Um exemplo: uma possível limitação das vazões captadas dos mananciais de água

bruta ou da capacidade de produção de água tratada não deverá ser usada como

fator de restrição ao crescimento industrial (setor estratégico da economia local),

mas como indicativo de que é necessário ampliar a oferta de água tratada.

119

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Por outro lado, o sistema viário também afeta o setor industrial (rodovias, acessos,

congestionamentos, transportes, etc), no entanto, esta é uma questão que não pode

ser resolvida pelo PMSB.

Em resumo, não se deve esperar que o PMSB resolva questões que não são

pertinentes ao saneamento básico.

Definição do Modelo Teórico

A nova técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências

imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento.

Portanto, não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com tabelas e

gráficos que limitem a intuição e a divagação por mais absurda que possa parecer.

Não existe uma única forma de delinear cenários devido às peculiaridades de cada

atividade ou região.

Cada região ou município tem suas particularidades que só quem as habita por

muito tempo tem condições de compreendê-las, em profundidade.

Assim, é necessário que se estabeleça um roteiro que evite a dispersão de ideias e

conduza ao objetivo pretendido.

A Figura 13 mostrada a seguir apresenta, de forma sucinta, a metodologia

apresentada.

120

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Figura 13: Esquema Geral da Metodologia Proposta para a Elaboração dos Cenários

Definição da Sequência do Estudo de Cenários

É importante novamente mencionar que não existem regras rígidas nem modelos

prontos, tendo sido levado em conta os seguintes cuidados para a proposição dos

cenários:

a) Não se deve divagar sobre questões não ligadas ao saneamento

básico (educação, transportes, etc...);

b) Não abrir excessivamente o leque de alternativas (poder de síntese);

c) Focar nas efetivas necessidades de atendimento aos serviços de

saneamento.

Em assim sendo, o processo de construção de cenários começa com a formulação

de um futuro desejado, sem definição do prazo de planejamento e sem restrições de

capacidade de investimentos e de atendimento das necessidades, sem preocupação

ainda com o que é plausível de ser atingido, sendo que este futuro desejado servirá

de referencial para a descrição do cenário normativo.

121

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A seguir faz-se um confronto entre os desejos e as condições concretas da realidade

estudada (capacidade de atender aos desejos) de forma a definir as expectativas,

ajustando estas às possibilidades efetivas de realização.

Esse confronto dos desejos com as possibilidades pode ser feito numa relação

direta do futuro esperado com a realidade atual (com as restrições e inércias

estruturais), associando a cada situação a mensuração de metas específicas.

Assim, para a montagem dos cenários foi utilizado o seguinte roteiro, num processo

de aproximações sucessivas:

a) Elaborar o primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos e

utopias);

b) Analisar consistência, aglutinar semelhantes, associando a elas as

metas específicas;

c) Apontar prioridades e objetivos que conduzam aos cenários, associando

valores às metas selecionadas para identificação de cada desejo;

Técnicas de Construção de Cenários

A elaboração do cenário desejado não depende de diagnóstico ou identificação das

incertezas. Ele representa um sonho de futuro, utópico e atemporal, sem restrições

ou limitações de qualquer natureza.

Desta forma, o processo de construção de cenários poderá iniciar com uma relação

aleatória de ideias, desejos, ameaças, oportunidades e incertezas, as quais vão

sendo gradativamente organizadas, aglutinadas, excluídas e priorizadas, para o qual

se denomina de processo indutivo.

Também poderá seguir o caminho inverso, partindo da síntese do futuro desejado, o

qual vai sendo gradativamente detalhado, que se chama de processo dedutivo.

O processo indutivo parte do cenário desejado, pois se inicia ao descrever o estado

futuro que se pretende alcançar. Como ponto de partida utilizou-se o princípio

fundamental da universalização do acesso aos serviços de saneamento, presente na

Lei Federal No 11.445/2007 (Lei do Saneamento), e a partir dele direcionado aos

pontos particulares por meio da construção da realidade futura. 122

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As Figuras 14 e 15 mostrados a seguir ilustram as metodologias de construção

destes dois tipos de processos de construção de cenários.

Figura 14: Cenário Indutivo

Figura 15: Cenário Dedutivo

123

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Neste contexto, optou-se em partir de um factível: “O Município de Porto terá no

futuro a universalização do acesso a todos os Serviços de Saneamento Básico, com

a qualidade de prestação de serviço merecida pela população local”, o que remete à

adoção do “Processo Dedutivo” para a construção dos cenários futuros do PMSB.

A livre criação do cenário que irá compor o PMSB está embasada nas

especificidades e carências do município, identificadas na Etapa de Diagnóstico e na

fixação de metas específicas para estruturação do que se espera no futuro para o

Saneamento de Porto.

A partir do conteúdo exposto até este item, optou-se pela seleção entre os diversos

cenários possíveis e plausíveis de ocorrer o estabelecido a seguir, que terá uma

análise e desenvolvimento no decorrer do trabalho:

CENÁRIO FACTÍVEL: A partir das tendências de desenvolvimento do passado

recente, considera-se para o futuro os principais vetores estratégicos, associados à

mobilização da capacidade de modernização. Nesse quadro ter-se-á uma

compatibilização da disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros para

atendimento de uma situação real, certamente melhor que o tendencial, porém não o

IDEAL

2.5.2.4 CENÁRIO PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA.Os Cenários propostos para o SAA estão sintetizados no Quadro 26:

Quadro 26: Síntese dos Cenários para o SAA.

MetasCenário Estudado

Ideal Factível Retrógrado

Universalizaçãodo atendimento da população urbana

100%

Manutenção da atual

cobertura (100%)

Diminuição da atual cobertura

Potabilidade da água IPA = 100% a partir do Ano 1

IPA = 98% em até 4 anos

Diminuição do IPA atual

Índices de perdas de água IP ≤ 10% IP ≤ 25% IP superior ao atual

Continuidade no abastecimento

100% em 1 ano

98% em até 4 anos

Diminuição da atual

regularidade

124

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CENÁRIO 1 - IDEAL:

Teórico - O qual deverá apontar o futuro ideal, sem prazos, sem restrições

tecnológicas ou de cooperação, ou ainda, sem limitações de recursos materiais e

financeiros. Neste cenário têm-se:

A universalização do atendimento da população, ou seja, 100% da população

local será atendida com serviço de abastecimento de água, desde o Ano 1 do

PMSB até o final do período de planejamento.

A qualidade da água distribuída atenderá permanentemente à 100% da

legislação vigente, desde o Ano 1 do PMSB até o final do período de

planejamento.

A regularidade no abastecimento será garantida permanentemente à toda

rede de distribuição, desde o Ano 1 até o final do período de planejamento.

As perdas no sistema de distribuição serão sempre inferiores a 10%, padrão

este atingido apenas em alguns dos países considerados como de alta

tecnologia neste segmento.

CENÁRIO 2 – FACTÍVEL: A partir das tendências de desenvolvimento do passado

recente, considera-se para o futuro os principais vetores estratégicos, associados à

mobilização da capacidade de modernização. Nesse quadro ter-se-á uma

compatibilização da disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros para

atendimento de uma situação real, certamente melhor que o tendencial, porém não o

IDEAL.

Este cenário propõe que o município melhore seus índices atuais a partir de

metodologias, programas e ações que estejam mais próximos da realidade local e

que consigam avançar gradativamente viabilizando assim as melhorias necessárias

para que o SAA opere de maneira satisfatória e atenda todas as Legislações

Ambientais e de Saúde vigentes.

125

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A universalização do atendimento da população é mantida em 100%.

A qualidade da água distribuída continua melhorando, atingindo e mantendo um patamar bastante aceitável, atendendo plenamente à legislação vigente.

A continuidade no abastecimento continua melhorando, através de ações e obras, como por exemplo, a fixação pela operadora de critério de disponibilizar maior reservação que o previsto em norma.

As perdas no sistema de distribuição continuarão a ser combatidas e controladas de maneira agressiva, sendo uma preocupação permanente da operadora.

CENÁRIO 3 - RETRÓGRADO: Proposição de uma situação em que nada que já

exista sofra alguma melhoria ou ampliação.

Descontinuidade ou desaceleração no ritmo das ações de planejamento, de

investimentos e de melhorias operacionais e institucionais, o que com certeza

acarretaria uma diminuição da cobertura, da qualidade da água, da regularidade no

abastecimento e um aumento nas perdas e no consumo per capita.

A universalização do atendimento da população diminuiria ao longo do tempo,

pois não existiriam recursos suficientes para atendimento do crescimento

vegetativo pela evolução populacional.

A qualidade da água distribuída perderia sua condição, passando a não

atender plenamente à legislação vigente, temporariamente ou de forma

permanente.

A regularidade no abastecimento cairia, pois não existiria uma boa relação

produção x distribuição x consumo.

As perdas no sistema de distribuição aumentam desregradamente, o que

afetaria diretamente a condição de regularidade do abastecimento e de

equilíbrio financeiro do sistema.

CENÁRIO ADOTADO DE REFERÊNCIA: FACTÍVEL

126

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Para elaboração deste prognóstico, foi considerado o cenário FACTÍVEL OU DE

REFERÊNCIA, por se tratar de um cenário possível de ser alcançado tanto

tecnicamente quanto economicamente.

2.5.2.5 Análise SWOT

Para a reflexão e posicionamento sobre os sistemas existentes e construção dos

cenários foi realizada uma análise com base na metodologia SWOT (Strengths,

Weaknesses, Opportunities and Threats), ou seja, uma análise das forças,

fraquezas, oportunidades e ameaças, facilitando o início do processo de

planejamento ao demonstrar uma percepção geral de pontos e fatores que

contribuem ou atrapalham a execução de ações.

Nesta análise, as forças e fraquezas representam o ambiente interno do setor,

enquanto as oportunidades e ameaças são uma situação externa do sistema de

abastecimento.

Para cada setor estas duas metodologias, construção de cenários e SWOT, serão

detalhadas a seguir:

2.3 CENÁRIO DE REFERÊNCIA PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA2.3.5.1 Analise SWOT – Abastecimento de água

Quadro 27: Análise SWOT do SAA de Porto(PI)

FORÇAS Área de Reflexão FRAQUEZASManancial superficial com boa capacidade hídrica

Sistema de Abastecimento

de ÁguaÍndice elevado de perdas

Área para ampliação da capacidade de produção

Tubulação antiga da rede de distribuiçãoNível de reservação insuficienteE.T.A. com pouca capacidade de produção

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Criação de Lei especifica para proteção do manancial

Poluição do manancial por atividades diversas produzidas a montante do município.

Obtenção de recursos federais para obras de melhorias

Não cumprimento das metas por inexistência de regulação e fiscalização.Convênio entre município e

127

Page 124:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

uma agência reguladora para garantir o cumprimento das metas do PMSB.

2.3.5.2 Estudo de Cenários – Abastecimento de Água

Os Cenários propostos para o SAA estão sintetizados no Quadro 28:

Quadro 28: Síntese dos Cenários para o SAA.

MetasCenário Estudado

Ideal Factível Retrógrado

Universalizaçãodo atendimento da população urbana

100%

Manutenção da atual

cobertura (100%)

Diminuição da atual cobertura

Potabilidade da água IPA = 100% a partir do Ano 1

IPA = 98% em até 4 anos

Diminuição do IPA atual

Índices de perdas de água IP ≤ 10% IP ≤ 25% IP superior ao atual

Continuidade no abastecimento

100% em 1 ano

98% em até 4 anos

Diminuição da atual

regularidade

CENÁRIO 1 - IDEAL:Teórico - O qual deverá apontar o futuro ideal, sem prazos, sem restrições

tecnológicas ou de cooperação, ou ainda, sem limitações de recursos materiais e

financeiros. Neste cenário têm-se:

A universalização do atendimento da população, ou seja, 100% da população local será atendida com serviço de abastecimento de água, desde o Ano 1 do PMSB até o final do período de planejamento.

A qualidade da água distribuída atenderá permanentemente à 100% da legislação vigente, desde o Ano 1 do PMSB até o final do período de planejamento.

A regularidade no abastecimento será garantida permanentemente à toda rede de distribuição, desde o Ano 1 até o final do período de planejamento.

128

Page 125:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

As perdas no sistema de distribuição serão sempre inferiores a 10%, padrão este atingido apenas em alguns dos países considerados como de alta tecnologia neste segmento.

CENÁRIO 2 – FACTÍVEL: A partir das tendências de desenvolvimento do passado

recente, considera-se para o futuro os principais vetores estratégicos, associados à

mobilização da capacidade de modernização. Nesse quadro ter-se-á uma

compatibilização da disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros para

atendimento de uma situação real, certamente melhor que o tendencial, porém não o

IDEAL.

Este cenário propõe que o município melhore seus índices atuais a partir de

metodologias, programas e ações que estejam mais próximos da realidade local e

que consigam avançar gradativamente viabilizando assim as melhorias necessárias

para que o SAA opere de maneira satisfatória e atenda todas as Legislações

Ambientais e de Saúde vigentes.

A universalização do atendimento da população é mantida em 100%.

A qualidade da água distribuída continua melhorando, atingindo e mantendo um patamar bastante aceitável, atendendo plenamente à legislação vigente.

A continuidade no abastecimento continua melhorando, através de ações e obras, como por exemplo, a fixação pela operadora de critério de disponibilizar maior reservação que o previsto em norma.

As perdas no sistema de distribuição continuarão a ser combatidas e controladas de maneira agressiva, sendo uma preocupação permanente da operadora.

CENÁRIO 3 - RETRÓGRADO: Proposição de uma situação em que nada que já

exista sofra alguma melhoria ou ampliação.

Descontinuidade ou desaceleração no ritmo das ações de planejamento, de

investimentos e de melhorias operacionais e institucionais, o que com certeza

acarretaria uma diminuição da cobertura, da qualidade da água, da regularidade no

abastecimento e um aumento nas perdas e no consumo per capita.

A universalização do atendimento da população diminuiria ao longo do tempo,

pois não existiriam recursos suficientes para atendimento do crescimento

vegetativo pela evolução populacional.

129

Page 126:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

A qualidade da água distribuída perderia sua condição, passando a não

atender plenamente à legislação vigente, temporariamente ou de forma

permanente.

A regularidade no abastecimento cairia, pois não existiria uma boa relação

produção x distribuição x consumo.

As perdas no sistema de distribuição aumentam desregradamente, o que

afetaria diretamente a condição de regularidade do abastecimento e de

equilíbrio financeiro do sistema.

2.3.5.2.1 Metodologia de Cálculo para Sistemas de Abastecimentos de Água e Esgotamento Sanitário de Porto

O Cenário de Universalização ou Desejável refere-se ao Cenário Factível que

representa o alcance da universalização com adequação dos sistemas de

saneamento para o ano de projeto, atendendo plenamente à todas as demandas,

conforme o esquema da Figura 16 a seguir.

Figura 16: Esquema Representativo das Metas do Cenário Factível

130

100% de cobertura na zona urbana e zona ruralTaxa de perda de 25%100% de hidrometraçãoSistema da Prefeitura Municipal isolado e ligações domiciliares interligadas à rede da Concessionária.100% dos poços existentes licenciados e feito tratamento bacteriologico.Buscar alternativas para o aproveitamento de mananciais superificiais na zona rural.

Água

100 % de coleta na zona urbana;100% dos domicílios na zona rural com sistemas unifamiliares;Esgotos

2035

2035

Page 127:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Foram estimados os investimentos e as receitas para atender aos índices ideais de

atendimento neste cenário para o ano de projeto (2035), considerando o cronograma

que prevê ações imediatas, de curto, médio e longo prazo. A metodologia de cálculo

adotada para as estimativas será descrita a seguir, conforme o setor de saneamento

básico observado, tendo em vista as peculiaridades de cada um.

As estimativas de custos referentes aos sistemas de abastecimento de água

consideraram a prestação de serviços composta basicamente por captação, adução,

tratamento, reservação e distribuição água.

Os preços de serviços e insumos adotados fundamentaram-se em dados fornecidos

por entidades oficiais e trabalhos similares, conforme a seguir:

Laboratório de Hidrologia e Estudos do Meio Ambiente do Instituto

Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia,

da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE (UFRJ);

Plano Diretor de Água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro -

Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE;

Funções de custos utilizadas na elaboração de estimativas de custos

para Companhia de Saneamento de Mato Grosso do Sul - SANESUL,

para diversas unidades operacionais dos sistemas de abastecimento

de água;

Sistema Nacional de Preços da Indústria da Construção Civil – SINAPI

da Caixa Econômica Federal;

Composições de serviços baseados nos custos do SINAPI e em

consultas a empresas do mercado.

Com relação aos custos para elaboração de projetos básicos e executivos os

valores foram definidos a partir dos índices percentuais médios relativos aos custos

de implantação dos sistemas, conforme metodologia adotada pelo Banco

Interamericano de Desenvolvimento - BID, utilizado no Programa Baixado Viva

considerado pela CEDAE (2013) na elaboração de projetos, e que são de 2% e 1%,

respectivamente.

Também foram considerados os índices percentuais médios referentes ao custo de

implantação do sistema utilizados pelo BID, para os custos com gerenciamento de 131

Page 128:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

projetos e supervisão de obras, e que neste caso são de 1,4% e 2,5%,

respectivamente.

As despesas de manutenção e operação do sistema foram calculadas considerando-

se o custo virtual do empreendimento, considerando 100% de atendimento às

demandas diagnosticadas. Foi adotada a metodologia utilizada pela CEDAE (2013),

que considera o anexo 11, do trabalho intitulado "Espirito Santo Water and Coastal

Pollution Management Project Marginal Cost Pricing Analysis: Methodology and

Results", elaborado pelo Banco Internacional para a Reconstrução e o

Desenvolvimento - BIRD para a Companhia Espiritosantense de Saneamento –

CESAN. O percentual para a manutenção é de 5%, considerando pequenos ajustes

para o contexto de Porto.

Na análise das receitas e despesas do cenário factível estão previstos investimentos

para melhoria do sistema na zona rural, considerando implantação de reservação

complementar nas comunidades que atualmente possuem déficit no abastecimento,

assim como prevê instalação de rede e ligações domiciliares para todas as

moradias. Este cenário prevê a cobertura integral de hidrometração.

Na construção do cenário, o cronograma de execução dos serviços prevê que os

déficits na reservação, produção e distribuição de água serão parcialmente sanados,

sendo 40% no prazo imediato, 20% a curto prazo, 20% a médio prazo e 20% a longo

prazo, tanto para a zona urbana e zona rural.

Os parâmetros adotados para a prestação de serviços no setor de abastecimento de

água no cenário factível são:

a) Produção de Água

Consumo médio per capita de 120l/dia, baseado nos estudos da

FUNASA (2004) para uma população abastecida com ligações

domiciliares, em núcleos de 6 mil a 30 mil habitantes, que

recomenda taxas entre 120 a 200 l/hab.dia.

Os coeficientes de dimensionamento das vazões diária e horária

adotados (K1 e K2) são de 1,2 e 1,5 respectivamente.

Índice médio de perdas na ordem de 25%.

b) Ligação domiciliar com hidrômetro132

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Taxa de hidrometração (indicada pela Concessionária) de 2,6

hab/ligação.

c) Implantação de rede de distribuição (considerado similar aos serviços de

substituição)

No dimensionamento do cenário factível é prevista a substituição de

20% da rede existente e implantação de rede nova, adotando-se a

taxa de 7,85 m/hab, considerando a área de cobertura e a evolução

populacional. Descontando a rede já implantada essa taxa cai para

5,6m/hab.

d) Reservação

Aumento na capacidade de reservação de 300 m³, tendo em vista a

adoção de uma taxa de consumo per capita maior do que a atual,

de 120l/s na zona urbana; e aumento de 200m³ na zona rural.

e) Hidrometração

Índice de hidrometração de 100% na zona urbana e rural;

Faturamento na ordem de 90%;

Despesas de manutenção em torno de 80%, sendo que deste valor,

cerca de 50% refere-se à despesa com pessoal.

f) Manutenção

Acréscimo de 5% para manutenção dos novos itens do sistema

melhorado.

g) Custos ambientais

Foram considerados os valores para licenciamento ambiental dos

empreendimentos a serem implantados, bem como regularização

dos poços da zona urbana (35);

Os valores adotados para as taxas de licenciamento consideraram

a legislação estadual em vigor (Resolução CONSEMA Nº. 010 de

25 de Novembro de 2009 e o Decreto 14.079/2010);

133

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Os valores dos estudos ambientais foram estimados com base em

preços cotados no mercado local.

De acordo com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), o

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) na área de saneamento recebeu

do Ministério das Cidades investimento de R$ 41 bilhões para aplicar em municípios

com mais de 50 mil habitantes, nas regiões metropolitanas e Região Integrada de

Desenvolvimento (Ride). Com relação aos municípios abaixo desse limite, a

Fundação Nacional de Saúde (Funasa) disponibilizará mais R$ 4 bilhões. O apoio de

recursos financeiros para empreendimentos de saneamento do PAC é feito com

base na população do município a ser atendido. A previsão é de R$ 2,64 bilhões

para os municípios com população até 50 mil habitantes, sendo R$ 1,6 bilhão para

esgotamento sanitário, R$ 850 milhões para abastecimento de água, R$ 370

milhões para saneamento domiciliar e R$ 180 milhões para resíduos sólidos (lixo).

A Funasa seleciona os municípios com as maiores taxas de mortalidade infantil,

garantindo pelo menos cinco em cada Estado. Para calcular a taxa de mortalidade,

considera a média entre os anos de 2003 e 2005. A seleção dos projetos

apresentados foi realizada a partir da deliberação do Grupo Executivo do Programa

de Aceleração do Crescimento (Gepac), instituído pelo Decreto n° 6.025, de 22 de

janeiro de 2007.

Em função desses dados, e dos valores já liberados para o município de Porto

estima-se um aporte anual para o município em torno de R$ 10,00/hab proveniente

de verbas federais para o setor de abastecimento de água.

As Tabelas 02 a 08 apresentam as metas para cenários futuros em relação ao setor

de Abastecimento de Água.

Tabela 02: Metas do Cenário Factível para o Setor de Abastecimento de Água – zona urbana

Prazos População Beneficiad

Extensão da rede a

Ligações Novas

Vazão Média de

Indicadores de

134

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a (hab)ampliar

(m)(unid)

Instalação de SAA

(l/s)

Cobertura (%)

Imediat

o8.085 4.340 451 16,17

40

Curto 8.712 6.496 675 17,42 60

Médio 9.387 8.825 917 18,77 80

Longo 10.115 11.337 1.178 20,23 100

Tabela 03: Metas do Cenário Factível para o Setor de Abastecimento de Água – zona rural

PrazosPopulação Beneficiad

a (hab)

Ligações Novas (unid)

Vazão Média de

Instalação de SAA

(l/s)

Indicadores de

Cobertura (%)

Imediato 4.734 68 9,47 40Curto 5.104 142 10,21 60Médio 5.501 221 11,00 80Longo 5.929 307 11,86 100

Os valores unitários para execução dos serviços podem ser observados na Tabela

04.

Tabela 04: Valores Unitários Adotados na Estimativa de Despesas e Receitas do Setor de Abastecimento de Água em Porto

Item UnidValor Unit

(R$)Fonte

Produção de água l/s 35.000,00 CEDAE (2013)Ligação com hidrômetro unid 452,43 SINAPIImplantação de rede m 104,79 SINAPIAmpliação da reservação

m³ 1.996,36 SINAPI

135

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Tabela 05: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Abastecimento de Água – Cenário Factível (Zona Urbana)

Prazos

População

urbana (hab)

Rede a

ampliar

(m)

Ligações

Novas (unid)

Vazão de

Instalação de SAA (l/s)

Ampliação do

SAA (R$)

Ligações domiciliares com hidrômetros (R$)

Ampliação da rede (distribuiç

ão) (R$)

Ampliação da

reservação (R$)

Despesas de

Manutenção (R$)

Receita Hidrometra

ção por Período

(perda de 25%)

Receita Investimentos (R$)

(R$)Imediato

8.085 4.340 451 16,17 373.364,07

204.045,93

454.807,33

399.271,65

4.294.233,99

3.272.527,27

346.110,25Curto 8.712 6.496 675 17,42 298.691

,26305.390,2

5680.743,8

7399.271,

654.626.432

,363.525.687,2

6372.885,05

Médio 9.387 8.825 917 18,77 224.018,44

414.878,31

924.809,83

499.089,57

4.985.286,72

3.799.161,10

401.808,29Longo 10.115 11.33

71.178 20,23 224.018

,44532.962,5

41.188.053,

14499.089,

575.372.337

,884.094.123,0

1433.004,16

Tabela 06: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Abastecimento de Água – Cenário Factivel Zona Rural

Prazos

População

urbana (hab)

Rede a

ampliar (m)

Ligações

Novas (unid)

Ampliação do SAA (R$)

Ligações domiciliar

es com hidrômetr

os (R$)

Ampliação da rede

(distribuição) (R$)

Ampliação da

reservação (R$)

Despesas de

Manutenção (R$)

Receita Hidrometraç

ão por Período

(perda de 25%)

Receita Investiment

os (R$)

(R$)Imedia

to 4.734 5000 68 112.009,22 30.765,24 523.971,57 199.635,

83616.323,5

0 469.684,57 111.307,30

Curto 5.104 5000 142 112.009,22 64.245,06 523.971,57 199.635,

83616.323,5

0 469.684,57 111.307,30

Médio 5.501 5000 221 74.672,81 99.987,03 523.971,57 299.453,

74924.485,2

5 704.526,86 146.124,03

Longo 5.929 5000 307 74.672,81

138.896,01 523.971,57 299.453,

741.001.525,

69 763.237,43 188.346,80

136

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Tabela 07: Comparativo das Despesas e das Receitas – Cenário Factível (Abastecimento de Água)

Prazos Despesas (R$) Receitas (R$) Diferença (R$)

Imediato 7.208.428,33 4.199.629,40 -3.008.798,93

Curto 7.826.714,57 4.479.564,18 -3.347.150,39

Médio 8.970.653,27 5.051.620,28 -3.919.032,99

Longo 9.854.981,40 5.478.711,41 -4.376.269,99

Tabela 08: Despesas Complementares - Cenário Factível (Abastecimento de Água)

PrazosProjetos

R$

Superv. Obras (R$)

Licenciamento Ambiental

(R$)

Despesa com Manutenção e

Otimização (R$)

Despesa Total (R$)

Receitas (R$)Despesas x

Receita

Imediato 75.000,00 62.500,00 25.000,00 7.208.428,33 7.370.928,33 4.199.629,40 -3.171.298,93

Curto 60.000,00 50.000,00 12.500,00 7.826.714,57 7.949.214,57 4.479.564,18 -3.469.650,39

Médio 45.000,00 40.000,00 12.500,00 8.970.653,27 9.068.153,27 5.051.620,28 -4.016.532,99

Longo 45.000,00 40.000,00 12.500,00 9.854.981,40 9.952.481,40 5.478.711,41 -4.473.769,99

137

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2.3.5.2.2 Cenário de Referência – Abastecimento de Água

Para elaboração deste prognóstico, foi considerado o cenário FACTÍVEL, por se

tratar de um cenário possível de ser alcançado tanto tecnicamente quanto

economicamente. A seguir são detalhadas as metas do cenário:

Universalização da Cobertura do Abastecimento de Água

Pelas informações obtidas juntamente à AGESPISA e à Administração Municipal,

referente ao ano de 2014/2015, a cobertura do sistema de abastecimento de água

na área urbana de Porto é de 85,00%.

Já na área rural, o atendimento é realizado por sistemas unifamiliares ou

multifamiliares, conforme demonstrado no diagnóstico do sistema de abastecimento

de água.

Portanto, propõe-se no presente Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB a

meta de manter a cobertura de 100% do sistema de abastecimento de água na área

urbana de Porto, ficando as áreas rurais atendidas por sistemas unifamiliares ou

multifamiliares, porém com a devida fiscalização sanitária municipal ao longo do

período de planejamento para garantir a qualidade da água para abastecimento.

Potabilidade da Água

Para efeito de cumprimento da evolução da meta em relação ao IPA, a água

produzida será considerada adequada se, a média dos IPA apurados nos últimos 12

meses atender os valores especificados no Quadro 29.

Quadro 29: Metas do IPA.Ano Meta do IPA (%)

1 Medição inicial

2 Incremento necessário para atingir 90%, se inferior a este percentual.

3 em diante

Incremento de 4% ao ano, até atingir e manter, no mínimo, 98%.

138

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Continuidade do Abastecimento de Água

O Quadro 30 mostra os valores do ICA a serem atingidos ao longo do tempo.

Quadro 30: Metas do ICA.Ano Meta do ICA (%)

1 Medição inicial

2 Incremento necessário para atingir 90%, se inferior a este percentual.

3 em diante

Incremento de 4% ao ano, até atingir e manter, no mínimo, 98%.

Perdas no Sistema de Distribuição

O índice de perdas na distribuição de água de um sistema de abastecimento é

considerado adequado quando inferior a 25% do volume produzido.

Na Sede de Porto, o índice de perdas médio ao longo do ano de 2014 foi de 42,13%.

Portanto fica fixada no presente Plano Municipal de Saneamento Básico a meta de

redução anual de 1% do índice de perdas até atingir a faixa de 25%, mantendo este

patamar ao longo de todo o período de planejamento, conforme demonstrado no

Quadro 31.

Quadro 31: Meta de Redução das Perdas da Sede Municipal de Porto(PI)

Ano Meta1 ao 5 Redução de 2% a.a.

6 em diante Redução de 1% a.a. até atingir 25%

139

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Tabela 09: Abastecimento de Água - Zona Urbana e Zona Rural.ZONA URBANA

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

O atendimento da zona urbana é deficiente, possuindo infraestrutura fragilizada por diversos problemas, a saber:

O sistema de abastecimento existente na zona urbana não atende a toda a população, necessitando de ampliação da adução e da rede de distribuição;

O sistema de abastecimento implantado apresenta alta taxa de perdas por falhas na hidrometração e ausência de mecanismos de controle de perdas;

O reservatório existente necessita de reparos;

A reservação necessita ser ampliada;

O sistema de energia elétrica da cidade apresenta deficiências que prejudicam o atendimento aos sistemas de saneamento, causando interrupções e falhas nos equipamentos instalados.

Dotar a população de sistema de abastecimento d’agua com qualidade visando a universalização e a equidade.

1. Dotar os poços tubulares existentes na zona urbana de proteção sanitária.

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

Fortalecimento da infraestrutura de abastecimento de água existente na zona urbana.

1.Criar, implantar e manter programas de prevenção, controle e redução de perdas;

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Reforma do reservatório existente na zona urbana; ALTA 2015/2017 -- -- --

3. Implantação de Programa de Hidrometração das ligações Domiciliares existentes na zona urbana;

ALTA 2015/2017 -- -- --

4. Construir reservatório de concreto armado de 300 m³ na zona urbana; MÉDIA -- 2018/2023 -- --

5. Ampliação do sistema de adução e rede de distribuição com ligações domiciliares na zona urbana;

MÉDIA -- 2018/2023 2024/2030 2031/2035

6. Ampliar a capacidade de energia elétrica da sede para regularizar fornecimento de energia para a infraestrutura de abastecimento;

ALTA 2015/2017 -- -- --

7. Ampliar da capacidade de produção da ETA de 15 l/s para 30 l/s – Zona urbana.

MÉDIA -- 2018/2023 -- --

140

Page 137:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Tabela 09: Abastecimento de Água - Zona Urbana e Zona Rural (cont.).ZONA RURAL

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

O atendimento da zona rural é deficiente, possuindo infraestrutura fragilizada por diversos problemas, a saber:

O sistema de abastecimento existente na zona rural não atende a toda a população, necessitando de ampliação da adução e de redes de distribuição com ligações domiciliares;

O sistema de abastecimento implantado apresenta alta taxa de perdas por falhas na hidrometração e ausência de mecanismos de controle de perdas;

Os reservatórios existentes necessitam de reparos;

A reservação necessita ser ampliada;

O sistema de energia elétrica da cidade apresenta deficiências que prejudicam o atendimento aos sistemas de saneamento, causando interrupções e falhas nos equipamentos instalados.

Dotar a população de sistema de abastecimento d’agua com qualidade visando a universalização e a equidade.

1. Implantar equipamentos dessalinizadores na zona rural nos poços existentes da zona rural com aeração (comunidades Giral, Assentamento Estiva, Salina, Mororó, Variante, Tenda de Côco, Piões, João Pinto, Vila Boa Hora, Baixão, Olho Dágua, Brasileira, Sítio Velha e Titaras, Estanhado, Anajás, Banca de Areia, Inácio André, Pedras e Cassiano);

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Dotar os poços tubulares existentes na zona urbana e rural de proteção sanitária;

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

3. Implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água na zona rural (comunidades Giral, Assentamento Estiva, Salina, Mororó, Tenda de Côco);

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

4. Implantação de rede de distribuição com ligações domiciliares na localidade Saco, Salinas, Estiva, Carlos, João Pinto, Olho D’água, Anajás, Banca de Areia, Inácio André, Baixão, Cassiano);

MÉDIA -- 2018/2023 2024/2030 2031/2035

5. Reforma da Casa de Bomba do Poço em Pilões; BAIXA -- 2018/2023 -- --

6. Perfuração de poços tubulares com casa de bomba na localidade Baixão. MÉDIA -- 2018/2023 -- --

141

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2.3.5.3 Análise Swot – Esgotamento Sanitário

Nesta análise, as forças e fraquezas representam o ambiente interno do setor,

enquanto as oportunidades e ameaças são uma situação externa do sistema de

abastecimento.

No Quadro 32 está apresentada a análise SWOT do sistema de esgotamento

sanitário do município de Porto.

Quadro 32: Análise SWOT do SES de Porto (PI)

FORÇAS Área de Reflexão FRAQUEZAS

Atingir uma cobertura de 100% na Zona Urbana

Sistema de Esgotamento

Sanitário

Inexistência de cronograma de ampliação da prestação de serviço

Inexistência de energia elétrica para o atendimento da E.T.E.

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Obtenção de recursos federais para obras de ampliação da rede de esgotamento sanitário

Dificuldade de obtenção de recursos federais

Convênio entre município e uma agência reguladora para garantir o cumprimento das metas do PMSB.

Não cumprimento das metas por ineficiência na regulação e fiscalização.

2.3.5.4 Estudo de Cenários – Esgotamento Sanitário

Os Cenários propostos para o SES estão sintetizados no Quadro 33:

142

Page 139:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Quadro 33: Síntese dos Cenários para o SAA.

MetasCenário Estudado

Ideal Factível RetrógradoUniversalização

do atendimento da população urbana

100% 100% até o ano 10

Diminuição da atual cobertura

Qualidade do Efluente 100% no Ano 1

≥ 95% no Ano 1

Diminuição da atual qualidade de tratamento

CENÁRIO 1 - IDEAL:

Teórico - O qual deverá apontar o futuro ideal, sem prazos, sem restrições

tecnológicas ou de cooperação, ou ainda, sem limitações de recursos materiais e

financeiros. Neste cenário têm-se:

A universalização do atendimento da população, ou seja, 100% da população local será atendida com serviço de esgotamento sanitário, desde o Ano 1 do PMSB até o final do período de planejamento;

A qualidade do esgoto tratado atenderá permanentemente à 100% da legislação vigente, desde o Ano 1 do PMSB até o final do período de planejamento;

CENÁRIO 2 – FACTÍVEL: A partir das tendências de desenvolvimento do passado

recente, considera-se para o futuro os principais vetores estratégicos, associados à

mobilização da capacidade de modernização. Nesse quadro ter-se-á uma

compatibilização da disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros para

atendimento de uma situação real, certamente melhor que o tendencial, buscando o

cenário ideal.

Este cenário propõe que o município melhore seus índices atuais a partir de

metodologias, programas e ações que estejam mais próximos da realidade local e

que consigam avançar gradativamente viabilizando assim as melhorias necessárias

143

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para que o SES opere de maneira satisfatória e atenda todas as Legislações

Ambientais vigentes.

O atendimento da população evolui gradativamente de maneira buscando o neste setor o cenário ideal.

A qualidade do esgoto recolhido e tratado continua evoluindo, atingindo e mantendo um patamar bastante aceitável, atendendo plenamente à legislação ambiental vigente.

CENÁRIO 3 - RETRÓGRADO: Proposição de uma situação em que nada que já

exista sofra alguma melhoria ou ampliação.

Descontinuidade ou desaceleração no ritmo das ações de planejamento, de

investimentos e de melhorias operacionais e institucionais, o que com certeza

acarretaria uma diminuição da cobertura, da melhoria da qualidade ambiental dos

mananciais e o aumento nas doenças de vinculação hídrica.

a universalização do atendimento da população diminuiria ao longo do tempo, pois não existiriam investimentos suficientes para atendimento do crescimento vegetativo pela evolução populacional e pela ampliação do percentual de cobertura;

a qualidade do esgoto tratado diminuiria, passando a não atender plenamente à legislação ambiental vigente, temporariamente ou de forma permanente.

2.3.5.4.1 Metodologia de Calculo

Diante da necessidade do município atingir e manter a universalização dos serviços

de esgotamento sanitário, seguindo os parâmetros da Política Nacional de

Saneamento Básico, o cenário ideal prevê a implantação do sistema para atender

100% da população e demanda futura, com o incremento da população. Para tal, na

zona urbana é prevista a ampliação do sistema existente composto por rede coletora

e estação de tratamento, e na zona rural por sistemas unifamiliares.

Soluções individuais não constituem serviço público de saneamento, no entanto,

sendo esta a alternativa mais viável para atender a população rural dispersa, torna-

se necessário incluir esta ação dentre as prioridades como modalidade alternativa

de tratamento.

144

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Para cálculo da vazão de esgotos, adota-se o coeficiente de retorno (C) como sendo

0,80 em relação ao consumo de agua, com base em orientações da NBR

9649/1986: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário – Procedimento, valor

usualmente adotado em projetos similares.

As estimativas de custos para cálculo das despesas e receitas para ampliação do

sistema de esgotamento sanitário consideraram a prestação de serviços composta

basicamente por rede coletora (extensão de 22.352m e 06 sub-bacias), estações

elevatórias (06 unids), tratamento e manutenção e operacionalização do sistema,

além dos custos para licenciamento ambiental do sistema, bem como despesas com

a elaboração de projetos e gerenciamento das obras, da mesma forma que foi

considerada para o setor de abastecimento de água. As metas definidas neste

cenário estão representadas na Tabela 08 abaixo.

145

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Tabela 10: Metas do Cenário Factível para o Setor de Esgotamento Sanitário (zona urbana e rural)

Prazos

População Beneficiada na Zona

Urbana (hab)

Rede Coletora

(m)

Ligações Novas (HAB)

Vazão Média de

Instalação de SAA (l/s)

Vazão Média

de esgotos (l/s)

População Beneficiada na Zona

Rural (hab)

Módulos Sanitários

(unid)

Indicadores de

Cobertura (%)

Imediato 8.085 24.678 451 16,17 9,31 4.077 929 40Curto 8.712 27.247 675 17,42 11,15 3.782 864 60Médio 9.387 27.247 917 18,77 12,02 3.509 804 80Longo 10.115 27.247 1.178 20,23 12,95 3.256 748 100

146

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Os preços de serviços e insumos adotados fundamentaram-se em dados fornecidos

por entidades oficiais e trabalhos similares, conforme a seguir:

- Funções de custos utilizadas na elaboração de estimativas de custos para

Companhia de Saneamento de Mato Grosso do Sul - SANESUL;

- Composições de serviços baseados nos custos do Sistema Nacional de Preços da

Indústria da Construção Civil – SINAPI da Caixa Econômica Federal - SINAPI e em

consultas a empresas do mercado.

Com relação aos custos para elaboração de projetos básicos e executivos os

valores foram definidos a partir dos índices percentuais médios relativos aos custos

de implantação dos sistemas, conforme metodologia adotada pelo Banco

Interamericano de Desenvolvimento - BID, utilizado no Programa Baixada Viva

considerado pela CEDAE (2013) na elaboração de projetos, e que são de 2% e 1%,

respectivamente.

Também foram considerados os índices percentuais médios referentes ao custo de

implantação do sistema utilizados pelo BID, para os custos com gerenciamento de

projetos e supervisão de obras, e que neste caso são de 1,4% e 2,5%,

respectivamente.

As despesas de manutenção e operação do sistema foram calculadas considerando-

se o custo virtual do empreendimento, 100% de atendimento às demandas

diagnosticadas.

Assim como para o setor de abastecimento de água, foi adotada a metodologia

utilizada pela CEDAE (2013), que considera o anexo 11, do trabalho "Espirito Santo

Water and Coastal Pollution Management Project Marginal Cost Pricing Analysis:

Methodology and Results", elaborado pelo Banco Internacional para a Reconstrução

e o Desenvolvimento - BIRD para a Companhia Espiritosantense de Saneamento –

CESAN. O percentual para a manutenção é de 5%, considerando pequenos ajustes

para o contexto de Porto.

147

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Na construção do cenário, o cronograma de execução dos serviços prevê que os

déficits serão sanados por etapas, sendo 40% no prazo imediato, 20% a curto prazo,

20% a médio prazo e 20% a longo prazo, tanto para a zona urbana e zona rural.

Em função das liberações previstas pelo PAC 2, e dos valores já liberados para o

município de Porto em 2013 estima-se um aporte anual para o município em torno

de R$ 16,09/hab proveniente de verbas federais para o setor de esgotamento

sanitário.

Na análise do quadro financeiro decorrente deste cenário, as despesas previstas

para o sistema compreendem a instalação de Estação de Tratamento de Esgotos –

ETE com lagoas de tratamento, rede coletora e estações elevatórias, para atender a

demanda da zona urbana (80% da vazão projetada para o abastecimento de água),

além das ligações domiciliares e dos custos de manutenção conforme os mesmos

parâmetros adotados para o sistema de abastecimento de água.

Os valores unitários para os serviços podem ser observados nas Tabelas 11 a 13.

Tabela 11: Preços Unitários de Serviços Adotados para Projeção do Sistema de Esgotamento Sanitário em Porto – Cenário Factível

ItemUnidade

baseValor unit

(R$)Fonte

Tratamento l/s 30.000,00 CEDAE (2013)Ligação domiciliar unid 280,00 Composição anexa

Implantação de rede m 300,00 Composição anexaConstrução de

Módulo SanitárioR$/unid 7.000,00 Composição anexa

Receita proveniente da cobrança do

serviçom³ 2,57

Baseado no preço adotado para o SAA

148

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Tabela 12: Estimativa de Despesas e Receitas para o Setor de Esgotamento Sanitário – Cenário Factível (Zona Urbana e rural)

Prazos Tratamento (R$)

Ligações Domiciliares

(R$)

Rede Coletora

(R$)

Módulos Sanitários

(R$)

Despesas de Manutenção

(R$)

Receita Hidrometração

(R$)

Receita Investimentos

(R$)

Imediato 279.300,00 30.765,24 698.400,00 476.000,00 3.441.900,00 2.868.832,41 1.624.067,67

Curto 334.500,00 64.245,06 734.550,00 994.000,00 3.800.412,00 3.167.653,08 1.793.233,41

Médio 563.100,00 99.987,03 734.550,00 1.547.000,00 4.196.038,00 3.497.408,36 1.979.910,48

Longo 606.900,00 138.896,01 734.550,00 2.149.000,00 4.196.038,00 3.497.408,36 1.979.910,48

Tabela 13: Comparativo das Despesas e das Receitas incluindo Serviços Complementares – Cenário Factível (Esgotamento Sanitário)

Prazos Projetos(R$)

Superv. Obras(R$)

Custos com Licenciamento

Ambiental (R$)

Custos de Manutenção e

Otimização (R$)

Total Despesas

(R$)Total

Receita (R$)Despesas x

Receitas

Imediato 200.000,00 165.000,00 15.000,00 7.795.197,65 8.175.197,65 4.492.900,08 -3.682.297,57Curto 85.000,00 75.000,00 6.500,00 9.095.360,14 9.261.860,14 4.960.886,49 -4.300.973,65Médio 85.000,00 75.000,00 6.500,00 10.638.083,39 10.804.583,39 5.477.318,84 -5.327.264,65Longo 85.000,00 70.000,00 7.000,00 11.322.792,37 11.484.792,37 5.477.318,84 -6.007.473,53

149

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2.3.5.4.2 Cenário de Referência – Esgotamento Sanitário

Para elaboração deste prognóstico, foi considerado o cenário FACTÍVEL, até

por que este está próximo do cenário IDEAL para o município de Porto(PI). A

seguir, tem-se o detalhamento das metas deste cenário:

Universalização da Cobertura de Esgotamento Sanitário

O sistema de esgotamento sanitário possuirá a partir de 2015 uma cobertura

de 80% da área urbana, já na área rural não existe um sistema implantado.

Fica então fixado no presente Plano Municipal de Saneamento Básico o

atendimento de 100% da população da sede do município, já para a área rural,

o atendimento deve ser realizado por sistemas unifamiliares com a devida

fiscalização da vigilância sanitária municipal ao longo do período de

planejamento.

No Quadro 34 são discriminadas as metas anuais de cobertura em esgoto

propostas ao longo do período de planejamento para a área urbana do sistema

Porto.

Quadro 34: Metas Anuais da Cobertura de Esgoto do Sistema Porto.

Ano Cobertura em Esgoto CBE (%) Ano Cobertura em

Esgoto CBE (%)2015 80 2025 1002016 82 2026 1002017 84 2027 1002018 86 2028 1002019 88 2029 1002020 90 2030 1002021 92 2031 1002022 94 2032 1002023 96 2033 1002024 98 2034 100

150

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Eficiência do Tratamento de Esgoto

A apuração mensal do IQE não isenta a Operadora da obrigação de cumprir

integralmente o disposto na legislação vigente, nem de suas responsabilidades

perante outros órgãos fiscalizadores.

A meta a ser cumprida, desde o início de operação do sistema, é IQE = 100%.

151

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Tabela 14: Esgotamento Sanitário - Zona Urbana e Zona Rural

ZONA URBANA

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

População com maus hábitos sanitários, que não foi alvo de programas de Educação Ambiental ou Sanitária.

Criar programas sociais de utilização dos módulos sanitários.

1. Implantar programa de Educação Ambiental e Sanitária nas localidades que receberão os módulos sanitários.

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

O sistema de energia elétrica da cidade apresenta deficiências que prejudicam o atendimento aos sistemas de saneamento, causando interrupções e falhas nos equipamentos instalados.

Fortalecimento da infraestrutura elétrica para atendimento e funcionamento da ETE.

1. Reforço do sistema de energia elétrica para atendimento e funcionamento da ETE.

ALTA 2015/2017 -- -- --

A infraestrutura de esgotamento sanitário existente na zona urbana não atende a toda a população

Ampliar a rede coletora de esgotos da cidade.

1. Ampliar rede coletora de esgotos da zona urbana; ALTA -- 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Instalar estações elevatórias da zona urbana. ALTA -- 2018/2023 2024/2030 2031/2035

152

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Tabela 14: Esgotamento Sanitário - Zona Urbana e Zona Rural (cont.)

ZONA RURAL

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

Ausência de infraestrutura de esgotamento sanitário (coleta e tratamento) para a comunidade rural

Dotar a população de alternativas individuais de esgotamento sanitário visando universalização e a equidade.

1. Implantar módulos sanitários domiciliares da zona rural (localidades Pilão, Giral, Cantinho II, São Francisco, Tenda de Côco, Variante, Salinas, Estivas, Mororó, Estanhado e João Pinto, Vila Boa Hora, Olho D’Água, Anajás, Brasileira e Banca de Areia, Sítio Velho, Inácio André, Baixão, Cassiano e Titara).

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

População com maus hábitos sanitários, que não foi alvo de programas de Educação Ambiental ou Sanitária.

Criar programas sociais de utilização dos módulos sanitários.

2. Implantar programa de Educação Ambiental e Sanitária nas localidades que receberão os módulos sanitários.

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

153

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2.3.5.4.3 Análise SWOT – RESIDUOS SÓLIDOS

A gestão municipal e operacionalização dos serviços da Limpeza Urbana em

Porto apresentam grandes deficiências, encontrando-se fragilizado por uma

série de fatores relacionados às condições político-institucionais do município:

deficiência financeira e produtiva; reduzida capacidade organizacional; e

ausência de um capital social qualificado que seja capaz de atuar como

partícipe de uma gestão social e contribuir para uma administração eficiente.

Outro importante aspecto é que o setor de gestão de RSU não possui destaque

no arranjo institucional da administração municipal, sendo representado, em

geral, por um departamento diretamente relacionado com a operacionalização

dos serviços de manejo de resíduos, no caso, o setor responsável pela gestão

da limpeza urbana é a Secretaria de Obras e Infraestrutura, sendo que a

coleta, feita de segunda a sábado, é realizada com o uso de carroças (14

unidades), e para o gerenciamento do setor há apenas 02 (dois) funcionários.

Os serviços de varrição e capina são realizados por frentes de serviços

temporárias em determinados períodos do mês.

No município de Porto (PI), os moradores desenvolveram o costume de colocar

fogo no lixo doméstico. Na falta dos lixeiros, a comunidade faz suas queimadas

esquecendo-se de que a fumaça, além de afetar o meio ambiente, traz sérias

complicações para a saúde dos indivíduos, reclamação percebida em grande

parte das entrevistas realizadas nas comunidades.

Além da queima do lixo doméstico, muitas pessoas se queixam de caieiras que

são feitas produzindo fumaça. Caieiras, que são buracos cavados no chão

onde se deposita a casca do babaçu que são cobertas por folhas e terra, e

carbonizadas lentamente, transformando em carvão vegetal. A casca do coco

babaçu, devidamente preparada, fornece um eficiente carvão, usado como

combustível em várias regiões do nordeste do Brasil, e serve como fonte de

renda para muitos moradores, assim como a venda das amêndoas.

Em termos ambientais, o maior desafio é com relação a destinação: os

resíduos da coleta na zona urbana são lançados no “lixão”.

154

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O lixão da cidade está situado a 3,5km na saída da cidade, na estrada que liga

o município de Porto (PI) a Nossa Senhora dos Remédios (PI), na margem da

PI-112, nas coordenadas UTM SAD 69 23M 757927 9566943. A área não

possui sinalização ou identificação, nem delimitação com cerca. Não há

qualquer forma de monitoramento ambiental, nem rotina operacional de

cobertura das valas. Nos povoados na zona rural, cada residência é

responsável pela destinação do seu lixo que em geral é lançado a céu aberto

ou queimado.

Nesse cenário observa-se que a administração municipal não possui uma

gestão integrada, que considere os aspectos sanitários, ambientais e

econômicos em todas as etapas do processo (coleta, transporte e destinação),

como recomenda a Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei nº

12.305, de 2 de agosto de 2010.

A coleta é feita com a utilização de carroças (15 unidades) com tração animal

que percorrem toda a zona urbana, de segunda a sexta, durante o dia. A

varrição é realizada apenas nas principais ruas do centro da cidade (onde

estão localizados equipamentos públicos e a maior parte dos empreendimentos

comerciais). Há um caminhão para a coleta de resíduos de poda, de

construção e demolição e de RSS. A cada 3 meses é feito um mutirão com 50

varredores para a varrição de todas as ruas. Os serviços de coleta e manejo de

resíduos são terceirizados, por meio de um contrato mensal de R$ 48.000, 00.

A área de destinação atual é ambientalmente inadequada, pois fica próximo a

um riacho temporário e de topografia irregular.

São coletados anualmente, segundo a empresa terceirizada, cerca de 2 mil

toneladas de RDO (incluindo os resíduos públicos e comerciais), no entanto a

coleta não atinge a toda a zona urbana (menos de 80 % de cobertura), o que

implica em uma massa gerada superior ao que é registrado. E, também, há

vários pontos de lançamentos clandestinos que não são contabilizados.

Um outro problema da administração é encontrar disponibilidade de áreas para

a construção de um aterro sanitário. O município possui boa parte de seu

território sujeita a inundações no período de chuvas, como foi diagnosticado

155

Page 152:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

nos estudos iniciais do PMSB, é difícil localizar um terreno que possua

condições físicas adequadas às exigências técnicas e legais para implantação

de um aterro, tais como: profundidade maior que 2m para o nível freático,

distância maior que 4km para córregos ou linhas de drenagem, topografia

Dentre os pontos fracos verificam-se as dificuldades do município para lidar

com o problema da falta de conhecimento e do despreparo da equipe

administrativa municipal para a gestão do setor. A preocupação preponderante

focaliza apenas a atividade de “remoção” dos resíduos da porta dos domicílios

e a destinação para áreas distantes do centro das cidades. A ausência de

ações educativas junto à população construíram, ao longo do tempo, fortes

condicionamentos na comunidade que precisam ser trabalhados para que

propostas de gestão integrada e otimizada possam vir a se efetivar, de fato.

Com relação à participação da população, não existe canal de comunicação

formal entre a prefeitura e os munícipes que centralize solicitações,

reclamações ou sugestões, até porque não há estrutura para responder às

demandas. As queixas ou solicitações da população são apresentadas

informalmente aos representantes dos órgãos competentes ou diretamente ao

prefeito.

Não foi identificado aporte de recursos federais para este setor nos últimos 05

anos.

As despesas previstas no Plano Plurianual Municipal (2014/2017) referentes

aos serviços relacionados com a limpeza urbana podem ser observados na

Tabela 15.

Tabela 15: Despesas e Receitas no Setor de Limpeza Urbana (cenário atual)

DESCRIÇÃO/ ANO QUANTID UNID DESPESA/ANO (R$)

SUBTOTAL R$

OBRAS DIVERSAS 20 ANO 31.250,00 625.000,00IMPLANTAÇÃO DE UNID. DE MANEJO DE RES.SOLIDOS

20 ANO 87.500,00 1.750.000,00

MANUT. DA LIMPEZA PUBLICA

20 ANO 777.500,00 15.550.000,00

TOTAL 17.925.000,00

156

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Quadro 35: Resultado da Análise de SWOT para o Setor de Limpeza Urbana

DESAFIOS (Pontos Fracos) FORTALEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS1.  A cobertura de lixo é parcial. A rota da coleta de lixo não atende a todas as vias da zona urbana e é preciso criar alternativas de atendimento à zona rural. Apenas.

2.  Necessidade de instalação de coletores de lixo nas vias públicas em quantidade suficiente;

3.Necessidade de implantação de mecanismos de reaproveitamento de resíduos e coleta seletiva;

4. Necessidade de implantação de Programa Municipal de Gestão de Resíduos;

5.  Os resíduos atualmente são destinados para lixão. É necessário construir aterro sanitário, desativar o lixão e recuperar a área;

6. Para ampliar a coleta é preciso

1. Condições geoambientais não restritivas para a construção de aterro sanitário;

2. Proximidade com centros comercializadores de recicláveis, viabilizando a instalação de entidades de coleta seletiva;

3. Disponibilidade de áreas bem localizadas para a construção de um aterro sanitário;

4. Existência de alternativas isoladas de coleta seletiva no município.

1. Interesse do Governo Federal para investimento no setor (PAC 2);

2. Política Nacional de Saneamento Básico.

1. População com hábitos sanitários inadequados e descomprometida com ações de preservação dos recursos naturais;

2. Ausência de programas municipais de Educação Ambiental;

3. Não efetivação da política; municipal de meio ambiente.

4. Ausência de setor autônomo e estruturado administrativamente e operacionalmente para a gestão do setor.

157

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adquirir equipamentos e veículos para coleta de RDO e RSS;

7. Necessidade de implantação de microssistemas de coleta e destinação de resíduos na zona rural, agregando comunidades próximas;

8. Necessidade de implantar política de incentivo a coleta seletiva como mecanismo de geração de renda, incentivando o Cooperativismo e Associativismo para a montagem de organizações comunitárias de coleta seletiva;

10. Necessidade de estruturação de alternativas de adequação do município às exigências da Política Nacional de Resíduos, incluindo alternativas para matadouros e adequação dos cemitérios.

158

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2.3.5.4 Estudo de Cenários – Resíduos SólidosOs quadros a seguir apresentam um resumo comparativo sobre as condições do

setor e as metas projetadas para cada cenário.

CENÁRIO IDEAL

Visando a universalização dos serviços de limpeza urbana, seguindo os parâmetros

da Política Nacional de Saneamento Básico, o cenário ideal prevê a implantação de

sistema de coleta, transporte e destinação final para 100% da população e demanda

futura, com o incremento da população.

Neste cenário se prevê a universalização do serviço, desativação do lixão atual e

construção de um Aterro Sanitário de Pequeno Porte (ASPP) com capacidade para

até 20 t/dia, além de implantação de plano de gestão de resíduos, prevendo a

instalação de atividade de coleta seletiva, campanha de compostagem e programa

de Educação Ambiental junto à comunidade, estimando-se uma diminuição na

massa de resíduos de cerca de 30% até o ano de projeto (2033), em função da

instalação de Pontos de Entrega Voluntária para recicláveis que serão

encaminhados para Cooperativa de Catadores, assim como de campanha de

compostagem doméstica e abertura de pátio de compostagem ao lado do aterro a

ser instalado.

Quadro 36: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Públicae Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO IDEAL

INDICE 2015 2.035Taxa de cobertura (%) 80 100

(incl. Zona Rural)

Destinação final Lixão Aterro sanitário

Taxa de RDO + RPU gerado (t/ano) 4,39 5,22

Massa de resíduos destinados para coleta

seletiva e compostagem orgânica (%)

< 1,0 80,68

159

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Quadro 37: Análise Comparativa Despesas – CENÁRIO IDEAL

Ano Coleta,Varrição, Destinação e

Administração (R$)

Educação Ambiental

(R$)

Desativação do lixão(R$)

Transporte rejeitos coleta

seletiva (R$)

Implantação de Equipamentos de Destinação

(R$)

Receita Municipal

R$

2018 6.399.850,49 309.284,60 601.200,00 664.337,87 406.730,80 272.429,43

2024 10.605.913,01 512.550,35 300.600,00 1.080.398,23 374.404,60 451.473,50

2030 11.948.418,30 577.429,40 300.600,00 1.288.743,60 240.978,60 508.621,39

2035 11.105.261,95 536.682,31 300.600,00 1.330.867,42 179.852,40 472.729,83

CENÁRIO TENDENCIAL/RETRÓGRADOEste cenário caracteriza-se pela manutenção das condições atuais de

cobertura dos serviços de saneamento básico acompanhando o crescimento

vegetativo da população ao longo dos anos. Isso significa que os índices de

atendimento dos serviços são mantidos ao longo do horizonte do Plano.

Quadro 38: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Pública e Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO IDEAL

INDICE 2015 2.035Taxa de cobertura (%) 80 80

Destinação final Lixão LixãoTaxa de RDO + RPU gerado (t/ano) 4,39 4,39

Massa de resíduos destinados para coleta seletiva e compostagem orgânica (%)

< 1,0 < 1,0

Quadro 39: Análise Comparativa Despesas – CENÁRIO TENDENCIAL

DESCRIÇÃO/ ANO QUANTID UNID DESPESA/ANO (R$)

SUBTOTAL R$

OBRAS DIVERSAS 20 ANO 31.250,00 625.000,00IMPLANTAÇÃO DE UNID. DE MANEJO DE RES.SOLIDOS

20 ANO 87.500,00 1.750.000,00

MANUT. DA LIMPEZA PUBLICA

20 ANO 777.500,00 15.550.000,00

TOTAL 17.925.000,00

160

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CENÁRIO FACTÍVEL/ DE REFERÊNCIA

O Cenário Normativo ou de Referência, conforme o que foi definido, configura-se

como aquele possível de ser alcançado considerando a realidade financeira e

infraestrutural do município. Assim, esse cenário é delineado compatibilizando-se as

demandas e a disponibilidade de recursos humanos e materiais para o município

Quadro 40: Comparativo entre Indices do Setor de Limpeza Pública e Metas de Projeto (zona urbana) – CENÁRIO DE REFERÊNCIA

INDICE 2015 2.035

Taxa de cobertura (%) 80 100

Destinação final Lixão Aterro sanitário

Taxa de RDO + RPU gerado (t/ano) 2,79 3,32

Massa de resíduos destinados para coleta seletiva e compostagem orgânica (%)

< 1,0 40,0

2.3.5.5.1 Cenário de Referência – RESÍDUOS SÓLIDOS

Para alcance das metas propostas, foram definidas, com base no diagnostico

realizado, as seguintes ações:

1. Desativação do lixão atual (2,0 hectares);

2. Construção de um Aterro Sanitário de Pequeno Porte (ASPP) com

capacidade para até 20 t/dia;

3. Implantação de plano de gestão de resíduos;

4. Implantação de programa permanente de coleta seletiva e campanha de

compostagem, integrado a programa de Educação Ambiental junto à

comunidade;

5. Instalação de 03 (três) Pontos de Entrega Voluntária para recicláveis

(PEV);

6. Programa de capacitação para implantação de Cooperativa de Catadores;

7. Ampliação do sistema de coleta para atender 100% da zona urbana (23km

de percurso) e 30% da zona rural (15km de percurso), prevendo, também,

a compra de equipamentos e veículos e a realização de concurso público

para contratação de mão de obra;

161

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8. Colocação de coletores de lixo (0,06 unid/hab);

9. Colocação de contêineres (0,01 unid/hab);

10. Implantação de Unidade de Triagem para Reciclagem (250m², com

previsão de 16 colaboradores);

11. Implantação de Pátio de Compostagem (3.000m²).

Neste cenário a coleta de lixo atenderá a toda a comunidade na zona urbana, com a

implantação de aterro sanitários na zona urbana (01 unid). Estão previstos, também,

custos com aquisição de maquinas e equipamentos, além dos custos com

programas de Educação Ambiental.

Nas despesas foram acrescidos custos com elaboração de projetos executivos e

com os estudos ambientais para o licenciamento das unidades.

Para cálculo dos valores de gerenciamento e operacionalização dos serviços neste

cenário foram adotados valores considerados em estudos similares de órgãos

oficiais ou instituições técnicas, conforme planilhas em anexo, com a composição de

todos os custos de serviços adotados.

Na avaliação dos custos por etapa de serviço, as incidências de cada fator que

compõe o conjunto de ações da Limpeza Urbana podem ser observadas no quadro

a seguir:

Quadro 41: Porcentagem dos itens que compõem os custos de um sistema de coleta e transporte regular de resíduos sólidos

População (hab) Mão de Obra (%)

Transporte (%)

Custos Gerenciais (%)

50.000 27,5 36,69 35,81

100.000 32,84 41,5 25,66

200.000 39,35 35,87 24,78

300.000 40,93 38,04 20,62

400.000 41,51 37,88 20,62

500.000 42,95 39,23 17,82

> 500.000 43,48 35,52 17,60Fonte: Adaptado de Lima (2003) apud Borges e Ferreira (2008)

162

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A receita resultante da comercialização de recicláveis considerada nesse cenário,

visa a manutenção da unidade de triagem a ser implantada, cuja operacionalização

e gerenciamento será compartilhada com uma cooperativa de catadores, projeto a

ser fomentado para geração de renda e melhoria da condições socioeconômicas de

catadores da região.

Para viabilizar a atividade de coleta seletiva/reciclagem a Prefeitura deve trabalhar

em parceria contratual com associações e cooperativas de catadores que ficariam

responsáveis em gerenciar a parte operacional nas unidades de triagem: seleção e

enfardamento. Parte dos recursos obtidos cobriria as despesas com mão de obra,

cabendo ao consórcio a manutenção dos equipamentos e das instalações físicas.

Os preços considerados na avaliação da receita referente a coleta seletiva constam

na tabela a seguir:

Tabela 16: Preços de Compra e Venda de Recicláveis praticados no Piauí (2010)

MATERIAL PREÇO MÉDIO DE COMPRA DO

CONSUMIDOR – R$

PREÇO MÍNIMO DE VENDA – R$

PREÇO MÁXIMO DE VENDA – R$

Papelão sujo (kg) 0,08 0,1 0,1Papelão limpo (kg)

0,25 0,40 0,45

Vidro (kg) 0,03 0,14 0,14PET (kg) 0,20 0,8 1,5Outros plásticos (kg)

0,15 0,8 1,2

Ferro (tonelada) 220 140 300Alumínio (kg) 2,4 2,9 3,75

Para o cálculo da previsão de recicláveis, foram considerados os seguintes

parâmetros:

Eficiência da Coleta de Recicláveis

Prazo Imediato 5% A Curto Prazo 10% A Médio Prazo 20% A Longo Prazo 25%

163

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A Lei de Saneamento Básico orienta os gestores municipais a buscar soluções

alternativas e integradas, e a aprender a ver para o setor importantes alternativas de

geração de emprego e renda, por meio de atividades como a coleta seletiva e o

reaproveitamento de resíduos. A proximidade do município de centros de compra de

recicláveis em Teresina e Parnaíba, municípios próximos, colaboram para dar a

Porto uma boa vantagem para investir nas atividades de coleta seletiva e

reciclagem.

A Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07) preconiza a

universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e a integralização do atendimento à população, buscando para o ano de projeto, que

os serviços de saneamento básico alcancem os índices de cobertura e qualidade

mais próximos do que a Lei de Saneamento Básico define como mínimas e

necessárias.

Complementando essas diretrizes, a Política Nacional de Resíduos define, ainda,

que:

a) Todos os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não

geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a separação, a

reciclagem, a compostagem e a destinação final adequada,

prioritariamente destinando os resíduos gerados novamente ao ciclo

produtivo, através da reciclagem, reuso, dentro dos padrões

estabelecidos pela legislação e normas técnicas.

b) A responsabilidade de destinação deve ser compartilhada pelos

geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores,

comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos

resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e

embalagens pós-consumo e pós-consumo. Há cinco cadeias de

logística reversa sendo implantadas no Brasil:

Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes

Lâmpadas de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista

Produtos Eletroeletrônicos e seus Resíduos

Embalagens em Geral

164

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Descarte de Medicamentos

Os resíduos orgânicos devem ser separados dos rejeitos diretamente na origem, de

maneira a permitir a compostagem do orgânico e a minimização da geração de

rejeitos.

b) Quanto ao gerador comercial ou grande gerador são integralmente

responsáveis pelos resíduos decorrentes das suas atividades, assim como

por elaborar e apresentar respectivo Projeto de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos, pois estes serviços não devem ser pagos pela

população comum.

Com base nessas diretrizes, foram definidas como metas para a Limpeza Urbana e

o manejo de RSU:

1. Universalização dos serviços;

2. Melhoria da eficiência na prestação dos serviços e dos mecanismos de

arrecadação, regulação e fiscalização.

3. Aumento dos instrumentos de controle e participação social.

Universalização dos ServiçosEsta meta implica na ampliação da cobertura dos serviços de coleta, manejo

e tratamento de resíduos para atender às exigências legais vinculadas a Política

Nacional de Resíduos Sólidos (A Lei nº 12.305/10). Estabelece que o município deve

prever o atendimento de 100% da zona urbana com coleta de lixo, e criar

mecanismos para buscar atender a zona rural. Neste PMSB, a proposta é que o

município consiga atingir uma cobertura de 30% da zona rural,no período de 20

anos.

As metas para cobertura dos serviços definidas neste cenário estão representadas a

seguir:

165

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Quadro 42: Previsão de Cobertura da Coleta de RSU – zona urbana

Prazo População (hab)

Geração de RSU

t/anoCobertura

(%)

Imediato 8.322 3.022 60%A Curto Prazo 9.375 3.404 80%A Médio Prazo

11.563 3.835 90%

A Longo Prazo

11.436 4.152 100%

Melhoria da eficiência na prestação dos serviços e dos mecanismos de

regulação e fiscalização, incorporando no setor o conceito de Ecoeficiência;

A melhoria na eficiência da prestação de serviços envolve os seguintes aspectos:

Figura 17: Esquema da eficiência da prestação de serviços do Saneamento.

Qualidade Técnica-Operacional

Compreende a qualificação da equipe de gestão e operacionalização, estruturação

técnica, física e operacional do setor e melhoria dos mecanismos de regulação e

fiscalização. Relaciona-se com as ações de caráter administrativo, de capacitação

de mão de obra, de caráter regulatório e de implantação de equipamentos de

destinação (aterros, usinas de reciclagem etc), bem como aquisição de veículos e

equipamentos para a coleta e o manejo de RSU.

166

Melhoria da Limpeza

Urbana e no manejo de

RSU

5R's

Qualidade Técnico-

Operacional

Inclusão Social

Ecoeficiência

Logística Reversa

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Princípio da Ecoeficiência

Este conceito implica na compatibilização entre o fornecimento, a preços

competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades

humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do

consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de

sustentação estimada do planeta.

Envolve as ações voltadas para uma gestão mais eficiente dos serviços com

instrumentos adequados de arrecadação, ao mesmo tempo em que concorrem para

a preservação dos recursos naturais.

Este item tem um peso significativo da questão financeira, ou melhor dizendo, da

sustentabilidade financeira para a prestação dos serviços com qualidade.

Fica prejudicada a qualidade dos serviços prestados se o sistema de limpeza urbana

não é modernizado e/ou evolui por não dispor dos recursos necessários. A

instituição de uma cobrança específica e eficiente pelos serviços de limpeza urbana

contribui de forma significativa para a sustentabilidade financeira do setor, sendo

também um modo de conscientizar a população para a necessidade de reduzir a

geração e destinar de forma correta os resíduos.

Embora haja limitações dos requisitos para aplicação de taxa ou tarifa, é difícil

assegurar a sustentabilidade financeira apenas por meio desses instrumentos,

sendo portanto, necessário que as prefeituras garantam dotações orçamentárias que

sustentem adequadamente o custeio e os investimentos do sistema.

Para estimativa do valor das despesas no cenário de referência, partiu-se do valor

médio de gastos conforme dados da pesquisa realizada para diversas capitais

brasileiras pela Pricewaterhouse Coopers (2010) – “Gestão da Limpeza Urbana: Um

investimento para o futuro das cidades” e de informações complementares da

Prefeitura Municipal.

Tabela 17: Principais indicadores comparativos entre as cidades nacionais

167

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Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, Ministério das Cidades, 2008.** Valor anual do total de despesas da administração pública municipal para a manutenção dos serviços públicos em geral, exceto despesas de capital (exemplos: investimentos em obras públicas, compra de materiais, inversões de capitais).As receitas serão provenientes de taxa de cobrança pelos serviços prestados,

conforme cadastro de geradores que permitirá estimar com uma certa precisão, o

volume de resíduos gerado por cada imóvel, com base na taxa de geração per

capita e do número de habitantes em cada domicílio.

Política dos 5R’s

Adoção de estratégias eficazes de não geração, redução, reutilização, reciclagem e

tratamento dos resíduos sólidos, bem como de disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos.

Relaciona-se com as ações de Educação Ambiental através de uma política

constante que estimule uma postura mais sustentável da comunidade com relação

ao descarte dos resíduos, e uma administração mais responsável voltada para a

preservação e conservação dos recursos naturais. Isso implica, também, na

implantação de instrumentos de estímulo a coleta seletiva e a reciclagem.

Estas ações influem diretamente em outras ações, como na otimização das áreas de

destinação. Um exemplo é o aumento da vida útil do aterro sanitário. O município

deve, também, criar soluções que favoreçam o máximo aproveitamento dos

materiais de forma a proporcionar:

a) Valorização dos resíduos possibilitando o aproveitamento destes

materiais;

b) Aproveitamento dos materiais presentes nos resíduos domiciliares

através de reciclagem;

c) Produção de composto orgânico;

168

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d) Utilização dos resíduos como insumos energéticos, dentre outros;

e) Agregação de valor econômico nos produtos resultantes dos processos

de aproveitamento, reduzindo custos do tratamento e disposição final de

resíduos;

f) Diminuição dos passivos ambientais.

Considerando a evolução populacional e a classificação dos tipos de resíduos

gerados, conforme os parâmetros gravimétricos adotados pode-se estimar a

geração dos resíduos em Porto a partir de possibilidades variadas de eficiência dos

programas de coleta seletiva e de compostagem.

O quadro a seguir descreve um cenário não tão otimista que considera a evolução

da eficiência da coleta seletiva para os prazos: imediato (2018), curto (2024), médio

(2030) e longo (2035), com variação das taxas de eficiência de coleta de recicláveis

de 5% a 25%, e dos programas de compostagem de 2% a 20%, ao longo do período

de 20 anos. Dentro desta análise, o percentual de rejeito aumenta, mas a projeção

se torna mais realista. Os resultados podem ser observados a seguir:

Quadro 43: Geração de Resíduos Recicláveis ou com Potencial de Reaproveitamento – Porto/PI (período 2013-2033)

Ano Pop.(hab)

Geração de RSU

(RDO+RPU)t/ano

Papelt/ano

Papelão (t/ano)

Plástico(t/ano)

Alumínio

(t/ano)Vidro (t/ano)

Matéria Orgânica

(t/ano)Rejeito (t/ano)

9,28% 7% 22,07% 0,29% 3,00% 45,00% 13,36%2015 7.687 2.791 12,69 8,97 30,18 0,40 4,14 22,11 10,492016 7.841 2.847 12,95 9,15 30,79 0,41 4,23 22,55 10,702017 7.998 2.904 13,21 9,33 31,40 0,42 4,31 23,00 10,912018 8.158 2.962 13,47 9,52 32,03 0,43 4,40 23,46 11,132019 8.322 3.022 32,98 23,31 78,42 1,04 10,77 95,73 32,362020 8.489 3.082 33,64 23,78 80,00 1,06 10,99 97,65 33,012021 8.659 3.144 34,31 24,25 81,60 1,08 11,21 99,60 33,672022 8.833 3.207 35,00 24,74 83,24 1,10 11,43 101,60 34,352023 9.010 3.271 35,70 25,24 84,91 1,13 11,66 103,64 35,042024 9.191 3.337 36,42 25,74 86,61 1,15 11,89 105,72 35,742025 9.375 3.404 46,44 32,83 110,43 1,47 15,16 188,72 52,782026 9.563 3.472 47,37 33,48 112,65 1,50 15,47 192,50 53,842027 9.755 3.542 48,32 34,16 114,91 1,53 15,78 196,37 54,922028 9.951 3.613 49,29 34,84 117,22 1,56 16,10 200,31 56,022029 10.151 3.686 50,28 35,54 119,58 1,59 16,42 204,34 57,15

169

Page 166:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

2030 10.355 3.760 51,29 36,26 121,98 1,62 16,75 208,44 58,292031 10.563 3.835 87,20 61,64 207,38 2,75 28,48 303,76 92,352032 10.775 3.912 88,95 62,88 211,54 2,81 29,05 309,85 94,202033 10.991 3.991 90,73 64,14 215,78 2,86 29,63 316,07 96,092034 11.211 4.071 92,55 65,42 220,10 2,92 30,22 322,39 98,012035 11.436 4.152 94,41 66,74 224,52 2,98 30,83 328,86 99,98

Implantação e fortalecimento das cadeias de logística reversa

São ações que disciplinam e fiscalizam a responsabilidade distribuída entre todos os

participantes da cadeia de consumo. A responsabilidade pela destinação dos RSU é

compartilhada entre o consumidor, o fabricante, os comerciantes, revendedores, e

os distribuidores de produtos. Para que esse sistema seja eficiente o Poder Público

precisa criar mecanismos de divulgação, esclarecimento, orientação e de incentivos

para que a logística reversa possa ser reconhecida como uma alternativa viável e

importante para a eficiência no setor.

Ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica pelo apoio e fomento à organização produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

São ações voltadas para o estímulo ao cooperativismo com mobilização dos

catadores de materiais recicláveis, criando um ambiente propício para a instalação

de usinas de reciclagem. Para tal, o Poder Público precisa criar alternativas de

capacitação e mecanismos de organização social dos catadores, de maneira que se

tornem agentes ativos no sistema de Limpeza Urbana, atuando em parceria com a

Prefeitura, e contribuindo para a consolidação das campanhas de coleta seletiva e

para a reciclagem dos resíduos com potencial.

Aumento dos canais de participação e controle social com a criação de canais alternativos de comunicação entre a população e a administração pública.

Esta meta prevê a criação de canais que permitam uma aproximação entre o Poder

Público e a população, possibilitando melhores instrumentos de controle social,

170

Page 167:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

desde o acompanhamento das metas do PMSB, até os dispositivos que meçam a

satisfação do atendimento.

É imprescindível basear estas medidas no funcionamento do sistema de

informações, na realização de audiências públicas, no funcionamento de um

conselho municipal relacionado às questões ambientais e na criação de mecanismos

de estímulo a gestão participativa e inserção social, por meio de estímulo à

formação de cooperativas e associações.

171

Page 168:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Tabela 18: Resíduos Sólidos - Zona Urbana e Zona Rural

ZONA URBANA

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

A gestão e a operacionalização dos serviços é ineficiente e desintegrada dos demais serviços de saneamento, e os recursos municipais são insuficientes para oferecer um serviço de qualidade.

Melhoria das condições de gestão e operacionalização dos serviços de saneamento por meio da otimização da estruturação técnica, administrativa e financeira do setor de saneamento em todos os eixos.

1. Estruturação do setor de saneamento integrando todos os serviços relacionados, com montagem das gerências especificas para cada eixo do saneamento (ver organograma) e da Agencia Reguladora.

ALTA 2015/2017 -- -- --

Não há legislação municipal ambiental que preveja a proteção de áreas naturais e impeça a ocupação de áreas de riscos; não há diretrizes definidas para a coleta de resíduos de comerciantes, feiras, lixo hospitalar e de RCD.

Prover o município de instrumentos legais e normativos para a adequação do setor de saneamento – eixo Resíduos Sólidos às exigências da Lei de Saneamento Básico.

1. Elaboração de Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;

ALTA 2015/2017 -- -- --

2. Elaboração de legislação ambiental que explicite as restrições ambientais para preservação da bacia hidrográfica local;

ALTA 2015/2017 -- -- --

3. Formação do Comitê de Meio Ambiente Municipal; ALTA 2015/2017 -- -- --

4. Implantação de política tarifária para arrecadação de recursos complementares por meio de cobrança pelos serviços junto à população com cadastramento dos geradores de resíduos (domésticos, comerciais, industriais, públicos,

ALTA 2015/2017 -- -- --

172

Page 169:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

hospitalares e de RCD);6. Definição e delimitação de áreas de preservação permanente, com realização de programa de conservação e preservação das margens de corpos hídricos do município;

MÉDIA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 --

7. Implantar sistema de coleta especial para RSS, RCD e resíduos agropastoris, de granjas e das estações de tratamento.

ALTA 2015/2017 -- -- --

Não há fiscalização adequada da prestação de serviço feita pela terceirizada Melhoria da prestação

de serviços da coleta de resíduos e manejo da área de destinação final, em consonância com as exigências da legislação em vigor, buscando a universalização e a equidade na oferta dos serviços.

1. Estruturação da Gerencia de Resíduos Sólidos, contemplando a realização de concurso público para ampliação do quadro de funcionários e aquisição de equipamentos para realização de coleta pela própria prefeitura, contemplando a montagem do serviço de fiscalização.

ALTA 2015/2017 -- -- --

A coleta domiciliar não tem cobertura total na sede

2. Ampliação da coleta domiciliar na zona urbana, prevendo 100% de atendimento em 20 anos, com compra de veículos para coleta e de equipamentos para manejo da área de destinação.

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

O setor sofre com falta de equipamentos adequados, falta de mão de obra qualificada para a gestão e operacionalização, cobertura parcial da coleta, manejo inadequado da área de destinação e ocorrência de sérios impactos ambientais na área do atual lixão)

A área de destinação atual é inadequada e não atende à legislação

Melhoria da prestação de serviços da coleta de resíduos e manejo

1. Desativação do lixão atual: ALTA 2015/2017 2018/2023 -- --

2. Implantação de novo aterro ALTA 2015/2017 -- -- --

173

Page 170:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

da área de destinação final, em consonância com as exigências da legislação em vigor, buscando a universalização e a equidade na oferta dos serviços.

sanitário, conforme as exigências legais, conforme localização indicado no prognóstico para atender a zona urbana;

3. Aquisição de equipamentos e veículos para melhoria dos serviços para manejo do aterro.

MÉDIA -- 2018/2023 -- --

Não há iniciativas de coleta seletiva e a compostagem doméstica.Há necessidade de implantar política de incentivo a coleta seletiva como mecanismo de geração de renda, incentivando o Cooperativismo e Associativismo para a montagem de organizações comunitárias de coleta seletiva.

Atender às exigências legais referentes às metas da Política Nacional de Resíduos.

1. Realização de cursos de cooperativismo para implantação de cooperativa de catadores da coleta seletiva;

MÉDIA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Implantação de galpão para coleta seletiva, de Pontos de Entrega Voluntária (PEV) e de galpão de Compostagem, próximo ao Aterro Sanitário.*Estas medidas são complementadas pela Campanha de Educação Ambiental.

MÉDIA -- 2018/2023 -- --

Não há iniciativas de políticas que estimulem a logística reversa no município.;

Atender às exigências legais referentes às metas da Política Nacional de Resíduos.

1. Implantação de campanha de esclarecimento e de estímulo à logística reversa junto aos moradores do município, focalizando os comerciantes e empresários.

BAIXA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

Não há campanha de Educação Ambiental junto à população que adota práticas inadequadas de acondicionamento dos resíduos, queima e lançamento à céu aberto. Os coletores de lixo nas vias públicas são em quantidade insuficiente

Atender às exigências legais referentes às metas da Política Nacional de Resíduos.

1. Implantação de campanha permanente de Educação Ambiental, que estimule a compostagem doméstica e a coleta seletiva;

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Instalação de coletores e containers na zona urbana. BAIXA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

174

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Tabela 18: Resíduos Sólidos - Zona Urbana e Zona Rural

ZONA RURAL

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

A gestão e a operacionalização dos serviços é ineficiente e desintegrada dos demais serviços de saneamento, e os recursos municipais são insuficientes para oferecer um serviço de qualidade.

Melhoria das condições de gestão e operacionalização dos serviços de saneamento por meio da otimização da estruturação técnica, administrativa e financeira do setor de saneamento em todos os eixos.

1. Estruturação do setor de saneamento integrando todos os serviços relacionados, com montagem das gerências especificas para cada eixo do saneamento (ver organograma) e da Agencia Reguladora.

ALTA 2015/2017 -- -- --

Não há legislação municipal ambiental que preveja a proteção de áreas naturais e impeça a ocupação de áreas de riscos; não há diretrizes definidas para a coleta de resíduos de comerciantes, feiras, lixo hospitalar e de RCD.

Prover o município de instrumentos legais e normativos para a adequação do setor de saneamento – eixo Resíduos Sólidos às exigências da Lei de Saneamento Básico.

1. Elaboração de Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;

ALTA 2015/2017 -- -- --

2. Elaboração de legislação ambiental que explicite as restrições ambientais para preservação da bacia hidrográfica local;

ALTA 2015/2017 -- -- --

3. Formação do Comitê de Meio Ambiente Municipal; ALTA 2015/2017 -- -- --

4. Implantação de política tarifária para arrecadação de recursos complementares por meio de cobrança pelos serviços junto à população com cadastramento dos geradores de resíduos

ALTA 2015/2017 -- -- --

175

Page 172:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

(domésticos, comerciais, industriais, públicos, hospitalares e de RCD);6. Definição e delimitação de áreas de preservação permanente, com realização de programa de conservação e preservação das margens de corpos hídricos do município;

MÉDIA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 --

7. Implantar sistema de coleta especial para RSS, RCD e resíduos agropastoris, de granjas e das estações de tratamento.

ALTA 2015/2017 -- -- --

Não há coleta domiciliar na zona rural

Melhoria da prestação de serviços da coleta de resíduos e manejo da área de destinação final, em consonância com as exigências da legislação em vigor, buscando a universalização e a equidade na oferta dos serviços.

1. Estruturação da Gerencia de Resíduos Sólidos, contemplando a realização de concurso público para ampliação do quadro de funcionários e aquisição de equipamentos para realização de coleta pela própria prefeitura, contemplando a montagem do serviço de fiscalização.

ALTA 2015/2017 -- -- --

Não há iniciativas de coleta seletiva e a compostagem doméstica.Há necessidade de implantar política de incentivo a coleta seletiva como mecanismo de geração de renda, incentivando o Cooperativismo e Associativismo para a

Atender às exigências legais referentes às metas da Política Nacional de Resíduos.

1. Realização de cursos de cooperativismo para implantação de cooperativa de catadores da coleta seletiva;

MÉDIA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

176

Page 173:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

montagem de organizações comunitárias de coleta seletiva.

2. Implantação de galpão para coleta seletiva, de Pontos de Entrega Voluntária (PEV) e de galpão de Compostagem, próximo ao Aterro Sanitário.*Estas medidas são complementadas pela Campanha de Educação Ambiental.

MÉDIA -- 2018/2023 -- --

Não há campanha de Educação Ambiental junto à população que adota práticas inadequadas de acondicionamento dos resíduos, queima e lançamento à céu aberto. Os coletores de lixo nas vias públicas são em quantidade insuficiente

Atender às exigências legais referentes às metas da Política Nacional de Resíduos.

1. Implantação de campanha permanente de Educação Ambiental, que estimule a compostagem doméstica e a coleta seletiva; ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Instalação de coletores e containers na zona rural BAIXA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

177

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2.3.5.5 Análise SWOT – DRENAGEM URBANA

A análise SWOT, também chamada de Matriz SWOT, foi desenvolvida na década de

60 na Universidade de Stanford. O nome SWOT (FOFA em português) é uma sigla

em inglês que significa Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities

(Oportunidades) e Threats (Ameaças). É uma metodologia largamente utilizada nos

processos de planejamento estratégico, pois facilita a visualização de características

internas e externas, pontos fortes e fracos do cenário atual e auxilia na definição de

cenários futuros e na tomada de decisões (Dyson, 2004). Por meio desta análise é

possível identificar quais pontos fortes explorar e quais pontos devem ser

trabalhados na gestão de um determinado setor, neste caso o Manejo de Água

Pluviais, a fim de definir um planejamento estratégico que busque superar as

fraquezas e aumentar a resiliência, frente às ameaças externas.

A Análise SWOT representa um bom ponto de partida para iniciar o processo de

planejamento, com uma visão geral de pontos e fatores que contribuem ou

atrapalham a execução de ações. O objetivo é contextualizar a realidade e identificar

os desafios regionais. As variáveis de entrada possuem as seguintes características:

• Forças ou Pontos fortes: variáveis internas e controláveis que

proporcionam condições favoráveis aos setores de saneamento. São as

características que podem contribuir positivamente para o desempenho do setor.

• Fraquezas ou Pontos fracos: elementos internos aos setores de

saneamento que inibem a capacidade de desempenho dos mesmos.

• Oportunidades: elementos ou situações, externos ao setor, que podem

afetar positivamente o sistema, de maneira a facilitar a concretização dos objetivos

estratégicos estabelecidos.

• Ameaças: elementos ou situações, externos ao setor, que podem

afetar negativamente o sistema, dificultando o desenvolvimento das metas e

objetivos estabelecidos.

• Ambiente interno: conjunto de recursos físicos, humanos e financeiros,

sobre os quais é possível exercer controle, uma vez que são resultado das

estratégias definidas pelos gestores.

• Ambiente externo: representa os fatores que, de alguma forma,

exercem influência sobre os componentes, mas que não podem ser controlados.

178

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Como exemplo de fatores externos temos questões demográficas, políticas e

econômicas, usuários, prestadores de serviço, consumidores, entre outros. É parte

fundamental do planejamento estratégico monitorar os fatores externos

continuamente, a fim de atuar preventivamente e evitar grandes prejuízos.

O Quadro 44 apresenta a análise SWOT para o Sistema de Drenagem

Urbana e Manejo das Águas pluviais de Porto, tendo como base o relatório da

FUNPAPI denominado “Diagnóstico Geral dos Serviços de Saneamento Básico”, de

março de 2015, o diagnóstico da CPRM, “Ação Emergencial para Delimitação de

Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de Massa em Porto

(PI)” (CPRM, 2012) e visita técnica realizada.

.

179

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Quadro 44: Análise SWOT do Sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Porto-PI.

180

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2.3.5.7 Estudo de Cenários

A definição dos cenários a serem analisados é fundamental para a escolha de um

cenário de referência, no qual sejam pautadas as metas e objetivos do município de

Porto.

Os cenários propostos para o sistema de manejo de águas pluviais estão

sintetizados no Quadro 45.

Quadro 45: Síntese dos cenários e metas para o manejo de águas pluviais.

MetasCenário Estudado

Ideal Factível RetrógradoDefinição do órgão

responsável pelos serviços de drenagem.

Órgão definido Órgão definido Órgão não definido

Implementação de um manual de drenagem.

Manual implementado

Manual implementado

Manual não implementado

Implementação de programa de gestão de

risco de inundações.

Programa implementado

Programa implementado

Programa não implementado

Implantação de rede urbana de microdrenagem.

100% da área urbana

100% da área urbana

Não implementado

Implementação de legislação para o controle

do impacto da urbanização sobre o sistema de

drenagem e ocupação das áreas de risco

Legislação implementada

Legislação implementada

Legislação não implementada

Avaliação hidráulica dos bueiros existentes

Avaliação realizada

Avaliação realizada

Avaliação não realizada

Implantação de dispositivos de passagem (bueiros e obras de arte) em pontos de interseção de vias e cursos d’água

100% dos dispositivos instalados

100% dos dispositivos instalados

Nenhum dispositivo instalado

Projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de inundações.

Estudo realizado

Estudo realizado

Estudo não realizado

As metas foram estabelecidas para diferentes horizontes temporais. Os

horizontes foram classificados em curto prazo, quando realizados em até 5 anos;

181

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médio prazo, quando realizados em até 10 anos; e longo prazo, quando realizados

em até 20 anos.

CENÁRIO 1 - IDEAL:

O Cenário 1 deve apontar para uma situação ideal, em que as metas sejam

estabelecidas sem restrições tecnológicas ou de cooperação, ou ainda, sem

limitações de recursos materiais e financeiros. Neste cenário tem-se:

Definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem em curto

prazo.

Implementação de um manual de drenagem em curto prazo.

Implementação de programa de gestão de risco de inundações em

curto prazo.

Implantação de 100% da rede urbana de microdrenagem em curto

prazo.

Implementação de legislação para o controle do impacto da

urbanização sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de

risco em curto prazo.

Avaliação hidráulica dos bueiros existentes em curto prazo.

Implantação de dispositivos de passagem (bueiros e obras de arte) em

pontos de interseção de vias e cursos d’água em curto prazo.

Projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de

inundações em curto prazo.

CENÁRIO 2 – FACTÍVEL/ DE REFERÊNCIA:

O Cenário 2 aponta para o atendimento de uma situação real, que pode ser

compatível ou não com a ideal. Neste cenário, há uma compatibilização entre a

disponibilidade de recursos e a necessidade atual do município. Desta forma,

procura-se estabelecer metas a partir de programas e ações próximos à realidade

local, com grande possibilidade de serem cumpridas, melhorando a situação atual

do município.

Definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem em curto

prazo.

182

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Implementação de um manual de drenagem em curto prazo.

Implementação de programa de gestão de risco de inundações em

curto prazo.

Implantação de 100% da rede urbana de microdrenagem em longo

prazo.

Implementação de legislação para o controle do impacto da

urbanização sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de

risco em curto prazo.

Avaliação hidráulica dos bueiros existentes em curto prazo.

Implantação de todos os dispositivos de passagem (bueiros e obras de

arte) em pontos de interseção de vias e cursos d’água em médio prazo.

Projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de

inundações em médio prazo.

CENÁRIO 3 - TENDENCIAL:

O Cenário 3 representa a manutenção da situação atual, sem melhoria

ou ampliação dos serviços. Assim, é prevista a diminuição da cobertura

associada à expansão da urbanização com a manutenção dos serviços

de drenagem prestados.

Sem definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem.

Sem implementação de um manual de drenagem.

Sem implementação de programa de gestão de risco de inundações.

Sem implantação de rede urbana de microdrenagem.

Sem implementação de legislação para o controle do impacto da

urbanização sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de

risco.

Sem avaliação hidráulica dos bueiros existentes.

Sem implantação de dispositivos de passagem (bueiros e obras de

arte) em pontos de interseção de vias e cursos d’água.

Sem projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de

inundações.

183

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2.3.5.7.1 Cenário de Referência – Drenagem Urbana

Para elaboração deste prognóstico, foi considerado o cenário FACTÍVEL, que será o

cenário de referência, por se tratar de um cenário possível de ser alcançado, tanto

tecnicamente quanto economicamente.

A seguir, encontram-se detalhadas as ações propostas e seus respectivos objetivos

para o cenário de referência.

Definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem.

A definição deste órgão visa atingir os principais objetivos dos serviços do

sistema de manejo de águas pluviais, estabelecidos pela Lei nº 11.445/07, que

determina diretrizes nacionais para o saneamento básico.

Este órgão terá, dentre suas principais atribuições, a regulação, manutenção

e planejamento dos serviços de drenagem.

Visto a importância de se alcançar esta meta para o bom funcionamento do

sistema de manejo de águas pluviais, é proposto, no cenário de referência, sua

definição em curto prazo.

Implementação de um manual de drenagem

A implementação de um manual de drenagem no município visa orientar

profissionais no planejamento e projeto de drenagem urbana e no que diz respeito à

ocupação de áreas com potencial de inundação, devendo ser utilizado como suporte

técnico.

O manual de drenagem deve definir critérios das variáveis hidrológicas para projetos

de drenagem urbana, elementos hidráulicos de estruturas de controle de

inundações, aspectos de ocupação urbana relacionados à drenagem, aspectos de

controle da qualidade da água pluvial, legislação e regulamentação associada.

Com a ausência de um manual ou plano de drenagem no município, é proposto, no

cenário de referência, sua definição em curto prazo.

184

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Implementação de programa de gestão de áreas de risco de inundações

Baseado no diagnóstico “Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e

Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de Massa em Porto (PI)”, realizado pela

CPRM em 2012, observou-se a necessidade de implementação de um programa de

gestão de áreas de risco de inundações.

Este programa tem como primeiro objetivo a relocação de moradores dos setores

identificados como sendo de alto risco pela CPRM. Para evitar o reestabelecimento

dessas áreas, também é atribuição deste programa a fiscalização e controle de

novas ocupações.

Tendo em vista que o controle da ocupação nessas áreas de risco é imprescindível,

sabendo-se que há uma tendência à expansão urbana observada no diagnóstico

citado e o retorno, no período pós-cheia, dos moradores retirados destes locais, é

proposto, no cenário de referência, a implementação do programa a curto prazo.

Implantação de rede urbana de microdrenagem.

A partir do diagnóstico e da vista técnica, foi verificada a ineficiência da atual rede

urbana de microdrenagem, onde as dimensões das sarjetas não foram

dimensionadas para captar o elevado volume de água gerados por eventos de alta

pluviosidade. Partimos, então, da necessidade de se reestruturar todo o sistema de

microdrenagem da área urbana do município de Porto.

Para a realização desta reestruturação é necessário o levantamento de todas as

ruas que abrangem a área urbana do município.

São metas do cenário de referência que, no horizonte de curto prazo, seja feito o

cadastramento de todas as ruas da região urbana e seja implantada a rede de

microdrenagem em 40% de todas as vias levantadas. A médio prazo é proposta a

implantação de 100% de rede de microdrenagem sobre o total de ruas urbanas e a

longo prazo a implantação das redes deverá acompanhar a expansão da área

urbana, com crescimento de vias.

185

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Implementação de legislação para o controle do impacto da urbanização sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de risco

Com a ausência de um Plano Diretor e de legislações de controle e uso do solo no

município, torna-se imprescindível a implementação de uma legislação para o

controle do impacto da urbanização sobre o sistema de drenagem e da ocupação

das áreas de risco a curto prazo.

A legislação deve contemplar as bacias hidrográficas sobre as quais a urbanização

se desenvolve e partir do princípio que o escoamento não pode ser ampliado pela

ocupação da bacia. Além disso, deve prever a minimização do impacto ambiental

devido ao escoamento pluvial através da compatibilização com o planejamento do

saneamento ambiental, controle do material sólido e redução da carga poluente nas

águas pluviais. Tais medidas não podem reduzir o impacto de uma área em

detrimento de outra, ou seja, os impactos de quaisquer medidas não devem ser

transferidos.

Visto a importância de se alcançar esta meta para o bom funcionamento do sistema

de manejo de águas pluviais, é proposto, no cenário de referência, sua definição em

curto prazo.

Avaliação hidráulica dos bueiros existentes

A partir do diagnóstico, foi observada a ineficiência de alguns bueiros existentes,

principalmente na área rural. Dentre as causas desta ineficiência podemos destacar

o mal dimensionamento, o acúmulo de detritos trazidos pelas águas pluviais e a

deterioração natural ao longo do tempo dos dispositivos de passagem.

Com isso, a avaliação hidráulica dos bueiros existentes tem como objetivo verificar a

situação destes dispositivos quanto às dimensões e ao estado de conservação no

horizonte de curto prazo, indicando quais estruturas necessitam ser readequadas.

186

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Implantação de dispositivos de passagem (bueiros e obras de arte) em pontos de interseção de vias e cursos d’água

Além da ineficiência dos bueiros existentes, foi identificada a necessidade de

implantação de dispositivos de passagem em pontos de interseção de vias e cursos

d'água, conforme apresentado no diagnóstico. No atual momento, estes pontos de

interseção funcionam como passagens molhadas, onde a via passa por baixo da

linha de escoamento e, em eventos de alta pluviosidade traz aos moradores de

Porto diversos transtornos.

Sendo assim, esta meta propõe, para o horizonte de médio prazo, que todos os

dispositivos de passagem devem estar implantados ou readequados. Dispositivos

prioritários, porém, que apresentam relativa importância para a população e para o

município, devem ser planejados para atender a população em curto prazo.

Projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de inundações.

O projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de inundações prevê

duas etapas.

I. A primeira contempla a fase de estudos, onde será analisado o

potencial do açude em mitigar problemas relacionados a alagamentos.

Esta etapa deverá ser cumprida a curto prazo.

II. A segunda etapa contempla obras de adaptação no açude, de forma a

otimizar o reservatório para o controle de inundações, caso a primeira

etapa assim o indique. Esta etapa deverá ser cumprida a médio prazo.

2.3.5.7.2 Indicadores- Drenagem Urbana

Para avaliação periódica dos serviços de manejo das águas pluviais e de drenagem

urbana, foram propostos oito indicadores a fim de se avaliar o atendimento das

metas propostas.

187

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Tabela 19: Indicadores para avaliação do atendimento das metas.

I1

Existência do órgão responsável pelos

serviços de drenagem.

Não existe órgão responsável definido 0

Existe órgão responsável definido 1

I2Existência de manual

de drenagem.Não existe manual de drenagem implementado 0Existe manual de drenagem implementado 1

I3

Existência de programa de gestão

de risco de inundações.

Não existe programa implementado 0

Existe programa implementado 1

I4Índice de Adequação da Microdrenagem.

Cálculo do indicador apresentado na observação 1.

0 a 1

I5

Existência de legislação para o

controle do impacto da urbanização sobre o

sistema de drenagem e ocupação das áreas

de risco.

Não existe legislação implementada 0

Existe legislação implementada 1

I6

Avaliação hidráulica dos bueiros existentes.

Avaliação não realizada 0

Avaliação realizada 1

I7

Porcentagem de dispositivos de

passagem (bueiros e obras de arte) em

pontos de interseção de vias e cursos

d’água implantados.

Cálculo do indicador apresentado na observação 2.

0 a 1

I8

Fase do projeto de otimização do açude

do Igarapé para controle de inundações.

Projeto em fase inicial ou não iniciado 0Fase de estudos concluída 0,5

Fase final do projeto concluída 1

Observação 1

O índice relacionado à microdrenagem têm como objetivo avaliar os serviços de

drenagem urbana, referentes à existência de rede e ocorrência de alagamentos por

falhas dos dispositivos de microdrenagem. O I4 (Índice de Adequação da

Microdrenagem) é calculado da seguinte forma:

188

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I 4=(I MiDA + I a )

2(1)

Onde:

IMiDA – indicador de atendimento de microdrenagem

I a – indicador de ocorrência de alagamento

A pontuação do Índice de Atendimento da Microdrenagem (I4) terá variação entre 0

e 1. A seguir, são apresentadas as metodologias de cálculo dos indicadores

componentes do IMI.

1. IMiDA – indicador de atendimento de microdrenagem

A aplicação desse indicador pretende avaliar a porcentagem de vias com rede de

drenagem, através da seguinte equação:

IMiDA =( LRMDLSV ) (2)

Onde:

LRMD extensão da rede de microdrenagem existente (m)

LSV extensão do sistema viário existente (m)

Para sua pontuação, o resultado obtido pela aplicação da equação (2) será avaliado

pela Tabela 17:

Tabela 20: Pontuação do indicador de atendimento de microdrenagem

Indicador Cenários de avaliaçãoCurto Médio Longo

IMiDA (%)

ótimo ≥ 30 ótimo ≥ 60 ótimo ≥ 90bom ≥ 20 bom ≥ 40 bom ≥ 80

crítico < 20 crítico < 40 crítico < 80

189

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3. I a – indicador de ocorrência de alagamento

Esse índice tem como objetivo avaliar a susceptibilidade de falha do sistema de

microdrenagem, onde existente, assim como indicar locais mais críticos que não

possuem dispositivos de drenagem, sendo calculado pela equação:

I a=CPMi ∙( N alag

V

N totaisV ) (3)

Onde:

N alagV número de vias com ocorrência de alagamento

N tota isV número de vias totais do município

CPMi coeficiente pluviométrico para microdrenagem, dado pela equação (4)

CPMi=(PTR10

d

PMÁXd ) (4)

Onde:

PTR10d precipitação diária com Tempo de Recorrência de 10 anos

PMÁXd precipitação diária máxima ocorrida no ano de análise

Para sua pontuação, o resultado obtido pela aplicação da equação (3) será avaliado

pela Tabela 18:

Tabela 21: Pontuação do indicador de ocorrência de alagamentos

I a Condições da adequação Pontuação

0 ótima 100

1 a 30 boa 70

>30 crítica 30

A situação ideal será dada pela não ocorrência de alagamentos nas vias,

representando, assim, a suficiência do dimensionamento, boa execução e

manutenção da rede de microdrenagem.

190

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No produto apresentado, a pontuação do índice tem variação entre 0 e 1, sendo

o último valor representante da implantação e o primeiro relativo a não implantação.

Observação 2

O indicador relacionado aos dispositivos de passagem, tem como objetivo

avaliar a implantação ou readequação dos bueiros e obras de arte em pontos de

interseção de vias e cursos d’água. O I7 (Indicador de implantação ou readequação

de dispositivos de passagem) é calculado da seguinte forma:

I 7=Di

(P¿¿ i+Pr)¿

Onde:

Di – Número total de dispositivos de passagem implantados;

Pi – Número de pontos de interseção de vias e cursos d'água com

necessidade de implantação de dispositivos de passagem;

Pr – Número de pontos em que foi constatada a necessidade de readequação

dos dispositivos de passagem.

No produto apresentado, a pontuação do índice tem variação entre 0 e 1,

sendo o último valor representante da implantação e o primeiro relativo a não

implantação.

Observação 2

O indicador relacionado aos dispositivos de passagem, tem como objetivo

avaliar a implantação ou readequação dos bueiros e obras de arte em pontos de

interseção de vias e cursos d’água. O I7 (Indicador de implantação ou readequação

de dispositivos de passagem) é calculado da seguinte forma:

I 7=Di

(P¿¿ i+Pr)¿

Onde:

Di – Número total de dispositivos de passagem implantados;

191

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Pi – Número de pontos de interseção de vias e cursos d'água com

necessidade de implantação de dispositivos de passagem;

Pr – Número de pontos em que foi constatada a necessidade de readequação

dos dispositivos de passagem.

No produto apresentado, a pontuação do índice tem variação entre 0 e 1, sendo o

último valor representante da implantação e o primeiro relativo a não implantação.

192

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Tabela 22: Drenagem Urbana Zona Urbana e Zona Rural

ZONA URBANA

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

Como os demais serviços de saneamento do município, a gestão e a operacionalização do manejo e drenagem de águas pluviais são ineficientes e desintegrados dos demais serviços de saneamento, e os recursos municipais são insuficientes para oferecer um serviço de qualidade.Não há no município um setor administrativo relacionado às obras de controle de cheiras.

Melhoria das condições de gestão e operacionalização dos serviços de saneamento por meio da otimização da estruturação técnica, administrativa e financeira do setor de saneamento em todos os eixos.

1. Definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem. Estruturação da Agencia Reguladora e da Gerencia de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais.

ALTA 2015/2017 -- -- --

O município não conta com um Plano Diretor, não havendo planejamento quanto ao uso e ocupação do solo, e nem outros instrumentos normativos e legais para orientar o manejo e drenagem de águas pluviais.

Prover o município de instrumentos legais e normativos para a adequação do setor de saneamento – eixo Drenagem Urbana às exigências da Lei de Saneamento Básico.

1. Implementação de um manual de drenagem (Plano Diretor)

ALTA 2015/2017 -- -- --

2. Implementação de programa de gestão de risco de inundações.

ALTA 2015/2017 -- -- --

3. Projeto de otimização do açude do Igarapé para controle de inundações.

ALTA 2015/2017 -- -- --

4. Implementação de legislação para o controle do impacto da urbanização

ALTA 2015/2017 -- -- --

O setor responsável dispõe de poucos funcionários, não

193

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Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

havendo fiscalização que coíbam as infrações que comprometem a qualidade do sistema

sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de risco.

O município situa-se em trechos caracterizados como planícies de inundação, e não apresenta dispositivos adequados para redirecionar o escoamento das águas e evitar problemas de inundação.

Melhoria da prestação de serviços da coleta de resíduos e manejo da área de destinação final, em consonância com as exigências da legislação em vigor, buscando a universalização e a equidade na oferta dos serviços.

1. Implantação de rede urbana de micro drenagem em todas as vias da zona urbana

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Avaliação hidráulica dos bueiros existentes na zona urbana

MÉDIA 2015/2017 2018/2023 -- --

194

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Tabela 22: Drenagem Urbana Zona Urbana e Zona Rural (cont.)

ZONA RURAL

Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

Como os demais serviços de saneamento do município, a gestão e a operacionalização do manejo e drenagem de águas pluviais são ineficientes e desintegrados dos demais serviços de saneamento, e os recursos municipais são insuficientes para oferecer um serviço de qualidade.Não há no município um setor administrativo relacionado às obras de controle de cheiras.

Melhoria das condições de gestão e operacionalização dos serviços de saneamento por meio da otimização da estruturação técnica, administrativa e financeira do setor de saneamento em todos os eixos.

1. Definição do órgão responsável pelos serviços de drenagem. Estruturação da Agencia Reguladora e da Gerencia de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais.

ALTA 2015/2017 -- -- --

O município não conta com um Plano Diretor, não havendo planejamento quanto ao uso e ocupação do solo, e nem outros instrumentos normativos e legais para orientar o manejo e drenagem de águas pluviais.

Prover o município de instrumentos legais e normativos para a adequação do setor de saneamento – eixo Drenagem Urbana às exigências da Lei de Saneamento Básico.

1. Implementação de um manual de drenagem (Plano Diretor)

ALTA 2015/2017 -- -- --

2. Implementação de programa de gestão de risco de inundações.

ALTA 2015/2017 -- -- --

3. Implementação de legislação para o controle do impacto da urbanização sobre o sistema de drenagem e ocupação das áreas de risco.

ALTA 2015/2017 -- -- --

O setor responsável dispõe de poucos funcionários, não havendo fiscalização que coíbam as infrações que comprometem a qualidade do sistema

195

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Situação Atual Objetivo Medidas Propostas PrioridadeMETAS

Imediato (0-3 anos)

C. Prazo (4-9 anos)

M. Prazo (10-15 anos)

L. Prazo(16-20 anos)

O município situa-se em trechos caracterizados como planícies de inundação, e não apresenta dispositivos adequados para redirecionar o escoamento das águas e evitar problemas de inundação.

Melhoria da prestação de serviços da coleta de resíduos e manejo da área de destinação final, em consonância com as exigências da legislação em vigor, buscando a universalização e a equidade na oferta dos serviços.

1. Avaliação hidráulica dos bueiros existentes na zona rural

ALTA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035

2. Implantação de dispositivos de passagem (bueiros, passagens molhadas e obras de arte) em pontos de interseção de vias e cursos d’água na zona rural, conforme detalhamento do prognóstico (quadro nº46).

BAIXA 2015/2017 2018/2023 2024/2030 2031/2035Na zona rural, é frequente a interposição entre estradas e talvegues, não havendo dispositivos eficientes de drenagem, tornando o acesso a várias localidades intransitável nos períodos de chuva.

196

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2.3.5.7.3 PROPOSTA DE MEDIDAS MITIGADORAS PARA OS PRINCIPAIS IMPACTOS IDENTIFICADOS

A) MEDIDAS DE CONTROLE PARA REDUZIR O ASSOREAMENTO DE CURSOS D’AGUA E DE BACIAS DE CONTENÇÃO (E DE CONTROLE PARA REDUZIR O LANÇAMENTO DE RESÍDUOS SOLIDOS NOS CORPOS D’AGUA)

Para a redução do aporte de sólidos na rede de drenagem, que reduz sua

capacidade hidráulica e intensifica os processos de assoreamento dos córregos e

rios locais, é indicada a instalação de “caixas filtro” nas bocas-de-lobo. Na Figura18

pode ser vista uma fotografia que apresenta o uso desse dispositivo.

Ainda podem ser previstas outras formas para controle dos sedimentos, como a

instalação de poços de infiltração nas bocas-de-lobo ou sua substituição por um

dispositivo conhecido como “caixa filtro com árvore”.

Figura 18: Uso de “caixas filtro” em bocas-de-lobo e/ou caixas-ralo, para redução de aporte de resíduos sólidos no sistema de drenagem.

Os poços de infiltração instalados em bocas-de-lobo são compostos por uma base

de brita no fundo do reservatório da boca-de-lobo. Assim, parte da água é infiltrada

no solo e parte dos resíduos fica retida no degrau antes de acessar a conexão com

o Poço de Visita. A Figura 19 ilustra uma boca-de-lobo convencional e uma com

previsão de poço de infiltração.

197

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Figura 19: Esquema de implantação de boca-de-lobo com poço de infiltração.

Uma alternativa possível, que também visa o controle da entrada de sedimentos na

rede de drenagem, é o uso de caixas filtro associadas ao plantio de árvores. Esse

dispositivo funciona similarmente ao poço de infiltração, porém apresenta uma

tubulação perfurada no fundo da camada de brita, para drenar a água em excesso,

que não consegue infiltrar. A adoção dessa medida traz grandes benefícios para o

controle da qualidade da água também. A Figura 20 apresenta um esquema de

implantação da caixa-filtro com árvore.

198

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Figura 20: Caixa-filtro com árvore, para redução da entrada de sedimentos na rede de drenagem.

(Fonte: University of New Hampshire Stormwater Center)

B) MEDIDAS REFERENTES AO SISTEMA DE MACRODRENAGEM

No entorno da área urbana de Porto, além do rio Parnaíba e do Igarapé, existem alguns talvegues com concentração significativa de águas pluviais, implicando em formação de áreas de risco de alagamentos durante eventos de chuvas intensas.

199

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Para mitigação dos impactos oriundos dos alagamentos por inundações do rio Parnaíba é indicado um conjunto de medidas não estruturais, buscando uma melhor harmonização entre o ambiente construído e as áreas de risco de inundações.

A principal medida é o zoneamento das áreas de alto, médio e baixo risco. A partir desse zoneamento, o uso do solo deve ser hierarquizado, relocando construções dentro da área de alto risco e priorizando a ocupação das áreas de baixo risco.

As zonas de alto risco já foram levantadas no estudo “Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de Massa em Porto (PI)” (CPRM, 2012), apresentado anteriormente. As áreas nomeadas como 1º, 2º e 3º Setor apresentam alto risco às inundações do rio Parnaíba e devem ser livres de construções, sendo indicada implementação de lei instituindo áreas de proteção, vedadas à ocupação.

A análise do diagnóstico setorial de Porto, considerando os estudos realizados pela FUNPAPI, no âmbito da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e pela CPRM, para mapeamento de áreas de risco, assim como as informações levantadas durante as visitas de campo, possibilitou um melhor reconhecimento dos problemas locais e das características geográficas dessas áreas de maior risco.

De acordo com a delimitação das áreas de risco, em confronto com os pontos limites dos alagamentos registrados, indicados por profissional da Defesa Civil Municipal de Porto, foi delimitado o nível máximo atingido pelas inundações, estimado entre as cotas 34m e 35m. A Figura21 apresenta essas curvas de nível, sobrepostas à imagem de satélite da área urbana de Porto, mostrando diversos locais susceptíveis a alagamentos com habitações em risco.

Com base nas informações levantadas, são consideradas áreas de risco, as regiões abaixo da cota 36m, da seguinte forma:

Entre 36m e 35m área de médio risco

Entre 35m e 34m área de alto risco

Abaixo de 34m área de muito alto risco

200

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A Figura apresenta o traçado dos limites das áreas de risco, de acordo com o zoneamento citado anteriormente.

Figura 21: Limites das áreas de risco susceptíveis às inundações do rio Parnaíba no entorno da área urbana de Porto-PI.

A existência de muitas áreas de risco com ocupações já consolidadas tende a dificultar, e muito, a implementação de áreas de proteção, por inviabilidade econômica, política e social para relocação das famílias assentadas nesses locais.

Dessa forma, a indicação é que seja implementada, em conjunto com a legislação para definição da área de risco como área de proteção ambiental, obras estruturais para defesa dos aglomerados urbanos mais densos. Ocupações isoladas em cotas muito baixas devem ser relocadas.

Para fortalecimento da delimitação da área de alto risco às inundações do rio Parnaíba, é indicada a implantação de parque urbano linear, em toda a extensão do limite entre solo urbano e área de proteção. O parque urbano linear pode acumular funções ambientais e urbanas, como o próprio nome indica, devendo ser previstos equipamentos e mobiliários urbanos para uso da população, assim como ativos ambientais, para aumento da qualidade dos ecossistemas.

201

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Nas regiões de risco com ocupação consolidada, que receberão proteção contra as inundações do rio Parnaíba, devem ser previstas áreas para implantação de reservatório-pulmão, para armazenamento temporário das águas de chuva precipitadas sobre a região urbana durante as cheias.

O dimensionamento dos reservatório-pulmão deve ser objeto de estudo técnico especializado, com uso de ferramentas de modelagem matemática hidrológico-hidrodinâmicas.

As demais áreas de risco apontadas pela CPRM apresentam ocorrência de alagamentos por insuficiência hidráulica de córregos que cortam a área urbana ou de estruturas hidráulicas de drenagem.

Para essas localidades são indicadas duas abordagens: implantação de corredor verde ao longo dos talvegues principais, com previsão de parque urbano inundável, e readequação das estruturas de drenagem que apresentam insuficiência hidráulica.

Nas Figura são ilustradas as áreas que apresentam problemas de alagamento, indicando a concepção de solução a ser adotada para redução dos riscos de inundação. Portanto, são indicadas três medidas de intervenção:

Parques Urbanos Inundáveis: localizados nas regiões que apresentam problemas de alagamento oriundos do extravasamento dos córregos que cortam a área urbana. Esses parques devem apresentar cotas mais baixas, passíveis de alagamento, para armazenamento temporário dos escoamentos pluviais, durante chuvas intensas, assim como mobiliário urbano para uso comum da população.

Parque Urbano Linear: localizado em toda a extensão do limite máximo da inundação do rio Parnaíba, tem objetivo de delimitar a área urbana passível de ocupação, separando a área de risco de inundações, sendo implantado acima da cota 35m. Nas regiões em que há ocupação consolidada, abaixo da cota 35m, deverá ser prevista estrutura de reservatório-pulmão, para armazenar temporariamente as águas de chuva precipitadas sobre a área urbana, durante o evento de cheia do rio Parnaíba. As curvas de nível são apresentadas em 34m e 35m, assim como o traçado proposto para o Parque Linear, possibilitando a visualização das regiões que deverão possuir reservatórios-pulmão.

Área de Proteção do rio Parnaíba: localizada em toda a extensão da planície de inundação entre o rio Parnaíba e o Parque Urbano Linear, tem por objetivo vedar a ocupação irregular dessa região, que apresenta muito alto risco de inundação.

202

Page 199:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Figura 22: Concepção das soluções para tratamento das áreas com risco de inundação.

Figura 23: Regiões entre a cota 35m e o Parque Urbano Linear.

203

Page 200:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Nos casos em que for adotado o uso de reservatórios de detenção ou retenção dos escoamentos pluviais, deve ser prevista a instalação de medidas de pré-tratamento para as águas afluentes ao reservatório, objetivando a remoção de sedimentos do escoamento, antes que entrem no dispositivo. Essa medida reduz o processo de assoreamento do interior do reservatório, garantindo, assim, sua vida útil.

Tais dispositivos são compostos por um gradeamento primário, para retenção de sólidos grosseiros, e uma caixa de areia, para sedimentação do material suspenso no escoamento.

As soluções técnicas para mitigação dos problemas de inundação devem ser estudadas considerando as seguintes etapas metodológicas:

1. Levantamento de dados básicos

1.1. Topografia A partir da topografia local, devem ser identificadas as bacias principais, onde estão as maiores linhas de drenagem e as bacias locais, bem como definir os caminhos de escoamento da água.

1.2. Traçado urbano existente e planejado O traçado urbano combina-se com e modifica o desenho topográfico original, dando contornos particulares a cada região que precisa receber a drenagem, devendo ser analisado para definição dos traçados do sistema de drenagem.

1.3. Pluviometria A partir de dados de medição de precipitações, com séries históricas, são elaboradas equações IDF (intensidade x duração x frequência) para as chuvas, as quais permitirão a construção de chuvas de projeto, para uso no dimensionamento dos dispositivos do sistema de drenagem.

2. Divisão da bacia em pequenas sub-bacias de contribuição.

3. Cálculo das vazões de projeto

4. Dimensionamento hidráulico

2.3.5.7.4 DIRETRIZES PARA O CONTROLE DE ESCOAMENTOS NA FONTE

As soluções técnicas sustentáveis em drenagem urbana podem ser divididas em

quatro grupos de acordo com a sua localização no sistema de drenagem, podendo

ser um controle na fonte, um controle no local, um transporte lento ou um controle a

jusante (Stahre, 2005), como apresentado no esquema da Figura .

204

Page 201:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Controle na Fonte Controle

no Local

Controle de Jusante

Transporte Lento

- Telhados verdes - Dispositivos de infiltração - Coleta de água de chuva para uso

- Pequenas bacias de detenção - Pequenas bacias de retenção - Dispositivos de infiltração

- Valas - Ramificação (Creeks) - Renaturalização - Aumento da rugosidade dos canais

- Bacias de detenção - Bacias de retenção - Banhados construídos (Wetlands)

Privado Público

Figura 24: Categorização das soluções técnicas sustentáveis segundo sua localização no sistema de drenagem (Adaptado de Stahre, 2005)

As medidas de controle na fonte são dispositivos localizados próximos aos locais de

geração dos escoamentos e apresentam menores dimensões. Sua principal

vantagem é a possibilidade de criação de pequenas unidades padronizadas, porém,

por ser uma solução muito dispersa, pode apresentar altos custos de operação e

manutenção devido ao grande número de unidades, aumentando também a

complexidade da avaliação do desempenho global da solução. Entretanto, por ser

dispersa, as falhas operacionais em alguns dispositivos, em geral, não

comprometem o funcionamento do sistema como um todo, pois pode haver uma

reacomodação dos escoamentos nas demais estruturas. A redistribuição dos

escoamentos pluviais em uma bacia pode ser feita através de estruturas de

detenção que variam em tamanho, desde grandes reservatórios, que atenuam

localmente as descargas de grandes partes da bacia, a pequenos reservatórios

distribuídos sobre a paisagem urbana (Mascarenhas et al, 2005). Podem ser

classificadas em:

205

Page 202:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

a) Disposição no Local: controle em lotes e vias de circulação por

dispositivos que permitem a infiltração e a percolação. Apresenta como

objetivo principal a redução do pico da vazão que chega à rede de drenagem,

podendo incorporar, como objetivos adicionais, o aumento da recarga do

lençol freático e a possibilidade de aproveitamento da água de chuva para

ouros fins.

b) Controle na Entrada: restringe a entrada do escoamento no

sistema de drenagem através da reservação da água precipitada, podendo

retornar ou não para o sistema, caso haja interesse no aproveitamento da

água pluvial. Geralmente, é feito através do controle nos telhados, captando

as águas precipitadas sobre as telhas por meio de calhas e condutores com

capacidade de armazenamento, ou através do controle em áreas impermeabilizadas, captando as águas precipitadas sobre grandes áreas,

como estacionamentos e praças públicas.

c) Detenção IN-SITU: controla áreas urbanizadas restritas, como

loteamentos e condomínios. O controle é feito, normalmente, através de leis

restritivas visando o controle de cheias que não permitam o aumento do pico

de vazão gerado pelas chuvas precipitadas na área a ser urbanizada,

resultando em um impacto zero no sistema de drenagem existente. Pode ser

vista como uma medida preventiva.

Como principais vantagens e desvantagens relacionadas à implantação de medidas

de contenção na fonte, podem ser apontadas, segundo Mascarenhas et al (2005):

Mitiga alguns impactos negativos do desenvolvimento urbano,

resgatando parte do volume natural de armazenamento, agindo na fonte do

escoamento e não simplesmente transferindo os problemas da urbanização

para jusante.

Em algumas condições hidrológicas, o armazenamento em

regiões mais baixas da bacia pode aumentar as inundações, através da

combinação dos picos de hidrogramas.

206

Page 203:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

É um sistema justo, uma vez que impõe uma parte da

responsabilidade do controle em quem urbanizou uma área e tirou benefício

disto.

Imposição de obrigações e responsabilidades aos proprietários.

Estabelecimentos de regras de operação simples e eficientes,

desde que levando-se em conta o controle da qualidade para o

aproveitamento da água pluvial.

Pequeno efeito na remoção de poluentes transportados pela

chuva, sendo esse efeito ligado mais aos sólidos em suspensão.

Difícil fiscalização pelas autoridades governamentais, uma vez

que as intervenções são extensivamente distribuídas pela bacia e em

propriedades privadas.

Difícil sensibilização e aceitação dos proprietários de lotes nas

partes altas da bacia a instalar as estruturas, uma vez que não costumam

sofrer os efeitos diretos das inundações.

O município de Porto apresenta uma característica que torna a implantação de

reservatórios de detenção em lotes pouco efetivas para o controle das inundações,

por se localizar na planície de inundação de um grande corpo fluvial, o rio Parnaíba,

que chega a subir cerca de seis metros durante as cheias. Essa localização também

reduz a eficiência de medidas de infiltração, uma vez que o lençol freático tende a

ser muito raso.

Porém, as medidas de detenção se apresentam como uma excelente solução de

uso múltiplo, possibilitando o controle dos escoamentos gerados pelos lotes e, em

consequência, reduzindo as dimensões das redes de drenagem, e, ainda,

incrementando a segurança hídrica, caso sejam dimensionadas para aproveitamento

das águas de chuva.

Dessa forma, para adoção de medidas de controle na fonte no município de Porto, é

indicado, inicialmente, o zoneamento de soluções, para definição das regiões mais

207

Page 204:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

apropriadas para instalação de dispositivos de detenção e/ou infiltração dos

escoamentos.

Para a escolha dos locais indicados para implantação de medidas de infiltração dos

escoamentos, devem ser realizadas pesquisas e levantamentos de campo, para

conhecimento das taxas típicas de infiltração e da profundidade do lençol freático.

As regiões com alta taxa de infiltração e lençol freático profundo deverão priorizar

soluções que favoreçam a infiltração da água de chuva.

Independente da ineficiência para a redução dos problemas de inundação quando

consideradas as cheias do rio Parnaíba, a adoção de estruturas de detenção de

águas pluviais em lotes, associadas ao aproveitamento da água pluvial para fins não

potáveis, são indicadas para todas as regiões do município. Os locais mais próximos

das planícies de inundação do rio Parnaíba devem prever a incapacidade de

esgotamento do reservatório durante as cheias e a possibilidade de retorno de água

das regiões alagadas para dentro do reservatório. Assim, devem ser dimensionadas

para evitar tais problemas.

A maior parte das habitações existentes em Porto são unidades unifamiliares, sendo

mais apropriado que sejam previstas estruturas de captação e aproveitamento da

água de chuva precipitada sobre os telhados em conjuntos de residências, buscando

a otimização do sistema e uma melhor relação benefício/custo.

2.3.5.7.5 DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DE FUNDOS DE VALE

Como a área urbana do município de Porto se localiza na planície de

inundação do rio Parnaíba, em seu trecho médio, o terreno apresenta declividades

baixas, com vales pouco encaixados.

A concepção para intervenções de fundo de vale, buscando mitigar efeitos

negativos das cheias, durante ocorrência de chuvas intensas, deve considerar a

preservação da calha natural e das margens, com recuperação de vegetação

quando necessário. Não são indicadas intervenções para canalização dos talvegues,

devendo sempre ser priorizado o tratamento como canal aberto em solo natural.

208

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Nos locais onde houver espaço suficiente nas margens do talvegue, é indicada

a delimitação de área de preservação permanente, possibilitando o extravasamento

de água da calha principal do córrego durante as cheias mais severas. Essa

configuração permite que o talvegue mantenha ou recupere sua capacidade de

armazenamento temporário das águas de chuva, amortecendo os escoamentos para

as áreas de jusante.

Portanto, o tratamento de fundo de vale deve considerar a preservação das

faixas contiguas ao talvegue, mais baixas, podendo haver intervenção estrutural no

eixo principal do talvegue, com vistas a aumentar a capacidade hidráulica da calha

principal, onde ocorrerá a maior parte dos escoamentos.

Alternativas Técnicas de Engenharia para Atendimento da Demanda

A partir do reconhecimento dos principais impactos, são propostas medidas de

intervenção mitigadoras dos problemas oriundos das águas pluviais.

Conforme abordado no diagnóstico, o município de Porto apresenta duas

fontes de problemas, associados à ocorrência de chuvas intensas:

Alagamentos da planície de inundação do rio Parnaíba, em

consequência de grandes eventos hidrológicos críticos para a escala da bacia

desse rio.

Alagamentos na área urbana por extravasamento de córregos, em

consequência de eventos hidrológicos de curta duração e mais localizados,

críticos para a escala das sub-bacias desses córregos.

Além desses problemas, que possuem alto potencial de danos, existe ainda a

ocorrência de pequenos alagamentos na área urbana ocasionados por inexistência

de um sistema formal de microdrenagem. Assim, quando há uma chuva, os

escoamentos se processam superficialmente, sendo conduzidos pelas sarjetas,

quando existentes, construídas sem qualquer dimensionamento hidráulico e padrão

técnico.

209

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Assim, prioritariamente, é indicada a elaboração de um estudo técnico de

projeto de microdrenagem urbana, visando a adequação e conformação de um

sistema de drenagem para toda a área urbana.

Sistema de Microdrenagem Urbana

A alternativa técnica indicada para o projeto de microdrenagem é a abordagem

tradicional, com previsão de dispositivos hidráulicos para ordenamento dos

escoamentos excedentes das chuvas precipitadas sobre as áreas urbanas. Os

principais dispositivos utilizados são:

Meio-fio e sarjetas: funciona como uma calha receptora das águas pluviais

que incidem sobre as vias públicas e lotes que não se comunicam com a rede

por ramais prediais.

Sarjetões: são estruturas de condução das águas pluviais contiguas às

sarjetas, quando há cruzamento de vias.

Bocas-de-lobo ou caixas-ralo: elementos com finalidade de captar as águas

das sarjetas e conduzi-las até as galerias ou tubulações subterrâneas, para

que não venham a invadir o leito carroçável das ruas.

Condutores: são os dutos responsáveis por conectar as bocas-de-lobo ou

caixas-ralo aos poços de visita.

Poços de visita: são dispositivos que visam permitir a inspeção e

manutenção da rede subterrânea de drenagem. Devem ser previstos sempre

nas mudanças de seção transversal, de declividade, de direção, na

confluência de escoamentos e em intervalos regulares máximos (por ex. 100

metros), para facilitar a limpeza das galerias.

Galeria: estruturas que recebem as águas pluviais captadas na superfície e

as encaminha ao destino final. Normalmente são localizadas no eixo da rua,

podendo ser circulares ou retangulares.

Os critérios básicos de projeto a serem observados são:

• Diâmetro mínimo 0,40m

210

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• Escoamento superfície livre aplicação da fórmula de Manning

• Velocidade máxima do escoamento 5,0 m/s (para tubos em

concreto)

• Recobrimento mínimo 1,0m

• Mudanças de diâmetro tubos alinhados pela geratriz superior

• Enchimento máximo da galeria y/d < 85% (RJ)

O dimensionamento hidráulico do sistema de drenagem urbana pode ser realizado

com uso de planilhas eletrônicas, elaboradas especificamente para esse fim. Na

literatura técnica, podem ser encontrados guias para elaboração dessas planilhas no

“Manual de Drenagem de Rodovias” (Brasil, 2006) e na publicação “Manual de

Hidráulica” (Azevedo Netto, 1970).

Sistema de Macrodrenagem

No entorno da área urbana de Porto, além do rio Parnaíba e do Igarapé,

existem alguns talvegues com concentração significativa de águas pluviais,

implicando em formação de áreas de risco de alagamentos durante eventos de

chuvas intensas.

Para mitigação dos impactos oriundos dos alagamentos por inundações do rio

Parnaíba é indicado um conjunto de medidas não estruturais, buscando uma melhor

harmonização entre o ambiente construído e as áreas de risco de inundações.

A principal medida é o zoneamento das áreas de alto, médio e baixo risco. A

partir desse zoneamento, o uso do solo deve ser hierarquizado, relocando

construções dentro da área de alto risco e priorizando a ocupação das áreas de

baixo risco.

As zonas de alto risco já foram levantadas no estudo “Ação Emergencial para

Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de

Massa em Porto (PI)” (CPRM, 2012), apresentado anteriormente. As áreas

211

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nomeadas como 1º, 2º e 3º Setor apresentam alto risco às inundações do rio

Parnaíba e devem ser livres de construções, sendo indicada implementação de lei

instituindo áreas de proteção, vedadas à ocupação.

A análise do diagnóstico setorial de Porto, considerando os estudos realizados

pela FUNPAPI, no âmbito da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico,

e pela CPRM, para mapeamento de áreas de risco, assim como as informações

levantadas durante as visitas de campo, possibilitou um melhor reconhecimento dos

problemas locais e das características geográficas dessas áreas de maior risco.

De acordo com a delimitação das áreas de risco, em confronto com os pontos

limites dos alagamentos registrados, indicados por profissional da Defesa Civil

Municipal de Porto, foi delimitado o nível máximo atingido pelas inundações,

estimado entre as cotas 34m e 35m. As Figurailustram os diversos locais

susceptíveis a alagamentos com habitações em risco.

Com base nas informações levantadas, são consideradas áreas de risco, as

regiões abaixo da cota 36m, da seguinte forma:

Entre 36m e 35m área de médio risco

Entre 35m e 34m área de alto risco

Abaixo de 34m área de muito alto risco

A Figura apresenta o traçado dos limites das áreas de risco, de acordo com o

zoneamento citado anteriormente.

212

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Figura 25: Limites das áreas de risco susceptíveis às inundações do rio Parnaíba no entorno da área urbana de Porto-PI.

A existência de muitas áreas de risco com ocupações já consolidadas tende a

dificultar, e muito, a implementação de áreas de proteção, por inviabilidade

econômica, política e social para relocação das famílias assentadas nesses locais.

Dessa forma, a indicação é que seja implementada, em conjunto com a legislação

para definição da área de risco como área de proteção ambiental, obras estruturais

para defesa dos aglomerados urbanos mais densos. Ocupações isoladas em cotas

muito baixas devem ser relocadas.

Para fortalecimento da delimitação da área de alto risco às inundações do rio

Parnaíba, é indicada a implantação de parque urbano linear, em toda a extensão do

limite entre solo urbano e área de proteção. O parque urbano linear pode acumular

funções ambientais e urbanas, como o próprio nome indica, devendo ser previstos

equipamentos e mobiliários urbanos para uso da população, assim como ativos

ambientais, para aumento da qualidade dos ecossistemas.

213

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Nas regiões de risco com ocupação consolidada, que receberão proteção contra as

inundações do rio Parnaíba, devem ser previstas áreas para implantação de

reservatório-pulmão, para armazenamento temporário das águas de chuva

precipitadas sobre a região urbana durante as cheias.

O dimensionamento dos reservatório-pulmão deve ser objeto de estudo técnico

especializado, com uso de ferramentas de modelagem matemática hidrológico-

hidrodinâmicas.

As demais áreas de risco apontadas pela CPRM apresentam ocorrência de

alagamentos por insuficiência hidráulica de córregos que cortam a área urbana ou

de estruturas hidráulicas de drenagem.

Para essas localidades são indicadas duas abordagens: implantação de corredor

verde ao longo dos talvegues principais, com previsão de parque urbano inundável,

e readequação das estruturas de drenagem que apresentam insuficiência hidráulica.

Na Figura 26 são apresentadas as áreas que apresentam problemas de alagamento,

indicando a concepção de solução a ser adotada para redução dos riscos de

inundação. Portanto, são indicadas três medidas de intervenção:

• Parques Urbanos Inundáveis: localizados nas regiões que apresentam

problemas de alagamento oriundos do extravasamento dos córregos que cortam a

área urbana. Esses parques devem apresentar cotas mais baixas, passíveis de

alagamento, para armazenamento temporário dos escoamentos pluviais, durante

chuvas intensas, assim como mobiliário urbano para uso comum da população.

• Parque Urbano Linear: localizado em toda a extensão do limite máximo

da inundação do rio Parnaíba, tem objetivo de delimitar a área urbana passível de

ocupação, separando a área de risco de inundações, sendo implantado acima da

cota 35m. Nas regiões em que há ocupação consolidada, abaixo da cota 35m,

deverá ser prevista estrutura de reservatório-pulmão, para armazenar

temporariamente as águas de chuva precipitadas sobre a área urbana, durante o

evento de cheia do rio Parnaíba. A Figura 27 apresenta as curvas de nível de 34m e

35m, assim como o traçado proposto para o Parque Linear, possibilitando a

visualização das regiões que deverão possuir reservatórios-pulmão.

214

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• Área de Proteção do rio Parnaíba: localizada em toda a extensão da

planície de inundação entre o rio Parnaíba e o Parque Urbano Linear, tem por

objetivo vedar a ocupação irregular dessa região, que apresenta muito alto risco de

inundação.

Figura 26: Concepção das soluções para tratamento das áreas com risco de inundação.

215

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Figura 27: Regiões entre a cota 35m e o Parque Urbano Linear.

As soluções técnicas para mitigação dos problemas de inundação devem ser

estudadas considerando as seguintes etapas metodológicas:

5. Levantamento de dados básicos

1.4. Topografia A partir da topografia local, devem ser identificadas as

bacias principais, onde estão as maiores linhas de drenagem e as

bacias locais, bem como definir os caminhos de escoamento da água.

1.5. Traçado urbano existente e planejado O traçado urbano combina-

se com e modifica o desenho topográfico original, dando contornos

particulares a cada região que precisa receber a drenagem, devendo

ser analisado para definição dos traçados do sistema de drenagem.

1.6. Pluviometria A partir de dados de medição de precipitações, com

séries históricas, são elaboradas equações IDF (intensidade x

duração x frequência) para as chuvas, as quais permitirão a

216

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construção de chuvas de projeto, para uso no dimensionamento dos

dispositivos do sistema de drenagem.

6. Divisão da bacia em pequenas sub-bacias de contribuição.

7. Cálculo das vazões de projeto

8. Dimensionamento hidráulico

2.3.5.7.6 MEDIDAS COMPLEMENTARES

Em função da riqueza hídrica no município, da topografia particular da região e da

forma de ocupação irregular na zona rural, no período de chuvas muitas

comunidades enfrentam sérios problemas com o acúmulo de água em vias de

acesso e em pontos específicos que comprometem a circulação de pedestres e

veículos.

Para solucionar estes problemas, foram diagnosticados pontos críticos que

demandam a implantação de medidas complementares para a mitigação desses

problemas. Não se trata apenas de dispositivos de drenagem, propriamente dito,

mas de infraestrutura de apoio, como os serviços de pavimentação, a melhoria das

condições das vicinais, construção de pontes e pontilhões e a instalação de bueiros.

Estas medidas são relacionadas a seguir:

Quadro 46: Ações Complementares para a Melhoria da Drenagem Urbana em Porto (PI)

Ações Localização Trecho/Extensão

Pav

imen

taçã

o P

olié

dric

a

Zona urbana 4.500m

Con

stru

ção

de p

onte Zona urbana Trecho sobre o Rio Parnaíba,

interligando Porto (PI) a Buriti (MA) – Extensão de 500m

Ponte no trecho PI-212/Escondido/ Mocambo de Dentro/ Capivara/

Extensão de 10m, com largura de 5,0m

Ponte na Estrada Titara/ Cassianos/ Baixão

Extensão de 7m, com largura de 5,0m

217

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Quadro 46: Ações Complementares para a Melhoria da Drenagem Urbana em Porto (PI)

(Cont.)

Ações Localização Trecho/Extensão

Obr

as d

e m

elho

ram

ento

da

pavi

men

taçã

o de

vic

inai

s

Aglomerado GuabirabaEstrada Mocambo/Porto – 5 kmEstrada Mocambo/Sussuarana – 3 kmEstrada Cipó/Guabiraba – 10 kmEstrada Guabiraba I/ Guabiraba II/ Areia Branca – 4kmEstrada Sussuapara/ Mocambo de Dentro – 3kmEstrada PI-112 / Sussuapara – 3km

Aglomerado Tenda do Côco

Estrada Estiva/Boqueirão Vermelho/ Murici – 3 kmEstrada Estiva/Variante – 5 kmEstrada PI-212/Escondido/ Mocambo de Dentro/ Capivara/ - 7kmEstrada PI-212/ Variante/ Mocambo de Dentro – 5kmEstrada PI-212/ Marruá Velho – 3km

Obr

as d

e m

elho

ram

ento

da

pavi

men

taçã

o de

vic

inai

s

Aglomerado São FranciscoEstrada São Fco/Pé do Morro – 5 kmEstrada PI-112/Ininga/Pé do Morro/Almas/ Saco – 8km (c/ 01 bueiro)Estrada PI-112/ Comunidade Pilões/Giral – 4km (c/ 01 bueiro)Estrada PI-112/Estanhado – 6 kmEstrada PI-112/ João Pinto – 6 kmEstrada PI-112/ Mororó – 6 kmEstrada São Fco/ Caboré/ Coivaras/ Saco/ Pedras – 10 kmEstrada Cantinho I/ Cantinho II/ Pilões de Pedra – 3 kmEstrada João Pinto/ Vila Boa Hora/ Brasileira – 7km

Aglomerado TitarasEstrada Banca de Areia/Caldeirões/ Jaborandi – 7km (c/ 01 bueiro)Estrada Baixão / Olho D’Agua – 3kmEstrada PI-112/ Baixão – 7 km (c/ 01 bueiro)Estrada Titara/Pedras – 8kmEstrada PI-112/Anajás – 4 km (c/ 01 bueiro)Estrada Titara/ Cassianos/ Baixão – 12 kmEstrada Cassianos/ Sítio Velho/ Inácio André/ Picos/ Pedras – 9 km (c/ 01 bueiro)Estrada Sítio Velho/ Sapucaia/ Banca de Areia – 5 kmEstrada Tabuleiro/ Sapucaia – 3 km

218

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3.0 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

3.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES

O Plano de Emergência e Contingência é um documento onde estão descritos

procedimentos e ações que irão auxiliar os responsáveis no atendimento a situações

de risco e emergências, causadas por fenômenos que possam provocar perda de

vidas ou danos à população de determinado município. Este plano deve conter as

características das áreas sujeitas a riscos ou sistemas envolvidos e as ações

necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais.

A finalidade do Plano de Emergência e Contingência é caracterizar as estruturas

disponíveis e estabelecer as formas de atuação do setor, tanto em caráter corretivo

como preventivo, na ocorrência de uma catástrofe direta ou ainda uma intervenção

indireta sobre as ações e mecanismos ligados ao manejo de águas pluviais, de

maneira a elevar o grau de segurança da população e assegurar a continuidade dos

processos instaurados, bem como retomar à normalidade o mais rápido possível.

As ações de um Plano de Emergência e Contingência deve assegurar a

continuidade dos procedimentos originais, melhorando a capacidade de prevenção

do setor e reduzindo as consequências de desastres. Normalmente, a

descontinuidade dos procedimentos se origina de um evento de maior gravidade e,

portanto, de maior dificuldade de solução, que no caso do manejo de águas pluviais

pode ser uma chuva forte e concentrada, inundações, falhas no sistema de

drenagem, erosões, entre outros.

É necessário, portanto, o monitoramento das variáveis externas e internas que

possam prejudicar o manejo de águas pluviais, visando minimizar a ocorrência de

interrupções ou falhas no sistema e reduzindo, ou até evitando, danos à população.

Quando ocorre um desastre, seja ele natural ou causado pelo homem, na maioria

das vezes, há transtornos no funcionamento normal de uma cidade ou sociedade.

Tais consequências podem trazer grandes perdas e danos humanos, sociais,

econômicos ou ambientais, excedendo a capacidade de reação frente ao evento

extremo. No caso de eventos que excedam a capacidade de atendimento do setor,

devem ser mobilizadas outras áreas afins, com o objetivo de manter a segurança da

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sociedade. O processo de planejamento para desastres deve envolver órgãos

governamentais, organizações não governamentais e empresas privadas.

É extremamente importante estabelecer os níveis de segurança e riscos aceitáveis

para a viabilidade econômica dos serviços, uma vez que elevados níveis de

segurança podem inviabilizar os custos de implantação e operação de um Plano.

A fim de equalizar conceitos e definições faz-se necessário distinguir os diferentes

termos:

Desastre: é o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo

homem, sobre um ecossistema, causando danos humanos, materiais e/ou

ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais, que excedem a

capacidade da comunidade afetada em responder ao evento positivamente

através de recursos próprios (UNISDR, 2009). É uma combinação de

condições de suscetibilidade, vulnerabilidade e capacidade insuficiente de

reduzir as consequências negativas do evento. Os desastres são fenômenos

complexos e de variados tempos de retorno, presentes na dinâmica do planeta;

suas consequências serão mais ou menos graves, dependendo das condições

de vulnerabilidade e de resiliência da sociedade atingida por estes eventos.

Dano: o dano é uma medida que define a intensidade ou severidade da lesão

resultante de um acidente ou evento adverso. Caracteriza-se pela perda de

vidas humanas, ferimentos ou outros danos à saúde; prejuízos a propriedades;

perdas de bens e serviços; e impactos ao meio ambiente.

Perigo: condição ou fenômeno com potencial para causar uma consequência

desagradável.

Risco: é a relação entre a possibilidade de ocorrência de um dado processo ou

fenômeno, e a magnitude de danos ou consequências sociais e/ou econômicas

sobre um dado elemento, grupo ou comunidade. O risco não está associado

apenas à possibilidade de ocorrer um evento catastrófico, mas sim à exposição

de pessoas ou bens a este evento. O risco está relacionado tanto à

probabilidade de ocorrência de um evento, quanto à expectativa de perdas

causadas por ele. Assim, o risco estaria dividido em dois componentes básicos:

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um que se refere à probabilidade de ocorrência de um evento e outro, relativo

às suas consequências. Quanto maior a vulnerabilidade, maior o risco.

Vulnerabilidade: características e circunstâncias de uma população ou um

sistema que está susceptível aos efeitos de perigo. Como por exemplo,

ocupação das margens dos rios e ineficiência no sistema de coleta de esgoto e

lixo.

Resiliência: é capacidade de um indivíduo, comunidade, cidade ou nação de

resistir, absorver ou se recuperar de um choque, como por exemplo um evento

de graves inundações, e/ou adaptar-se com sucesso à adversidade ou a uma

mudança nas condições (como as alterações climáticas ou uma recessão

econômica) de forma rápida e eficiente (Sayers et al., 2013). No caso urbano,

uma cidade resiliente é aquela que reconhece suas fraquezas e se prepara

para responder às catástrofes.

Situação de emergência: é uma situação anormal, decretada devido à

ocorrência de um desastre, que embora não excedendo a capacidade inicial de

resposta do Município ou do Estado atingido (comprometimento parcial da

capacidade de resposta do poder público), requer auxílio complementar do

Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação. Uma situação

de emergência possui as seguintes características:

Danos humanos à 1 a 9 mortos ou até 99 afetados;

Danos Sociais à 1 a 9 instalações públicas de saúde ou de

ensino danificadas ou destruídas;

Prejuízos econômicos públicos acima de 2,77% da receita

corrente líquida anual do Município, relativos com assistência

médica, saúde pública, abastecimento de água potável, etc.

Estado de calamidade pública: representa uma situação anormal, decretada

em razão de um desastre, que devido à magnitude dos danos, requer auxílio

direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de

recuperação. É mais grave que situação de emergência e requer mais

subsídios do Governo Federal. Possui as seguintes características:

Danos humanos à 10 ou mais mortos ou mais de 100 afetados;

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Danos Sociais à 10 ou mais instalações públicas de saúde ou de

ensino danificadas ou destruídas;

Prejuízos econômicos públicos acima de 8,33% da receita

corrente líquida anual do Município, relativos com assistência

médica, saúde pública, abastecimento de água potável, etc.

Emergência: é uma situação crítica, episódio perigoso ou fortuito, incidente,

caso de urgência, situação mórbida inesperada e que requer algum tipo de

tratamento imediato.

Contingência: pode ser descrita como qualquer acontecimento que afeta os

processos ligados a um determinado setor e provoca a descontinuidade de

serviços considerados essenciais.

Pode-se mencionar que as medidas de contingência se concentram na prevenção e

as medidas de emergências objetivam programar as ações a serem aplicadas no

caso de um acidente, de forma a minimizar os possíveis danos. Assim, as ações

para emergência e contingência são abordadas conjuntamente, pois ambas estão

relacionadas a uma situação anormal e são complementares.

As ações de um Plano de Emergência e Contingência se desenvolvem basicamente

em três períodos: prevenção, emergência e readequação. Na prevenção o plano

deve antecipar ações que reduzam a vulnerabilidade e elevam o nível de segurança

dos sistemas, evitando o agravamento de situações de risco. Consiste na

elaboração de estratégias e aperfeiçoamento dos processos, dentro do período de

normalidade, além do levantamento de ações necessárias para minimização de

acidentes. Na emergência as ações são concentradas quando ocorre o evento,

buscando a volta da normalidade o mais rápido possível e a redução dos danos. Na

readequação as ações são concentradas durante e após o evento, a fim de se

adequar à nova situação e agir preventivamente.

É recomendável identificar os locais que conferem maior risco e os processos cuja

interrupção pode causar os maiores impactos, relegando os demais para serem

atendidos após o controle total dos primeiros.

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3.2 PREVISÃO DE EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

As ações de emergência e contingência têm origem na necessidade de assegurar a

continuidade dos processos e atendimento dos serviços, assim como acelerar a

retomada e a normalidade em caso de sinistros de qualquer natureza.

Toda organização com potencialidades de geração de ocorrências anormais, cujas

consequências possam provocar danos às pessoas, ao meio ambiente e a bens

patrimoniais, inclusive de terceiros, devem ter como atitude preventiva um Plano de

Emergência e Contingência. Esse contempla um planejamento tático a partir de uma

determinada hipótese ou ocorrência de evento danoso.

Pode-se mencionar que as medidas de contingência centram-se na prevenção e as

emergências objetivam programar as ações no caso de ocorrência de um acidente

de forma a minimizar os possíveis danos. Assim, as ações para emergência e

contingência são abordadas conjuntamente, pois ambas referem-se a uma situação

anormal e complementam-se entre si.

Basicamente, uma emergência trata-se de uma situação crítica, acontecimento

perigoso ou fortuito, incidente, caso de urgência, situação mórbida inesperada e que

requer algum tipo de tratamento imediato.

Contingência pode ser descrita como qualquer evento que afete a disponibilidade

total ou parcial de um ou mais recursos associados a um sistema, provocando, em

consequência, a descontinuidade de serviços considerados essenciais.

O plano de emergência e contingência é um documento onde estarão definidas as

responsabilidades para atender os diversos eventos adversos e contém informações

detalhadas sobre as características das áreas sujeitas aos riscos.

O planejamento de contingência deve ser elaborado com antecipação, determinando

ou recomendando o que cada órgão, entidade ou indivíduo fará quando aquela

hipótese de desastre se concretizar. Ele tem foco nas ameaças, sendo elaborado

um específico para cada possibilidade de desastre.

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Cada plano determinará diversos aspectos, como localização e organização de

abrigos, estrutura de socorro às vítimas, procedimentos de evacuação, coleta de

donativos, ações de recuperação e retomada de serviços básicos, etc.

É importante observar que o planejamento de contingência e de emergência pode

ser estruturado para os diversos níveis de preparação e resposta aos desastres:

estadual, regional, municipal, comunitário e até mesmo familiar.

Considera-se ainda que o planejamento não ocorre de forma isolada, ou seja,

haverá sempre organizações cujos esforços serão necessários para que o plano

funcione, as quais não podem ser ignoradas na fase de planejamento. Além de ser

multifuncional, o processo de planejamento para desastres deve ser inclusivo, ou

seja, deve envolver órgãos governamentais, organizações não governamentais e

empresas privadas.

O planejamento em situações críticas é a ação de visualizar uma situação final

desejada e determinar meios efetivos para concretizar esta situação, auxiliando o

tomador de decisão em ambientes incertos e limitados pelo tempo.

O detalhamento das medidas a serem adotadas deve ser apenas o necessário para

sua rápida execução, sem excesso de informações, que possam ser prejudiciais

numa situação crítica.

O documento deve ser desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar,

facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e

combate às ocorrências anormais e deve incluir também, medidas para fazer com

que seus processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado

minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando paralisações prolongadas

que possam gerar mais prejuízos.

Sua aprovação deve ser de forma participativa e a atualização desta documentação

deve ser revista sempre que possível. Testes periódicos através de simulados

também são necessários para verificar se o processo continua válido. É essencial

que o plano seja revisto regularmente para que sejam feitos os acertos necessários.

Visando evitar hesitações ou perdas de tempo que possam causar maiores

problemas em situação de crise, todos os agentes em grau de responsabilidade

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devem estar familiarizados com as ações. A equipe responsável deverá ter a

possibilidade de decidir perante situações imprevistas ou inesperadas, devendo

estar previamente definido o limite desta possibilidade de decisão.

O plano de emergência e contingência deve se concentrar principalmente nos

incidentes de maior probabilidade e não nos catastróficos que normalmente são

menos prováveis de acontecer.

Diversos modelos foram desenvolvidos para auxiliar na construção desta ferramenta

fundamental para respostas aos eventos potencialmente danosos e todos sugerem

que feitura do documento deve assumir contexto simples, técnico, objetivo e de

prática execução.

Um ponto importante a ser considerado, é a definição do fluxo de informações e

responsabilidades entre as pessoas envolvidas nas diversas ações.

Para se criar um plano satisfatório, geralmente são utilizadas as regras básicas

abaixo descritas, com algumas variações mínimas possíveis:

Identificar todos os processos funcionais e operacionais da

organização;

Avaliar os impactos nos referidos processos, ou seja, para cada

processo identificado, avaliar o impacto que a sua falha representa

para a organização, levando em consideração também as

interdependências entre processos. Como resultado deste trabalho

será possível identificar todas as questões críticas;

Identificar riscos e definir cenários possíveis de falha para cada um

dos processos críticos, levando em conta a probabilidade de

ocorrência de cada falha, provável duração dos efeitos, consequências

resultantes, custos inerentes e os limites máximos aceitáveis de

permanência da falha sem a ativação da respectiva medida de

contingência e/ou emergência;

Identificar medidas para cada falha, ou seja, listar as medidas a serem

postas em prática caso a falha aconteça;

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Definir ações necessárias para operacionalização das medidas, cuja

implantação dependa da aquisição de recursos físicos e/ou humanos;

Definir forma de monitoramento após a falha;

Definir critérios de ativação do plano, como tempo máximo aceitável

de permanência da falha;

Identificar o responsável pela ativação do plano, normalmente situado

em um alto nível hierárquico;

A exigência de estudos que tratem de ações para emergências e contingências é

também foco de planejamento para o saneamento básico, neste caso do presente

Plano Municipal de Saneamento Básico.

O planejamento das ações de emergências e contingências em sistemas de

saneamento básico apresenta-se com alto grau de complexidade em vista de suas

características intrínsecas. São procedimentos detalhados e altamente técnicos,

cabendo apenas ao operador a responsabilidade de consolidar o documento.

As inspeções rotineiras bem como os planos de manutenção preventivos que

possibilitam antecipar a detecção de situações e condições que favoreçam as

ocorrências anormais, evitando que as falhas se concretizem, devem ser exercitadas

incansavelmente. Contudo, sabe-se que a possibilidade de que venha acontecer um

evento potencialmente danoso ocasionado por falha humana ou de acessórios ou

ainda por ações de terceiros, continuará existindo, mesmo com baixa probabilidade.

É nesse momento que as ações deverão estar perfeitamente delineadas e as

responsabilidades bem definidas para minimizar as consequências da ocorrência e o

restabelecimento da normalidade das operações em pequeno intervalo de tempo.

3.3 FASES DE ADMINISTRAÇÃO

Durante muito tempo, a administração de desastres esteve concentrada apenas nas

ações desenvolvidas após o impacto do evento adverso, ou seja, na prestação de

socorro e assistência às pessoas atingidas.

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Por este motivo, as ações sempre foram associadas à coleta e distribuição de

donativos, repasse de verbas em áreas atingidas por desastres naturais, como

inundações, enchentes e vendavais, ou a coordenação dos bombeiros em ações de

salvamento.

Assim, a administração dos desastres se apresenta como a melhor opção para

proporcionar maior segurança à sua comunidade. Atualmente, além de considerar

outros tipos de desastres, a administração de desastres é vista como um ciclo

composto por quatro fases, que são: prevenção, preparação, resposta e

reconstrução.

A divisão do processo de administração dos desastres possibilita a melhor

identificação da situação para que sejam adotadas ações mais efetivas na

prevenção ou mesmo na resposta dos eventos críticos.

A prevenção de desastres busca a sua minimização por meio de medidas para

avaliar e reduzir o risco de desastre. É importante salientar que nesta fase não se

busca a eliminação do risco de desastres, já que, em muitos casos, existe pouco ou

nenhum controle sobre os eventos adversos. A prevenção de desastres é

implementada, então, por meio de dois processos importantes: a análise e a redução

dos riscos de desastres.

Considerando a análise e a redução dos riscos, algumas ações são necessárias

para garantir a prevenção de desastres:

Redução da grandeza e da probabilidade de ocorrência dos acidentes

ou dos eventos adversos;

Redução da vulnerabilidade dos cenários dos desastres e das

comunidades em risco;

Redução da probabilidade de que uma determinada ameaça se

concretize ou da provável grandeza do evento adverso (em desastres

mistos ou provocados pelo homem).

Antes de escolher e implantar medidas preventivas é necessário saber quais são os

riscos a que a comunidade está realmente exposta.

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Ao conhecer a probabilidade e a magnitude de determinados eventos adversos, bem

como o impacto deles, caso realmente aconteçam, tem-se a possibilidade de

selecionar e priorizar os riscos que exigem maior atenção. A redução do grau de

vulnerabilidade é conseguida por intermédio de medidas estruturais e não

estruturais.

Medidas estruturais: têm por finalidade aumentar a segurança intrínseca por

intermédio de atividades construtivas e de engenharia em si.

Medidas não estruturais: relacionam-se à urbanização, à mudança cultural e

comportamental e à implementação de normas técnicas e de regulamentos de

segurança. Estas medidas têm por finalidade permitir o desenvolvimento em

harmonia com os ecossistemas naturais ou modificados pelo homem. Dentre as

medidas não-estruturais relacionadas à prevenção de desastres (redução de riscos),

destacam-se as seguintes:

Microzoneamento urbano e rural e uso racional do espaço geográfico;

Implementação de legislação de segurança e de normas técnicas,

relacionadas à redução dos riscos de desastres e eventos extremos;

Promoção da mudança cultural e comportamental e de educação

pública, objetivando a redução das vulnerabilidades das comunidades

em risco;

Promoção de apoio ao planejamento e gerenciamento da prevenção

de desastres (análise e redução de riscos de desastres) nas

comunidades com baixo nível de capacitação técnica.

Todas estas medidas podem ser implantadas pelo poder público, por meio de ações

legislativas, intensificação da fiscalização, campanhas educativas e informativas e

através de obras de infraestrutura. Podem, ainda, ser concretizadas por meio de

parcerias entre o poder público, a sociedade e os setores econômicos do município.

Um dos objetivos principais no planejamento para a resposta aos desastres é o da

preparação da comunidade e a identificação e o envolvimento engajado de parceiros

desde a sua fase inicial de elaboração.

A preparação envolve o desenvolvimento de recursos humanos e materiais,

articulação de órgãos e instituições com empresas e comunidades, consolidação de

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informações e estudos epidemiológicos, sistemas de monitoração, alerta e alarme e

planejamento para desastre.

Apesar de os objetivos destes planos poderem variar de acordo com as

especificidades locais, de modo geral, eles visam a:

Incrementar o nível de segurança, reduzindo a vulnerabilidade dos

cenários dos desastres e das comunidades em risco;

Otimizar o funcionamento do sistema de defesa civil;

Minimizar as influências negativas, relacionadas às variáveis tempo e

recursos, sobre o desempenho do sistema de defesa civil;

Facilitar uma rápida e eficiente mobilização dos recursos necessários

ao restabelecimento da situação de normalidade em circunstâncias de

desastres.

A fase de preparação tem uma grande influência sobre as demais fases da

administração de desastres, pois contribui para otimizar:

A prevenção dos desastres, no que diz respeito à avaliação e à

redução dos riscos;

As ações de resposta aos desastres, compreendendo as ações de

socorro às populações ameaçadas, assistência às populações

afetadas e reabilitação dos cenários dos desastres;

As atividades de reconstrução e restabelecimento de serviços básicos.

A resposta aos desastres compreende as seguintes atividades:

Socorro - engloba as atividades a fim de localizar, acessar e estabilizar

as vítimas que estão com sua saúde ou sobrevivência ameaçada pelo

desastre.

Assistência às populações vitimadas - compreende atividades

logísticas, assistenciais e de promoção de saúde.

Reabilitação de cenários - envolve a avaliação de danos, vistoria e

elaboração de laudos técnicos, desmontagem de estruturas

danificadas, desobstrução de escombros, sepultamento, limpeza,

descontaminação e reabilitação de serviços essenciais.

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Cada tipo de resposta aos desastres e eventos adversos se organiza de uma

determinada maneira, de acordo com os eventos ocorridos. As atividades mais

comuns são: as de socorro, combate aos sinistros, atendimento a populações

diretamente afetadas, atividades de assistência e logística de serviços básicos,

promoção de ações de saúde básica e manutenção da saúde e prevenção sanitária;

reabilitação de cenários para restauração de áreas afetadas e dos serviços mínimos

de segurança, habitabilidade, saúde, transporte e saneamento básico.

As fases da administração de desastres de preparação e resposta não acontecem

de maneira isolada. O planejamento prévio permite o início de uma atividade assim

que haja condições, antes mesmo que outras tenham sido finalizadas, reduzindo de

forma substancial o tempo necessário para que a comunidade e seus integrantes

retornem à normalidade, diminuindo danos e prejuízos.

A última fase da administração de desastres é conhecida por reconstrução, ou seja,

é reconstituir, restaurar as áreas afetadas pelo desastre. Busca-se agir de forma que

o impacto sobre a população seja reduzido no caso de um novo desastre ou mesmo

tentar impedir que ele aconteça.

Os projetos de reconstrução têm por finalidade restabelecer na plenitude:

Os serviços públicos essenciais;

A economia da área afetada;

O moral social;

O bem-estar da população afetada.

É importante perceber a importância de se conduzir a reconstrução de forma que ela

contribua para a redução de desastres, seja reduzindo a probabilidade de ocorrência

do evento adverso ou garantindo que as consequências não sejam tão graves.

Repetir os erros do passado no momento da reconstrução é a garantia de que na

próxima vez que o evento adverso se concretizar, as consequências serão tão ou

mais graves. Isto se aplica aos diversos níveis de prevenção e preparação para

desastres: federal, estadual, municipal ou individual (em relação ao cidadão e sua

família ou trabalho).

A forma factível e almejada pelos que atuam nesse planejamento, caracterizando a

administração de desastres, é tratar as fases como um ciclo, sem início nem fim.

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O sucesso da implantação do Planejamento de Contingência e Emergência vincula-

se também aos seguintes aspectos:

Comunicação clara e objetiva quanto às características dos trabalhos

(natureza, objetivo, enfoque, periodicidade, etc.);

Atuação focalizada na definição das melhores práticas de controle,

comprometimento com o processo de implementação das

recomendações;

Independência na execução dos trabalhos;

Apresentação de resultados práticos de curto prazo (processo de

implementação).

Visão macro do negócio e entendimento dos processos do município.

Para o pleno sucesso deste projeto, existem alguns fatores que serão de

fundamental importância, que devem ser atentados pelos municípios. Estes fatores

estão representados sob a forma das responsabilidades relacionadas abaixo:

Assegurar o envolvimento adequado de profissionais importantes

para a identificação dos processos críticos bem como os ricos e

controles associados – entende-se que o município deva envolver

todo aquele que estiver relacionado aos processos, para garantir

que todos os riscos e ameaças sejam trabalhados;

Prover as instalações necessárias para o desenvolvimento do

projeto;

Prover um direcionamento geral para o projeto e um rápido

processo de resolução de impasses que porventura venham a

ocorrer;

Assegurar que os Planos de Contingência ou Emergência sejam

mantidos e revisados adequadamente e testados em uma base

regular para assegurar sua viabilidade no futuro.

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3.4 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

3.4.1 AÇÕES DE CARÁTER GERAL – AGUAS, ESGOTOS E RESÍDUOS SÓLIDOS

As ações propostas serão divididas em dois grupos: situações de

interrupção ou de aumento temporário das demandas.

a) Situações de Interrupção Parcial ou Total da Prestação de Serviços

1. Divulgação da situação para a população da ocorrência da situação

de emergência, utilizando todos os recursos da mídia (rádio, jornais

locais, internet e cartazes). A informação deverá chegar ao usuário

em no máximo 8h após o evento ter ocorrido;

2. Em caso de inviabilidade do serviço ser prestado de forma parcial ou

integral, a interrupção deverá ser comunicada previamente aos

usuários utilizando todos os recursos da mídia (rádio, jornais locais,

internet e cartazes);

3. Caso a prestação de serviço não se normalize em 48h, a prefeitura

municipal deverá realizar contratação de agentes terceirizados para a

realização dos serviços (caminhão pipa para abastecimento de água,

caminhões para a coleta de lixo, etc.) de forma a atender os locais

onde o sistema não pode ser normalizado no momento, privilegiando

o atendimento aos usuários mais sensíveis, ou locais onde estes se

encontrem como hospitais e asilos, escolas e creches;

4. No caso de rompimento da rede coletora de esgptps ou rompimento

da Estação de Tratamento, ou ainda, de falta de energia na ETE, é

preciso providenciar a contratação de caminhões limpa fossa para o

transporte dos efluentes a um local licenciado para que haja

tratamento dos efluentes. Essa atividade deve acontecer até o

momento que a causa da demanda seja resolvida. É importante que a

empresa de coleta desse efluente também seja licenciada.

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5. Em caso de paralisação do serviço de fornecimento de água potável,

estima-se que os reservatórios devam suprir a necessidade em

condições normais de abastecimento por no mínimo 24 horas.

6. Implantação de mecanismos tarifários de contingência, conforme o

Decreto n°7.217, de 21 junho de 2010, que regulamenta a Lei Federal

n° 11.445/2007. A Lei estabelece que em situações críticas de

escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à

adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de

recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos

tarifários de contingência com objetivo de cobrir custos adicionais

decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço

e a gestão da demanda. A aplicação de tarifas de contingência é

estabelecida, em princípio, pela declaração da gestora dos recursos

hídricos e em consequência pela entidade reguladora, podendo esta

ser consórcio público de regulação, autoridade regulatória, ente

regulador, ou qualquer outro órgão ou entidade de direito público que

possua competências próprias de natureza regulatória, independência

decisória e não acumule funções de prestador dos serviços

regulados.

7. A tarifa de contingência, caso adotada, incidirá, preferencialmente,

sobre os consumidores que ultrapassarem os limites definidos no

racionamento.

b) Aumento da demanda temporária:

Isso pode ocorrer em função de fatores que aumentem significativamente a

população ou a concentração em um ponto (local) no município. Para tal, são

previstas as seguintes ações:

1. Identificação de formas alternativas de abastecimento de água (no caso

de atingir o setor de abastecimento de água; e intensificação da coleta

de resíduos com a contratação de caminhões extras ou incremento na

rotina de coleta;

233

Page 230:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

2. Caso o sistema de tratamento de água não seja suficiente para atender

ao aumento da demanda, é preciso providenciar a vinda de caminhões

pipa o abastecimento;

3. No caso de aumento da demanda pela coleta de resíduos, também se

faz necessário o aumento da oferta de lixeiras nos bairros e nos pontos

onde haverá maior concentração de pessoas;

4. Mobilização da equipe de varrição e limpeza para onde haverá aumento

de demanda, durante o tempo necessário para atender à demanda; e

5. No caso de riscos de inundação é preciso identificar a necessidade de

mobilização de moradores em situação de risco, assim como de

destinação temporária para estes. Para tal, faz-se necessária a

articulação com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros que possui

pessoal capacitado. A área atingida, após a emergência ser superada,

deve ser objeto de execução de projeto e obras para solução do

problema. No caso da situação exigir ações imediatas, a Prefeitura pode

contratar em caráter emergencial uma empresa para execução dos

serviços.

A seguir constam as principais ações de emergência e contingências identificadas

com o desenvolvimento do Plano e que devem ser implementadas. As ações para

os sistemas de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos foram agrupadas,

inicialmente, nas ações de caráter geral, por constituírem a prestação de serviços

concretos, diferente do item drenagem que tem especificidades relacionadas à

estrutura de contenção e condução das águas pluviais.

Não se trata de serviços onde possa haver interrupção, mas as emergências nessa

área se caracterizam por acidentes pontuais e ocorrência em pouco espaço de

tempo, com consequências que podem ser muito graves que atingem abruptamente

a população.

234

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3.4.2 AÇÕES ESPECÍFICAS

3.4.2.1 - Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotos

Com base no que foi apresentado, no presente Plano serão apresentados Quadros

com ações complementares a situações críticas possíveis e eventos adversos para

os serviços de Abastecimento de Água e de Esgotos.

235

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Quadro 47: Ações Emergenciais do Sistema de Abastecimento de Água.

236

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Quadro 48: Ações Emergenciais do Sistema de Esgotamento Sanitário.

237

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3.4.2.2 Serviços de Coleta e Manejo de Resíduos SólidosO Plano de Emergência e Contingência do município de Porto-PI, compõe as ações

apresentadas no Quadro 49 para o setor de serviço de coleta e manejo resíduo

sólido.

É importante comentar que a aprovação de um Plano de Emergência e Contingência

deve ser realizada de forma participativa e o plano atualizado sempre que

necessário. É importante a realização de testes para verificar se as ações continuam

válidas, e caso contrário, devem ser feitos os ajustes necessários.

238

Page 235:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

Quadro 49: Serviços de Coleta e Manejo de Resíduos Sólidos.

Ocorrência Origem Plano de Contingência

Paralisação dos serviços de varrição, dos serviços de capina e roçagem, paralisação coleta e manejo dos resíduos domésticos, ou coleta dos resíduos de saúde, ou dos serviços de coleta seletiva, ou dos serviços relacionados à campanha de Compostagem Doméstica.

Greve ou paralização de funcionários

Problemas com verbas de manutenção dos serviços (interrupção FPM ou outros).

Contratação temporária de funcionários para efetuarem a limpeza dos locais críticos, bem como do entorno de escolas, hospitais, pontos de ônibus, etc e para os serviços de varrição e/ou de coleta;

Contratação de caminhões terceirizados para apoiar a coleta, ou caso haja frota já adquirida pela Prefeitura, contratar motoristas temporários para a realização dos serviços de coleta;

Realizar campanha de divulgação e comunicação visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa, informando em todos os meios de divulgação sobre a paralisação da varrição pública;

Caso a ocorrência se estenda além de 48h, contratar empresa terceirizada em caráter de emergência para varrição e coleta destes resíduos e continuidade das campanhas de coleta seletiva e compostagem doméstica.

Paralisação total dos serviços de manejo no aterro.

Greve de funcionários; Quebra de

equipamentos ou veículos

Encaminhar os resíduos orgânicos para outro aterro em caráter alternativo (aterro particular – como alternativa tem o CTR de Altos ou o CTR de Parnaíba).

Explosão, incêndio, vazamentos tóxicos no aterro.

Evacuar a área cumprindo os procedimentos internos de segurança previstos nas Normas Técnicas, acionar o órgão ou setor responsável pela administração do equipamento, bem como os bombeiros.

Rompimento de taludes/células.

Promover a rápida reparação das células por meio de maquinário que poderá ser mobilizado junto à Secretaria Municipal de Obras.

Excesso de chuvas, vazamento de chorume ou problemas operacionais.

Promover a contenção e remoção dos resíduos por meio de caminhão limpa fossa e encaminhamento destes às Estações de Tratamento de Esgoto mais próximas. No caso, está prevista a construção de uma ETE em Porto (PI).

Paralização temporária do Inoperância de pontos Definir com urgência novas áreas para o recebimento destes

239

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recebimento de resíduos nos pontos de entrega voluntária (PEV), na Unidade de Triagem ou no Pátio de Compostagem.

de depósito ou entrega voluntária

resíduos e divulgar para a comunidade, através de panfletos, cartilhas e imprensa local , os novos locais. Devem ser considerados os PEVs, Unidades de Triagem e Pátios de Compostagem próximos, localizados nos municípios vizinhos, principalmente de Parnaíba ou Altos.

Interrupção do transporte destes resíduos

Mobilizar equipe temporária (mutirão) com funcionários da Secretaria Municipal de Obras, ou fazer a contratação temporária, em caráter emergencial, de terceirizados para a realização da coleta.

Destinação inadequada de resíduos da construção civil e volumosos

Destinação inadequada em locais clandestinos por inoperância da gestão e falta de fiscalização.

Implementação de medidas para a limpeza do local e ampliação da fiscalização dos pontos de deposição clandestina com encaminhamento dos resíduos retirados da área para destinação adequada conforme a legislação, e identificação dos poluidores para serem acionados judicialmente;

Criação e implementação do programa de recuperação e monitoramento das áreas degradadas utilizadas para o depósito clandestino de resíduos.

Identificação de deposição de material contaminante ou contaminado (produtos tóxicos, produtos químicos), com risco ambiental e à saúde pública.

Promover com emergência, a remoção e envio do material contaminante ou contaminado para aterro de resíduos perigosos. O mais próximo seria em Fortaleza (CE).

Aumento da demanda pela coleta de resíduos

Eventos festivos ou de outro caráter que concentrem grande população temporária durante determinado período de tempo, sobrecarregando o sistema existente.

Aumento da oferta de lixeiras e coletores nos bairros e pontos onde haverá maior concentração de pessoas;

Contratação de terceirizados, em caráter excepcional, para apoiar as equipes da Prefeitura, nos serviços de varrição e coleta dos resíduos.

240

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3.4.2.3 Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas PluviaisO Plano de Emergência e Contingência do município de Porto-PI, compõe as ações

apresentadas no Quadro 50 para o setor de drenagem urbana e manejo de águas

pluviais.

É importante comentar que a aprovação de um Plano de Emergência e Contingência

deve ser realizada de forma participativa e o plano atualizado sempre que

necessário. É importante a realização de testes para verificar se as ações continuam

válidas, e caso contrário, devem ser feitos os ajustes necessários.

241

Page 238:  · Web view2.2.3.2 Resíduos da Construção Civil e de Demolição (RCD)52 2.2.3.3 Geração de Resíduos Sólidos Saúde (RSS)53 2.2.3.4 Outros Tipos de Resíduos Sólidos e Rejeitos53

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3.5 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADESApresentam-se no Quadro 51 as unidades envolvidas e suas respectivas

atribuições:

Quadro 51: Atribuições das Unidades Envolvidas.ÓRGÃOS/

INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS

ATRIBUIÇÕES

Secretaria de Viação, Obras e Urbanismo e Secretaria de Ação Social

Realizar projetos de engenharia.Efetuar a triagem socioeconômica e cadastramento das famílias vulneráveis afetadas pelo desastre;Gerenciar os abrigos temporários;Coordenar campanhas de arrecadação e de distribuição de alimentos, roupas e outros;Promover ações de fortalecimento da cidadania;Fornecer alimentação para o pessoal operacional envolvido no evento.Disponibilizar servidores, durante o período de anormalidade, para o auxílio na retirada das famílias atingidas;Disponibilizar viaturas e outros materiais necessários ao atendimento da população atingida;Limpeza e conservação dos abrigos.

Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Ação Social

Proceder à assistência pré-hospitalar;Promover ações básicas de saúde pública nos abrigos;Montagem de ambulatório nos abrigos;Efetuar consultas médicas nos abrigos;Agir preventivamente no controle de epidemias;Proceder à vacinação do pessoal envolvido nas ações de resposta.

Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer

Dispor a estrutura das edificações da rede municipal de ensino para que, emergencialmente, sirvam de abrigos temporários;Disponibilizar servidores durante o período de anormalidade;Disponibilizar viaturas e outros materiais necessários ao atendimento da população atingida.

Secretaria Municipal de Finanças Públicas

Viabilizar o suporte financeiro para as ações de resposta.Viabilizar a obtenção de recursos emergenciais;

Polícia Militar e Polícia Ambiental

Articular junto aos órgãos estaduais de segurança, visando preservar a Lei e a Ordem nos abrigos.

Assessoria de ImprensaCampanhas informativas diversas;Divulgação das ações do poder público municipal voltado para a minimização dos danos e prejuízos.

Secretaria Municipal de Agricultura e Meio

Articular e colaborar nas ações de resposta aos afetados residentes principalmente na zona rural do Município.

243

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Ambiente

244

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4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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