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EFEITO DE FUNGOS TERMOFIlOS SOBRE MADEIRA DE Eucalyptus saligna. I. Thermoascus aurantiacus. PRADO, S. M. Curso, de Engenharia Florestal, ESALQ/USP, CP 9, 13400, Piracicaba, SP. AUER, C.G. EMBRAPA/CNPF, CP 3319, 80001, Curitiba, PR. BARRICHELO, L.E.G. Depto. ~e Ciências Florestais, ESALQ/USP, CP 9, 13400, Piracicaba, SP. SINOPSE - Cavacos de ma de i r a de Eucalyptus saligna coloniza- dos pelo fungo termofilico Thermoascus aurantiacu$, tiveram seus teores de extEativos reduzidos, com o aumento no perTodo de incubação,_a 45 C. Esta redução foi detectada tambem apõs a esterilizaç~o dos cavacos, provavelmente devida a ação do calor. O decrescimo real devido ao fungo foi observado em ex- trativos totais (30,6 %), solGveis em igua quente _(39,3 %), soluveis em diclorometano (22,9 %) e soluveis em_ alcool to- lueno (48,8 %). A virtual elevação no teor de açucares livres em etanol 80 % indica uma poss;vel hidrõlise enzimitica. Ma- deira colonizada por T. aurantiacus, para ensaio de produção de celulose, mastrou decrêscimos na densidade bãsica eno teor de extrativos totais, elevação no teor de holocelulose e nenhuma alteração no teor de lignina. Na produção de celulose não branqueada não se observou modificações nos rendimentos bruto depurado e numero kappa. Os resultados indicam que o fungo não possue atividade celulolTtica e lignolTtica marcan- te, provavelmente agindo apenas sobre as hemiceluloses. ABSTRACT - Wood chips of Eucalyptus saligna colonized by the thermophilic fungus Thermoascus aurantiacus showed reduction on extrativesocontents, increasing with time of incubation period, at 45 C. This redu ction wasal so de tected after chiPs \' ",~ sterilization, probably due heat hy c r-o l t s i s. The real removal </~: due fungus was observed on total extratives (30,6 %). hot"·'I:,;,;, w ater extratives (39,3 %), dic1orometano extratives (22,9 %) <: ! :?~ and a1cõ'ho1 to1ueno extratives (48,8 %). The virtua 1 increase' , ,~ on sugar content soluble at ethanol 80 % indicated a possible _:~ enzimatic hydrolisis. Wood colonized by T. aurantiacus, for ";«5!~ pu1P Yie1das say, sho w ed decrease on specific gravitY (g/cm R.). ' .1, " <~ and on t o t al v ex t ra t t v e s , increase on holocellulose contêrit ;::'~.< and without modification on 1ignin content. Modifica~'ions d í d '; ',<I not appeared on unscreened and screened pulp y í e ld , and '", ,)~ perman9anate num ber. The resul ts indicate that the fun9us .is r ;< ;:~ n O t capab1e of de9rade ce11u1ose and 1i9nin, probab1y o n1y '. ' ,~ fractions such hemicelluloses of wood.0 ~ i J i "Trabalho apresentado no 249 Congresso Anual de Celulose e Pa pel da ABTCP, realizado em são' Paulo - SP - Brasil, de 25 a 29 de novembro de 1991". .":.,,~ 01..,] ._ . '.: -1~~

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EFEITO DE FUNGOS TERMOFIlOS SOBREMADEIRA DE Eucalyptus saligna.

I. Thermoascus aurantiacus.PRADO, S. M.Curso, de Engenharia Florestal, ESALQ/USP, CP 9, 13400,Piracicaba, SP.AUER, C.G.EMBRAPA/CNPF, CP 3319, 80001, Curitiba, PR.BARRICHELO, L.E.G.Depto. ~e Ciências Florestais, ESALQ/USP, CP 9, 13400,Piracicaba, SP.

SINOPSE - Cavacos de ma d e i ra de Eucalyptus saligna coloniza-dos pelo fungo termofilico Thermoascus aurantiacu$, tiveramseus teores de extEativos reduzidos, com o aumento no perTodode incubação,_a 45 C. Esta redução foi detectada tambem apõsa esterilizaç~o dos cavacos, provavelmente devida a ação docalor. O decrescimo real devido ao fungo foi observado em ex-trativos totais (30,6 %), solGveis em igua quente _(39,3 %),soluveis em diclorometano (22,9 %) e soluveis em_ alcool to-lueno (48,8 %). A virtual elevação no teor de açucares livresem etanol 80 % indica uma poss;vel hidrõlise enzimitica. Ma-deira colonizada por T. aurantiacus, para ensaio de produçãode celulose, mastrou decrêscimos na densidade bãsica enoteor de extrativos totais, elevação no teor de holocelulose enenhuma alteração no teor de lignina. Na produção de celulosenão branqueada não se observou modificações nos rendimentosbruto € depurado e numero kappa. Os resultados indicam que ofungo não possue atividade celulolTtica e lignolTtica marcan-te, provavelmente agindo apenas sobre as hemiceluloses.ABSTRACT - Wood chips of Eucalyptus saligna colonized by thethermophilic fungus Thermoascus aurantiacus showed reductionon extrativesocontents, increasing with time of incubationp e r i o d , a t 45 C. T h i s redu c t i o n wa sal s o de te c te d a f t e r c h i P s \' ",~:sterilization, probably due heat hy c r-o l t s i s . The real removal </~:due fungus was observed on total extratives (30,6 %). hot"·'I:,;,;,;,,~~w a t e r e x t r a t i ve s (3 9 ,3 %), d i c 1 o r o m e ta n o e x t r a t i v e s (2 2 ,9 %) <: ! :?~j:a n d a 1 c õ'ho 1 to 1 u e n o e x t r a t i v e s (4 8 ,8 %). T h e v i r tua 1 i n c r e a se' , ,~ron sugar content soluble at ethanol 80 % indicated a possible _:~enzimatic hydrolisis. Wood colonized by T. aurantiacus, for ";«5!~pu 1 P Y i e 1 das s a y, s h o w e d d e c r e a s e o n s p e c i f i c g r a v i t Y (g / c m R.). ' .1, " <~and on t o t a l v e x t r a t t v e s , increase on holocellulose contêrit ;::'~.<~,a n d w i t h o u t mo d i f i c a t i o n o n 1 i g n i n c o n te n t. Mo d i f i c a ~ 'io n s d í d '; ',<Inot appeared on unscreened and screened pulp y í e ld , and '", ,)~p e r m a n 9 a na te num b e r . T h e r e sul t s i n d i cate t h a t t h e f u n 9 u s .i s r ;< ;:~~n O t c a p a b 1 e o f d e 9 r a d e c e 1 1 u 1 o s e a n d 1 i 9 n i n , p r o b a b 1y o n 1y '. ' ,~~fractions such hemicelluloses of wood.0

~~iJi"Trabalho apresentado no 249 Congresso Anual de Celulose e Pa

pel da ABTCP, realizado em são' Paulo - SP - Brasil, de 25 a29 de novembro de 1991".

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1. INTRODUÇÃO

Fungos termõfilos estão constantemente associados aofenõmeno de auto-aquecimento de substratos lignocelulªsicos ,ao ar livre. Pilhas de cavacos de madeira para produçao de C!·lulose construidas com madeira recem-picada ou com teor elevado de umidade tornam-se aquecidas, criando condições de vid~para uma abundante mfcroflora termotolerante / termoft1ica(SMITH & OFOSU-ASfEDy, 1972), que_por sua vez contribue.para_a

.manutenção do aquecimento, atraves da biodeterloraçao(TANSEY. 1971).

O tipo de degradação determinarã a qualidade dos ca-vacos destinados a produção de celulose. Estudos iniciaisacerca do efeito sobre componentes de madeira de eucaliptomostraram que Thermoascus aurantiacus, um dos fungos isoladosde pilhas auto-aquecidas. reduziu os teores de extrativos so-luveis em ãgua quente, açucares totais e substâncias fenõli-cas (AUER et ali;, 1987). Os autores observaram tambem modi-ficações estruturais na anatomia da madeira colonizada pelofungo, quando comparada com madeira não inoculada. Efeitos variados podem ser encontrados ap5s o crescimento de microrga=nismos term5filos sobre madeira, em função da população asso-ciada, inclusive determinar perdas em rendimento na produçãode celulose (HATTON, 1970}, como consequência da atividade celulolltica de alguns fungos (FERGUS, 1969). -

A partir das duvidas existentes, o trabalho desenvolvido visou analisar a ação do fungo termõfilo Thermoascusaurantiacus sobre cavacos de madeira de Eucalyptus salignae a qualidade da celulose não--branqueada produzida com cava-cos colonizados.

2. MATERIAL E MrTODOS

Madeira de Eucalyptus saligna, com 6 anos deidade,foi utilizada para este estudo. Discos de madeira de 2,5 cmde espessura, faces paralelas, livre de nós foram transforma-dos manualmente em cavacos com espessura aproximada de 3 mm.Os cavacos foram secos ao ar, com umidade final ao redor de40 %.

A colonização dos cavacos foi conduzida em frascosde Erlenmeyer de 500 ml. Para manter a umidade dos cavacos durante o experimento, sem haver contato direto com âgua, utilTzou-se uma camada de esferas de vidro, com diâmetro medio de1,7 em, no fundo dos frascos e 100 g de cavacos colocados so-bre as mesmas~ Os frascos foram_tamponados com algodão e autoclavados (120 C. 1 atm, lh). Apos esterilização, colocou -se~em c~da frasc~, 50 m1 de âgua destilada esterilizada. Por es-te metodo, a agua manteve-se no fundo do frasco, separada dos~avacos~ condicionando uma câmara umida durante o periodp delncubaçao.

O experimento constou de um lote de cavacos secossem nenhum tratamento, como testemunha, e de dois tratamen

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~os: (l)_esterilização por a u t o c l a v e q em e (2) esterilização elnoculaçao com 1 ml de suspensao padronizada contendo 10 as-cospor~s.de Thermoascus aurantiacus. A suspensão foi obtidade colon1as puras do fungo, cultivadas em meio BOA incubadaso 'a_45 C. Todos os_tratamentos tiveram 5 frascos como repeti-çao, e a incubabao dos cavacos inoculados ocorreu em estufacontrolada a 45 C, durante 30 dias, no laboratório do Departamento de Fitopatologia. ESALQ/USP. -

{

As anãlises qu;micas foram efetuadas no laboratóriodo_Setor de Qu;mica, Celulose e Energia do Departamento deCiencias Florestais, ESALQ/USP. Foram determinados o teor deextrativos totais. extrativos solGveis em ãgua quente, em di-clorom~tano e ã1coo1-tolueno 1:2 e açucares livres em ã1coolet;lico 80 %.

Os cavacos colonizados foram obtidos segundo metodo-10gias de manutenção de umidade, inoculação e incubação, jãdescritas. A unica variação que houve foi o uso de frascos de2000 m1 contendo. em cada, 500 9 de cavacos e 200 ml de ãguadestilada esterilizada.

Quatro l~tes de cavacos foram destinados ao cozimen-to: (1) cavacos secos, (2) cavacos autoc1avados, (3) cavacosautoclavados, inoculados e incubados por 30 dias e (4) cava-cos autoclavados, inoculados e incubados por 60 dias.

Finda a incubação', parte dos cavacos foi processada,tra.nsformando-se uma subamostra em serragem em moinho Wiley,para determinação da composição qulmica de holoce1ulose, 1ig-nina (TAPPI 13m-54, ABCP m70171) e de extrativos totais. De-terminou-se. tambem, a densidade bãsica dos cavacos pelo metodo do mãximo teor de umidade (FOELKEL et alii, 1975).

A celulose foi obtida pelo processo sulfato, em di-gestor de laboratório (aço inoxidãvel, aquecimento direto, rotatõrio. 201 de capacidade). com as condiçoes de coziment~apresentadas na Tabela 1. A celulose produzida foi peneiradaem malha 120, lavada e passada por um desfibrador de discos.A polpa foi lavada com ãgua e retirou-se o excesso por com-pressão manual. A partir das amostras de celulose determinou-se o numero kappa. rendimento bruto e depurado e teor de re-jeitos.

3. RESULTADOS E DISCUssAo

Os cavacos de Eucalyptus saligna colonizados porThermoascus aurantiacus mostraram tendencia de queda nos teo-res 'de extratiVos, independentemente do tratamento efetuado,porem maior em cavacos autoclavados e colonizados (Tabela 2).;Este tipo de resultado tambem foi encontrado por AUER et alii(1986) com cavacos de Eucalyptus spp, colonizados pelo mesmofungo, ocorrendo decrescimo no teor de extrativos em ãguaquente. da ordem de 16 %.

Houve eliminação de extrativos da madeira, tanto pe-la autoclavagem. como pela ação do fungo (Tabela 3). Devido a

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ocorrincia de solubilização e volatilização de compostos, co-mo resultado da pressão e temperatura elevada da autoclava-gem, provavelmente, será necessário se mo~ificar o m§todo. deesterilização. Os resultados mostram tambem degradaçao dlfe-renciada entre os diferentes componentes dos extrativos, se-gundo o tipo de solvente utilizado.

Os açucares livres tiveram seus teores reduzidos pe-la autoclavagem, com posterior elevação apos a colonização pe10 fungo. O aumento estaria ligado a degradação enzimãtic~promovida por hemicelulases produzidas por T. aurantiacus(TAN et a1ii, 1987). A degradação poderia recompor o nlve1 deaçucares a valores prõximos dos encontrados em cavacos semtratamento. Por outro lado. uma parcela da degradação teriaorigem no aumento da concentração de ácidos orgânicos e frag-mentação de carboidratos por hidrõlise ácida e oxidação, de-sencadeada pela autoc1avagem e temperatura de incubação(ZVINAKEVICIUS et a1ii, 1978).

O lote de cavacos inoculado para produção de celulo-se apresentou tambem alteraçã9 na composição quimica. Houvedecrescimos leve na densidade básica e no teor de extrativostotais, com o aumento do periodo de incubação (Tabela 3). Alignina não foi alterada significativamente indicando uma atividade 1ignolitica fraca do fungo. Quanto ao teor de ho10celulose, a elevação observada e explicada pela diminuição noteor de extrativos totais.

A celulose não branqueada produzida com cavacos colonizados não apresentou grandes modificações na porcentagem derendimento bruto e depurado (Tabela 5). Este fato confirmauma atividade celu101itica fraca/do fungo, nutrindo-se de carboidratos de madeira de ficil hidro1ização (FERGUS, 1969;FLANNIGAN & SELLARS, 1972). O principal efeito detectado foia diminuição do teor de rejeitos, notadamente em cavacos incubados por 60 dias. Não houve relação entre o aumento do teorde holocelulose detectada na madeira inoculada e os rendimen-tos bruto e depurado obtidos.

Os pequenos efeitos do crescimento de T. aurantiacussobre a produção de celulose são devidos, provavelmente, aocurto periodo de incubação do material inoculado. Se o pro-cesso fosse mantido por um tempo maior, como acontece na pi-lha de cavacos ao ar livre, haveriam condições ~ara que o cons~mo de extrativos fosse significativo para refletir na produçao de celulose. -

Finalmente, um aspecto que deve ser salientado foi aserie de ensaios envolv~ndo somente uma eseecie fungica. Ap~esença de ~ma populaçao associada ao fenomeno de auto-aque-Clmento em ~llhas de cavacos, descrita por AUER (1986), indi-c~ a necesslda~e do estudo dos outros fungos presentes, incluSlve a populaçao.como.um todo. O efeito popu1aciona1 poderi~promover. pelo slnerglsmo, expressiva atividade degradativasobre os componentes da madeira (JAIN et alií, 1979).

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4. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ã Champion Papel e Celulose S.Apelos materiais e facilidades oferecidas e ã FAPESP pela bol-sa de Iniciação Cientificra cedida ao primeiro autor, para odesenvolvimento dos trabalhos.

Tabela 1. Condiç6es de cozimento de cavacos de Eucalyptus sa-ligna inoculados com Thermoascus aurantiacus.

Alcali ativo (%)Su1fidez (%)Atividade (%)Relação licor/madeiraTemperatura máxima (oC)Tempo até tempo máxima (min)Tempo ã tempo máxima (min)Concentração de Na20 ativo

1425

1005 : 1170

8030

223

Tabela 2. Porcentagem de extrativos e teor de açucares livres(g/l) em cavacos de Eucalyptus saligna inoculadoscom !hermoascus aurantiacus e incubados por 30 diasa 45 C.

NenhumAutoc1avagemSomenteAutoc1avagem eInoculação

Teor de extrativos Açucares Li-Soluveis em v res em 1\1-

To ta i s1\gua Dicloro 1\lcoo1 cool Eti1ico

Quente me t a n ó" Tolueno 80% · .- ; .)

6,44a 1 ,66 a 2,27a 3,03a 0,396a· ~t· ~-

· ".:.~:5,42b 1 ,55 b 1 •72 b 2,78b 0,294b.· , j. -:i/

·, ~3,45c 0,87c 1 .20c 1 ,35 c 0.394a ..j.

.,-.

Tratamentodos Cavacos

Cada valor e média de 5 repetiç6es. Numeros acompanhados demesma letra, na mesma coluna. não diferem significativamente(Tukey , nive1 de 1%).

Tabela 3. Porcentagem de extrativos eliminados da madeira deEucalyptus saligna por autoclavagem e pela coloniz!ção d~ Therm8ascus aurantiacus, após 30 dias de in-cubaçao a 45 C.

Tratamentodos Cavacos

Solvente Utilizado ExtrativosTotais~gua

QúenteDic1orome t e n ó"

~1coo1Tolueno

8,3* 6,6Autoc1avagemColonizaçãopelo Fungo 39,3 48,8

24,2 15,8

22,9 30,6* valores obtidos a partir da Tabela 1.

Tabela 4. Caracter;sticas dos cavacos de madeira de Euca-lyptus saligná inoculados e não inoculados com Thermoascus aurantiacus destinados a produção de celu1õse, em laboratório.

Tratamento Densidadedos Cavacos Bãsi~

(g/cm )Holoce-lulose

( % )

Lignina ExtrativosTotais

(% )( % )

Nenhum 0,552*AutoclavagemSomente 0,539Autoclavagem,Inocula~ão e 0,525Incubaçao-30diasAutoclavagem,Inoculação e 0,524Incubação-60dias

70,26 24,52 5,22

/ 70,24 24,92 4,83

70,20 25,44 4,36

72,73 25, 1 5 2,27

* somente os valores de densidade bãsica sao media de 2 repe-tições. Os outros valores são media de 5 repetições.

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Tabela 5. Porcentagem de rendimento bruto, rendimento depu~~~Ldo, teor de rejeitos e numero kappa de celuloses-não branqueadas de Eucalyptus saligna. obtidos decavacos colonizados por Thermoascus aurant;acus.-

Tr a tamen todos CavacosNenhumAutoclavagemSomenteAutoclavagem,Inoculação eIncubaçao-30diasAutoclavagem,Inocula~ão eIncubaçao-60dias

Rendi-mento Rendimento Teor de NumeroBruto Depurado Rejeitos ka ppa

50,84* 49,89 0,95 20,2 " ~

49,21 48,15 1 ,06 19, 7

50,74 48,73 2 ,01 20.6 - I

50,65 49,91 0,74 19,8 .

* cada valor e media de 3 repetições.

5. REFERrNCIAS BIBLIOGR~FICAS/AUER, C.G. Levantamento de fungos termofilos associados a pi-

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