- relatório da administração societário 03 · coletivos, na área de distribuição de energia...

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2

- Relatório da Administração Societário ................................. 03

- Balanço Patrimonial Societário ............................................. 29

- Demonst. do Resultado do Exercício Societário ................. 31

- Demonst. das Mutações do Patrimônio Liq. Societário ...... 32

- Demonstração do Fluxo de Caixa Societário ....................... 33

- Demonstração do Valor Adicionado ..................................... 34

- Notas Explicativas das Demonst. Contábeis Societárias.... 36

- Parecer do Conselho Fiscal .................................................. 60

- Parecer dos Auditores Independentes sobre as Dem.

Contábeis Societárias .......................................................................... 61

- Relatório da Administração Regulatório:

a) Balanço Patrimonial;

b) Demonstração do Resultado do Exercício;

c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e

d) Demonstração do Fluxo de Caixa ................................................. 65

- Notas Explicativas das Dem. Contábeis Regulatórias ........ 92

- Parecer dos Auditores Independentes sobre as Dem.

Contábeis Regulatórias ............................................................ 121

ÍNDICE

3

RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO DA COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI

Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi:

Associado, você é a razão da nossa energia.

A CERGAL foi fundada em 10 de outubro de 1963 com o intuito de distribuir

energia elétrica nas áreas rurais do município de Tubarão.

A missão da CERGAL é atuar no setor de energia elétrica oferecendo produtos

(bens e serviços) com qualidade, confiabilidade e continuidade dos associados e

consumidores, resguardando o espírito cooperativista.

Temos ainda como visão ser referência como cooperativa em tecnologia,

serviços, comercialização, distribuição e autonomia maximizando seu nível de energia,

visando maior competitividade no setor de energia elétrica.

Nossos valores são: segurança e qualidade de vida no trabalho; fortalecer o

cooperativismo a participação e a solidariedade; valorização: pessoal e profissional do

colaborador e integração com a família; responsabilidade social e respeito ao meio

ambiente; ética e transparência.

Relatório da Administração Societário

4

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhoras e Senhores Associados,

A seguir, apresentamos o relatório das principais atividades

desenvolvidas no decorrer do exercício de 2016.

Tais especificidades primam para uma melhor apresentação dos

resultados aos sócios, autoridades e consumidores.

Em anexo estão as demonstrações contábeis, elaboradas em

concordância com a Legislação Societária vigente, acrescidas da Demonstração do

Valor Adicionado-DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa, ferramentas de relevância

para a divulgação do desempenho da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi

perante a sociedade, parceiros, investidores, órgão regulador e associados.

Cumprimos as determinações específicas de Demonstração de

Resultado, conforme Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, as quais são

compatíveis com os princípios fundamentais de contabilidade e determinados a todas

as Empresas Concessionárias e Permissionárias do Serviço Público de Energia

Elétrica, apesar de sermos uma Sociedade Cooperativa.

5

CARTA DO PRESIDENTE

Pessoas ligadas às comunidades de Passo do Gado, Madre e

Congonhas, de Tubarão, fundaram, em 10 de outubro de 1963, a CERGAL –

Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi, que iniciou suas atividades em 06 de

fevereiro de 1964. A CERGAL surgiu tendo como objetivo levar energia elétrica para

tais localidades, já que elas se encontravam isoladas da área urbana da cidade.

De 1967 até hoje, com a construção de novas redes, a Cooperativa

cresceu muito, passando a atender mais localidades. Atualmente a CERGAL atende

em todo o seu sistema 17.160 associados.

As melhorias da CERGAL são constantes. A Cooperativa investe

continuamente, visando sempre a continuidade e a qualidade da energia consumida

pelos associados/consumidores. A história revela que a atuação da CERGAL foi de

fundamental importância para o desenvolvimento de várias comunidades de Tubarão

onde foram construídas suas redes de energia elétrica. Assim, a CERGAL faz parte da

história da cidade onde contribuiu significativamente para o seu crescimento.

Presidente da CERGAL

Gelson José Bento

6

CENÁRIO

A Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi é uma distribuidora de energia elétrica que fornece energia nas cidades de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna, seguindo as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Procuramos prestar os melhores serviços há mais de 50 anos, sempre visando a qualidade e o bem estar do associado/consumidor.

O destaque de 2016 foi à classe de consumo residencial com o incremento de

3,55% comparado a 2015 seguida da classe Industrial que obteve crescimento de

0,17%.

Acreditamos na valorização e qualificação de nossos colaboradores

proporcionando-lhes constantemente participações em seminários, palestras e cursos

voltados para o aperfeiçoamento dos mesmos nas mais diversas áreas, tais como:

Custeio de Ensino Fundamental, Médio, Cursos Técnicos, Graduações e Pós

Graduações (na área de atuação na empresa), Gestão de Cooperativas e

Cooperativismo, bem como também em treinamentos e cursos específicos como:

Segurança no trabalho, Reciclagem das Normas NR10, NR33 e NR35; Treinamento

em Altura com linha viva, Cursos na área de Planejamento Estratégico; Curso de

Formação de Auditores Internos; Organização Anual da CIPA e da SIPAT,

Treinamento sobre o Programa Cooperjovem; Nivelamento nos Aspectos Regulatórios

Projeto P&D; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 1; Treinamento

do Manual de Contabilidade do setor Elétrico MCE; Curso Prático sobre Sped Contábil

e ECF Escrituração Contábil Fiscal; Curso sobre Qualidade de Energia Elétrica -

Distorções harmônicas Filtro Passivo; Curso sobre a Resolução 414 - Curso para

Atendimento das Cooperativas Permissionárias; Treinamento sobre Medidores

Eletrônicos Multifunção; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 2

SINAP GRID; Treinamento para Simulações PRORET's 8.1 e 8.4; Worshop Plano de

Melhorias do PDGC; Programa de Treinamento das Normas Técnicas do Sistema

Fecoerusc- Procedimentos Operacionais para 2017; entre outros.

A busca pela qualidade dos serviços e o bom atendimento aos associados será

sempre o maior objetivo da CERGAL. A CERGAL foi recertificada em 2016 conforme Norma NBR ISO 9001.2008,

referente coleta de dados e apuração de indicadores de continuidade individuais e coletivos, na área de Distribuição de Energia Elétrica, em atendimento à Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL n° 395/2009. O referido certificado foi emitido pela BRTUV Avaliações da Qualidade Ltda.

Sendo assim, seguimos nossa política de qualidade, que busca a melhoria

contínua através da capacitação e treinamento dos nossos colaboradores, para

atender os requisitos regulamentares do cliente e expectativas dos associados/

consumidores, bem como, as demais partes interessadas na área de Distribuição de

Energia Elétrica.

7

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

A CERGAL distribui energia elétrica nos municípios de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna. Atualmente possui 17.160 associados sendo que 15.769 são da classe residencial, 677 da classe comercial, e o restante, ou seja, 714, das demais classes. Atualmente não atendemos nenhum Consumidor que já detenha o Status de

“Consumidor Livre”.

Ligações de Consumidores - foram realizadas, no ano de 2016, 972 novas ligações,

sendo 876 Residenciais, 46 Comerciais, 18 Industriais, 27 Rurais, e 05 Serviço

Público, totalizando 17.160 consumidores atendidos pela Permissionária, base

dezembro de 2016, representando 3,40 % superior ao mesmo período do ano anterior,

como se pode observar no quadro a seguir.

NÚMERO DE CONSUMIDORES

Consumidores 2016 2015 2014 2013 2012

Residencial 15.769 15.263 14.838 14.397 13.723

Comercial 677 660 757 736 699

Industrial 177 172 135 137 137

Rural 482 440 434 399 353

Poderes Públicos 42 43 46 46 44

Iluminação Pública 4 4 4 4 4

Serviço Público 9 9 7 8 8

Total 17.160 16.591 16.227 15.733 14.974

Variação 3,40% -3,29% -2,22% -3,04% -4,82%

8

Comportamento do Mercado – A distribuição de energia da CERGAL no período de

janeiro a dezembro de 2016 foi de 63,50 GWh.

Mercado Atendido - GWh 2016 2015 2014 2013 2012

Energia Faturada 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Residencial 31,51 30,43 30,09 27,47 26,05

Comercial 7,34 7,58 7,78 6,81 6,37

Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,50

Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89

Poderes Públicos 0,82 0,70 0,77 0,75 0,73

Iluminação Pública 3,28 3,22 3,13 3,03 2,97

Serviço Público 0,37 0,33 0,36 0,36 0,40

Suprimento p/ agentes de distribuição - - - - -

Uso da Rede de Distribuição - - - - -

Consumidores Livres/Dist./Ger.

Total 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Variação 1,15% -1,14% -1,19% -6,04% -5,79%

A CERGAL vem investindo constantemente em ações que resultem na redução

do índice de perdas da empresa, sendo assim tem investido na repotenciação dos

condutores e transformadores, intensificação na fiscalização das medições nas

unidades consumidoras, bem como na substituição de medidores eletromecânicos por

eletrônicos.

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BALANÇO ENERGÉTICO

Energia Requerida 2016 2015 2014 2013 2012

Venda de Energia 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71

Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Suprimento p/ agentes de distribuição 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumidores Livres/Dist./Ger. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumidores Rede Básica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Mercado Atendido 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Pernas na Distribuição - - - - -

Perdas Técnicas - - - - -

Perdas não Técnicas - PNT - - - - -

PNT / Energia Requerida % 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Perdas Totais - PT 5,45 6,04 5,77 6,65 7,80

PT / Energia Requerida % 7,90% 8,78% 8,51% 10,24% 12,44%

Total 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71

2016 2015 2014 2013 2012

7,90% 8,78% 8,51%

10,24%

12,44%

Perdas não tecnicas Perdas Totais

10

OBS: Visando diminuir o elevado índice de perda de 2016, realizamos em 2016

significativos investimentos a fim de propiciar a redução dos índices para níveis

aceitáveis.

Distribuição Direta por Classe de Consumo – A CERGAL não distribuiu energia de

forma direta no exercício 2016, caracterizando seu mercado, 100% de Consumidores

Cativos.

Com relação a este mercado cativo, tivemos um decréscimo de 1,15%

comparando-se com o desempenho do exercício anterior. A classe que teve maior

crescimento foi a residencial, com acréscimo de 49,62% em relação ao exercício

anterior.

A seguir são apresentados resultados sobre o consumo e sua variação no

período:

Classe 2016 2015 2014 2013 2012

Residencial 31,51 30,43 30,09 27,46 26,05

Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,5

Comercial 7,34 7,66 7,78 6,81 6,37

Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89

Outros 4,47 4,25 4,26 4,14 4,10

Total 63,50 62,78 62,03 58,29 54,91

Variação 1,15 1,21 6,42 6,16 5,81

Consumo por classe de consumidores - em GWh

49,62%

27,80%

11,56%

3,98%7,04%

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

11

Receita - A receita decorrente do fornecimento de energia elétrica no exercício ,

líquida do ICMS, PIS e COFINS, importou em R$ 32.399,54 mil, conforme quadro a

seguir:

2016 2015 %

16.204,79 13.272,57 22,09

9.311,92 8.460,35 10,07

4.140,27 3.664,34 12,99

907,68 863,31 5,14

1.734,88 1.388,26 24,97

32.299,54 27.648,83 16,82

Receita líquida em R$ mil

Classe

Residencial

Total

Industrial

Comercial

Rural

Outros

50,17%

28,83%

12,82%

2,81%

5,37%

Residencial Industrial

Comercial Rural

Outros

TARIFAS

A tarifa de energia elétrica é o preço regulado pela ANEEL que deve ser pago

pelos consumidores finais como contrapartida pelo acesso à energia elétrica fornecida

pela distribuidora.

Em 22 de Julho de 2016 a CERGAL assinou o terceiro termo aditivo ao

contrato de permissão, o que possibilitou que a CERGAL pleiteasse para a 2ª. Revisão

Tarifária a receita requerida para sustentação dos custos gerenciáveis associados

diretamente ao segmento de distribuição (Parcela B), conforme estabelecido no

submódulo 8.4 do Proret, aprovado pela Resolução Normativa nº 704, de 28 de março

de 2016.

12

Tarifas Médias

A tarifa média de fornecimento de energia elétrica considerando os impostos

incidentes, em dezembro de 2016, atingiu R$ 389,61/MWh com um aumento de

23,33% com relação a dezembro de 2015.

OBS: Os valores abaixo demonstrados estão expressos em (Reais/mil)

Tarifa média de

Fornecimento em R$/MW/h

Classe

Exercício

2015 2016

Residencial 343,31 413,71

Comercial 337,02 410,23

Industrial 342,42 383,91

Rural 224,23 277,47

Outros 218,27 271,06

Média Geral 446,53 389,61

0-30 31-100 101-220 >220

Tarifa Por faixa de Consumo KWh KWh KWh KWh

Tarifas Brutas 147,10 252,17 278,25 420,28

13

Composição da Tarifa Residencial Comercial Industrial Rural Poder Público

Outros

Tarifa aplicada 16.471,81 4.203,50 9.465,00 929,00 450,65 1.323,63

Impostos 3.287,06 778,37 1.884,42 262,33 86,99 398,06

PIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

COFINS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ISSQN 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ICMS 3.287,06 778,37 1.884,42 262,33 86,99 398,06

Taxas 2.191,64 518,98 1.256,43 174,91 58,00 265,40

Fiscalização 26,39 6,25 15,13 2,11 0,70 3,20

CCC 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RGR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

P&D 35,29 8,36 20,23 2,82 0,93 4,27

PEE 31,91 7,56 18,29 2,55 0,84 3,86

CDE 1.493,81 353,73 856,37 119,22 39,53 180,90

PROINFA 205,59 48,68 117,86 16,41 5,44 24,90

Bandeira Tarifária 398,65 94,40 228,54 31,82 10,55 48,28

Custo da energia comprada

p/revenda

5.135,36 1.216,05 2.944,02 409,84 135,90 621,88

Encargos de uso da rede

elétrica

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas de pessoal 2191,26 518,89 1256,21 174,88 57,99 265,36

Outras despesas

operacionais

3.201,77 758,18 1.835,52 255,53 84,73 387,73

Tarifa bruta da

permissionária (*) 10.993,11 2.906,15 6.324,15 491,75 305,66 660,17

Resultado 464,71 413,03 288,41 -348,50 27,03 -614,79

14

COMPOSIÇÃO DA TARIFA

Qualidade do Fornecimento - Os dois principais indicadores da qualidade do

fornecimento de energia elétrica são o DEC (duração equivalente de interrupções por

consumidor) e o FEC (freqüência equivalente de interrupções por consumidor).

A evolução desses indicadores é apresentada no quadro a seguir:

Atendimento ao Consumidor – A CERGAL não participa do Programa Luz para

todos, já que todos os domicílios dos Municípios que a CERGAL distribui energia

elétrica encontram-se atendidos.

Além da sede administrativa, a CERGAL conta com mais 02 (dois) postos de

atendimento, oferecendo atendimento personalizado por profissionais capacitados e

qualificados com o objetivo de melhor atender seus associados/consumidores.

Em 2016 a CERGAL através do setor de controle de qualidade realizou vários

monitoramentos e análises da qualidade de tensão que é fornecida aos

consumidores/associados. Neste ano, foram realizadas 168 medições de tensão

amostrais da ANEEL e 31 medições de tensão solicitadas pelos

consumidores/associados.

Tecnologia da Informação

Mais um ano se passou e a ideia da melhoria contínua permanece como

fundamento da qualidade e do bom funcionamento para atendimento ao cliente interno

e externo, visando uma infraestrutura comprometida com a visão e missão da

organização.

Agora com o ambiente de servidores virtualizados o controle e coleta de

informação tem evoluído a cada dia, permitindo concentrar o coração da empresa em

Ano

DEC

(Horas)

FEC

(Interrupções)

Tempo de Espera

(horas)

2012 9,07 4,87 0,91

2013 10,76 6,50 0,95

2014 5,95 5,73 0,85

2015 4,90 5,53 0,76

2016 6,24 3,84 0,85

15

um robusto hardware atendendo os objetivos da empresa com um sistema de gestão

alinhado a estrutura eficiente, contribuindo para um serviço eficaz.

Os departamentos estão interligados através de pastas no servidor, onde a

intranet é controlada pelos usuários de domínio, visa segurança das informações

obtendo back-up diário.

Uma estrutura assim permite um comprometimento com a necessidade de

cumprir fidedignamente com as informações encaminhadas a agência ANEEL, com

garantia assegurada através dos back-ups personalizados, os quais sempre que

solicitados cumpriram com sua missão.

Na atualidade a rede da Cooperativa encontra-se conectada através de dois

switchs que trabalham de forma inteligente para melhor desempenho de comunicação,

um aparelho wireless localizado em um ponto estratégico que possibilita o acesso via

rede sem fio.

Com a preocupação da segurança das informações, a empresa investiu no ano

de 2016 na aquisição de um novo antivírus que faz o acompanhamento via rede da

situação de cada estação de trabalho, além da utilização de um firewall com regras de

segurança para toda rede interna.

Nossa empresa busca sempre incentivar a sustentabilidade optando por

adquirir equipamentos modernos, menos nocivos à saúde e que obedeçam as normas

aprovadas por órgãos ambientais contribuindo para o melhor desenvolvimento do meio

ambiente. Vale ressaltar que foi aprimorado, a conexão entre os religadores com o

software de automatização, e que está conectado 24 horas por dia com o Centro de

Operações, podendo ser manobrado remotamente, diminuindo assim o tempo de

atendimento a ocorrências e a falta de energia.

Para agilizar o atendimento ao associado/consumidor, contendo todas as

informações com segurança, obtemos parceiros de trabalho, assim permitindo que o

associado/consumidor disponha de informações 24 horas nos 7 dias da semana.

A CERGAL possui um site no endereço eletrônico www.cergal.com.br, que

possibilita aos seus associados/consumidores serviços em tempo real, tais como:

emissão de segundas vias, e solicitações de serviços.

16

Desempenho Econômico-Financeiro

Em 2016, as sobras foram de R$ 229,88 (Reais/mil), contra uma sobra Líquida de R$ 202,93 (Reais/mil) em 2015, ocasionando um aumento nas Sobras na Ordem de (13,28)%. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 24.607,89 (Reais/mil), superior em (16,27)% em relação a 2015, que foi de R$ 21.165,33 (Reais/mil).

As Despesas Operacionais totalizaram em 2016 R$ 24.764,76 (Reais/mil),

(16,33) % superior em relação a 2015 que foi de R$ 21.288,91 (reais/mil). O aumento

do Patrimônio Líquido do exercício foi de 0,50% em relação a 2015.

O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e

amortização foi de R$ 1.159,02 (Reais/mil), superior 4,61% a 2015, que foi de

R$ 1.107,99 (Reais/mil), conforme variação abaixo:

Investimentos: Em 2016, os investimentos da Companhia, importaram em R$

1.779,00 mil, 18,84% superiores em relação à 2015, dos quais R$ 1.295,00 R$/mil

foram realizados em Máquinas e Equipamentos da Atividade de Distribuição. Para

esta mesma rubrica nos próximos 5 (cinco) anos, a Permissionária estima um

investimento total de R$/mil 6.021,70.

3.749,51

2.222,38

1.008,74 1.107,99 1.159,02

2012 2013 2014 2015 2016

EBITIDA ou LAJIDA SOCIETÁRIO

17

Comparativo dos Investimentos em Máquinas e Equipamentos da Distribuição

Evolução e Projeção dos Investimentos

Distribuição - Máquinas e Equipamentos - R$ Mil 2014R 2015R 2016R 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P

AIS Bruto ¹ 3.042,19 1.459,00 1.779,00 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00

Transformador de Distribuição 598,75 248,60 269,00 82,00 75,00 95,00 95,00 85,00

Medidor 119,49 142,55 215,00 285,00 290,85 285,00 254,00 240,00

Redes Baixa Tensão ( < 2,3 kV) - 200,00 200,00 205,00 205,00 180,00

Redes Média Tensão (2,3 kV a 44 kV) - 781,85 520,00 475,00 390,00 375,00

Redes Alta Tensão (69 kV) - - - - - - - -

Redes Alta Tensão (88 kV a 138 kV) - - - - - - - -

Redes Alta Tensão ( >= 230 kV) - - - - - - - -

Subestações Média Tensão (primário 30 kV a 44 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário de 69 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário 88 kV a 138 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário >= a 230 kV) - - - - - - - -

Demais Máquinas e Equipamentos 2.323,95 1.067,85 1.295,00 220,50 152,50 145,00 90,00 95,00

Obrigações Especiais do AIS Bruto 154,00 78,61 215,82

Participações, Doações, Subvenções, PEE, P&D, Universalização 154,00 78,61 215,82

Outros 25,09 45,55 53,36

Originadas da Receita

Ultrapassagem de demanda 7,18 13,94 25,58

Excedente de reativos 17,91 31,61 27,78

Diferença das perdas regulatórias

Outros

Outros

¹ Para o cadastro de subestações, considerar o maior nível de tensão do(s) transformador(es) da subestação.

R$ Mil Nominais R$ Mil em moeda constante de 31/12/2016

2016R 2017P 2018P 2019P 20120P 2021P

Plano de Investimentos 2016 1.324,06 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00

2016P 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P

Plano de Investimentos 2015 1.285,78 1.081,97 961,26 822,89 947,87

Diferença 2,98% 45,05% 28,83% 46,44% 9,09%

os principais motivos das diferenças no plano de investimentos são:

2019 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.

2020 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.

JUSTIFICATICAS

2016- REFERENTE A NOVAS INTENÇÕES DE INVESTIMENTOS

2017 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.

2018 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.

18

Captações de Recursos: Os investimentos de 2016 foram realizados somente com

recursos próprios.

Valor Adicionado: Em 2016 o valor adicionado líquido gerado como riqueza pela

CERGAL foi de R$ 19.132,00 (Reais/mil), representando 54,43% da Receita

Operacional Bruta, com a seguinte distribuição:

Composição Acionária: O capital social em 31 de dezembro de 2016 representa R$

6.186,57 (Reais/mil), sendo composto por 26.072 quotas de R$ 1,00 cada, com a

seguinte composição:

CONSELHO ADMINISTRATIVO 2016

NOME Nº DE QUOTAS Percentual S/Capital

Percentual

s/Capital

Gelson José Bento 1,00 0,0088%

Thiago Nunes Goulart 1,00 0,0088%

Itamar de Souza 1,00 0,0088%

Celso João de Medeiros 1,00 0,0088%

Angelo Orlando Mendes 1,00 0,0088%

José Moacir de Almeida 1,00 0,0088%

Jorge Luiz Costa 1,00 0,0088%

36,97%

61,95%

0,00%1,08%

Dezembro de 2016- Legislação Societária

Pessoal

Governo

Financiadores

Acionista

19

Arlindo Francisco Martins 1,00 0,0088%

Osni Mendes 1,00 0,0088%

Joel Nunes Teodoro 1,00 0,0088%

Arterino José Passarela 1,00 0,0088%

Sub total 11,00 0,0968%

CONSELHO FISCAL 2016

Nazareno Braz Linhares 1,00 0,0088%

Adriano Cardoso Martins 1,00 0,0088%

Jeferson Marcelino Elias 1,00 0,0088%

Olíbio de Souza Porto 1,00 0,0088%

Nilton Domingos Machado 1,00 0,0088%

Luiz Cesar Guimarães Marçal 1,00 0,0088%

Sub Total 6,00 0,0528%

Demais Cooperados Totalizando 26.055,00 99,88%

Total Geral 26.072,00 100,000%

Relações com o Mercado: A CERGAL participa de eventos, compõe as associações

do Setor: FECOERUSC, OCESC, SESCOOP, bem como, mantém contato com outras

Permissionárias e concessionárias buscando sempre estar atualizada com relação às

modificações do Setor Elétrico.

A CERGAL objetiva manter seus funcionários sempre atualizados, incentivando na

participação de seminários, cursos técnicos, jurídicos, administrativos entre outros,

fazendo com que haja aprimoramento referente aos assuntos do Setor Elétrico.

Sempre valorizando:

- A segurança e qualidade de vida no trabalho;

- O fortalecimento do cooperativismo, a participação e a solidariedade;

- A valorização: pessoal e profissional do colaborador e integração com a família;

- A responsabilidade social e respeito ao meio ambiente;

- A ética;

- A transparência;

20

- O orgulho em fazer parte do quadro funcional da cooperativa.

GESTÃO

Planejamento Empresarial: A CERGAL vem obtendo êxito em seu processo

de adaptação às mudanças constantes ocorridas no setor elétrico devido à qualidade

de seu planejamento empresarial.

Essa nova concepção de planejamento proporcionou o desenvolvimento do

pensamento estratégico no âmbito gerencial das unidades e, ao mesmo tempo, criou

um conjunto de estratégias adequadas aos diferentes cenários, possibilitando

antecipar ações e reação às mudanças ambientais.

As tendências identificadas, juntamente com os resultados dos cenários empresariais, serviram de base para a definição das recomendações, metas e ações estratégicas das Unidades de Negócios para os horizontes de curto e médio prazos.

Gestão pela qualidade total: Em 2016 a CERGAL manteve o

certificado ISO 9001:2008. O sistema de gestão da qualidade auxilia

consideravelmente o gerenciamento da empresa como um todo, envolvendo os

colaboradores e setores tornando a gestão mais participativa, incentivando o

surgimento, a cada dia, de novas ideias e sugestões de melhoria contínua, com

isso, ganha a empresa com qualidade, refletindo sensivelmente em nossa

razão de existir que são os nossos Associados/Consumidores.

21

A CERGAL em Números

Atendimento 2016 2015 %

Número de consumidores 17.160 16.596 3,40

Número de empregados 78 80 (2,50)

Número de consumidores por empregado 220,00 207,45 6,05

Número de localidades atendidas 4 4 0,00

Número de agências 0 0 0,00

Número de postos de atendimento 3 3 0,00

Número de postos de arrecadação 0 0 0,00

Mercado

Área de permissão (Km2) 199,4 199,4 0

Geração própria (GWh) 0 0 0

Demanda máxima (MWh/h) 6.330 6.176 2,49

Distribuição direta (GWh) 63,5 62,78 0

Consumo residencial médio (kWh/ano) 1.998,47 1.993,75 0,24

Tarifas médias de fornecimento (R$ por MWh) 389,61 446,53 (12,75)

Total

Residencial 413,71 343,31 20,51

Comercial 410,23 344,22 19,18

Industrial 383,91 332,92 15,32

Rural 277,47 224,23 23,74

Suprimento 0 0 0

DEC (horas) 6,24 4,90 27,35

População antecipada - Urbana Atendida (em milhares de

habitantes) 27,47 26,95 1,93

População atendida - Rural (em milhares de

habitantes) 9,17 9,09 0,88

FEC (número de interrupções) 3,84 5,53 (30,56)

Número de reclamações por 1.000 consumidores 0,96 0,90 6,67

22

Operacionais 2016 2015 %

Número de usinas em operação 0 0 0

Número de subestações 0 0 0

Linhas de transmissão (Km) 0 0 0

Linhas de distribuição (Km) 529,98 524,36 1,07

Capacidade instalada (MW) 52,35 51,80 1,06

Financeiros

Receita operacional bruta (R$ mil) 35.356,00 29.502,00 19,84

Receita operacional líquida (R$ mil) 24.607,00 21.166,00 16,26

Margem operacional do serviço líquida (%) 43,68% 39,38% 10,92

EBITDA OU LAJIDA 1.159,02 1.107,99 4,61

Lucro líquido (R$ mil) 206,00 203,00 1,48

Lucro líquido por mil cotas 206,00 203,00 1,48

Patrimônio líquido (R$ mil) 20.270,00 20.169,00 0,50

Valor patrimonial por cota R$ 1,00 1,00 0

Rentabilidade do patrimônio líquido (%) 98,40 99,35 (0,96)

Endividamento do patrimônio líquido (%) 29,52% 22,62% 30,48

Em moeda nacional (%) 29,52% 22,62% 30,48

Em moeda estrangeira (%) 0,00% 0,00% 0,00

Indicadores de Performance

2016 2015

Salário Médio dos Funcionários (Reais/mil) 3,49 2,76

Energia Gerada / Comprada por Funcionário (MWh) 882,35 860,29

Energia Gerada / Comprada por Consumidor (MWh) 4,01 4,15

Retorno de Ativos por Unidade: 0,89 0,86

23

BALANÇO SOCIAL

Recursos Humanos

A área de Recursos Humanos da CERGAL é responsável por melhorar o

resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Assim ela procura fazer com que

seus associados tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento do

trabalho e da atitude dos colaboradores da CERGAL.

Para conseguir tal resultado em 2016, a CERGAL proporcionou ao seu quadro

funcional treinamentos, palestras reciclagens, ensino médio, curso técnico e ensino

superior nas áreas específicas. Sempre pensando no melhor para seus colaboradores,

no aprendizado contínuo e no melhor desempenho dos mesmos em sua função.

A CERGAL proporciona para todos os seus colaboradores: plano de saúde,

plano odontológico, vale alimentação, vale transporte e seguro de vida. Ainda para

lazer dos funcionários, possui uma sede social com campo de futebol, parque infantil e

ampla área arborizada que é utilizada pelos colaboradores para realização de eventos

tais como campeonatos de futebol, jantares, e outros.

Como forma de reconhecimento foi realizada a festa de confraternização de

final do ano para comemoração do Natal. Ainda foram distribuídos cartões Alelo de

natal no valor de cento e vinte reais, como vale compras, bem como ovos de Páscoa

para todos os trabalhadores.

Responsabilidade Social

Responsabilidade social para a permissionária é comprometer-se com um

conjunto de políticas, programas e práticas que ultrapassem as exigências éticas e

legais no que tange à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento econômico,

social e cultural da comunidade onde opera e da sociedade como um todo.

A CERGAL sempre busca colaborar com a comunidade, através de patrocínios

às escolas e associações comunitárias. No ano de 2016, a CERGAL solicitou para

ingressar no Programa CooperJovem em parceria com o SESCOOP de Santa

Catarina. Programa este desenvolvido em cooperativas educacionais e escolas de

todo o Brasil, por meio de atividades educativas baseadas nos príncípios, valores e

virtudes cooperativistas. O programa reforça o 5º e o 7º princípio do cooperativismo

adotado em todo o mundo, respectivamente: Educação, Formação e Informação e o

Interesse pela Comunidade, viabilizando a transformação e o aprimoramento da

prática educativa a partir da cultura da cooperação. O Programa CooperJovem foi

implantado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Noé Abati, com

alunos de 1º ao 9º ano.

24

CIPA CERGAL: Os membros da CIPA na CERGAL abordam temas relacionados à

prevenção de acidentes, saúde, primeiros socorros, dentre outros pertinentes a área.

Fazem-se reuniões mensais, realizadas no escritório da CERGAL e os membros da

CIPA bem como a técnica em segurança do trabalho, fiscalizam seus empregados,

verificando a utilização dos equipamentos disponibilizados pela Empresa e dentro dos

padrões de segurança.

25

a) Demonstração do Balanço Social 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais).

2016

2015

R$ mil

R$ mil

1 - Base de cálculo

Receita Líquida (RL)

24.607,89

21.165,33

Lucro Operacional (LO)

229,88

207,31

Folha de Pagamento Bruta (FPB)

7.490,24

6.839,61

% sobre

% sobre

2 - Indicadores sociais internos R$ mil

FPB

RL

R$ mil

FPB

RL

Alimentação - Auxílio alimentação e

outros 538,66

7,19%

2,19%

501,85

7,34%

2,37%

Encargos sociais compulsórios

1.682,94

22,47%

6,84%

1.569,95

22,95%

7,42%

Entidade de previdência privada 0,00

0,00%

0,00%

0,00

0,00%

0,00%

Saúde - Convênio assistencial e outros

benefícios 270,02

3,60%

1,10%

241,47

3,53%

1,14%

Segurança no trabalho - CIPA e exames

periódicos 96,62

1,29%

0,39%

56,23

0,82%

0,27%

Educação - Auxílio educação 40,74

0,54%

0,17%

36,92

0,54%

0,17%

Capacitação e desenvolvimento

profissional 17,80

0,24%

0,07%

7,32

0,11%

0,03%

Participação nos resultados 0,00

0,00%

0,00%

0,00

0,00%

0,00%

Vale-transporte - excedente 4,47

0,06%

0,02%

4,85

0,07%

0,02%

Outros Benifícios 85,32

1,14%

0,35%

84,10

1,23%

0,40%

Total

2.736,57

36,54%

11,12%

2.502,69

36,59%

11,82%

% sobre

% sobre

26

3 - Indicadores sociais externos R$ mil

LO

RL

R$ mil

LO

RL

Cultura 0,00

0,00%

0,00%

0,00

0,00%

0,00%

Saúde e Saneamento - Apoio social aos

municípios 0,00

0,00%

0,00%

0,00

0,00%

0,00%

Esporte e lazer 0,00

0,00%

0,00%

0,00

0,00%

0,00%

Doações e contribuições 10,42

4,53%

0,04%

5,60

2,70%

0,03%

Total de contribuições para a sociedade

10,42

4,53%

0,04%

5,60

2,70%

0,03%

Tributos - excluídos encargos sociais

6.755,88

29,39%

27,45%

5.808,33

25,27%

23,60%

Total

6.766,30

29,43%

27,50%

5.813,93

28,04%

27,47%

%

sobr

e

% sobre

4 - Indicadores ambientais R$ mil

LO

RL

R$ m

il

LO

RL

Desapropriações de terras 0,00

0,00%

0,00

%

0,00

0,00%

0,00%

Estação ecológica - Fauna / Flora 0,00

0,00%

0,00

%

0,00

0,00%

0,00%

Relacionamento com a operação da empresa

Programa Social de Eletricidade Rural 0,00

0,00%

0,00

%

0,00

0,00%

0,00%

Programa de Eletrificação para População

Carente 0,00

0,00%

0,00

%

0,00

0,00%

0,00%

Programa de Desenvolvimento Tecnológico e

Industrial 30,81

13,40%

0,13

%

40,31

19,44%

0,19%

Programas especiais / Projetos externos 0,00

0,00%

0,00

%

1,67

0,81%

0,01%

Total 30,81

13,40%

0,13

%

41,98

20,25%

0,20%

27

2016

2015

5 - Indicadores do corpo funcional

em

unidades

em

unidades

Empregados no final do período

78

80

Escolaridade dos empregados

Superior e extensão universitária

18

14

Ensino médio

45

45

Ensino fundamental

15

21

Faixa etária dos empregados

Abaixo de 30 anos

5

8

De 30 até 45 anos (exclusive)

42

42

Acima de 45 anos

31

30

Admissões durante o período

0

2

Mulheres que trabalham na empresa

23,08

25,00

% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao no total de

mulheres

0,00%

0,00%

% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao no total de

gerentes

0,00%

0,00%

Negros que trabalham na empresa

2,5

2,5

% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao no total de

negros

0

% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao no total de

gerentes

0

Portadores de deficiência física

0

0

Dependentes

149

144

Estagiários

0

0

28

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania

empresarial

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

21,91

22,36

Maior remuneração

9,64

8,72

Menor remuneração

0,44

0,39

Acidentes de trabalho

0

0

29

Balanço Patrimonial

Societário

NOTA 2016 2015

CIRCULANTE 8.943 7.871

Caixa e bancos 213 795

Aplicações financeiras 05 1.746 710

Consumidores de energia a receber 06 5.844 5.654

(-) Provisão para crédito de liquidação duvidosa 06 (322) (213)

Impostos a recuperar 07 308 261

Estoques 138 122

Serviços em curso 08 275 268

Ativos Regulatorios 09 496 -

Despesas de exercícios seguintes 44 33

Outros créditos 10 201 241

NÃO CIRCULANTE 18.591 16.861

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 6.460 5.639

Impostos a recuperar 07 117 116

Serviços em curso 08 151 76

Ativo indenizado (Permissão) 11 5.786 5.041

Outros créditos 10 406 406

IMOBILIZADO 11 1.802 1.874

INTANGIVEL 11 10.329 9.348

TOTAL DO ATIVO 27.534 24.732

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

(Valores expressos em milhares de Reais)

ATIVO

30

NOTA 2016 2015

CIRCULANTE 5.532 3.695

Fornecedores 12 834 656

Salários e ordenados a pagar 68 77

Impostos, taxas e contribuições 13 728 690

Passivos regulatórios 09 1.527 -

Obrigações estimadas 14 652 568

Encargos setoriais 15 254 740

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 16 693 607

Repasses a realizar 17 570 -

Provisão para litígios 18 10 5

Outros débitos 19 196 352

NÃO CIRCULANTE 1.732 868

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.732 868

Fornecedores 12 - 116

Provisões para contigências 18 119 -

Contigências fiscais 20 752 752

Passivos regulatórios 09 10 -

Obrigacoes vinculadas ao serviço publico 04/O 851 -

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22 20.270 20.169

Capital social 6.187 6.126

Reserva legal 2.731 2.720

Fates 960 1.016

Fundo de manutenção 10.284 10.208

Sobras a disposição da AGO 21 108 99

TOTAL DO PASSIVO 27.534 24.732

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PASSIVO

31

Demonstração do Resultado

Do Exercício Societário

01/jan/16 01/jan/15

a a

NO TA 31/dez/16 31/dez/15

INGRESSO S O PERACIO NAIS 35.356 29.502

Fornecimento de energia 23 14.376 12.286

Uso do sistema de distribuição 23 19.289 16.189

Serviços 99 103

Outras receitas operacionais 1.592 924

DEDUÇÕ ES DO S INGRESSO S (10.749) (8.336)

Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.756) (5.808)

Encargos do consumidor 25 (3.993) (2.528)

INGRESSO S LÍQ UIDO S 24.607 21.166

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.856) (19.855)

Dispêndio com energia elétrica adquirida 26 (10.813) (10.042)

Custo com energia elétrica (54) (50)

Custo de operação

Pessoal (inclui remuneração a administradores) 27 (6.426) (6.413)

Material (303) (200)

Serviços de terceiros (1.589) (1.192)

Depreciação e amortização (927) (896)

Provisões (Reversão) (124) (7)

Outros (2.620) (1.055)

SO BRA BRUTA 1.751 1.311

O UTRAS DESPESAS E RECEITAS O PERACIO NAIS (1.908) (1.434)

Despesas com vendas (207) (66)

Despesas gerais e administrativas (1.332) (1.192)

Outras despesas operacionais (369) (176)

INGRESSO S (DISPÊNDIO S) FINANCEIRO S 387 331

Dispêndios financeiros 28 (233) (191)

Ingressos financeiros 28 620 522

SO BRAS ANTES DA CO NTR. SO CIAL E IR 230 208

IMPO STO S SO BRE ATO NÃO CO O PERATIVO 29 (24) (5)

Contribuição social (9) (2)

Imposto de renda (15) (3)

SO BRAS LÍQ UIDAS DO EXERCÍCIO 206 203

CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMO NSTRAÇÃO DAS SO BRAS DO EXERCÍCIO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PERÍO DO S

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

32

01/jan/16 01/jan/15

a a

NO TA 31/dez/16 31/dez/15

INGRESSO S O PERACIO NAIS 35.356 29.502

Fornecimento de energia 23 14.376 12.286

Uso do sistema de distribuição 23 19.289 16.189

Serviços 99 103

Outras receitas operacionais 1.592 924

DEDUÇÕ ES DO S INGRESSO S (10.749) (8.336)

Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.756) (5.808)

Encargos do consumidor 25 (3.993) (2.528)

INGRESSO S LÍQ UIDO S 24.607 21.166

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.856) (19.855)

Dispêndio com energia elétrica adquirida 26 (10.813) (10.042)

Custo com energia elétrica (54) (50)

Custo de operação

Pessoal (inclui remuneração a administradores) 27 (6.426) (6.413)

Material (303) (200)

Serviços de terceiros (1.589) (1.192)

Depreciação e amortização (927) (896)

Provisões (Reversão) (124) (7)

Outros (2.620) (1.055)

SO BRA BRUTA 1.751 1.311

O UTRAS DESPESAS E RECEITAS O PERACIO NAIS (1.908) (1.434)

Despesas com vendas (207) (66)

Despesas gerais e administrativas (1.332) (1.192)

Outras despesas operacionais (369) (176)

INGRESSO S (DISPÊNDIO S) FINANCEIRO S 387 331

Dispêndios financeiros 28 (233) (191)

Ingressos financeiros 28 620 522

SO BRAS ANTES DA CO NTR. SO CIAL E IR 230 208

IMPO STO S SO BRE ATO NÃO CO O PERATIVO 29 (24) (5)

Contribuição social (9) (2)

Imposto de renda (15) (3)

SO BRAS LÍQ UIDAS DO EXERCÍCIO 206 203

CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMO NSTRAÇÃO DAS SO BRAS DO EXERCÍCIO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PERÍO DO S

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

SALDOS 31/DEZ./14 6.060 2.700 1.090 10.139 13.929 64 20.053

1 - AUMENTO DE CAPITAL - -

- Integralização/devolução de quotas 2 - - - 2

2 - AUMENTO DE RESERVAS - -

- Destinações estatutárias e legais 20 15 69 104 (104) -

- Destinações AGO 64 - - (64) -

3 - DIMINUIÇÃO DE RESERVAS - -

- Realização da Fates (89) (89) (89)

- Destinaçào Sobras para Investimento em Geração - -

4 - SOBRAS APURADAS NO EXERCÍCIO - 203 203

SALDOS 31/DEZ./15 6.126 2.720 1.016 10.208 13.944 99 20.169

1 - AUMENTO DE CAPITAL - -

- Integralização/devolução de quotas 2 - - 2

2 - AUMENTO DE RESERVAS - -

- Destinações estatutárias e legais 11 11 76 98 (98) -

- Destinações AGO 59 40 - 40 (99) -

3 - DIMINUIÇÃO DE RESERVAS - -

- Realização da Fates (107) (107) - (107)

- Destinaçào Sobras para Investimento em Geração - - -

4 - SOBRAS APURADAS NO EXERCÍCIO - 206 206

SALDOS 31/DEZ./16 6.187 2.731 960 10.284 13.975 108 20.270

MUTAÇÕES DO PERIODO 61 11 (56) 76 31 9 101

FATESFUNDO DE

MANUTENÇÃOTOTAIS

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(Valores expressos em milhares de Reais)

EVENTOS CAPITAL SOCIAL

RESERVAS ESTATUTÁRIASSOBRAS (PERDAS)

A DISPOSIÇÃO DA

AGO

TOTAISFUNDO DE RESERVA

LEGAL

Demonstração das Mutações

Do Patrimônio Líquido Societário

33

01/jan/16 01/jan/15

a a

31/dez/16 31/dez/15

Fluxos de Caixa das Atividades O peracionais

Recebimentos de Consumidores 34.235 27.759

Pagamentos a Fornecedores (3.675) (3.460)

Fornecedores Energia Elétrica Comprada (10.594) (9.744)

Salários e Encargos Sociais (5.891) (6.539)

Caixa Gerada pelas O perações 14.075 8.016

Encargos Setoriais (3.697) (1.327)

T ributos Federais (IRPJ, CSLL, IRRF, PIS, COFINS) (469) (123)

T ributos Estaduais (ICMS) (6.265) (5.266)

T ributos Municipais (COSIP, ISSQN) (43) (37)

Fluxo de Caixa Antes dos Itens Extraordinários 3.601 1.263

Indenizações (88) (38)

Associações e Convênios (1.415) (304)

Viagens (25) (10)

Outras Receitas e Despesas 79 336

Caixa Líquida Provenientes das Atividades O peracionais 2.152 1.247

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos

Compra de Ativo Imobilizado (1.651) (1.312)

Recebido pela Venda de Imobilizado 15 24

Juros Recebidos - (4)

Investimentos em Geração (10) (3)

Caixa Líquida usada nas Atividades de Investimentos (1.646) (1.295)

Fluxos de Caixa das Atividades Financeiras

Devolução (Adiantamento) Funcionários - -

Devolução (Adiantamento) a Fornecedor - -

Receitas de Aplicações Financeiras 188 103

Despesas Bancárias (240) (7)

Outras Devoluções - (1)

Caixa Líquida usada nas Atividades Financeiras (52) 95

Aumento (Redução) Líquido no Caixa e Equivalentes à Caixa 454 47

Caixa e Equivalentes à Caixa no Começo do Período 1.505 1.458

Caixa e Equivalentes à Caixa no Fim do Período 1.959 1.505

Variação pelo Caixa 454 47

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMO NSTRAÇÃO DO S FLUXO S DE CAIXA

(Valores expressos em milhares de Reais)

(Método Direto)

PERÍO DO S

Demonstração do Fluxo

de Caixa Societário

34

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

Demonstração do Valor Adicionado

01/jan/16 01/jan/15

a a

31/dez/16 31/dez/15

GERAÇÃO DO VALO R ADICIO NADO

RECEITA BRUTA 35.149 29.437

Venda de energia e serviços 35.356 29.502

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (207) (65)

(-) INSUMO S ADQ U. DE TERCEIRO S (15.476) (13.311)

Outros insumos adquiridos (2.645) (898)

Material e serviços de terceiros (12.831) (12.413)

(=) VALO R ADICIO NADO BRUTO 19.673 16.126

(-) RETENÇÕ ES (927) (896)

Depreciação do período (927) (896)

(=) VALO R ADICIO NADO LÍQ UIDO 18.746 15.230

(+) VALO RES REC. DE TERCEIRO S 386 331

Receitas (Despesas) financeiras 386 331

(+) VALO R ADICIO NADO A DISTRIBUIR 19.132 15.561

(=) DISTRIB. DO VALO R ADICIO NADO 19.132 15.561

Pessoal 7.074 5.915

Remunerações 4.796 4.375

Encargos sociais (exceto INSS) 439 344

Auxílio alimentação 399 517

Convênio assistencial e outros benefícios 1.092 490

Custos imobilizados 210 156

Provisão trabalhista 138 33

Governo 11.852 9.443

INSS (sobre folha de pagamento) 1.068 1.089

ICMS 6.697 5.760

Imposto de renda e contribuição social 24 4

Outros (PIS/ COFINS/ enc.setoriais, outros) 4.063 2.590

Financiadores - -

Juros e variações cambiais - -

Aluguéis - -

Cooperados 206 203

Remuneração do capital próprio - -

Sobras retidas 206 203

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMO NSTRAÇÃO DO VALO R ADICIO NADO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PERÍO DO S

35

Agradecimentos

Ao fim do exercício social de 2016, queremos agradecer a DEUS, aos

membros do Conselho de Administração, e, estender esse agradecimento a todos os

consultores, fornecedores, parceiros e demais envolvidos direta ou indiretamente em

nosso principal objetivo que é a distribuição de energia elétrica com qualidade.

Agradecemos também aos membros do Conselho Fiscal que se mantiveram

atuantes e concisos no debate de questões de maior interesse para CERGAL.

Demonstramos ainda, nosso sincero reconhecimento à dedicação e empenho

do quadro funcional, extensivamente aos associados e consumidores, bem como a

todos os demais, que contribuíram para o cumprimento da missão desta

permissionária.

Tubarão, 31 de Dezembro de 2016.

A Administração.

36

COOPERATIVA DE ELETRIFICACÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

(Valores expressos em milhares de Reais)

NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL

A Cooperativa é uma sociedade de pessoas, de natureza civil, com sede na

cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina e tem como principal objetivo promover

o desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação, por meio da distribuição e

comercialização de energia elétrica. A entidade é regida pela Lei nº 5.764, de 16 de

dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista no país, atuando no

ramo de infraestrutura, no setor de distribuição de energia elétrica, sendo tal atividade

regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao

Ministério de Minas e Energia. A permissão para atuar no setor de distribuição de

energia elétrica tem prazo único de 20 (vinte anos), contados a partir de 30 de outubro

de 2008.

NOTA 02 - DA PERMISSÃO

As áreas de permissão estão situadas nos municípios de Tubarão, Jaguaruna,

Laguna e Gravatal, todos no Estado de Santa Catarina, e são aquelas delimitadas

durante a instrução do processo administrativo nº 48500.001491/2000-84 de

regularização da COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI –

CERGAL, especificadas na resolução homologatória nº 526, de 31 de julho de 2007 e

homologadas pela resolução autorizativa nº 1.566, de 23 de setembro 2008,

constantes do contrato de permissão assinado em 30/out./2008.

NOTA 03 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as

práticas contábeis adotadas no Brasil conjugadas com a legislação específica

emanada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e normas da Comissão

Notas Explicativas das

Demonstrações Contábeis Societárias

37

de Valores Mobiliários, observando as diretrizes contábeis da legislação societária (Lei

nº 6.404/76) que incluem os novos dispositivos introduzidos pela Lei nº 11.638, de 28

de dezembro de 2007 e Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, assim como o CPC

PMEs. Tais dispositivos tiveram como principal objetivo atualizar a legislação

societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas

adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de

contabilidade que são emitidas pelo Internacional Accouting Standard Board – IASB.

A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL promoveu a revisão das

normas e procedimentos contidos no Plano de Contas do Serviço Público de Energia

Elétrica, instituindo um documento denominado de Manual de Contabilidade do Setor

Elétrico, contendo o plano de contas, instruções contábeis e roteiro para divulgação de

informações econômicas, financeiras e socioambientais resultando em importantes

alterações nas práticas contábeis e de divulgação, até então aplicáveis, às empresas

do setor. As normas contidas no referido Manual são de aplicação compulsória a partir

de 1º de janeiro de 2015.

A) BASE DE MENSURAÇÃO

As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo histórico.

Administração da permissionária definiu que sua moeda funcional é o Real de

acordo com as normas descritas no CPC 02(R2) e Resolução CFC Nº 1.295/10 –

Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações

Contábeis.

B) ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

A elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas

adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e

registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas

estimativas e premissas incluem o valor do ativo indenizado, residual do ativo

intangível, estoques, provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para

perdas trabalhistas e cíveis e provisões de ganho em processo civil. A liquidação das

transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos

estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A

Administração da Cooperativa revisa essas estimativas e premissas pelo menos

anualmente.

NOTA 04 - PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

Dentre os principais procedimentos adotados para a elaboração das demonstrações contábeis, emanadas das disposições da legislação societária, destacamos:

38

A) CAIXAS E EQUIVALENTES DE CAIXA

Compostos por valores em espécie e depósitos bancários disponíveis, as quais

estão demonstradas ao custo, acrescidas das remunerações contratadas,

reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis.

B) APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Investimentos financeiros de médio e longo prazo, que se concentram em

valores imobiliários de baixo risco e aplicações em instituições financeiras de primeira

linha que são substancialmente remuneradas com base em percentuais conhecidos no

mercado.

C) CONSUMIDORES DE ENERGIA A RECEBER

Engloba as contas a receber com fornecimento de energia e uso da rede,

faturado e não faturado, este por estimativa, serviços prestados, acréscimos

moratórios e outros, até a data do balanço, contabilizado com base no regime de

competência. São considerados ativos financeiros classificados como empréstimos e

recebíveis.

D) PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

A provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD é reconhecida em

valor considerado suficiente pela administração para cobrir as prováveis perdas na

realização das contas a receber de consumidores e títulos a receber, cuja recuperação

é considerada improvável. A PCLD é constituída com base nos valores a receber dos

consumidores da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial

vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural, poderes públicos,

iluminação pública e serviço s públicos vencidos há mais de 360 dias. Considera

também uma análise individual dos títulos a receber e do saldo de cada consumidor,

de forma que se obtenha um julgamento adequado dos créditos considerados de difícil

recebimento, baseando-se na experiência da Administração em relação às perdas

efetivas, na existência de garantias reais, entre outros.

E) ESTOQUE

Os materiais em estoque classificados no ativo circulante, e aqueles destinados

a investimentos (Imobilizado), estão registrados ao custo médio de aquisição.

F) ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS

Os efeitos contábeis e financeiros produzidos pelas revisões e reajustes

tarifários, e que geraram valores de ativos e passivos regulatórios, os quais são

controlados através de registros conforme determina a Agência Nacional de Energia

39

Elétrica – ANEEL, não afetam as demonstrações contábeis societárias da

permissionária, em razão destes valores serem de natureza regulatória.

Em 25 de novembro de 2014 a ANEEL decidiu aditar os contratos de

concessão e permissão, das companhias de distribuição de energia elétrica

brasileiras, com vistas a eliminar eventuais incertezas, até então existentes, quanto ao

reconhecimento e à realização das diferenças temporais, cujos valores são

repassados anualmente na tarifa de distribuição de energia elétrica – Parcela A e

outros componentes financeiros, incluídos no processo que estabelece o denominado

Índice de Reajuste Tarifário-IRT.

O Comunicado Técnico CTG 08, aprovado pelo Conselho Federal de

Contabilidade – CFC, considera que o aditamento aos Contratos de Concessão e

Permissão, representa um elemento novo que elimina, a partir da adesão (assinatura)

das Concessionárias e Permissionárias aos referidos contratos, as eventuais

incertezas quando à probabilidade de realização do ativo ou exigibilidade do passivo

desses itens originados das discussões tarifárias entre as entidades e o regulador, e

que até então eram consideradas impeditivas para o reconhecimento desses ativos e

passivos.

Conforme consta do CTG 08, a partir das alterações e aditivos aos contratos de

concessão ou permissão, referidos ativos e passivos passam a ser qualificados como

financeiros e, portanto, devendo ser registrados nas demonstrações contábeis das

distribuidoras de energia elétrica.

A cooperativa CERGAL assinou o respectivo Termo Aditivo ao Contrato de

Permissão ao final de 2015, desta forma contabilizando estes ativos e passivos

regulatórios na escrita contábil societária a partir de 2016.

G) PERMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO (ATIVO INDENIZADO)

Refere-se à parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados

até o final da permissão classificada como um ativo financeiro por ser um direito

incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder

concedente, decorrente da aplicação das Interpretações Técnicas ICPC 01 (R1) –

Contrato de concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contrato de concessão.

Essa parcela de infra-estrutura classificada como ativo financeiro é remunerada

por meio do denominado WACC regulatório, que consiste na remuneração do

investimento e que é cobrada mensalmente na tarifa dos clientes.

H) IMOBILIZADO

Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido de depreciação

calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados

nas respectivas Unidades de Cadastro - UC, conforme determina a Resolução

Normativa 674/2015. Em função do disposto nas Instruções Contábeis do Manual de

Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, os juros, encargos financeiros e variações

40

monetárias relativos aos financiamentos obtidos de terceiros, efetivamente aplicados

no imobilizado em curso, estão registrados neste subgrupo como custo. Destaca-se

que os bens que compõem o Ativo Imobilizado da permissionária estão subdivididos,

no balanço patrimonial, entre Imobilizado, Ativo Indenizado e Intangível. Os bens

classificados como Imobilizado são aqueles relacionados a atividade administrativa da

permissionária ou bens que não estão vinculados ao serviço público de distribuição de

energia elétrica.

I) INTANGÍVEL

Compreende o direito de uso da infraestrutura, construída ou adquirida pelo

operador ou fornecida para ser utilizada pela outorgante como parte do contrato de

permissão do serviço público de energia elétrica (direito de cobrar dos usuários do

serviço público por ela prestado), em consonância com as disposições das

Deliberações CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, 677, de 13 de dezembro de

2011 e 654, de 28 de dezembro de 2010, que aprovam respectivamente o CPC 04

(R1) – Ativos Intangíveis, os ICPC 01 (R1) – Contrato de Concessão e ICPC 17

Contrato de Concessão: Evidenciação e o OCPC 05 – Contrato de Concessão.

É avaliado ao custo de aquisição/construção, deduzido da amortização

acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.

J) ENCARGOS SETORIAIS - TAXAS REGULAMENTARES

a) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)

Tem o objetivo de promover o desenvolvimento energético dos Estados e a

competitividade da energia produzida, a partir de fontes alternativas, nas áreas

atendidas pelos sistemas interligados, permitindo a universalização do serviço de

energia elétrica. Os valores a serem pagos também são definidos pela ANEEL.

b) Programas de Eficiência Energética (PEE) – Pesquisa e Desenvolvimento

(P&D) – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e

Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

São programas de reinvestimento exigidos pela ANEEL para as distribuidoras

de energia elétrica, que estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% de sua receita

operacional líquida para aplicação nesses programas. A partir de maio de 2016, as

cooperativas permissionárias não possuem mais a obrigação de investir estes valores

em PEE e P&D, permanecendo apenas os saldos remanescentes de competências

anteriores.

c) Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE) Os valores da taxa de fiscalização incidentes sobre a distribuição de energia

elétrica são diferenciados e proporcionais ao porte do serviço concedido, calculados

41

anualmente pela ANEEL, considerando o valor econômico agregado pelo

concessionário e permissionário.

d) Bandeiras Tarifárias A partir de 1º de julho de 2015, as contas de energia passaram a trazer o

Sistema de Bandeiras Tarifárias. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se

a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade,

da seguinte forma:

• Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre

nenhum acréscimo;

• Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo

de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

• Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo

de R$ 0,045 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Os valores arrecadados dos consumidores são repassados ao Agente

controlados/regulador para subsidiar o aumento dos custos de geração de energia

elétrica do País.

L) RECONHECIMENTO DE RECEITA A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios

econômicos serão gerados para a Permissionária e quando possa ser mensurada de

forma confiável. A receita líquida é mensurada com base no valor justo da

contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e encargos sobre

vendas.

a) Receita Não Faturada Corresponde à receita de fornecimento de energia elétrica, entregue e não

faturada ao consumidor, e à receita de utilização da rede de distribuição não faturada,

calculada em base estimada, referente ao período após a medição mensal e até o

último dia do mês.

M) SALÁRIOS E ORDENADOS PAGAR

Estão demonstrados pelos valores das obrigações com salários de funcionários

e com honorários de dirigentes, devidos até a data do balanço.

N) PROVISÃO DE FÉRIAS

Foi constituída para cobertura de 1/3 das férias vencidas e proporcionais,

acrescidas dos respectivos encargos sociais até a data do balanço.

42

O) OBRIGAÇÕES VINCULADAS A PERMISSÃO

Representa um passivo financeiro, constituído por valores e/ou bens recebidos

de Municípios, de Estados, da União Federal e de consumidores em geral, relativos a

doações e participação em investimentos realizados em parceria com a Outorgada,

não sendo admitida nenhuma baixa, a qualquer título, neste Subgrupo, sem a prévia

anuência do Órgão Regulador. Inclui também neste subgrupo os recursos de Pesquisa

e Desenvolvimento - P&D e Pesquisa de Eficiência Energética - PEE aplicados no

Ativo Imobilizado.

P) OUTROS DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Demais ativos e passivos circulantes e de longo prazo estão atualizados até a

data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos.

Q) APURAÇÃO DAS SOBRAS

As sobras são apuradas pelo regime de competência.

NOTA 05 – APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO E TÍTULOS DE VALORES

MOBILIÁRIOS

Instituição financeira Tipo de aplicação Vencimento Remuneração 2016 2015

Banrisul CDB Indeterminado CDI 146 212

Banco do Brasil CDB Indeterminado CDI 308 -

Bradesco Hiper fundo Indeterminado 0,55% a.m 287 266

CEF CBD Indeterminado CDI 566 232

Bradesco CBD Indeterminado CDI 439 -

TOTAL 1.746 710

NOTA 06 – CONSUMIDORES DE ENERGIA A RECEBER

A) COMPOSIÇÃO DAS CONTAS A RECEBER

Legislação Societária

2016 2015

Residencial 2.064 1.963

Comercial 555 544

Industrial 696 459

Rural 112 146

Poder público 23 23

43

Serviço público 32 14

Iluminação pública 0 103

Renda não faturada 2.043 1.574

Outros serviços a receber 49 635

Cosip 270 193

Total 5.844 5.654

A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em

conformidade com o que determina o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico,

enquadrados nas seguintes situações:

1) Consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias;

2) Consumidores comerciais vencidos a mais de 180 dias;

3) Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública e

serviços públicos vencidos há mais de 360 dias.

Em 2014 houveram baixas das faturas consideradas não recebíveis pela

permissionária, nas contas de “Provisão para crédito de liquidação duvidosa” e

“Consumidores de energia a receber”, de acordo com critérios conhecidos pela

administração e respectivos dados históricos da permissionária.

NOTA 07 – IMPOSTOS A RECUPERAR

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

ICMS s/ Ativo Imobilizado 92 102

IR s/ Aplicação Financeira 166 134

IR s/ Aluguel de Postes 18 -

CSLL Retidos 32 25

Total 308 261

LONGO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

ICMS sobre ativo imobilizado 117 116

Total 117 116

44

Valores de impostos e contribuições a serem compensados ou ressarcidos a

curto e longo prazo.

NOTA 08 – SERVIÇOS EM CURSO

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Projetos de PEE e P&D 270 265

Serviços Próprios 2 3

Reformas e Benfeitorias Administrativas Central 3 -

Total 275 268

LONGO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Projetos de PEE e P&D 151 76

Total 151 76

Valores referentes a serviços ainda não concluídos dos quais produzirão

aumento do ativo imobilizado ou despesa, dependendo da característica e origem do

serviço.

NOTA 09 – ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS

ATIVOS

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Neutralidade da Parcela A – Proinfa, CDE, Tx de fiscalização

195 -

Cusd Energia – PIS/COFINS 301 -

Total 496 -

45

PASSIVOS

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Neutralidade da Parcela A – Proinfa, CDE, Tx de fiscalização

211 -

Cusd Energia – DIC/FIC Supridora 36 -

Bandeiras tarifárias credoras / a devolver 1.280 -

Total Curto Prazo 1.527

LONGO PRAZO

Receita ultrapassagem de demanda 6

Receita consumo reativo 4 -

Total Longo Prazo 10 -

NOTA 10 – OUTROS CRÉDITOS

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Adiantamento de salário/férias/outros 65 81

Taxas regulamentares antecipadas - 77

Parcelamento e outros valores a receber 9 42

Aluguel de infra-estrutura 32 14

Subsídios e subvenções 52 56

Outros 90 19

Desativações/alienações em curso (47) (48)

Total 201 241

LONGO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Processo ajuizado (W1) 406 406

Total 406 406

46

W1 – Processo civil ajuizado contra funcionário, no qual o parecer da decisão é

favorável à permissionária, onde a mesma possui bens bloqueados a seu favor.

NOTA 11 – ATIVO IMOBILIZADO

Com base nas características estabelecidas no contrato de permissão de

distribuição de energia elétrica da cooperativa, a Administração entende que estão

atendidas as condições para a aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) –

Contrato de Concessão, a qual fornece orientações sobre a contabilização de

permissões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio

de distribuição elétrica, abrangendo:

(a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados

até o final da permissão classificada como um ativo financeiro indenizável por ser um

direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder

concedente; e

(b) Parcela remanescente à determinação do ativo financeiro (valor residual)

classificada como um ativo intangível em virtude de a sua recuperação estar

condicionada à utilização do serviço público, neste caso, do consumo de energia pelos

consumidores.

Com base na aplicação das Interpretações Técnicas ICPC 01 (R1) – Contrato

de concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contrato de concessão, o Ativo

Imobilizado está demonstrado nas demonstrações contábeis pelos seguintes itens:

ATIVO INDENIZÁVEL (PERMISSÃO)

A indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos

vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham

sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço

concedido.

A permissão não é onerosa, desta forma, não há obrigações financeiras fixas e

pagamentos a serem realizados ao Poder Concedente. O contrato de permissão prevê

R$ (Mil)

2016 2015

Ativo Indenizável (Permissão) 5.786 5.041

Intangível 10.329 9.348

Imobilizado 1.802 1.874

Total 17.917 16.263

47

a possibilidade de prorrogação da vigência a critério exclusivo do Poder Concedente,

mediante requerimento da permissionária.

A agência reguladora (ANEEL) é responsável por estabelecer a vida útil-

econômica estimada de cada bem integrante da infra-estrutura de distribuição, para

efeitos de determinação da tarifa, bem como para apuração do valor da indenização

dos bens reversíveis no vencimento do prazo da permissão. Essa estimativa é

revisada periodicamente e aceita pelo mercado como uma estimativa

razoável/adequada para efeitos contábeis e regulatórios e que representa a melhor

estimativa de vida útil dos bens.

INTAGIVEL

A Administração da permissão entende que a amortização do ativo intangível

deve respeitar a vida útil estimada de cada bem integrante do conjunto de bens

tangíveis contidos na infra-estrutura de distribuição. Assim sendo, esses bens devem

ser amortizados individualmente, respeitando a vida útil de cada um deles, limitada ao

prazo de vencimento da permissão. Como resultado da utilização desse critério de

amortização, o total do ativo intangível será sempre amortizado de forma não linear.

O valor residual de cada bem que ultrapassa o prazo do vencimento da

permissão está alocado como Permissão do Serviço Público (Ativo Financeiro).

IMOBILIZADO

Bens pertencentes a permissionária que não estão vinculados ao serviço

público de energia elétrica e não fazem base para mensuração dos custos do serviço

e assim não terá indenização através das tarifas de energia.

NOTA 12 - FORNECEDORES

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Celesc 469 484

Materiais e serviços 365 172

Total 834 656

LONGO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Celesc – Parcelado - 116

Total - 116

48

NOTA 13 – IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

INSS – Folha de pagamento 104 98

FGTS – Folha de pagamento 27 25

ICMS a recolher 540 539

INSS s/ Terceiros 1 1

PIS – Folha de pagamento 3 3

ISS s/ Terceiros 4 2

CSLL – Contribuição Social s/ Lucro Líquido 12 8

PIS / COFINS a recolher 9 5

IRPJ a Recolher 22 -

Outros tributos a recolher 6 9

Total 728 690

NOTA 14 – OBRIGAÇÕES ESTIMADAS

Legislação Societária

2016 2015

Provisão de INSS férias 140 124

Provisão de FGTS férias 38 33

Férias 474 411

Total 652 568

49

NOTA 15 – ENCARGOS SETORIAIS

Legislação Societária

2016 2015

Quota da conta de desenvolvimento energético - CDE 171 281

Encargos ex-isolados - -

Taxa de Fiscalização 5 4

Bandeiras tarifárias do período 78 455

Total 254 740

NOTA 16 – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Saldos

FNDCT MME P&D PEE Total

Em 2014

8 4 177 369 557

Constituições

40 20 40 101 202

Juros Selic

- - 7 27 34

Estorno cálculo a maior

- - - - -

Estorno correção a maior

- - - - -

Utilizado em Projeto

- - (125)

(125)

Recolhimentos

(41) (20)

(61)

Em 2015

7 4 99 497 607

Constituições

31 15 31 79 156

Juros Selic

- - 2 49 50

Estorno cálculo a maior

(9) (5) (10) (44) (69)

Estorno correção a maior

- - (1) (4) (5)

Utilizado em Projeto

- - (3)

(3)

Recolhimentos

(29) (14)

(43)

Em 2016

- - 117 576 693

50

NOTA 17 – REPASSES A REALIZAR

Referem-se a valores de iluminação pública cobrados dos consumidores,

recebidos ou a receber, que serão utilizados para quitar as faturas de energia elétrica

dos poderes públicos. Após a quitação destas faturas, o valor restante será repassado

aos mesmos.

NOTA 18 – PROVISÃO PARA LITIGIOS – CIVEIS E TRABALHISTAS

Com base nas análises efetuadas pela assessoria jurídica da entidade, os riscos

de perda dessas causas foram classificados como “Remotos” ou “Possíveis”,

dispensando o registro contábil dessas contingências, conforme disposto na

Resolução CFC Nº 1.180/09 (NBC TG 25).

Não houve causas classificadas como “Prováveis”, no entanto, por prudência a

permissionária mantem alguns valores provisionados em curto e longo prazo,

conforme demonstrado abaixo:

PROVISÃO PARA LITIGIOS Legislação Societária

2016 2015

CURTO PRAZO

Causas trabalhistas 5 5

Causas cíveis 5 -

Total curto prazo 10 5

LONGO PRAZO

Causas cíveis 119 -

Total longo prazo 119 -

NOTA 19 – OUTROS DÉBITOS

CURTO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Convênios - repasses consig./contrib.sind./plan.saúde 149 111

Investimentos a pagar (quotas PCH) 47 48

COSIP- Faturamento / Repasse - 193

Total 196 352

51

NOTA 20 - CONTINGÊNCIAS FISCAIS

LONGO PRAZO Legislação Societária

2016 2015

Processo PIS e COFINS 752 752

Total 752 752

Processo administrativo fiscal na Receita Federal do Brasil de períodos

anteriores, referente ao PIS e COFINS sobre o faturamento, pendente de decisão na

10ª Turma de Recursos (SP). Com base no parecer da assessoria jurídica e matérias

atreladas ao assunto, estima-se o pagamento de R$ 752 mil a longo prazo.

NOTA 21 - DESTINAÇÕES ESTATUTÁRIAS

As destinações estatutárias foram calculadas de acordo com o estatuto social,

conforme quadro a seguir:

Demonstrativo da Base de Cálculo 2016 2015

Resultado do Exercício 230 207

(-) CSLL 9 1

(-) IRPJ 15 3

(=) Sobras líquidas do exercício 206 203

(D) Sobras com associados 216 197

(E) Resultado com terceiros (10) 6

Resultado do exercício 206 203

Demonstrativo das Destinações Estatutárias e Legais

F) Reserva Legal = 10% sobre sobras – resultado negativo

com terceiros 11 20

G) Fundo de Assistência Técnica Educacional Social

(FATES) = (5%) + (Resultado com terceiros) 11 15

52

H) Reserva de Manutenção, Ampliações e Melhorias -

35% 76 69

I) Total das destinações 98 104

J) Sobras à disposição da AGO 108 99

NOTA 22 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

O capital social em 31 de dezembro de 2016, que representa R$ 6.187 mil, é

constituído de quotas-parte conforme artigo 12º e seus parágrafos do Estatuto Social:

“O Capital da Cooperativa, representado por quotas-parte, não terá limite quanto ao

máximo, variará conforme o número de quotas subscritas, mas não poderá ser inferior

a R$ 200,00 (duzentos reais).

Reservas de Sobras

Legislação Societária

Reserva das Sobras 2016 2015

Reserva legal 2.731 2.720

Fundo de assistência técnica educacional – FATES 960 1.016

Fundo de expansão e manutenção sistema distribuição 10.284 10.208

Sobras à disposição da AGO 108 99

Total 14.083 14.043

São constituídas conforme artigo 45 do Estatuto Social: “Das sobras verificadas em

cada setor de atividade serão deduzidas os seguintes percentuais: a) 10% para o

Fundo de Reserva; b) 5% para o FATES e c) 35% para o Fundo de Manutenção

Aplicações e Melhorias”.

Reserva Legal: de caráter indivisível para distribuição entre os associados, é de

constituição obrigatória (Fundo de Reserva) nos termos da Lei nº 5.764/71. Tem como

53

base a destinação de 10% das sobras do exercício social, de eventuais destinações a

critério da Assembleia Geral e se destina a cobertura de perdas decorrentes dos atos

cooperativos e não cooperativos.

Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social: de caráter indivisível para

distribuição entre associados, é de constituição obrigatória nos termos da Lei nº

5.764/71. Tem como base a destinação de 5% das sobras líquidas do exercício social

e pelo resultado das operações com terceiros, destinando-se a cobertura de gastos

com assistência técnica, educacional e social dos associados e seus dependentes,

assim como de seus colaboradores.

Reserva de Ampliação, Manutenção e Melhoria: é constituído estatutariamente por

35% das sobras líquidas do exercício social, de eventuais destinações da Assembleia

Geral e se destina a cobrir investimentos e/ou despesas de manutenção e ampliação

das redes de distribuição.

Sobras a Disposição da Assembleia Geral Ordinária: são as sobras liquidas das

destinações das reservas acrescidas as suas reversões. Ficam à disposição da

Assembleia Geral Ordinária para deliberação quanto a sua destinação.

NOTA 23 – FORNECIMENTO DE ENERGIA

Legislação Societária

2016 2015

Residencial 16.205 13.273

Industrial 9.312 8.460

Comercial 4.140 3.664

Rural 908 863

Poder publico 444 326

Iluminação pública 1.108 923

Serviço público 183 139

Renda não faturada 1.552 1.574

(-) Renda não faturada - exercício anterior (1.574) (1.450)

Transferência Tusd de consumidores cativos (19.289) (16.189)

(-) Ultrapassagem de demanda (32) (38)

(-) Excedente de reativo (31) (71)

54

Transferência Receita Tusd 19.289 16.189

Neutralidade parcela "A" - Formação e

Realização (29) 98

Impacto revisão tarifária 2012

postergada/realização 314 714

Impacto bandeiras tarifárias credoras –

Realização 640 -

Impacto revisão tarifária 2012 postergada –

Ajuste 525 -

Total 33.665 28.475

NOTA 24 – TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RECEITA

Legislação Societária

2016 2015

Pis / Pasep 11 9

Cofins 48 40

Icms sobre o faturamento 6.697 5.759

Total 6.756 5.808

NOTA 25 – ENCARGOS DO CONSUMIDOR

Legislação Societária

2016 2015

Pesquisa e desenvolvimento - P&D 28 40

FNDCT 29 40

MME 15 20

Programa de eficiência energética - PEE 65 101

Conta de desenvolvimento energético - CDE 3.044 1.063

Bandeiras tarifárias 812 1.264

Total 3.993 2.528

55

NOTA 26 – DISPENDIO COM ENERGIA ELÉTRICA

Legislação Societária

2016 2015

Energia comprada p/ revenda 10.463 9.227

Celesc ultrapassagem - montante kwh-2014 - 410

IF cusd energia (pis/cofins) – ajuste (451) (300)

IF cusd energia (pis/cofins) – realização 350 297

Proinfa 419 404

IF cusd energia (dic/fic supridora) - realização 32 4

Total 10.813 10.042

NOTA 27 – DESPESAS DE PESSOAL

Legislação Societária

2016 2015

Remunerações 1 3.473 3.422

Encargos sociais e FGTS 2 1.684 1.644

Auxilio alimentação 3 559 535

Convênio assistencial e outros benefícios 4 625 618

Roupas profissionais 5 94 72

Seguros 6 72 68

Auxílio transporte 7 20 15

Capacitação e treinamento 8 24 22

Outros 13 165

(-) Transferência para ordens em curso 9 (138) (148)

Total 6.426 6.413

NOTA 28 – RESULTADO FINANCEIRO

Os encargos financeiros e os ingressos e variações monetárias estão

distribuídos por macro atividade e apropriados no resultado.

Despesas financeiras Legislação societária

2016 2015

Outras despesas 3 6

Atualização Monetária Ultrapassagem CELESC - 51

Despesas Selic – P&D e PEE 45 33

Variações monetárias – Passivos Regulatórios 185 101

TOTAL 233 191

56

Receitas financeiras Legislação societária

2016 2015

Receitas de aplicações financeiras 188 97

Rendas

Encargos financeiros sobre energia 231 229

Outras – Receitas financeiras – Deságil s/crédito icms 195 189

Variações monetárias – Ativos Regulatórios 6 7

TOTAL 620 522

NOTA 29 – PROVISÕES PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

O cálculo das provisões para o imposto de renda e a contribuição social, foi

efetuado obedecendo ao disposto na legislação fiscal e a Lei nº 5.764/7l, (Sociedades

Cooperativas), que define operações com associados e com terceiros.

A Lei nº 5.764/7l define como isenta as operações com associados, portanto o

imposto de renda foi calculado somente sobre as operações com terceiros na forma da

legislação vigente ou à alíquota de 15% sobre a base de cálculo, acrescido de

adicional de 10% sobre o que exceder o limite de R$ 20.000,00 mensais.

Contribuição Social – foi calculada a alíquota de 9% da base de cálculo sobre a

receita com terceiros (não associados). No exercício de 2015, a Cooperativa apurou

resultado negativo nas operações com não associados (ato não cooperativo).

NOTA 30. RECLASSIFICAÇÃO DE CONTAS - COMPARABILIDADE

Para efeito de comparabilidade foram realizadas alterações nas seguintes

rubricas nas demonstrações contábeis de 2016 em relação com o período de 2015,

conforme segue:

57

W1 - As obrigações vinculadas a permissão (passivo) que vinham sendo

reclassificadas (redutora) para o Intangível/Imobilizado, com a vigência do novo

manual de contabilidade das empresas de energia elétrica, esta classificação não é

mais exigida.

W2 – Com o aumento dos valores dos repasses aos órgão públicos, para a

demonstração de 2016 foi criado rubrica distinta para melhor apresentação destes

valores.

NOTA 31. Informações por Segmento e Atividades de Negócios

31.1. Distribuição de Energia: é composta de linhas, redes, subestações e demais

equipamentos associados e tem por finalidade: a) distribuir energia elétrica e garantir o

livre acesso ao sistema para os fornecedores e consumidores; b) permitir o

fornecimento de energia elétrica a consumidores e; quando for o caso, c) garantir o

suprimento de energia elétrica a outras concessionárias e permissionárias.

31.2. Áreas Geográficas - Os segmentos e atividades de negócios de distribuição e

comercialização de energia elétrica são desenvolvidos nos municípios de Tubarão,

Gravatal, Jaguaruna e Laguna, todos localizados no Estado de Santa Catarina.

NOTA 32. Plano de saúde e Outros benefícios aos colaboradores

A permissionária oferece para seus colaboradores:

- Plano de saúde Unimed

- Plano odontológico;

- Cartão alimentação;

- Seguro de vida;

- Mantém também bolsa de estudos aos colaboradores, custeando50% da

mensalidade englobando cursos regulares e de extensão, nível superior e

profissionalizante dentro da área profissional e 100% da mensalidade do curso técnico

em eletrotécnica.

- Convênio para saúde ocupacional e segurança no trabalho firmado com a empresa

Macroseg;

- Disponibilização de uniformes;

- Vacina gratuita da Gripe H1N1.

58

NOTA 33. Transações com Partes Relacionadas

Não houve transação com partes relacionadas nos exercícios de 2016 e 2015.

A título de remuneração da diretoria “chaves – administrativa” do pessoal da

administração, foram pagos durante o exercício:

Legislação Societária

2016 2015

Remuneração Diretoria

268,20 277,40

INSS

34,92 35,00

Total

303,12 332,88

NOTA 34. Seguros Os seguros são considerados suficientes para cobertura dos riscos

envolvidos, a especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais

seguros está demonstrada a seguir:

Data da Importância

Riscos vigência segurada Prêmio

Veículos 23/03/2016 a 23/03/2017 1.440,00 33,29

Edificações 27/02/2016 a 27/02/2017 2.500,00 12,07

Equipamentos nomeados - Na apólice contratada da HDI Seguros, foram segurados

os veículos abaixo relacionados:

01 Saveiro 1.6 Mi City TOTAL Flex 8V; ANO/MODELO 2004/2004 - MCG 8375;

01 Gol 1.6 MI Total Flex 8V 4 P; ANO/MODELO 2013/2014 – MKZ 1883;

01 Saveiro 1.6 Mi TOTAL Flex 8V; ANO/MODELO 2012/2013 - MJQ 1543;

01 GOL CITY (TREND) 1.0 Mi 4P; ANO/MODELO 2012/2013 - MJQ 1663;

01 Caminhão Volkswagen 13.180 Turbo ANO/MODELO 2002/2002 - MDC 6892;

01 Caminhão MB L 1418; ANO/MODELO 1995/1996 - GTK 4869;

01 Toyota Corolla GLI 1.8 FLEX, 16V. MEC. ANO/MODELO 2013/2014 - MLE 9650;

01 Saveiro 1.6 Mi City TotalFlex 8V ANO/MODELO - MFB 7416;

59

01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2009/2010 -

MHP 0311;

01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2010/2010 -

MID 3576;

01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2011/2011 -

MIT 3996;

01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 3.0 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2012/2013 -

MLF 5697;

01 Fiat UNO Furgão Fiorino 1.3 Fire Flex ANO/MODELO 2012/2013 - MJR 7603;

Todos segurados contra Danos Materiais, Danos Corporais, APP por Morte e

Invalidez.

60

Parecer do Conselho Fiscal

61

Parecer do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis Societárias

62

63

64

65

Relatório Anual da Administração

da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi

Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi: Associado, você é a razão da nossa

energia.

A CERGAL foi fundada em 10 de outubro de 1963 com o intuito de distribuir

energia elétrica nas áreas rurais do município de Tubarão.

A missão da CERGAL é atuar no setor de energia elétrica oferecendo produtos

(bens e serviços) com qualidade, confiabilidade e continuidade dos associados e

consumidores, resguardando o espírito cooperativista.

Temos ainda como visão ser referência como cooperativa em tecnologia,

serviços, comercialização, distribuição e autonomia maximizando seu nível de energia,

visando maior competitividade no setor de energia elétrica.

Nossos valores são: segurança e qualidade de vida no trabalho; fortalecer o

cooperativismo a participação e a solidariedade; valorização: pessoal e profissional do

colaborador e integração com a família; responsabilidade social e respeito ao meio

ambiente; ética e transparência.

Relatório da Administração Regulatório

66

Relatório da Administração

Senhoras e Senhores Associados,

A seguir, apresentamos o relatório das principais atividades

desenvolvidas no decorrer do exercício de 2016.

Tais especificidades primam para uma melhor apresentação dos

resultados aos sócios, autoridades e consumidores.

Em anexo estão as demonstrações contábeis, elaboradas em

concordância com a Legislação Societária vigente, acrescidas da Demonstração do

Valor Adicionado-DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa, ferramentas de relevância

para a divulgação do desempenho da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi

perante a sociedade, parceiros, investidores, órgão regulador e associados.

Cumprimos as determinações específicas de Demonstração de

Resultado, conforme Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, as quais são

compatíveis com os princípios fundamentais de contabilidade e determinados a todas

as Empresas Concessionárias e Permissionárias do Serviço Público de Energia

Elétrica, apesar de sermos uma Sociedade Cooperativa.

67

Carta do Presidente

Pessoas ligadas às comunidades de Passo do Gado, Madre e

Congonhas, de Tubarão, fundaram, em 10 de outubro de 1963, a CERGAL –

Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi, que iniciou suas atividades em 06 de

fevereiro de 1964. A CERGAL surgiu tendo como objetivo levar energia elétrica para

tais localidades, já que elas se encontravam isoladas da área urbana da cidade.

De 1967 até hoje, com a construção de novas redes, a Cooperativa

cresceu muito, passando a atender mais localidades. Atualmente a CERGAL atende

em todo o seu sistema 17.160 associados.

As melhorias da CERGAL são constantes. A Cooperativa investe

continuamente, visando sempre a continuidade e a qualidade da energia consumida

pelos associados/consumidores. A história revela que a atuação da CERGAL foi de

fundamental importância para o desenvolvimento de várias comunidades de Tubarão

onde foram construídas suas redes de energia elétrica. Assim, a CERGAL faz parte da

história da cidade onde contribuiu significativamente para o seu crescimento.

Presidente da CERGAL

Gelson José Bento

68

Cenário

A Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi é uma distribuidora de energia

elétrica que fornece energia nas cidades de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna,

seguindo as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Procuramos

prestar os melhores serviços há mais de 50 anos, sempre visando a qualidade e o

bem estar do associado/consumidor.

O destaque de 2016 foi à classe de consumo residencial com o incremento de

3,55% comparado a 2015 seguida da classe Industrial que obteve crescimento de

0,17%.

Acreditamos na valorização e qualificação de nossos colaboradores

proporcionando-lhes constantemente participações em seminários, palestras e cursos

voltados para o aperfeiçoamento dos mesmos nas mais diversas áreas, tais como:

Custeio de Ensino Fundamental, Médio, Cursos Técnicos, Graduações e Pós

Graduações (na área de atuação na empresa), Gestão de Cooperativas e

Cooperativismo, bem como também em treinamentos e cursos específicos como:

Segurança no trabalho, Reciclagem das Normas NR10, NR33 e NR35; Treinamento

em Altura com linha viva, Cursos na área de Planejamento Estratégico; Curso de

Formação de Auditores Internos; Organização Anual da CIPA e da SIPAT,

Treinamento sobre o Programa Cooperjovem; Nivelamento nos Aspectos Regulatórios

Projeto P&D; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 1; Treinamento

do Manual de Contabilidade do setor Elétrico MCE; Curso Prático sobre Sped Contábil

e ECF Escrituração Contábil Fiscal; Curso sobre Qualidade de Energia Elétrica -

Distorções harmônicas Filtro Passivo; Curso sobre a Resolução 414 - Curso para

Atendimento das Cooperativas Permissionárias; Treinamento sobre Medidores

Eletrônicos Multifunção; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 2

SINAP GRID; Treinamento para Simulações PRORET's 8.1 e 8.4; Worshop Plano de

Melhorias do PDGC; Programa de Treinamento das Normas Técnicas do Sistema

Fecoerusc- Procedimentos Operacionais para 2017; entre outros.

A busca pela qualidade dos serviços e o bom atendimento aos associados será

sempre o maior objetivo da CERGAL.

A CERGAL foi recertificada em 2016 conforme Norma NBR ISO 9001.2008,

referente coleta de dados e apuração de indicadores de continuidade individuais e

coletivos, na área de Distribuição de Energia Elétrica, em atendimento à Resolução da

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL n° 395/2009. O referido certificado foi

emitido pela BRTUV Avaliações da Qualidade Ltda.

Sendo assim, seguimos nossa política de qualidade, que busca a melhoria

contínua através da capacitação e treinamento dos nossos colaboradores, para

atender os requisitos regulamentares do cliente e expectativas dos associados/

consumidores, bem como, as demais partes interessadas na área de Distribuição de

Energia Elétrica.

69

Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica

A CERGAL distribui energia elétrica nos municípios de Tubarão, Gravatal,

Laguna e Jaguaruna. Atualmente possui 17.160 associados sendo que 15.769 são da

classe residencial, 677 da classe comercial, e o restante, ou seja, 714, das demais

classes.

Atualmente não atendemos nenhum Consumidor que já detenha o Status

de “Consumidor Livre”.

Ligação de Consumidores - foram realizadas, no ano de 2016, 972 novas ligações,

sendo 876 Residenciais, 46 Comerciais, 18 Industriais, 27 Rurais, e 05 Serviço

Público, totalizando 17.160 consumidores atendidos pela Permissionária, base

dezembro de 2016, representando 3,40 % superior ao mesmo período do ano anterior,

como se pode observar no quadro a seguir.

Número de Consumidores

Comportamento do Mercado – A distribuição de energia da CERGAL no período de

janeiro a dezembro de 2016 foi de 63,50 GWh.

Consumidores 2016 2015 2014 2013 2012

Residencial 15.769 15.263 14.838 14.397 13.723

Comercial 677 660 757 736 699

Industrial 177 172 135 137 137

Rural 482 440 434 399 353

Poderes Públicos 42 43 46 46 44

Iluminação Pública 4 4 4 4 4

Serviço Público 9 9 7 8 8

Total 17.160 16.591 16.227 15.733 14.974

Variação 3,40% -3,29% -2,22% -3,04% -4,82%

70

A CERGAL vem investindo constantemente em ações que resultem na

redução do índice de perdas da empresa, sendo assim tem investido na repotenciação

dos condutores e transformadores, intensificação na fiscalização das medições nas

unidades consumidoras, bem como na substituição de medidores eletromecânicos por

eletrônicos.

Balanço Energético

Energia Requerida 2016 2015 2014 2013 2012

Venda de Energia 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71

Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Suprimento p/ agentes de distribuição 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumidores Livres/Dist./Ger. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Mercado Atendido - GWh 2016 2015 2014 2013 2012

Energia Faturada 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Residencial 31,51 30,43 30,09 27,47 26,05

Comercial 7,34 7,58 7,78 6,81 6,37

Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,50

Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89

Poderes Públicos 0,82 0,70 0,77 0,75 0,73

Iluminação Pública 3,28 3,22 3,13 3,03 2,97

Serviço Público 0,37 0,33 0,36 0,36 0,40

Suprimento p/ agentes de distribuição - - - - -

Uso da Rede de Distribuição - - - - -

Consumidores Livres/Dist./Ger.

Total 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Variação 1,15% -1,14% -1,19% -6,04% -5,79%

71

Consumidores Rede Básica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Mercado Atendido 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91

Pernas na Distribuição - - - - -

Perdas Técnicas - - - - -

Perdas não Técnicas - PNT - - - - -

PNT / Energia Requerida % 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Perdas Totais - PT 5,45 6,04 5,77 6,65 7,80

PT / Energia Requerida % 7,90% 8,78% 8,51% 10,24% 12,44%

Total 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71

OBS: Visando diminuir o elevado índice de perda de 2016, realizamos em 2016

significativos investimentos a fim de propiciar a redução dos índices para níveis

aceitáveis.

Distribuição Direta por Classe de Consumo – A CERGAL não distribuiu energia de

forma direta no exercício 2016, caracterizando seu mercado, 100% de Consumidores

Cativos.

Com relação a este mercado cativo, tivemos um decréscimo de 1,15%

comparando-se com o desempenho do exercício anterior. A classe que teve maior

crescimento foi a residencial, com acréscimo de 49,62% em relação ao exercício

anterior.

A seguir são apresentados resultados sobre o consumo e sua variação no

período:

2016 2015 2014 2013 2012

7,90% 8,78% 8,51%

10,24%

12,44%

Perdas não tecnicas Perdas Totais

72

Classe 2016 2015 2014 2013 2012

Residencial 31,51 30,43 30,09 27,46 26,05

Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,5

Comercial 7,34 7,66 7,78 6,81 6,37

Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89

Outros 4,47 4,25 4,26 4,14 4,10

Total 63,50 62,78 62,03 58,29 54,91

Variação 1,15 1,21 6,42 6,16 5,81

Consumo por classe de consumidores - em GWh

49,62%

27,80%

11,56%

3,98%7,04%

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

Receita - A receita decorrente do fornecimento de energia elétrica no exercício ,

líquida do ICMS, PIS e COFINS, importou em R$ 32.399,54 mil, conforme quadro a

seguir:

73

2016 2015 %

16.204,79 13.272,57 22,09

9.311,92 8.460,35 10,07

4.140,27 3.664,34 12,99

907,68 863,31 5,14

1.734,88 1.388,26 24,97

32.299,54 27.648,83 16,82

Receita líquida em R$ mil

Classe

Residencial

Total

Industrial

Comercial

Rural

Outros

50,17%

28,83%

12,82%

2,81%

5,37%

Residencial Industrial

Comercial Rural

Outros

TARIFAS

A tarifa de energia elétrica é o preço regulado pela ANEEL que deve ser pago

pelos consumidores finais como contrapartida pelo acesso à energia elétrica fornecida

pela distribuidora.

Em 22 de Julho de 2016 a CERGAL assinou o terceiro termo aditivo ao

contrato de permissão, o que possibilitou que a CERGAL pleiteasse para a 2ª. Revisão

Tarifária a receita requerida para sustentação dos custos gerenciáveis associados

diretamente ao segmento de distribuição (Parcela B), conforme estabelecido no

submódulo 8.4 do Proret, aprovado pela Resolução Normativa nº 704, de 28 de março

de 2016.

Tarifas Médias

A tarifa média de fornecimento de energia elétrica considerando os impostos

incidentes, em dezembro de 2016, atingiu R$ 389,61/MWh com um aumento de

23,33% com relação a dezembro de 2015.

OBS:Os valores abaixo demonstrados estão expressos em (Reais/mil)

74

Tarifa média de

Fornecimento em R$/MW/h

Classe

Exercício

2015 2016

Residencial 343,31 413,71

Comercial 337,02 410,23

Industrial 342,42 383,91

Rural 224,23 277,47

Outros 218,27 271,06

Média Geral 446,53 389,61

0-30 31-100 101-220 >220

Tarifa Por faixa de Consumo KWh KWh KWh KWh

Tarifas Brutas 147,10 252,17 278,25 420,28

75

Composição da Tarifa

(*) Representa a equivalência em relação à tarifa, que gera recursos para suprir

os investimentos.

Qualidade do Fornecimento - Os dois principais indicadores da qualidade do

fornecimento de energia elétrica são o DEC (duração equivalente de interrupções por

consumidor) e o FEC (freqüência equivalente de interrupções por consumidor).

A evolução desses indicadores é apresentada no quadro a seguir:

Ano

DEC

(Horas)

FEC

(Interrupções)

Tempo de Espera

(horas)

2012 9,07 4,87 0,91

2013 10,76 6,50 0,95

2014 5,95 5,73 0,85

2015 4,90 5,53 0,76

2016 6,24 3,84 0,85

76

Atendimento ao Consumidor – A CERGAL não participa do Programa Luz para

todos, já que todos os domicílios dos Municípios que a CERGAL distribui energia

elétrica encontram-se atendidos.

Além da sede administrativa, a CERGAL conta com mais 03 (três) postos de

atendimento, oferecendo atendimento personalizado por profissionais capacitados e

qualificados com o objetivo de melhor atender seus associados/consumidores.

Em 2016 a CERGAL através do setor de controle de qualidade realizou vários

monitoramentos e análises da qualidade de tensão que é fornecida aos

consumidores/associados. Neste ano, foram realizadas 168 medições de tensão

amostrais da ANEEL e 31 medições de tensão solicitadas pelos

consumidores/associados.

Tecnologia da Informação

Mais um ano se passou e a ideia da melhoria contínua permanece como

fundamento da qualidade e do bom funcionamento para atendimento ao cliente

interno e externo, visando uma infraestrutura comprometida com a visão e missão da

organização.

Agora com o ambiente de servidores virtualizados o controle e coleta de

informação tem evoluído a cada dia, permitindo concentrar o coração da empresa em

um robusto hardware atendendo os objetivos da empresa com um sistema de gestão

alinhado a estrutura eficiente, contribuindo para um serviço eficaz.

Os departamentos estão interligados através de pastas no servidor, onde a

intranet é controlada pelos usuários de domínio, visa segurança das informações

obtendo back-up diário.

Uma estrutura assim, permite um comprometimento com a necessidade de

cumprir fidedignamente com as informações encaminhadas a agência ANEEL, com

garantia assegurada através dos back-ups personalizados, os quais sempre que

solicitados cumpriram com sua missão.

Na atualidade a rede da Cooperativa encontra-se conectada através de dois

switchs que trabalham de forma inteligente para melhor desempenho de comunicação,

um aparelho wireless localizado em um ponto estratégico que possibilita o acesso via

rede sem fio.

Com a preocupação da segurança das informações, a empresa investiu no ano

de 2016 na aquisição de um novo antivírus que faz o acompanhamento via rede da

situação de cada estação de trabalho, além da utilização de um firewall com regras de

segurança para toda rede interna.

A empresa conta também com equipamentos modernos, primando por

aquisições menos nocivos à saúde e contribuindo para o meio ambiente com

equipamentos que possuem normas aprovadas por órgãos ambientais. Também foi

77

aprimorado, a conexão entre os religadores com o software de automatização, e que

está conectado 24 horas por dia com o Centro de Operações, podendo ser manobrado

remotamente, diminuindo assim o tempo de atendimento a ocorrências e a falta de

energia.

Para agilizar o atendimento ao associado/consumidor, contendo todas as

informações com segurança, obtemos parceiros de trabalho, assim permitindo que o

associado/consumidor disponha de informações 24 horas nos 7 dias da semana.

A CERGAL possui um site no endereço eletrônico www.cergal.com.br, que

possibilita aos seus associados/consumidores serviços em tempo real, tais como:

emissão de segundas vias, e solicitações de serviços.

Desempenho Econômico-Financeiro

Em 2016, as sobras foram de R$ 1.292,53 (Reais/mil), contra uma sobra Líquida de R$ 249,38 (Reais/mil) em 2015, ocasionando um aumento nas Sobras na Ordem de (518,30)%. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 23.406,74 (Reais/mil), superior em (13,56)% em relação a 2015, que foi de R$ 20.611,87 (Reais/mil).

As Despesas Operacionais totalizaram em 2016 R$ 22.526,32 (Reais/mil),

(8,08) % superior em relação a 2015 que foi de R$ 20.841,87 (reais/mil). O aumento

do Patrimônio Líquido do exercício foi de 5,71% em relação a 2015.

O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e

amortização foi de R$ 2.309,56 (Reais/mil), superior 90,30% a 2015, que foi de

R$ 1.213,62 (Reais/mil), conforme variação abaixo:

1.213,62

2.309,56

2015 2016

EBITIDA ou LAJIDA (Legislação Regulatória)

78

Investimentos: Em 2016, os investimentos da Companhia, importaram em R$

1.779,00 mil, 18,84% superiores em relação à 2015, dos quais R$ 1.295,00 R$/mil

foram realizados em Máquinas e Equipamentos da Atividade de Distribuição. Para

esta mesma rubrica nos próximos 5 (cinco) anos, a Permissionária estima um

investimento total de R$/mil 6.021,70.

Comparativo dos Investimentos em Máquinas e Equipamentos da Distribuição

Evolução e Projeção dos Investimentos

Distribuição - Máquinas e Equipamentos - R$ Mil 2014R 2015R 2016R 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P

AIS Bruto ¹ 3.042,19 1.459,00 1.779,00 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00

Transformador de Distribuição 598,75 248,60 269,00 82,00 75,00 95,00 95,00 85,00

Medidor 119,49 142,55 215,00 285,00 290,85 285,00 254,00 240,00

Redes Baixa Tensão ( < 2,3 kV) - 200,00 200,00 205,00 205,00 180,00

Redes Média Tensão (2,3 kV a 44 kV) - 781,85 520,00 475,00 390,00 375,00

Redes Alta Tensão (69 kV) - - - - - - - -

Redes Alta Tensão (88 kV a 138 kV) - - - - - - - -

Redes Alta Tensão ( >= 230 kV) - - - - - - - -

Subestações Média Tensão (primário 30 kV a 44 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário de 69 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário 88 kV a 138 kV) - - - - - - - -

Subestações Alta Tensão (primário >= a 230 kV) - - - - - - - -

Demais Máquinas e Equipamentos 2.323,95 1.067,85 1.295,00 220,50 152,50 145,00 90,00 95,00

Obrigações Especiais do AIS Bruto 154,00 78,61 215,82

Participações, Doações, Subvenções, PEE, P&D, Universalização 154,00 78,61 215,82

Outros 25,09 45,55 53,36

Originadas da Receita

Ultrapassagem de demanda 7,18 13,94 25,58

Excedente de reativos 17,91 31,61 27,78

Diferença das perdas regulatórias

Outros

Outros

¹ Para o cadastro de subestações, considerar o maior nível de tensão do(s) transformador(es) da subestação.

R$ Mil Nominais R$ Mil em moeda constante de 31/12/2016

2016R 2017P 2018P 2019P 20120P 2021P

Plano de Investimentos 2016 1.324,06 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00

2016P 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P

Plano de Investimentos 2015 1.285,78 1.081,97 961,26 822,89 947,87

Diferença 2,98% 45,05% 28,83% 46,44% 9,09%

os principais motivos das diferenças no plano de investimentos são:

2019 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.

2020 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.

JUSTIFICATICAS

2016- REFERENTE A NOVAS INTENÇÕES DE INVESTIMENTOS

2017 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.

2018 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.

79

Captações de Recursos: Os investimentos de 2016 foram realizados somente com

recursos próprios.

Composição Acionária: O capital social em 31 de dezembro de 2016 representa R$

6.186,57 (Reais/mil), sendo composto por 26.072 quotas de R$ 1,00 cada, com a

seguinte composição:

CONSELHO ADMINISTRATIVO 2016

Relações com o Mercado: A CERGAL participa de eventos, compõe as associações

do Setor: FECOERUSC, OCESC, SESCOOP, bem como, mantém contato com outras

Permissionárias e concessionárias buscando sempre estar atualizada com relação às

modificações do Setor Elétrico.

A CERGAL objetiva manter seus funcionários sempre atualizados, incentivando

na participação de seminários, cursos técnicos, jurídicos, administrativos entre outros,

fazendo com que haja aprimoramento referente aos assuntos do Setor Elétrico.

Sempre valorizando:

80

- A segurança e qualidade de vida no trabalho;

- O fortalecimento do cooperativismo, a participação e a solidariedade;

- A valorização: pessoal e profissional do colaborador e integração com a família;

- A responsabilidade social e respeito ao meio ambiente;

- A ética;

- A transparência;

- O orgulho em fazer parte do quadro funcional da cooperativa.

GESTÃO

Planejamento Empresarial: A CERGAL vem obtendo êxito em seu processo

de adaptação às mudanças constantes ocorridas no setor elétrico devido à qualidade

de seu planejamento empresarial.

Essa nova concepção de planejamento proporcionou o desenvolvimento do

pensamento estratégico no âmbito gerencial das unidades e, ao mesmo tempo, criou

um conjunto de estratégias adequadas aos diferentes cenários, possibilitando

antecipar ações e reação às mudanças ambientais.

As tendências identificadas, juntamente com os resultados dos cenários

empresariais, serviram de base para a definição das recomendações, metas e ações

estratégicas das Unidades de Negócios para os horizontes de curto e médio prazos.

Gestão pela qualidade total: Em 2016 a CERGAL manteve o certificado ISO

9001:2008. O sistema de gestão da qualidade auxilia consideravelmente o

gerenciamento da empresa como um todo, envolvendo os colaboradores e setores

tornando a gestão mais participativa, incentivando o surgimento, a cada dia, de novas

idéias e sugestões de melhoria contínua, com isso, ganha a empresa com qualidade,

refletindo sensivelmente em nossa razão de existir que são os nossos

Associados/Consumidores.

81

A CERGAL em Números

62,78

62,78

82

Indicadores de Performance

2016 2015

Salário Médio dos Funcionários (Reais/mil) 3,49 2,76

Energia Gerada / Comprada por Funcionário (MWh) 882,35 860,29

Energia Gerada / Comprada por Consumidor (MWh) 4,01 4,15

Retorno de Ativos por Unidade: 0,82 0,79

83

Balanço Social

Recursos Humanos

A área de Recursos Humanos da CERGAL é responsável por melhorar o

resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Assim ela procura fazer com que

seus associados tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento do

trabalho e da atitude dos colaboradores da CERGAL.

Para conseguir tal resultado em 2016, a CERGAL proporcionou ao seu quadro

funcional treinamentos, palestras reciclagens, ensino médio, curso técnico e ensino

superior nas áreas específicas. Sempre pensando no melhor para seus colaboradores,

no aprendizado contínuo e no melhor desempenho dos mesmos em sua função.

A CERGAL proporciona para todos os seus colaboradores: plano de saúde,

plano odontológico, vale alimentação, vale transporte e seguro de vida. Ainda para

lazer dos funcionários, possui uma sede social com campo de futebol, parque infantil e

ampla área arborizada que é utilizada pelos colaboradores para realização de eventos

tais como campeonatos de futebol, jantares, e outros.

Como forma de reconhecimento foi realizada a festa de confraternização de

final do ano para comemoração do Natal. Ainda foram distribuídos cartões Alelo de

natal no valor de cento e vinte reais, como vale compras, bem como ovos de Páscoa

para todos os trabalhadores.

Responsabilidade Social

Responsabilidade social para a permissionária é comprometer-se com um

conjunto de políticas, programas e práticas que ultrapassem as exigências éticas e

legais no que tange à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento econômico,

social e cultural da comunidade onde opera e da sociedade como um todo.

A CERGAL sempre busca colaborar com a comunidade, através de patrocínios

às escolas e associações comunitárias. No ano de 2016, a CERGAL solicitou para

ingressar no Programa CooperJovem em parceria com o SESCOOP de Santa

Catarina. Programa este desenvolvido em cooperativas educacionais e escolas de

todo o Brasil, por meio de atividades educativas baseadas nos príncípios, valores e

virtudes cooperativistas. O programa reforça o 5º e o 7º princípio do cooperativismo

adotado em todo o mundo, respectivamente: Educação, Formação e Informação e o

Interesse pela Comunidade, viabilizando a transformação e o aprimoramento da

prática educativa a partir da cultura da cooperação. O Programa CooperJovem foi

implantado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Noé Abati, com

alunos de 1º ao 9º ano.

84

CIPA CERGAL: Os membros da CIPA na CERGAL abordam temas relacionados à

prevenção de acidentes, saúde, primeiros socorros, dentre outros pertinentes a área.

Fazem-se reuniões mensais, realizadas no escritório da CERGAL e os membros da

CIPA bem como a técnica em segurança do trabalho, fiscalizam seus empregados,

verificando a utilização dos equipamentos disponibilizados pela Empresa e dentro dos

padrões de segurança.

a) Demonstração do Balanço Social 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais).

85

Menor Remuneração 0,44 0,39

Acid. de Trabalho 0,00 0,00

86

NOTA 2016 2015

CIRCULANTE 8.943,07 8.170,01

Caixa e bancos 212,94 795,45

Apl icações financeiras 1.746,04 709,74

Consumidores de energia a receber 5.844,22 5.653,67

Provisão para créditos de l iquidação duvidosa -321,99 -213,10

Impostos a recuperar 307,88 261,37

Estoques 138,06 122,22

Serviços em curso 274,59 267,76

Ativos Regulatorios 495,54 332,31

Despesas de exercícios seguintes 44,14 0,00

Outros créditos 201,65 240,59

NÃO CIRCULANTE 19.606,67 17.979,06

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 673,92 598,69

Impostos a recuperar 116,78 116,25

Serviços em curso 151,39 0,00

Ativo indenizado (Permissão) 0,00 0,00

Outros créditos 405,75 482,44

IMOBILIZADO 18.926,58 17.366,00

INTANGIVEL 6,17 14,37

TOTAL DO ATIVO 28.549,74 26.149,07

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

(Valores expressos em milhares de Reais)

ATIVO

87

NOTA 2016 2015

CIRCULANTE 5.532,59 4.659,48

Fornecedores 834,14 656,14

Salários e ordenados a pagar 542,56 469,17

Impostos , taxas e contribuições 906,00 845,82

Pass ivos regulatórios 1.526,99 963,04

Obrigações estimadas 0,00 0,00

Encargos setoria is 253,62 740,02

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 693,04 606,77

Repasses a rea l i zar 570,02 0,00

Provisão para l i tígios 9,66 26,06

Outros débitos 196,56 352,46

NÃO CIRCULANTE 1.731,91 1.354,36

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.731,91 1.354,36

Fornecedores 0,00 115,61

Provisões para contigências 119,12 0,00

Contigências fi sca is 752,00 752,00

Pass ivos regulatórios 9,69 486,75

Obrigacoes vinculadas ao serviço publ ico 851,10 0,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21.285,24 20.135,23

Capita l socia l 6.186,58 6.125,62

Reserva lega l 2.730,69 2.719,79

Reaval iação regulatório compulsória 1.016,13 1.181,47

Ajustes / Resultados regulatórios 0,00 -1.214,08

Fates 960,46 1.016,12

Fundo de manutenção 10.283,29 10.207,62

Sobras a dispos ição da AGO 21 108,09 98,69

TOTAL DO PASSIVO 28.549,74 26.149,07

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PASSIVO

88

01/jan/16 01/jan/15

a a

NOTA 31/dez/16 31/dez/15

INGRESSOS OPERACIONAIS 34.209,10 28.998,15

Fornecimento de energia 23 12.926,29 11.474,71

Uso do sistema de distribuição 23 19.288,64 16.189,07

Ativos e passivos regulatórios 1.450,12 811,74

Outras receitas operacionais 544,05 522,63

DEDUÇÕES DOS INGRESSOS (10.802,36) (8.336,73)

Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.755,88) (5.808,33)

Encargos do consumidor 25 (4.046,48) (2.528,40)

INGRESSOS LÍQUIDOS 23.406,74 20.661,42

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.500,96) (20.891,42)

Dispêndio com energia elétrica adquirida (10.463,06) (9.636,75)

Custo com energia elétrica (450,30) (405,46)

Encargo de Uso do Sistema de Transmissão e Distribuição 100,61 (49,54)

Custo de operação

Pessoal (inclui remuneração a administradores) (7.800,93) (7.127,12)

Material (303,45) (199,67)

Serviços de terceiros (1.588,59) (1.191,73)

Arrendamento e aluguéis (12,27) (14,13)

Tributos (24,59) (23,67)

Seguros (50,52) (68,94)

Doações, contribuições e subvenções (226,88) (685,34)

Provisão para Devedores Duvidosos (326,26) (67,65)

Reversão Provisão para Devedores Duvidosos - -

Depreciação e amortização (1.015,23) (959,29)

(-) Recuperação de Despesas 58,15 39,35

Outros (397,64) (501,48)

SOBRA BRUTA 905,78 (230,00)

OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS - -

Despesas com vendas - -

Despesas gerais e administrativas - -

Outras despesas operacionais - -

INGRESSOS (DISPÊNDIOS) FINANCEIROS 386,75 479,38

Dispêndios financeiros (232,88) (367,71)

Ingressos financeiros 619,63 847,09

SOBRAS ANTES DA CONTR. SOCIAL E IR 1.292,53 249,38

IMPOSTOS SOBRE ATO NÃO COOPERATIVO (24,41) (4,38)

Contribuição social (9,15) (1,64)

Imposto de renda (15,26) (2,74)

SOBRAS LÍQUIDAS DO EXERCÍCIO 1.268,12 245,00

DEMONSTRAÇÃO DAS SOBRAS DO EXERCÍCIO

(Valores expressos em milhares de Reais)

PERÍODOS

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

89

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01/jan/16 01/jan/15

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31/dez/16 31/dez/15

Fluxos de Caixa das Atividades O peracionais

Recebimentos de Consumidores 34.235 27.759

Pagamentos a Fornecedores (3.675) (3.460)

Fornecedores Energia Elétrica Comprada (10.594) (9.744)

Salários e Encargos Sociais (5.891) (6.539)

Caixa Gerada pelas O perações 14.075 8.016

Encargos Setoriais (3.697) (1.327)

T ributos Federais (IRPJ, CSLL, IRRF, PIS, COFINS) (469) (123)

T ributos Estaduais (ICMS) (6.265) (5.266)

T ributos Municipais (COSIP, ISSQN) (43) (37)

Fluxo de Caixa Antes dos Itens Extraordinários 3.601 1.263

Indenizações (88) (38)

Associações e Convênios (1.415) (304)

Viagens (25) (10)

Outras Receitas e Despesas 79 336

Caixa Líquida Provenientes das Atividades O peracionais 2.152 1.247

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos

Compra de Ativo Imobilizado (1.651) (1.312)

Recebido pela Venda de Imobilizado 15 24

Juros Recebidos - (4)

Investimentos em Geração (10) (3)

Caixa Líquida usada nas Atividades de Investimentos (1.646) (1.295)

Fluxos de Caixa das Atividades Financeiras

Devolução (Adiantamento) Funcionários - -

Devolução (Adiantamento) a Fornecedor - -

Receitas de Aplicações Financeiras 188 103

Despesas Bancárias (240) (7)

Outras Devoluções - (1)

Caixa Líquida usada nas Atividades Financeiras (52) 95

Aumento (Redução) Líquido no Caixa e Equivalentes à Caixa 454 47

Caixa e Equivalentes à Caixa no Começo do Período 1.505 1.458

Caixa e Equivalentes à Caixa no Fim do Período 1.959 1.505

Variação pelo Caixa 454 47

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL

Tubarão - SC

DEMO NSTRAÇÃO DO S FLUXO S DE CAIXA

(Valores expressos em milhares de Reais)

(Método Direto)

PERÍO DO S

91

Agradecimentos

Ao fim do exercício social de 2016, queremos agradecer a DEUS, aos

membros do Conselho de Administração, e, estender esse agradecimento a todos os

consultores, fornecedores, parceiros e demais envolvidos direta ou indiretamente em

nosso principal objetivo que é a distribuição de energia elétrica com qualidade.

Agradecemos também aos membros do Conselho Fiscal que se mantiveram

atuantes e concisos no debate de questões de maior interesse para CERGAL.

Demonstramos ainda, nosso sincero reconhecimento à dedicação e empenho

do quadro funcional, extensivamente aos associados e consumidores, bem como a

todos os demais, que contribuíram para o cumprimento da missão desta

permissionária.

Tubarão, 31 de Dezembro de 2016.

A Administração.

92

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE

2016 E 2015. (Valores expressos em milhares de reais)

NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL

A Cooperativa é uma sociedade de pessoas, de natureza civil, com sede na

cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina e tem como principal objetivo promover

o desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação, por meio da distribuição e

comercialização de energia elétrica. A entidade é regida pela Lei nº 5.764, de 16 de

dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista no país, atuando no

ramo de infraestrutura, no setor de distribuição de energia elétrica, sendo tal atividade

regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao

Ministério de Minas e Energia. A permissão para atuar no setor de distribuição de

energia elétrica tem prazo único de 20 (vinte anos), contados a partir de 30 de outubro

de 2008.

NOTA 02 - DAS PERMISSÕES

As áreas de permissão estão situadas nos municípios de Tubarão, Jaguaruna,

Laguna e Gravatal, todos no Estado de Santa Catarina, e são aquelas delimitadas

durante a instrução do processo administrativo nº 48500.001491/2000-84 de

regularização da COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI –

CERGAL, especificadas na resolução homologatória nº 526, de 31 de julho de 2007 e

homologadas pela resolução autorizativa nº 1.566, de 23 de setembro 2008,

constantes do contrato de permissão assinado em 30/out./2008.

NOTA 03 – SETOR ELÉTRICO NO BRASIL

O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, atuando

por meio do Ministério de Minas e Energia (“MME”), o qual possui autoridade exclusiva

sobre o setor elétrico. A política regulatória para o setor é implementada pela Agência

Nacional de Energia Elétrica - “ANEEL”.

Notas Explicativas das

Demonstrações Contábeis Regulatórias

93

O fornecimento de energia elétrica a varejo pela Companhia e suas controladas

e controladas em conjunto é efetuado de acordo com o previsto nas cláusulas de seus

contratos de concessão de longo prazo de venda de energia.

De acordo com os contratos de permissão de distribuição, essa Outorgada está

autorizada a cobrar de seus consumidores uma taxa pelo fornecimento de energia

consistindo em dois componentes: (1) uma parcela referente aos custos de geração,

transmissão e distribuição de energia não gerenciáveis (“Custos da Parcela A”); e (2)

uma parcela de custos operacionais (“Custos da Parcela B”). Ambas as parcelas são

estabelecidas como parte da concessão original para determinados períodos iniciais.

Subsequentemente aos períodos iniciais, e em intervalos regulares, a ANEEL tem a

autoridade de rever os custos da Companhia, a fim de determinar o ajuste da inflação

(ou outro fator de ajuste similar), caso existente, aos Custos da Parcela B (“Ajuste

Escalar”) para o período subsequente. Esta revisão poderá resultar num ajuste escalar

com valor positivo, nulo ou negativo.

Adicionalmente aos ajustes referentes aos Custos da Parcela A e Parcela B,

mencionados acima, as permissões para fornecimento de energia elétrica têm um

ajuste tarifário anual, baseado em uma série de fatores, incluindo a inflação.

Adicionalmente, como resultado das mudanças regulatórias ocorridas em dezembro

de 2001, a Outorgada pode agora requisitar reajustes tarifários resultantes de eventos

significativos que abalem o equilíbrio econômico-financeiro dos seus negócios. Outros

eventos normais ou recorrentes (como altas no custo da energia comprada, impostos

sobre a receita ou ainda a inflação local) também têm permissão para serem

absorvidos por meio de aumentos tarifários específicos. Quando a Outorgada solicita

um reajuste tarifário, se faz necessário comprovar o impacto financeiro resultante

destes eventos nas operações.

NOTA 04 – BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS REGULATÓRIAS

As Demonstrações Contábeis para fins regulatórios foram preparadas de

acordo com as normas, procedimentos e diretrizes emitidos pelo Órgão Regulador e

conforme as políticas contábeis estabelecidas na declaração de práticas contábeis.

Essas demonstrações foram preparadas em consonância com as orientações

emitidas pelo Órgão Regulador para Demonstrações Contábeis. As Demonstrações

Contábeis para fins regulatórios são separadas das Demonstrações contábeis

estatutárias societárias da outorgada. Há diferenças entre as práticas contábeis

adotadas no Brasil e a base de preparação das informações previstas nas

demonstrações para fins regulatórios, uma vez que as Instruções Contábeis para fins

Regulatórios especificam um tratamento ou divulgação alternativos em certos

aspectos. Quando as Instruções Contábeis Regulatórias não tratam de uma questão

contábil de forma específica, faz-se necessário seguir as práticas contábeis adotadas

no Brasil.

94

As informações financeiras distintas das informações preparadas totalmente

em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil podem não

representar necessariamente uma visão verdadeira e adequada do desempenho

financeiro ou posição financeira e patrimonial de uma empresa apresentar diferença

de valores pela aplicação diferenciada de algumas normas contábeis societárias e

regulatórias, estas diferenças estão explicadas em notas explicativas, para melhor

entendimento do leitor, conforme apresentado nas Demonstrações contábeis

preparadas de acordo com estas práticas.

NOTA 05 - PRINCIPAIS PRATICAS CONTABEIS REGULATÓRIAS

As práticas contábeis utilizadas são as mesmas adotadas nas Demonstrações

Contábeis Societárias, exceto quanto ao que se estabelece abaixo:

Ativos e passivos financeiros setoriais: O mecanismo de determinação

das tarifas no Brasil garante a recuperação de determinados custos relacionados à

compra de energia e encargos regulatórios por meio de repasse anual. Seguindo

orientação do Órgão Regulador, a empresa contabiliza as variações destes custos

como ativos e passivos financeiros setoriais, quando existe uma expectativa provável

de que a receita futura, equivalentes aos custos incorridos, serão faturados e

cobrados, como resultado direto do repasse dos custos em uma tarifa ajustada de

acordo com a fórmula paramétrica definida no contrato de concessão. O Ativo e

Passivo Financeiro Setorial serão realizados quando a poder concedente autorizar o

repasse na base tarifária da empresa, ajustada anualmente na data de aniversário do

seu contrato de permissão.

Imobilizado em serviço: Registrado ao custo de aquisição ou construção,

deduzido a depreciação calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos

contábeis registrados conforme legislação vigente. As taxas anuais de depreciação

estão determinadas nas tabelas anexas à Resolução vigente emitida pelo Órgão

Regulador.

Imobilizado em curso: Os gastos de administração central capitalizáveis são

apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases proporcionais. A alocação dos

dispêndios diretos com pessoal mais os serviços de terceiros é prevista no Manual de

Contabilidade do Setor Elétrico. Estes custos são recuperados por meio do

mecanismo de tarifas e preços.

No reconhecimento do custo do ativo imobilizado, as empresas de distribuição

de energia têm incluído parte dos custos da administração central, o qual por sua vez

é incluído no processo de revisão tarifária, ou seja, gerando benefícios econômicos

futuros.

Intangível: Registrado ao custo de aquisição ou realização. A amortização,

quando for o caso, é calculada pelo método linear. Os encargos financeiros, juros e

atualizações monetárias incorridos, relativos a financiamentos obtidos de terceiros

vinculados ao intangível em andamento, são apropriados às imobilizações intangíveis

em curso durante o período de construção do intangível.

95

Obrigações especiais vinculadas à Concessão: Estão representadas pelos

valores nominais ou bens recebidos de consumidores das concessionárias e de

consumidores não cooperados das permissionárias, para realização de

empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia

elétrica. Esta conta é amortizada pela taxa média de depreciação dos ativos

correspondentes a essas obrigações, conforme legislação vigente.

Reserva de reavaliação: é realizada proporcionalmente à depreciação, baixa ou

alienação dos respectivos bens reavaliados, mediante a transferência da parcela

realizada para lucros acumulados líquida dos efeitos de imposto de renda e

contribuição social.

Para fins da contabilidade societária, a Lei 11.638/2007 permitiu a manutenção

dos saldos de reservas de reavaliação existentes em 31 de dezembro de 2007 até a

sua efetiva realização. A reavaliação compulsória foi estabelecida pela ANEEL.

A reavaliação foi registrada em 30 de Setembro de 2013, com base em Laudo

de Reavaliação aprovado em Assembleia Extraordinária e está de acordo com os

montantes homologados pela ANEEL no processo de revisão tarifária da data-base de

28 de Setembro de 2013.

Reconhecimento de receita: A receita operacional do curso normal das atividades da

Outorgada é medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A

receita operacional é reconhecida quando existe evidência convincente de que os

riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o comprador, de que for

provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a entidade, de que os

custos associados possam ser estimados de maneira confiável, e de que o valor da

receita operacional possa ser mensurado de maneira confiável. A receita de

distribuição de energia elétrica é reconhecida no momento em que a energia é

faturada. A receita não faturada, relativa ao ciclo de faturamento mensal, é apropriada

considerando-se como base a carga real de energia disponibilizada no mês e o índice

de perda anualizado. A receita referente à prestação de serviços é registrada no

momento em que o serviço foi efetivamente prestado, regido por contrato de prestação

de serviços entre as partes.

96

97

98

99

100

2016 2015

Taxas Anuais

médias de

depreciação

%

Bruto

Depreciação e

Amortização

Acumulada

Valor Líquido Valor Líquido

Em serviço

Transmissão - - - - -

Custo histórico - - - - -

Correção monetária especial - - - - -

Reavaliação - - - - -

Distribuição 6,18 25.215,27 9.196,37 16.018,91 15.479,10

Custo histórico 4,03 21.117,31 6.114,53 15.002,78 14.361,19

Correção monetária especial - - - - -

Reavaliação 2,15 4.097,96 3.081,83 1.016,13 1.117,91

Administração 4,33 2.058,47 620,04 1.438,43 1.468,07

Custo histórico 4,33 2.058,47 620,04 1.438,43 1.468,07

Correção monetária especial - - - - -

Reavaliação - - - - -

Comercialização - - - - -

Custo histórico - - - - -

Correção monetária especial - - - - -

Reavaliação - - - - -

Atividades não vinculadas à concessão do Serviço

Público de Energia Elétrica - - - - -

Custo histórico - - - - -

Correção monetária especial - - - - -

Reavaliação - - - - -

Em curso - 1.469,25 - 1.469,25 1.015,52

Geração - - - - -

Transmissão - - - - -

Distribuição - 1.469,25 - 1.469,25 1.015,52

Administração - - - - -

Atividades não vinculadas à concessão do Serviço Público

de Energia Elétrica - - - - -

TOTAL 10,51 28.742,99 9816,41 18.926,59 17.952,69

101

As principais taxas anuais de depreciação por macro atividade, de acordo com

a Resolução ANEEL nº 674 de 2015, são as seguintes:

Taxas Anuais de

Depreciação

Transmissão

Condutor do sistema -

Equipamento geral -

Estrutura do sistema -

Religadores -

Distribuição

Barra de capacitores 6,67

Chave de distribuição 6,67

Condutor do sistema 3,57

Estrutura do sistema 3,57

Regulador de tensão 4,35

Transformador 4,00

Administração central -

Veículos 14,29

Edificações 3,33

Equipamentos Geral 6,25

Equipamento Geral de Informática 16,67

Software 20,00

Urbanização e Benfeitorias 3,33

Comercialização -

Descrever os grupos relevantes.....) -

102

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n°. 41.019 de 26 de fevereiro de

1957, os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e

comercialização de energia elétrica são vinculados a estes serviços, não podendo ser

retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e

expressa autorização do Órgão Regulador.

O ato normativo que regulamenta a desvinculação de bens das

concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concede autorização prévia para

desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação,

determinando que o produto das alienações seja depositado em conta bancária

vinculada para aplicação na permissão.

As dez principais adições (pelo critério de valor) ao imobilizado em serviço no

exercício foram:

CERGAL

Descrição do Bem Em R$ Mil

1- Poste Circular 10 x 300 R$ 181.823,00

2- Religador trifásico automático R$ 123.073,71

3- Medidor Eletronico Monofásico R$ 116.843,66

4- Trafo de Distribuição Trif. 75 KVA R$ 103.066,76

5- Cabo de Cobre NU 35 MM R$ 82.734,43

6- Poste Circular 10 x 600 R$ 79.767,38

7- Cabo de Alumínio Quadruplex 3#70+70MM2 R$ 69.634,71

8- Trafo de Distribuição Trif. 112,5 KVA R$ 64.636,92

9- Cabo de Cobre NU 25 MM R$ 63.013,70

10- Trafo de Distribuição Trif. 45 KVA R$ 62.121,75

103

As dez principais baixas (pelo critério de valor) do imobilizado em serviço no

exercício foram:

CERGAL

Descrição do Bem Em R$ Mil

1- Trafo de Distribuição Trif. 112,5 KVA R$ 59.511,42

2- Religador Trifásico R$ 44.243,86

3- Cabo de Cobre Isolado EPR 240 MM R$ 42.668,59

4- Trafo de Distribuição Trif. 45 KVA R$ 40.769,69

5- Trafo de Distribuição Trif. 75 KVA R$ 38.144,94

6- Cabo de Cobre Isolado PVC 10 MM R$ 34.854,27

7- Veículos R$ 34.778,01

8- Poste Circular 10 x 150 R$ 26.776,13

9- Medidor Eletromecanico Monofasico R$ 25.555,80

10- Cabo de Cobre NU 25 MM R$ 24.197,55

NOTA 08 – ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS SETORIAIS

O Acordo Geral do Setor Elétrico, assinado em 2001, e a nova regulamentação do

Setor de Energia Elétrica implicaram na constituição de diversos ativos e passivos

financeiros setoriais, bem como no diferimento dos impostos federais incidentes sobre

parte desses ativos e passivos (são quitados à medida que os ativos e passivos são

recebidos e/ou pagos).

a) Conta de compensação de variação de custos da “Parcela A”

Os itens da Parcela “A” são definidos como sendo o somatório das diferenças,

positivas ou negativas, no período de 28/09/2015 a 27/09/2016, entre os valores dos

custos não gerenciáveis apresentados na base de cálculo para a determinação do

último reajuste tarifário anual e os desembolsos efetivamente ocorridos no período. A

recuperação da Parcela “A” foi iniciada em setembro de 2015, logo após o final da

vigência do IRT.

104

Os créditos da Parcela “A” são atualizados pela variação da SELIC até o mês efetivo

da sua compensação, não havendo limite de prazo para sua realização.

À medida que os valores da Parcela “A” são recebidos na tarifa, a CERGAL transfere o

valor correspondente registrado no ativo para o resultado:

b) Demais ativos e passivos financeiros setoriais

i) Programas sociais e governamentais

A Empresa, consciente de sua atuação socialmente responsável, prioriza sua

participação em programas e ações governamentais, adotando iniciativas voltadas ao

aperfeiçoamento de políticas públicas na área social.

ii) Quota parte de energia nuclear

A CERGAL, por ter um mercado anual inferior a 500 GW, não participa da

obrigatoriedade da quota parte de energia nuclear.

iii) Neutralidade da Parcela A

Trata-se do valor referente a uma inconsistência da metodologia de cálculo do reajuste

tarifário em anos anteriores conforme contratos de concessão vigentes, que gerou em

tarifa superior à devida, uma vez que não foi assegurada a neutralidade dos itens dos

custos não gerenciáveis da Parcela A.

iv) Sobrecontratação

O Decreto n° 5.163, de 30 de julho de 2004, em seu art. 38, determina que no repasse

dos custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, a

ANEEL deverá considerar até 103% do montante total de energia elétrica contratada

em relação à carga anual de fornecimento do agente de distribuição. Este repasse foi

regulamentado pela Resolução ANEEL n° 255, de 6 de março de 2007.

v) Diferimento ou Ressarcimento de reposição tarifária:

No presente ciclo de revisão tarifaria, a CERGAL não teve diferimento ou

ressarcimento de reposição tarifaria.

105

106

107

NOTA 09 – PROVISÕES PARA LITÍGIOS

NOTA 10 – OBRIGAÇÕES VINCULADAS À PERMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE

ENERGIA ELÉTRICA

São obrigações vinculadas à Permissão do Serviço Público de Energia Elétrica e

representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos Consumidores,

bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e às

Subvenções destinadas a investimentos no Serviço Público de Energia Elétrica na

Atividade de Distribuição. Segue a composição dessas obrigações:

R$ Mil Trabalhistas Cíveis Fiscais Ambientais Regulatórios Outros Total

Saldos em

31/12/2015 21,20 4,86 752,00 - - - 778,06

Constituição - 119,12 - - - - 119,12

Baixas/reversão (16,40) - - - - - (16,40)

Atualização - - - - - - -

Saldos em

31/12/2016 4,80 123,98 752,00 - - - 880,78

108

109

As As principais adições (pelo critério de valor) de obrigações especiais no exercício

foram:

CONTROLADORA

Descrição do Bem Em R$ Mil

1 - CABO COBRE NU 25 MM 59,46

2 - POSTE CIRCULAR 10/100 41,39

3 - POSTE CIRCULAR 10/600 37,81

4 - POSTE CIRCULAR 10/300 34,53

5 -CABO COBRE NU 35 MM 31,28

6 - CABO MULT QUADRIPLEX AL 3X1X70+70MM 19,53

7 - POSTE CIRCULAR 10/300 17,10

8 - POSTE CIRCULAR 10/300 14,18

9 - POSTE CIRCULAR 10/300 10,07

10 - POSTE CIRCULAR 10/300 5,55

Não foram efetuadas baixas nas obrigações especiais no exercício de 2016.

110

NOTA 11 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social: O Capital Social em 31 de dezembro de 2016 representa R$ 6.186,57

R$/mil. À quantidade de cotas varia de acordo com o ingresso ou saídas dos

associados, sendo distribuídos em 26.072 associados. Cada cota parte tem o valor de

R$ 1,00 cada conforme disposto no estatuto social. Elencamos os diretores do

conselho de Administração.

Reserva Legal: de caráter indivisível para distribuição entre os associados, é de

constituição obrigatória (Fundo de Reserva) nos termos da Lei nº 5.764/71. Tem como

base a destinação de 10% das sobras do exercício social, de eventuais destinações a

critério da Assembleia Geral e se destina a cobertura de perdas decorrentes dos atos

cooperativos e não cooperativos.

Números de ações

Preferenciais

Acionistas Ordinárias % A % B % Total %

GELSON JOSÉ BENTO 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

THIAGO NUNES GOULART 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

ITAMAR DE SOUZA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

CELSO JOAO DE MEDEIROS 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

ANGELO ORLANDO MENDES 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

JOSÉ MOACIR DE ALMEIDA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

JORGE LUIZ COSTA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

ARLINDO FRANCISCO MARTINS 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

OSNI MENDES 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

JOEL NUNES TEODORO 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

ARTERINO JOSE PASSARELA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038

DEMAIS ASSOCIADOS 26.061,00 - 99,9578 - - - 99,9578

Total 26.072,00 - 100,00 - - - 100,0000

111

Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social: de caráter indivisível para

distribuição entre associados, é de constituição obrigatória nos termos da Lei nº

5.764/71. Tem como base a destinação de 5% das sobras líquidas do exercício social

e pelo resultado das operações com terceiros, destinando-se a cobertura de gastos

com assistência técnica, educacional e social dos associados e seus dependentes,

assim como de seus colaboradores.

Reserva de Ampliação, Manutenção e Melhoria: é constituído estatutariamente por

35% das sobras líquidas do exercício social, de eventuais destinações da Assembleia

Geral e se destina a cobrir investimentos e/ou despesas de manutenção e ampliação

das redes de distribuição.

Sobras a Disposição da Assembleia Geral Ordinária: são as sobras liquidas das

destinações das reservas acrescidas as suas reversões. Ficam à disposição da

Assembleia Geral Ordinária para deliberação quanto a sua destinação, conforme

demonstrado no quadro a seguir:

Reservas de lucros:

2016 2015

Resultado do Exercício (Societárias) 205,47 202,93

Destinações

FATES 10,81 15,42

Reserva legal 10,91 19,74

Reserva de Manutenção, Ampliação e Melhoria 75,66 69,08

Total 108,09 98,69

112

NOTA 12 – RECEITA OPERACIONAL BRUTA

113

NOTA 13 – PESSOAL E ADMINISTRADORES

Pessoal e Administradores 2016 2015

Pessoal 7.457,18 6.804,61

Remuneração 4.489,73 4.040,31

Encargos 1.556,02 1.559,09

Despesas rescisórias 124,80 98,99

Outros benefícios - Corrente 1.437,37 1.264,25

(-) Créditos de tributos recuperáveis - -

Outros (150,74) (158,03)

Administradores 343,75 322,51

Honorários e encargos (Diretoria e Conselho) 303,12 304,00

Benefícios dos administradores 40,63 18,51

Total 7.800,93 7.127,12

NOTA 14 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO SEGREGADO POR ATIVIDADE

Sendo a CERGAL uma Permissionária Distribuidora de Energia Elétrica, com uma só

atividade concedida, está dispensada da publicação de Demonstrações do Resultado

do Exercício segregado por atividade.

NOTA 15 – REVISÃO E REAJUSTE TARIFÁRIO

REVISÃO TARIFÁRIA PERIÓDICA

O contrato de Permissão nº 16/2008, que regula a exploração dos serviços

públicos de distribuição de energia elétrica na área de permissão da CERGAL define a

data de 28 de setembro de 2012 como a data em que deverá ser processada a

primeira revisão tarifária periódica.

114

Contudo, pela ausência de metodologia em tempo hábil para a realização do

1CRTP, foi editada a Resolução Normativa nº 471, de 20 de dezembro de 2011, onde

foram estabelecidos os procedimentos a serem adotados nos processos de revisão

tarifária das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica, a

título provisório, até a publicação das correspondentes metodologias.

Nesse sentido, foi emitida a Nota Técnica nº 329/2012-SER/ANEEL, de 17 de

setembro de 2012, propondo a prorrogação da vigência das tarifas de fornecimento de

energia elétrica da CERGAL, constantes da Resolução Homologatória nº 1.206/, de 20

de setembro de 2011, até o processamento definitivo da revisão tarifária periódica da

permissionária.

Com o estabelecimento da metodologia do 1CRTP das Permissionárias em 05

de março de 2013, considerados os aperfeiçoamentos metodológicos determinados na

deliberação da Diretoria da ANEEL na 21ª Reunião Ordinária realizada em 11 de junho

de 2013, é processada a 1CRTP da CERGAL com data de competência

correspondente a 28 de setembro de 2012. As tarifas determinadas serão utilizadas

como referencial para a apuração de diferenças positivas ou negativas em relação às

tarifas efetivamente praticadas desde aquela data, cabendo a aplicação de eventuais

ajustes nos processos tarifários ordinários que forem realizados futuramente.

Para a segunda Revisão Tarifária Periódica – RTP, a permissionária adotou a

metodologia estabelecida no Submódulo 8.4, revisão 1.0 e no Submódulo 8.2, revisão

2,0 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET, ambos com data de

vigência de 28/03/2016 e aprovados pela Resolução Normativa nº 704/2016.

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL estabeleceu por meio da

Resolução Homologatória nº 2.146, de 27 de setembro de 2016, as tarifas de

fornecimento de energia elétrica e de uso dos sistemas de distribuição da CERGAL

resultantes do processo de reajuste tarifário de 2016, cujo reajuste médio foi de 1,93%

correspondente ao efeito médio a ser percebido pelos consumidores.

REAJUSTE TARIFÁRIO ANUAL

No reajuste anual, que ocorre entre as revisões tarifárias, as empresas

distribuidoras de energia elaboram os pleitos para reajuste das tarifas de energia

elétrica, com base em fórmula definida no contrato de concessão, que considera para

os custos não gerenciáveis (Parcela A), as variações incorridas no período entre

reajustes e, para os custos gerenciáveis (Parcela B), a variação do IPCA, ajustado

pela aplicação do Fator X, conforme mencionado no parágrafo anterior.

A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabeleceu por meio da

Resolução Homologatória nº 1966, de 24 de setembro de 2015, as tarifas de

fornecimento de energia elétrica e de uso dos sistemas de distribuição da Outorgada

resultantes do processo de reajuste tarifário de 2015, cujo reajuste médio foi de

21,83%, correspondendo a um efeito médio de 25,40% a ser percebido pelos

consumidores.

115

RESUMO DA REVISÃO TARIFÁRIA (OU REAJUSTE TARIFÁRIO)

Aplicando-se as metodologias definidas no Submódulo 8,4, revisão 1.0 e no

Submódulo 8.2, revisão 2,0 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET,

ambos com data de vigência de 28/03/2016 e aprovados pela Resolução Normativa nº

704/2016, o reajuste tarifário da outorgada é apresentado na tabela a seguir, onde são

apresentados todos os itens da receita requerida da permissionária, outras receitas

bem como os componentes financeiros e a receita verificada.

Para composição da Parcela B foram considerados os seguintes componentes:

Parcela B

DRA DRP Part. Var.

Valor da Parcela B R$ 11.575.286,28 R$ 12.585.070,00 4,00% 8,72%

NOTA 16 – CONCILIAÇÃO ENTRE BALANÇO REGULATÓRIO E SOCIETÁRIO

Para fins estatutários, a Outorgada seguiu a regulamentação societária para a

contabilização e elaboração das Demonstrações Contábeis Societárias, sendo que

para fins regulatórios, a Outorgada seguiu a regulamentação regulatória, determinada

pelo Órgão Regulador apresentada no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico.

Dessa forma, uma vez que há diferenças entre as práticas societárias e regulatórias,

116

faz-se necessária a apresentação da reconciliação das informações apresentadas

seguindo as práticas regulatórias com as informações apresentadas seguindo as

práticas societárias, conforme segue:

117

118

A seguir são detalhadas a natureza e explicações dos ajustes apresentados entre a

contabilidade societária e a regulatória:

119

[1] ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Os ajustes de Ativos Financeiros são decorrentes da contabilização na

contabilidade regulatória das Neutralidades da Parcela A que estão em formação,

sendo que na contabilidade societária não há este reconhecimento de direito.

[2] ATIVOS FINANCEIROS DA PERMISSÃO

Os ajustes dos Ativos Financeiros da Permissão são decorrentes de

contabilização na contabilidade societária de expectativa de direito incondicional de

receber caixa (indenização). Estes lançamentos na contabilidade societária foram

realizados em atendimento ao disposto na ICPC 01 - Contratos de Concessão, mas

que para fins de contabilidade regulatória tais práticas não são adotadas e desta

forma, apresenta-se ajustes nesta conciliação de saldos contábeis societários e

regulatórios. Nas demonstrações regulatórias esse valor faz parte do ativo imobilizado.

[3] IMOBILIZADO

Os ajustes da Reavaliação Regulatória e Depreciação são decorrentes do laudo de

avaliação do 1º ciclo de revisão tarifária periódica, atualizado e depreciado, não aceito

na contabilidade societária.

[4] RECEITA E CUSTO DE CONSTRUÇÃO (RESULTADO)

Os ajustes são decorrentes da aplicação do conceito do ICPC 01 E OCPC 05,

que, por se tratar de ativo imobilizado em curso que já é vinculado à Permissão, deve

ser reconhecido pelo IFRS como RECEITA DE CONSTRUÇÃO, e, no mesmo instante,

reconhecido o CUSTO DE CONSTRUÇÃO do Ativo Intangível da Permissão.

[5] CONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SOBRAS (SOCIETÁRIA E REGULATÓRIA).

2016 2015

Saldos no início do exercício 32,61 35,00

Efeito dos ajustes entre contabilidade societária

versus regulatória (1.048,74) (2,39)

Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) 0,00 0,00

Ativos e passivos financeiros setoriais (1.214,08) (42,39)

Reavaliação regulatória compulsória 0,00 0,00

Realização reavaliação regulatória compulsória 165,34 40,00

120

Efeitos IFRS - Outras Reservas de Capital 0,00 0,00

..... 0,00 0,00

Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 0,00 0,00

Saldos no fim do exercício 1.016,13 32,61

Os efeitos constatados a título de Reavaliação Regulatória Compulsória,

referem-se a reversão da Reserva da Reavaliação Regulatória Compulsória, já que a

mesma não é aceita pelas normas da Contabilidade Internacional, sendo revertida

contra as contas correspondentes do Ativo Imobilizado em Serviço.

Os ativos e passivos financeiros regulatórios foram todos registrados na

contabilidade societária com a assinatura do aditivo do contrato de permissão. Com

isso, estes valores não geram diferenças entre o patrimônio líquido da societária e

regulatória.

[6] CONCILIAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO SOCIETÁRIO E REGULATÓRIO.

2016 2015

Lucro (prejuízo) líquido conforme contabilidade societária 205,48 202,93

Efeito dos ajustes entre contabilidade societária versus

regulatória 1.062,64 42,07

Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) 0,00 0,00

Ativos e passivos financeiros setoriais 1.150,53 105,63

Reavaliação regulatória compulsória 0,00 0,00

Depreciação - reavaliação regulatória compulsória (87,89) (63,56

Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 0,00 0,00

Lucro (prejuízo) líquido regulatório 1.268,12 245,00

Depreciação - Reavaliação Regulatória Compulsória: Trata-se da reversão das

cotas de depreciação da reavaliação regulatória compulsória, realizadas no exercício

de 2016, cujos efeitos não são reconhecidos na Contabilidade Societária.

Ativos e passivos financeiros setoriais: Trata-se de valores regulatórios que

anteriormente eram registrados somente na contabilidade regulatória. Com a

assinatura do aditivo do contrato de permissão, estes valores também estão sendo

registrados na contabilidade societária. Desta forma, com os ajustes destes valores

entre regulatória e societária, houve diferença de R$ 1.150,53 mil.

121

Parecer do Auditor Independente Sobre as Demonstrações Contábeis

Regulatórias

122

123

124