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- 1 – Mobilidade Módulo 1 - O conceito de mobilidade Todo profissional gostaria de levar para reuniões com clientes e parceiros de negócios, ou mesmo em viagens, ou para qualquer outro lugar, inclusive para sua própria casa, o arsenal de informações e demais recursos que usa em seu escritório físico. Se, além disso, ele também puder trocar e atualizar dados on-line com os sistemas corporativos, melhor ainda. Até poucos anos atrás, esse desejo era apenas parcialmente atendido, devido às limitações da tecnologia. Hoje, porém, o panorama apresenta significativas mudanças. A computação móvel avançou e trouxe a proliferação de dispositivos de diferentes formatos e capacidades. Aliados à criação e ao aperfeiçoamento das redes sem fio e de telefonia celular, esses dispositivos garantem mais mobilidade aos profissionais. Este é um segmento em constante evolução e que atrai o interesse de várias fornecedoras de soluções de hardware, software e serviços. Elas não hesitam em investir pesadas cifras no desenvolvimento de novos produtos não apenas móveis, mas também, e principalmente, concebidos para serem usados em ambiente wireless. Pesquisa da Infonetics Research mostra que até 2011, 17% das empresas americanas adotarão banda larga por 3G e 11% por WiMax . O estudo também detectou que redes wireless LANs serão adotadas por 73% das organizações americanas até 2011, enquanto a tecnologia metropolitana WiMesh será usada por 11% delas. Isso porque a mobilidade é vista pelos usuários corporativos como parte fundamental de sua estratégia de comunicação. As redes wireless, por sua vez, constituem a base dessa infra-estrutura. O uso da videoconferência, por exemplo, deve chegar a 34% em 2009. Em termos conceituais, a mobilidade pode ser definida como a capacidade de acessar informações a partir de qualquer lugar, a qualquer hora. Para isso, é preciso contar com dispositivos móveis como notebooks, laptops, handhelds, entre outros, e com uma conexão wireless eficiente, para o acesso aos sistemas remotos e à Internet.

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Mobilidade

Módulo 1 - O conceito de mobilidade

Todo profissional gostaria de levar para reuniões com clientes e parceiros de negócios, ou mesmo em viagens, ou para qualquer outro lugar, inclusive para sua própria casa, o arsenal de informações e demais recursos que usa em seu escritório físico. Se, além disso, ele também puder trocar e atualizar dados on-line com os sistemas corporativos, melhor ainda.

Até poucos anos atrás, esse desejo era apenas parcialmente atendido, devido às limitações da tecnologia. Hoje, porém, o panorama apresenta significativas mudanças. A computação móvel avançou e trouxe a proliferação de dispositivos de diferentes formatos e capacidades. Aliados à criação e ao aperfeiçoamento das redes sem fio e de telefonia celular, esses dispositivos garantem mais mobilidade aos profissionais.

Este é um segmento em constante evolução e que atrai o interesse de várias fornecedoras de soluções de hardware, software e serviços. Elas não hesitam em investir pesadas cifras no desenvolvimento de novos produtos não apenas móveis, mas também, e principalmente, concebidos para serem usados em ambiente wireless.

Pesquisa da Infonetics Research mostra que até 2011, 17% das empresas americanas adotarão banda larga por 3G e 11% por WiMax . O estudo também detectou que redes wireless LANs serão adotadas por 73% das organizações americanas até 2011, enquanto a tecnologia metropolitana WiMesh será usada por 11% delas.

Isso porque a mobilidade é vista pelos usuários corporativos como parte fundamental de sua estratégia de comunicação. As redes wireless, por sua vez, constituem a base dessa infra-estrutura. O uso da videoconferência, por exemplo, deve chegar a 34% em 2009.

Em termos conceituais, a mobilidade pode ser definida como a capacidade de acessar informações a partir de qualquer lugar, a qualquer hora. Para isso, é preciso contar com dispositivos móveis como notebooks, laptops, handhelds, entre outros, e com uma conexão wireless eficiente, para o acesso aos sistemas remotos e à Internet.

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Primeiras iniciativas da comunicação sem fio

Engana-se quem pensa que a mobilidade é um conceito moderno. O desejo da humanidade de se comunicar à distância e sem fio é muito antigo e remonta às sociedades primitivas que utilizavam tambores e sinais de fumaça para isso. Os pombos-correio fazem parte dessa tendência, e foram utilizados por algumas civilizações para possibilitar a concretização desse sonho, que viria a se tornar factível e cada vez mais eficiente com o auxílio da tecnologia.

Um grande e decisivo passo nessa direção foi a criação do primeiro telégrafo ótico, pelo cientista francês Claude Chappe, em 1794, que possibilitou a formação da primeira rede de telégrafos abrangendo as cidades de Lyon (França), Turim, Milão e Veneza (Itália). Nos anos subseqüentes, outros grandes cientistas e estudiosos de diversos países, especialmente da Europa, deram valiosas contribuições para a evolução das comunicações.

Entre eles, destacam-se Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, em 1876; Heirich Rudolf Hertz, que detectou as ondas eletromagnéticas previstas pelas equações de Maxwell em 1887; além de Gugliermo Marconi, que inventou o primeiro receptor sem fio de uso prático em 1896. Em 1901, foi realizada a primeira comunicação transatlântica. E desde então, a tecnologia nunca mais parou de evoluir.

A partir do século XX, os sistemas de comunicação ganharam mais impulso. Em 1921, entrava em operação, nos EUA, o sistema de radiodifusão comercial e a utilização da comunicação sem fio deslanchou, sobretudo no período entre 1939 e 1945.

A Illinois Bell Telephone Company introduziu, em 1946, um sistema de telefonia móvel que permitia a comunicação bidirecional e sem fios entre automóveis e o sistema de telefonia. Nos anos posteriores, mais precisamente em 1947, a AT&T Bell Labs lançava o conceito de sistema celular baseado no padrão AMPS (Advanced Mobile Phone System) que seria demonstrado na prática em 1963.

Vinte anos mais tarde começava a operar nos EUA o primeiro sistema comercial de telefonia celular, utilizando o AMPS, que propiciou o desenvolvimento de outros padrões e ainda hoje é a base para a maioria dos sistemas analógicos de telefonia sem fio em uso.

Nos anos 90 o crescimento da tecnologia wireless intensificou-se ainda mais, dando margem ao surgimento de vários sistemas de comunicação sem fio, como o próprio telefone celular, a computação móvel e diferentes tipos de redes.

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Computação Móvel

Carregar o computador literalmente debaixo do braço passou a ser possível no início da década de 80, com o surgimento dos notebooks ou laptops. Os primeiros modelos pesavam em média 12 quilos, enquanto os atuais encontram-se na faixa dos 3 quilos. Comparados aos computadores de mesa (desktops), os notebooks eram e continuam sendo mais caros e frágeis, mas representam uma ferramenta valiosa para os profissionais que precisam de mobilidade. Por volta de 1991, a Hewlett-Packard (HP) lançou seu primeiro computador portátil, batizado de HP951 X Palmtop PC.

Também a partir dos anos 90 houve a popularização de mais duas classes de computadores portáteis: o handheld e o PDA (Personal Digital Assistant). Este último, também chamado de palmtop, devido ao seu tamanho reduzido, o que gerou uma confusão de terminologia, ainda reinante, em relação aos produtos fabricados pela empresa Palm, e com a marca Palmtop PC utilizada pela HP. A idéia era oferecer aparelhos pequenos, do tamanho da palma da mão e que coubessem no bolso, sendo também mais leves, com baixo consumo de energia, capazes de executar todas as funções básicas, como processamento de textos, planilhas, coleta de dados, acesso à Internet, entre outras funções. Os handhelds são uma espécie de notebook em miniatura, com teclado (ou com caneta) e tela, e os PDAs são ainda mais compactos, não possuem teclado e o texto é digitado sobre um teclado gráfico, formado em parte da tela, ou escrito à mão com a utilização de uma caneta própria para isso.

Atualmente existem várias classes e modelos de dispositivos móveis que, em todos os casos, permitem fazer uma conexão com os micros de mesa (desktops) para a troca de informações e instalação de programas. Eles compõem o universo do que foi classificado como computação móvel, também chamada de computação ubíqua ou pervasiva, e que está evoluindo para a wireless computing – computação sem fio.

Pode-se afirmar que a computação móvel é o último estágio do desenvolvimento da computação pessoal e cada vez mais atrai a atenção de empresas que contam com significativo contingente de profissionais em campo, que nada ficam a dever, em termos de produtividade, àqueles que permanecem restritos ao ambiente do escritório. É o caso dos vendedores que necessitam acessar bases de dados corporativas de forma remota e executar diversas operações, como consulta aos estoques, prazos de entrega, emissão de pedidos, requisição de mercadorias, entre outras. Hoje a computação móvel mostra-se útil a praticamente todos os profissionais de diferentes áreas e, principalmente para aqueles que gastam parte do seu tempo em viagens de negócios, ou mesmo participando de cursos, congressos e outras atividades externas.

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No entanto, a mobilidade implica algumas questões que devem ser consideradas, como a dos limites físicos de hardware, para garantir a portabilidade, a capacidade de processamento, os softwares disponíveis, a comunicação com os sistemas remotos, a autonomia de energia, entre outras. As indústrias de hardware e de software têm se empenhado em otimizar esses e outros aspectos. A Intel busca aprimorar tecnologias de ponta para, cada vez mais, aliar praticidade, alto desempenho, segurança e praticidade para os usuários de dispositivos móveis.

Disponibilidade é tudo

As dezenas de milhares de pontos de acesso públicos no mundo inteiro permitem levar a empresa a qualquer lugar do planeta. Quer o funcionário saia em uma viagem internacional, ou apenas vá tomar um cafezinho, é possível continuar conectado, ter carga suficiente para estar disponível, desde que seu notebook seja equipado com a tecnologia de processador Intel Centrino Duo. A disponibilidade é tudo. Com o desempenho dual-core é fácil estar disponível para todos os clientes com a bateria de longa duração e a conectividade sem fio.

A implementação de WiMAX, a inovação em andamento de sua popular tecnologia de processador Intel Centrino Duo para notebooks e o surgimento de uma nova categoria de dispositivos para conexão à Internet fomentarão uma nova era de computação com conexão de banda larga sem fio. Sob o lema da computação mais eficiente no consumo de energia, mais rápida e com dispositivos menores, os consumidores preferirão cada vez mais essa combinação de tecnologias para utilizar a Internet como entretenimento, negócios e na personalização de conteúdos.

A Intel é líder do mercado de notebooks atualmente, e fornece aos consumidores o que eles desejam em termos de desempenho, duração de bateria e uma experiência online completa. Os usuários móveis desejam cada vez mais mobilidade e conectividade, bem como toda a experiência da Internet em seus dispositivos, que ficam menores a cada dia. A Intel suprirá esses desejos ao oferecer os mais recentes processadores de 45nm e a tecnologia WiMAX nos notebooks, bem como nos dispositivos móveis para a Internet em 2008. Além disso, a companhia tem planos de, com essas tecnologias, levar a computação de baixo custo e a experiência da Internet para as comunidades e economias emergentes de todo o mundo.

Com lançamento previsto para o final de 2008, a tecnologia de processador codinome “Montevina” será utilizada em todos os tamanhos de notebooks. A nova tecnologia também oferecerá suporte para HD-DVD*/Blu-ray* para a próxima geração de funções de gerenciamento de dados e segurança para o mercado empresarial. Montevina será a primeira tecnologia de processador Intel® Centrino® a oferecer a opção das tecnologias wireless Wi-Fi e WiMAX integradas, para melhor acesso à banda larga sem fio.

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Para os consumidores cada vez mais querem acessar conteúdos gerados pelos usuários, vídeos de alta definição, músicas, fotos e outros arquivos pesados durante as viagens, o WiMAX móvel oferecerá velocidades multi-megabits, maior taxa de transferência e maior alcance, se comparada a outras alternativas de banda larga sem fio. Em seu mais recente evento mundial voltado à divulgação das novidades tecnológicas, a Intel demonstrou as capacidades do WiMAX móvel, usando três veículos que passeavam pelo meio do auditório durante o evento.

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Mobilidade

Módulo 2 - Primeiros passos

Mobilidade significa estar conectado a todas as informações importantes para a vida pessoal ou profissional, a qualquer hora e onde quer que se esteja. Hoje, muitas organizações investem em dispositivos móveis para oferecer essa mobilidade e flexibilidade de acesso às equipes. Além de integrar micros em rede, a tecnologia sem fio também facilita a troca de dados entre periféricos e dispositivos, via Wi-Fi ou Bluetooth.

Ao adotar uma estratégia de mobilidade, a companhia libera o acesso imediato aos dados para a tomada de decisão e idéias inovadoras podem ser capturadas e compartilhadas instantaneamente. Além disso, sempre que precisarem de concentração, os funcionários podem se retirar para um local tranqüilo, e, ainda assim, continuar tendo acesso a tudo o que for necessário para seu trabalho.

Wireless se refere à comunicação sem cabos ou fios e usa principalmente freqüência de rádio e radiação infravermelha. Para ter acesso à Internet por uma rede Wi-Fi, deve-se estar no raio de ação de um ponto de acesso (hotspot) ou local público onde opere uma rede sem fio. Para se conectar é necessário usar um dispositivo móvel, como um computador portátil, um Tablet PC ou um assistente pessoal digital (PDA) com capacidade de comunicação sem fio.

O hotspot estabelece um ponto de acesso para a conexão de Internet. Ele transmite o sinal sem fio a uma distância de cerca de 100 metros. Quando um periférico com capacidade de comunicação sem fio encontra um hotspot, ele pode se conectar na mesma hora à rede sem fio. Muitos deles estão localizados em aeroportos, cafés, hotéis e livrarias. Há casas e escritórios que também já têm redes sem fio. Enquanto alguns hotspots são gratuitos, a maioria das redes públicas é suportada por Provedores de Serviços de Internet (Internet Service Provider – ISPs) que cobram uma taxa dos usuários para conectar à Web.

Mobilidade e mercado

Hoje em dia, grande parte dos negócios das organizações é desenvolvida em ambientes móveis. Com isso, os funcionários podem viajar para visitar seus clientes, trabalhar remotamente, utilizar dispositivos móveis para se comunicar, estar conectados a recursos corporativos em um outro país, tudo isso de qualquer parte do mundo, não importando onde estejam.

Ao mesmo tempo, as empresas buscam formas de aumentar sua produtividade aproveitando as funcionalidades do ambiente móvel.

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Elas se preocupam em administrar seus recursos, e em oferecer opções seguras tanto para seus empregados quanto para os sócios do negócio, além de contar com flexibilidade para abraçar as novas tecnologias dentro de sua infra-estrutura atual.

A fase em que se encontra a América Latina em relação à mobilidade reflete que são as maiores empresas que possuem a maioria de seus usuários conectados a uma solução móvel. Em muitos casos, em empresas grandes, médias e pequenas, o computador portátil é um ícone de hierarquia, pois é destinado apenas a gerentes de certo nível para cima. Mundialmente, existem inúmeros exemplos de empresas que adotam as melhores práticas da indústria no uso de computadores portáteis. Esses casos de sucesso variam desde empresas de consultoria que implementam para seus clientes melhoria de processos com o uso de notebooks e PDAs, até empresas de pesquisa que compartilham em tempo real os resultados de uma votação presidencial.

O nível de especialização a que se pode chegar é muito específico para cada caso, dando um caráter vital à relação direta que deve haver entre provedor de solução e o cliente usuário final, na qual cada solução pode ser desenvolvida na medida da necessidade do cliente.

A mobilidade em uma empresa é muito importante nos níveis em que se tomam as decisões, pois gerentes e diretores podem ser mais produtivos ao utilizar um computador portátil. Contudo, a flexibilidade e a rapidez de comunicação obtidas em nível gerencial não podem ser executadas de maneira imediata pelo pessoal operacional, caso não estejam conectados a seus PCs no escritório, no momento adequado.

Competitividade

A mobilidade é um dos caminhos seguidos pelas grandes corporações para atingir seus objetivos e melhorar sua competitividade. Com o uso de uma solução móvel, esses executivos têm acesso à informação, agendam reuniões e podem se comunicar com qualquer pessoa, onde quer que estejam. A conseqüência é a melhoria da prestação de serviço aos clientes.

Uma das grandes preocupações das organizações e dos empresários gira em torno da competitividade. A concorrência não está presente unicamente entre as empresas que produzem, fabricam ou comercializam um mesmo produto ou serviço em uma mesma região, mas também em outras regiões e países do mundo. Sem dúvida, essa mudança é conseqüência da globalização, que abre um leque de oportunidades e de novos mercados.

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Em cada um desses países encontraremos concorrentes com diferentes capacidades e, em todos os casos, o empresário deve estar preparado para responder melhor ao desafio de consolidar sua permanência no mercado. Nesse cenário, a forma de trabalho da organização de hoje em dia também tem evoluído. Muitos executivos não permanecem mais no escritório, durante o dia todo. Ainda quando ficam, estão em constante movimento: alguns necessitam visitar clientes fora da cidade ou do país, outros têm reuniões constantes em diferentes áreas de sua empresa e outros, por diferentes motivos, têm que passar muito tempo em casa. Conclusão: o lugar de trabalho deixou de ser fixo.

Vantagens

Os benefícios qualitativos são muito claros: quando o trabalho é realizado em um ambiente móvel e em um clima de compartilhamento das informações, é notório o incremento do conhecimento pessoal, das aptidões e das habilidades. Essas habilidades identificam as organizações que têm mais potencial de manter mais proximidade com os clientes. Quando o cliente é cercado de soluções, decisões ágeis, redução no tempo de resposta, além de uma maior habilidade no conhecimento dos seus problemas, a empresa consegue desenvolver melhores produtos e oferecer melhores serviços.

Em complemento a isso, não há mais nenhuma dúvida que os computadores móveis são capazes de modificar a natureza das relações de trabalho nas organizações. Em muitos casos, as estruturas são mais dinâmicas, o controle e comprometimento são ampliados e o poder de decisão dos empregados está aumentando naquelas empresas em que conquistar os melhores resultados é o principal objetivo. Com esse novo modelo de trabalho, as barreiras de tempo, distância ou localidade então sendo eliminadas. E isso dá a empresa e a seus empregados mais flexibilidade para fazer bons negócios.

Infra-estrutura

Quando uma empresa decide adotar recursos de mobilidade no seu dia-a-dia, é importante saber que não se trata apenas de adquirir laptops, PDAs e qualquer outro dispositivo móvel sem antes realizar algumas mudanças de infra-estrutura tecnológica. Também é fundamental listar as reais necessidades de uma empresa em relação à mobilidade. É um investimento importante, que pode trazer inúmeros benefícios, mas é preciso ter cautela para não desperdiçar recursos com soluções que serão pouco utilizadas.

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Podemos dividir essa infra-estrutura em dois grandes blocos:

Infra-estrutura cliente – Inclui o hardware e o software utilizado pelos usuários finais, quer os PCs sejam de mesa ou portáteis, o software neles instalados e impressoras e câmaras digitais, que também entram nessa categoria. O custo unitário dessa infra-estrutura é baixo, mas geralmente muitas unidades são necessárias.

Infra-estrutura oculta – Consideramos nesse caso toda a infra-estrutura robusta que alimenta a informação que o usuário final vê. Aqui há servidores, sistemas de armazenamento, sistemas de informação e bases de dados, etc. Seu custo unitário costuma ser alto, mas não são necessárias muitas unidades.

As empresas que implementaram soluções de mobilidade o fizeram em etapas, pois dependendo da fase em que se encontram, suas necessidades são distintas:

Em software – Em geral, em uma primeira etapa, o foco está nas aplicações horizontais, isto é, naquelas que podem causar impacto em toda a organização, sem importar a área. Os exemplos mais comuns são as soluções de correio eletrônico ou extranet. Uma segunda fase contempla as aplicações verticais, isto é, as que causam impacto em uma área específica da empresa.

Em hardware – Na primeira fase, mais do que dotar toda a organização de novas ferramentas, a tendência é ir substituindo a atual base instalada de equipamentos para contemplar todo o pessoal com a ferramenta básica e angular da mobilidade: o notebook (ou laptop). Também nessa etapa inicial procura-se priorizar o time mais estratégico da organização. Esse também é o momento certo para investir naqueles elementos que possibilitam e maximizam a utilização dos notebooks: acessos de banda larga sem fio (hotspots) e sistemas de segurança como firewalls, etc.

Na segunda fase, o objetivo é dotar os usuários de portáteis que atendam a certas exigências. Exemplo: duração de bateria, rendimento, peso, tamanho de tela, etc. As necessidades variarão de acordo com a área da empresa a ser atendida.

O acesso dos equipamentos à rede, à Internet e a ferramentas de colaboração como software de mensagem eletrônica são de suma importância para facilitar a coleta e a troca de informações entre as equipes que, muitas vezes, são descentralizadas e trabalham em um mesmo projeto. No entanto, a maior preocupação dos gestores de TI está relacionada à aquisição destes equipamentos móveis, uma vez que os orçamentos estão cada vez menores e devem ser suficientes para suprir as necessidades da empresa. No mercado brasileiro, historicamente, a maior importância era dada ao preço, ao investimento a ser feito na aquisição dos computadores móveis e, até por este motivo, ele era considerado um símbolo de status dentro das empresas.

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Felizmente isso tem mudado nos últimos anos: as funcionalidades e o desempenho passaram a ter um peso e uma importância muito grandes na hora de optar entre os vários modelos disponíveis. Os serviços pós-venda estão sendo cada vez mais levados em consideração, uma vez que nesse quesito residem as diferenças entre as soluções que apresentam retorno positivo e as que não apresentam tal retorno para a empresa.

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Mobilidade

Módulo 3 - Mudanças

O Instituto Gartner divulgou um estudo que aponta que o gasto global com tecnologia da informação alcance a marca de 3,1 trilhões de dólares em 2007. Esse valor, caso seja confirmado, representará um aumento de 8% em relação a 2006. Para 2008, a previsão é de crescimento de 5,5% do mercado, o que corresponde a um faturamento mundial a 3,3 trilhões de dólares. Nos países em desenvolvimento, a previsão é de crescimento rápido dos gastos com TI. O cálculo é que em 2008 um terço do investimento mundial em tecnologia será realizado fora das nações ricas.

As três áreas que mais crescem no mercado – software, serviços e mobilidade – também deverão crescer nos países em desenvolvimento. Em 2006, os três setores respondiam por 57% dos gastos em TI. Em 2011, de acordo com a previsão do Gartner, elas atingirão 63% do investimento global.

Quais são as mudanças necessárias no negócio?

Quem não deseja ver a sua empresa perder o rumo da competitividade, não pode deixar de lado essa informação. A mobilidade será o grande divisor de águas entre as empresas de sucesso e as que somente sobrevivem, ou nem isso. Se no início, os notebooks eram usados apenas pelos diretores e gerentes de maior importância dentro de uma organização, agora as vantagens da mobilidade são difundidas entre os diversos níveis hierárquicos. Quem viaja muito, por exemplo, tem um grande ganho de produtividade, mesmo porque seu trabalho fora do escritório não existiria sem um notebook. Gerentes, consultores, vendedores e profissionais liberais que mantêm contato direto com clientes devem apostar nos benefícios da tecnologia móvel.

Além do aspecto puramente técnico, a adoção da mobilidade implica mudança de paradigma que poderá atingir o próprio negócio da empresa. A maneira de fazer negócio, em geral, é positivamente influenciada, quando se decide pela mobilidade. Mas como toda mudança exige preparação, esse módulo aponta como deve se dar o envolvimento dos funcionários no projeto.

Deve ser feita uma avaliação geral da empresa, para que sejam identificados os funcionários que mais serão beneficiados com a mobilidade. Na maioria dos casos, o acesso ao e-mail é a primeira aplicação móvel nas companhias. Os profissionais móveis precisam ser capazes de acessar dados relacionados à empresa via e-mail e usar aplicações específicas para administrar suas tarefas. Os representantes de vendas também precisam trocar informações para trabalhar em conjunto.

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A gerência necessita de um processo ajustado para, em tempo real, fornecer informações sobre os negócios e avaliar oportunidades ou checar os níveis de estoque e os recursos disponíveis para cumprir os prazos de implementação.

Uso dos notebooks

Agora os fabricantes de notebooks estão expondo ainda mais as vantagens desses equipamentos, para que eles se popularizem cada vez mais. Viajantes constantes ou ocasionais têm um ganho de produtividade incalculável, e até mesmo podemos dizer que seu trabalho fora do escritório não existiria sem um notebook. Gerentes, consultores, vendedores, profissionais liberais, enfim, quase todos os empregados e empresários que, de alguma forma, tenham contato direto com o cliente devem apostar nessa tecnologia, uma vez que os ganhos serão realmente grandes.

Funcionários que têm como base o escritório ganham em produtividade com a mobilidade, na medida em que têm a possibilidade de se deslocar dentro da estrutura da empresa e, assim, resolver problemas trocando informações com mais facilidade e agilidade. Nas grandes cidades brasileiras, como acontece em qualquer grande centro urbano do mundo, o deslocamento toma do executivo um tempo precioso e havendo a possibilidade de aproveitá-lo para resolver problemas, fechar negócios e ganhar mercado ampliando seu campo de ação com o apoio de um notebook, a empresa tem muito a ganhar.

Dicas de mobilidade

A implantação de dispositivos portáteis, como smartphones, laptops e PDAs, obriga a equipe de TI a levar em conta uma série de requisitos de mobilidade, para garantir que os dispositivos móveis realmente melhorem a produtividade das equipes de trabalho, como prometem, sem comprometer a infra-estrutura da empresa. Especialistas indicam oito itens fundamentais, a serem considerados:

*1.* Obter autorização da gerência: Devido ao custo e aos eventuais problemas de segurança, não é recomendado que os usuários levem para a empresa seus dispositivos móveis, na esperança que o departamento de TI vá oferecer suporte a eles. A gerência deve determinar claramente a relação custo-benefício do dispositivo para a empresa.

*2.* Entender as restrições dos usuários enquanto estiverem móveis: Como parte da pesquisa de retorno de investimento, recomenda-se que seja feito um estudo detalhado dos requisitos dos usuários. Por exemplo, se as pessoas precisarem de conectividade contínua e altamente estável, o melhor é optar pela banda larga. Para acessos esporádicos, um modem mais barato pode ser suficiente. Também é importante identificar os locais em que os funcionários pretendem usar o dispositivo com mais freqüência. Por exemplo: no escritório do cliente, um laptop é mais adequado. Mas no carro, o melhor é usar um dispositivo portátil menor.

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A natureza da comunicação dos usuários (por voz ou por dados) é outro fator determinante na escolha entre um celular, um PDA ou um smartphone.

*3.* Conhecer as restrições de tecnologia fora da empresa: Depois de determinar as necessidades dos funcionários, é a vez de analisar os dispositivos. Como os dispositivos sem fio consomem bateria, talvez seja preciso adicionar uma bateria extra para um dispositivo equipado com banda larga. Se os funcionários do depósito estiverem carregando PDAs para controle de estoque, poucos desses dispositivos sobrevivem a uma queda no chão de concreto. Por isso, é aconselhável escolher uma versão mais durável. Se não é preciso que os funcionários voltem todos os dias ao escritório central, uma boa idéia é investir também em suportes extras de recarregamento, para que eles utilizem os dispositivos em casa.

Além disso, ainda há a natureza diversificada do acesso sem fio. É preciso determinar quais operadoras oferecem melhor cobertura nas áreas de atuação dos funcionários e também as opções de acesso disponíveis mais viáveis — LAN sem fio, banda larga, modem celular.

*4.* Padronizar dispositivos: Talvez não seja possível adotar um único dispositivo como padrão, de acordo com os diferentes departamentos que passarão a usar dispositivos móveis. Outro fator a ser pensado diz respeito às constantes modificações nos recursos dos produtos e ciclos de lançamento. Por isso, talvez não seja possível repor um dispositivo por outro idêntico, seis meses após a compra inicial. Porém, com um único fornecedor, geralmente é possível negociar descontos por volume, com base nas compras realizadas ao longo de um determinado período. O ideal é oferecer aos funcionários três opções de dispositivos, com diferentes características, como tamanho da tela, tempo de carga da bateria e capacidade da memória. Essas opções limitadas de escolha são importantes para que seja possível oferecer suporte eficiente. É bom lembrar que quanto mais sofisticado for um dispositivo, é provável o surgimento de problemas de suporte mais complexos.

*5.* Estabelecer planos de contingência para a segurança: Por precaução, é recomendável criptografar certas unidades ou pastas com dados confidenciais da empresa nos laptops e em unidades portáteis (do tipo “memory stick”). Se possível, o recurso de segurança automatizado que apaga a unidade de disco rígido e a memória de um dispositivo quando ele tenta acessar o sistema da empresa, conhecido como “kill”, deve ser adotado. Devem ainda ser configurados cartões de acesso às instalações que atuem como cartões de acesso a laptops e exijam senha de acesso. Dessa forma, ninguém poderá acessar o computador sem o cartão e as devidas credenciais.

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*6.* Acesso e integração de dados: Se um aplicativo móvel requer acesso a sistemas da empresa, é preciso analisar com rigor a freqüência com que os usuários acessarão esses sistemas e como isso afetará o desempenho no servidor e no dispositivo móvel. Se for configurado um sistema separado para o acesso a dados, o banco de dados principal poderá ser atualizado por meio de uma conexão de maior velocidade. Assim, o aumento do tráfego causado pelos usuários remotos com dispositivos sem fio, que podem trocar informações em velocidades mais baixas de transferência de dados, não afetará necessariamente o desempenho do servidor da empresa, seja para os usuários internos ou remotos. Isso é muito importante para troca de e-mails.

*7.* Desenvolver aplicativos móveis: Hoje, o desenvolvimento de aplicativos personalizados para dispositivos móveis tornou-se mais fácil devido à linguagem XML e às ferramentas de desenvolvimento sem fio.

*8.* Oferecer suporte remoto: As equipes e TI precisarão oferecer suporte a dispositivos que não estarão na empresa, e também aos funcionários com menos experiência em computação que os funcionários convencionais de escritório. Isso pode representar uma dificuldade inicial. Algumas empresas costumam designar um ou dois membros da equipe de TI como fonte principal de contato para questões de suporte remoto. Como os trabalhadores remotos costumam ainda viajar em horários fora do expediente, é bom também que seus dispositivos já contem com arquivos com dicas básicas de solução de problemas. Ou essas dicas podem estar disponíveis por intermédio de um sistema automatizado de suporte por telefone.

Seguindo essas dicas básicas, a empresa só tem a ganhar, em produtividade e em competitividade no mercado. O esforço – garantem as empresas que já adotaram a mobilidade – vale a pena.

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Mobilidade

Módulo 4 - Convergência

Não importa o dispositivo. Todos eles estão na mira da convergência. Ela promete criar uma grande rede sem fio, capaz de conectar PDAs, handhelds, palmtops aos desktops e sistemas fixos. O tema não é recente. Desde o final da década de 80, as corporações começaram a se voltar para o conceito de convergência tecnológica. A diferença é que naqueles tempos o que se entendia por convergência era a busca de uma fórmula para se otimizar os meios de comunicação, por intermédio da instalação de equipamentos, ou da utilização de sistemas que permitissem o tráfego de dados pelas mesmas vias.

Com base nesse conceito, muitas redes corporativas foram construídas para suportar aplicações que precisavam cada vez mais de segurança, integração e gerenciamento. Hoje, entende-se por convergência algo bem mais abrangente, como a capacidade de integração entre diferentes redes, equipamentos e os mais variados dispositivos para o tráfego de dados, voz e imagens.

Com isso, a tecnologia passa a ser o meio e não mais o fim para as companhias, ampliando ainda mais o leque de opções de ferramentas e soluções em prol dos negócios. Atualmente, é inconcebível ter que reavaliar a infra-estrutura e o investimento feito em tecnologia de rede cada vez que a empresa decide implantar uma nova aplicação. Se precisar duplicar, triplicar ou multiplicar sua necessidade de comunicação, ela poderá partir para a contratação de prestadoras de serviços que disponibilizam fibras óticas de alta capacidade e também satélites, que possibilitam o acesso a circuitos para qualquer limite de banda.

Integração total

Realizar a convergência tecnológica hoje significa aliar as mais avançadas técnicas de integração de sistemas computacionais distribuídos com os sistemas de telecomunicações, resultando numa integração total e com a inexistência de sistemas isolados. Vídeo, voz e dados passam a coexistir no mesmo meio. Assim, deixa de ser necessário manter uma rede de telecomunicações em paralelo a outra, de comunicação de dados. As mídias passam a trafegar pela mesma via. Na prática, isso se traduz em redução de custos. Voz, dados e imagens passam a dividir os mesmos circuitos e tecnologias.

Dessa forma é possível para a empresa, por exemplo, economizar nas suas contas de telefone, na medida em que as ligações interurbanas e internacionais poderão ser feitas ao preço de uma ligação local. Outra vantagem é a possibilidade de realizar videoconferências, reduzindo em mais de 70% a necessidade de deslocamento de executivos e profissionais para participação em reuniões, cursos e treinamentos.

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O caminho da convergência, no entanto, ainda é nebuloso e há grandes desafios a enfrentar. Muitos recursos empregados no processo são pouco conhecidos, e outros estão ainda em fase de amadurecimento, como é o caso da manipulação dos comprimentos de onda dentro das fibras ópticas (DWDM – Dense Wavelenght Divison Multiplexing) e dos inúmeros protocolos de comunicação que foram criados ou modificados nos últimos anos, como o MPLS (Multiprotocol Label Switching) e o IPv6.

Processo complexo

Outro grande problema é o complexo processo de migração dos sistemas já implantados (legados) para os sistemas convergentes, também chamados de sistemas NGN (Next Generation Networks). Essas novas redes são unificadas e baseadas em tecnologia IP (Internet Protocol), que se caracterizam por prover o acesso a diferentes tipos de serviços de telecomunicações (desde os básicos, até aos mais elaborados) para os mais diversos perfis de usuários. O conceito em que foram fundamentadas baseia-se, principalmente, na redução de camadas tecnológicas usadas nas redes das operadoras para o fornecimento de aplicações e serviços, de modo a reduzir custos, simplificar a arquitetura operacional e otimizar as receitas.

As operadoras de telecomunicações que optarem pela adoção das NGNs poderão deixar de ter que operar diferentes redes destinadas ao fornecimento de serviços distintos, como telefonia, dados e IP, ocupando-se com a operação de apenas uma rede para tudo isso. Elas terão uma rede única que permitirá disponibilizar esses e outros diferentes serviços, além de oferecer soluções sob medida para atender às necessidades dos usuários.

Um dos principais obstáculos das operadoras que decidirem migrar para as NGNs será o de adaptar a cultura organizacional e as políticas internas ao novo cenário. Quanto aos novos produtos e serviços que passarão a ser oferecidos, será preciso garantir que a qualidade das soluções corresponda às expectativas dos usuários, cujo parâmetro depende dos níveis das aplicações tradicionais. Sabe-se que o usuário dá preferência para a simplicidade, previsibilidade e baixo risco e provavelmente não vai mudar seu telefone celular, por exemplo, apenas porque a operadora escolheu mudar de tecnologia. Nesse sentido, o mais provável é que ocorra uma fase intermediária, caracterizada pela manutenção da infra-estrutura híbrida em que prevaleça a interoperabilidade entre as redes novas e antigas.

Um modelo de convergência bem-sucedido também requer agilidade e capacidade de se antecipar às necessidades dos clientes. Para isso, as operadoras terão que estar aptas a desenvolver e a disponibilizar novas soluções de forma mais rápida do que as concorrentes, gerando receitas com serviços até então inexplorados. De outro lado, também terão que de adequar ao curto ciclo de vida dessas soluções, que, em pouco tempo, tenderão a se tornar commodities, uma vez que outros players também oferecerão produtos similares.

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Outra questão prioritária refere-se à segurança. As atuais redes são relativamente seguras, por serem baseadas em padrões fechados. Mas as redes convergentes tendem a ser mais vulneráveis, pois serão suportadas por padrões abertos. Também deve ser levada em conta a interoperabilidade da rede IP com a de outras operadoras. De acordo com os especialistas no tema, esse fator vai muito além dos aspectos puramente tecnológicos, passando também por questões econômicas, como implementação de acordos financeiros que visam o melhor para as partes envolvidas. Além disso, a segurança esbarra ainda em decisões regulatórias pendentes, como as definições de compartilhamento de infra-estrutura estipuladas pelos órgãos reguladores das telecomunicações.

Estimativas de mercado

As perspectivas para esse novo segmento são animadoras: em pouco mais de um ano, o acesso à Internet em banda larga por redes sem fio passou de apenas 2% do total mundial para 18%, o que equivale a 73 milhões de usuários. O acesso à Internet em banda larga por redes fixas ainda está bem à frente. O número de usuários chega a 343 milhões. Mas essa tendência é irreversível, quer dizer, cada vez mais as tecnologias que permitirão acesso à banda larga em plataformas móveis serão as preferidas dos usuários.

Uma das maiores fontes de receita do novo modelo são os serviços de voz sobre IP (VoIP). As novas redes também dão mais liberdade de escolha das operadoras em relação aos fornecedores, na medida em que cada empresa pode compor a rede da maneira que lhe for mais conveniente, eliminando a dependência de um único fornecedor e separando os fabricantes de infra-estrutura, das empresas que desenvolvem conteúdos e aplicações. Estima-se que esses serviços baseados 100% em redes IP venham a ser largamente implementados em um período de até 15 anos. Enquanto isso, os sistemas híbridos ganham a dianteira do mercado.

Gato por lebre

Apesar de o mercado de telecomunicações já ter incorporado a idéia de que a convergência vem em ondas, nem todos os profissionais do setor conseguem distinguir claramente a diferença entre lançamentos oportunistas de produtos e os que realmente permitirão a convergência tecnológica. Muitos fabricantes apresentam suas soluções como convergentes, mas elas, na realidade, apenas incorporam algumas inovações. Para que duas tecnologias sejam consideradas convergentes, deve haver uma combinação de recursos das duas em um único produto, de forma que a solução, resultante desse mix, substitua efetivamente os dois produtos anteriores. Um exemplo disso é a integração de funções de switch e roteadores em um único equipamento.

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Na computação móvel, os smartphones são exemplos da convergência, ao combinarem funções de telefonia celular e de PDA (Personal Digital Assistant). Em breve, os celulares serão capazes de mostrar imagens de TV. Aliás, a convergência entre a televisão digital, as telecomunicações e a computação está em pleno andamento. A Nokia, por exemplo, uma das pioneiras no fornecimento de equipamentos de telecomunicações, produziu o “MediaScreen”, que incorpora a convergência entre as três indústrias: televisão, telecomunicações e computadores.

Em breve, com a TV Digital, nossas casas poderão se tornar centros convergentes de entretenimento, saúde, educação e de negócios. Televisões interativas oferecerão a conveniência de assistirmos a um filme favorito no horário que nos for mais oportuno. Sistemas de videoconferência permitirão realizar reuniões sem que as pessoas precisem se deslocar do escritório. Aulas com renomados professores de escolas estrangeiras poderão ser assistidas em casa pela Internet. Médicos especialistas poderão oferecer consultas e diagnósticos remotos, de qualquer parte do mundo, com apenas um clique no mouse. Muitos desses recursos estão sendo usados na prática, mas poderão ser melhorados e potencializados com os sistemas convergentes.

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Mobilidade

Módulo 5 - Produtividade e serviço ao cliente

As informações transitam em alta velocidade, e os negócios não podem ficar para trás. As resoluções precisam ser ágeis e práticas. Um funcionário que passa o dia fora do escritório e fica afastado das informações e impossibilitado de resolver os processos de trabalho não é eficiente para a empresa. Falta-lhe a capacidade tecnológica para ser ativo o tempo todo e responder aos clientes no tempo em que eles esperam. Falta-lhe produtividade, que nada mais é do que a relação que existe entre a quantidade de bens e serviços produzidos e a quantidade de recursos utilizados, considerando que esses bens e serviços tenham uma determinada qualidade.

Parte do negócio

Quando a empresa decide investir em soluções de mobilidade, ela investe na efetividade de seus negócios, uma vez que gera o aumento da produtividade dos funcionários. Com isso, o principal beneficiado, além da própria empresa, é o cliente, que vê seus pedidos e solicitações serem atendidos em tempo reduzido. Diante desse novo contexto, a mobilidade é parte do negócio e passa a agregar valor ao atendimento das demandas. Desse modo, as empresas precisam avaliar se seus funcionários são efetivos em qualquer lugar onde estiverem, se estão cumprindo os objetivos e expectativas e se a empresa tem potencial competitivo.

Para expandir a produtividade, as empresas precisam avaliar alguns pontos e executar certas etapas. A primeira delas é adquirir equipamentos que se estejam de acordo com as demandas de atendimento e com o funcionamento dos processos corporativos. Além disso, é necessário que haja implementação de aplicações horizontais ou usadas em toda a organização. Essa é uma etapa difícil, pois não estão em jogo apenas as escolhas de tecnologias, mas também os ajustes dos diferentes aspectos da cultura interna da companhia e a verificação e constatação de que haverá retorno sobre o investimento.

Passada essa primeira fase, a segunda etapa se destina a estender as aquisições a outras áreas da organização e a buscar implementar aplicações verticais, ou seja, utilizadas em departamentos específicos (exemplos típicos são ERP ou CRM). O uso desses departamentos inclui parceiros de negócios. Nesse caso, depois de consolidada a etapa de implementação, interessa à empresa a extensão da tecnologia, mas também a integração das soluções em cada área da empresa.

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Aumentar a utilidade

É a terceira etapa do processo que determinará o aumento da produtividade. Nesse momento, o objetivo é aumentar a utilidade da empresa e o número de canais em que a organização pode estar inserida. Então chega o momento de integrar aplicações móveis de comércio eletrônico.

Durante as três fases que determinam a evolução e o grau da produtividade, é necessário também avaliar cinco aspectos chaves. 1)O primeiro deles é questionar como uma solução móvel tornaria mais fácil às pessoas trabalhar mais produtivamente e prestar um melhor serviço ao cliente. 2)Em segundo lugar, é importante avaliar se a força de trabalho da companhia seria beneficiada e como, se estivesse conectada à organização o tempo todo. 3)Como terceiro ponto, temos a questão da infra-estrutura, ou seja, devemos avaliar quais mudanças, de hardware e software, precisam ser feitas. 4)Seguindo para o quarto ponto, temos o desafio da segurança da informação, ou seja, a empresa precisa estar certa de que as informações que não estão dentro da empresa também não estarão em mãos que não sejam dos responsáveis. 5)Por fim, a empresa deve estar convencida de que o investimento é adequado e realmente vai trazer retorno.

Satisfação pessoal

Além disso, é importante perceber em quais pontos da produtividade é mais útil o uso dos dispositivos móveis, ou seja, identificar o tempo efetivo de trabalho, tempo de atenção com os clientes, tempo de resposta entre os requerimentos, satisfação pessoal dos funcionários. No caso dos três primeiras pontos, pode-se observar por meio de diferentes exercícios de forma quantitativa com relativa facilidade. No caso da satisfação pessoal é muito importante realizar uma pesquisa com as pessoas que trabalham na organização e perguntar a respeito de sua comodidade em relação às soluções implantadas, saber se os tem ajudado a trabalhar melhor, se eles passaram a ter mais disponibilidade para se dedicar a suas atividades pessoais e se tem melhorado sua qualidade de vida.

Depois de feitos todo esse processo, é certo que a utilização das tecnologias sem fio e a disponibilidade de serviços para conexão em hotéis, cafés, aeroportos ou mesmo pelo celular modificam completamente as atividades realizadas por um usuário de um portátil. O desenvolvimento das tecnologias sem fio e a disponibilidade de serviços para a conexão em hotéis, cafés, aeroportos ou pelo sinal de celular mudaram de maneira notável a produtividade de um usuário de um portátil incrementado.

Para descrever as atividades que podem ser realizadas em seu equipamento portátil é importante primeiro fazer uma segmentação dos vários tipos de uso que encontramos hoje nas diferentes empresas.

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1)Estacionário: Passa mais de 90% do seu tempo no local de trabalho. Nesse caso, ele é beneficiado pela tecnologia móvel quando essa permite levar informações importantes consigo para reuniões. Outro ponto importante, é que possível ter maior flexibilidade de horários. 2)Estacionário móvel: Passa mais de 90% de seu tempo de trabalho nos diferentes escritórios da empresa. O uso de equipamentos portáteis para esse usuário é extremamente importante, pois pela rede sem fio ele pode se manter em comunicação constante com clientes, provedores e recursos internos da empresa enquanto está fora de seu posto de trabalho. 3)Colaborador em tempo real e viajante: O uso desses dispositivos móveis por esse profissional é ainda mais importante. Ele deve levar consigo informação para usar no escritório do cliente ou executa trabalhos em algum lugar onde haja necessidade de informação ou de sistemas que rodam no equipamento portátil. Nesse caso, o uso de um o uso de uma portátil não é só um benefício e sim uma necessidade, já que é vital para esse usuário manter-se em comunicação onde quer que esteja.

Para se ter uma idéia do reconhecimento das empresas com relação à importância de adquirir soluções móveis, números da Intel exemplificam o crescimento do mercado. A empresa atende 120 mil usuários finais, em aproximadamente 57 países distribuídos em todo o mundo e em 1995, a composição de computadores era de aproximadamente 80% de desktops e 20% laptops. Porém, após análises financeiras que incluíram cálculos de TCO e ROI, a Intel, a partir de 1997, decidiu revisar a composição de seus computadores, de forma que em 2001 alcançou uma mescla de cerca de 70 para 30 (70% de laptops e 30% de desktops). Hoje em dia, 80 de 100 computadores instalados são portáteis.

Melhora significativa

Diante desse cenário, a conclusão é que as empresas estão percebendo que mobilidade não é comodidade, mas sim fator competitivo. Um estudo feito pelo Mobility Council da IDC revelou que pouco mais de 80% das companhias entrevistadas diz estar satisfeita com seu investimento em mobilidade e que foi registrada melhoria significativa em sua relação com os clientes e na produtividade de sua organização.

Portanto, o principal discurso dos fornecedores para vender soluções móveis tem sido a produtividade. E nesse cenário a prestação de serviços vai se modificando. Alguns exemplos: agora, os vendedores levam o portfólio para os clientes, o arquiteto não apenas mostra uma planta, mas convida o cliente a fazer um passeio virtual sobre o projeto e, por fim, há também mais colaboração entre os integrantes das empresas. Equipes que usam computadores portáteis são capazes de dividir tarefas com mais facilidade e resolver problemas complexos mais rapidamente pelo simples fato de compartilharem informações de uma forma simples, rápida e eficiente.

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Mobilidade

Módulo 6 - Pequenas e médias empresas

Independentemente do porte da empresa, a mobilidade aproxima a equipe do cliente e é um recurso fundamental para ampliar as oportunidades de negócios. Especialmente nas pequenas empresas, acostumadas a manter maior número de colaboradores fora do ambiente de trabalho, a mobilidade só vem a acrescentar nesse modelo. Sendo assim, todo o conteúdo do escritório pode ser levado até para dentro do escritório do cliente, com toda a segurança.

É muito conveniente o fato de estar no escritório do cliente, dentro da estrutura dele, e mesmo assim contar com todo o apoio de informações, como e-mail, intranet e VPN. Isso demonstra que a empresa está preparada e adequada aos desafios dos novos tempos, passando credibilidade e agilidade, extremamente necessárias para finalizar o trabalho em prazos cada vez mais curtos. Dessa forma, as empresas ganham mais importância no mercado.

As pequenas e médias empresas são as que mais têm trabalhadores móveis, já que devemos considerar que boa parte dessas microempresas é formada por uma única pessoa que está em trânsito o tempo todo. Nas grandes corporações e nas empresas de médio porte, podemos observar que nem todos os funcionários são móveis o tempo todo, havendo ainda aqueles que permanecem no escritório o dia inteiro.

Dependendo do perfil de pessoal de uma organização, uma solução móvel pode ajudar a força de trabalho a cumprir da melhor forma as suas atividades. Por isso, identificar os diferentes perfis dos trabalhadores pode ajudar a explicar como a mobilidade pode se adaptar melhor à estrutura já existente.

Tipos de trabalhadores

Não importa o porte da companhia, mas sim os tipos de funcionários que ela tem e então avaliar qual solução de mobilidade melhor se adapta. Há basicamente dois tipos de trabalhadores: aqueles que pertencem a uma força de trabalho móvel e aqueles que não. Em geral, a maioria dos trabalhadores se enquadra em alguma das seguintes classificações:

1)Trabalhadores com base no escritório: de forma geral, são os que, pela natureza de seu trabalho, necessitam de um escritório para desenvolver suas tarefas. 2)Viajantes constantes: costuma ser o pessoal da área de vendas e de cobrança, ainda que também muitas áreas diretivas entrem nessa categoria. Esse tipo de funcionário tem contato freqüente com clientes e/ou provedores, e contar com acesso à informação em todos os momentos torna-se particularmente importante, pois ele tem pouco contato com a organização.

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3)Viajantes ocasionais: desse segmento participam a equipe de vendas, algumas áreas diretivas e gerências médias e altas. Ainda que passem a maior parte do tempo em seu escritório, suas reuniões externas adquirem mais importância, pois as decisões tomadas costumam ser mais críticas. Para eles, ter a informação disponível a qualquer momento facilita esse processo de tomada de decisão. 4)Trabalhadores móveis dentro do escritório: a esse segmento pertencem, além dos dois anteriores, os funcionários que precisam realizar tarefas em diferentes áreas da empresa e, por isso, mudam de lugar constantemente. Ter a informação disponível significa, sobretudo, um melhor aproveitamento de tempo. 5)Trabalhadores com base fora do escritório: são aquelas pessoas que trabalham em uma empresa, mas realizam suas atividades fora dela. 6)Trabalhadores de campo: esse amplo segmento inclui principalmente os entregadores ou aquelas pessoas que dependem de uma rota previamente fixada para realizar suas tarefas; as ferramentas móveis são freqüentes entre eles para se comunicar com seu centro de atividades. Um exemplo é uma patrulha de polícia. 7)Trabalhadores alocados no cliente: são usualmente consultores ou especialistas que realizam um projeto específico em outra organização. Por serem pessoas que dependem muito da informação para realizar suas tarefas, contar com ela a qualquer momento torna-se vital. 8)Home-officers: são as pessoas que por algum motivo, seja contrato com a companhia, doença, necessidade, entre outros e trabalham em casa. Em geral, se não contasse com uma ferramenta móvel, esse segmento se veria impossibilitado de realizar suas funções. Esses trabalhadores se dividem em dois tipos: viajantes constantes e ocasionais.

Expansão do trabalho remoto

As empresas exigem cada vez mais soluções que permitam que seus funcionários tenham acesso contínuo a e-mails, chamadas telefônicas e informações. Ter as ferramentas certas disponíveis no momento certo pode ser um fator essencial para fechar um grande negócio. Com as soluções móveis, os funcionários têm acesso às informações mais atualizadas para tomar decisões rápidas e embasadas, que podem ser a diferença entre perder ou ganhar um novo cliente. A computação móvel também reduz o nível de faltas e encoraja a equipe a desenvolver melhor capacidade para administrar o tempo e para agir com autonomia.

Viajar para encontrar pessoalmente colegas de trabalho, clientes atuais e em prospecção pode ser uma fonte de despesas. É possível eliminar os custos para levar as pessoas ao ambiente de trabalho e, em vez disso, trazer o trabalho até elas – por meio de conferências virtuais e outras ferramentas de comunicação eletrônica. E, como a computação móvel é capaz de aumentar a produtividade, as empresas podem reduzir as horas extras e seus custos relacionados. Para empresas pequenas ou as que estão passando por uma fase de rápido crescimento e precisam de mais espaço no escritório, as redes sem fio podem custar menos do que as suas equivalentes com cabos.

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Mobilidade para pequenas e médias

Para aproximar os conceitos de mobilidade da realidade das pequenas e médias empresas, é importante identificar se a implementação de tecnologias móveis é pertinente. Dez passos são importantes para entender a relevância e os benefícios da mobilidade para as empresas, e como implementá-la.

1. O que a mobilidade pode fazer pela empresa – Mobilidade é mais do que PDAs, notebooks, redes wireless e padrões como wLAN, UMTS e GSM. Trata-se, na verdade, de dispor de informações atualizadas sempre à mão, mais produtividade para usuários que trabalham em trânsito ou em ambientes restritos e que precisam acessar pequenas ou grandes quantidades de informação.

2. Entender o valor agregado ao negócio – Pesquisa do Giga Group aponta que o principal fator de retração de investimentos em mobilidade é a desconfiança quanto ao retorno a ser obtido. Então, é importante destacar alguns fatos: soluções móveis de e-mail e Personal Information Management (PIM) são pagas de 12 a 14 meses e podem aumentar a produtividade de executivos em até 20%; soluções wireless para força de vendas reduzem os custos de estoque de 20 a 25%, enquanto o aumento de produtividade vai de 5% a mais de 30%, nos casos de processos extremamente manuais.

3. Começar pelo simples – Antes de prover sofisticadas soluções wireless para clientes e parceiros, deve-se lembrar dos funcionários. A solução wireless resulta no aumento da produtividade e no aprimoramento das aplicações de negócios. O ideal é começar pelos trabalhadores remotos, depois pelos fixos, melhorar então os processos de negócios e, finalmente, criar novos produtos e serviços. Essas são aplicações mais complexas, dispendiosas e que geralmente funcionam melhor com uma infra-estrutura wireless já instalada e disseminada na empresa.

4. Identificar as oportunidades para adoção de mobilidade – É possível reduzir tempo (e atrasos) nos processos operacionais? É possível substituir papel por meios eletrônicos? É necessário reunir e fornecer mais informação? É possível comunicar-se de forma mais eficiente com parceiros e clientes? É possível eliminar restrições de tempo e espaço nas operações? Se a resposta for “sim” para alguma dessas questões, a mobilidade certamente poderá ajudar.

5. Traduzir as necessidades de negócio em soluções de tecnologia – A primeira medida é entender onde acontecem as atividades da empresa, quem são as pessoas e recursos envolvidos, que informações são coletadas e/ou transferidas e quando e em que tempo acontecem. Depois, é preciso escolher a infra-estrutura ideal para suportar essas atividades, incluindo os padrões de conectividade e os dispositivos de acesso mais adequados.

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Equipes alinhadas

6. Procurar por resultados rápidos, mas sempre com equilíbrio – Priorizar as ações que trarão grande impacto sobre o negócio e possam ser facilmente implementadas, sem esquecer das necessidades de infra-estrutura, de médio e longo prazos, que trazem menos retorno e/ou são mais complexas.

7. Analisar o retorno sobre investimento para selecionar e avaliar projetos de mobilidade – Somar os ganhos de receitas, reduzir custos e otimizar pessoal, além de subtrair o custo da implementação e manutenção das soluções wireless. É importante comparar com as economias potenciais e verificar se a proposição de valor da solução está sendo adequada, bem como levar em conta os fatores intangíveis, mais difíceis de mensurar: imagem, mudanças comportamentais e de processos de negócios, novas oportunidades de produtos e de mercado.

8. Criar consenso em toda a empresa – Soluções de mobilidade só podem ser implementadas com eficiência se as equipes de tecnologia, de gerenciamento e os usuários estiverem alinhadas quanto às suas expectativas. Dessa maneira, todos terão facilitados seus objetivos e trabalho.

9. Elaborar um planejamento – Desenvolver uma arquitetura flexível, aberta e ágil e aproveitar ao máximo a tecnologia já existente. Especificar fases, prazos e abordagem adequados para cada funcionalidade.

10. Começar já – Identificar um fornecedor capaz de oferecer uma solução completa de mobilidade e, acima de tudo, alinhar a tecnologia às necessidades de negócio.

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Mobilidade

Módulo 7 - A questão da segurança

Quando uma empresa decide implantar tecnologias sem fio, ela deve também tomar providências para garantir a segurança das informações, mesmo que o dispositivo não esteja fisicamente no escritório. Em função dessa tecnologia e da globalização, as redes e os equipamentos acabam ficando mais vulneráveis. Mais de 70% das médias empresas brasileiras apontam a segurança de dados e privacidade como questões-chave.

Uma vez convencido de que adotar a mobilidade é a melhor medida a tomar para impulsionar seus negócios, o empresário se pergunta quais aspectos devem ser levados em conta no que diz respeito à Segurança da Informação. Algumas notícias alarmantes dão conta de que não existe segurança sem fio. Até que ponto isso é verdade e o que fazer para se prevenir? É preciso tomar uma série de providências para garantir que a informação crítica do negócio esteja sempre protegida, ainda que não permaneça fisicamente no escritório.

Nos contatos com usuários e gestores de TI, a IDC Brasil costuma ouvir que existe um temor geral quanto à segurança da informação quando se usa dispositivos móveis e que a maior garantia que se pode ter é treinar os funcionários a detectar situações de risco, principalmente com relação ao correio eletrônico. O acesso dos equipamentos à rede, à Internet e a ferramentas de colaboração como softwares de mensagem eletrônica são de suma importância para facilitar a coleta e a troca de informações entre as equipes que trabalham em um mesmo projeto, mas em locais diferentes.

A maior preocupação dos gestores de TI diz respeito à aquisição desses equipamentos móveis, uma vez que os orçamentos estão cada vez menores e devem ser suficientes para suprir todas as necessidades da empresa. No mercado brasileiro, historicamente, a maior importância era dada ao preço, ao investimento a ser feito na aquisição dos computadores móveis e, até por esse motivo, ele era considerado um símbolo de status nas empresas. Mas felizmente essa concepção tem mudado nos últimos anos: as funcionalidades e o desempenho passaram a ter mais peso na hora de optar entre os vários modelos disponíveis.

Segurança não tem tamanho

As pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil, caracterizadas como companhias com até 999 funcionários, estão atentas para a questão da segurança da informação, conforme demonstra um estudo realizado pela AMI-Partners. A previsão é que o segmento invista US$ 260 milhões em soluções de segurança. A pesquisa aponta que grande parte do aumento do investimento (60%) será feito pelas médias empresas, que possuem de 100 e 999 profissionais.

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Os aportes realizados serão principalmente no combate a crime virtual, uma das principais preocupações desse nicho de mercado.

Por conta das redes sem fio e da globalização, as vulnerabilidades encontradas atualmente não dependem mais de sua localização geográfica. Mais de 70% das médias empresas brasileiras apontam segurança de dados e privacidade como questões-chave. Isso explica a explosão no mercado de antivírus e aplicações de segurança, bem como a alta registrada nos softwares que combatem pragas virtuais. O mercado brasileiro de PME reconhece a importância de adotar soluções mais avançadas como Virtual Private Network (VPN) e software de previsão e detecção de intrusos. Especialmente, agora, em que a conectividade sem fio é fator crítico para o negócio dessas empresas.

Outro dado relevante mostrado pelo estudo é o fato que 50% das PME no Brasil desenvolvem redes privadas baseadas em ferramentas de router e firewall, enquanto 24% planejam implementar a solução nos próximos 12 meses. A AMI acredita que cerca de 3 milhões de pequenas e médias empresa no País ainda não possuam solução de antivírus em seus PCs.

Proridade número um: segurança

O (ISC)2 – International Information Systems Security Certification Consortium – divulgou o resultado do terceiro Global Information Security Workforce Study (Estudo de Força de Trabalho de Segurança de Informação Global), realizado pela IDC. Mais de 4 mil profissionais de segurança de informação de mais de cem países identificaram os cinco elementos mais importantes para uma segurança eficaz da infra-estrutura das suas organizações. São eles (em ordem de importância):

•Suporte da gerência para as políticas de segurança •Cumprimento das políticas de segurança por parte dos usuários •Qualidade da equipe de segurança •Soluções de software •Soluções de hardware

De acordo com o estudo, os três principais fatores de sucesso mostram que as entidades públicas e privadas precisam dedicar mais tempo e atenção às políticas, processos e pessoal, áreas que normalmente passam despercebidas diante da concentração no hardware e no software para a resolução de problemas de segurança. Os respondentes da pesquisa disseram que as organizações estão começando a reconhecer que a tecnologia é um meio e não a solução para a implementação e execução de uma boa estratégia de segurança.

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O estudo também revelou que a responsabilidade pela execução de uma estratégia de segurança está sendo cada vez mais compartilhada pelas pessoas da organização. Confirmando a tendência identificada no estudo do ano passado, a responsabilidade pela segurança da informação está deixando de ser exclusividade do Chief Information Officer (CIO) para ser compartilhada com outras áreas de gerenciamento sênior e de negócios.

As organizações que protegem a informação, as finanças e os bens físicos exigem uma dedicação incondicional para com a segurança por parte do departamento financeiro, gerência e operacional. A administração da segurança sempre exige um balanço adequado das pessoas, políticas, processos e tecnologia para poder mitigar os riscos existentes nos ambientes de negócios conectados digitalmente.

Segurança cresce mais do que TI

A IDC analisou as respostas de 4.016 profissionais de segurança da informação em mais de cem países, com cerca de 40% empregados por organizações com uma receita anual de US $1 bilhão ou mais. Os respondentes vieram de três principais regiões do mundo: América do Norte, Central e do Sul (57.3%), Europa, Oriente Médio e África (22.8%) e Ásia-Pacífico, incluindo Japão, (19.5%), representando organizações dos setores público e privado, diferentes indústrias verticais, e várias áreas de competência e especialidade. Os entrevistados são responsáveis pela compra, contratação ou gerenciamento da companhia.

Outros pontos destacados no estudo são:

•A IDC estima que o número de profissionais de segurança de informação de todo o mundo seja 1.5 milhões, um aumento de 8.1% anual. Esse número deve aumentar para um pouco mais de 2 milhões em 2010, mostrando um índice de crescimento composto anual (CAGR) de 7,8% de 2005 a 2010. Como comparação, o índice de crescimento de funcionários de TI em todo o mundo durante o mesmo período é de 4,6%. •As tecnologias de segurança mais comuns que estão sendo implementadas pelas organizações de todas as regiões são ferramentas biométricas, segurança sem fio, prevenção de intrusão e forense. As ferramentas biométricas ficaram em número 1 ou 2 em todas as regiões. •A área de gerenciamento de risco de segurança da informação chegou ao topo, sendo que o treinamento atingiu o topo como prioridade nas Américas e na EMEA e alcançou 2 na AP. Isto deve continuar no futuro próximo, pois as organizações estão se esforçando para controlar a postura de riscos, desenvolverem uma base de trabalho flexível para uma adaptação rápida aos novos fatores ambientais, e proporcionar transparências para os maiores riscos.

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•Em geral, as organizações estão gastando uma porcentagem maior do orçamento para segurança de informação e treinamento ano a ano. As organizações estão gastando mais de 41% do orçamento de segurança em média, com pessoal e treinamento de projetos e suporte do gerenciamento após a utilização dos bens. •Para compensar os limitados recursos e capacidade interna, as organizações estão contratando firmas de serviços terceirizados que tenham profissionais de segurança da informação qualificados.

A IDC acredita que os profissionais de segurança que participaram desse estudo estão levando suas mensagens para as companhias e agindo como “agentes de mudanças” nas suas organizações, para que a segurança da informação seja reconhecida pelas suas contribuições positivas para os negócios, e não como um poço de despesas como chegou a ser vista nos últimos anos.

Rede segura

Um exemplo que pode ilustrar a pesquisa do (ISC)2 encontra-se aqui mesmo no Brasil: é o do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A necessidade de modernizar o parque tecnológico e aprimorar os aspectos relacionados à Segurança da Informação levou o Inmetro a investir em uma rede de transmissão de dados da Enterasys. O objetivo principal foi interligar os dois sites do instituto – um localizado em Xerém, distrito do Município de Duque de Caxias, RJ, e outro em Rio Comprido, RJ - e garantir a comunicação com outro órgão do governo, o Serpro.

O Inmetro possui 1,6 mil pontos de rede e 1,5 mil computadores. Uma infra-estrutura pequena, semelhante à de uma média empresa. Entretanto, o problema era a extensão entre os dois sites. O antigo backbone, em mainframe, foi substituído por um gibabit ethernet. Atualmente, a instituição possui 27 servidores, sendo 22 com Windows NT e cinco rodando em Linux.

As demandas do Inmetro envolviam o controle dos pontos ativos e a implementação de uma política de segurança. Além de uma rede segura, o projeto priorizou o aumento na velocidade de transmissão de dados e principalmente a preservação do legado, com um cabeamento de fibra ótica do tipo multimodo. O maior desafio do Instituto era realizar a expansão sem fazer altos investimentos.

A escolha da Enterasys se deu pela relação custo-beneficio da solução, além de políticas de segurança de fácil aplicação. O processo de licitação, baseado na lei 8666, foi bastante complexo e a fornecedora ganhou o projeto em um pregão presencial. Uma das principais funcionalidades obtidas com a nova rede foi a implementação de uma ferramenta de bloqueio de endereços, a Mac Looking, que trouxe transparência para a gestão do instituto e segurança no recebimento de eventuais informações contaminadas.

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Outro benefício foi o controle do que entra na rede, evitando que falhas humanas possam gerar danos à comunicação entre os sites do Inmetro.

Para o futuro, o Instituto trabalha para estabelecer um programa de autenticação de acesso à rede. Além disso, o desafio será integrar todos os equipamentos presentes na rede com os de segurança, tarefa que deverá levar algum tempo. Os novos equipamentos serão adquiridos com foco principal em segurança. O próximo passo vai ser a aplicação de respostas espontâneas às tentativas de intrusão.

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Módulo 8 - Tendências de mercado

A consultoria Korn/Ferry Internacional fez uma pesquisa com 1.320 executivos globais sobre a questão da mobilidade. Um dos resultados apontou que 60% dos entrevistados acreditam que os teletrabalhadores sejam menos lembrados para as promoções, em comparação aos funcionários que trabalham nos escritórios tradicionais da empresa. Porém, 48% dos respondentes considerariam um emprego que envolvesse a possibilidade de trabalhar a distância regularmente. E a grande maioria de 78% declarou que teletrabalhadores são tão ou mais produtivos do que aqueles que atuam no escritório. De acordo com a pesquisa, ao serem perguntados sobre que tipo de trabalho flexível eles acreditam ser mais atrativo, 46% disseram preferir trabalhar em horários maleáveis.

Ao longo dos anos, os resultados dos estudos sobre mobilidade mudaram significativamente. Desde 1990, o número de teletrabalhadores aumentou de 4 milhões para mais de 45 milhões, de acordo com a Telework Coalition. Até mesmo o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush hoje considera o teletrabalho parte vital do sucesso do plano de continuidade dos negócios. O preço do combustível e o trânsito são fatores que contam nessa opinião.

Iniciativa de sucesso

Grandes empresas, como, por exemplo, a IBM, também aderiram ao teletrabalho. A IBM contabiliza que 40% dos 330 mil funcionários passaram a trabalhar de casa, da estrada, no caso de viagens, e até mesmo da empresa do cliente. Eles contam cm ambientes flexíveis de trabalho e de trabalho a distância, e a iniciativa é um sucesso.

O fato é que o segmento de mobilidade tem apresentado grande potencial de crescimento, motivado pelos avanços tecnológicos e pelo interesse das corporações em obter maiores ganhos de produtividade, com o uso de dispositivos móveis. Muitas empresas investiram em mobilidade e essa tendência deverá se acentuar nos próximos anos. Apesar de ainda existir certo temor quanto às vulnerabilidades e falhas de segurança possivelmente presentes nas soluções e nas redes sem fio, além das limitações das áreas de cobertura e baixa velocidade de transmissão de dados, estudos realizados por diferentes institutos de pesquisa demonstram que o setor corporativo está cada vez mais propenso a apostar nas tecnologias wireless.

Vídeo

Uma das mais fortes tendências observadas nos celulares é o vídeo: as vendas de vídeos em celulares atingiram quase US$ 58 bilhões em todo o mundo em 2006, e estão previstas para subir mais que o dobro em 2010, para US$ 125 bilhões.

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Os números são de pesquisa da Infonetics Research sobre serviços, assinaturas e aparelhos relacionados a vídeos móveis. O número de assinantes de vídeos móveis também deverá crescer, passando de poucos milhões em 2006, para 58,6 milhões em 2010, de acordo com a Infonetics Research, como resultado de aparelhos celulares cada vez mais eficientes e também de melhorias no sinal de transmissão. Apesar das preocupações referentes aos planos de negócios e nível de adoção, os grandes provedores de serviços continuam a lançar seus produtos de vídeo para celular, com base nas vantagens oferecidas pela disponibilidade de espectro, graças à mudança das redes de TV do sinal analógico para o digital. Eventos como as Olimpíadas de Pequim e o campeonato europeu de futebol também pressionam para os lançamentos. A pesquisa também mostra que a receita de provedores de serviços de vídeos móveis apresentará um crescimento médio de 135% ao ano até 2010. No entanto, a América Latina é a região com menor previsão de expansão.

A tecnologia Wi-Fi (Wireless Fidelity), que permite acesso sem fio e em alta velocidade à Internet, também está na mira das operadoras. A Telemar, por exemplo, oferece esse serviço em hotéis da rede Blue Tree e Accor, espalhados por todo o país, e também em estádios de futebol, como o Maracanã, facilitando a cobertura dos jogos pelos repórteres esportivos. Também é possível utilizar as redes instaladas nesses locais com cartões pré-pagos.

Posição do Brasil

O Brasil entrou pela primeira vez na lista dos 10 maiores mercados de produtos e serviços de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações para 2006 elaborado pela consultoria Morgan Stanley, atingindo a oitava posição com média de 5,3. A pesquisa, divulgada em outubro de 2007, mostra o Brasil como um mercado de tecnologia e telecomunicações mais poderoso do que o de países como Itália, Noruega, Suíça, Espanha e Portugal.

Segundo os critérios adotados pela consultoria, que leva em consideração fatores como número de celulares e PCs, uso de cartão de crédito e número de usuários online para estabelecer uma média, os Estados Unidos mantiveram o primeiro lugar com 8,7, o que representa uma discreta queda, em comparação à nota 9, registrada em 2004.

Auxiliada pela queda dos EUA, a China ganhou meio ponto na comparação com a medição anterior e empatou com os norte-americanos na primeira posição, com média de 8,7. Segundo a Morgan Stanley, isso mostra o principal avanço tecnológico de países subdesenvolvidos no biênio 2005/2006. O mercado chinês de Internet, segundo a consultoria, deverá movimentar dez vezes mais dinheiro em 2007 do que o registrado em 2003 – 50 bilhões de dólares contra 5 bilhões de dólares.

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Além da inédita participação do Brasil e da liderança da China junto com os EUA, a Índia subiu uma posição, para o quinto lugar, com média de 5,5.

A Rússia também estreou na recente lista, em posição e empate com o Brasil, com média de 5,3, na 9ª posição. Com a entrada da Rússia e do Brasil, a Coréia do Sul e o Canadá abandonaram os dez primeiros lugares do ranking.

O que é WiMAX

Quando se fala em mobilidade e em tendências, não podemos deixar de falar em WiMAX (World Interoperability for Microwave Access, Inc.).

Trata-se de uma família de tecnologias baseadas nos padrões de conectividade sem fio do IEEE 802.16.

Atualmente, há dois tipos principais de WiMAX, WiMAX (802.16d-2004) fixa e WiMAX móvel (802.16e-2005).

WiMAX fixa é uma tecnologia de ponto-multiponto, enquanto WiMAX móvel é uma tecnologia de multiponto-multiponto, semelhante à infra-estrutura de um celular.

As duas soluções foram projetadas para oferecer serviços onipresentes de conectividade sem fio em banda larga, com baixo custo.

WiMAX móvel baseia-se na tecnologia OFDMA (Orthogonal Frequency Division Multiple Access), que possui vantagens inerentes em termos de latência, eficiência espectral e suporte avançado para antenas, proporcionando, em última análise, mais desempenho do que as tecnologias de conectividade sem fio atuais de área estendida.

Além disso, as tecnologias de conectividade sem fio 4G da próxima geração estão evoluindo para o OFMDA e para redes baseadas em IP, porque são ideais para oferecer serviços de dados de conexões sem fio com custos reduzidos.

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Visão da Intel

WiMAX é um componente chave da estratégia Intel de conectividade sem fio em banda larga, para oferecer plataformas móveis inovadoras para conectividade com a Internet a qualquer momento e em qualquer lugar. Há uma grande necessidade ainda não atendida de acesso à Internet de área estendida e alta velocidade, em dispositivos fixos e portáteis. WiMAX é uma solução tecnológica avançada, baseada em um padrão aberto, desenvolvida para atender a essa necessidade, mas com baixo custo e de modo flexível. As redes WiMAX são otimizadas para dados de alta velocidade e estimularão a inovação em serviços, conteúdo e novos dispositivos portáteis.

Uma vez que o mundo está adotando a conectividade sem fio, a tecnologia WiMAX está otimizada para a banda larga sem fio de alta velocidade, baseada em IP, e propiciará uma experiência superior em Internet de banda larga sem fio móvel.

A Intel também está trabalhando para padronizar a WiMAX e WiFi nas plataformas de notebook baseadas na tecnologia Intel Centrino. Onde quer que seja encontrado um ponto de acesso Wi-Fi (hotspot) hoje em dia, muito provavelmente será WiMAX amanhã. Colocar as duas tecnologias lado a lado propiciará ao usuário o que há de mais moderno em banda larga móvel de alta velocidade. A Intel acredita que WiMAX, com suas vantagens técnicas e financeiras, tem tudo para uma tendência predominante de adoção da banda larga pessoal.