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Realização

Sistema Cofeci-Creci

ACE Relações Institucionais

(61) 2196-7784

www.aceinstitucional.com.br

Coordenação

Adelmir Santana

Equipe técnica

André Felipe Rosa

Andressa Bravin Callegario

Cynthia Santana Bruneto

Fernanda Alves Figueiredo

Nauê Bernardo Azevedo

ficha técnicaSistema Cofeci-Creci

Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci)

Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci)

Presidente

João Teodoro da Silva

SDS, Ed. Boulevard Center, 44, bloco A, salas 201/210

Brasília, Distrito Federal

(61) 3321-2828

www.cofeci.gov.br

Projeto gráfico,

diagramação &

ilustrações

HOME STUDIO

Ludmila Araujo

Luiza Pantoja

Revisão

André Giusti

Impressão

Athalaia Gráfica e Editora

BRASÍLIA, ABRIL DE 2015

7 PALAVRA DO PRESIDENTE

8 SISTEMA COFECI-CRECI

12 Composição da Diretoria13 Vice-Presidência Adjunta14 Presidentes Regionais18 Unidades do Sistema Cofeci-Creci20 Corretores de Imóveis22 Evolução do Mercado Imobiliário26 Mercado Imobiliário em 201528 Frente Parlamentar Mista

de Apoio ao Mercado Imobiliário

3O CONGRESSO NACIONAL

34 Estrutura37 Elaboração das Leis40 Proposições Legislativas42 Perspectivas do Congresso Nacional para 2015

44 PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS

SIMPLES NACIONAL

46 PLP nº 503, de 2009 – Inclusão dos corretores

de imóveis no Regime Simples Nacional

47 PLS Complementar nº 5, de 2015 – Nova modalidade de

enquadramento de tributação do Simples Nacional

48 PLS Complementar nº 16, de 2014 –

Adesão ao Simples Nacional

49 PLP nº 44, de 2015 – Enquadramento

no Simples Nacional

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

50 PL nº 6225, de 2013 – Isenção sobre o Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI)

51 PL nº 495, de 2015 – Quitação de matéria

prima pelo saldo credor sobre Impostos

sobre Produtos Industrializados (IPI)

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

52 PLS nº 11, de 2015 – FGTS para obras de

acessibilidade em imóvel próprio

53 PL nº 3439, de 2000 – FGTS para

financiamento imobiliário

54 PLS nº 167, de 2011 – Financiamento imobiliário

55 PL nº 21, de 2015 – Concede incentivo

para aquisição de imóveis

56 PLS nº 19, de 2014 – Documentos para

financiamento imobiliário

INSTITUCIONAL

57 PLS nº 250, de 2014 – Novos critérios nos

Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis

58 PLC nº 68, de 2011 – Incentivo a empresas que

investirem em capacitação profissional

59 PL nº 1809, de 2011 – Inserção da identificação do

corretor de imóveis nas transações imobiliárias

60 PL nº 2141, de 2011 – Fixa o valor da

contribuição sindical anual

61 PL nº 3587, de 2012 – Criação da Caixa de

Assistência dos Corretores de Imóveis (Caci)

63 PL nº 4481, de 2012 – Exercício domiciliar

de profissão liberal – Home Office

64 PL nº 6497, de 2013 – Piso salarial

dos corretores de imóveis

LOCAÇÃO

65 PL nº 693, de 1999 – Extinção da

fiança como garantia locatícia

66 PLS nº 119, de 2012 – Desfazimento da relação

locatícia por iniciativa do locador

67 PL nº 411, de 2015 – Dedução na

declaração de ajuste anual

68 PL nº 598, de 2015 – Preferência na aquisição

de imóveis por parte do locatário

69 PL nº 7484, de 2014 – Alienação fiduciária

70 PL nº 914, de 2015 – Declaração de imóvel

alugado no imposto de renda

71 PL nº 462, de 2011 – Consignação em folha

de pagamento de aluguéis residenciais

CONSUMIDOR

72 PL nº 178, de 2011 – Limite para a entrega

de imóvel ao término da obra

73 PL nº 415, de 2015 – Proibição de regras contratuais

para atrasos na entrega de imóveis

74 PLS nº 279, de 2014 – Atraso na entrega de

imóveis por construtoras e incorporadoras

75 PLC nº 16, de 2015 – Prazo de entrega de imóveis

76 PL nº 329, de 2015 – Desapropriação do imóvel rural

77 PLS nº 331, de 2011 – Cadastro positivo

78 PLS nº 97, de 2012 – Indenização por

atraso na entrega de imóveis

79 PL nº 145, de 2015 – Prestação de

esclarecimentos sobre o andamento

das obras pela incorporadora

80 PL nº 5092, de 2013 – Patrimônio de afetação

81 PLS nº 242, de 2014 – Inclusão no

Programa Minha Casa Minha Vida

82 PL nº 878, de 2015 – Idoneidade para aderir

ao Programa Minha Casa Minha Vida

83 PL nº 7386, de 2014 – Desoneração

tributária das moradias populares

TERRENOS DE MARINHA

84 PEC nº 53, de 2007 – Extinção dos terrenos de marinha

85 PEC nº 39, de 2011 – Extinção dos terrenos de marinha

86 PL nº 5016, de 2013 – Imóveis particulares

em terrenos de marinha

87 PL nº 5627, de 2013 – Regularização de áreas

utilizadas por terceiros em terrenos de marinha

TRIBUTAÇÃO

89 PL nº 3891, de 2012 – Isenção para

maiores de sessenta anos

90 PL nº 2254, de 2011 – Dedução de

despesas para aquisição de imóvel no

Imposto de Renda de Pessoa Física

91 PLS nº 139, de 2015 – Declaração de

imóveis no Imposto de Renda

92 PL nº 328, de 2015 – Novas alíquotas

sobre o Imposto Territorial Rural

93 PL nº 3601, de 2004 – Imposto de Renda

sobre alienação de bens imóveis

94 PL nº 5733, de 2013 – Isenção do Imposto de

Renda na venda de imóvel residencial

95 PLS nº 285, de 2013 – Alteração na Lei do Bem

REGISTRO DE IMÓVEIS

96 PL nº 2591, de 2011 – Descontos no Registro de Imóveis

97 PLS nº 91, de 2013 – Cadastro Nacional

de Transferência de Imóveis

98 PLS nº 27, de 2014 – Escritura pública

e o direito real sobre imóvel

DIREITO DE PROPRIEDADE

99 PL nº 302, de 2015 – Aquisição de imóveis

por instituições financeiras

100 PL nº 3057, de 2000 – Regularização

de loteamento suburbano

101 PL nº 2289, de 2007 – Aquisição e arrendamento

de imóveis rurais por estrangeiros

103 PL nº 60, de 2015 – Aquisição de

imóveis rurais por usucapião

104 ANEXO: LEGISLAÇÃO

JOÃO TEODORO DA SILVA

PALAVRA DO PRESIDENTE

O ano de 2015 é de grandes desafios, tanto para a economia brasileira como para o setor imobi-liário. O mercado passa por ajustes que pode-

rão alavancar as vendas a partir das ações desenvolvidas pela política macroeconômica adotada pelo novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Com o mercado imobiliário em alta entre 2005 e 2012, e a consequente valorização do segmento, alguns econo-mistas começaram a prever uma possível bolha no setor. Todavia, não existe bolha. Existe, sim, um processo de es-tabilização do mercado com retorno à normalidade depois de longo período sob os nefastos efeitos do já esquecido confisco do Plano Collor.

A partir do segundo semestre de 2015, o mercado es-tará mais maduro em relação às novas medidas governa-mentais. O momento é de sentir a dinâmica da Fazenda e seus impactos. Espera-se a retomada dos lançamentos já para o próximo semestre, em vista do esvaziamento dos estoques de imóveis até aqui acumulados. O clima é de confiança e otimismo.

Os recursos arrecadados a partir do reajuste fiscal servirão para investimentos, somados a melhorias em infraestrutura urbana, segurança pública, dentre outros. Os ajustes esperados das contas públicas nos primeiros meses do novo governo Dilma enseja otimismo quanto à manutenção do crédito e financiamento de imóveis no

decorrer do ano, o que impulsiona o mercado e estimula o comprometimento dos corretores.

Programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, demonstram o compromisso do governo com a digni-dade do cidadão menos favorecido e as famílias que sonham com a casa própria. Os corretores da atualidade, muitos com formação acadêmica e até de pós-gradua-ção, estão bem preparados para ajudar também nesse segmento.

O primeiro requisito para ingresso na profissão de corretor de imóveis é a diplomação no Curso Técnico de Transações Imobiliárias – TTI, de nível pós-médio, que proporciona todo o conhecimento básico necessário ao bom exercício profissional. Depois, vem o curso superior de gestão imobiliária e as especializações.

A Agenda Legislativa tem por objetivo evidenciar as proposições que estão em pauta para o setor no Congres-so Nacional, bem como oportunizar a interlocução direta entre os integrantes do setor e os congressistas a respeito dos projetos de lei em andamento que impactam de algu-ma forma o setor imobiliário e a sociedade.

Nesse contexto, são os corretores de imóveis os que mais interagem com os parlamentares e com os demais poderes constituídos. Estaremos atentos e abertos para negociações, de modo a garantir boas condições de tra-balho e mercado para o setor.

7

sistemacofeci-creci

8

A criação do Sistema Cofeci-Creci

foi apoiada pelo presidente da República

Juscelino Kubitschek de Oliveira e re-

presentou um importante instrumento

para a concretização de Brasília como

a capital do país. À época, os corretores

foram responsáveis por promover a

venda de terrenos da nova capital, já com

a supervisão dos respectivos sindicatos.

Sistema Cofeci • Creci 10

sistema cofeci-creci

NO EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA representativa, as eleições da diretoria são realizadas a cada três anos. Por meio do voto direto, o corretor de imóveis tem o direi-to de escolher os membros do Conselho Regional de sua unidade federativa e, através destes, a diretoria e seus representantes no Conselho Federal, a fim de defender os interesses e as particularidades de seu estado.

Suas funções como autarquia federal é colaborar para a manutenção da ordem no campo imobiliário, defender a sociedade e representar, em juízo ou fora dele, a cate-goria dos corretores de imóveis, regulamentar procedi-mentos e normas que confiram mais segurança ao setor, qualificar profissionais e dialogar sempre com os poderes constituídos.

Por meio de seus gestores, o Sistema Cofeci-Creci tra-balha pela sensibilização dos órgãos públicos quanto à importância do papel dos corretores de imóveis no de-senvolvimento econômico, social e político brasileiro e pela representação ética e democrática.

Ao longo deste tempo, sua seriedade e seu comprome-timento com a regulação do mercado imobiliário brasileiro geraram grandes conquistas. Uma delas foi a aproximação com a Caixa Econômica Federal, que culminou na eleição do Sistema Cofeci-Creci como um agente colaborador na viabilização e na fiscalização do Programa Minha Casa Mi-nha Vida, que tem o objetivo de tornar realidade o direito de ter casa própria.

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 11

Dessa forma, o Conselho Federal também desempenha uma importante tarefa em prol da sociedade brasileira, pois zela pela proteção daqueles cidadãos que desejam conquistar a casa própria, investir no mercado imobiliário e montar o próprio negócio, além de auxiliar empresas a expandirem seus negócios.

Um dos esforços do Sistema Cofeci-Creci nos últimos anos foi criar parcerias internacionais com a finalidade de abrir o mercado mundial para os corretores de imó-veis brasileiros. O Congresso Internacional do Mercado Imobiliário – CIMI é um desses exemplos, pois promove o mercado nacional e possibilita o contato com as atividades realizadas no mercado imobiliário internacional.

Neste ano o CIMI, o Encontro Brasileiro de Correto-res de Imóveis – EMBRACI e a IV Convenção do Sistema Cofeci-Creci – CONVENSI, acontecerão durante três dias na cidade de Curitiba, no Paraná, de 13 a 15 de setembro, com o tema: A força e a responsabilidade do Corretor de Imóveis. A ideia é salientar a importante influência que o setor possui na intermediação entre empreendimentos e contratantes.

O Sistema Cofeci-Creci empenha-se em agir com pro-fissionalismo e trabalhar incansavelmente para qualificar, representar, servir e orientar de maneira honesta à socie-dade e aos corretores de imóveis, visando sempre ao bem comum da sociedade e o desenvolvimento do mercado imobiliário.

COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA

12

JOÃO TEODORO DA SILVA Presidente

NEWTON MARQUES BARBOSA

Vice-Presidente

MANOEL DA SILVEIRA MAIA

Diretor Secretário

JOSÉ AUGUSTO VIANA NETO

Vice-Presidente

ANTÔNIO ARMANDO CAVALCANTE SOARES

Diretor Tesoureiro

SÉRGIO WALDEMAR FREIRE SOBRALDiretor Secretário

VALDECI YASE MONTEIRODiretor Tesoureiro

VICE-PRESIDÊNCIA ADJUNTA

13

PASCHOAL GUILHERME DO NASCIMENTO RODRIGUES

Relações Institucionais

OSCAR HUGOMONTEIRO GUIMARÃES

Assuntos Pedagógicos

HERMES RODRIGUES DE ALCÂNTARA FILHO

Assuntos Legislativos

WALDEMIR BEZERRADE FIGUEIREDO

Relações Internacionais

LUIZ FERNANDO PINTO BARCELLOS

Avaliações Imobiliárias

CLAUDEMIR NEVES Fiscalização Nacional

ADMAR PIEDADE PUCCI JUNIOR

Integração Nacional

RUY PINHEIRO DE ARAÚJO

Assuntos Patrimoniais

14

FLÁVIO KOCH 3ª Região – Presidente RS

OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES5ª Região – Presidente GO

ADMAR PIEDADE PUCCI JUNIOR

6ª Região – Presidente PR

PAULO JOSÉ VIEIRA TAVARES

4ª Região – Presidente MG

PETRUS LEONARDO DE SOUZA MENDONÇA

7ª Região – Presidente PE

MANOEL DA SILVEIRA MAIA

1ª Região – Presidente RJ

JOSÉ AUGUSTO VIANA NETO

2ª Região – Presidente SP

PRESIDENTES REGIONAIS

15

SAMUEL ARTHUR PRADO 9ª Região – Presidente BA

JACI MONTEIRO COLARES 12ª Região – Presidente PA

AURÉLIO CÁPUA DALLAPÍCULA

13ª Região – Presidente ES

CARLOS JOSUÉ BEIMS 11ª Região – Presidente SC

DELSO JOSÉ DE SOUZA 14ª Região – Presidente MS

HERMES RODRIGUES DE ALCÂNTARA FILHO8ª Região – Presidente DF

16

SÉRGIO WALDEMAR FREIRE SOBRAL

16ª Região – Presidente SE

PASCHOAL GUILHERME DO NASCIMENTO RODRIGUES

18ª Região – Presidente AM e RR

RUY PINHEIRO DE ARAÚJO

19ª Região – Presidente MT

WALDEMIR BEZERRADE FIGUEIREDO

17ª Região – Presidente RN

RAIMUNDO CUNHA TORRES

20ª Região – Presidente MA

APOLLO SCHERER ALBUQUERQUE

15ª Região – Presidente CE

PRESIDENTES REGIONAIS

17

VILMAR PINTO DA SILVA 22ª Região – Presidente AL

FERNANDO CÉSAR CASAL BATISTA

24ª Região – Presidente RO

SANDRO JOSÉ DE OLIVEIRA

25ª Região – Presidente TO

MANOEL NOGUEIRA LIMA NETO

23ª Região – Presidente PI

JOSÉ ROCHA DA COSTA JÚNIOR

26ª Região – Presidente AC

JARBAS ARAÚJO PESSOA 21ª Região – Presidente PB

18

1ª Região, Rio de Janeiro 3ª Região, Rio Grande do Sul

5ª Região, Goiás

6ª Região, Paraná

4ª Região, Minas Gerais

2ª Região, São Paulo

Futura sede do Cofeci

9ª Região, Bahia

7ª Região, Pernambuco

8ª Região, Distrito Federal 11ª Região, Santa Catarina

Sede atual do Cofeci

UNIDADES DO SISTEMA COFECI-CRECI

19

12ª Região, Pará 13ª Região, Espírito Santo 14ª Região, Mato Grosso do Sul

16ª Região, Sergipe15ª Região, Ceará

18ª Região, Amazonas e Roraima 19ª Região, Mato Grosso

17ª Região, Rio Grande Norte

20ª Região, Maranhão

22ª Região, Alagoas21ª Região, Paraíba

24ª Região, Rondônia 25ª Região, Tocantins

23ª Região, Piauí

26ª Região, Acre

Sistema Cofeci • Creci 20

corretores de imóveis

NO INÍCIO DO SÉCULO XX, a sociedade brasileira sofria grandes transformações devido à colonização. A economia brasileira era sustentada pelo café, a pequena burguesia começava a se expressar. O status da época era definido pelas propriedades fundiárias que cada família possuía. Os jornais anunciavam a comercialização dos imó-veis, prática que se tornou constante, passando a existir agentes intermediários das negociações.

Os leiloeiros também faziam as intervenções, pois ti-nham seus rendimentos aumentados. Com o potencial do mercado imobiliário em evidência, surgem os agentes imobiliários, profissionais que optam por viver exclusiva-mente deste ramo e que aprendem com a experiência, uma vez que não havia curso de formação na área.

Durante o governo de Getúlio Vargas, na década de 1930, quando foram criadas as primeiras leis trabalhistas, diversas categorias começaram a se organizar em sindi-catos. O Syndicato dos Corretores de Immóveis do Rio de Janeiro foi o primeiro do ramo a ser reconhecido no Brasil, em 1937.

Após isso, os corretores de imóveis se dedicaram a conseguir a regulamentação da profissão, com uma forte atuação no Congresso Nacional. Em 1951, obtiveram grande e reconhecida ajuda do então deputado Ulysses Guimarães (PSD-SP).

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 21

O projeto de regulamentação da profissão foi trans-formado na Lei nº 4.116/62, publicada no Diário Oficial da União nº 161, de 27 de agosto de 1962, sendo assinada por Auro Moura Andrade (ver página 106). O dia 27 de agosto foi escolhido como o Dia do Corretor de Imóveis. Também na lei consta a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais como órgãos fiscalizadores do exercício da profissão.

Dois meses depois houve a primeira reunião do Con-selho Federal de Corretores de Imóveis do Brasil (Cofeci), localizado em São Paulo, local de sua primeira sede. Atual-mente o edifício comporta o Creci 2ª Região/SP.

Devido a algumas deficiências da Lei nº 4.116, em 1978, o Presidente da República Ernesto Geisel, assinou a Lei nº 6.530, que revoga a anterior e regulamenta a profissão, exigindo o título de técnico em transações Imobiliárias (ver página 109). Essa mudança trouxe inúmeras vantagens, como o reconhecimento da classe perante a sociedade.

Nos anos seguintes a profissão foi consolidada em todo o país. Já havia 24 conselhos regionais nas principais capitais, o número de profissionais no mercado aumentou, bem como a competitividade. O trabalho do corretor pas-sa a ser mais amplo, sua atuação envolve consultoria ao cliente em todo o processo de comercialização do imóvel, além da atenção às ofertas do mercado e à idoneidade das imobiliárias.

Com 52 anos de história da profissão, há muitas con-quistas a serem comemoradas e muitos processos a serem articulados, visando sempre o avanço da categoria e o seu fortalecimento. Os corretores de imóveis lutaram incansa-velmente pelo reconhecimento que têm hoje e continuarão em busca de seus direitos, o que faz jus ao idôneo trabalho que realizam.

Sistema Cofeci • Creci 22

evolução do mercado imobiliário

Regulação O mercado imobiliário, até o ano de 1964, encontrava-se desorganizado, não existiam garantias legais tanto para o credor como para o cliente, e o risco na aquisição de um imóvel era considerado alto. A partir desses fatos, foi promulgada a Lei nº 4.591, de 1964, que regulamentou o mercado de imóveis, sendo possível tornar a compra e venda mais estável.

Para que houvesse regulação no mercado, foi criado o memorial de incorporação, que torna obrigatório, me-diante lei, que existam informações pertinentes ao futuro empreendimento, como também informações legais e con-tábeis da empresa e sócios. Por meio desse instrumento é possível garantir um processo de compra e venda mais seguro.

Banco Nacional de HabitaçãoA partir da regulação do mercado imobiliário, houve a necessidade, por parte do governo, de desenvolver dis-positivos de financiamento para a construção e venda de imóveis. Com essa perspectiva, foi criado o Banco Nacional de Habitação.

Após a criação do BNH, o mercado alcançou o seu ápice, pois foi possível atender a todas as classes sociais através de financiamentos de larga escala.

O mercado operou com eficiência por um longo pe-ríodo, mas a partir de 1980, o Brasil passou a sofrer com problemas econômicos e inflação alta, que chegava a 80%

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 23

ao mês. Várias tentativas foram feitas para conter a crise no setor, mas em 1986 não foi possível manter o Banco, e o BNH foi extinto.

Novo cenárioCom o fechamento do BNH, as construtoras e compradores de imóveis ficaram desamparados. Todavia, enquanto o Banco Nacional de Habitação esteve em funcionamento, vários problemas foram gerados, o que causou transtornos ao mercado.

Vários compradores não conseguiram sanar suas dívi-das, em grande medida pela forte inflação que o país sofria à época, em conjunção com os contratos de longo prazo, e as parcelas insuficientes para cobrir as amortizações. Ou seja, as prestações eram pagas, mas a dívida aumentava. Tais fatos inibiram o mercado de imóveis, tanto por parte dos compradores como dos construtores.

Com todos esses problemas aflorados, o segmento per-deu toda a sua forma de organização, sendo necessário formular novas medidas para aquisição de imóveis. A partir daí, a solução encontrada foi implementar financiamentos diretos aos adquirentes.

Entre 1990 e 2003, o país passou por um longo perí-odo sem fontes de recursos privados ou públicos para a produção e venda de imóveis. Nesse período a economia não estava favorável, sendo outro agravante para a crise. Procurando novas soluções para o setor, as construtoras passaram a financiar os seus clientes entre 36 e 40 meses.

Sistema Cofeci • Creci 24

Não havia de fato mais interesse dos bancos em man-terem suas estruturas em funcionamento, em virtude de juros demasiados altos que não eram factíveis para finan-ciamentos de longo prazo.

De fato, os corretores de imóveis focavam seus esforços na prospecção de vendas diretas, com menor burocracia e maior agilidade. Para os compradores que passaram por problemas sérios na época do Banco Nacional de Habita-ção, nos anos 80, o novo método de aquisição foi aprovado.

Com o passar do tempo, as prestações saltaram de 36 a 40 meses para 80 meses, no período mais longo. No começo, as prestações eram favoráveis, mas ao longo do contrato o valor das parcelas se tornava muito alto, tra-zendo dificuldades para os clientes.

Crescimento do mercado imobiliárioDe acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), existem no Brasil cerca de 67 milhões de residências, o que torna as construtoras de imóveis conca-tenadas com novos instrumentos de gestão, para garantir melhor eficiência no acompanhamento e competitividade do segmento. O retorno do crédito proporcionou ao setor a recuperação e o alcance de novos patamares.

Novas perspectivasCom o objetivo de sanar os problemas referentes aos fi-nanciamentos diretos de longo prazo, foi promulgada a Lei nº 10.931, de 2004, onde construtoras e o Congresso

Nacional trabalharam conjuntamente para que o ordena-mento jurídico do setor fosse reformulado, modificando completamente as projeções do mercado.

A lei, basicamente, dá mais segurança ao mercado, sobretudo no que trata da alienação fiduciária, que é uma garantia para as construtoras e para os compradores.

A nova lei garantiu ao setor equilíbrio e factibilidade nas transações imobiliárias, por meio de um novo ordena-mento jurídico, que foi capaz de gerar segurança legal para os financiadores, construtores e compradores, de modo a aumentar a confiança do consumidor e do empresariado. De fato, a lei deu uma nova face aos empreendimentos.

Neste período foi criado o patrimônio de afetação, que separa a escrituração contábil de um empreendimento imobiliário do restante dos negócios da empresa, o que é uma exigência do banco que financia a construção de imóveis. Esta iniciativa é interessante do ponto de vista administrativo-financeiro, pois garante que todos os re-cursos gerados só poderão ser investidos no mesmo em-preendimento, não podendo ser desviados para outras finalidades ou outros imóveis. O patrimônio da afetação gera segurança financeira e maior garantia nas entregas.

Além de todas as medidas acima mencionadas, o retor-no do crescimento econômico no governo Luis Inácio Lula da Silva (PT-SP), somado à baixa inflação e menores taxas de juros, gerou no mercado imobiliário uma concorrência mais diversificada entre os bancos, podendo conquistar clientes fieis por um período maior.

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 25

Por fim, os contratos são mais claros, inclusive, sobre a possibilidade de não haver resíduos ao término do perí-odo de administração e, em alguns casos, é possível fixar prestações de até 20 anos.

Fatores macroeconômicosA compra de um imóvel depende, sobretudo, da disponibi-lidade de financiamentos de longo prazo. Desta maneira, diversos são os fatores que influenciam o setor, como infla-ção, nível das taxas de juros e a renda per capita do cliente.

Por se tratar de um bem de valor alto, todas as prer-rogativas mencionadas têm forte influência, inclusive na formação dos preços. Um indicador de suma importância é a taxa de juros, pois ela afeta diretamente o consumo das famílias e a projeção de investimentos do setor em-presarial. Para tanto, o mercado imobiliário depende, para operar em pleno funcionamento em termos de vendas, de taxas de juros baixas e controladas.

A inflação é outro indicador que impacta negativa-mente ou positivamente sobre o mercado, pois diminui ou mantém a renda e o poder de compra da população. A venda de imóveis é prejudicada a partir do momento em que a atividade econômica é comprometida pela di-minuição do consumo e investimentos e do aumento do desemprego. Não apenas a inflação, mas as medidas para combatê-la geram efeitos negativos no mercado, pois está sempre associada ao aumento das taxas de juros para o equilíbrio entre oferta e demanda.

Sistema Cofeci • Creci 26

mercado imobiliário em 2015

O PREÇO DOS IMÓVEIS vem sofrendo um processo de estabilização desde a grande valorização a partir de 2009. Isso porque o crescimento do País, em alta durante o gover-no do ex-presidente Lula (PT-SP), com a grande exportação de commodities, expansão do crédito, aumento da renda da classe média e, sobretudo, ganho de confiança do consu-midor, fez com que as projeções de vendas se elevassem. Nesse cenário, várias incorporadoras investiram grandes recursos para a obtenção de lançamentos por todo o Brasil.

Nos anos em que o mercado imobiliário alcançou o seu auge (2009–2012), os lançamentos estavam a todo o vapor, e a demanda por engenheiros da área civil era contínua e crescente.

Para suprir a falta desses profissionais e atender a de-manda cada vez maior, foram lançados vários incentivos para a formação de quadros profissionais por meio do Programa Ciência sem Fronteiras. Esta iniciativa do Governo Federal proporcionou a vários estudantes a oportunidade de se qua-lificarem em outro país e aplicar o conhecimento no Brasil.

Diferentemente da crise imobiliária nos Estados Unidos, que afetou diretamente os bancos e financeiras, a estabilização e queda dos preços deveu-se, em gran-de parte, ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda de imóveis. Nesse cenário, houve aumento na procura por imóveis menores, para solteiros, e a opção pela busca de apartamentos e casas menores. Tal valorização elevou os preços a tal ponto que os futuros compradores resolveram esperar, aguardando uma possível bolha no setor.

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 27

A partir de 2013, com o encolhimento do crescimen-to econômico no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o mercado imobiliário começou a sentir uma queda nos preços. Para este fenômeno, é importante men-surar alguns fatores:

→ Queda nos níveis de emprego→ Falta de segurança do trabalhador em

manter suas atividades profissionais→ Grande quantidade de lançamentosOs imóveis residenciais sofreram uma desvaloriza-

ção menor se comparado aos imóveis comerciais. Lojas, galpões e centros comerciais estão em busca de novos compradores e locatários.

A percepção por parte dos investidores de que os valo-res chegaram ao máximo ocasiona certa inibição em novos investimentos. A contração econômica, que é um fator de queda na produtividade, aumento do desemprego e índi-ces de vendas, somados ao aumento de tributos propostos pelo Governo Federal, colocam o setor em alerta.

Portanto, o ano de 2015 será de estabilização dos pre-ços dos imóveis, aumentando as projeções de vendas a partir do segundo semestre, após o mercado sentir os impactos das medidas de austeridade adotadas pelo Ministério da Fazenda. Todavia, é importante ressaltar que, embora haja reação do setor no segundo semestre, a estimativa não é de grandes melhoras, pois até 2016 a política macroeconômica será de contenção de gastos e poucos incentivos fiscais.

Sistema Cofeci • Creci 28

frente parlamentarmista de apoio ao mercado imobiliário

COM A FINALIDADE DE ATUAÇÃO dos parlamentares em defesa do mercado imobiliário e dos profissionais do setor, a Frente Parlamentar visa à formulação de políticas públicas que assegurem a melhoria do segmento junto à elaboração de projetos de lei, a realização de seminários e audiências públicas, bem como a análise de estudos que fomentem o setor, tanto no que se refere ao campo de atuação do corretor de imóveis, como em benefício dos cidadãos que almejam o sonho da casa própria.

A iniciativa serve como um valioso instrumento de diá-logo entre o setor e o Congresso Nacional, visto que os representantes são a ponte no convívio de tais poderes. Assim, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Mercado Imobiliário poderá vir a estimular, debater e advogar ar-tifícios positivos ao setor.

Além do desempenho no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar pretende atuar juntamente com a sociedade civil e os agentes públicos e privados, a fim de colher in-formações pertinentes para a consolidação das medidas benéficas a serem desenvolvidas pelo Estado.

Trabalharemos com as seguintes medidas:→ Menor tributação do mercado imobiliário→ Regularização de áreas territoriais para a

construção de conjuntos habitacionais populares→ Garantia dos direitos dos compradores de imóveis→ Promoção da inserção das famílias nos programas

habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida→ Valorização dos Corretores de Imóveis

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 29

→ Incentivo à criação de novas formas de financiamento para aquisição da casa própria

Para que a Frente Parlamentar obtenha os resultados almejados, serão utilizados dispositivos juridicamente legais, que possam prover segurança ao mercado imobi-liário. Serão apresentadas matérias que impulsionem as políticas habitacionais e que fortaleçam continuamente o mercado de imóveis.

Acreditando que o contato constante com os governan-tes eleitos é um meio eficaz de fortalecer a relação entre a sociedade e a classe política, o Sistema Cofeci-Creci apoia iniciativas que possam ampliar e consolidar a democracia representativa brasileira. Neste aspecto, vê na Frente Par-lamentar um importante meio para não apenas dar voz ao mercado imobiliário dentro das instâncias representativas oficiais, mas também para fazer um importante segmento da sociedade se representar.

congressonacional

30

O ano legislativo de 2015 começou

com a eleição dos presidentes

da Câmara dos Deputados, Eduardo

Cunha (PMDB-RJ), e do Senado

Federal, Renan Calheiros (PMDB-

AL), e com a escolha dos demais

integrantes das Mesas Diretoras

das duas casas para o biênio

2015–2016.

Sistema Cofeci • Creci 32

congresso nacional

COM A NOVA COMPOSIÇÃO da cúpula do Congresso, as casas tomam novos rumos, renovam os temas de debate e inovam os desafios a serem enfrentados. Como forma de acompanhar o dinamismo do movimento político, o Sistema Cofeci-Creci promove uma atuação comprometida e intensa junto ao Congresso Nacional, fazendo jus ao setor de tamanha expressividade.

A Câmara dos Deputados representa o povo brasileiro. Cada unidade federativa elege a quantidade de deputados proporcional ao número de habitantes. No total são 513 deputados federais, sendo 8 o número mínimo e 70 o má-ximo de representantes por estado e pelo Distrito Federal. Os deputados federais exercem um mandato de quatro anos, não havendo limite para a reeleição.

O Senado Federal representa a Federação. Dessa for-ma, cada uma das 27 unidades federativas possui o mesmo número de representantes: três senadores, um total de 81. Os senadores são eleitos pelo sistema majoritário para um mandato de oito anos, o que corresponde a duas legisla-turas. A cada quatro anos a casa se renova parcialmente, alternando em um ou dois senadores por estado eleitos.

Não existe hierarquia entre as Casas que compõem o Congresso Nacional. A Câmara e o Senado trabalham de forma independente e autônoma, seguindo cada um suas próprias regras internas de funcionamento. Para a apre-ciação de determinadas matérias, como a orçamentária e os vetos, a atuação é em conjunto.

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 3333

O Congresso Nacional trabalha em períodos de qua-tro anos, chamados de legislaturas. A atual legislatura começou em 1º de fevereiro de 2015 e terminará em 31 de janeiro de 2019. A maior parte das proposições em tra-mitação é arquivada ao final da legislatura, podendo ser desarquivadas, salvo algumas exceções, como matérias que tramitam há duas legislaturas.

Sistema Cofeci • Creci 34

estrutura

Presidente

SenadorRENAN CALHEIROS

(PMDB-AL)

1º Vice-Presidente

DeputadoWALDIR MARANHÃO

(PP-MA)

1º Secretário

DeputadoBETO MANSUR

(PRB-SP)

2º Secretário

SenadorZEZÉ PERRELLA

(PDT-MG)

3º Secretária

DeputadaMARA GABRILLI

(PSDB-SP)

4º Secretária

SenadoraÂNGELA PORTELA

(PT-RR)

2º Vice-Presidente

SenadorROMERO JUCÁ

(PMDB-RR)

Mesa do Congresso NacionalO Congresso Nacional tem três Mesas Diretoras responsá-veis pela coordenação geral dos trabalhos legislativos. As Mesas são órgãos colegiados compostos por presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, com atribuições constitucionais e regimentais distintas.

O organograma a seguir mostra a nova formação da Mesa do Congresso Nacional, estruturada a partir das Me-sas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 35

Presidente

EDUARDO CUNHA

(PMDB-RJ)

1º Vice-Presidente

WALDIR MARANHÃO

(PP-MA)

1º Secretário

BETO MANSUR

(PRB-SP)

2º Secretário

FELIPE BORNIER

(PSD-RJ)

3º Secretária

MARA GABRILLI

(PSDB-SP)

4º Secretário

ALEX CANZIANI

(PTB-PR)

2º Vice-Presidente

GIACOBO

(PR-PR)

Mesa da Câmara dos DeputadosComo determinado pelo art. 57 da Constituição Federal, na primeira semana de fevereiro, quando são iniciadas as ses-sões legislativas ordinárias, a Câmara dos Deputados deve escolher os parlamentares que comporão a Mesa Diretora da Casa. Assim, a votação realizada no dia 1º de fevereiro de 2015 elegeu em primeiro turno o presidente; o 1º e 2º vice--presidentes; o 1º, 2º, 3º e 4º secretários e seus suplentes.

A nova Mesa Diretora coordenará os trabalhos da Casa pelo biênio 2015–2016. Entre suas funções estão a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços ad-ministrativos da Casa e a promulgação de emendas à Constituição, juntamente com o Senado, entre outras. Segue abaixo o organograma da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados:

Sistema Cofeci • Creci 36

Presidente

RENAN CALHEIROS

(PMDB-AL)

1º Vice-Presidente

JORGE VIANA

(PT-AC)

1º Secretário

VICENTINHO ALVES

(PR-TO)

2º Secretário

ZEZÉ PERRELLA

(PDT-MG)

3º Secretário

GLADSON CAMELI

(PP-AC)

4º Secretária

ÂNGELA PORTELA

(PT-RR)

2º Vice-Presidente

ROMERO JUCÁ

(PMDB-RR)

Mesa do Senado FederalTambém no dia 1º de fevereiro de 2015 foi realizada a elei-ção para a Mesa do Senado Federal. Os partidos indicaram para cada cargo, segundo o critério de proporcionalida-de, os candidatos para os respectivos cargos da Mesa. De acordo com a tradição, no Senado, a maior bancada é que indica o candidato à presidência.

A Constituição prevê o critério da proporcionalidade para que seja mantido o equilíbrio na Casa e para que a composição da Mesa corresponda às forças políticas de maior representatividade. Considerando o resultado das eleições de 2014, o PMDB e o PT são as maiores bancadas, com 18 e 12 senadores, respectivamente.

Dentre as atribuições da mesa estão: administrar os trabalhos do Senado Federal; convocar e conduzir as ses-sões do Senado e do Congresso Nacional; propor transfor-mação de sessões públicas em secretas; cuidar de eleições internas; distribuir matérias às comissões; promulgar as resoluções do Senado e os decretos legislativos; receber e enviar correspondências e dar posse aos senadores, entre outras.

Segue a nova composição da Mesa do Senado Fe-deral, eleita pelos pares para o mandato de dois anos (2015–2016):

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 37

COMISSÕES DO CONGRESSO NACIONAL

CCAI Comissão Mista de Controle das

Atividades de Inteligência

CMCPLP Comissão Mista do Congresso

Nacional de Assuntos Relacionados

à Comunidade dos Países

de Língua Portuguesa

CMCVM Comissão Permanente Mista de

Combate à Violência contra a Mulher

CMMC Comissão Mista Permanente

sobre Mudanças Climáticas

CMO Comissão Mista de Planos,

Orçamentos Públicos e Fiscalização

FIPA Comissão Mista Representativa

do Congresso Nacional no Fórum

Interparlamentar das Américas

O CONGRESSO NACIONAL e suas duas casas possuem ritos específicos para a tramitação dos diversos tipos de propostas legislativas dispostos na Constituição Federal e nos Regimentos Internos. Mas em resumo, podemos dizer que os trabalhos de elaboração das leis se desenvolvem em duas fases distintas em cada casa legislativa: a das comissões e a do plenário.

PlenárioO plenário é o órgão máximo, ou seja, a última instância de decisão sobre a maioria das matérias apreciadas pela casa legislativa. Nele os representantes do povo (deputados), dos estados e do Distrito Federal (senadores) se reúnem em sua totalidade, discutem e votam soberanamente as proposições em tramitação, no cumprimento das suas funções constitucionais.

ComissõesCada casa legislativa é composta por diversas comissões temáticas, que são órgãos compostos por um número me-nor de parlamentares. As comissões são distribuídas por temas de interesse nacional, como educação, saúde, segu-rança e finanças, considerando a necessidade de divisão e a especialização do trabalho.

elaboração das leis

Sistema Cofeci • Creci 38

Todos os projetos que tramitam na Câmara ou no Senado precisam passar por pelo menos uma comissão em cada casa. Nesses colegiados, os parlamentares descem aos detalhes técnicos e jurídicos, identificando os méri-tos e as falhas dos projetos, analisando desde o aspecto

constitucional de uma proposta até o interesse público e o impacto orçamentário.

Em muitos casos, antes de aprovar um texto, os in-tegrantes das comissões se reúnem com autoridades e especialistas da área e promovem audiências públicas em

COMISSÕES PERMANENTES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

CAPADR Comissão de Agricultura, Pecuária,

Abastecimento e Desenvolvimento Rural

CCTCI Comissão de Ciência e Tecnologia,

Comunicação e Informática

CCJC Comissão de Constituição e

Justiça e de Cidadania

CCULT Comissão de Cultura

CDC Comissão de Defesa do Consumidor

CDP Comissão de Defesa dos Direitos

das Pessoas com Deficiência

CDU Comissão de Desenvolvimento Urbano

CDEIC Comissão de Desenvolvimento

Econômico, Indústria e Comércio

CDHM Comissão de Direitos Humanos e Minorias

CE Comissão de Educação

CESPO Comissão do Esporte

CFT Comissão de Finanças e Tributação

CFFC Comissão de Fiscalização

Financeira e Controle

CINDRA Comissão de Integração Nacional,

Desenvolvimento Regional e da Amazônia

CLP Comissão de Legislação Participativa

CMADS Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável

CME Comissão de Minas e Energia

CREDN Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional

CSPCCO Comissão de Segurança Pública e

Combate ao Crime Organizado

CSSF Comissão de Seguridade Social e Família

CTASP Comissão de Trabalho, de Administração

e Serviço Público

CTUR Comissão de Turismo

CVT Comissão de Viação e Transportes

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 39

que representantes da população são ouvidos, propondo alterações e aperfeiçoamentos.

Quando a comissão conclui o exame de cada matéria submetida a sua apreciação, é apresentado à casa um parecer sobre o assunto, recomendando aos demais parla-mentares à aprovação com alterações ou integral, ou então a rejeição da proposição legislativa examinada.

Nessa legislatura, o Congresso Nacional possui três comissões permanentes, formadas por senadores e depu-tados. A Câmara, que antes contava com 20, agora tem 21 comissões permanentes, e o Senado Federal permanece com 11 comissões permanentes.

A presidência das comissões é definida sempre no iní-cio do ano a partir de acordo político. No caso da Câmara, a presidência é alterada anualmente, enquanto que no Senado Federal, os presidentes são eleitos a cada dois anos. A ordem de escolha é estabelecida por um quociente em que se considera a quantidade de parlamentares e a de colegiados.

Assim, os partidos com maior representatividade pre-sidem um maior número de comissões e geralmente as mais importantes das casas. Estes cargos são de grande importância, pois o presidente da comissão tem o poder de decidir quais serão os projetos que comporão a pauta e indicar seus relatores.

COMISSÕES PERMANENTES DO SENADO FEDERAL

CAE Comissão de Assuntos Econômicos

CAS Comissão de Assuntos Sociais

CCJ Comissão de Constituição,

Justiça e Cidadania

CCT Comissão de Ciência, Tecnologia,

Inovação, Comunicação e Informática

CDH Comissão de Direitos Humanos

e Legislação Participativa

CDR Comissão de Desenvolvimento

Regional e Turismo

CE Comissão de Educação,

Cultura e Esporte

CI Comissão de Serviços de Infraestrutura

CMA Comissão de Meio Ambiente, Defesa do

Consumidor e Fiscalização e Controle

CRA Comissão de Agricultura

e Reforma Agrária

CRE Comissão de Relações Exteriores

e Defesa Nacional

CSF Comissão Senado do Futuro

Sistema Cofeci • Creci 40

SÃO INSTRUMENTOS pelos quais os deputados e se-nadores exercem sua função legisladora. É a forma pela qual apresentam suas ideias de criação ou modificação da legislação vigente. Podem ser: propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, projetos de lei ordinária, projetos de decreto legislativo e resoluções. Todas essas normas são apreciadas pelas duas casas, em conjunto ou separadamente.

Os projetos que tramitam conjuntamente nas duas ca-sas são os relativos às leis orçamentárias – Plano Pluri-anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e suas alterações e as medidas provisórias, editadas pelo Poder Executivo. Além disso, ainda se submetem à deliberação das duas Casas, em sessão conjunta, os vetos presidenciais e a criação de créditos adicionais.

Projeto de lei ordináriaEspécie de proposição legislativa destinada a regular matéria inserida na competência normativa da União e pertinente às atribuições do Congresso Nacional. Para sua aprovação, é necessária a presença da maioria absoluta de cada casa parlamentar, mas sua aprovação ocorre por maioria simples. Após aprovada, deve ser sancionada pelo Presidente da República.

proposições legislativas

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 41

Projeto de lei complementarProposição destinada a regulamentar dispositivo da Constituição, quando este não é autoaplicável. Para sua aprovação, é necessária a maioria absoluta dos votos dos membros da casa – Câmara dos Deputados ou Senado Federal. São exigidos dois turnos de discussão e votação.

Medida provisóriaAto normativo de iniciativa exclusiva do Presidente da República, com força de lei, que pode ser expedido em caso de urgência e relevância. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei.

Projeto de lei de iniciativa popularProposição pela qual os cidadãos têm participação dire-ta na iniciativa da elaboração das leis, desde que haja assinatura de um por cento do eleitorado nacional, distribuído por cinco unidades da Federação, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada uma delas. A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados foi criada para receber sugestões de iniciativa legislativa apresentadas por associações e órgãos de classe, sindicatos e entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos.

Proposta de emenda à ConstituiçãoProposição legislativa que visa alterar o texto constitucional vigente, com exceção das cláusulas pétreas, que são aque-las que se referem à forma federativa de Estado; ao voto direto, secreto, universal e periódico; à separação dos Pode-res; e aos direitos e às garantias individuais. Deve ser apre-sentada pela terça parte dos parlamentares da casa que a propõe e exige quórum qualificado para sua aprovação.

SIGLAS DAS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃOAs matérias em tramitação na casa são identificadas por siglas seguidas de numeração. Entre elas, destacam-se as seguintes:

PEC Proposta de Emenda à Constituição

PL Projeto de Lei

PLC Projeto de Lei da Câmara

PLS Projeto de Lei do Senado

PLN Projeto de Lei do Congresso Nacional

PLV Projeto de Lei de Conversão

MPV/MP Medida Provisória

PRC Projeto de Resolução da Câmara

PRS Projeto de Resolução do Senado

PDS Projeto de Decreto Legislativo

Sistema Cofeci • Creci 42

perspectivas do congresso nacional para 2015

APÓS UM MOVIMENTADO ano de 2014, no qual o Brasil se mobilizou para assistir à Copa do Mundo, e, logo em seguida, se envolveu intensamente com as eleições gerais, de forma a fazer valer a democracia, 2015 se mostra como um ano de ajustes e adaptações às mudanças provocadas após o pleito democrático do ano anterior. A produção legislativa, reduzida em 2014 por se tratar de ano eleitoral, voltou a andar, a toda velocidade.

E, como normalmente ocorre nos anos ímpares, o Congresso Nacional viu suas duas casas legislativas ele-gerem suas novas Mesas. A sessão preparatória, realizada no início da legislatura, culminou na eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a Mesa da Câmara dos Deputados e na recondução de Renan Calheiros (PMDB-AL) à Mesa do Senado Federal. Em fevereiro também começou o processo de instalação das comissões permanentes de cada uma das casas, processo que terminou apenas em março.

A pauta de ambas as casas tem em comum, para este ano, o assunto que foi constantemente abordado durante todo o processo eleitoral – a reforma política. Um dos primeiros atos de Eduardo Cunha, como presidente da Câmara, aliás, foi a abertura da Comissão Especial que deverá entregar o texto a ser debatido e deliberado pelo plenário da Câmara. O Senado Federal também tem em funcionamento uma Comissão Especial com o fim de dis-cussão das propostas de reforma política.

No âmbito da comissão da Câmara, estão sendo dis-cutidas as propostas apresentadas, com a peça principal

Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015 43 43

sendo a PEC 352/2013, apresentada a partir de um grupo de trabalho constituído ainda em 2013. As propostas tratam de diversos temas relacionados à reforma política, entre eles o modelo de financiamento de campanha, obrigato-riedade do voto e o sistema eleitoral.

Estão programadas diversas audiências públicas com autoridades e membros de entidades e confederações com interesse no assunto. Apesar das divergências que os di-versos agentes participantes das discussões têm apresen-tado, existe vontade de ambas as casas de votarem esse tema ainda em 2015.

Além disso, está em alta a pauta da reforma fiscal para o Brasil. Os parlamentares têm apresentado diversas vi-sões em relação a como deve ser conduzida a reforma fiscal, com um cenário no qual o consenso não parece possível. As alterações nos regimes de desoneração, no regime trabalhista e a nova fórmula de cálculo da restitui-ção no imposto de renda são alguns dos pontos de maior debate a serem tratados no Congresso.

Em um segundo plano estão questões como segurança pública, a finalização da reforma no Código Penal, empre-endida pelo Senado Federal antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados e a finalização da minirreforma do Código de Defesa do Consumidor, que trata de questões atinentes ao comércio eletrônico, superendividamento e ações coletivas.

Também existe expectativa quanto à Comissão Mista de Orçamento (CMO), visto que, neste ano, o Poder Executivo deverá apresentar o Plano Plurianual ao Poder Legislativo. O Projeto de Lei referente ao PPA 2016–2019 deve ser apre-sentado ao Congresso Nacional até agosto deste ano.

Por se tratar de um ano no qual a produção legislativa está normalizada e a pauta aponta para ajustes de cunho fiscal, o Sistema Cofeci-Creci terá um ano de árduo trabalho junto ao Congresso. Por meio da atuação constante, será possível acompanhar, opinar e agir sempre que necessário, defendendo os interesses de um dos setores que mais con-tribuem para a movimentação da economia brasileira.

proposiçõeslegislativas

44

As proposições aqui destacadas pelo Sistema

Cofeci-Creci são aquelas de maior relevância que

hoje tramitam no Congresso Nacional e que de

alguma forma podem influenciar na vida profissional

do corretor de imóveis, a sociedade brasileira quanto

à questão imobiliária e demais atores envolvidos no

setor imobiliário.

Versando sobre as mais diversas matérias, as pro-

posições legislativas estão identificadas no início de

cada página, com o tema relevante em destaque.

Apresentamos um resumo da matéria e a tramita-

ção dela na casa legislativa. Por fim, é ressaltado o

posicionamento do Sistema Cofeci-Creci de forma

sintética para fácil compreensão do leitor, seja ele

parlamentar ou corretor de imóveis.

46

FAVORÁVEL

Simples Nacional

PLP nº 503, de 2009

Inclusão dos corretores de imóveis no Regime Simples NacionalAltera a Lei Complementar nº 123, de

2006, que institui o Regime Especial

Unificado de Arrecadação de Tributos

e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte (Simples Nacional), para permitir

a inclusão das empresas corretoras

de imóveis no Simples Nacional.

AUTOR: Deputado Antônio Carlos

Mendes Thame (PSDB-SP)

O projeto de lei pretende acrescentar parágrafo ao artigo 18 da Lei Comple-mentar nº 123, de 2006, que determi-na as atividades de prestação de ser-viços que serão tributadas na forma do Regime Especial Simples Nacional, incluindo a atividade de corretoras e corretores de imóveis nesse sistema tributário simplificado.

O Simples Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âm-bito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, mediante regime único de arrecadação, inclu-sive obrigações acessórias.

Entre outras, as vantagens do Sim-ples Nacional para os contribuintes dele optantes são a possibilidade de menor tributação em relação a ou-tros regimes tributários, facilidade no atendimento das legislações tri-butária, previdenciária e trabalhista e a simplificação no pagamento de diversos tributos abrangidos pelo sistema, mediante o pagamento de uma única guia.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos De-putados. Tramita em apenso ao PLP nº 399, de 2008, em caráter de ur-gência, devendo ser apreciada pelas Comissões de Desenvolvimento Eco-nômico, Indústria e Comércio (CDEIC), de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e, em seguida, deliberada pelo Plenário.

A CDEIC opinou, quanto ao mérito, pela aprovação do projeto principal e de outros projetos, incluindo o PLP nº 503, de 2009. Na CCJC, o re-lator designado Deputado Jorginho Mello (PR-SC) apresentou seu pare-cer duas vezes, em 2012 e 2013, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, no entanto, não houve deliberação da Comissão e novos projetos foram apensados, sendo, então, necessário novo pare-cer do relator. Por ser regime de ur-gência, o mérito do projeto está sob análise na CFT, onde aguarda parecer do relator, Deputado Helder Salomão (PT-ES). →

47

FAVORÁVEL

Simples Nacional

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMO PLP nº 399, de 2008, que, por ser mais antigo, tem a precedência na tramitação em conjunto com os se-guintes projetos: PLP nº 44, de 2009; PLP nº 474, de 2009; PLP nº 488, de 2009; PLP nº 86, de 2011; PLP nº 151, de 2012; PLP nº 168, de 2012; PLP nº 479, de 2009; PLP nº 47, de 2011; PLP nº 483, de 2009; PLP nº 482, de 2009, PLP nº 516, de 2009; PLP nº 540, de 2009; PLP nº 606, de 2010; PLP nº 4, de 2011; PLP nº 506, de 2009; PLP nº 583, de 2010; PLP nº 503, de 2009; PLP nº 569, de 2010; PLP nº 517, de 2009; PLP nº 602, de 2010; PLP nº 198, de 2012; PLP nº 533, de 2009; PLP nº 558, de 2010; PLP nº 562, de 2010; PLP nº 580, de 2010; PLP nº 597, de 2010; PLP nº 5, de 2011, PLP nº 181, de 2012; PLP nº 133, de 2012; PLP nº 149, de 2012; PLP nº 157, de 2012; PLP nº 218, de 2012; PLP nº 257, de 2012; PLP nº 303, de 2013; PLP nº 379, de 2014; PLP nº 386, de 2014; PLP nº 406, de 2014 e PLP nº 427, de 2014.

PLS Complementar nº 5, de 2015

Nova modalidade de enquadramento de tributação do Simples NacionalAlterar o enquadramento no Regime

Especial Unificado de Arrecadação

de Tributos e Contribuições devidos

pelas Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte (Simples Nacional)

das atividades de prestação de

serviço de representação comercial e

demais atividades de intermediação

de negócios e serviços de terceiros.

AUTOR: Senador Paulo Paim (PT-RS)

O PLS 5/2015 contempla uma nova modalidade de enquadramento no regime de tributação do Simples Na-cional. O projeto de lei propõe que novas atividades comerciais sejam contempladas, como a intermediação de negócios e serviços de terceiros.

O projeto de lei tem como objetivo garantir isonomia em relação a uma atividade similar, como a dos corre-tores de imóveis. Nesse sentido, será modificado o enquadramento das empresas prestadoras de serviços de representação comercial no Simples Nacional.

TRAMITAÇÃOO projeto de lei encontra-se no Sena-do Federal, e será analisado pela Co-missão de Assuntos Econômicos (CAE), onde aguarda designação de relator.

48

FAVORÁVEL

PLS Complementar nº 16, de 2014

Adesão ao Simples NacionalAltera a Lei Complementar nº 123,

de 14 de dezembro de 2006, para

permitir a opção pelo Simples

Nacional de microempresas e

empresas de pequeno porte dos

ramos de atividade que especifica.

AUTOR: Senador Wilder

Morais (DEM-GO)

O Simples Nacional é o imposto sim-plificado que contribui para o avanço de pequenas e microempresas, por possibilitar o recolhimento de tri-butos federais de forma unificada. O projeto defende a adesão de diversos serviços, como o de corretor no Sim-ples Nacional.

TRAMITAÇÃOA matéria está no Senado Federal e será apreciada pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS), Educação (CE), Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e Assuntos Econômicos (CAE). Na CAS, foi designado o Senador Otto Alencar (PSD-BA) relator da matéria.

Simples Nacional

49

FAVORÁVEL

PLP nº 44, de 2015

Enquadramento no Simples NacionalCorrige os limites de faturamento

para adesão ao Simples Nacional.

AUTOR: Deputado Alceu

Moreira (PMDB-RS)

O texto propõe que a oneração das empresas seja de acordo com o índice de inflação, pois a desvalorização da moeda faz com que um grande núme-ro de empresas se desenquadre do Simples Nacional, mesmo mantendo inalterável o valor de faturamento.

TRAMITAÇÃOO projeto foi apresentado em 26 de março e aguarda definição do regime de tramitação e forma de apreciação das Comissões.

Simples Nacional

50

FAVORÁVEL

PL nº 6225, de 2013

Isenção sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPIAltera a Lei nº 8.989, de 24 de

fevereiro de 1995, com redação

dada pela Lei nº 10.690, de 16 de

junho de 2003, que “dispõe sobre a

isenção do Imposto sobre Produtos

Industrializados – IPI, na aquisição

de automóveis para utilização no

transporte autônomo de passageiros,

bem como por pessoas portadoras de

deficiência e dá outras providências”.

AUTOR: Deputado Edmar

Arruda (PSC-PR)

O projeto de lei pretende isentar do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) na aquisição de automóveis para utilização no transporte de autô-nomos de passageiros, corretores de imóveis devidamente registrados nos CRECI de sua circunscrição, bem como de portadores de deficiência.

O principal objetivo do projeto é facilitar a aquisição do veículo auto-motor pelos corretores de imóveis, permitindo que tenham maior acesso aos seus clientes e rapidez para se locomoverem até o imóvel disponibi-lizado no mercado. A medida também incentiva o desenvolvimento sócio econômico da área de construção civil e apoia programas do governo, como o Minha Casa Minha Vida.

O autor do projeto destaca em sua justificativa a importante função so-cial do corretor de imóveis na condu-ção e intermediação do negócio imo-biliário, agindo como elo e mediador entre comprador e vendedor.

TRAMITAÇÃOO projeto está na Câmara dos Depu-tados, onde tramita em regime ordi-nário pelas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e

Justiça e de Cidadania (CCJC). Esta proposição é sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. Na CFT, aguarda designação de relator.

Imposto sobre Produtos Industrializados

51

FAVORÁVEL

PL nº 495, de 2015

Quitação de matéria prima pelo saldo credor sobre Impostos sobre Produtos Industrializados – IPITrata da utilização pelo contribuinte

de saldo credor de IPI.

AUTOR: Deputado William Woo (PV-SP)

Poderá ser utilizado na quitação de matérias primas, como produtos in-termediários e materiais de embala-gens, o saldo credor sobre o Imposto dos Produtos industrializados – IPI.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída às Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de tramitação ordi-nária, sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. A matéria foi rece-bida na CFT e aguarda designação de relator.

Imposto sobre Produtos Industrializados

52

FAVORÁVEL

PLS nº 11, de 2015

FGTS para obras de acessibilidade em imóvel próprioPermite a liberação do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço

do trabalhador que necessite

executar projeto de acessibilidade

em imóvel próprio.

AUTOR: Senador José

Medeiros (PPS-MT)

A matéria garante a utilização do FGTS para obras e reformas de acessibili-dade para portadores de necessida-des especiais, como rampas, portas maiores, etc.

A proposição contempla ao dono do imóvel e aos seus dependentes. A norma deverá ser regulamentada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. A Lei entra em vigor na data da sua publicação.

TRAMITAÇÃOA proposição se encontra no Senado Federal, será analisada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em deci-são terminativa nesta última. Na CDH, aguarda parecer da Senadora Fátima Bezerra (PT-RN).

Financiamento imobiliário

53

FAVORÁVEL

PL nº 3439, de 2000

FGTS para financiamento imobiliárioAcrescenta inciso ao art. 20 da Lei

nº 8.036, de 1990, que dispõe sobre

o Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS), a fim de permitir a

movimentação da conta vinculada

no FGTS para o pagamento do preço

da aquisição de lote destinado à

construção de moradia própria.

AUTOR: Deputado Cezar

Schirmer (PMDB-RS)

O projeto de lei pretende acrescen-tar inciso ao artigo 20 da Lei nº 8.036, de 1990, que regulamenta o FGTS. O artigo 20 da referida lei determina em quais condições poderá o traba-lhador utilizar esse benefício. Atual-mente, observados alguns requisitos, pode-se utilizar o FGTS para o finan-ciamento da casa própria, todavia não se permite sua utilização para a aquisição de lotes urbanizados não construídos.

O objetivo do projeto é permitir que o trabalhador também utilize seu FGTS para financiar, total ou parcial-mente, a compra de lote para cons-trução de casa própria.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, onde tramita em regime ordinário, com apreciação conclusi-va pelas Comissões. Será deliberada pelas Comissões de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Público (CTASP); Finanças e Tributação (CFT); e Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Conforme o Requerimento nº 4795, de 2012 da Comissão da Ama-zônia, Integração Nacional e de De-senvolvimento Regional (CINDRA),

a proposição também será aprecia-da pela referida Comissão, que faz jus às análises das matérias de sua competência.

Na CTASP, o parecer vencedor do Deputado Roberto Santiago (PV-SP) pela rejeição do projeto foi aprovado. Atualmente está na CFT. O Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) foi designa-do relator, porém devolveu a maté-ria para a Comissão sem manifesta-ção. Aguarda-se, portanto, um novo relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 1992, de 2003; PL nº 4940, de 2005; PL nº 6217, de 2005; PL nº 3447, de 2008; PL nº 4468, de 2008; e PL nº 5422, de 2009.

Financiamento imobiliário

54

FAVORÁVEL

PLS nº 167, de 2011

Financiamento imobiliárioAltera o inciso III, do art. 18 da

Lei nº 4.380, de 1964, para retirar

a exigência de valores máximos

de financiamento e de aquisição

de imóveis no âmbito do Sistema

Financeiro da Habitação.

AUTOR: Senador Lobão

Filho (PMDB-MA)

O texto do inciso III do art. 18 da Lei nº 4.380, de 1964, determina que o Sis-tema Financeiro da Habitação (SFH) somente permitirá o financiamento imobiliário caso sejam respeitadas as condições gerais quanto a garantias, juros, prazos, limites de risco, valores máximos de financiamento e de aqui-sição do imóvel.

O projeto de lei em questão tem por objetivo facilitar a aquisição de créditos imobiliários, acabando com essa determinação de valores máxi-mos para concessão de financiamento imobiliário pelo SFH. Segundo o autor, essa medida torna-se importante na medida em que a média dos valores imobiliários é muito diferente entre as cidades brasileiras. Assim, a ins-tituição de valores máximos apenas dificulta a aquisição de casa própria por muitos brasileiros.

TRAMITAÇÃOA proposição está no Senado Fede-ral e tramita em decisão terminativa pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e pela Co-missão de Assuntos Econômicos (CAE). Aprovado o relatório pela rejeição do projeto na CDR, a matéria seguiu para

votação na CAE e foi distribuído ao Senador Walter Pinheiro (PT-BA), que apresentou parecer pela aprovação do projeto. Porém, não houve deli-beração da Comissão, a matéria foi devolvida pelo relator e aguarda nova designação de relatoria.

Financiamento imobiliário

55

FAVORÁVEL

PL nº 21, de 2015

Concede incentivo para aquisição de imóveisInstitui financiamento especial

para porteiros e funcionários

de edifícios e condomínios para

aquisição da casa própria.

AUTOR: Deputado Otavio

Leite (PSDB-RJ)

Porteiros e funcionários de edifícios terão com esta proposição incentivo fiscal para aquisição da casa própria, visto que os rendimentos salariais da categoria são insuficientes para grandes investimentos imobiliários. Tal medida busca fomentar o poder de compra, garantindo assim o aces-so com mais facilidade à compra de imóveis próprios para funcionários do segmento, subsidiados pelo Ban-co do Brasil e Caixa Econômica Fede-ral, possibilitando o recebimento de uma carta de crédito ao tempo de sua aposentadoria.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída à Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU); à Co-missão de Finanças e Tributação (CFT) e à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de apreciação conclusiva. Na CDU, foi designado como relator o Deputado Alex Manente (PPS-SP).

Financiamento imobiliário

56

FAVORÁVEL

PLS nº 19, de 2014

Documentos para financiamento imobiliárioAcrescenta o art. 39-A à Lei nº 9.514, de

20 de novembro de 1997, que dispõe

sobre o Sistema de Financiamento

Imobiliário, institui a alienação fiduciária

de coisa imóvel e dá outras providências,

e o art. 62-A à Lei nº 4.380, de 21 de

agosto de 1964, que institui a correção

monetária nos contratos imobiliários

de interesse social, o sistema financeiro

para aquisição da casa própria, cria o

Banco Nacional da Habitação (BNH) e

Sociedades de Crédito Imobiliário, as

Letras Imobiliárias, o Serviço Federal

de Habitação e Urbanismo e dá outras

providências, a fim de regular a validade

das certidões exigidas para a concessão

de financiamento imobiliário.

AUTOR: Senador Jorge

Afonso Argello (PTB-DF)

A proposição tem como finalidade resumir a quantidade de documen-tos necessários para a solicitação de financiamento imobiliário, pois alguns desses documentos possuem prazo de validade, dificultando o processo para entrega.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e será apreciado pela Comissão de As-suntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa. Aguarda designação de relator.

Financiamento imobiliário

57

CONTRÁRIA

PLS nº 250, de 2014

Novos critérios nos Conselhos Regionais de Corretores de ImóveisModifica a Lei nº 6.530, de 12 de

maio de 1978, para dispor sobre a

composição e as eleições para os

Conselhos Regionais de Corretores

de Imóveis, estabelecer valores

máximos para a anuidade devida

aos Conselhos e determinar que

os Conselhos devam apresentar

lista de inscritos aos sindicatos

representativos da categoria.

AUTOR: Comissão de Direitos

Humanos e Legislação Participativa

O projeto de lei sugere mudanças nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, como a indicação da meta-de de seus componentes feita pelos sindicatos que os representam, a redução geral do valor da anuidade, estabelecendo isenção aos inscritos de maior idade ou de longo tempo de afiliação, e alteração no calendário das eleições.

TRAMITAÇÃOA proposição está no Senado Federal e será apreciada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Com o início desta legislatura, a matéria aguarda a instalação da CAS para posterior distribuição ao relator.

Institucional

58

FAVORÁVEL

PLC nº 68, de 2011

Incentivo a empresas que investirem em capacitação profissionalEstabelece incentivos às empresas

para financiamento da formação

profissional de seus empregados.

AUTOR: Deputado Enio Bacci (PDT-RS)

Este projeto de lei pretende oferecer incentivos fiscais às empresas para o financiamento da educação profissio-nal de seus empregados.

No caput do art. 1º, o projeto de lei da Câmara (PLC) determina que, no cálculo do imposto de renda de-vido e apurado sobre o lucro real, as empresas poderão deduzir como des-pesa operacional os gastos realizados com a formação profissional de seus empregados.

Essa possibilidade está prevista para as despesas com cursos de ní-vel médio, superior e outros cursos e atividades previstos nos arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394, de 1996, conheci-da como Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Há também, no parágrafo único do art. 1º do PLC, previsão de que es-ses valores não substituam ou com-plementem a remuneração devida a qualquer empregado beneficiado e não constituam base de incidência de encargos trabalhistas ou previden-ciários. Tampouco se aplica a eles o princípio da habitualidade.

TRAMITAÇÃOA proposição está no Senado Fede-ral e vai tramitar pelas Comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE), de Assuntos Sociais (CAS) e de Assun-tos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.

Em um primeiro momento, a ma-téria foi aprovada na CE, em que o Se-nador Luiz Henrique (PMDB-SC) emitiu parecer favorável ao tema. Enviado à CAS, o PLC recebeu parecer favorável do Senador Rodrigo Rollemberg (PS--DF), mas a pedido da Secretaria-Ge-ral da Mesa, o projeto foi devolvido para a apensação do PLS nº 37, de 2012. Com isso, a proposição foi no-vamente enviada à CE e distribuído ao Senador Gladson Cameli (PP-AC) para relatar.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPLS nº 37, de 2012.

Institucional

59

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PL nº 1809, de 2011

Inserção da identificação do corretor de imóveis nas transações imobiliáriasAltera o art. 3º da Lei nº 6.530, de 12

de maio de 1978, que regulamenta

a profissão de corretor de imóveis,

obrigando a inserção do nome do

corretor de imóveis e seu respectivo

número de registro junto ao Creci

nas transações imobiliárias.

AUTOR: Deputado Onofre

Santo Agostini (PSD-SC)

A proposição pretende alterar a lei que regulamenta a profissão de cor-retor de imóveis para exigir que os contratos envolvendo transações imo-biliárias e as escrituras públicas de compra e venda contenham a assina-tura de corretores de imóveis e infor-mem, no instrumento de formalização do negócio jurídico, o seu número de registro junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis.

O objetivo fundamental do pro-jeto de lei é proporcionar maior se-gurança aos cidadãos que efetuarem transações imobiliárias com o auxílio de corretores de imóveis devidamente credenciados pela entidade de classe. Visa também afastar as pessoas que não têm a devida habilitação para opinar sobre atos pertinentes à co-mercialização imobiliária.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, onde tramita em regime ordinário e terá apreciação conclusiva pelas Comissões de Trabalho, Admi-nistração e Serviço Público (CTASP) e de Constituição e Justiça e de Cida-dania (CCJC).

Atualmente a matéria está na CTASP para apreciação. Já foram designados alguns relatores na Co-missão que proferiram parecer, no entanto, os relatórios não foram deli-berados. Nessa nova legislatura, a ma-téria aguarda designação de relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 6274, de 2013 e PL nº 774, de 2015.

Institucional

60

FAVORÁVEL

PL nº 2141, de 2011

Fixa o valor da contribuição sindical anualAltera o art. 580 da Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), aprovada

pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de

maio de 1943, para fixar o valor da

contribuição sindical anual dos

agentes e trabalhadores autônomos

e dos profissionais liberais e para

dispor sobre a sua atualização.

AUTOR: Senador Gerson Camata

(PMDB-ES)

O projeto de lei visa alterar o inciso II do art. 580 da CLT para fixar em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) a contribuição sindical devida por agentes ou trabalhadores autônomos e por profissionais liberais.

Propõe-se que o valor seja atu-alizado, anualmente, de acordo com a variação integral do Índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos De-putados, onde tramita em regime de prioridade e está sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Na CTASP, o parecer do Deputado Roberto Santiago (PSD-SP) foi apro-vado por unanimidade, na forma de substitutivo, para agentes ou traba-lhadores autônomos e profissionais liberais. A contribuição deve ser es-

tabelecida em assembleia geral dos sindicatos que os representam, des-de que respeitado o valor máximo de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).

Para micro e pequena empresas, dispõe o substitutivo que será aplica-do o valor mínimo de R$ 141,53 (cento e quarenta e um reais e cinquenta e três centavos) de contribuição sindi-cal, e para efeitos de valores máximos será levado em conta o capital social equivalente a R$ 188.712.000,00 (cento e oitenta e oito milhões setecentos e doze mil reais).

No caso de entidades ou institui-ções excluídas da obrigação de re-gistrar o capital social, para efeito de cálculo da contribuição, será conside-rado o valor resultante da aplicação do percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o movimento econômi-co registrado no exercício anterior. Excepcionalmente, entidades ou ins-tituições sem fins lucrativos estarão isentas dessa contribuição.

Os valores serão reajustados, em janeiro de cada ano, pela variação acumulada do INPC do ano anterior ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder. →

Institucional

61

O projeto está na CFT e, em virtude da nova legislatura, aguarda designação de novo relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 1491, de 2011.

PL nº 3587, de 2012

Criação da Caixa de Assistência dos Corretores de Imóveis (Caci)Acrescenta o art. 5º à Lei nº 6.530,

de 12 de maio de 1978, para

criar a Caixa de Assistência dos

Corretores de Imóveis (Caci).

AUTOR: Deputado Izalci Lucas

Ferreira (PSDB-DF)

Este projeto de lei determina a cria-ção da Caixa de Assistência dos Corre-tores de Imóveis (Caci), com o objetivo de oferecer à categoria maior segu-rança por meio de assistência social e permitindo também a assistência previdenciária.

Para tanto, a proposição pretende inserir o artigo 5-A na Lei nº 6.530/78, que regulamenta a profissão de corre-tor de imóveis, disciplina o funciona-mento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências.

A Caci deverá ser criada em cir-cunscrições que tenham mais de mil inscritos, tendo personalidade jurídi-ca própria e sendo composta por cin-co membros escolhidos pelo Conselho Regional.

As caixas de assistência funciona-rão como um braço social dos Con-selhos Regionais de Corretores de Imóveis, cabendo a elas metade da receita das anuidades por eles rece-bidas. Competirá ao Conselho Federal a intervenção na Caixa de Assistência dos Corretores no caso de descumpri-mento de suas finalidades. →

Institucional

62

CONTRÁRIA

TRAMITAÇÃO A proposição está na Câmara dos De-putados, onde tramitará em regime ordinário pela Comissão de Traba-lho, Administração e Serviço Público (CTASP); Comissão de Finanças e Tri-butação (CFT) e Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sendo sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.

Foi designado como relator na CTASP o Deputado Augusto Coutinho (SD-PE), que solicitou a realização de audiência pública, com as presenças do João Teodoro da Silva, presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), Joaquim Anto-nio Mendonça Ribeiro, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (FENACI); Hermes Rodri-gues de Alcântara Filho, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (CRECI-DF), Geraldo Francisco do Nascimento, presidente do Sindicato dos Corre-tores de Imóveis do Distrito Federal (SINDIMÓVEIS-DF) e Deputado Federal Izalci, a fim de subsidiarem informa-ções quanto ao teor do projeto.

O Deputado Augusto Coutinho (SD-PE) apresentou relatório pela

rejeição do projeto, que está pronto para ser inserido na pauta de vota-ções da Comissão.

Institucional

PL nº 3587, de 2012 (continuação)

63

FAVORÁVEL

PL nº 4481, de 2012

Exercício domiciliar de profissão liberal – Home OfficeDispõe sobre o exercício domiciliar

de profissão liberal (home office).

AUTOR: Senador Cícero

Lucena (PSDB-PB)

O projeto de lei visa regulamentar o livre exercício domiciliar da profis-são liberal, popularmente conhecido como home office. Restringe apenas situações em que o exercício da pro-fissão coloque em risco a saúde pú-blica e a segurança.

O projeto também define a profis-são liberal como aquela exercida por trabalhador legalmente habilitado, pertencente à categoria com esta-tuto próprio, que desempenhe suas funções com independência técnica e por conta própria.

TRAMITAÇÃOO projeto oriundo do Senado Federal tramita na Câmara dos Deputados em regime de prioridade, sujeito à apreciação conclusiva da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser-viço Público (CTASP) e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Durante a tramitação na CTASP, o Deputado Roberto Santiago (PSD-SP) apresentou o requerimento de redis-tribuição nº 9732, de 2014, para incluir a Comissão de Desenvolvimento Ur-bano (CDU) na análise da matéria.

Dessa forma, na CDU foi designa-do relator o Deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO), que apresentou relatório pela aprovação e recebeu apoio unâ-nime pelos Deputados.

Enviado à CTASP, a deputada Gorete Pereira (PR-CE), que já havia sido designada relatora da matéria, apresentou parecer pela aprovação e o PL está pronto para discussão na Comissão.

Institucional

64

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PL nº 6497, de 2013

Piso salarial dos corretores de imóveisFixa o piso salarial dos

corretores de imóveis.

AUTOR: Deputado Andre

Moura (PSC-SE)

A finalidade do projeto é fortalecer os profissionais de corretagem imo-biliária, focando a qualificação, atu-alização e crescimento profissional. Assim, o projeto de lei pretende fixar o piso salarial nacional dos corretores de imóveis em R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais) mensais, com jor-nada de trabalho de 40 horas sema-nais. Este valor deve ser reajustado anualmente de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O objetivo do projeto é o forta-lecimento dos corretores de imóveis, valorizando a categoria, para que pos-sam investir no seu aprimoramento profissional, uma vez que são peças fundamentais no êxito dos projetos das incorporações imobiliárias.

TRAMITAÇÃOO projeto está na Câmara dos Depu-tados, onde tramita em regime ordi-nário pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Púbico (CTASP) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sendo sujeito à apreciação conclusiva pelas Comis-sões. Na CTASP, aguarda designação de relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 7045, de 2014 e PL nº 366, de 2015.

Institucional

65

CONTRÁRIA

PL nº 693, de 1999

Extinção da fiança como garantia locatíciaAltera a Lei nº 8.245, de 18 de

outubro de 1991, Lei do Inquilinato,

nos dispositivos que menciona.

AUTOR: Deputado João

Henrique (PMDB-PI)

O projeto propõe mudanças na Lei do Inquilinato, (Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991), no que diz respeito às garantias locatícias e aos deveres do locador e locatário. Há também a proposta de extinguir a fiança como garantia locatícia contratual, man-tendo a possibilidade de caução e de seguro de fiança. Em relação aos deveres do locador, o projeto suprime a probabilidade de transferir o ônus dos tributos relativos ao imóvel para o locatário.

TRAMITAÇÃOO projeto está na Câmara dos De-putados, em regime de tramitação ordinária, e será apreciado pelo Ple-nário. Tramitará pelas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indús-tria e Comércio (CDEIC), de Defesa do Consumidor (CDC) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Na CDC teve como relator o De-putado Paulo Baltazar (PSB-RJ), que apresentou parecer favorável ao projeto e seus apensos, na forma do substitutivo. Na CDEIC, o relator foi o Deputado Rubem Medina (PFL-RJ), que se pronunciou pela rejeição do pro-jeto e de seus apensados. O parecer

foi aprovado por unanimidade. A pro-posição seguiu para a CDC e foi de-signado relator o Deputado Luiz Bit-tencourt (PMDB-GO), que apresentou parecer pela aprovação, na forma do substitutivo.

Nesta nova legislatura, o Deputa-do Covatti Filho (PP-RS) foi designa-do relator na CCJC, onde aguarda o parecer.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 726, de 1999; PL nº 2074, de 1999; PL nº 2304, de 2000; PL nº 2390, de 2000; PL nº 3355, de 2000; PL nº 3438, de 2000; PL nº 4459, de 2001; PL nº 4866, de 2001; PL nº 4353, de 2012; PL nº 5630, de 2013; PL nº 7174, de 2014; PL nº 7412, de 2014; PL nº 109, de 2015.

Locação

66

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PLS nº 119, de 2012

Desfazimento da relação locatícia por iniciativa do locadorAltera os arts. 4º, 9º e 47 da Lei nº

8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei de

Locação dos Imóveis Urbanos), a fim de

possibilitar o desfazimento da locação

por iniciativa do proprietário, antes

do término de duração do contrato.

AUTOR: Senador Sérgio

Souza (PMDB-PR)

O projeto de lei do Senado propõe alterar a Lei de Locação dos Imóveis Urbanos para permitir o desfazimen-to da locação pelo proprietário, antes do final do prazo estipulado contra-tualmente, tal como já se permite ao inquilino. Nesse caso, o projeto determina que o proprietário efetue o pagamento de multa em favor do inquilino, que não poderá ser inferior a três vezes o valor do aluguel, sendo assegurado a este o prazo de cento e oitenta dias para a desocupação do imóvel.

Propõe-se, também, uma nova hi-pótese de desfazimento da locação sem imposição de multa, que garante a devolução do imóvel para moradia própria daquele a quem couber o bem na partilha decorrente de separação de fato, separação judicial, divórcio ou separação do casal de locadores, sendo estipulado o prazo de 6 (seis) meses para que o locatário desocupe o imóvel.

O projeto possibilita que os con-tratos de quaisquer prazos, não só os inferiores a 30 (trinta) meses, possam ser prorrogados automaticamente, por prazo indeterminado.

TRAMITAÇÃO A proposição está no Senado Fede-ral, onde tramita pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em decisão terminativa. Aguarda designação de relator.

Locação

67

FAVORÁVEL

PL nº 411, de 2015

Dedução na declaração de ajuste anualAltera a Lei nº 9.250, de 26 de

dezembro de 1995, para acrescentar

a letra “J” ao inciso II do art. 8º,

e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Rubens

Bueno (PPS-PR)

A seguinte proposição pretende es-tender os benefícios nas deduções do Ajuste Anual do Cidadão às pessoas que arcam com aluguel residencial. O valor correspondente à dedução será de 10% (dez por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na Declara-ção de Ajuste Anual.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos De-putados. Tramita em apenso ao PL nº 4826, de 2009, em regime ordinário, devendo ser apreciada pelas Comis-sões de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sujeita à apreciação conclusi-va pelas comissões. A matéria está na CFT e, com o início desta legislatura, aguarda designação de relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 4826, de 2009.

Locação

68

CONTRÁRIA

PL nº 598, de 2015

Preferência na aquisição de imóveis por parte do locatárioDá nova redação ao art. 32 da

Lei nº 8.245, de 18 de outubro

de 1991, que “Dispõe sobre as

locações dos imóveis urbanos e os

procedimentos a elas pertinentes”.

AUTOR: Deputado Carlos

Bezerra (PMDB-MT)

A seguinte proposição busca garantir o direito por parte do locatário em questões relacionadas à venda, pro-messa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos.

O locador deve anunciar ao loca-tário os valores e condições de venda do imóvel, para que o mesmo tenha prioridade em sua aquisição em rela-ção a uma terceira pessoa interessada na compra.

TRAMITAÇÃOO projeto está na Câmara dos Depu-tados, onde tramita em regime ordi-nário pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sujeita à apreciação conclusiva pela Comissão. A matéria foi distribuída para CCJC e aguarda designação de relator.

Locação

69

FAVORÁVEL

PL nº 7484, de 2014

Alienação fiduciáriaAltera o art. 26, § 8º, da Lei nº

9.514, de 20 de novembro de 1997,

que dispõe sobre o Sistema de

Financiamento Imobiliário, institui

a alienação fiduciária de coisa

imóvel e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Carlos

Bezerra (PMDB-MT)

O projeto assegura a exoneração do devedor fiduciante da obrigação de pagar o valor remanescente ao en-tregar seu direito eventual do imóvel em pagamento, mesmo sendo o valor da sua propriedade inferior ao valor da dívida.

TRAMITAÇÃOO projeto está apensado no PL nº 6525, de 2013 em tramitação na Câ-mara dos Deputados em regime ordinário. Será apreciado pelas Co-missões de Desenvolvimento Urbano (CDU), Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). A matéria está na CDU, onde foi designado relator o Deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 6525, de 2013.

Locação

70

FAVORÁVEL

PL nº 914, de 2015

Declaração de imóvel alugado no imposto de rendaModifica a Lei nº 9.250, de 26 de

dezembro de 1995, a fim de permitir

a dedução de despesas com aluguel

na Declaração de Ajuste Anual do

Imposto de Renda das Pessoas Físicas.

AUTOR: Deputado Veneziano

Vital do Rêgo (PMDB-PB)

O projeto possibilita a dedução das despesas com aluguel no imposto de renda dos contribuintes que não pos-suem imóvel próprio, privilegiando a população de baixa renda, e a redu-ção de atos de sonegação fiscal, como a omissão da declaração.

TRAMITAÇÃOA proposição aguarda análise do Presidente da Câmara dos Deputa-dos, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a definição do regime de tramitação e sua forma de apreciação.

Locação

71

FAVORÁVEL

PL nº 462, de 2011

Consignação em folha de pagamento de aluguéis residenciaisInstitui a consignação em folha de

pagamento de aluguéis residenciais.

AUTOR: Deputado Julio Lopes (PP-RJ)

A proposta possibilita que o empre-gado autorize o desconto do aluguel de imóvel em seus vencimentos, as-sim como sobre as verbas rescisórias devidas por seu empregador, dentro do limite de 40% das mesmas. O pro-jeto determina, ainda, que o valor da consignação não poderá superar 25% do salário líquido do empregado; e que o total das consignações volun-tárias não poderá exceder a 50% do salário líquido, se houver consigna-ção de aluguéis e encargos na forma desta lei.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados em regime de tramita-ção ordinária. Será apreciada pelas Comissões de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público (CTASP) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Na CTASP, a matéria foi distri-buída ao Deputado Laercio Oliveira (SD-SE) para relatar. Seu parecer foi pela aprovação deste e dos PLs nºs 2848, de 2011 e 409, de 2012, apen-sados, com substitutivo. Os projetos aguardam deliberação na Comissão.

O substitutivo proposto pelo De-putado altera as margens percentuais

de desconto sobre o salário e as ver-bas rescisórias, compatibilizando to-dos em 25% do total.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 2848, de 2011 e PL nº 4091, de 2012.

Locação

72

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PL nº 178, de 2011

Limite para a entrega de imóvel ao término da obraAltera a Lei nº 4.591, de 16 de

dezembro de 1964, a fim de disciplinar

o prazo de entrega de imóveis

ofertados no mercado de consumo.

AUTOR: Deputado Eli

Correa Filho (DEM-SP)

A proposição pretende alterar a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, conhecida como Lei dos Condomínios, considerando nula de pleno direito a cláusula ou disposição contratual que, por qualquer forma, instituir to-lerância para o atraso na entrega do imóvel ou outra forma de mitigação dos efeitos da mora do fornecedor.

Como penalidade, estipula que eventual atraso na entrega do imóvel sujeitará o fornecedor ao pagamento de multa ao consumidor lesado, no valor correspondente a 2% do valor do contrato, a menos que o empreen-dedor comprove, judicialmente, que a mora decorreu de dolo ou culpa ex-clusiva do consumidor.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, onde tramita em regime ordinário, devendo ser apreciada pelas Comissões de Desenvolvimen-to Urbano (CDU), de Defesa do Con-sumidor (CDC) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sendo sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.

A proposição foi aprovada por unanimidade na CDU na forma do

substitutivo apresentado pelo relator Deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO). O substitutivo admite um prazo de to-lerância máxima de até 180 (cento e oitenta) dias para a entrega de imóvel adquirido em fase de incorporação.

Na CDC, o Deputado Ricardo Izar (PSD-SP) foi o relator da matéria, ten-do apresentado parecer favorável de acordo com o substitutivo. Aprovado o projeto na CDC, este foi remetido à CCJC, sendo o Deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR) designado como relator, mas por deixar de integrar a Comissão, o Deputado Lincoln Por-tela (PR-MG) foi designado o relator da redação final, aprovada na CCJC. O projeto segue para apreciação no Senado Federal.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 1390, de 2011 e PL nº 2606, de 2011.

Consumidor

73

CONTRÁRIA

PL nº 415, de 2015

Proibição de regras contratuais para atrasos na entrega de imóveisAcrescem parágrafos ao art. 43 da

Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de

1964, que “Dispõe sobre o condomínio

em edificações e as incorporações

imobiliárias” para dispor sobre a mora

do incorporador na entrega de unidade

imobiliária autônoma ao proprietário,

promitente comprador, cessionário ou

promitente cessionário dos direitos

aquisitivos sobre o aludido imóvel.

AUTOR: Deputado Rubens

Bueno (PPS-PR)

Torna-se proibido, sob pena de nuli-dade absoluta, convencionar cláusula contratual que estabeleça tolerância para o atraso na entrega de unida-de imobiliária autônoma superior a sessenta dias ou outra forma de mitigação dos efeitos da mora do incorporador.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída à Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), e à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), em regime de apreciação conclusiva. Na CDU, foi designado como relator o Deputado Alex Manente (PPS-SP).

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 728, de 2015.

Consumidor

74

FAVORÁVEL

PLS nº 279, de 2014

Atraso na entrega de imóveis por construtoras e incorporadorasAltera a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro

de 1964, para estabelecer a incidência

de multa na hipótese de atraso

na entrega do imóvel por parte da

incorporadora ou construtora.

AUTOR: Senador Antonio

Carlos Rodrigues (PR-SP)

Devido ao grande número de atrasos na entrega de imóveis por constru-toras e incorporadoras, a proposição sugere a indenização ao comprador de multa moratória de 10%, além de juros moratórios de um por cento ao mês.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e será apreciado pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA), Defesa do Con-sumidor (CDC) e Fiscalização e Contro-le (CFC), em decisão terminativa. Na CMA foi designado o Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para relatar.

Consumidor

75

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PLC nº 16, de 2015

Prazo de entrega de imóveisAltera a Lei nº 4.591, de 16 de

dezembro de 1964, para tratar

do prazo de entrega de imóveis

adquiridos em fase de incorporação

e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Eli

Correa Filho (DEM-SP)

O projeto estabelece a tolerância de 180 dias, contados a partir da data de recebimento das chaves descrita em contrato, para a entrega do imóvel em fase de incorporação. Havendo o descumprimento é acordada a multa penal compensatória.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e será apreciado pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA), Defesa do Con-sumidor (CDC) e Fiscalização e Con-trole (CFC). A matéria está na CMA e aguarda designação de relator.

Consumidor

76

FAVORÁVEL

PL nº 329, de 2015

Desapropriação do imóvel ruralDá nova redação ao §1º, do art. 12,

da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro

de 1993, e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Valmir

Assunção (PT-BA)

Em casos de desapropriação do imó-vel rural, será deduzido também o valor referente às benfeitorias e in-denizações em dinheiro. Os valores correspondentes às benfeitorias do imóvel, não poderão exceder ao pre-ço da terra nua (imóvel rural que não possui nenhuma infraestrutura para a atividade rural).

TRAMITAÇÃOO projeto se encontra na Câmara dos Deputados e será apreciado pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) e Constituição e Jus-tiça e de Cidadania (CCJC), em regime ordinário, sujeito à apreciação con-clusiva pelas Comissões. A matéria foi distribuída para a CAPADR e foi designado relator o Deputado Nilson Leitão (PSDB-MT).

Consumidor

77

FAVORÁVEL

PLS nº 331, de 2011

Cadastro positivoAltera a redação do art. 16 da Lei

nº 12.414, de 2011, que disciplina

a formação e consulta a banco

de dados com informações de

adimplemento, de pessoas naturais

ou de pessoas jurídicas, para

formação de histórico de crédito, de

forma a excluir a responsabilidade

solidária do consulente quanto aos

danos materiais e morais causados

ao cadastrado por inobservância.

AUTOR: Senador Armando

Monteiro (PTB-PE)

O cadastro positivo serve como re-gistro dos consumidores que pagam suas contas em dia. É um instrumen-to moderno que permite às empresas conceder crédito e benefícios, como juros menores e melhores condições de pagamento, aos bons pagadores.

O projeto de lei do Senado visa estabelecer que a responsabilidade objetiva e solidária pelos danos mate-riais e morais causados ao cadastrado por inobservância das disposições le-gais se restrinja ao banco de dados e à fonte, excluindo o consulente, como hoje está previsto no texto vigente.

O objetivo principal do projeto é excluir a responsabilidade objetiva do consulente – pessoa natural ou jurídi-ca que acessa informações em bancos de dados para fins de concessão de crédito ou realização de venda a pra-zo ou outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro – pelos danos causados ao cadastrado.

TRAMITAÇÃOO projeto está em trâmite no Senado Federal, onde será analisado pela Co-missão de Constituição, Justiça e Ci-dadania (CCJ), Comissão de Assuntos

Econômicos (CAE) e Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), em decisão terminativa.

Foi aprovado pela CCJ, com duas emendas, uma propondo a adequa-ção de redação e a outra incluindo o art. 2º no projeto, com a finalidade de revogar o art. 11 da Lei nº 12.414, de 2011, que veda a anotação de in-formação sobre serviço de telefonia móvel na modalidade pós-paga nos bancos de dados.

Em seguida, a proposição e as emendas da CCJ foram também apro-vadas pela CAE. Atualmente está na CMA, para deliberação do relatório elaborado pelo Senador Blairo Maggi (PR-MT), que apresentou parecer fa-vorável ao projeto e às emendas.

Consumidor

78

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PLS nº 97, de 2012

Indenização por atraso na entrega de imóveisAltera a lei nº 8.078, de 11 de

setembro de 1990 (Código de

Defesa do Consumidor), para

disciplinar a aplicação de multa

aos fornecedores por atraso na

entrega do imóvel ao consumidor.

AUTOR: Senador Eduardo

Lopes (PRB-RJ)

O projeto de lei do Senado preten-de determinar que as construtoras e incorporadoras indenizem o consu-midor caso os imóveis vendidos não sejam entregues na data contratada. A indenização prevista equivale a 2% do valor total do imóvel. O projeto admi-te atraso na entrega apenas quando o contrato previr prazo de tolerância, que não pode ser maior do que seis meses.

Se a entrega do imóvel não acon-tecer no prazo contratado, além da indenização, o projeto de lei prevê uma multa moratória mensal de 0,5% sobre o valor total do imóvel, devi-damente atualizado, a contar da data prevista no contrato.

O consumidor também poderá utilizar o valor proveniente da multa para abater em parcelas que vence-rem após o prazo previsto para entre-ga do imóvel ou pedir sua devolução, que deve ser feita em, no máximo, 90 dias após a entrega das chaves ou da assinatura da escritura definitiva. Na hipótese de o atraso ser superior a seis meses, o consumidor poderá res-cindir o contrato e receber restituição atualizada das parcelas já pagas.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal, onde tramita pela Comissão de Co-missão e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde receberá deci-são terminativa. A matéria atualmente se encontra na CCJ, onde foi designa-do relator, o Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPLC nº 106, de 2011; PLS nº 271, de 2011; PLS nº 439, de 2011; PLS nº 452, de 2011; PLS nº 460, de 2011; PLS nº 463, de 2011; PLS nº 470, de 2011; PLS nº 6, de 2011; PLS nº 65, de 2011; PLS nº 197, de 2012; PLS nº 209, de 2012; PLS nº 222, de 2012; PLS nº 281, de 2012; PLS nº 283, de 2012; PLS nº 371, de 2012; PLS nº 397, de 2012; PLS nº 413, de 2012; PLS nº 457, de 2012; PLS nº 458, de 2012; PLS nº 459, de 2012; PLS nº 464, de 2012; PLS nº 24, de 2013; PLS nº 277, de 2013; PLS nº 392, de 2013; PLS nº 394, de 2013 e PLS nº 509, de 2013.

Consumidor

79

FAVORÁVEL COM RESSALVA

PL nº 145, de 2015

Prestação de esclarecimentos sobre o andamento das obras pela incorporadoraAltera a Lei nº 4.591, de 16 de

dezembro de 1964, para tornar

mais efetivo o funcionamento da

comissão de Representantes.

AUTOR: Deputado Carlos

Bezerra (PMDB-MT)

A matéria prevê que deverá ser con-vocada pela Comissão de Represen-tantes (órgão fiscalizador da incor-poração), a cada trimestre, reunião extraordinária para prestar esclareci-mentos sobre o andamento das cons-truções e no que se refere à situação do patrimônio de afetação aos com-pradores de novos imóveis. As novas regras deverão constar no contrato de construção.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, em regime de tramitação ordinária. Será apreciada pelas Co-missões de Desenvolvimento Urbano (CDU) e Constituição e Justiça e de Ci-dadania (CCJC). A CDU recebeu a ma-téria e designou o relator, Deputado Flaviano Melo (PMDB-AC).

Consumidor

80

FAVORÁVEL

PL nº 5092, de 2013

Patrimônio de afetaçãoAltera a redação do art. 31-A da

Lei nº 4.591, de 16 de dezembro

de 1964, que dispõe sobre o

condomínio em edificações e as

incorporações imobiliárias.

AUTOR: Deputado Wellington

Fagundes (PR-MT)

Atualmente, as incorporações imobi-liárias não são obrigadas a adotar o regime da afetação patrimonial, que assegura os direitos dos compradores de imóveis autônomos em edifícios em construção em casos de falência ou insolvência civil do incorporado. Com este projeto, o autor sugere a obrigatoriedade das incorporações em aderir o patrimônio de afetação.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados e será apreciada pelas Comissões de Desenvolvimento Eco-nômico, Indústria e Comércio (CDEIC), Defesa do Consumidor (CDC) e Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de tramitação ordinária e sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.

Na CDEIC o Deputado Laercio Oli-veira (SD-SE), relator do projeto, pro-feriu parecer pela rejeição o PL, da emenda 1/2013, da emenda 2/2013, e do PL 6641/2013, apensado. As emendas apresentadas sugerem a ampliação do regime para os empre-endimentos e loteamento que adotam os recursos do FGTS. A matéria segue para apreciação na CDC.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 6641, de 2013.

Consumidor

81

FAVORÁVEL

PLS nº 242, de 2014

Inclusão no Programa Minha Casa Minha VidaAltera a Lei nº 11.977, de 7 de julho

de 2009, para estabelecer percentual

mínimo de quinze por cento do

orçamento do Programa Minha

Casa Minha Vida seja destinado

a empreendimentos ou imóveis

destinados a famílias com renda

mensal de até R$ 1.600,00.

AUTORA: Senadora Ana Rita (PT-ES)

Como forma de aperfeiçoar o Progra-ma Minha Casa Minha Vida, a autora sugere sua ampliação a fim de aten-der as famílias que possuem renda no mês de até R$ 1.600,00, com o per-centual mínimo de 15% do orçamento do programa.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e será apreciado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa. Foi designada relato-ra a Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Consumidor

82

FAVORÁVEL

PL nº 878, de 2015

Idoneidade para aderir ao Programa Minha Casa Minha VidaAltera a Lei nº 11.977, de 7 de julho

de 2009, que “dispõe sobre o

Programa Minha Casa Minha Vida –

PMCMV e a regularização fundiária

de assentamentos localizados

em áreas urbanas”, incluindo

dispositivo que proíbe o acesso

ao Programa e a regularização

de imóveis por requerentes com

envolvimento ou condenação

criminal por prática de tráfico de

drogas ou de crimes hediondos.

AUTOR: Deputado João

Rodrigues (PSD-SC)

O projeto de lei busca alterar o Pro-grama Minha Casa Minha Vida, regu-lado pela Lei nº 11.977/2009, de forma a impedir que pessoas com condena-ções criminais transitadas em julgado tenham acesso aos benefícios do pro-grama. Caso a pessoa requerente do programa possua a condenação por crimes hediondos e/ou tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, a mesma se torna inabilitada de estar entre os beneficiários do programa.

TRAMITAÇÃOO projeto está na Câmara dos Deputa-dos em regime de tramitação ordiná-ria e será apreciado pelas Comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. A matéria foi rece-bida pela CDU e aguarda designação de relator.

Consumidor

83

FAVORÁVEL

PL nº 7386, de 2014

Desoneração tributária das moradias popularesDispõe sobre a desoneração tributária

das subvenções de pessoas jurídicas

de direito público para empresas

por elas controladas, destinadas à

atividade de produção e venda de

imóveis para a população de baixa

renda e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Osmar

Serraglio (PMDB-PR)

O projeto pretende desonerar em grande porcentagem os tributos das produções e vendas das moradias populares, bem como a transferên-cia desses recursos para as empresas competentes, uma vez que são imó-veis remetidos a população de baixa renda.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, em regime de tramitação ordinária nas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sujei-ta à apreciação conclusiva pelas Co-missões. Na CFT, aguarda designação de relatoria.

Consumidor

84

FAVORÁVEL

PEC nº 53, de 2007

Extinção dos terrenos de marinhaRevoga o inciso VII do art. 20 da

Constituição e o § 3º do art. 49 do

Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias, para extinguir o

instituto do terreno de marinha e

seus acrescidos e para dispor sobre

a propriedade desses imóveis.

AUTOR: Senador Almeida

Lima e outros (PMDB-SE)

A Proposta de Emenda à Constituição visa à extinção do instituto do terreno de marinha e seus acrescidos. Dispõe, ainda, sobre a propriedade dos imó-veis abrangidos pelo instituto, deter-minando que continuem no domínio da União as áreas com edificações públicas da administração federal, inclusive instalações de faróis de si-nalização náutica.

Pretende transferir aos estados áreas nas quais tenham sido edifica-dos prédios públicos que abriguem órgãos ou entidades da administração estadual e aos municípios as áreas em que tenham sido edificados pré-dios públicos que abriguem órgãos ou entidades da administração municipal e as áreas que não se enquadrem nas situações anteriores.

A proposta pretende ainda trans-ferir ao domínio pleno dos foreiros quites com suas obrigações as áreas sob seu domínio útil, mediante con-trato de aforamento. Transmitem-se também ao domínio pleno dos ces-sionários as áreas que lhes foram cedidas pela União.

TRAMITAÇÃOA proposta tramita no Senado Fede-ral, tendo sida distribuída à Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Sujeita à apreciação do Plená-rio da Casa. Designado como relator o Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que apresentou voto contrário à PEC nº 56, de 2009, e favorável à PEC nº 53, de 2007, na forma do substitutivo apresentado. A matéria está pronta para a pauta no Plenário.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPEC nº 56, de 2009 – Tem por obje-tivo acrescentar o art. 97 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitó-rias (ADCT), para que seja autorizado à União proceder a transferência do domínio pleno dos terrenos de mari-nha e seus acrescidos, nos termos do inciso VII do art. 20 da Constituição Federal, aos foreiros, ocupantes, ar-rendatários e cessionários, mediante pagamento de valor equivalente à parcela do domínio detida pelo Poder Público, nos termos da lei.

Terrenos de marinha

85

FAVORÁVEL

PEC nº 39, de 2011

Extinção dos terrenos de marinhaRevoga o inciso VII do art. 20 da

Constituição e o § 3º do art. 49 do

Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias, para extinguir o

instituto do terreno de marinha e

seus acrescidos e para dispor sobre

a propriedade desses imóveis.

AUTOR: Deputado Arnaldo

Jordy e outros (PPS-PA)

A proposição tem o objetivo de ex-tinguir o instituto jurídico do terreno de marinha, aqueles em uma faixa de terra com 33 (trinta e três) metros de largura, contada a partir da linha da preamar, média estipulada no ano de 1831, adjacente ao mar, rios e lagoas, no continente ou em ilhas, desde que no local se observe o fenômeno das marés, com oscilação de pelo menos cinco centímetros.

Terreno de marinha é bem que pertence à União e recebe tratamento todo diferenciado em legislação pró-pria. A proposta de emenda à Consti-tuição pretende que continuem como domínio da União as áreas nas quais tenham sido edificados prédios pú-blicos federais, destinados às Forças Armadas ou de interesse público.

Porém, a proposta de emenda à Constituição pretende transferir aos estados as áreas nas quais tenham sido edificados prédios públicos que abriguem órgãos ou entidades da ad-ministração estadual. E aos municí-pios onde se situam as áreas que não se enquadrem nas hipóteses acima ou nas quais tenham sido edificados prédios públicos que abriguem ór-gãos ou entidades da administração

municipal. Determina que permane-çam sob domínio pleno dos respec-tivos donatários as áreas doadas mediante autorização em lei federal.

TRAMITAÇÃOA proposta tramita em regime espe-cial na Câmara dos Deputados, sendo sujeita à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e do Plenário. Designado relator o Deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) na CCJC.

Terrenos de marinha

86

CONTRÁRIA

PL nº 5016, de 2013

Imóveis particulares em terrenos de marinhaAcrescenta dispositivo ao Decreto-Lei

nº 9.760, de 5 de setembro de 1946,

que dispõe sobre os bens imóveis

da União e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Félix

Mendonça Júnior (PDT-BA)

O projeto pretende acrescentar dis-positivo, deixando expresso que os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.

Segundo a Constituição de 1988, os terrenos de marinha e seus acres-cidos são bens da União, e que esta concede o aforamento, mediante condições específicas ao foreiro, o qual fica obrigado a pagar o foro anual e o laudêmio em caso de ven-da do domínio útil.

Ou seja, estabelece que é in-viável que os registros de imóveis particulares situados em terrenos de marinha possam ser utilizados para requerer a prioridade definitiva da área, uma vez que confere à união a propriedade destes terrenos. Pela legislação, as pessoas que ocupam imóveis nessas áreas têm apenas o direito de uso.

TRAMITAÇÃOO projeto está em trâmite na Câma-ra dos Deputados onde será anali-sado pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Públi-co (CTASP) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime

ordinário e está sujeito à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões. O projeto está na CTASP aguardando designação de relator.

Terrenos de marinha

87

PL nº 5627, de 2013

Regularização de áreas utilizadas por terceiros em terrenos de marinhaAltera o Decreto-Lei nº 9.760, de 5

de setembro de 1946, o Decreto-Lei

nº 2.398, de 21 e dezembro de 1987, a

Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998,

dispõe sobre o parcelamento e a

remissão de dívidas patrimoniais com

a União e dá outras providências.

AUTOR: Poder Executivo

O projeto de lei de autoria do Poder Executivo foi apresentado no dia 22 de maio de 2013 ao Congresso Nacional com a finalidade de modificar a legis-lação patrimonial da União. O projeto visa tornar o procedimento de demar-cação dos terrenos de marinha mais transparente, desonerar o particular e incentivar a formalização da inscrição de ocupação. Propõe mudanças signifi-cativas na legislação vigente, principal-mente no que tange os terrenos de ma-rinha, porém não extingue o instituto.

O projeto busca a transparência do procedimento de demarcação dos ter-renos de marinha, determinando que sejam realizadas audiências públicas nos municípios onde estiver situado o trecho a ser demarcado. Essas au-diências contarão com a participação da sociedade, para que seja promovido o amplo debate e o contraditório. Ao final do processo de demarcação, os interessados serão notificados pes-soalmente ou por edital. O PL prevê a retirada da necessidade do ad re-fereundum da Secretaria do Patrimô-nio da União (SPU) na concessão do aforamento.

Visa o fim do pagamento retroativo da taxa de ocupação, uma vez que a

legislação vigente atualmente determi-na que o pagamento da taxa retroaja ao início da ocupação, possibilitando a União a cobrança de cinco anos an-teriores à inscrição.

O projeto visa reduzir a taxa de ocupação. Atualmente, o pagamento da taxa de ocupação é calculado com base na data de inscrição do imóvel. Imóveis inscritos antes de 1988 pagam 2% (dois por cento). Após 1988, o valor pago é de 5% (cinco por cento). Famílias que ganham até 5 (cinco) salários mínimos são isentas da cobrança.

A proposta apresentada visa à re-dução da taxa de ocupação para 2% (dois por cento) para todos os usos e tempo de ocupação. A isenção se es-tenderá para empresas enquadradas no Simples, participantes de progra-mas habitacionais públicos, templos religiosos e entidades de interesse social.

O projeto de lei propõe uma mudança na fórmula de cálculo do laudêmio, que passará a ser cobra-do somente pelo valor do terreno. Atualmente o laudêmio cobrado na transferência de imóveis é de 5% (cin-co por cento) do valor do terreno e da benfeitoria. →

Terrenos de marinha

88

FAVORÁVEL

A proposta pretende reduzir a multa para 0,33% por dia de atraso, limitando o valor máximo a 20%. Atu-almente a multa aplicada é de 10% se o atraso estiver dentro do mês da cobrança, 20% no mês seguinte e 30% no segundo mês de atraso (limite máximo).

A proposta visa estabelecer a pos-sibilidade de parcelamento de débitos, em até 60 meses, direto pela SPU, o que não ocorre atualmente. A legisla-ção vigente só permite o parcelamento do débito após sua inscrição na dívida ativa da União.

A proposta pretende isentar de cobrança de multa de mora os débitos patrimoniais não inscritos em dívida ativa da União para aqueles que em até 180 dias da publicação da lei com-parecerem à Secretaria de Patrimônio da União para renegociar suas dívidas e pagá-las à vista.

Para cada devedor será consolida-do toda sua dívida com o Patrimônio da União até 31 de dezembro de 2010. Caso a dívida esteja vencida há cinco anos ou mais, e naquela ocasião o valor era igual ou inferior a R$ 10 mil reais, o devedor terá sua dívida extinta.

TRAMITAÇÃOO projeto foi apresentado à Câma-ra dos Deputados, onde tramita em regime de prioridade, estando su-jeito à apreciação conclusiva das Comissões. Distribuído às Comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU); Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR); Relações Exteriores e de Defesa Na-cional (CREDN); Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público (CTASP); Finanças e Tributação (CFT) e Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Em razão da distribuição a mais de três Comissões de mérito, o art. 34, II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, determina que seja criada uma Comissão Especial para a análise da matéria. Na Comissão Especial o Deputado Cesar Conaldo (PSDB-ES) apresentou o parecer vencedor. A matéria seguiu à CCJ para a apro-vação da redação final. O Deputado Lincoln Portela (PR-MG) foi designado relator. A redação final foi aprovada e remetida ao Senado Federal para apreciação.

Terrenos de marinha

PL nº 5627, de 2013 (continuação)

89

FAVORÁVEL

PL nº 3891, de 2012

Isenção para maiores de sessenta anosDispõe sobre a isenção de foros,

laudêmios, taxas, cotas, aluguéis

e multas nos terrenos de marinha

para maiores de sessenta anos.

AUTOR: Deputado Lelo

Coimbra (PMDB-ES)

O projeto de lei visa alterar o art. 68 do Decreto-Lei nº 9.760, de 1946, que dispõe sobre os bens imóveis da União. Acrescenta inciso para conce-der aos cidadãos maiores de sessenta anos de idade que ocuparem terrenos de marinha a isenção de pagamento de foros laudêmios, taxas, cotas, alu-guéis e multas.

TRAMITAÇÃOO projeto tramita na Câmara dos Depu-tados em regime ordinário, sujeito à apreciação conclusiva pela Comis-são de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e Comis-são de Constituição e Justiça e de Ci-dadania (CCJC). Na CTASP, o Deputado Aureo (SD-RJ) foi designado relator da matéria.

Tributação

90

FAVORÁVEL

PL nº 2254, de 2011

Dedução de despesas para aquisição de imóvel no Imposto de Renda de Pessoa FísicaAltera a Lei nº 9.250, de 26 de

dezembro de 1995, que ‘altera a

legislação do imposto de renda

das pessoas físicas e dá outras

providências’, para incluir entre as

possíveis deduções da base de cálculo

da Declaração de Rendimentos do

Imposto de Renda Pessoa Física

percentual com despesas para

aquisição de um único imóvel por

célula familiar, na forma que dispõe.

AUTOR: Deputado Edivaldo

Holanda Júnior (PTC-MA)

O projeto de lei pretende alterar o art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para deduzir do imposto de renda devido na declaração anual até 50% do valor das prestações relativas à aquisição do imóvel próprio, desde que este seja o único imóvel da célula familiar.

Para garantir a transparência e evitar fraudes, só poderão ser objeto das deduções os pagamentos relati-vos a financiamentos de imóveis re-alizados junto a construtoras ou aos agentes do sistema financeiro nacio-nal. Para efetivação da propositura, caberá ao Poder Executivo estimar o montante da renúncia fiscal decorren-te da medida e incluí-la no projeto de lei orçamentária anual do ano seguin-te ao da publicação da lei.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, onde tramita em regime ordinário pelas Comissões de Finan-ças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sendo sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. O projeto está na CFT, onde aguarda designação de relatoria.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 3163, de 2012 e PL nº 5864, de 2013.

Tributação

91

FAVORÁVEL

PLS nº 139, de 2015

Declaração de imóveis no Imposto de RendaAltera a Lei nº 9.250, de 1995, que

altera a legislação do imposto

de renda das pessoas físicas

e dá outras providências.

AUTOR: Senador Ronaldo

Caiado (DEM-SP)

O autor sugere que a declaração no imposto de renda de proprietário de imóvel residencial alugado e que é in-quilino em imóvel de terceiros possa ser declarado somente quando hou-ver diferença entre os valores recebi-dos e pagos.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e será apreciado pela Comissão de As-suntos Econômicos (CAE) em decisão terminativa. A matéria aguarda desig-nação de relatoria.

Tributação

92

CONTRÁRIA

PL nº 328, de 2015

Novas alíquotas sobre o Imposto Territorial RuralAltera o § 8º do art. 6º da Lei nº 8.629,

de 1993, para definir novas alíquotas

do imposto Territorial Rural sobre os

grandes imóveis rurais improdutivos,

e dá outras providências.

AUTOR: Deputado Valmir

Assunção (PT-BA)

O projeto de lei propõe aumentar a alíquota dos impostos incidentes so-bre propriedades dos grandes imóveis rurais improdutivos. Por outro lado, os incentivos fiscais são garantidos para imóveis rurais produtivos. Os imóveis rurais superiores a 15 módulos fiscais que não forem produtivos terão o va-lor da alíquota triplicados.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), Co-missão de Finanças e Tributação (CFT) e à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de apreciação conclusiva. Na CAPADR, foi designado como relator o Deputado Alceu Moreira (PMDB-RS).

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 7250, de 2014.

Tributação

93

FAVORÁVEL

PL nº 3601, de 2004

Imposto de Renda sobre alienação de bens imóveisAltera o cálculo de apuração do

imposto de renda sobre ganho de

capital referente à alienação de

imóvel realizada por pessoa física.

Altera a Lei nº 8.981, de 1995.

AUTOR: Deputado Antonio Carlos

Mendes Thame (PSDB-SP)

Este projeto de lei tem por objetivo acrescentar condições ao artigo 23 da Lei nº 8.981, de 1995, que dispõe so-bre a isenção de imposto de renda na alienação de imóveis. Assim, o projeto determina que o imposto incidente sobre a alienação será proporcional ao valor de venda, incluindo as des-pesas de depreciação.

A alienação eventual de imóvel realizada pela pessoa física poderá ser considerada como um fator de re-dução sobre a base de cálculo, para efeito de apuração de ganho de ca-pital, no montante de 5% (cinco por cento) do valor declarado do imóvel, a título de depreciação anual. O valor máximo do valor de redução será de 100% (cem por cento) para imóveis adquiridos há mais de 20 (vinte) anos.

A lei entra em vigor na data de sua publicação e produzirá efeitos finan-ceiros imediatos, a partir do primeiro dia do exercício subsequente ao da aprovação.

TRAMITAÇÃO A proposição está na Câmara dos De-putados, onde tramitará em regime ordinário, com tramitação conclu-siva pelas Comissões de Finanças e

Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Nesta nova legislatura, o Deputado João Gualberto (PSDB-BA) foi o relator de-signado na CFT.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 3855, de 2004; PL nº 4815, 2005; PL nº 4093, de 2008; PL nº 4513, de 2008; PL nº 7094, de 2010; PL nº 5526, de 2009; PL nº 6618, de 2009; PL nº 4658, de 2012; PL nº 5631, de 2013 e PL nº 5639, de 2013.

Tributação

94

FAVORÁVEL

PL nº 5733, de 2013

Isenção do Imposto de Renda na venda de imóvel residencialAltera o § 5º do art. 39 da Lei nº

11.196, de 21 de novembro de 2005,

para permitir, no prazo de 5 (cinco)

anos, um segundo usufruto, de forma

parcial, da isenção do imposto de

renda da pessoa física incidente

sobre o ganho de capital auferido

na venda de imóveis residenciais,

quando o alienante aplicar o

produto da venda na aquisição

de imóvel residencial novo.

AUTOR: Senador Marcelo

Crivella (PRB-RJ)

Atualmente a Lei nº 11.196, de 2005 determina que o dono de imóvel re-sidencial seja isento de pagar Imposto de Renda (IR) sobre o ganho obtido com a venda desse bem se utilizar o dinheiro para comprar outra moradia em até 180 dias. Porém, limita este beneficio, que só pode ser utilizado uma única vez, durante 5 (cinco) anos.

O presente projeto de lei pretende permitir que em uma segunda alie-nação, dentro do prazo de 5 (cinco) anos, o alienante obtenha a isenção de 50% (cinquenta por cento) do IR do sobre ganho de capital na venda do imóvel residencial, quando o alie-nante aplicar o produto da venda na aquisição de imóvel residencial novo.Na primeira vez, a escolha pode ser tanto por imóvel novo como usado.

TRAMITAÇÃOOriundo do Senado Federal, o projeto está na Câmara dos Deputados, onde será analisado pelas Comissões de Fi-nanças e Tributação (CFT) e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de tramitação prioritária e caráter conclusivo pelas Comissões. Na CFT, o projeto aguarda designação de relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 106, de 2015.

Tributação

95

FAVORÁVEL

PLS nº 285, de 2013

Alteração na Lei do BemAltera a Lei nº 11.196, de 21 de

novembro de 2005, para postergar o

termo inicial de incidência de multas

relativas ao não pagamento do

Imposto de Renda da Pessoa Física

sobre o ganho de capital auferido

na venda de imóveis residenciais.

AUTOR: Senador Ricardo

Ferraço (PMDB-ES)

O projeto sugere alteração na Lei nº 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem. Essa Lei determina que no prazo de 180 dias após a realização da venda o alienante fica isento do Imposto de Renda sobre o ganho de capital se comprar outro imóvel resi-dencial. Se o contribuinte não realizar a compra com recursos da venda feita anteriormente, terá 30 dias para pa-gar o imposto. Uma vez o pagamento não sendo efetuado dentro do pra-zo, a multa e os juros de mora são calculados a partir do segundo mês subsequente ao do recebimento do valor ou de parcela do valor do imóvel vendido.

Dessa forma, a proposição suscita protelar o início da multa do Imposto de Renda sobre o ganho de capital em venda de imóveis residenciais, sendo calculada a partir do 181º dia, além de ampliar o prazo de pagamento do imposto de 30 para 180 dias.

TRAMITAÇÃOO projeto está em trâmite no Senado Federal, onde será analisado pela Co-missão de Assuntos Econômicos em decisão terminativa e aguarda desig-nação de relator.

Tributação

96

FAVORÁVEL

PL nº 2591, de 2011

Descontos no Registro de ImóveisAltera a Lei nº 6.015, de 1973, que

dispõe sobre os registros públicos

para determinar que os cartórios

tenham a responsabilidade de avisar

aos beneficiários sobre a redução das

custas de registro do primeiro imóvel,

quando este for financiado pelo

Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

AUTOR: Deputado Edmar

Arruda (PSC-PR)

O projeto de lei pretende assegurar aos cidadãos que adquirirem seu pri-meiro imóvel residencial o pagamento de apenas 50% (cinquenta por cento) das custas do registro no Cartório de Notas e de Registro de Imóveis.

Este direito está garantido no art. 290 da Lei nº 6.015/73, mas não é divulgado pelos cartórios, vez que a orientação da Associação dos Car-tórios é somente conceder este be-nefício àqueles que se manifestarem solicitando o desconto nas custas.

Assim, para tornar evidente e senso comum a todos os cidadãos, o projeto tem por objetivo obrigar a afi-xação de placas nos estabelecimentos cartoriais, contendo informativo sobre este benefício.

TRAMITAÇÃONa Câmara dos Deputados, a propo-sição será deliberada em apreciação conclusiva pelas Comissões de Defesa do Consumidor (CDC) e de Constitui-ção, Justiça e de Cidadania (CCJC).

Na CDC, o relator Deputado Seve-rino Ninho (PSB-PE) emitiu parecer pela aprovação deste projeto e do PL nº 2920, de 11 apensado, na for-ma do substitutivo apresentado. Seu

parecer foi aprovado no âmbito desta Comissão.

O substitutivo ora aprovado de-termina de forma ampla que tanto os cartórios de notas quanto o de re-gistro de imóveis deverão afixar em local de grande visibilidade, que per-mita fácil leitura e acesso ao público, quadros contendo tabelas atualizadas sobre as custas e emolumentos, além de informações claras sobre a gra-tuidade e as reduções de custas que abrangem os serviços que envolvem o registro de imóveis.

A matéria foi distribuída à Comis-são de Constituição, Justiça e Cidada-nia (CCJC) e agora aguarda designação de relator.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 2920, de 2011.

Registro de imóveis

97

FAVORÁVEL

PLS nº 91, de 2013

Cadastro Nacional de Transferência de ImóveisDispõe sobre o Cadastro Nacional

de Transferência de Imóveis.

AUTOR: Senador Humberto

Costa (PT-PE)

Este projeto de lei tem por objetivo criar o Cadastro Nacional de Trans-ferência de Imóveis, que será ali-mentado por informações advindas dos serviços notariais e de registro públicos em qualquer ato praticado em relação a negócios jurídicos que envolvam a transferência de direitos relativos a imóveis.

Nesse sentido, atos como o reco-nhecimento de firma em instrumentos de cessão de direitos, concessão de financiamentos imobiliários e cessão de direitos de posse ou de detenção sobre imóveis deverão, a partir da pu-blicação desta lei, fazer parte deste Cadastro Nacional de Transferência de Imóveis. Atos de transferência de imóveis feitos antes da publicação desta lei somente serão eximidos desta obrigação se tratarem do reco-nhecimento de firmas.

Para o Senador Humberto Costa (PT-PE), autor do projeto, a medida reveste-se de grande valor, uma vez que dará fim à informalidade de con-tratos de transferências de imóveis que não são registrados em cartó-rios e se atêm apenas ao reconhe-cimento de firma da assinatura das partes. O parlamentar reitera ainda

que a aplicação desta medida trará segurança jurídica em relação a in-vestigações criminais e em relação a inadimplência.

TRAMITAÇÃOO projeto está no Senado Federal e tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em decisão terminativa. Aguarda designação de relator.

Registro de imóveis

98

FAVORÁVEL

PLS nº 27, de 2014

Escritura pública e o direito real sobre imóvelAltera o art. 108 da Lei nº 10.406,

de 10 de janeiro de 2002 – Código

Civil –, para ampliar o valor mínimo

de referência determinante da

indispensabilidade de escritura pública

nos negócios jurídicos relacionados

a direitos reais sobre imóveis.

AUTOR: Senador João Vicente

Claudino (PTB-PI)

O projeto sugere a ampliação do valor mínimo de referência em caso onde é dispensada a escritura pública em negociações de direito real sobre imó-vel. O valor seria superior a 60 vezes o valor do maior salário mínimo vigen-te no País, diferente do que acontece atualmente, quando é 30 vezes o va-lor do maior salário mínimo vigente no País.

TRAMITAÇÃOA proposição se encontra no Senado Federal e será apreciado pela Comis-são de Constituição, Justiça e Cida-dania (CCJ), em decisão terminativa. A matéria aguarda designação do relator.

Registro de imóveis

99

FAVORÁVEL

PL nº 302, de 2015

Aquisição de imóveis por instituições financeirasModifica a Lei 4.595, de 1964, para

determinar que as instituições

financeiras informem ao Banco Central

do Brasil e ao Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária –

INCRA os imóveis rurais adquiridos

em liquidação de empréstimos

de difícil ou duvidosa solução.

AUTOR: Deputado Valmir

Assunção (PT-BA)

O projeto institui a informação obri-gatória por parte das instituições financeiras na aquisição de imóveis rurais por meio de liquidações de empréstimos de difícil ou duvidosa solução. A informação na aquisição de imóveis rurais deverá ser feita na data de sua aquisição. A União terá prioridade na aquisição do imóvel, devendo ser destinado ao Programa Nacional de Reforma Agrária.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), em regime de apreciação conclusiva. Na CAPADR, foi designado como relator o Deputa-do Newton Cardoso (PMDB-MG).

Direito de propriedade

100

FAVORÁVEL

PL nº 3057, de 2000

Regularização de loteamento suburbanoInclui § 2º no art. 41 da Lei nº 6.766,

de 1979, numerando-se como § 1º o

atual parágrafo único. Estabelece

que para o registro de loteamento

suburbano de pequeno valor,

implantado irregularmente até 31 de

dezembro de 1999 e, por conseguinte,

regularizado por lei municipal, não

há necessidade de aprovação da

documentação por outro órgão.

AUTOR: Deputado Bispo

Wanderval (PL-SP)

O projeto tem por fim acrescentar pa-rágrafo ao artigo 41 da Lei nº 6.766, de 1979, que dispõe sobre o parcelamen-to, ou loteamento, de solo urbano e dá outras providências. A atual reda-ção do artigo 41 regulariza o registro de imóveis em nome do adquirente, desde que comprovado o pagamento total do preço avaliado.

O projeto pretende incluir nesse processo de regularização os lotea-mentos suburbanos de pequeno valor (assim como definido pela prefeitura) implantados de forma irregular até 31 de dezembro de 1999 e, posteriormen-te, regularizados pela lei municipal de regularização dos lotes.

O registro desses lotes será rea-lizado por meio da apresentação dos documentos que comprovem a posse de direito, sem que para isso seja ne-cessária a aprovação por outro órgão, ainda que localizados os lotes em re-gião metropolitana.

TRAMITAÇÃOA proposição está na Câmara dos Deputados, onde tramita em regime ordinário. Por versar sobre matéria de competência de mais de três Comis-sões de mérito, foi criada a Comissão

Especial destinada a analisar e emitir parecer ao PL 3057/2000.

O relator, Deputado Renato Amaury (PSDB-SP), apresentou rela-tório pela constitucionalidade, juri-dicidade e técnica legislativa deste e do PL nº 5.894, de 2001, PL nº 6.180, de 2002, PL nº 754, de 2003, PL nº 2454, de 2003, PL nº 2699, de 2003, PL nº 20, de 2007, PL nº 7363, de 2002, PL nº 3403, de 2004, PL nº 5760, de 2005, PL nº 6020, de 2005, PL nº 31, de 2007, PL nº 449, de 2007, PL nº 455, de 2007, PL nº 1092, de 2007 e PL nº 846, de 2007, apensados; e pela inconstitucionali-dade e injuridicidade do PL nº 5499, de 2001, PL nº 6220, de 2002, PL nº 550, de 2003, PL nº 1001, de 2003 e do PL nº 289, de 2007, apensados. O parecer do relator foi aprovado com complementação de voto.

Publicado o parecer da Comissão Especial, foram arquivados os proje-tos de lei: 5499, de 2001; 6220, de 2002; 754, de 2003; 1001, de 2003; 289, de 2007; 449, de 2007; 455, de 2007. Foi também apensado o PL nº 6.313, de 2013. A matéria aguarda inclusão na ordem do dia do plenário da casa.

A matéria aguarda inclusão na Or-dem do Dia do Plenário da casa. →

Direito de propriedade

101

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 20, de 2007, PL nº 31, de 2007, PL nº 2.529, de 2011, PL nº 1.092, de 2007, PL nº 846, de 2007, PL nº 7.013, de 2010, PL 7.117, de 2010, PL nº 6.313, de 2013, PL nº 6.966, de 2013, PL nº 7.943, de 2014, PL nº 1.776, de 2011, PL nº 7.938, de 2014, PL nº 6.180, de 2002, PL nº 7.363, de 2002, PL nº 3.403, de 2004, PL nº 5.760, de 2005, PL nº 6.020, de 2005, PL nº 7.593, de 2010, PL nº 5.894, de 2001, PL nº 2.454, de 2003, PL nº 7.685, de 2014, PL nº 2.699, de 2003, PL nº 4.511, de 2012, PL nº 5.730, de 2013.

PL nº 2289, de 2007

Aquisição e arrendamento de imóveis rurais por estrangeirosRegulamenta o art. 190 da Constituição

Federal, altera o art. 1º da Lei nº 4.131,

de 3 de setembro de 1962, e dá outras

providências. Disciplina a aquisição

e o arrendamento de imóvel rural,

por pessoas estrangeiras, em todo

o território nacional. Regulamenta

a Constituição Federal de 1988.

Revoga a Lei nº 5.709, de 1971.

AUTOR: Deputado Beto Faro (PT-PA)

Este projeto de lei visa alterar o art. 1º da Lei nº 4.131, de 1962, com ob-jetivo de disciplinar a aquisição e o arrendamento de imóvel rural em todo o território nacional por pessoas estrangeiras.

O substitutivo apresentado e aprovado na Comissão de Agricul-tura, Pecuária, Abastecimento e De-senvolvimento Regional incorpora os projetos apensados, as emendas e o substitutivo da Comissão anterior de-terminando a exclusão das empresas brasileiras com capital estrangeiro nas restrições impostas pelo projeto.

Os imóveis rurais adquiridos por empresas estrangeiras deverão ser associados a projeto agroindustrial que agregue valor, gere renda e em-prego à região e que obedeçam aos princípios da função social da pro-priedade, sendo submetida à autori-zação e licença do órgão responsável.

O substitutivo prevê que não po-derão adquirir imóveis rurais, ainda que sob a forma indireta, mediante a aquisição direta ou indireta de con-trole societário, constituição de fundo de investimento imobiliário ou con-tratação de consórcios, as seguintes pessoas jurídicas: →

Direito de propriedade

102

FAVORÁVEL

a) Organizações não governamen-tais (ONGs) com atuação no território brasileiro que tenham sede no exte-rior ou uma ONG estabelecida no Bra-sil cujo orçamento anual seja prove-niente, de uma mesma pessoa física estrangeira, ou empresa com sede no exterior ou, ainda, proveniente de mais de uma dessas fontes quando coligadas;

b) Fundação particular em que os seus instituidores forem pessoas físicas estrangeiras; empresas es-trangeiras; ou empresas estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil com sede no exterior;

c) Os fundos soberanos consti-tuídos por Estados estrangeiros. Em-presas de capital aberto com ações negociadas em bolsa de valores no Brasil ou no exterior não se enqua-dram nesta exclusão.

Assim como no projeto origi-nal, o substitutivo determina que o total da área rural de propriedade ou arrendada por estrangeiros não poderá ultrapassar a um quarto da superfície do Município em que se localiza. E, pessoas de mesma nacio-nalidade não poderão ser proprie-tárias ou arrendatários de mais de

40% (quarenta por cento) em cada Município.

Aqueles imóveis rurais que ul-trapassem os limites estabelecidos deverão ser submetidos à aprovação pelo Congresso Nacional e deverão ser destinados a projetos agroin-dustriais que agreguem valor, gere emprego e renda à região e que seja considerado prioritário para o desen-volvimento do país.

TRAMITAÇÃOO projeto de lei tramita na Câmara dos Deputados em regime de prio-ridade, devendo ser apreciado pelas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), de Finanças e Tributação (CFT) e de Cons-tituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Ao final, o projeto deverá ser submetido à apreciação do Plenário da Casa.

Ao ser recebida pela CREDN, a proposição teve o parecer do Depu-tado Claudio Cajado (DEM-BA), apro-vado, favorável ao Projeto de Lei nº 2.289, de 2007, e dos PLs nºs 2.376, de 2007, 3.483, de 2008, 4.240, de 2008, apensados, com substitutivo. →

Direito de propriedade

PL nº 2289, de 2007 (continuação)

103

CONTRÁRIA

Já a CAPADR decidiu pela aprovação do parecer do Deputado Homero Pe-reira (PSD-MT), pela aprovação deste, da Emenda nº 3/2011 da CAPADR, da Emenda nº 4/2011 da CAPADR, do PL nº 3.483, de 2008, e do PL 4.240/2008, apensados, com substitutivo, pela re-jeição da Emenda nº 1/2010 da CAPA-DR, da Emenda nº 2/2011 da CAPADR, e do PL nº 2.376/2007, apensado, e pela aprovação parcial da Emenda nº 5/2011 da CAPADR.

Devido à apresentação do Reque-rimento de Redistribuição nº 7192, de 2013, pela Comissão de Integração Na-cional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), que solicita a apreciação do seguinte projeto, será criada uma Comissão Temporária que aguarda sua constituição pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

TRAMITAÇÃO CONJUNTA COMPL nº 2376, de 2007; PL nº 3483, de 2008; PL nº 4240, de 2008 e PL nº 4059, de 2012.

PL nº 60, de 2015

Aquisição de imóveis rurais por usucapiãoAltera o art. 1º da Lei nº 6969, de

10 de dezembro de 1981 (dispõe

sobre a aquisição, por usucapião

especial, de imóveis rurais).

AUTOR: Deputado Pompeo

de Mattos (PDT-RS)

A matéria busca garantir o domínio da terra por trabalhadores rurais que não possuem imóveis próprios, caso este resida no local por três anos ininterruptos.

A área não pode exceder a 50 (cin-quenta) hectares, deve ser produtiva e nela o agricultor residir. Poderá ser requerido ao juiz que o imóvel rural seja concedido por meio de sentença.

TRAMITAÇÃOA matéria está na Câmara dos Depu-tados e foi distribuída à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) e à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), em regime de apreciação conclusiva. Na CAPADR, foi designado como relator o Deputado Luiz Cláudio (PR-RO).

Direito de propriedade

anexo:legislação

104

A profissão de corretor de imóveis

é composta por um ordenamento jurí-

dico capaz de dar seguridade à classe

por meio de leis que regulamentam as

atividades desempenhadas, bem como

os requisitos necessários para a atuação

no mercado. Dentre outras leis, constam

no arcabouço legal métodos que disci-

plinam o funcionamento dos órgãos de

fiscalização e as eleições dos membros

que compõem os Conselhos Regionais.

106

LEI Nº 4.116 DE 27 DE AGOSTO DE 1962 (REVOGADA PELA LEI Nº 6.530/78)

Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Profissão de Corretor de Imóveis. Faço saber que o Congresso Nacio-nal decreta e eu, Auro Soares de Moura Andrade, Presidente do Senado Federal, promulgo nos termos do artigo 70, § 4º da Constituição Federal, a seguinte Lei:

Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente será permitido às pessoas que forem registradas nos Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis, de acordo com esta Lei.

Art. 2º O candidato ao registro como Corretor de Imó-veis deverá juntar ao seu requerimento:

a) prova de identidade;b) prova de quitação com o serviço militar;c) prova de quitação eleitoral;d) atestado de capacidade intelectual e profissional

e de boa conduta, passado por órgão de representação legal da classe;

e) folha corrida e atestado de bons antecedentes, for-necidos pelas autoridades policiais das localidades onde houver residido nos últimos três anos;

f) atestado de sanidade;g) atestado de vacinação antivariólica;h) certidões negativas dos distribuidores forenses, re-

lativas ao último decênio;i) certidões negativas dos cartórios de protestos de

títulos referentes ao último quinquênio; ej) prova de residência no mínimo durante os três anos

anteriores no lugar onde desejar exercer a profissão.

§ 1º Os estrangeiros, além dos documentos acima enu-merados, excetuados os dos itens “b” e “c”, deverão provar a permanência legal e ininterrupta, no País, durante o último decênio.

§ 2º O pedido de registro será publicado no Diário Ofi-cial da União, do Estado ou do Território Federal, consoante o local de atividade do requerente, fixando-se o prazo de 30 dias para qualquer impugnação.

§ 3º Efetuado o registro será expedida a respectiva Car-teira Profissional.

§ 4º Expedida a Carteira Profissional, o Conselho Regio-nal fixará o prazo de 60 (sessenta) dias ao portador, para que satisfaça a legislação fiscal vigente referente ao licen-ciamento para estabelecer-se, sob pena de cancelamento automático do registro e cassação imediata do mesmo.

§ 5º Nos casos de transferência e de exercício simul-tâneo da profissão em mais de uma região, serão feitas as devidas anotações na Carteira Profissional do Corretor, pelos respectivos Conselhos Regionais.

Art. 3º Não podem ser Corretores de Imóveis: a) os que não podem ser comerciantes; b) os falidos não reabilitados e os reabilitados quando condenados por crime falimen-tar; c) os que tenham sido condenados ou estejam sendo processados por infração penal de natureza infamante tais como: falsidade, estelionato, apropriação indébita, contra-bando, roubo, furto, lenocínio ou passíveis, expressamente, de pena de perda de cargo público; e d) os que estiverem com seu registro profissional cancelado.

Art. 4º As Pessoas Jurídicas só poderão exercer media-ção na compra, venda ou permuta de imóveis, mediante registro no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis e sob a responsabilidade de Corretor devidamente habilitado.

107

Art. 5º O número da Carteira Profissional constará obrigatoriamente da propaganda.

Art. 6º As repartições Federais, Estaduais e Municipais só receberão impostos relativos às atividades de Correto-res de Imóveis à vista da Carteira Profissional ou tratan-do-se de Pessoas Jurídicas da prova de seu registro no Conselho Regional.

Art. 7º (Vetado). Art. 8º É vedado ao Corretor de Imóveis adquirir para

si, seu cônjuge, ascendente e descendente ou para socie-dade de que faça parte, bem assim a pessoa Jurídica para si, seus sócios ou diretores, qualquer imóvel que lhe esteja confiado à venda.

Art. 9º A fiscalização do exercício da profissão de Cor-retor de Imóveis será feita pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis, que ficam criados por esta Lei.

Art. 10 O Conselho Federal será composto de Corre-tores de Imóveis de quaisquer regiões, eleitos pelos Con-selhos Regionais entre seus próprios membros represen-tantes de cada região.

Art. 11 O Conselho Federal determinará o número de Conselhos Regionais até o máximo de um por Estado, Ter-ritório e Distrito Federal, as respectivas bases territoriais e cidades sede.

Art. 12 Na formação dos Conselhos Regionais, metade dos membros será constituída pelo Presidente Efetivo do Sindicato da classe da respectiva região e por Dire-tores do mesmo Sindicato, eleitos, estes em assembleia geral. A outra metade será constituída de Corretores de Imóveis da Região, posteriormente, em assembleia geral do Sindicato.

Art. 13 Os mandatos dos membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais serão de 2 (dois) anos gratuitos. Parágrafo Único – Só será admitida uma vez a reeleição total do Conselho.

Art. 14 Ao Conselho Federal compete, especialmente: a) elaborar o seu Regimento Interno;b) criar os Conselhos Regionais;c) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscita-

das pelos Conselhos Regionais e dirimi-las; de examinar e aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais podendo modificar disposições que contrariem a Lei e as normas gerais do Conselho;

e) fixar, por proposta de cada Conselho Regional, as contribuições e emolumentos que lhes serão devidos pe-los Corretores de Imóveis e Pessoas Jurídicas registradas;

f ) julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;

g) fixar as contribuições, emolumentos e multas apli-cáveis, tanto pelo Conselho Federal, como pelos Conselhos Regionais; h) deliberar sobre os casos omissos.

Art. 15 Aos Conselhos Regionais compete em especial: a) elaborar o seu Regimento Interno submetendo-o à

aprovação do Conselho Federal; b) decidir sobre os pedidos de registro de Corretores

de Imóveis e Pessoas Jurídicas; c) organizar e manter o registro profissional;d) expedir as Carteiras Profissionais; ee) impor as sanções previstas nesta Lei.Art. 16 Aos Corretores de Imóveis serão aplicadas pe-

los Conselhos Regionais com recursos voluntários para o Conselho Federal, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, as seguintes sanções disciplinares:

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a) advertência particular;b) advertência pública;c) multa até Cr$ 20,00 (vinte cruzeiros);d) suspensão do exercício da profissão até um ano;e) cancelamento do registro com apreensão da Carteira

Profissional.§ 1º Na determinação da sanção aplicável orientar-se-á

o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a considerar grave ou leve a falta.

§ 2º A multa será imposta por forma acumulada ou não com as demais sanções e subirá ao dobro, na hipótese de reincidência na mesma falta.

Art. 17 Constituem faltas no exercício da profissão de Corretor de Imóveis:

1) prejudicar, por dolo ou culpa, interesses confiados aos seus cuidados;

2) auxiliar, ou por qualquer meio facilitar o exercício da profissão aos que estiverem proibidos, impedidos ou não habilitados para exercê-la;

3) praticar qualquer dos atos previstos no art. 8º desta Lei;4) promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas

ou que por qualquer forma prejudiquem interesses da Fazenda Nacional, Estadual ou Municipal;

5) violar o sigilo profissional;6) negar aos comitentes prestações de contas ou reci-

bos de quantias ou documentos que pelos mesmos tenham sido entregues, para qualquer fim;

7) recusar a apresentação de Carteira Profissional quando couber.

Art. 18 A renda do Conselho Federal será constituída de 20% (vinte por cento) da renda bruta dos Conselhos Regionais.

Parágrafo Único – constituem renda dos Conselhos Re-gionais, as contribuições, emolumentos e multas devidas pelos Corretores de Imóveis e Pessoas Jurídicas registradas nos respectivos Conselhos.

Art. 19 Os Corretores de Imóveis que à data da pu-blicação desta Lei, estiverem no exercício da profissão, serão registrados independentemente das formalidades exigidas no artigo 2º desde que o requeiram dentro de 120 (cento e vinte) dias, comprovado o efetivo exercício da profissão, mediante atestado de idoneidade moral e profissional, passado pelo sindicato local ou mais próxi-mo, e os conhecimentos de pagamento dos respectivos impostos, efetuados antes da data da referida publicação.

Art. 20 Os membros do Conselho Federal e dos Conse-lhos Regionais que exercerão o primeiro mandato, serão eleitos dentro de 60 (sessenta) dias a contar da data da publicação desta Lei, pelas Assembleias Gerais dos órgãos de representação legal da classe dos Corretores de Imó-veis, atualmente reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Art. 21 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publi-cação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, em 27 de agosto de 1962 141º da Independência e 74º da República

AURO MOURA ANDRADE

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LEI Nº 6.530 DE 12 DE MAIO DE 1978(COM ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS LEIS Nº 10.795, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2003 E Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015)

Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no Território Nacional, é regido pelo disposto na presente Lei.

Art. 2º O exercício da profissão de Corretor de Imó-veis será permitido ao possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias.

Art. 3º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária.

Parágrafo Único – As atribuições constantes deste ar-tigo poderão ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica inscrita nos termos desta Lei.

Art. 4º A inscrição do Corretor de Imóveis e de Pessoa Jurídica será objeto de Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Art. 5º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da pro-fissão de Corretor de Imóveis, constituída em autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, vin-culada ao Ministério do Trabalho, com autonomia admi-nistrativa, operacional e financeira.

Art. 6º As Pessoas Jurídicas inscritas no Conselho Re-gional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos das Pessoas Físicas nele inscritas.

§ 1º As Pessoas Jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio-gerente ou diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito.

§ 2º O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais imobiliárias, mantendo sua autonomia profissional, sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício e previdenciário, mediante contrato de associação espe-cífico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imó-veis ou, onde não houver sindicato instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis.

§ 3º Pelo contrato de que trata o § 2º deste artigo, o corretor de imóveis associado e a imobiliária coordenam, entre si, o desempenho de funções correlatas à interme-diação imobiliária e ajustam critérios para a partilha dos resultados da atividade de corretagem, mediante obriga-tória assistência da entidade sindical.

§ 4º O contrato de associação não implica troca de serviços, pagamentos ou remunerações entre a imobili-ária e o corretor de imóveis associado, desde que não configurados os elementos caracterizadores do vínculo empregatício previstos no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943.

Art. 7º Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em juízo ou fora dele, os legítimos interesses da Categoria Profissional, respeitadas as res-pectivas áreas de competência.

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Art. 8º O Conselho Federal terá sede e foro na Ca-pital da República e jurisdição em todo o Território Nacional.

Art. 9º Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios da jurisdição, a critério do Conselho Federal.

Art.10 O Conselho Federal será composto por dois representantes, Efetivos e Suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.

Art. 11 Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual número de suplen-tes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal inde-legável, secreto e obrigatório, dos profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem causa justificada, multa em valor máximo equivalente ao da anuidade. (redação dada pela Lei nº 10.795/2003)

Parágrafo Único – (revogado pela Lei nº 10.795/2003).Art. 12 Somente poderão ser membros de Conselho

Regional os Corretores de Imóveis com inscrição principal na jurisdição há mais de dois anos e que não tenham sido condenados por infração disciplinar.

Art. 13 Os Conselhos Federal e Regionais serão ad-ministrados por uma diretoria, eleita dentre os seus membros.

§ 1º A Diretoria será composta de um Presidente, dois Vice-Presidentes, dois Secretários e dois Tesoureiros.

§ 2º Junto aos Conselhos Federal e Regionais funciona-rá um Conselho Fiscal, composto de três membros, Efetivos e Suplentes, eleitos dentre os seus membros.

Art. 14 Os membros do Conselho Federal e dos Conse-lhos Regionais terão mandato de três anos.

Art. 15 A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:

I – por renúncia;II – por superveniência de causa de que resulte o can-

celamento da inscrição;III – por condenação a pena superior a dois anos, em

virtude de sentença transitada em julgado;IV – por destituição de cargo, função ou emprego, rela-

cionada à prática de ato de improbidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;

V – por ausência, sem motivo justificado, a três Sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano.

Art. 16 Compete ao Conselho Federal:I – eleger sua Diretoria;II – elaborar e alterar seu regimento; III – aprovar o relatório anual, o balanço e as contas

de sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte;

IV – criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regi-ões, fixando-lhes a sede e jurisdição;

V – baixar normas de Ética Profissional; VI – elaborar contrato padrão para os serviços de

corretagem de imóveis, de observância obrigatória pelos inscritos;

VII – fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;

VIII – decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;

IX – julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;

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X – elaborar o regimento padrão dos Conselhos Regionais;

XI – homologar o regimento dos Conselhos Regionais;XII – aprovar o relatório anual, o balanço e as contas

dos Conselhos Regionais; XIII – credenciar representante junto aos Conselhos

Regionais, para verificação de irregularidades e pendências acaso existentes;

XIV – intervir temporariamente nos Conselhos Regio-nais, nomeando Diretoria provisória, até que seja regu-larizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato:

a) se comprovada irregularidade na administração;b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento

da contribuição.XV – destituir Diretor de Conselho Regional, por ato de

improbidade no exercício de suas funções; XVI – promover diligências, inquéritos ou verificações

sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade;

XVII – baixar Resoluções e deliberar sobre casos omissos.§ 1º Na fixação do valor das anuidades referidas no

inciso VII deste artigo, serão observados os seguintes li-mites máximos:

I – pessoa física ou firma individual: R$ 285,00 (duzen-tos e oitenta e cinco reais);

II – pessoa jurídica, segundo o capital social:a) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais): R$ 570,00

(quinhentos e setenta reais);b) de R$ 25.001,00 (vinte e cinco mil e um reais) até

R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais): R$ 712,50 (setecentos e doze reais e cinqüenta centavos);

c) de R$ 50.001,00 (cinqüenta mil e um reais) até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais): R$ 855,00 (oito-centos e cinqüenta e cinco reais);

d) de R$ 75.001,00 (setenta e cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 997,50 (novecentos e noventa e sete reais e cinqüenta centavos); e) acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 1.140,00 (mil, cento e quarenta reais).

§ 2º Os valores correspondentes aos limites máximos estabelecidos no § 1º deste artigo serão corrigidos anual-mente pelo índice oficial de preços ao consumidor. (§§ 1º e 2º do Art. 16, com redação dada pela Lei nº 10.795, de 05.12.2003)

Art. 17 Compete aos Conselhos Regionais:I – eleger sua Diretoria;II – aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de

sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à conside-ração do Conselho Federal;

III – propor a criação de Sub-regiões, em divisões Ter-ritoriais que tenham um número mínimo de Corretores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho Federal;

IV – homologar, obedecidas às peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos respectivos;

V – decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de Pessoas Jurídicas;

VI – organizar e manter o registro profissional das Pes-soas Físicas e Jurídicas inscritas;

VII – expedir Carteiras Profissionais e Certificados de Inscrição;

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VIII – impor as sanções previstas nesta Lei;IX – baixar Resoluções, no âmbito de sua com petência. Art. 18 Constituem receitas do Conselho Federal:I – a percentagem de vinte por cento sobre as anui-

dades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos Regionais;

II – a renda patrimonial; III – as contribuições voluntárias; IV – as subvenções e dotações orçamentárias. Art. 19 Constituem receitas de cada Conselho Regional: I – as anuidades, emolumentos e multas;II – a renda patrimonial; III – as contribuições voluntárias; IV – as subvenções e dotações orçamentárias.Art. 20 Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica ins-

crita nos órgãos de que trata a presente Lei é vedado: I – prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe

forem confiados; II – auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício

da profissão aos não inscritos;III – anunciar publicamente proposta de transação a

que não esteja autorizado através de documento escrito;IV – fazer anúncio ou impresso relativo à atividade

profissional sem mencionar o número da inscrição; V – anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem

mencionar o número do registro do loteamento ou da in-corporação no Registro de Imóveis;

VI – violar o sigilo profissional;VII – negar aos interessados prestações de contas ou

recibo de quantias ou documentos que lhe tenham sido entregues a qualquer título;

VIII – violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;

IX – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a Lei defina como crime ou contravenção;

X – deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.Art. 21 Compete ao Conselho Regional aplicar aos Cor-

retores de Imóveis e Pessoas Jurídicas as seguintes sanções disciplinares:

I – advertência verbal;II – censura;III – multa;IV – suspensão da inscrição, até noventa dias;V – cancelamento da inscrição, com apreensão da Car-

teira Profissional.§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-

-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta. (ver enquadramento no Art. 28, §§ 1º e 2º, da Resolução-Cofeci nº 146/82 c/c o do Art. 8º da Resolução-Cofeci nº 326/92)

§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a agra-vação da penalidade.

§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra penali-dade e, na hipótese de reincidência na mesma falta, apli-car-se-á em dobro.

§ 4º A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-la em cancelamento da inscrição.

Art. 22 Aos servidores dos Conselhos Federal e Re-gionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regimento jurídico das Leis do Trabalho.

113

Art. 23 Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, ins-critos nos termos da Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, o exercício da profissão, desde que o requeiram conforme o que for estabelecido na regulamentação desta Lei.

Art. 24 Esta Lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir de sua vigência.

Art. 25 Esta Lei entrará em vigor na data da sua pu-blicação.

Art. 26 Revogam-se as disposições em contrário, espe-cialmente a Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962.

Brasília, 12 de maio de 1978 157º da Independência e 90º da República

ERNESTO GEISEL Arnaldo Prieto

114

LEI Nº 10.795 DE 05 DE DEZEMBRO DE 2003(DOU nº 238, seção 1, pág. 1, 8 de dezembro de 2003)

Altera os arts. 11 e 16 da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, para dispor sobre a eleição dos conselheiros nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e fixar valores máxi-mos para as anuidades devidas pelos corretores a essas entidades e dá outras providências. O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os arts. 11 e 16 da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, passam a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 11. Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual número de suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal indele-gável, secreto e obrigatório, dos profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem causa justificada, multa em valor máximo equivalente ao da anuidade. Parágrafo único. (revogado)”

(NR) “Art. 16 ..................................................................§ 1º Na fixação do valor das anuidades referidas no

inciso VII deste artigo, serão ob- servados os seguintes limites máximos:

I – pessoa física ou firma individual: R$ 285,00 (duzen-tos e oitenta e cinco reais);

II – pessoa jurídica, segundo o capital social:

a) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais): R$ 570,00 (quinhentos e setenta reais);

b) de R$ 25.001,00 (vinte e cinco mil e um reais) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais): R$ 712,50 (setecentos e doze reais e cinqüenta centavos);

c) de R$ 50.001,00 (cinqüenta mil e um reais) até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais): R$ 855,00 (oito-centos e cinqüenta e cinco reais);

d) de R$ 75.001,00 (setenta e cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 997,50 (novecentos e no-venta e sete reais e cinqüenta centavos);

e) acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 1.140,00 (mil, cento e quarenta reais).

§ 2º Os valores correspondentes aos limites máximos estabelecidos no § 1º deste artigo serão corrigidos anual-mente pelo índice oficial de preços ao consumidor.” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 5 de dezembro de 2003 182º da Independência e 115º da República

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVAEva Maria Cella Dal Chiavon

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LEI Nº 13.097 DE 19 DE JANEIRO DE 2015, ART. 139, QUE MODIFICOU O ART. 6º DA LEI Nº 6.530 DE 12 DE MAIO DE 1978(DOU nº 13, seção 1, pág. 9, 20 de janeiro de 2015)

A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

(…)

CAPÍTULO XIVDA PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS

Art. 139  O art. 6º da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 2º a 4º, renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º:

“Art. 6º ..........................................................................§ 1º ...............................................................................§ 2º  O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou

mais imobiliárias, mantendo sua autonomia profissional, sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício e pre-videnciário, mediante contrato de associação específico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, onde não houver sindicato instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis.

§ 3º  Pelo contrato de que trata o § 2º deste artigo, o corretor de imóveis associado e a imobiliária coordenam, entre si, o desempenho de funções correlatas à interme-diação imobiliária e ajustam critérios para a partilha dos

resultados da atividade de corretagem, mediante obriga-tória assistência da entidade sindical.

§ 4º  O contrato de associação não implica troca de serviços, pagamentos ou remunerações entre a imobiliá ria e o corretor de imóveis associado, desde que não confi-gurados os elementos caracterizadores do vínculo em-pregatício previstos no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.” (NR)

(…)

Brasília, 19 de janeiro de 2015194º da Independência e 127º da República

DILMA ROUSSEFFMarivaldo de Castro Pereira,

Tarcísio José Massote de Godoy, Antônio Carlos Rodrigues, Manoel Dias,

Arthur Chioro, Armando Monteiro, Eduardo Braga, Nelson Barbosa,

Ricardo Berzoini, Gilberto Kassab, Alexandre Antonio Tombini,

Luís Inácio Lucena Adams, Eliseu Padilha e

Guilherme Afif Domingos

A Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis 2015

foi composta em Fira Sans e Museo. A publicação foi

impressa com tiragem de 2.000 unidades, em papel

couché fosco 150 g/m², pela Athalaia Gráfica e Editora,

Brasília, em abril de 2015.