À procura de antónio sérgio · antónio sérgio e a ideia de uno unificante: idealismo,...

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Casa António Sérgio | CASES Janeiro de 2019 À procura de António Sérgio Ensaio cronológico através de documentação bibliográfica e arquivísticas Sónia Queiroga

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  • C a s a A n t ó n i o S é r g i o | C A S E S

    J a n e i r o d e 2 0 1 9

    À p r o c u r a d e António Sérgio

    Ensaio cronológicoatravés de

    documentação bibliográ�ca e arquivísticas

    S ó n i a Q u e i r o g a

  • À PROCURA DE ANTÓNIO SÉRGIO

    Ensaio cronológicoatravés de documentação bibliográfica e arquivísticas

    Sónia Queiroga

    Casa António Sérgio – CASESJaneiro de 2019

  • NOTA INTRODUTÓRIA 6

    OS PRIMEIROS 10 ANOS9

    DO COLÉGIO MILITAR À MARINHA9

    PRIMEIRAS OBRAS E PRIMEIRAS PRISÕES11

    PELA 1ª REPÚBLICA13

    COM A DITADURA VEM O PRIMEIRO EXÍLIO25

    O REGRESSO A PORTUGAL29

    NOVA PRISÃO, NOVO EXÍLIO30

    REGRESSA A PORTUGAL, NA MALA TRAZ IDEIAS SOBRE O COOPERATIVISMO

    31

    ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 1949 E O APOIO AO CANDIDATO DA OPOSIÇÃO

    35

  • ANTÓNIO SÉRGIO E O CASO HENRIQUE GALVÃO38

    O REGRESSO DA COMISSÃO PROMOTORA DE VOTO E OS PREPARATIVOS PARA ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 1957

    40

    ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 1958 E O APOIO AO CANDIDATO DA OPOSIÇÃO

    41

    NOTÍCIAS SOBRE A MORTE DE SÉRGIO44

    HOMENAGENS44

    DOCUMENTOS45

    FOTOGRAFIAS, SEM DATA, NO ARQUIVO ANTÓNIO SÉRGIO – CAS (CASES)

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    COLABORAÇÕES DE SÉRGIO EM PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

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    BIBLIOGRAFIA102

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    NOTA INTRODUTÓRIA

    António Sérgio de Sousa (1883-1969) conhecido simplesmente por António Sérgio (nome literário) foi um homem à frente do seu tempo. Com ideias e uma abertura de espírito que uma juventude passada em vários continentes e o serviço militar na marinha portuguesa lhe proporcionaram, o mundo vivido e não apenas o mundo ouvido, a que acresceu a queda em Portugal de um regime monárquico de séculos, substituído por um intestado primeiro regime republicano com o seu cortejo de decisões mais ou menos capazes, foi uma figura ímpar da cultura portuguesa. Um Humanista, na verdadeira aceção da palavra, capaz de analisar, compreender e dialogar com autoridade sobre os mais variados assuntos. Reflexo disso são tanto os seus escritos, as suas entrevistas, como os testemunhos dos que com ele conviveram. A biblioteca que lhe pertenceu é composta por mais de sete mil exemplares que se dividem entre filosofia, pedagogia, sociologia, história, arte, física, cooperativismo, etc. estando muitas destas obras marcadas com anotações de Sérgio.

    Quando nos queremos referir a António Sérgio, por vezes torna-se difícil encontrar a melhor forma de o identificar, tão largo é o espetro do seu campo de ação. É Sérgio o filósofo, Sérgio o pensador, Sérgio o ensaísta, Sérgio o pedagogo, Sérgio o ativista político, Sérgio o cooperativista… Segundo o próprio, em entrevista a Igrejas Caeiro (1958), via-se essencialmente filosofo, sociólogo, reformador social e pedagogista. Mas como referem Henrique de Barros e Ferreira da Costa, em discurso direto o Mestre ter-lhes-á dito que de tudo o que vivenciou, aquilo que mais via como passível de passar à posteridade seria a sua teorização e defesa do cooperativismo.

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    Perante alguém como António Sérgio de Sousa, com essa polifacetada existência, perguntamo-nos de que forma se pode criar uma biografia capaz de refletir todos os aspetos da sua vida. Complicado, cremos nós. Felizmente, ao longo dos anos foram vários os autores que procuraram dar a conhecer a vida, a obra e o homem. Quer tenha sido pelo que acabámos de apontar, quer por um gosto particular por um determinado período ou assunto, a verdade é que grande parte destes autores dirigiram o foco para fases e temas particulares da vida e obra de Sérgio e menos para uma visão de um todo.

    Partindo das muitas obras que focam o particular chegamos ao todo (ou quase). E foi com recurso a essas obras e a documentação existente em vários arquivos (com especial realce para o arquivo pessoal de António Sérgio que se encontra na Casa António Sérgio) que fomos recolhendo as peças que constroem este trabalho.

    Mas se já está tudo (ou quase tudo) dito sobre António Sérgio qual é o valor acrescentado deste trabalho? Simples: mapear a vida de Sérgio. Pretendemos criar uma cronologia que nos guie pela sua vida, quer através de eventos importantes, quer de pequenos apontamentos do dia-a-dia, curiosidades. Um documento que nos permita seguir Sérgio pela sua vida, pelos dias, pelos meses, pelos anos, que nos traga uma visão mais linear e íntima do filósofo (e sociólogo, reformador social e pedagogista e cooperativista).

    Trabalho realizado por Sónia Queiroga, Casa António Sérgio

    Revisão de João Salazar Leite

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    Fig. 1- Fotografia de grupo, com vários elementos da Marinha,onde estará também António Sérgio

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    OS PRIMEIROS 10 ANOS

    188303-09-1883 – Nascimento, em Damão.

    1886Vai para o Congo Português quando o pai é nomeado Governador desse país1.

    1893Acompanha a família no seu regresso a Lisboa2.

    DO COLÉGIO MILITAR À MARINHA

    189420-10-1894 – Entra para o Colégio Militar, com o n.º 1783.

    1897Aos dezoito anos deveria ser apresentado à família real, mas recusa4.

    190028-07-1900 – Conclui o curso no Colégio Militar5.

    1901Inicia o Curso da Escola Naval6.

    1904Conclui o curso da Escola Naval e é nomeado guarda-marinha.16-10-1904 – Parte para Macau na canhoneira Lima, onde chegou em Janeiro de 19057.

    1. Pinho, R. V. (2012). António Sérgio e a ideia de Uno unificante: idealismo, metafísica e gnosiologia; Tese de doutoramento, Filosofia (Filosofia), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras. p. 82. Ibidem3. Carmo, M. G. (1984). António Sérgio: um homem que acreditou no futuro, CEGRAF do Colégio Militar, p. 184. Mota, Carlos Alberto M. G. (2000). António Sérgio Pedagogo e Político. 1st ed. A.T. - Loja Gráfica, p.7.5. Carmo, M. G. (1984). António Sérgio: um homem que acreditou no futuro, CEGRAF do Colégio Militar, p. 186. Ibidem, p. 107. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas; Revista Lusófona de Educação, 12, 13-28, p. 15

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    1905Novembro de 1905 – Regressa de Macau.

    1906Viaja até Newcastle.Vai para Cabo Verde onde fica até Maio de 1907.

    Curiosidades: • Após o falecimento do seu pai muda-se para a Rua Maria Andrade, nº 55, 4º

    andar, Anjos (Lisboa)8.

    1907Em Março desse ano é promovido a segundo-tenente.Em Julho é colocado no Corpo de Marinheiros da Armada, em Lisboa.

    8. Sousa Franco, M. (1994). Casa António Sérgio, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa: Carlos Quintas, p. 221

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    PRIMEIRAS OBRAS E PRIMEIRAS PRISÕES

    1908Publica o seu primeiro livro: Rimas (Lisboa: Typ. do Annuario Commercial, 1908).

    1909Requer licença para concorrer a um lugar de professor do 4º Grupo do Real Colégio Militar9.

    Obras publicadas nesse ano:• Notas sobre os sonetos e as tendências geraes da philosophia de Anthero de

    Quental (Lisboa : Liv. Ferreira, 1909)

    1910É preso pela primeira vez. A prisão durou 3 dias e terá ocorrido logo após a implantação da República10, altura em que pede licença ilimitada da Marinha, de onde só se viria a demitir em 191511.

    Nas suas cartas faz referência a ter começado a colaborar numa editora, à qual se refere como a “Companhia Americana”, assim como a um Warren F. Kellog, que seria o representante (ou proprietário) dessa editora12.Funda, com Jaime Cortesão, Raul Proença e outros, a Renascença Gráfica. Dela surgiu a Renascença Portuguesa13.

    Renascença Portuguesa – Surgiu no Porto como uma sociedade por quotas, com ramos no Porto, em Coimbra, Lisboa e, um pouco mais tarde, no Rio de Janeiro. Tinha como objetivos promover a maior cultura do povo português, por meio de conferências, manifestos, revista (A Águia), livros, bibliotecas, escolas, etc., conforme os Estatutos aprovados em Janeiro de 1912. A Águia, revista quinzenal ilustrada de literatura e crítica, fundada no Porto por Álvaro Pinto, publicou dez números ainda antes de haver «Renascença Portuguesa»14.

    9. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas; Revista Lusófona de Educação, 12, 13-28, p. 1710. Baptista, J. (1992). Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA, p. 6711. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève); Revista Crítica de Ciências Sociais, 29 de Fevereiro, 141-177, p. 1112. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas; Revista Lusófona de Educação, 12, 13-28, p. 1813. Carmo, M. G. (1984). António Sérgio: um homem que acreditou no futuro, CEGRAF do Colégio Militar, p. 1014. Pinho, A.; Mesquita, A. Pedro & Pinho, R. V. (orgs.) (2015). Proença, Cortesão, Sérgio e o Grupo Seara Nova. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, p. 27

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Notas%20sobre%20os%20sonetos%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1614http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Notas%20sobre%20os%20sonetos%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1614

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    15-01-1910 – Participa na fundação da Sociedade de Estudos Pedagógicos 15.

    Sociedade de Estudos Pedagógicos - Instituição que reuniu um conjunto importante de intelectuais e educadores, os quais procuraram, através da reflexão e do debate, elaborar o saber pedagógico adequado à concretização do ideal republicano. Foi órgão desta instituição a Revista de Educação Geral e Técnica (1911-27 e 1934-35)16.

    14-06-1910 – Casa-se com Luísa Estefânia Gerschey da Silva.

    15. Sá, V. d. (1979). A historiografia sociológica de António Sérgio; Biblioteca Breve. Pensamento e Ciência, vol. 34; Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, p. 1816. Pintassilgo, J. (2007b). A Educação Nova em contexto republicano. Algumas reflexões a propósito da actividade da Sociedade de Estudos Pedagógicos. In A. F. Araújo & J. M. Araújo (Org.). História, Educação e Imaginário (pp.83-99). Braga: CIED, p. 83

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    PELA 1ª REPÚBLICA

    1911 Início de 1911 vai para Inglaterra17.Em Janeiro de 1911 torna-se diretor literário da revista Serões, substituindo Eduardo de Noronha18.

    A revista Serões (revista mensal ilustrada) era editada pela Livraria Ferreira, casa que publicou as Rimas e as Notas sobre Antero de Quental19.

    Colabora pela primeira vez na revista A Águia (na 1ª série, nº 5, 01-02-1911) com o soneto Ao Infante Santo (datado de 1910, Lisboa)20. Durante a sua colaboração com esta revista (1911-1932) publicou 47 artigos21.

    A Águia - Revista fundada por Álvaro Pinto a 1 de Dezembro de 1910 (data em que saiu o primeiro n.º). A 1.ª série somou 10 números, publicando-se até Julho de 1911. Um novo ciclo na vida d’ A Águia corresponde à sua 2.ª série, cujo primeiro número foi publicado em Janeiro de 1912. A revista prosseguiu até 1932, perfazendo 5 séries e mais de duas centenas de números. A 2ª série de A Águia tornar-se-ia no órgão da Renascença Portuguesa22.

    Tenta criar, sem sucesso, uma Universidade Popular23 em Lisboa ligada à Renascença Portuguesa, como as do Porto e Coimbra24.

    17. Gonzales, J. C. (1987). A Correspondência de António Sérgio para Raul Proença. [Blog] As mãos da escrita. (2007) Disponível em: http://purl.pt/13858/1/correspondencias/correspondencia-antonio-sergio.html [Acedido 18 Dec. 2018]. Versão do texto de introdução ao volume António Sérgio: Correspondência para Raul Proença. Lisboa: Publicações Dom Quixote/Biblioteca Nacional, 1987. P. 13-18. 18. Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p. 1519. Ibidem, p. 1520. Ibidem, p. 1221. Ric.slhi.pt. (2016). A Águia em números. Revistas de Ideias e Cultura. [online] Disponível em: http://ric.slhi.pt/A_Aguia/stats [Acedido18 Dec. 2018].22. Modernismo.pt. (2017). Renascença Portuguesa. [online] Disponível em: https://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesa [Acedido18 Dec. 2018].23. Num postal enviado a Álvaro Pinto, com data provável de Dezembro de 1911, começa o mesmo com a seguinte frase: Estamos tratando da Universidade Popular em Lisboa. (Fernandes, Rogério (1972) (introdução e notas). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919). 1ª ed. Lisboa: Edição da Revista Ocidente, p. 11).24. Fernandes, R. (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 613.

    http://ric.slhi.pt/A_Aguia/visualizador/?id=09613.027.005&pag=10http://ric.slhi.pt/A_Aguia/autor?id=aut_0000000463http://purl.pt/13858/1/correspondencias/correspondencia-antonio-sergio.htmlhttp://purl.pt/13858/1/correspondencias/correspondencia-antonio-sergio.htmlhttp://ric.slhi.pt/A_Aguia/statshttp://ric.slhi.pt/A_Aguia/statshttps://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesahttps://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesa

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    “A Universidade Popular, obra da Renascença Portuguesa, só se inaugurou em 9 de Junho de 1912 no Águia de Ouro, no Porto, sendo proferida a primeira lição no dia 17 daquele mês por Xavier Esteves, seguida, a 26, por uma de Leonardo Coimbra. A reabertura da Universidade efectua-se a 27 de Outubro daquele ano. Numa série de artigos sobre «A Universidade Livre de Lisboa» saídos no Diário de Lisboa, David Ferreira refere-se à Universidade Popular do Porto recordando que sobre o seu impulso se fundaram instituições análogas em Coimbra, Póvoa do Varzim e Vila Real. Em Lisboa parece não ter tido êxito as diligências feitas nesse sentido por António Sérgio.” 25

    Colaboração em publicações periódicas:• Serões – Durante 1911.

    Curiosidades: • Entre 1911 e 1912 residiu na Rua dos Ferreiros à Estrela 73, 3º dto26.• A Águia de 15 de Fevereiro de 1911 (1ª série, n.º 6) trazia um retrato de

    Sérgio da autoria de Jaime Cortesão.

    191221-06-1912 – Candidata-se, sem sucesso, com o trabalho Notas sobre os sonetos e as tendências geraes da philosophia de Anthero de Quental, ao lugar de 1º assistente de Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa27.Novembro de 1912 – Encontra-se em Londres, de onde escreve a Raul Proença a partir de uma morada em Londres (87, Elgin Mansions, Elgin Avenue, London, W.)28.Dezembro de 1912 – Encontra-se em Londres, de onde escreve a Raul Proença29.

    25. Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p.1226. Ibidem, p.1127. Barahona Fernandes, H. J. (1976). Da psicologia para a epistemologia - o humanismo criativo de António Sérgio, Homenagem a António Sérgio (Vol. I). Lisboa: ACL-IAE, pp. 72-7328. Ric.slhi.pt. (2016). Carta de António Sérgio a Raul Proença, s.d. [Dezembro de 1912]. Revistas de Ideias e Cultura. [online] Disponível em http://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000591.pdf [Acedido 18 Dec. 2018] (António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/94, BNP)29. Ric.slhi.pt. (2016). Carta de António Sérgio a Teixeira de Pascoaes, s.d. [Dezembro de 1912], Revistas de Ideias e Cultura. [online] Disponível em http://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000592.pdf (António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/93, BNP)

    http://ric.slhi.pt/A_Aguia/visualizador/?id=09613.027.006&pag=15http://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000591.pdfhttp://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000592.pdf

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    É deste ano formação da Sociedade Renascença Portuguesa30, sociedade de cultura e pensamento, com qual Sérgio veio a desenvolver uma colaboração regular31.

    A Renascença Portuguesa surgiu no ano de 1912 como sociedade cultural, depois de duas reuniões preparatórias, a primeira em Coimbra (27 de Agosto de 1911) e a segunda em Lisboa (17 de Setembro); os Estatutos da sociedade foram divulgados na imprensa em Dezembro de 1911, publicados na revista A Águia em Janeiro de 191232 e revistos de forma definitiva um anos depois, em Janeiro de 191333. Sediada no Porto, dera eram parte a revista A Águia (publicada no Porto de 1910 a 1932), e o quinzenário Vida Portuguesa. Sediada na cidade do Porto promoveu um conjunto iniciativas locais no domínio da cultura, da arte, da educação. O fim da Renascença Portuguesa chegou em 1932 com a publicação do derradeiro número de A Águia (Série V, nº 3, Junho)34.

    O núcleo original que lançou a ideia da associação – Álvaro Pinto, António Carneiro, Augusto Casimiro, Augusto Martins, Cristiano de

    Carvalho, Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra, Teixeira de Pascoaes.

    Colaboração em publicações periódicas:(A) Vida portuguesa – De 1912 a 1915.

    15-12-2012 – Primeiro artigo na Vida Portuguesa (no n.º 4): Variações do amigo Banana, amador de estudos históricos, sobre Inquisições e Humanismos; divulgadas para entreterem dos ociosos por um seu familiar indiscreto, e também amador dos ditos estudos.

    191327-01-1913 – Chega ao Rio de Janeiro35. A ida para o Brasil, na companhia da esposa, resultou de um convite de Warren F. Kellog, representante (ou proprietário) da editora com que Sérgio trabalha desde 1910. O período que passará no Brasil será marcado

    30. Consultar: Estatuto da Renascença Portuguesa. A Águia, s. II, n.º 1, Janeiro de 1912 (extra-texto) e Projecto do Estatuto da Renascença Portuguesa. A Águia, s. II, n.º 13, Janeiro de 1913 (extra-texto).

    31. A Renascença Portuguesa tinha como órgão principal a revista A Águia (publicada no Porto de 1910 a 1932). À A Águia juntou-se o quinzenário Vida Portuguesa (1912-1915) e uma intensa actividade editorial, com um vasto número volumes publicados, cobrindo temas de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social.32. Estatuto da Renascença Portuguesa. A Águia, s. II, n.º 1, Janeiro de 1912 (extra-texto).33. Projecto do Estatuto da Renascença Portuguesa. A Águia, s. II, n.º 13, Janeiro de 1913 (extra-texto).34. Modernismo.pt. (2017). Renascença Portuguesa. [online] Disponível em: https://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesa [Acedido18 Dec. 2018].35. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas. Revista Lusófona de Educação, 12, pp. 13-28, p. 21.

    http://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/visualizador/?id=10072.001.004&pag=4http://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/visualizador/?id=10072.001.004&pag=4http://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/visualizador/?id=10072.001.004&pag=4http://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/visualizador/?id=10072.001.004&pag=4http://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000308.pdfhttp://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000309.pdfhttp://ric.slhi.pt/A_Aguia/revistahttp://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/revistahttp://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000308.pdfhttp://ric.slhi.pt/docs/Extras/0000000309.pdfhttps://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesahttps://modernismo.pt/index.php/r/741-renascenca-portuguesa

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    por um intenso ritmo de trabalho, participando em vários projetos ao mesmo tempo36.Início da polémica António Sérgio - Jaime Cortesão sobre o conceito de parasitismo, que se irá prolongar pelos anos seguintes.Início da polémica António Sérgio - Teixeira de Pascoaes sobre «Saudade» e «Saudosismo». Esta polémica tem palco na revista A Águia e durará até ao ano seguinte.

    Obras publicadas nesse ano:• Da natureza da affecção (Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1913)

    Colaboração em publicações periódicas:• Revista Americana – Durante 1913.

    191408-02-1914 – Deixa o Brasil para regressar à Europa37.04-03-1914 – Encontra-se em Nice, de onde envia uma carta a Álvaro Pinto, a partir da morada Villa du Dr. Montennis, Nice, Saint-Antoine38.02-04-1914 – Parte para Genebra com a esposa39, onde ficam até ao Verão40. Em Genebra, redige uma série de artigos que mais tarde seriam publicados em livro com o título Educação Cívica.Novembro de 1914 – Regressa a Genebra onde, conjuntamente com a esposa, se inscreve como aluno no Instituto Jean-Jacques Rousseau41.

    Obras publicadas nesse ano:• O problema da cultura e o isolamento dos povos peninsulares (Porto:

    Renascença Portuguesa, imp.1914).• O navio dos brinquedos (Lisboa: Biblioteca da Renascença Portuguesa,

    1914), Il. de Vasco Lopes de Mendonça.

    36. Ibidem. pp. 18-19.37. Conforme informa a Álvaro Pinto em carta de 31-01-1914 - Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p. 2338. Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p. 2739. Escreve a Álvaro Pinto, já a partir de Genebra (Genève, rue de Candolle, 14, 3.e), com data de 7 de Abril (1914) - Fernandes, Rogério (1972) (introdução e notas). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919). 1ª ed. Lisboa: Edição da Revista Ocidente, p. 2740. Mota, C. A. (2008). António Sérgio (1883-1969) cultura, educação, democracia, migrações, política. VII Congresso Luso Brasileiro De História da Educação (p. 2). Porto: F.P.C.E.U.P. : S.P.C.E., p. 241. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas; Revista Lusófona de Educação, 12, 13-28. p. 17

    http://ric.slhi.pt/A_Vida_Portuguesa/polemicas/antonio_sergio_vs._jaime_cortesaohttp://ric.slhi.pt/A_Aguia/polemicas/antonio_sergio_vs._teixeira_de_pascoaeshttp://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Da%20natureza%20da%20affec%u00e7%u00e3o&opt1=and&var2=&var7=&doc=1450http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=problema%20da%20cultura%20e%20o%20isolamento%20dos%20povos%20peninsulares&opt1=and&var2=&var7=&doc=1467

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    1915Demite-se definitivamente da Marinha42.15-08-1915 – Encontra-se em Louredo (R. do Paço, 29. Évora), a partir de onde escreve a Álvaro Castro43.Regressa a Genebra com a esposa, onde se instalam durante todo o ano académico 1915-1916. Voltam a matricular-se no Instituto Jean Jacques Rousseau44.20-11-1915 – Preenche o espaço que lhe é dedicado no Livre d’Or dos alunos do Instituto Jean Jacques Rousseau45. É eleito presidente da Amicale dos professores e alunos do Instituto46.

    Obras publicadas nesse ano:• Educação cívica (Porto: Renascença Portuguesa, imp. 1915)• Considerações histórico-pedagógicas antepostas a um manual de instrução

    agrícola na escola primária (Porto: Renascença Portuguesa, imp. 1915)• Um programa (s.e., s.d., s.l. (Lisboa), (1915?))

    Colaboração em publicações periódicas:• Anais da Academia de Estudos Livres, de 1915 até 1916.

    Curiosidades: Neste ano aparecem duas indicações de moradas em Lisboa: Av. de Pinto Coelho, 2, 2º e Rua dos Ferreiros à Estrela, 75, 3º D47.

    1916Julho de 1916 – Deixa Genebra48.

    42. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève). Revista Crítica de Ciências Sociais, pp. 141-177, p. 1143. Fernandes, R. (1972) (introdução e notas). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919). 1ª ed. Lisboa: Edição da Revista Ocidente, p. 4044. Mota, C. A. (2008). António Sérgio (1883-1969) cultura, educação, democracia, migrações, política. VII Congresso Luso Brasileiro De História da Educação (p. 2). Porto: F.P.C.E.U.P. : S.P.C.E., p. 2 45. Ibidem, p. 246. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève). Revista Crítica de Ciências Sociais, pp. 141-177, p. 447. Sousa Franco, M. (1994). Casa António Sérgio. Em Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas, p. 22148. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève). Revista Crítica de Ciências Sociais, pp. 141-177, p. 21

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Educa%u00e7%u00e3o%20c%u00edvica&opt1=and&var2=&var7=&doc=1401http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Considera%u00e7%u00f5es%20hist%u00f3rico-pedag%u00f3gicas%20antepostas%20a%20um%20manual%20de%20instru%u00e7%u00e3o%20agr%u00edcola%20na%20escola%20prim%u00e1ria&opt1=and&var2=&var7=&doc=1446http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Considera%u00e7%u00f5es%20hist%u00f3rico-pedag%u00f3gicas%20antepostas%20a%20um%20manual%20de%20instru%u00e7%u00e3o%20agr%u00edcola%20na%20escola%20prim%u00e1ria&opt1=and&var2=&var7=&doc=1446

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    Obras publicadas nesse ano:• Educação geral e actividade particular ([Lisboa: s.n.], imp. 1916)• Cartas sobre a educação profissional: escritas ao director da Academia de

    Estudos Livres (Porto: Renascença Portuguesa, 1916)• Questões pedagógicas. Carta ao director da Academia de Estudos Livres Dr.

    Cardoso Gonçalves e segunda carta (Lisboa, Anais da Academia de Estudos Livres, Universidade Popular. N.º 2, 1915-1916)

    Colaboração em publicações periódicas:• Atlântida – de 1916 a 1917.

    1917Anima, em casa de Fortunato de Abecassis, um pequeno núcleo de educação infantil ou primária49.

    Obras publicadas nesse ano:• A função social dos estudantes: e a sua preparação para a intervenção

    futura na sociedade portuguesa (Porto: Renascença Portuguesa, imp. 1917)• Noções de zoologia (mamíferos). Compendiadas e coordenadas. (Porto:

    Renascença Portuguesa, 1917)• Comentários. (Aspectos morais. Os católicos portugueses. História para

    o Povo. A Polémica Ricardo-Teófilo a propósito da biografia de Rodrigues Lobo (Lisboa: Oficinas do Anuário Comercial, 1917). Parte do 1º capítulo foi suprimida pela censura.

    Colaboração em publicações periódicas:• Agros, durante o ano de 1917.

    Curiosidades: • Nesse ano terá ido morar para a Rua José Fontana 11 B, 1º50.

    1918Março de 1918 – Funda e dirige a revista Pela Grei51.

    49. Fernandes, R. (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública; Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 61450. Fernandes, R. (1972) (introdução e notas). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919). 1ª ed. Lisboa: Edição da Revista Ocidente, p. 5151. Carmo, M. G. (1984). António Sérgio: um homem que acreditou no futuro, CEGRAF do Colégio Militar, p. 11.

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Educa%u00e7%u00e3o%20geral%20e%20actividade%20particular&opt1=and&var2=&var7=&doc=1442http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&cap=1%2c2%2c3%2c4%2c5%2c6%2c7%2c8%2c9%2c10&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c4=on&c5=on&c6=on&c7=on&c8=on&c9=on&c10=on&arqdig11=off&bo=0&var1=A%20fun%u00e7%u00e3o%20social%20dos%20estudantes%3a%20e%20a%20sua%20prepara%u00e7%u00e3o%20para%20a%20interven%u00e7%u00e3o%20futura%20na%20sociedade%20portuguesa&doc=1454http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&cap=1%2c2%2c3%2c4%2c5%2c6%2c7%2c8%2c9%2c10&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c4=on&c5=on&c6=on&c7=on&c8=on&c9=on&c10=on&arqdig11=off&bo=0&var1=A%20fun%u00e7%u00e3o%20social%20dos%20estudantes%3a%20e%20a%20sua%20prepara%u00e7%u00e3o%20para%20a%20interven%u00e7%u00e3o%20futura%20na%20sociedade%20portuguesa&doc=1454http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=No%u00e7%u00f5es%20de%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1566http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/PelaGrei/PelaGrei.htm

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    Pela grei: revista para o ressurgimento nacional pela formação e intervenção de uma opinião pública consciente : órgão da Liga de Acção Nacional – A revista Pela Grei publicou-se em Lisboa, entre Março de 1918 e Maio de 1919, sob a direção de António Sérgio, impulsionada pelo golpe de 8 Dezembro de 1918, e terminou já após o regresso da «República Velha», com a tomada de posse do governo chefiado por Domingos Pereira. No total, saíram 7 números, e 2 suplementos. Tinha a sua redacção e administração na Rua do Salitre, N.º 55. Foi inicialmente impressa na tipografia do Anuário Comercial, na Praça dos Restauradores, 24, mas a partir do número 4 a composição e impressão passou a ser feita nas oficinas da “Renascença Portuguesa”, no Porto52.

    Elabora, em conjunto com Celestino da Costa, o projeto de uma Junta cuja função seria «criar focos para a reforma da cultura em Portugal»53

    21-12-1918 – É ferido, com quatro balas, durante os incidentes ocorridos aquando do funeral de Sidónio Pais54.

    Obras publicadas nesse ano:• O ensino como factor do ressurgimento nacional : defeitos dos nossos métodos

    de ensino e maneira de os corrigir : linhas gerais de uma nova organização ([S.l.: s.n.], imp. 1918)

    Colaboração em publicações periódicas:• Pela Grei – De 1918 a 1926.

    Curiosidades: • Nesse ano escreve a partir da morada: Praça José Fontana, 1155

    1919Setembro 1919 - Chega ao Brasil56.

    52. Matos, A. de (18 de outubro de 2012). Ficha histórica: Pela Grei (1918-1919) Obtido de Hemeroteca Digital: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/PelaGrei.pdf53. Fernandes, R (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 61754. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève); Revista Crítica de Ciências Sociais, 29, Fevereiro 1990, 141-177. p. 755. Sousa Franco, M. (1994). Casa António Sérgio. In: Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas, p. 22156. Correia, R. (08 de 11 de 2010). Álvaro Pinto (1889-1957), p. 5. Obtido de Hemeroteca Digital: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RecursosInformativos/Biografias/Textos/AlvaroPinto.pdf

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=ensino%20como%20factor%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1404http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=ensino%20como%20factor%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1404http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/PelaGrei.pdfhttp://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RecursosInformativos/Biografias/Textos/AlvaroPinto.pdfhttp://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RecursosInformativos/Biografias/Textos/AlvaroPinto.pdf

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    1920No Brasil adquire, em conjunto com Álvaro Pinto, uma tipografia que pertencia ao seu sogro e fundam a editora Anuário do Brasil e a revista Terra de Sol57.Carta de António Sérgio a Manuel Mendes, junto da qual envia o esquema da página inicial de um livro (O ratão pelado)58, em agradecimento pela ajuda na tipografia.

    192115-08-1921 – É fundada a revista Seara Nova, com a qual Sérgio começaria a colaborar a partir de 1923.

    A Seara Nova - Revista fundada em Lisboa por iniciativa de Raul Proença e de um grupo de intelectuais portugueses da época. O primeiro número saiu a 15 de outubro de 1921. No editorial do N.º 1 pode ler-se que se trata de um projeto editorial “de doutrina e crítica” de poetas militantes, críticos militantes, economistas e pedagogos militantes.

    Nos seus anos iniciais o projeto reuniu alguns dos principais nomes da intelectualidade do tempo, com destaque para Jaime Cortesão, Raul Proença e António Sérgio, mas também, entre outros, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Câmara Reis, Cabral do Nascimento, Augusto Casimiro, etc.. Depois da implantação da Ditadura Nacional o grupo da Seara Nova assumiu-se como um dos grupos mais ativos no combate ideológico contra o salazarismo.

    Colaboração em publicações periódicas:• Revista de Educação Geral e Técnica – De 1921 a 1927.

    1922A frágil situação económica da empresa que detinha com Álvaro Pinto aliada à sua incompatibilidade com o clima do país obrigam Sérgio a abandonar o Brasil e regressar à Europa59. De regresso à Europa é internado numa clínica psiquiátrica na Floresta Negra60.

    1923Encomenda a Raul Lino o projeto de uma moradia para a Travessa Moinho de Vento (Lapa), Lisboa61.

    57. Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p. 958. António, S. (1920). Carta de António Sérgio a Manuel Mendes. [Carta] http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04634.004.002, Casa Comum - Fundação Mário Soares. Fundo: Manuel Mendes/MNAC - Museu do Chiado. Lisboa.59. Fernandes, R. (introdução e notas) (1972). Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1911-1919) (1ª ed. ed.). Lisboa: Revista Ocidente, p. 1060. Ibidem, p. 1061. Sousa Franco, M. (1994). Casa António Sérgio. In: Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos

    http://ric.slhi.pt/Seara_Nova/revistahttp://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04634.004.002http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04634.004.002

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    Abril de 192362 - Passa a integrar a revista Seara Nova63. Foram publicados na Seara Nova 303 artigos da autoria de António Sérgio, alguns a título póstumo, no período compreendido entre 1923 e 197264. Além de assinar com o seu nome de escritor assinou também alguns artigos com o pseudónimo Álvaro de Clarival65. 18-12-1923 – Torna-se Ministro da Instrução Pública66.29-12-1923 – Cria, em Lisboa, o Instituto Português para o estudo do Cancro (Decreto 9333)67.29-12-1923 – Cria a Junta de Orientação dos Estudos (Decreto 9332)68. Este projecto acabaria por não se concretizar na prática69.

    Obras publicadas nesse ano:• O problema pedagógico, in União Cívica, Conferências de Propaganda

    (Lisboa: Sociedade de Geografia. Ed. da Comissão Directiva do Norte, 1923)• Bosquejo da história de Portugal (Lisboa: Oficinas Gráficas da Biblioteca

    Nacional, 1923) [aprox. 1923] – Contrato de edição para Bosquejos da História

    de Portugal. (CDI-CAS - CASES)• Virtudes fundamentais da reforma da educação ([Lisboa : s.n., 1923]),

    Conferência apresentada na Sociedade de Geografia em 25-7-1923• Um crime (Lisboa: Oficinas gráficas da Biblioteca Nacional, 16 de Nov. de

    1923) (c/colab.)• Oliveira Martins : impressões sobre o significado político da sua obra

    (Lisboa: Oficina Gráfica da Biblioteca Nacional, 1923). Separata aos Dispersos de Oliveira Martins

    [aprox. 1923] – Contrato de edição para Coordenação e notas dos “Dispersos” de Oliveira Martins. (CDI-CAS - CASES)

    Quintas, p. 22262. Pinho, A.; Mesquita, A. Pedro & Pinho, R. V. (orgs.) (2015). Proença, Cortesão, Sérgio e o Grupo Seara Nova. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, p. 1263. Mota, C. A. (2008). António Sérgio (1883-1969) cultura, educação, democracia, migrações, política. VII Congresso Luso Brasileiro De História da Educação (p. 2). Porto: F.P.C.E.U.P. : S.P.C.E., p. 364. Ric.slhi.pt. (2016). A Seara Nova em números. Revistas de Ideias e Cultura. [online] Disponível em: hhttp://ric.slhi.pt/Seara_Nova/stats [Acedido18 Dec. 2018]. 65. Regressa ao pseudónimo Clarival décadas depois no Boletim Cooperativista, Nº 6 (Nov. 1951), p. 166. Fernandes, R.o (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 60367. https://dre.pt/application/file/37497368. https://dre.pt/application/file/37497269. Fernandes, R. (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 640

    http://ric.slhi.pt/Seara_Nova/autor?id=aut_0000000463http://ric.slhi.pt/Seara_Nova/autor?id=aut_0000016194http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=Bosquejo%20da%20hist%u00f3ria%20de%20Portugal&opt1=and&var2=&var7=&doc=1163http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=6FBB5124566B4BE8B838641FB63C73EA&pesq=3&cap=&var3=Contrato%20de%20edi%u00e7%u00e3o%20para%20Bosquejos%20da%20Hist%u00f3ria%20de%20Portugal&opt3=and&var6=&var9=&doc=1467http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=6FBB5124566B4BE8B838641FB63C73EA&pesq=3&cap=&var3=Contrato%20de%20edi%u00e7%u00e3o%20para%20Bosquejos%20da%20Hist%u00f3ria%20de%20Portugal&opt3=and&var6=&var9=&doc=1467http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=Dispersos%20oliveira&opt1=and&var2=&var7=&doc=1487http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=6FBB5124566B4BE8B838641FB63C73EA&pesq=3&cap=&var3=Contrato%20de%20edi%u00e7%u00e3o%20para%20Coordena%u00e7%u00e3o%20e%20notas%20dos%20%22Dispersos%22%20de%20&opt3=and&var6=&var9=&doc=1468http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=6FBB5124566B4BE8B838641FB63C73EA&pesq=3&cap=&var3=Contrato%20de%20edi%u00e7%u00e3o%20para%20Coordena%u00e7%u00e3o%20e%20notas%20dos%20%22Dispersos%22%20de%20&opt3=and&var6=&var9=&doc=1468hhttp://ric.slhi.pt/Seara_Nova/statshttps://dre.pt/application/file/374973https://dre.pt/application/file/374972

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    Colaboração em publicações periódicas:• Homens Livres – Durante 1923.• Seara Nova – De 1923 a 1956.

    Curiosidades: • Nesse ano viveu no Hotel Borges, em Lisboa70.

    192428-02-1924 – Termina mandato71 enquanto Ministro da Instrução Pública72.Novembro de 1924 – Lançado o 1º volume do Guia de Portugal, cujo principal organizador e autor foi Raul Proença, que contou com António Sérgio na redação dos textos de História.Início da polémica sebastianista entre António Sérgio e Carlos Malheiro Dias que se irá prolongar até ao ano seguinte. Ver:

    1924 – Artigo Tréplica a Carlos Malheiro Dias sobre a Questão do Desejado, por António Sérgio. (CDI-CAS - CASES)09-12-1924 – Carta de António Sérgio a Carlos Malheiro Dias sobre a polémica que se instalou entre os dois. (CDI-CAS - CASES)

    Obras publicadas nesse ano:• O desejado: depoimentos de contemporaneos de D. Sebastião... : precedidos

    de uma carta-prefácio a Carlos Malheiro Dias (Paris Lisboa : Aillaud e Bertrand, 1924)

    • Porque é que a Junta de Orientação dos Estudos interessa aos lavradores, comerciantes e industriais? Por que lhes facultará técnicos que desenvolvam os seus negócios, por Manuel Teixeira Gomes e António Sérgio de Sousa ([S.l.] : Amigos da Junta de Orientação). As últimas páginas do livro trazem o Decreto 9332 que criou a Junta de Orientação dos Estudos.

    • Introdução histórica. In Guia de Portugal, 1º volume, generalidades, Lisboa e arredores (Lisboa: Biblioteca Nacional, 1924)

    • Na terra e no mar73 (Paris Lisboa : Aillaud e Bertrand, 1924). Il. Raquel Gameiro• Sobre a política de Camões. In 4.º Centenário do nascimento de camões,

    1524-1924 (Lisboa, 1924)

    70. Sousa Franco, M. (1994). Casa António Sérgio. In: Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas, p. 22171. Enquanto Ministro da Instrução Pública Sérgio tentou ainda criar um «Cinema educativo», o «Ensino especial» - Fernandes, Rogério (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, pp. 679 e 68272. Fernandes, R. (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública, Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 60373. Na Biblioteca do CDI António Sérgio: Na terra e no mar. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1995 e Na terra e no mar. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 2008

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var3=Tr%u00e9plica%20a%20Carlos%20Malheiro%20Dias%20sobre%20a%20Quest%u00e3o%20do%20Desejado&opt3=and&var6=&var9=&doc=1441http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D4262E4E4DC14AB7BD3AFD6769807CC4&cap=&pesq=5&thes0=4046&doc=1436http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=desejado&opt1=and&var2=&var7=&doc=1413http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=desejado&opt1=and&var2=&var7=&doc=1413http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=7F7701F7D72247828FA088567C2891FE&pesq=3&cap=&var3=Junta%20de%20Orienta%u00e7%u00e3o%20dos%20Estudos&opt3=and&var6=&var9=&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=7F7701F7D72247828FA088567C2891FE&pesq=3&cap=&var3=Junta%20de%20Orienta%u00e7%u00e3o%20dos%20Estudos&opt3=and&var6=&var9=&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=7F7701F7D72247828FA088567C2891FE&pesq=3&cap=&var3=Junta%20de%20Orienta%u00e7%u00e3o%20dos%20Estudos&opt3=and&var6=&var9=&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Na%20terra%20e%20no%20Mar&opt1=and&var2=&var7=&doc=3278http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Na%20terra%20e%20no%20Mar&opt1=and&var2=&var7=&doc=4648

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    • Porque é que a Junta de Orientação dos Estudos interessa aos lavradores, comerciantes e industriais? Por que lhes facultará técnicos que desenvolvam os seus negócios, por Manuel Teixeira Gomes e António Sérgio de Sousa com edição dos Amigos da Junta de Orientação. As últimas páginas do livro trazem o Decreto 9332 que criou a Junta de Orientação dos Estudos.

    • Porque é que a Junta de Orientação dos Estudos interessa aos lavradores, comerciantes e industriais? Por que lhes facultará técnicos que desenvolvam os seus negócios, por Manuel Teixeira Gomes e António Sérgio de Sousa, edição dos Amigos da Junta de Orientação, 1924.

    Colaboração em publicações periódicas:• Educação Social – De 1924 a 1926.• Lvsitania – De 1924 a 1926.• Terra de Sol – Durante 1924.

    1925Obras publicadas nesse ano:

    • Abriss der portugiesischen Geschichte (Hamburg: Hanseatischen Verlagsanstalt A.-G., 1925)

    • Tréplica a Carlos Malheiro Dias sobre a questão de O Desejado (Lisboa: Seara Nova, 1925)

    • Camões e D. Sebastião: rudimentar organização de documentos para o estudo de um problema curioso (Paris Lisboa: Aillaud-Bertrand, 1925)

    • Contos gregos74 ((Paris Lisboa: Aillaud-Bertrand, 1925). Il. Raquel Gameiro

    Colaboração em publicações periódicas:• Revue de Genève – Durante 1925.

    192601-10-1926 – Alvará de utilização da casa na Travessa Moinho de Vento nº 4 (Lapa), Lisboa75.Muda-se para a sua casa na Travessa Moinho de Vento.29-05-1926 – No salão do teatro de S. Carlos, alguns rapazes dos agrupamentos monárquicos da extrema-direita tentam impedir António Sérgio de realizar a sua conferência sobre a Educação Clássica76.

    74. Na Biblioteca do CDI António Sérgio: Contos Gregos, 2ª ed. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 199375. Processo nº: 1828/SEC/PG/1926 Arquivo Municipal de Lisboa76. Campos, V. (1926). António Sérgio. Seara Nova, (90), pp.352-353.

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.02%20-%20Cx2-P02%2f001&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.02%20-%20Cx2-P02%2f001&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.02%20-%20Cx2-P02%2f001&doc=717http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.16%20-%20Cx20-P18%2f012&doc=2444http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.16%20-%20Cx20-P18%2f012&doc=2444http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Archive/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=444DD05083094AB8A513B43246BDAE46&cap=1%2c2%2c3%2c20%2c21%2c16%2c17%2c18%2c4%2c5%2c6%2c22%2c23%2c7%2c8%2c9%2c24%2c14%2c10%2c11%2c12%2c13%2c25%2c15&pesq=3&opt10=or&ctd=on&c1=on&c2=on&c3=on&c20=on&c21=on&c16=on&c17=on&c18=on&c4=on&c5=on&c6=on&c22=on&c23=on&c7=on&c8=on&c9=on&c24=on&c14=on&c10=on&c11=on&c12=on&c13=on&c25=on&c15=on&arqdig11=off&bo=0&var9=AS.16%20-%20Cx20-P18%2f012&doc=2444http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Abriss%20der%20portugiesischen%20Geschichte&opt1=and&var2=&var7=&doc=1443http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Tr%u00e9plica%20a%20Carlos%20Malheiro%20Dias%20&opt1=and&var2=&var7=&doc=1170http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Cam%u00f5es%20sebasti%u00e3o&opt1=and&var2=&var7=&doc=1168http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Cam%u00f5es%20sebasti%u00e3o&opt1=and&var2=&var7=&doc=1168http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Contos%20gregos&opt1=and&var2=&var7=&doc=3277http://ric.slhi.pt/Seara_Nova/visualizador/?id=09913.004.018&pag=12

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    Dá-se a Revolução de 28 de Maio de 1926, que poria termo à Primeira República, levando à implantação da Ditadura Militar, depois autodenominada Ditadura Nacional. Após a aprovação da Constituição de 1933 passou a designar-se de Estado Novo mantendo-se no poder até 25 de Abril de 1974.

    Dezembro de 1926 – Nomeado correspondente da Commission Internationale de Coopération Intellectuelle. Ver:

    27-12-1926 – Carta de António Sérgio (Lisboa) a Georges Oprescu sobre ter sido nomeado correspondente da Commission Internationale de Coopération Intellectuelle. (CDI-CAS - CASES)28-12-1926 – Carta de Virgínia de Castro e Almeida a António Sérgio sobre o envio do Relatório sobre a Organização da Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. Enviada para Lisboa. (CDI-CAS - CASES)

    Obras publicadas nesse ano:• O seiscentismo : reprodução do artigo em que segundo dizem os que me

    odeiam, insultei um morto e falsifiquei textos : pela reforma da mentalidade portuguesa ([Lisboa]: Seara Nova, 1926)

    • A dança dos meses (Lisboa: Seara Nova, 1926) Ilust.• O ratão pelado (Lisboa: Seara Nova, 1926) Ilust.

    Colaboração em publicações periódicas:• Almanaque dos Palcos e Salas – Durante 1926

    Curiosidades: • De acordo com uma carta de E. E. Dilley, datada de 12-02-1926 , a António Sérgio

    era membro da Comissão Financeira da Associação Cristã da Mocidade.

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=618D6AC5B5A6427F8DF66E585C050314&pesq=3&cap=&var3=Georges%20Oprescu&opt3=and&var6=&var9=&doc=2124http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=14112D0F1027490281F3754C681D3220&pesq=3&cap=&var3=Virg%u00ednia&opt3=and&var6=&var9=&doc=1240http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=CE794F826A4049BD8F73678BCE6F211B&pesq=3&cap=&var3=Dilley&opt3=and&var6=&var9=&doc=1945

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    COM A DITADURA VEM O PRIMEIRO EXÍLIO

    1927Janeiro de 1927 – Para não ser preso, vê-se forçado a abandonar o país. O seu primeiro exílio77 iria durar 7 anos78.12-03-1927 – Nasce a Liga de Defesa da República (mais conhecida como Liga de Paris), tendo como dirigentes Afonso Costa, Álvaro de Castro, José Domingues dos Santos, Jaime Cortesão e António Sérgio, todos exilados, a maioria em Paris79.17-06-1927 – Toma posse do cargo de vogal da Junta Directiva da Liga80 [de Defesa da República]Julho 1927 – Redige o “Manifesto ao País”, manifesto-programa da Liga de Defesa da República81.

    Pedido de empréstimo à Sociedade das Nações – “Em 9 de Julho de 1926 tomou posse o Governo de Fragoso Carmona, reconhecendo a necessidade dum grande empréstimo, o ministro das Finanças Sínel de Cordes começou imediatamente a fazer diligências para o obter no estrangeiro. Em meados de Janeiro de 1927, ao tomarem conhecimento da iniciativa, os partidos republicanos, sem excepção, reagiram: a União Liberal Republicana e o Partido republicano nacionalista emitiram comunicados de protesto; a chamada Frente Única, formada pelos demais partidos republicanos, redigiu e entregou uma carta na embaixada da Grã-Bretanha e nas legações da França e dos estados Unidos, chamando a atenção para a anti constitucionalidade do acto e ameaçando não respeitar qualquer acordo, caso um dia se tornasse Governo. Em 19 de Junho (…) a Liga de Defesa da República endereçou uma circular às entidades oficiais e nas bancárias que se interessavam pelo dito empréstimo, repetindo o conteúdo da carta de Janeiro. As negociações entre o Governo português e os banqueiros ingleses, franceses, americanos, espanhóis e italianos sucederam-se, mas sempre sem resultado, temendo a ameaça da Liga, aqueles não só não quiseram emprestar o montante requerido, como também exigiram taxas e garantias exorbitantes.

    77. Durante o seu primeiro exílio, que duraria 7 anos, trabalhou para editores, escreveu para revistas, deu lições e foi director de diálogos nos estúdios cinematográficos da Paramount - Sá, V. de (1979). A historiografia sociológica de António Sérgio; Biblioteca Breve. Pensamento e Ciência, vol. 34; Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, p. 8178. Sá, V. de (1979). A historiografia sociológica de António Sérgio; Biblioteca Breve. Pensamento e Ciência, vol. 34; Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, p. 8179. Cronologia: Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 1927: Criação da Liga de Defesa da República (Liga de Paris) Disponível em http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id=035206 Arquivo & Biblioteca - Fundação Mário Soares. Fundo: Manuel Mendes/MNAC - Museu do Chiado. Lisboa. 80. Catroga, Fernando e Veloso, Aurélio (1983). António Sérgio: cartas do exílio a Joaquim de Carvalho (1927-1933), Revista de História das Ideias, IHTI-FL, vol. 5, António Sérgio, t. II, p. 95181. Costa, A. (1990). A primeira frente de oposição à ditadura militar portuguesa: a liga de defesa da república ou liga de Paris. Revista da FCSH -1990-91, (5), p. 247

    http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id=035206file:///C:\Users\squeiroga\Downloads\RFCSH5_247_274.pdffile:///C:\Users\squeiroga\Downloads\RFCSH5_247_274.pdf

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    Fig. 2 – Fotografia de um quarto na casa na Travessa Moinho de Vento nº 4Fig. 3 – Fotografia de sala na casa na Travessa Moinho de Vento nº 4

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    Nessa altura, Sínel de Cordes dirigiu-se, a 2 de Dezembro, ao presidente do Conselho da Sociedade das nações, solicitando a sua intercessão junto da banca internacional. A Sociedade das Nações enviou a Portugal uma Comissão Financeira, que examinasse a economia, as finanças e a administração nacionais. Esta emitiu o seu parecer técnico. Finalmente, a 7 de Março de 1928, a Comissão especial encarregada de se pronunciar sobre o pedido, com base no parecer dos peritos, deliberou favoravelmente, mas impondo condições tais, que não foram aceites por Ivens Ferraz, ministro interino das Finanças, em substituição de Sínel de Cordes (…)”82

    Sérgio foi particularmente perseguido pelo seu envolvimento na campanha contra o empréstimo que o Governo Português tentava

    obter junto à Sociedade das Nações.

    Obras publicadas nesse ano:• Os conselheiros do califa83 (Lisboa: Aillaud-Bertrand, 1925). Il. Maria Roque

    Gameiro• Carta aberta a alguns dos oficiais republicanos que não estiveram com a

    revolução (Lisboa: Liga Republicana, s.d. (1927?)

    Colaboração em publicações periódicas:• Revue Bleu – Durante 1927.

    1928Obras publicadas nesse ano:

    • A sketch of the history of Portugal (Lisbon: Tipografia da Seara Nova, 1928)

    Colaboração em publicações periódicas:• (La) Revue Mondiale – Durante 1928.

    1929Obras publicadas nesse ano:

    • Ensaios II (Lisboa : Seara Nova, 1929)• História de Portugal (Barcelona: Editorial Labor S.A., 1929)

    Colaboração em publicações periódicas:• Claridade – Durante 1929.

    82. Costa, A. (1990). A primeira frente de oposição à ditadura militar portuguesa: a liga de defesa da república ou liga de Paris. Revista da FCSH -1990-91, (5), pp. 256-25783. Na Biblioteca do CDI António Sérgio: Os conselheiros do Califa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 2008

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=sketch%20of%20the%20history&opt1=and&var2=&var7=&doc=1455http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=AC75E9A8E7EF46278B7A2F7F0B053E67&pesq=3&cap=&var1=Ensaios&opt1=and&var2=&var7=&nohist=true&doc=1405file:///C:\Users\squeiroga\Downloads\RFCSH5_247_274.pdffile:///C:\Users\squeiroga\Downloads\RFCSH5_247_274.pdfhttp://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Os%20conselheiros%20do%20califa&opt1=and&var2=&var7=&doc=4014

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    • La Volontaire (Paris)84 – Durante 1929.

    1930Escreve uma Antígona85, estruturada em três atos. O texto é trazido de Paris por um familiar de Afonso Costa e entregue aos cuidados de Sant’Anna Dionísio que se encarrega de todo o processo de revisão, publicação e distribuição86.

    Obras publicadas nesse ano:• Antígona : drama em três actos (Porto: República, 1930)

    Colaboração em publicações periódicas:• Revista Portuguesa – Durante 1930.

    1931No início de 1931 a Antígona é posta a circular clandestinamente.

    1932Obras publicadas nesse ano:

    • Ensaios III (Porto : Renascença Portuguesa, 1932)

    Colaboração em publicações periódicas:• Descobrimento – Durante 1932.

    84. Hameline, D. e Nóvoa, A. (29 de Fevereiro de 1990). Autobiografia inédita de António Sérgio: Escrita aos 32 anos no Livre d’Or do Instituto Jean-Jacques Rousseau (Genève); Revista Crítica de Ciências Sociais, 29 de Fevereiro, 141-177, p. 2885. Ver: Desenhos de cenários e figurinos (Antígona); Dedicatória de António Sérgio à sua obra Antígona; Antígona; Antígona, por António Sérgio.86. Morais, C. (2001). A Antígona de António Sérgio: “um estudo social em forma dialogada”. Aveiro: Universidade, pp. 117-118

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=28975ACC0D9E456B83626B7B0C8DA232&pesq=3&cap=&var1=Ant%u00edgona&opt1=and&var2=&var7=&doc=1414http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Ensaios&opt1=and&var2=&var7=&doc=1406http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var3=antigona&opt3=and&var6=&var9=&doc=1713http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var3=antigona&opt3=and&var6=&var9=&doc=1714http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var3=antigona&opt3=and&var6=&var9=&doc=1715http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var3=antigona&opt3=and&var6=&var9=&doc=1716

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    O REGRESSO A PORTUGAL

    1933Vai para Universidade de Santiago de Compostela onde fica por um ano, a reger os cursos livres de História de Portugal e de Literatura Portuguesa87.É amnistiado e é-lhe permitido o regresso a Portugal88.10-07-1933 - É preso «por suspeita, por se encontrar na companhia do ex-tenente-coronel Aragão, no momento da captura deste». O processo recebe o n.º de ordem 73789. Foi posto em liberdade no próprio dia por «nada se ter provado contra ele»90.

    Obras publicadas nesse ano:• Diálogos de doutrina democrática (S.d._s.l._s.e.). Obra proibida pela censura.

    Foi incluída na obra Democracia da 1ª ed. Das Obras Completas da Livraria Sá Costa.

    Colaboração em publicações periódicas:• Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro – De 1933 a 1938.• Diário Liberal – De 1933 a 1934.

    193421-08-1934 – Escreve a Henrique de Paiva Couceiro pedindo colaboração na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira91.

    Obras publicadas nesse ano: • Aspectos do problema pedagógico em Portugal (Lisboa: Sociedade de

    Estudos Pedagógicos, 1934)• Democracia (Lisboa: Seara Nova, 1934). Cadernos da Seara Nova, Estudos

    políticos e sociais• Ensaios IV92 (Lisboa: Seara Nova, 1934)

    Colaboração em publicações periódicas:• Gleba – Durante 1934.

    87. Carmo, M. G. (1984). António Sérgio: um homem que acreditou no futuro. CEGRAF do Colégio Militar, p. 1288. Silveira, A. d. (1976). Recordando António Sérgio: com forçados excertos autobiográficos e diversos comentários inactuais, Homenagem a António Sérgio. ACL-IAE, col. I. Lisboa: ACL-IAE, p. 2589. Baptista, J. (1992). Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA., p. 6890. Ibidem, p. 6991. De acordo com a carta de António Sérgio a Henrique de Paiva Couceiro que se encontra no Arquivo Nacional Torre do Tombo, com código de referência PT/TT/HPC/0019/00360. Sem imagem disponível.92. Na Biblioteca do CDI António Sérgio: Ensaios IV, 2ª ed. Lisboa: Guimarães Editores, 1959

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Aspectos%20do%20problema%20pedag%u00f3gico&opt1=and&var2=&var7=&doc=1445https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6031291http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=ensaios&opt1=and&var2=&var7=&nohist=true&doc=400

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    NOVA PRISÃO, NOVO EXÍLIO

    1935Passa a colaborar na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira como um dos seus organizadores, diretores e redatores. Esta colaboração durou até 195993.27-08-1935 - Preso pela PVDE. O processo recebe o nº de ordem 161994.14-11-1935 - Transferido para a enfermaria da cadeia do Limoeiro95.28-11-1935 - Regressa à penitenciária96.12-12-1935 - Transferido para o Aljube, recolhendo à enfermaria97.21-12-193598 - É “posto na fronteira, por ter sido banido do Território Nacional por tempo indeterminado”. Fica exilado em Madrid99.

    Colaboração em publicações periódicas:• O Diabo – De 1935 a 1940.• Diário de Lisboa – De 1935 a 1958.• Terra Mãe – De 1935 a 1936.

    93. Baptista, J. (1997). António Sérgio Enciclopedista; Lisboa: Edições Colibri. p. 1394. Baptista, Jacinto (1992). Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA., p. 1995. Ibidem, p. 5796. Ibidem, p. 5797. Ibidem, p. 5798. Segundo a biografia prisional de Sérgio este foi preso a 27-08-1935 e enviado para o exílio em 21-12-1935, no entanto, na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira é dito que esta prisão lhe valeu 8 meses de encarceramento, com um período de incomunicabilidade, ao dos quais expulso de Portugal (Baptista, Jacinto - Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA 1992. p. 61)99. Baptista, J. (1992). Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA., p. 57

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    REGRESSA A PORTUGAL, NA MALA TRAZ IDEIAS SOBRE O COOPERATIVISMO

    1936Regressa a Lisboa com nova amnistiaPolémica com Sant’Ana Dionísio sobre Leonardo Coimbra. Ver:

    09-09-1936 – Carta de António da Cruz a António Sérgio começando por agradecer-lho o envio do V volume dos “Ensaios” passando de seguida para a polémica entre António Sérgio e Sant’ Anna Dionísio. (CDI-CAS - CASES)

    Obras publicadas nesse ano:• Ensaios V ((Lisboa: Seara Nova, 1936)

    1937Começa a publicar o Programa Cooperativista de Charles Gide100.Início da polémica com Abel Salazar sobre a divulgação cultural.

    Obras publicadas nesse ano:• Cartesianismo ideal e cartesianismo real101 (Lisboa: Seara Nova, 1937)• Em tôrno do problema da “língua brasileira” : palavras de um cidadão do

    mundo, humanista crítico, a um estudante brasileiro seu amigo (Lisboa: Seara Nova, 1937)

    • Introdução actual ao Programa Cooperativista (Lisboa: Seara Nova, 1937)

    Colaboração em publicações periódicas:• Notícias de Huíla – De 1937 a 1938.• Sol Nascente – Durante 1937.

    1938Introduz em Portugal a teoria de Georges Lasserre sobre as régies cooperativas102.

    193902-06-1939 - Abandona a direção da Seara Nova103.

    100. Salazar Leite, João. António Sérgio – Breves percurso e herança. p. 2101. Na Biblioteca do CDI António Sérgio: Cartesianismo ideal e cartesianismo real (Lisboa: Editorial Inquérito, D.L. 1960)102. Leite, J. S. (2018). António Sérgio – Breves percurso e herança; Lisboa: CASES, p. 2103. Amaro, A. R. (1995). A Seara Nova e a resistência cultural e ideológica à ditadura e ao Estado Novo (1926- 1939), Revista História das Ideias, vol 17, Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 406

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F9EBDFF9DAF3446D876A4EFA016D96B2&pesq=3&cap=&var3=cruz&opt3=and&var6=&var9=&doc=2099http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=estudante%20brasileiro%20seu%20amigo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1449http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=estudante%20brasileiro%20seu%20amigo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1449http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Introdu%u00e7%u00e3o%20actual%20ao%20Programa%20Cooperativista&opt1=and&var2=&var7=&doc=1463http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Cartesianismo%20ideal%20e%20cartesianismo%20real&opt1=and&var2=&var7=&doc=1167

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    1939/1940 - Dá aulas na Escola de Pedro Nunes104.

    Obras publicadas nesse ano:• Sôbre educação primária e infantil (Lisboa: Editorial Inquérito, imp.1939)

    Colaboração em publicações periódicas:• Síntese – Durante 1939.

    1940Colaboração em publicações periódicas:

    • Revista do Porto – Durante 1940.

    19411941-04-02 – Relatório N.º 01324 do Secretariado Nacional de Informação sobre Educação primária e infantil de António Sérgio105.1941 – Apreensão, pela censura, do livro História de Portugal de António Sérgio106.

    Obras publicadas nesse ano: • Em tôrno da designação de monarquia agrária dada à primeira época da

    nossa história (Lisboa: Livraria Portugália, 1941)• História de Portugal - Tomo I - Introdução Geográfica (Lisboa: Livraria

    Portugália, 1941)

    Colaboração em publicações periódicas:• Guia de Leitores – Durante 1941.

    1942Fevereiro de 1947 – Em conjunto com Norton de Matos, Mário de Azevedo Gomes e Bento de Jesus Caraça, envia cartas exigindo um inquérito ao Tarrafal107.

    104. Fernandes, R. (2008). António Sérgio: Notas Biográficas; Revista Lusófona de Educação, 12, 13-28, p. 18105. De acordo o registo do Arquivo Nacional Torre do Tombo com código de referência PT/TT/SNI-DSC/35/3/01324. Sem imagem disponível.106. De acordo o registo do Arquivo Nacional Torre do Tombo com código de referência PT/TT/SNI-DSC/19/52. Sem imagem disponível.107. De acordo o registo do Arquivo Nacional Torre do Tombo com código de referência PT/TT/TM/005.006/00180. Sem imagem disponível.

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=S%u00f4bre%20educa%u00e7%u00e3o%20prim%u00e1ria%20e%20infantil&opt1=and&var2=&var7=&doc=1465http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=monarquia&opt1=and&var2=&var7=&doc=1453http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=monarquia&opt1=and&var2=&var7=&doc=1453http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Hist%u00f3ria%20de%20Portugal&opt1=and&var2=&var7=&nohist=true&doc=1411https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6111727https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6111727https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4330345https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4330345https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6663934https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6663934

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    É convidado por Leonel de Roulet para colaborar com a revista Afinidades. Este pedido de colaboração estendeu-se a outros nomes próximos de Sérgio mas a desconfiança, por parte de algumas dessas pessoas, de que de Roulet era fascista causaram grande celeuma. A correspondência trocada, a esse respeito, entre Sérgio e outros leva a crer que Sérgio nunca acreditou nessa teoria.

    Afinidades foi uma revista de cultura luso-francesa, que saiu em Setembro de 1942 sob a direção de Francisco Fernandes Lopes e com Leonel Roulet como chefe da redação. Nesta colaboraram, entre outros, Joaquim Magalhães, Fernandes Lopes, Lionel de Roulet, Cândido Guerreiro, Abel Salazar, Ardré Gide, Moisés Amzalak, Paul Teyssier, Adolfo Casais Monteiro, Mário Dionísio, Saint-Exupéry, Albert Camus, Joel Serrão, Manuel da Fonseca, André Malraux, Jaime Brasil, Tomás Kim e Simone de Bauvoir108.

    1943Obras publicadas nesse ano:

    • Um problema anteriano: sôbre a ideia e a realidade do desprendimento activo na peregrinação moral do autor dos Sonetos (Lisboa: Ed. do Autor, [1943])

    1945Obras publicadas nesse ano:

    • Os dez anõesinhos da tia verde água (Lisboa: Editorial Ática, 1945) Ilust.

    Colaboração em publicações periódicas:• Aqui e Além – Durante 1945• Vértice – De 1945 a 1946.

    1946Em maio forma a Frente Socialista com Ramada Curto, Carlos Sardinha e Castanheira Lobo.Integra o Comité Português Pró Palestina, datando deste ano a primeira documentação referente a este assunto.

    Obras publicadas nesse ano: • Ensaios VI (Lisboa: Editorial Inquérito, 1946)

    108. Mesquita, J. C. (6 de Dezembro de 2009). Simone de Beauvoir no Algarve - um episódio nas relações luso-francesas. Obtido de Algarve - História e Cultura: http://algarvehistoriacultura.blogspot.com/2009/12/simone-de-beauvoir-no-algarve-um.html

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Um%20problema%20anteriano%3a%20s%u00f4bre%20a%20ideia%20e%20a%20realidade%20do%20desprendimento%20activo%20na%20peregrina%u00e7%u00e3o%20moral%20do%20autor%20dos%20Sonetos&opt1=and&var2=&var7=&doc=1165http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Um%20problema%20anteriano%3a%20s%u00f4bre%20a%20ideia%20e%20a%20realidade%20do%20desprendimento%20activo%20na%20peregrina%u00e7%u00e3o%20moral%20do%20autor%20dos%20Sonetos&opt1=and&var2=&var7=&doc=1165http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=E30E56472B874D28A72394349FD776A2&pesq=3&cap=&var1=Ensaios&opt1=and&var2=&var7=&nohist=true&doc=1409http://algarvehistoriacultura.blogspot.com/2009/12/simone-de-beauvoir-no-algarve-um.htmlhttp://algarvehistoriacultura.blogspot.com/2009/12/simone-de-beauvoir-no-algarve-um.html

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    Colaboração em publicações periódicas:• Portucale – De 1946 a 1955.• República – De 1946 a 1959.• Ver e Crer – Durante 1946.

    1947Obras publicadas nesse ano:

    • Alocução aos socialistas: no banquete do primeiro de Maio de 1947 (Lisboa: Editorial Inquérito, [1947?]

    Colaboração em publicações periódicas:• Boletim Informativo para as Cooperativas do Conselho Central das

    Cooperativas e Lisboa e Arredores – De 1947 a 1948.• (O) Estado de S. Paulo – Durante 1947.• Mundo Literário – Durante 1947.

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Alocu%u00e7%u00e3o%20aos%20socialistas&opt1=and&var2=&var7=&doc=1169

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    ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 1949 E O APOIO AO CANDIDATO DA OPOSIÇÃO

    194805-02-1948 – Profere, no Clube Fenianos Portuenses, conferência Perante a Inexistência de uma Civilização Cristã (Depoimentos de Antero de Quental e Antônio Vieira)109.19-08-1948 – É preso [pela PIDE?] para averiguações. Passa pelo Aljube mas sai em Liberdade no próprio dia. Segundo o próprio esta prisão esteve relacionada com a candidatura do general Norton de Matos à presidência da República110.

    Norton de Matos anunciou a sua candidatura às Eleições Presidenciais de 1949, contra o General Carmona, numa reunião para a qual convocou jornalistas portugueses e estrangeiros e onde apresentou o seu programa através do seu «Manifesto à Nação». A candidatura foi oficialmente aceite em 18 de Dezembro de 1948111.

    Obras publicadas nesse ano: • Antero de Quental e António Vieira perante a civilização cristã dos seus

    próprios tempos (Porto: Biblioteca Fenianos, 1948)• Confissões de um Cooperativista (Lisboa: Editorial Inquérito, imp. 1948)• O seiscentismo: reprodução do artigo em que segundo dizem os que me

    odeiam, insultei um morto e falsifiquei textos: pela reforma da mentalidade portuguesa (Lisboa: Editorial Inquérito, [1948])

    • Perante a inexistência de uma civilização cristã: depoimentos de Antero de Quental e António Vieira (Lisboa: Editorial Inquérito, [1948])

    1949No seguimento da desistência do general Norton de Matos das eleições presidenciais cria, com Mário de Azevedo Gomes e Jaime Cortesão, o DDS – Directório Democrato-Social – Organização política da oposição republicana liberal112.

    109. Pinho, R. V. (2013). A Ética Racionalista de Antônio Sérgio e Raul Proença. In Revista Estudos Filosóficos nº 11/2013, p.4 Disponível em https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art9%20rev%2011.pdf110. Baptista, J. (1992). Disse chamar-se António Sérgio de Sousa… auto da prisão e desterro dos Ensaios em 1935; Lisboa: Editorial Caminho, SA, p. 75111. Lemos, M. M. (2016). A propaganda oposicionista contra o Estado Novo durante os períodos eleitorais (1945-1973). In: A. Pena-Rodríguez e H. Paulo, ed., A cultura do poder: a propaganda nos estados autoritários, Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 1ª ed., pp. 399-400. Disponível em: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/39011/1/A%20propaganda%20oposicionista.pdf112. Lemos, M. M., & Torgal, L. R. (2009). Candidatos da oposição à assembleia nacional do estado novo (1945-1973): um dicionário; Lisboa: Assembleia da República. [Cacém]: Texto Editora, p. 306

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Antero%20de%20Quental%20e%20Ant%u00f3nio%20Vieira&opt1=and&var2=&var7=&doc=1403http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=Antero%20de%20Quental%20e%20Ant%u00f3nio%20Vieira&opt1=and&var2=&var7=&doc=1403http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=D2270D6C96744B1A8FB829F4BEF6DE94&pesq=3&cap=&var1=confiss%u00f5es&opt1=and&var2=&var7=&doc=300http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=seiscentismo&opt1=and&var2=&var7=&doc=1162http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Perante%20a%20inexist%u00eancia%20de%20uma%20civiliza%u00e7%u00e3o%20crist%u00e3%3a%20depoimentos%20de%20Antero%20de%20Quental%20e%20Ant%u00f3nio%20Vieira&opt1=and&var2=&var7=&doc=1166http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Perante%20a%20inexist%u00eancia%20de%20uma%20civiliza%u00e7%u00e3o%20crist%u00e3%3a%20depoimentos%20de%20Antero%20de%20Quental%20e%20Ant%u00f3nio%20Vieira&opt1=and&var2=&var7=&doc=1166https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art9%20rev%2011.pdfhttps://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art9%20rev%2011.pdfhttps://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/39011/1/A%20propaganda%20oposicionista.pdf

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    DDS - Directório Democrato-Social foi uma estrutura da oposição democrática ao regime ditatorial do Estado Novo criada em 1949 por iniciativa de um grupo de antigos militantes republicanos, designados por Os Barbas.

    Obras publicadas nesse ano: • Depoimento contra depoimento (Lisboa: Serviços Centrais da Candidatura,

    1949). 1ª Série da Campanha eleitoral da oposição

    1950Foi entre o final de 1950 e o início de 1951 que terão tido início as conversas que terão levado às Cartas de Problemática:

    Foi José Cyrillo Machado, colaborador direto da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, que fez o primeiro contacto com Sérgio, por via de um telefone, e explicado que havia um grupo de estudantes que queria perceber Platão. António Sérgio, ainda que agradado com a ideia, chama a atenção para a dificuldade de explicar Platão numa palestra, pelo que sugere que em vez de uma palestra se realize antes uma série de conversas, dispondo-se a receber os estudantes em sua casa, na Lapa. Estes encontros terão começado entre o final de 1950 e o princípio de 1951 e ter-se-ão estendido por um ano lectivo, ou seja, até final de 1951- 1952. Tinham lugar aos sábados de manhã113.

    Notar que Cartas de Problemática não podem ser vistas como a passagem a escrito de conversas havidas entre AS e os estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa. As Cartas nada tiveram a ver com as conversas, não as traduziram, não prolongaram os temas nelas tratados - Cyrillo Machado diz explicitamente: “As Cartas de Problemática nunca foram temas das nossas conversas. Elas devem ter aparecido ao

    Sérgio na sequência das conversas mas não foram tema delas”114.

    Obras publicadas nesse ano: • Notas de esclarecimento: com forçados lances de olhos sobre o moi haissable

    e alegações enjoativas pro domo mea (Porto: Portucale, 1950). Separata da revista Portucale, dos n.ºs 25-27 de Jan-Jun 1950 e 28-30 Jul-Dez 1950.

    113. Pombo, Olga e Reis, Manuel Beiräo dos. As “Cartas de Problemática” de António Sérgio e os Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, p. 7. Em O. Pombo, J. L. Cordovil, & M. Beirão, As Cartas de Problemática de António Sérgio, 3º Caderno de Filosofia das Ciências, pp. 5-26. Obtido de http://cfcul.fc.ul.pt/biblioteca/online/pdf/olgapombo/cartasproblematica.pdf114. Ibidem, p. 9

    http://cfcul.fc.ul.pt/biblioteca/online/pdf/olgapombo/cartasproblematica.pdf

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    À Procura de A

    ntónio Sérgio

    1951Desenha e dirige o Boletim Cooperativista (durará até maio de 1975, embora Sérgio se afaste no ano de 1958).No seguimento da candidatura presidencial do almirante Quintão Meireles cria, juntamente com Jaime Cortesão, Raul Rêgo, Acácio Gouveia, entre outros, a Acção Democrato-Social (ADS)115. A partir da comissão de candidatura de Quintão Meireles, em conjunto com, Carlos Sá Cardoso, Henrique Galvão e o coronel Maia, faz parte da criação da Organização Cívica Nacional.

    Colaboração em publicações periódicas:• Boletim Cooperativista - De 1951 a 1959.• Camiliana & Vária – Durante 1951.• Anhembi – De 1951 a 1952.

    1952Obras publicadas nesse ano:

    • Um caso típico de pseudo-cultura nacional (Lisboa: Editorial Inquérito, [1952])

    • Início da publicação das Cartas de problemática dirigidas a um grupo de jovens amigos, alunas e alunos da Faculdade de Ciências (Lisboa: Editorial Inquérito, 1952-1955)

    • Nota Sumária sobre as minhas “heresias” epistemológicas (Porto: Revista Lusíada, 1952). Separata da revista Lusíada, Porto, n.º 1, vol. I, 1952.

    Colaboração em publicações periódicas:• Ler – De 1952 a 1953.• Lusíada - Durante 1952

    115. Lemos, M. M., & Torgal, L. R. (2009). Candidatos da oposição à assembleia nacional do estado novo (1945-1973): um dicionário; Lisboa: Assembleia da República. [Cacém]: Texto Editora., p. 305

    http://cdiantoniosergio.cases.pt/Nyron/Library/Catalog/winlib.aspx?skey=6FBB5124566B4BE8B838641FB63C73EA&option=cases%2Cbolcoohttp://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Um%20caso%20t%u00edpico%20de%20pseudo-cultura%20nacional&opt1=and&var2=&var7=&doc=1451http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Cartas%20de%20problem%u00e1tica%20dirigidas%20a%20um%20grupo%20de%20jovens%20amigos%2c%20alunas%20e%20alunos%20da%20Faculdade%20de%20Ci%u00eancias&opt1=and&var2=&var7=&doc=1452http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Library/catalog/winlibsrch.aspx?skey=F726EEF65883417BAD011929F8C634A5&pesq=3&cap=&var1=Cartas%20de%20problem%u00e1tica%20dirigidas%20a%20um%20grupo%20de%20jovens%20amigos%2c%20alunas%20e%20alunos%20da%20Faculdade%20de%20Ci%u00eancias&opt1=and&var2=&var7=&doc=1452http://cdiantoniosergio.cases.pt/nyron/Archive/catalog/winlibsrch.aspx?skey=36CF932C263E42F0946FCE3E412818C7&pesq=3&cap=&var3=nota%20sum%u00e1ria%20sobre%20as%20&opt3=and&var6=&var9=&doc=1822

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    ANTÓNIO SÉRGIO E O CASO HENRIQUE GALVÃO

    1953Henrique Galvão (1895-1970) foi um militar, escritor, político e funcionário colonial do Estado Novo. Foi apoiante de Sidónio Pais e, mais tarde, militar no Movimento de 28 de Maio de 1926. No decorrer dos anos 40 o seu desapontamento com as políticas do Estado Novo foi aumentando até, a partir do final dos anos 40, se ter tornado num dos mais ativos opositores ao regime.

    Em 1951 juntou-se à candidatura presidencial do almirante Quintão Meireles, redigindo muitos dos documentos políticos tornados públicos, fornecendo materiais, atraindo apoios e escolhendo oradores. A partir da comissão de candidatura de Quintão Meireles, em conjunto com, Carlos Sá Cardoso, António Sérgio e o coronel Maia, fez parte da criação da Organização Cívica Nacional (OCN). A 6 de Janeiro de 1952, agentes da PIDE invadiram a sede da OCN em Lisboa e prenderam os elementos lá reunidos, entre eles Galvão. Em Dezembro de 1952 foi condenado pelo tribunal militar a três anos de prisão maior e à perda da pensão de reforma. O julgamento foi repetido em 1953 e a pena confirmada.

    António Sérgio foi uma das testemunhas ouvidas em tribunal116.

    Maio de 19