pilares de concreto de alta resistencia com se

120
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE<;AO TRANSVERSAL RET ANGULAR SOLICITADOS A COMPRESSAO SIMPLES Nadjara Maris Barroso Paiva Orientador: Prof. Dr. Luiz Roberto Sobreira de Agostini Campinas - 1994

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Page 1: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE<;AO TRANSVERSAL

RET ANGULAR SOLICIT ADOS A COMPRESSAO SIMPLES

Nadjara Maris Barroso Paiva

Orientador: Prof. Dr. Luiz Roberto Sobreira de Agostini

Campinas - 1994

Page 2: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM

SE(:AO TRANSVERSAL RET ANGULAR SOLICIT ADOS A COMPRESSAO SIMPLES

Nadjara Maris Barroso Paiva

Orientador: Luiz Roberto Sobreira de Agostini

Dissertayao de Mestrado apresentada

a Faculdade de Engenharia Civil, da

Universidade Estadual de Campinas,

para obtenyao do titulo de Mestre

em Engenharia Civil. Area de

concentrayao: Estruturas.

Campinas - 1994

Page 3: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

CM-00104026-8

FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA AREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP

Pl66p Paiva, Nadjara Maris Barroso

Pilares de concreto de alta resistencia com se9ao transversal retangular solicitados a compressao simples I Nadjara Maris Barroso Paiva.--Campinas, SP: [s.n.], 1994.

Orientador: Luiz Roberto Sobreira de Agostini. Disserta9iio (mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas, Faculdade de Engenharia Civil.

1. Colunas de concreto. 2. Engenharia de estruturas. 3. Resistencia de materiais. I. Agostini, Luiz Roberto Sobreira de. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil. III. Titulo.

Page 4: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

Ao Francisco, pela ajuda, incentivo e carinho, imprescindiveis it conclusao desse trabalho, com todo amor.

Page 5: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

Agradecimentos

Pela orientavao prestada, sempre exata, compreensiva e confiante,

agrader;o primeiramente ao meu orientador Prof. Dr. Luiz Roberto Sobreira de

Agostini.

Agrade90, tambem, ao Prof. Dr. Gilson Battiston Fernandes, pelos

conselhos primorosos e fundamentais.

Estendo meus agradecimentos a todos os tecnicos do Laborat6rio de

Estruturas e Materiais de Construr;ao e do Setor de Computavao, da Faculdade de

Engenharia Civil da UNICAMP, que, de forma eficiente e carinhosa, colaboraram

nessa pesquisa.

Aos meus pais e aos amtgos conquistados durante esse periodo de

trabalho, agrader;o o apoio e o incentivo dados.

Page 6: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

iNDICE

RESUMO .. . . Ill

ABSTRACT.. .. IV

LIST A DE FIGURAS .V

LIST A DE TABELAS .. . VIII

INTRODU<;:AO .............. . . .. IX

1 - CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA HISTORIA E APLICA<;:C>ES ......... 1

1.1 - 0 concreto de alta resistencia ...

1.2 - Dados hist6ricos sobre o uso do concreto de alta resistencia ..

1. 3 - 0 concreto de alta resistencia no BrasiL ..... .

2- OS MATERIAlS NO CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA ..

2.1 - Cimento ...

2.2- Agregados ..

2.2.1- Agregados miudos

2.2.2 - Agregados graudos

2.3 - Microssilica ..... .

2.4 - Snperplastificantes ........... .

·············· .. 2

.4

············ .... 8

. .. 10

. .. 11

. .. 11

............. 12

.......... 12

. .. 13

. .. 15

3 - 0 CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA EXECU<;:AO E CURA . . . . .. 17

Page 7: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

4 - ESTUDO COMP ARA TIVO ENTRE PILARES RET ANGULARES

DE CONCRETO DE RESISTENCIA USUAL E PILARES

RETANGULARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA ................ .22

4.1 - Amilise dos pilares de concreto com resistencia usual .

4.2 - Analise dos pilares de concreto de alta resistencia ...

5- PILARES DE CONCRETO DE ALTARESISTENCIA COM

SE<;:AO TRANSVERSAL RET ANGULAR E ARMADURA DE

CONFINAMENTO

5. 1 - Materiais utilizados

5 .2 - Instrumenta.;ao .

5.3 - Execu.;ao e cura

5.4- Rela.;ao 1 : 1,25.

5.5-Rela.;ao I: 1,50 .....

CONSIDERA<;:OES FINAlS ..

BIBLIOGRAFIA ...

. ................ .23

. ................ 30

.................. .36

............... .38

. ................ .39

................. 41

. ............... .41

. ................. 74

. ................. 94

. ........ 97

ii

Page 8: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

111

RESUMO

0 objetivo deste trabalho de pesquisa foi o estudo do comportamento estrutural

de pilares de concreto de alta resistencia com seviio transversal retangular, quando

solicitados a compressiio simples.

0 estudo bibliogratico realizado e os ensaios de modelos de pilares com taxas

de armaduras longitudinais e transversais usuais definiram que pilares de concreto de

alta resistencia apresentam ruptura fhigil quando utilizadas tais taxas de armaduras.

Constatando, assim, a necessidade de armadura transversal de confinamento

para a ductilizaviio desses pilares, o estudo dirigiu-se a definiviio de uma taxa de

armadura transversal que lhes garantisse seguranva contra rupturas bruscas.

Page 9: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

IV

ABSTRACT

The purpose of this research was the study of the structural behavior of the

high-strength concrete columns with rectangular transversal section under axial loads.

The literature and the specimens with usual longitudinal and transversal

reinforcement ratios that were tested defined that high-strength concrete columns

show fragile failures when such ratios were used.

Therefore, regarding the necessity of transversal confinement reinforcement for

the ductility of such columns, the research was aimed at the definition of a minimum

transversal reinforcement ratio which would prevent the sudden failures in the

columns.

Page 10: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

LIST A DE FIGURAS

Fig. 1 - Posicionamento dos deflet6metros mecanicos no ensaio dos pilares ......... 25

Fig.2 - Detalhamento das armaduras longitudinais e transversais dos pilares

PCA-USUAL e PCA-CAR.

Fig.3- Diagrama carga x deforma.,:ao do pilar PICA-USUAL

Fig.4 - Diagrama carga x deformacao do pilar P2CA-USUAL .

Fig. 5 - Diagramas das deformacoes medias apresentadas pelos pilares

PSA-USUAL e PCA-USUAL com a origem transladada ..

Fig.6- Pilares PI SA-USUAL e P2SA-USUAL rompidos.

Fig.7- Diagrama carga x deforma.,:ao do pilar PICA-CAR

,,,,,,,, 26

''''''' 27

,,,,,,,, 28

'28

''' 29

'' ''' ' . .33

Fig.8- Diagrama carga x deformacao do pilar P2CA-CAR ...................... 33

Fig 9 - Diagrama das deformacoes dos pilares PSA-CAR e PC A-CAR . . ....... .34

Fig. 10 - Diagrama das deformacoes medias apresentadas pelos pilares

PSA-CAR e PC A-CAR .. ..34

Fig. 11- Pilares P1SA-CAR e P2SA-CAR rompidos. . ....... .35

Fig. 12- Pilares PCA-CAR com taxas usuais de armaduras .............. .. . ...... .38

Fig. 13 - Instrumentacao dos pilares . .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. ................................ AO

Fig.14- Detalhamento das armaduras dos pilares P8/10-150 e P8/10-175 ... ..42

Fig. 15- Detalhamento das armaduras dos pilares P8/10-200 e P811 0-225.. . ...... ..43

Fig. 16- Detalhamento das armaduras dos pilares P8/10-250 e P8/I0-275 ..... ..44

Fig. 17 - Pilares P8/l 0-150 ensaiados ... .

Fig. 18- Pilares P8110-250 ensaiados ..................... ..

. ..... ..47

. . ..48

Fig. 19 - Deformacoes no concreto e nas armaduras do pilar PS/10-150- L ......... 50

Fig.20- Deformacoes no concreto e nas armaduras do pilar P8/10-150-l .51

Fig.21- Deforma.,:oes no concreto e nas armaduras do pilar PS/10-150-2 ........... 52

Fig.22- Deformacoes no concreto e nas armaduras do pilar PS/10-150-2

Fig.23- Deformacoes no concreto e nas armaduras do pilar PS/10-175-L

Fig.24 - Deforma.,:oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/l 0-175-1

Fig.25 - Deforma.,:oes no concreto e nas armaduras do pilar P811 0-175-2 ..

....... 53

......... 54

....... 55

. .... 56

Fig.26- Deforma.,:oes no concreto e nas armaduras do pilar PSII0-175-2.. .. ....... 57

v

Page 11: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

VI

Fig.27 - Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/1 0-200-1.... . ... 58

Fig.28- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/10-200-1 .59

Fig.29- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar PS/10-200-2. . ...... 60

Fig.30- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/10-200-2.. . ....... 61

Fig.31 - Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/1 0-225-l ...... 62

Fig.32- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-225-1.. ........ 63

Fig.33- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-225-2 ............ 64

Fig.34- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-225-2 ....... 65

Fig.35- Deforma96es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-250-1 .66

Fig.36- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/10-250-1 .... . .... 67

Fig.37- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/10-250-2 ..... 68

Fig.38 - Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/1 0-250-2 ............ 69

Fig.39- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-275-1 ....... 70

Fig.40- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilarP8/I0-275-I ............ 71

Fig.41- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-275-2 .. 72

Fig.42- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/I0-275-2 ............. 73

Fig.43- Diagramas carga x deformar;iio dos pilares PICA-CAR,

P8/10-150-1 e P8/I0-250-1, obtidos pela maquina hidraulica ..... . . ..... 74

Fig.44- Detalhamento das armaduras dos pilares P8/12-200. . .................... 75

Fig.45 - Detalhamento das armaduras dos pilares P8/12-225 e P8/!2-250 .. 76

. .. 78 Fig.46- Pilares P8/12-200 ensaiados.

Fig.47 - Pilares P8/12-250 ensaiados ...................... 80

Fig. 48 - Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P811 2-200-1 ............ 81

Fig.49- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8112-200-I ...... . .. 82

Fig. 50- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/12-200-2. . .... 83

Fig. 51- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/12-200-2 .... . .. 84

Fig. 52- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/12-225-I ....... 85

Fig. 53- Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8112-225-I ............ 86

Fig.54 - Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8112-225-2 .......... 87

Fig.55 - Deformar;oes no concreto e nas armaduras do pilar P8/12-225-2 .. 88

Fig. 56- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar P8/12-250-1 ....... 89

Page 12: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

Vll

Fig. 57- Deformav5es no concreto e nas armaduras do pilar PS/12-250-1 ............. 90

Fig. 58- Defonna<;oes no concreto e nas armaduras do pilar PS/12-250-2 ............. 91

Fig. 59- Deforma<;oes no concreto e nas annaduras do pilar PS/12-250-2 ......... 92

Fig.60- Diagramas carga x defonna<;iio dos pilares PS/12-200-1,

PS/12-225-1 e PS/12-250-1, obtidos pela maquina hidraulica .......... 93

Page 13: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

VIII

LIST A DE TABELAS

T ABELA - 1 - Caracteristicas apresentadas por deterrninados

superplastificantes ... . ........ 16

TABELA- 2- Consumo de material das misturas de concreto. . .......... 19

T ABELA - 3 - Caracteristicas das misturas .......... . . ......... .20

T ABELA - 4 - Resistencia a compressao das rnisturas ..... .20

TABELA- 5 - Resistencia a compressao da rnistura T2 . . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .21

T ABELA - 6 - Resistencia a compressao dos corpos de prova

referentes ao concreto dos pilares PSA-USUAL . .. ........ 24

T ABELA - 7 - Resistencia a compressao dos corpos de prova

referentes ao concreto dos pilares PCA-USUAL ...

T ABELA - 8 - Resist en cia a compressao dos corpos de prova

referentes ao concreto dos pilares PCA-CAR .

TABELA- 9- Cargas ultimas apresentadas pelos pilares com

seyao transversal 80mm x 1 OOmm x 480mm ............ .

T ABELA - 10 - Cargas ultimas apresentadas pelos pilares com

seyao transversal de 80mm x 120mm x 480mm ...

. .... 27

. .... .32

. ........ ..46

. ...... 77

Page 14: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

ix

Introdu~ao

Page 15: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

X

lntrodu~ao

As obras com estruturas em concreto armado apresentam-se, cada vez, mais

arrojadas e tomam-se mais frequentes em nosso mundo. Assim, a realidade atual traz

a necessidade de melhor desempenho do concreto, que representa resistencia mais

elevada e ganhos em custos e espa9<JS.

Propiciado por essas vantagens, o concreto de alta resistencia tern seu emprego

difundido a pontes, plataforrnas petroliferas, pisos, reparos, cofres de bancos, canais e

depositos enterrados para armazenamento de combustiveis.

Porem, a mais usual aplicavao de concreto de alta resistencia e em pilares de

edificios altos. Permitindo a reduvao da sevao transversal, o concreto de alta

resistencia em pilares de edificios possibilita reduvao nao somente do consumo do

consumo de concreto como tambem de armaduras.

Em contraposivao, pilares de concreto de alta resistencia com taxas de

armaduras usuais apresentam ruptura fritgil quando solicitados a compressao simples.

Tal fato motivou este trabalho de pesquisa experimental com pilares de

concreto de alta resistencia com sevao transversal retangular, atraves de urn estudo

comparativo com o trabalho anteriormente desenvolvido sobre pilares de concreto de

alta resistencia com sevao transversal quadrada<l).

Esta pesquisa buscou definir taxas minimas de arrnaduras longitudinais e

transversais, para pilares retane,rulares de concreto de alta resistencia, que garantissem

seguranva contra estados limites ultimos.

Como primeira etapa, definiu-se o travo de concreto a ser utilizado durante toda

pesquisa. Analisando diversas misturas, optou-se por aquela que apresentava, aos 28

dias, resistencia em trono de 70,0 Mpa, com uma relavao itgua/(cimento +

microssilica) de 0,28, tendo sido adicionado ao cimento Portland comum 15% de

microssilica.

Para analise e escolha da mistura adotada, foram concretados corpos-de-prova

cilindricos de dimensoes 1 OOmm x 200mm, os quais foram ensaiados aos 10 dias,

Page 16: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

xi

devido a disponibilidade do Laborat6rio de Estruturas e Materiais de Construvao da

UNICAMP, e aos 28 dias.

Definido o traco, passou-se a analise da secao resistente, com o ensaio de

quatro modelos de pilares com resistencias usuais (ate 40 Mpa), de dimensoes 80mm

x lOOmm x 480mm, sendo dois com armaduras longitudinais e transversais e dois sem

armaduras. Foram ensaiados, tambem, quatro modelos com concreto de alta

resistencia, dois com armaduras longitudinais e transversais e dois sem armaduras,

com as mesmas dimensoes dos modelos de pilares com concreto de resistencias

usua1s.

Os pilares com armaduras possuiam nas extremidades placas metitlicas de

5,0mm, para evitar que essas regioes rompessem prematuramente pelo efeito de ponta

das barras longitudinais.

A armadura longitudinal foi constituida de quatro barras de diametro de 6,3mm

e a armadura transversal por seis estribos de diiimetro de S,Omm, com espacamento

de 8,0cm.

0 controle de resistencia do concreto foi sempre feito com o ensaio dos corpos­

de-prova cilindricos 1 OOmm x 200mm, ensaiados na mesma idade que os pilares.

Os modelos de pilares foram levados a ruptura por compressao, por compressao

simples, sendo medidas as deformacoes do concreto por defletometros meciinicos da

marca MITUTOYO, de sensibilidade O,Olmm e curso de IO,Omm e as deformacoes

do aco por extensometros eh\tricos SHINKOH.

Com a constatacao da fragilidade apresentada pelos pilares de concreto de alta

resistencia com armaduras usuais, dentro das taxas da NB - 1, iniciou-se a analise de

solucoes de ductilizacao, com o emprego de armaduras transversais de confinamento.

Foram ensaiados, entao, dois modelos de pilares com dimensoes de 80mm x

lOOmm x 480mm para cada taxa de armadura transversal adotada. Tomando-se por

base o trabalho de AgostinP, trabalhou-se com taxas iguais a 1,50%, 1,75%, 2,00%,

2,25%, 2,50% e 2,75%. As armaduras transversais eram compostas de estribos

individuais, de diametro igual a S,Omm.

Page 17: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

xii

Para a armadura longitudinal de todos os modelos ensaiados, de dimensoes

80mm x IOOmm x 480mm, foi usada taxa de 3,55%, com quatro barras de diametro

igual a 3/8".

Durante os ensaios com defletometros mecanicos da marca MITUTOYO, de

sensibilidade O,Olmm, posicionados nas quatro arestas dos pilares, e extensometros

elt\tricos KYOW A coladas nas quatro barras longitudinais, a meia altura, foi passive!

a determinavao das deformavoes ocorridas no concreto e no avo.

Tambem foram coladas extensometros eletricos em dois estribos para analise de

seus comportamentos com relavao aos seus assentamentos nas barras longitudinais.

Estes estribos, nos quais foram coladas os extensometros eletricos, foram escolhidos

obedecendo aos seguintes criterios: aquele que apresentava o melhor assentamento e

o que apresentava maior deficiencia na vinculavao com a armadura longitudinal.

Os ensaios foram realizados em sequencia crescente das taxas de armaduras

transversais, sempre aos pares de modelos, e na idade de 28 dias.

A eficiencia de ductilizavao na ruptura apresentada pelos pilares com taxas de

armaduras transversais de 2,00%, 2,25% e 2,50% serviram de orientavao para definir

as taxas de armaduras transversais no estudo de pilares retangulares, com relavao de

!ados igual a 1 ,5, ou seja, pilares de 80mm x 120mm x 480mm, maiores que os

anteriormente ensaiados.

Tais pilares tambem foram ensaiados aos pares e aos 28 dias, com taxa de

armadura longitudinal de 4,44%. 0 aumento da taxa de armadura longitudinal foi em

funvao do aparecimento de excentricidades acidentais, verificadas na analise dos

diagramas "carga x deformavao", obtidos com os ensaios dos pilares de dimensoes

80mm x lOOmm x 480mm. Tentou-se, assim, para os pilares de 80mm x 120mm x

480mm, combater as excentricidades acidentais com o aumento da taxa de armadura

longitudinal, empregando-se seis barras com diametro de 3/8". 0 aumento do numero

de barras tinha como objetivo compensar a heterogeneidade inevitavel do concreto

pela bomogeneidade do ayo.

Nestes novos pilares, as armaduras transversais possuiam diiimetro de 5,0mm,

com os estribos dispostos individualmente.

Page 18: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

xiii

Para a determinavao das deformar;oes no concreto e no ar;o, foram posicionados

deflet6metros medinicos nas quatro arestas dos pilares e extens6metros eletricos nas

quatro barras longitudinais das extremidades, sempre a meia altura da armadura.

Tanto os deflet6metros medlnicos como os extens6metros e!etricos possuiam as

mesmas caracteristicas ja descritas anteriormente. Novamente, foram instrumentados

dois estribos com a finalidade de se conhecer seus comportamentos em seus

assentamentos nas barras longitudinais.

Todos os pilares foram ensaiados a compressao na Maquina Universal de

Ensaios (maquina hidraulica) de 1 OO,Otf, do Laborat6rio de Estruturas e Materiais de

Construr;ao da UNICAMP.

A analise das deformar;oes ocorridas no concreto e nas barras longitudinais,

bern como nos estribos, pode ser feita pelos diagramas carga x deformar;ao dos

pilares. Os resultados permitiram definir as taxas de armaduras transversal e

longitudinal, adequadas aos pilares de concreto de alta resistencia com ser;ao

transversal retangular.

Devido a impossibilidade de obtenr;ao de dados referentes a parte descendente

da curva carga x deformar;ao, pela instrumentar;ao adotada, a analise do efeito

confinamento dos pilares pode ser feita com os diagramas obtidos diretamente pela

maquina hidraulica.

Quanto it ductilizar;ao, os diagramas carga x deformar;ao, acrescidos da parte

descendente da curva obtida pelo equipamento da maquina hidraulica, mostram a

eficiencia das armaduras de confinamento.

Page 19: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

1 - Concreto de alta resistencia: historia e

aplica~oes

1

Page 20: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

2

1- Concreto de alta resistencia: historia e aplica.;oes

1.1- 0 concreto de alta resistencia

Com a crescente aceitac;ao das obras com estruturas em concreto armado,

tornou-se necessaria a busca por melhor desempenho desse material, que representa

resistencias mais elevadas e custos menores.

Com a introduc;ao do cimento na produc;lio de concretos, que se deu no seculo

passado, e com as modificac;oes sofridas na sua composivao, com o passar do tempo,

verificou-se urn crescimento da resistencia do concreto, principalmente a de curto

prazo.

Sendo gradativa a utilizavao de concretos com resistencias sempre maiores, o

termo "alta resistencia" se aplicaria a valores diferentes com o passar dos anos. Se

concreto com resistencia il compressao de 34,0MPa era considerado de alta

resistencia, nos Estados Unidos, na decada de 50, hoje ja se obtem resistencias em

torno dos lOO,OMPa.

As normas de projeto sao baseadas em conhecimentos adquiridos com o

emprego de concretos com resistencia nlio superior a 40,0MPa. 0 C6digo Modelo

CEB-FIP de 1.990 propoe limita9lio para a resistencia do concreto em SO,OMPa, em

corpos-de-prova cilindricos aos 28 dias.

A tendencia da maioria dos pesquisadores e de considerar concretos com

resistencias acima dos 40,0MPa como de "alta resistencia".

0 rigor na execuvlio e no controle de produ9lio cresce na proporc;ao da

resistencia, havendo necessidade de se empregarem tecnicas e materiais especiais

quando o que se pretende e obter concretos com resistencias elevadas.

Superando os lOO,OMPa, estao os concretos de "ultra alta resistencia", que

exigem agregados especiais, geralmente artificiais, de resistencia muito alta, tecnicas

especiais de produvlio, alem de urn controle de qualidade muito rigoroso, irreais em

urn canteiro de obras.

Page 21: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

3

Porem, em laborat6rio, com misturas e tecnicas especiais de cura, a resistencia

de ate 280,0MPa ja foi atingida, tendo sido utilizados, nessa determinada mistura,

25% de microssilica e uma rela<;lio agua/(cimento + microssilica) de 0,16.

0 aumento de resistencia esta intrinsecamente ligado a uma baixa rela<;lio

agua/cimento. Enquanto a rela<;ao agua/cimento para concretos com resistencias

usuais varia dentro do intervalo de 0,50 a 0,70, para concretos de alta resistencia esta

rela<;ao fica em torno de 0,28. Para que se consiga uma boa trabalhabilidade, e

necessario que se empreguem superplastificantes, que sao aditivos de alto poder de

redu<;ao de agua, de maior eficiencia que os redutores de uso corrente.

Com a introdu<;ao dos superplastificantes na produ<;ao de concretos de alta

resistencia, e possivel atingir-se uma redu<;ao do teor de agua de ate 30%.

A crise mundial de energia, na decada de 70, levou os fabricantes de cimento a

controlarem sua produ<;lio e, por conseqi.iencia, a buscarem outros materiais, que

adicionados ao concreto, pudessem substituir ou suplementar o cimento.

Esses outros materiais sao compostos minerais, com propriedades cimenticias

ou pozoliinicas, como a esc6ria de alto forno, cinza volante ou microssilica.

A esc6ria de alto forno, de origem artificial, e urn subproduto da produ<;ao de

ferro gusa por redu<;ao em alto forno.

Por ser urn material hidraulico ativo, a esc6ria de alto forno, em presen<;a de

agua e a temperatura ambiente, sofre hidrata<;ao e endurece, formando produto

cimentante.

A cinza volante, subproduto da combustao de carvao mineral em centrais

termoeletricas, pode ser empregada como substitui<;ao de 10% a 20% do peso de

cimento, em concretos de alta resistencia.

A microssilica, subproduto da fabrica<;lio de silicio metalico e Iigas de ferro­

silicio, age no concreto como uma pozolana muito reativa e tambem tern o efeito

"microfiller", alojando-se nos intersticios da pasta por ser extremamente fina. Pode-se

emprega-la como adi<;ao ou substitui<;ao de 10% a IS% do peso do cimento, em

concretos de alta resistencia.

Tanto a cinza volante como a microssilica reagem com o hidr6xido de calcio,

liberado durante a hidrata<;ao do cimento, formando produtos cimentantes.

Page 22: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

4

Esses compostos minerais possibilitam urn grande aumento de resistencia do

concreto.

1.2 - Dados historicos sobre o uso do concreto de alta resistencia

0 concreto de alta resistencia apresenta como principais caracteristicas uma

baixa permeabilidade, maior modulo de deformaviio, fluencia menor e mmor

durabilidade, sempre que comparados a concretos com resistencias usuais.

Atualmente, o concreto de alta resistencia vern sendo empregado em pontes,

plataformas petroliferas, canais, depositos enterrados para armazenamento de

combustiveis, cofres de bancos, pisos e reparos, sendo que inicialmente seu emprego

era restrito a pilares de andares inferiores de edificios altos.

Tem-se conseguido nessas estruturas notaveis reduvoes economicas, pela maior

rapidez de execuviio e ganho de espa9os, devido a reduviio das dimensoes dos

elementos estruturais, o que corresponde a a9oes menores sobre as fundavoes e

ampliaviio de areas utilizaveis, que contando com urn melhor acabamento superficial

da estrutura, representa uma vantajosa relaviio qualidade/custo.

Jsaia<22) relata em sua disserta91io, apresentada a Universidade Federal de Porto

Alegre, a afirmaviio de Swamy, que, a cada 7,0MPa de acrescimo de resistencia, ha

redu91io de 1% na taxa de arrnadura longitudinal. A conclusao do estudo comparativo

de Smith e Rad entre concretos de alta resistencia e concretos de 28,0MPa mostra

que houve redu91io de 40% da area de armadura para concretos com resistencias de

55,0MPa e de 67% para concretos com resistencia de 83,0MPa, que representam

redu9oes de custos em torno de 26% e 42%, respectivamente.

Nilson<28J ja havia concluido que custa menos aumentar a resistencia do

concreto que a porcentagem da seviio transversal da arrnadura longitudinal.

Com relaviio a pilares, a redu91io do consumo de concreto atinge valores da

ordem de 50%, juntamente com uma redu91io de 60% da armadura, o que perrnite

adotar-se a mesma se91io de pilares ao Iongo dos pavimentos, com urn melhor

aproveitamento das rorrnas. Portanto, quanto maior o numero de pavimentos melhor

Page 23: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

5

e o desempenho do concreto de alta resistencia, diminuindo os custos e viabilizando

as se<;X>es.

Nao se tern uma data fixa marcando o inicio de obras com concretos

considerados de alta resistencia. No entanto, o barco "Crete Joist", construido nos

anos 20, apresentou, em testes recentes, resistencia a compressao entre 75,0MPa e

120,0MPa.

Ja em 1948, foi obtida resistencia a compressao superior a 62,0MPa em paineis

pre-moldados, quando da construvao da casa de maquinas da barragem Fort Peck. Tal

concreto foi especificado para que suportasse a exposivao muito severa.

Porem, a aplicavao mais usual de concreto considerado de alta resistencia e em

pilares fortemente carregados de edificios altos.

0 inicio das construvoes de edificios utilizando concreto de alta resistencia se

deu na regiao de Chicago, com o edificio Lake Point Tower, em 1965, com

resistencia de 52,0MPa. Sucessivos a ele, vieram inumeros outros:

a) Mid-Continental Plaza (Chicago, 1972)

Primeiro a atingir o patamar dos 60,0MPa. Possuindo 50 andares,

utilizou-se concreto com resistencia a compressao de 63 ,OMPa, nos pilares dos 20

andares inferiores.

b) Water Tower Place (Chicago, 1975)

As resistencias dos pilares que constituem os 79 andares, tern seus

valores variando de 63,0MPa a 28,0MPa. Em decorrencia, suas dimensoes e

armaduras variam ao Iongo de toda a altura do edificio.

c) 311 South Wacker Tower (Chicago, 1989)

Considerado o edificio em concreto mais alto do mundo, com 79

andares, possui pi! ares com resistencia de 82, 7MPa, ate o 13° andar, e, acima disso, a

resistencia diminui gradualmente, ate atingir 41 ,4MPa no topo da torre.

Page 24: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

6

d) 225 W. Wacker Drive (Chicago, 1989)

Por medidas economicas, foi projetado com concretos com resistencias

variando de 31,0MPa a 96,0MPa, mantendo-se a taxa de armadura em 1%.

Juntamente com os seis andares inferiores projetados para 96,0MPa, foi concretado e

ensaiado urn pilar experimental de 117,0MPa, para que fornecesse informav5es das

propriedades estruturais do concreto de alta resistencia.

e) Two Union Square e Pacific First Center (Seattle, 1989)

Esses dois edificios tern seus pilares constituidos por tubos de avo,

enchidos com concreto que atinge resist6encia de 11S,OMPa. Esses tubos circulares

atuam tanto como armadura longitudinal como de confinamento, pois os pilares niio

possuem armaduras tradicionais, compostas por barras de a<;:o. Foi necessitrio urn alto

modulo de deforma<;:iio longitudinal para o concreto, para que garantisse a rigidez aos

pilares. 0 Pacific First Center havia sido projetado para uma resistencia de 96,5MPa,

aos 56 dias, e, hoje, atinge 124,0MPa.

f) Helmsley Palace Hotel (Nova York, 1978)

Com 53 andares, foi a primeira constru<;:iio a empregar concreto de alta

resistencia em Nova York, com SS,OMPa, como intuito de diminuir o dilimetro dos

pilares.

g) Grande Arche de La Defense (Paris, 1988)

Sua estrutura consiste de porticos espaciais protendidos e a

resistencia do concreto atinge 65,0MPa.

h) Melbourne Central, Bourke Place e 530 Collins Street (Melbourne, 1991)

A objetividade pelo ganho em custo e espa<;:o motivou a constru<;:iio

desse tres edificios em concreto, com resistencias aos 28 dias entre 60,0MPa e

65, OMPa. 0 interesse pelo concreto de alta resistencia foi impulsionado, na Austritlia,

pelas edifica<;:5es Collins Place, de 55,0MPa, e Rialto, de 60,0MPa, que obtiveram urn

born desempenho como seu emprego.

Page 25: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

7

AJem das exigencias vigentes em alguns paises, como os escandinavos, de se

empregar microssilica ou cinza-volante e a relacao itgua/( cimento + microssilica)

menor que 0,40, a necessidade de maior durabilidade e flechas reduzidas levaram ao

surgimento de pontes com elevadas resistencias, sendo Willows Bridge, Toronto, a

primeira a superar os 40,0MPa, em 1967.

Paises de todo o mundo buscam v1ios maiores para suas pontes, com destaque

para Helgelandsbrua, Noruega, com vlio de 425m, e Pont du Pertuiset, com 110m de

v1io, empregando-se, em ambas, concreto com resistencia de 65,0MPa.

No Jap1io, a preocupacao de se obterem estruturas resistentes ao ambiente

marinho e que juntamente refletissem uma boa estetica, possibilitou pontes como

Akkagawa Railway Bridge, com v1ios de 45m e comprimento total de 305m, com

resistencia media de 96,0MPa.

A menor permeabilidade do concreto de alta resistencia reduz a corrosao das

armaduras, permitindo urn desempenho satisfat6rio frente a agentes agressivos, ideal

para estruturas como plataformas petroliferas. A primeira a empregit-lo, Ekofisk I,

tern seu concreto atingindo resistencia de 45,0MPa e abriu caminho para tantas

outras, sendo a maior a Gulfaks C, na Noruega, com resistencia do concreto em torno

de 70,0MPa.

0 concreto de alta resistencia permite urn aumento na capacidade de carga,

diminuindo o numero de estacas necessitrias. Neste sentido, empregou-se concreto

com resistencia de 75,0MPa na construcao do Shopping-Center Oslo-City, em 1986,

em 250 estacas, aumentando em 50% sua capacidade de carga.

Como caracteristica implicita ao concreto de alta resistencia, uma ma10r

resistencia a abrasiio favorece a sua aplicaciio em recuperacao de estradas, como

acontece, principalmente, na Noruega.

Niio contando somente com as inumeras vantagens jit relacionadas, a Ititlia tern

procurado por seguranca, quando utiliza concreto de alta resistencia em cofres de

seus bancos.

Page 26: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

8

1.3- 0 concreto de alta resistencia no Brasil

No Brasil, tal concreto esta se desenvolvendo desde o final da decada de 70,

mas em passo lentos, pois limita-se a disponibilidade de produyaO de microssilica e a adaptavao, a nossa realidade, de solu96es e tecnologias ja conhecidas por outros

paises.

Pesquisas sobre o comportamento de elementos estruturais com concreto de

alta resistencia vern sendo realizadas em Universidades, Institutes de Pesquisas,

existindo, tambem, aplicavoes em algumas obras brasileiras:

a) Edificio TRIANON (Sao Paulo, decada de 60)

Nesse edificio, marco inicial de estruturas em concreto de alta

resistencia no Brasil e que abriga o Museu de Arte de Sao Paulo (MASP), o concreto

atingiu uma resistencia de 45,0MPa, aos 28 dias.

b) Edificio do CNEC (Sao Paulo)

A resistencia inicial prevista para o concreto dos pilares era de

60,0MPa, para que atingisse 72,0MPa, aos 28 dias.

c) Usina Hidreletrica de Itaipu

Uma grande viga da casa de maquinas da Usina de Itaipu foi

recuperada com concreto de resistencia em tomo de 57,0MPa, aos 28 dias. Foi

atingido, assim, o objetivo de uma perfeita aderencia entre a alma e a mesa da viga.

d) Edificio em Santo Amaro

Pilares de urn edificio de 18 andares atingiram resistencia de 60,0MPa,

o que possibilitou o ganho de mais de 500m2 de area de escrit6rio e uma grande area

livre no subsolo, devido a redu91io dos pilares. Se houvesse sido utilizado concreto

usual, ou seja, com resistencia em torno de 18,0MPa, os pilares teriam

aproximadamente o dobro da se\)ao transversal, o que corresponde ao dobro do

volume de concreto e a 25% a mais de se91io de armadura e, alem disso, seriam

Page 27: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

9

necessitrios de 25% a 30% a mais de area de rormas. Por terem as lajes concreto com

resistencia em tomo de 23,0MPa, a concretagem na regiao em volta do pilar foi

simultiinea a da laje, formando urn verdadeiro "capite!" embutido, evitando existir

pontos fracos na transiviio do topo do pilar de carla pavimento e saliencias agressivas

a arquitetura.

e) Reparos (Rio de Janeiro)

Foi utilizado concreto com resistencia de 42,0MPa na reparaviio de

cinco pisos de urn edificio, no Rio de Janeiro. A estrutura consistia de uma grelha de

40cm x 40cm, com espessura da alma de 4cm e com altura de 27cm. Tendo a

estrutura ficado deficiente com serios problemas de adensamento e, ate mesmo, sem

nenhum concreto em algumas nervuras devido a grande altura e pequena espessura,

foi necessitrio utilizar urn concreto com consistencia extremamente fluida,

conseguindo urn acabamento perfeito.

f) Pre-moldados

Com concreto de alta resistencia se atinge, em curto espayo de tempo,

resistencias elevadas, dispensando muitas vezes a cura termica ou diminuindo o tempo

de cura e a temperatura, melhorando, assim, a resistencia final e permitindo peyas

mais !eves. Alem disso, o concreto de alta resistencia possibilita uma maior

durabilidade que o concreto usual, quando em contato com meios agressivos. Por

essas razoes, o concreto de alta resistt)ncia vern sendo amplamente utilizado em pre­

moldados, no Brasil.

g) Ampliavao

Devido a 6tima aderencia oferecida quando aplicado sobre concreto

antigo, empregou-se concreto de alta resistencia na ampliavao do cais do Porto de

Luis Correia, no Piaui.

Page 28: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

2- Os materiais no concreto de alta

resistencia

10

Page 29: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

ll

2 - Os materiais no concreto de alta resistencia

0 concreto de alta resistencia exige cuidadosa selecao de seus materiais

componentes, para que apresente uma boa trabalhabilidade e a resistencia desejada.

As propriedades do concreto de alta resistencia dependem das propriedades dos

seus componentes e da interacao entre eles.

Este capitulo apresenta caracteristicas basicas de cada material, comuns ao

concreto de resistencia usual, pon\m melhor selecionados.

2.1- Cimento

Resistencias elevadas exigem alto teor de cimento Portland comum.

Para concreto de alta resistencia, a composivao, a finura e a qualidade do

cimento influem sensivelmente no seu desempenho.

Dai o fato de que marcas diversas, para urn mesmo tipo de cimento, apresentam

caracteristicas diferentes.

Cada regiao utiliza urn determinado cimento, com o qual e mais facil obter-se o

resultado desejado, que inclui boa trabalhabilidade e alta resistencia.

No Brasil, as aplicacoes de concreto de alta resistencia com cimento Portland

comum tern atingido valores de resistencias semelhantes aos obtidos no exterior.

2.2 - Agregados

Os agregados podem ser naturais, como areia e pedra britada, ou artificiais

como argila expandida.

Sua composi9ao mineral deve ser tal que permita boa liga\)ao quimica dos

agregados com a pasta de cimento.

Ate o presente momento, nao se sabe ainda como as diferenvas das

propriedades fisicas e quimicas dos agregados influenciam as propriedades meciinicas

Page 30: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

12

(16) • ' • do concreto . A res1stencm do concreto, pon\m, nao pode ser definida pela

resistencia dos agregados.

2.2.1- Agregados mitidos

As caracteristicas mais importantes dos agregados miudos (areia) sao: a forma

ou angularidade das particulas, a granulometria e 0 modulo de finura.

Pelo fato do concreto de alta resistencia ja ser composto por uma grande

quantidade de material cimenticio, constituido por particulas finas, exigem-se

agregados miudos com particulas grossas e angulosas, com modulo de finura em

torno de 3,0, para que proporcionem melhor trabalhabilidade e maiores resistencias.

Agregados com modulo de finura abaixo de 2,5 dao uma consistencia umida,

dificultando a compacta\)ao, e particulas lisas e graudas com dimensoes acima de

4,8mm produzem falhas na aderencia.

2.2.2- Agregados graildos

0 modulo de elasticidade do agregado graudo deve aproximar-se do modulo de

elasticidade da argamassa, pois as tensoes ao redor das particulas sao causadas pela

diferenva entre os dois modulos.

Para melhor aderencia da argamassa ao agregado, este deve ter particulas com

formato an!,>ulosas, quase cubicas, e rugosas, devendo apresentar grande resistencia a compressao.

Para se obter urn concreto com elevada resistencia o tamanho ideal para as

particulas do agregado graudo seria 12,5mm, podendo pon\m, situar-se entre 9,5mm

e 12,5mm ou 19,0mm e 25,0mm.

Page 31: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

13

2.3 - Microssilica

A composiviio quimica da microssilica varia de acordo com as impurezas

contidas na materia prima utilizada na fabricaviio de silicio metaJico e Iigas de ferro

silicio.

Composta por particulas esfericas de silica amorfa (SiO) em quase sua

totalidade, de 85% a 98%, contem em menores quantidades, carbono, 6xido de

enxofre, aluminio, ferro, calcio, magnesio, s6dio e potassio 15

)

Conhecida por algumas outras denominav6es, como silica volatilizada, p6 de

silica condensado ou fumo de silica, a microssilica inicialmente passou a ser captada

na Noruega e Dinamarca, no final da decada de 30, por motivos ambientais, tomando­

se material de grande utilizaviio em industrias de refratarios, plasticos e cimentos.

A microssilica sofre urn processo de densificaviio, para facilitar sua aplicaviio, 3

pois, sendo muito volumosa devido a sua baixa massa especifica (20g/cm ) e de dificil

estocagem; alem disso, a microssilica nao densificada, extremamente fina, com massa

unitaria de 200,0kg/m3

, onera o transporte pela ocorrencia de grande perda pela

formaviio de muito p6 quando utilizada e pela aderencia ao meio que a transporta.

Assim, a microssilica densificada com massa unitaria de 600kg/m3

torna-se mais

trabalhavel, sem perder as propriedades.

A microssilica apresenta-se tambem, como soluviio aquosa com 50% de teor de

s6lidos, sendo assim mais facil sua estocagem.

A microssilica, quando usada na produyiio de concretos de alta resistencia, tem­

se revelado de grande eficiencia, mostrando-se mais forte que a cinza volante e a

esc6ria de alto forno, em sua aviio pozolilnica, pois reage durante a hidratayiio do

cimento com o hidr6xido de calcio (Ca(OH)2), com maior rapidez que uma pozolana

natural, formando urn gel resistente de silicato de calcio hidratado (C-S-H).

Alem do efeito pozolanico, a microssilica apresenta urn efeito microfiller, pois e

extremamente fina, com suas particulas possuindo urn diametro medio da ordem de -6

O,IS!J.m (0,15 x 10 m).

Tendo uma superficie especifica media de 200000cm2/g, uma particula de

microssilica chega a ser cern vezes menor que urn grao de cimento.

Page 32: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

14

Devido ao seu tamanho, as partlculas de microssilica se alojam nos intersticios

da pasta e, sendo filler nao inerte reagem com o Ca (OH)2.

Por apresentar tanto urn efeito pozolanico como urn efeito microfiller, a

microssilica exerce grande influencia sobre as propriedades fisicas e quimicas do

concreto:

- reduz a permeabilidade;

- aumenta a coesao e a aderencia concreto-a90, concreto-agregado, concreto-

concreto;

- aumenta a resistencia a abrasao e a agentes quimicos;

- possibilita urn aumento de resistencia em poucos dias.

A porcentagem de microssilica no concreto varia de 5% a 20%, para melhorar a

impermeabilidade, e de 10% a 20% quando o que se visa e o aumento de resistencia.

A demanda de itgua aumenta proporcionalmente a porcentagem de microssilica,

em concretos de alto teor de cimento, exigindo agente plastificante para melhorar a

trabalhabilidade.

A rela<;ao agua/material cimentante, que inclui cimento + microssilica, deve

manter-seem torno de 0,28 para concretos de alta resistencia.

Apesar da baixa rela9ao itgua/material cimentante, a coesao do concreto

utilizando microssilica fica muito maior, eliminando quase por completo a exsuda<;ao

e a segregayao, tornando-o mais vulneravel it fissura9ao nas primeiras horas de (5)

lan9amento, pela retra9ao por secagem .

A microssilica subdivide os poros capilares em gel, nao permitindo a

movimenta<;ao da itgua intersticial e, assim, diminuindo a permeabilidade e

condutibilidade eletrica de concreto de alta resistencia.

Entretanto, a microssilica permite uma melhor aderencia da pasta ao a<;o, aos

agregados e, ate mesmo, a urn concreto antigo, possibilitando a utilizavao de

concretos de altas resistencias em reparos. Essa melhor aderencia permite tambem

uma maior resistencia a abrasao.

Urn concreto com microssilica tern sua cor variando do cinza claro ao cinza

escuro, de acordo com o teor de carbono, tendendo a ser mais escuro que o

Page 33: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

15

convencional, enquanto fresco. Porem, essa diferenva desaparece com o

endurecimento ficando diflcil distingui-los, aos 28 dias (SJ .

2.4 - Superplastificantes

A baixa rela~tao agua/material cimentante, usada em concretos de alta

resistencia ocasiona problemas de trabalhabilidade, dificultando a compacta~tao.

Com a utiliza~tao de superplastificantes, e possivel conseguir urn abatimento

superior a 20cm de urn concreto antes considerado seco, mantendo a mesma relavao

agua/material cimentante.

0 teor de agua pode ser reduzido de 20% a 30%, mantendo-se a mesma

consistencia do concreto e aumentando sua resistencia em ate 100%, se comparado a

concreto sem aditivos.

Propiciada pela reduviio de agua, a reduviio de cimento diminui o calor de

hidrataviio, as retrayoes e as fissuravoes de origem termica, sendo uma tecnica muito

adequada para dimas quentes ou para elementos estruturais com alta taxa de

armadura.

Os superplastificantes advem de sulfonados organicos, do tipo RS03

, sendo R

urn complexo organico de alto massa molecular (l) .

0 concreto torna-se mais fluido devido a interavao do superplastificante com as

particulas de cimento, tornando-as mutuamente repulsivas, e, assim, mais dispersas,

por estarem negativamente carregadas.

As caracteristicas apresentadas por urn superplastificante dependem de sua

classifica~tiio na cadeia orgiinica e das purificayoes sofridas, o que interfere na

melhoria de sua eficiencia.

Os superplastificantes se subdividem em quatro categorias:

- melaminas sulfonadas;

- naftalenos sulfonados;

- lignosulfonados;

- esteres de acido sulrurico ou esteres de carbohidrato.

Page 34: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

~·· I I I I

'

, I

16

Dentro destas categorias e apresentando-se em forma de p6 em soluvao aquosa,

alguns superplastificantes mais utilizados possuem as seguintes caracteristicas,

conforme tabela I.

TABELA- I

Superplastificantes Base Concentra~iio Densidade Aparencia Origem

(%) 3

(kg/m)

Melment LIO melamina 20 1100 limpida Alemanha

Mighty !50 naftaleno 42 1200 escura Japao

Mulcoplast Iignosul- 20 1100 marrom Canada

fonado claro

Os superplastificantes a base de esteres nao sao muito usuais.

A consequencia de uma baixa relavao itgua/material cimentante e do emprego

de superplastificantes, que estit intrinsecamente Iigado ao emprego de microssilica, e

urn aumento de retravao plitstica devido a uma exsudavao reduzida.

0 uso em quantidades inadequadas de superplastificantes pode incorporar ar ao

concreto e retardar muito o tempo de pega, prejudicando a resistencia do concreto. A

relavao peso de s6lidos do superplastificante/peso de cimento deve encontrar -se entre

0,005 a 0,015.

0 concreto com superplastificante apresenta perda de consistencia inicial em

menos de uma hora, ap6s seu emprego, sendo que urn aumento de temperatura

acelera a perda de consistencia.

Pode-se tambem resolver este problema de perda de consistencia com a

repetiviio do uso de superplastificantes no mesmo concreto, tomando-o novamente • • . (11)

cons1stente, sem que 1sso ocaswne algum dano .

0 Brasil comeyOU a empregar superplastificantes recenterilente, juntamente com

a microssilica, sendo os mais conhecidos o RX-625, SIKAMENT, REOBETON 700,

ADIMENT

Page 35: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

I '

I

I

I I I

17

3 - 0 concreto de alta resistencia - execu~ao

e cura

Page 36: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

18

3 - 0 concreto de alta resistencia - execu~ao e cura

Alem de extgtr uma selevao cuidadosa de materiais, o concreto de alta

resistencia tambem exige urn estudo cuidadoso sobre sua execuvao e cura, pois esses

fatores interferem na qualidade final do elemento estrutural executado, constituido de

concreto de alta resistencia.

Sendo a resistencia a compressao do concreto de alta resistencia influenciada

pelos processos de execuvao e cura, alguns fatores devem ser analisados para que

sejam adotados processos adequados:

a) o concreto de alta resistencia deve possuir uma relavao agua!material

cimentante bastante baixa, em torno de 0,28;

b) o concreto de alta resistencia deve apresentar urn alto teor de cimento;

c) sera necessario o emprego de superplastificante para se obter uma boa

trabalhabilidade, devido a presenva da microssilica.

A . .(!)

gostmz concluiu que para pilares de concreto de alta resistencia urn

processo pratico e cuidadoso de cura e o envolvimento dos mesmos em Ionas

plasticas, ap6s a desmoldagem, pois a cura por imersao na agua e irreal em canteiros

de obras. Tambem pode-se confirmar que:

a) o teor de microssilica em torno de 15% do teor de cimento melhora

sensivelmente o crescimento da resistencia do concreto;

b) a melhor forma de se empregar microssilica no concreto de alta resistencia e mistura-la, a seco, ao cimento;

c) o emprego parcelado da agua influencia na trabalhabilidade da massa;

d) o uso excessivo de superplastificantes prejudica a qualidade das misturas,

diminuindo a aderencia entre a argamassa e os agregados graudos.

Com base nessas conclusiles, adotou-se nesta pesquisa, processos semelhantes

aos desenvolvidos por Agostini (IJ, para a execuvao e a cura do concreto, tais como:

a) a execuvao da mistura, com a seguinte ordem de colocavao dos constituintes

na betoneira: pedra britada n° 1 + 1/3 de agua, areia + 1/3 de agua e cimento

misturado a microssilica + I /3 de agua com a adivao de superplastificante.

Page 37: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

19

b) a cura, ap6s a desmoldagem, era executada envolvendo-se os corpos de

prova e os modelos de pilares em lona plilstica.

Como ponto de partida para obten91io do trayo de concreto que seria utilizado

nesta pesquisa foram ensaiadas quatro misturas jil analisadas por Agostinl'), conforme

consumos de materiais apresentados na tabela 2.

TABELA-2

TrafO de Cirnento Areia Brita Mic rossilica Superplastificante Agua

concreto 3

(kglrn) (kglrn3

) 3

(kg/rn ) (kglrn3

) 3

(1/rn ) (1/rn3

)

Tl 568 681 1022 -------- 11,60 179,00

T2 545 763 873 81,80 16,00 174,00

T3 547 656 984 82,00 16,00 172,30

T4 609 609 913 -------- 26,50 169,00

Para cada uma dessas misturas foram moldados quatro corpos de prova

cilindricos, com dimens5es de 1 OOmm x 200mm, sendo adotado urn tamanho menor

dos corpos de prova, em relaviio aos normalmente usados, devido it capacidade

nominal das prensas utilizadas existentes no Laborat6rio da UNICAMP.

Os materiais utilizados foram: cimento CPE-32 Eldorado; superplastificante

REAX-625 em soluvao aquosa com 32% de s6lidos e peso especifico de 1070 g/1,

microssilica nao-densificada da Camargo Correa, areia com modulo de finura de 2,24,

94% de pedra britada n• I e mais 6% de pedrisco com diiimetro de 9,5mm.

A rela91io agregado graudo/ab>regado miudo foi em torno de 1,5, menos para o

travo T2, quando ficou em 1, 14.

Nos travos T2 e T3 foram usados como adivao ao cimento percentuais de

microssilica em torno de 15%.

Ap6s tres dias da concretagem, os corpos de prova foram desmoldados e

envolvidos em Iona plilstica, ate as datas dos ensaios.

F oram previstos ensaios para dez dias ( devido it disponibilidade do Laborat6rio

de Estruturas e Materiais de Construy5es) e vinte e oito dias.

Page 38: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

20

Nao tendo havido diferenr;as significativas de temperaturas, os abatimentos das

misturas sao apresentados na tabela 3.

Os corpos-de-prova com trar;o T4 apresentaram pouca aderencia entre a

argamassa e os agregados graudos, devido a inadequada quantidade de

superplastificante empregada nessa mistura, prejudicando sensivelmente sua

resistencia a compressao (f,), como pode ser analisado na tabela 4.

TABELA- 3

Tra~o de Agua/cimento Agregado Temperatura Abatimento

concreto graiido/miiido (OC) (em)

Tl 0,32 1,50 26,9 19,50

T2 0,28 * 1,14 26,1 1,50

T3 0,27 * 1,50 27,7 6,00

T4 0,28 1,50 28,2 15,00

*Observar;ao: Nos trar;os T2 e T3, foi adicionada microssilica. Portanto,

relaciona-se agua com material cimentante, ou seja, a/( c + ms).

TABELA-4

Tra~o de concreto f, (10 dias) f, medio (10 dias) ( (2 8dias) f, mt\dio (28 dias)

(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)

TI 36,16 32,72 31,58 31,26

29,28 30,94

T2 52,33 53,92 67,23 65,76

55,51 64,30

T3 46,86 48,57 60,99 62,64

50,29 64,30

T4 0,89 0,76 18,84 21,77

0,64 24,70

Page 39: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

21

Sendo o travo de concreto T2 o que apresentou uma maior resistencia aos 28

dias, ele foi novamente analisado com a concretagem e ensaios de mais cinco corpos

de prova com dimensoes de I OOmm x 200mm.

A relaviio agualmaterial cimentante continuou em 0,28, conseguindo urn

abatimento de 5,0cm.

Os corpos-de-prova foram novamente desmoldados aos tres dias e envolvidos

em Ionas plasticas ate os ensaios, que ocorreram aos sete e vinte e oito dias de idade.

Na tabela 5 sao apresentadas as resistencias it compressao (f,) do concreto

obtidas nos ensaios, quando da repetiviio do travo T2 .

TABELA- 5

Tra~o de f, (7 dias) f,medio (7 dias) f, (28 dias) f, medio(28 dias)

concreto (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)

57,04 63,66

T2 62,13 59,58 63,03 63,02

62,39

Com as resistencias do concreto se confirmando em tomo de 60,00MPa, foi

adotado o travo T2 para o desenvolvimento dessa pesquisa, sobre pilares de concreto

de alta resistencia com seviio transversal retangular.

Os processos de execu\)ao e cura foram os mesmos, durante todo o trabalho,

mostrando serem eficientes, praticos e adequados para pilares de concreto de alta

resistencia.

Page 40: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

22

4 - Estudo comparativo entre pilares

retangulares de concreto de resistencia usual e

pilares retangulares de concreto de alta

resistencia

Page 41: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

23

4 - Estudo comparativo entre pilares retangulares de concreto

de resistencia usual e pilares retangulares de concreto de alta

resistencia

As normas atuais foram elaboradas em fun<;ao dos conhecimentos adquiridos

d . ' . . " . 40 OMP <181 P com o uso e concretos com res1stencms m1enores a , a . ortanto, torna-se

necessario o estudo do comportamento de elementos de concreto de alta resistencia,

para que se possa definir criterios de calculos que permitam o emprego de concretos

com resistencias elevadas, com garantida seguran<;a .

Os elementos de concreto com resistencias usuais apresentam comportamentos

estruturais diferentes dos elementos com concreto de altas resistencias, principalmente

no que se diz respeito as taxas minimas de armaduras e aos criterios de utiliza<;ao 081

.

Com o objetivo de se estabelecer as diferen<;as comportamentais existentes

entre pilares de concreto de alta resistencia e pilares de concreto de resistencia usual,

foram realizados ensaios comparativos.

Nesse estudo, os pilares possuiam se<;ao transversal retangular e foram

solicitados a compressao simples, com a finalidade principal de se definir a se<;ao

resistente e o comportamento it ruptura.

Para execu<;ao dos ensaios foram concretados oito modelos de pilares, de

dimensoes 80mm x 1 OOmm x 480mm, quatro para concreto de resistencia usual e

quatro para concreto com alta resistencia, sendo que para cada resistencia do

concreto, dois pilares foram armados e dois nao tiveram armaduras.

4.1- Amilise dos pilares de concreto com resistencia usual

Em uma primeira fase, concretou-se dois modelos de pilares com concreto de

resistencia usual, nao-armados, PISA-USUAL e P2SA-USUAL, e tres corpos-de­

prova cilindricos de dimensoes IOOmm x 200mm.

Page 42: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

24

0 concreto usado apresentava o seguinte consumo de materiais, por metro

cubico de concreto: 357 kg de cimento, 750 kg de areia, 1035 kg de pedra britada n°

1 e 214 Jitros de agua, OU seja, COm a reJayaO aguafcimento iguaJ a 0,60.

0 processo de mistura dos materiais constituintes do concreto na betoneira

obedeceu a seguinte ordem: foram colocados inicialmente toda a pedra britada no 1

com 1/3 da agua, depois toda a areia e mais 1/3 da agua e, finalizando o cimento e o

1/3 restante da agua.

Quanta a trabalhabilidade, obteve-se ap6s a mistura na betoneira, urn

abatimento de 4 ,50cm. A concretagem dos dais model as de pilares e dos tres corpos­

de- prova cilindricos de 1 OOmm x 200mm foi feita utilizando uma mesa vibrat6ria,

para garantir a qualidade final.

As desmoldagens dos pilares e dos corpos-de-prova ocorreram tres dias ap6s a

concretagem e, em seguida, foram envolvidos em lana plastica para a cura, ate a data

dos ensaios.

As resistencias a compressao dos corpos-de-prova estao apresentadas na tabela

6.

TABELA-6

Idade dos corpos-de-prova f, (MPa)

7 dias 18,3

14 dias 21,1

Os ensaios de ruptura dos pilares foram realizados na maquina hidraulica EU-

40, do Laborat6rio de Estruturas e Materiais de Construviio, da UNICAMP, aos 14

dias, devido a disponibilidade do laborat6rio.

Para medir o encurtamento no concreto dos pilares, foram utilizados quatro

defletometros meciinicos, com sensibilidade de O,Olmm, da marca MITUTOYO,

posicionados junto OS quatro vertices dos piJares, conforrne a figura 1.

Page 43: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

Defletometros Mecanicos

Modele de Pilar

Defletometros Meciinicos

Fig. I - Posicionamento dos defletometros medinicos no ensaio dos pilares.

25

0 pilar PI SA-USUAL atingiu uma tensao de compressao ultima de 17,3MPa e

o pilar P2SA-USUAL de 18,0MPa.

Em seguida aos ensaios dos pilares nao-armados, com concreto de resistencia

usual, concretou-se os pilares PICA-USUAL e P2CA-USUAL, com armaduras

longitudinais e tranversais, conforme prescreve a NBR-6118 atuais, e quatro corpos­

de-prova cilindricos de I OOmm x 200mm.

A dosagem de concreto usado foi o mesmo dos pilares nao-armados PISA­

USUAL e P2SA-USUAL.

A concretagem foi feita a uma temperatura de 25,9°C e na medida de

trabalhabilidade teve-se urn abatimento de 8,50cm.

F oram obedecidos os mesmos criterios de concretagem, vibraviio e cura ja

utiJizados para OS piJares nao-armados.

As armaduras longitudinais foram executadas com barras de diiimetro

0=6,3mm, as:o CA-60B. A amostra ensaiada a traviio simples apresentou as seguintes

caracteristicas: diiimetro medio de 6,43mm e area da seviio transversal de 32,54mm2.

Com relaviio aos estribos, tambem foi utilizado avo CA-60B, de diiimetro

0=5,0mm, com as seguintes · caracteristicas: diiimetro medio de 5,38mm e area de - 2 sevao transversal de 22,74mm .

Page 44: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

26

Com urn espa'(amento de 8,0cm, que equivale a menor dimensao da seviio da

peya, a taxa de armadura transversal empregada foi de 0,86%. A taxa de armadura

longitudinal foi de 1,56%, com quatro barras de 0=6,3mm. Ver esquema da figura 2.

Nas duas extremidades dos pilares, na regiao de introduviio de cargas, foram

colocadas placas de avo com espessura de 5, Omm, com a finalidade de proteger esses

locais da ruptura prematura, pelo efeito de ponta das barras longitudinais.

F oram colados em duas barras longitudinais, posicionadas junto as arestas,

diagonalmente, extens6metros eletricos SKINKOH, protegidos contra a umidade do

concreto por fita isolante, com o objetivo de se medir as deformav6es nas armaduras.

0

"'

Placa de ayo

100 //

\

30

80

80

80

80

80

30

80

100

4¢6,3mm

Placa de ayo (espessura = 5,0mm)

4¢6,3mm

(c=46,0cm) 6¢ S,OOmm c/ 8,0cm

(c = 30,0cm)

Fig. 2 - Detalhamento das armaduras longitudinal e transversal dos pilares PCA­

USUAL e PCA-CAR.

Para se determinar as deformav6es do concreto, utilizaram-se deflet6metros

mecanicos, com sensibilidade de O,Olmm, exatamente na mesma posiviio usada para

os pilares nao-armados (PISA-USUAL e P2SA-USUAL), ou seja, junto as quatro

arestas.

No ensaio dos corpos-de-prova cilindricos de concreto obteve-se as seguintes

resistencias a compressao, em funviio da idade:

Page 45: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

27

TABELA-7

Idade dos corpos de prova f,(MPa)

7 dias 15,6

I4 dias I9,2

0 pilar PICA-USUAL rompeu com uma tensao de compressiio igual a

22,5MPa e o pilar P2CA-USUAL com a tensao de 23,75MPa, aos I4 dias,

considerando-se a se~ao bruta de concreto. Os diagramas carga x deforma~ao no

concreto e no a~o sao apresentados nas figuras 3 e 4.

Pilar de Concreto de Rl!sisti!ncla Usual P1CA.USUAL

200-,-------------,

z 150

~

£ c

~ !'1:1 100

"' ~ ;; ()

Deformacao (% _)

Fig. 3- Diagrama carga x deforma~ao do pilar PICA-USUAL

Page 46: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

2 150

0

• E

. 0

Piludo Cnnoroto do Ro~iatOnola Uouol P2CA"USUA~

-o---- Concreto ' l_____ A co ____ _j

Oeformacao {% .)

Fig. 4 - Diagrama carga x deformavao do pilar P2CA-USUAL

28

Considerando-se as deformav6es medias dos modelos ensaiados tanto para os

pilares armados como para os pilares nao-armados, e transladando suas origens,

chegou-se aos diagramas da figura 5, que representam os diagramas carga x

deformavao dos pilares com concreto de resistencia usual.

Pilams 00 Concreto de Resistincia Usual Media das Deforma<;Oes

200 ,-----------------,

'" '" '"

Fig. 5 - Diagramas das deformav6es medias apresentadas pelos pilares

PSA-USUAL e PCA-USUAL com a origem transladada.

Page 47: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

29

A analise desses diagramas mostra coincidencia entre as deformav6es dos

pilares, na fase elastica, quando armadas ou nao. Com isso, pode-se concluir que nos

pilares retangulares com concreto usual a seviio resistente e a mesma na fase elastica,

ou seja, toda seviio transversal participa como resistente, inclusive o cobrimento das

armaduras nas peyas armadas.

Com o objetivo de ilustrar os resultados dos ensaios das peyas levadas a ruina,

mostra-se a superficie de ruptura dos pilares nao-armados, que apresentou-se rugosa,

contornando os agregados graudos, conforme figura a seguir.

Fig. 6- Pilares PI SA-USUAL e P2SA-USUAL rompidos.

Page 48: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

30

4.2 - Amilise dos pilares de concreto de alta resistencia

Nessa fase do estudo, foram ensaiados pilares de concreto de alta resistencia

com armaduras e nao-armados, nas mesmas dimensoes 80mm x 1 OOmm x 480mm.

Para controle da resistencia it compressao do concreto tambem foram

executados corpos-de-prova cilindricos de 1 OOmm x 200mm.

Com uma rela<;ao itgua/material cimentante de 0,28, o consumo de material por

metro cubico de concreto foi de: 545 kg de cimento, 763 kg de areia, 873 kg de pedra

britada n° 1, 81, 1 kg de microssilica, 16,0 litros de superplastificantes e 174,0 litros de

itgua.

Esse tra<;o e equivalente ao tra9o T2, anteriormente analisado e cujas

propriedades foram apresentadas no capitulo 3.

Na concretagem foram utilizados cimento Portland comum, do tipo CPE-32, da

ELDORADO e microssilica nao-densificada da CAMARGO CORREA

0 superplastificante empregado foi da marca REAX-625, em solu<;ao aquosa

com 32% de s61idos.

A ordem de coloca<;ao dos componentes da mistura na betoneira foi: pedra

britada no 1 com 1/3 da itgua, em seguida areia com 1/3 de itgua, e finalmente, o

cimento mais a microssilica misturados a seco e o 1/3 restante de itgua acrescido do

superplastificante.

Ap6s a concretagem foi feito o ensaio de trabalhabilidade, obtendo-se urn

abatimento do cone de 4,0cm.

0 processo de cura foi equivalente ao dos pilares de concreto com resistencia

usual, ou seja, desmoldados ap6s tres dias de concretados e envolvidos em Iona

plitstica.

A analise dos pilares come9ou com os modelos sem armaduras, PI SA-CAR e

P2SA-CAR., juntamente com dois corpos-de-prova.

Os corpos-de-prova, ensaiados somente aos sete dias, apresentaram uma

resistencia media it compressao de 55, 7MPa.

Page 49: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

31

Os pilares nao-armados de concreto de alta resistencia foram ensaiados a compressao na maquina hidraulica de capacidade de IOO,Otf do Laborat6rio de

Estruturas e Materiais de Construvao, da UNICAMP, aos 28 dias.

Nos ensaios foram usados quatro deflet6metros meciinicos posicionados

conforme esquema ja apresentado na figura I, para deterrninavao das deformavoes

ocorridas no concreto.

A tensao ultima obtida para o pilar PI SA-CAR foi de 62,5MPa e para o pilar

P2SA-CAR foi de 63,8MPa.

Os pilares armados de concreto de alta resistencia, PICA-CARe P2CA-CAR,

possuiam as dimensoes de 80mm x lOOmm x 480mm. Repetindo o mesmo processo,

quatro corpos-de-prova cilindricos de I Omm x 200mm foram moldados junto com os

pilares, para controle da resistencia a compressao do concreto.

A rnistura manteve a relavao agua/material cimentante igual a 0,28, com as

mesmas quantidades de materiais que a mistura dos pilares nao-armados de concreto

de alta resistencia.

A ordem de rnistura dos componentes na betoneira e os processos de vibravao e

cura seguiram as mesmas caracteristicas usadas para os pilares nao-armados.

No controle de trabalbabilidade teve-se urn abatimento do cone igual a 7,50cm.

Adotando-se a taxa de armadura longitudinal de l ,56% igual a usada para os

pilares armados de concreto de resistencia usual (PICA-USUAL e P2CA-USUAL),

os pilares armados de concreto de alta resistencia possuiam quatro barras

longitudinais de difunetro 0=6,3mm.

Essas barras longitudinais, de avo CA-60B, apresentavam as seguintes

caracteristicas: difunetro medio de 6,43mm e area da secao transversal de 32,54mm2

.

A taxa de armadura transversal foi de 0,86%, usando-se barras de 0=5,0mm,

com a mesma disposivao ja apresentada no esquema da figura 2 para os pilares de

concreto com resistencia usual, com o espacamento entre os estribos em 8, Ocm.

A armadura transversal possuia como caracteristicas: difunetro medio de

5,38mm, area da SeyaO transversal de 22, 74mm 2

.

--------

Page 50: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

32

Duas barras longitudinais, na diagonal, foram instrumentadas com

extensometros eletricos SHINKOH, para se determinar as deformavoes das

armaduras.

Para o conhecimento das deformacoes no concreto, foram posicionados nas

quatro arestas, conforme esquema da figura I, quatro defletometros mecanicos, com

sensibilidade de O,Oimrn e curso de lO,Omrn, da marca MITUTOYO.

Os corpos-de-prova cilindricos de I OOmrn x 200mm, ensaiados com as idades

de sete e vinte e oito dias, apresentaram as medias de tensoes de compressao

descritas na tabela 8.

TABELA- 8

ldade dos corpos de prova f, (MPa)

7 dias 53,7

28 dias 61,9

No ensaio dos pilares, aos 28 dias, o pilar PICA-CAR apresentou tensao de

ruina de 62,5MPa eo pilar P2CA-CAR apresentou tensao de ruina de 65,6MPa.

As deformacoes medidas para o concreto dos pilares PICA-CARe P2CA-CAR

estao apresentadas nos diagramas carga x deformacao das figuras 7 e 8.

Page 51: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

(U 200

0

'"'

PHar d!l. Con~reto de Alta ReshU'iruoia P1CA·CAR

Concreto A co

Deformacao (%.)

Fig. 7- Diagrama carga x deforma<;:iio do pilar PICA-CAR

500

z <00 ~

E ' m 300 E ro rn

~ 200 ro 0

Pilar de Concn•to de Alia Reslst~ncla P 2CA •CA R

ofo ,.... ,.... /

/ /

/

/

Deformacao (%

Fig 8 - Diagrama carga x deforma<;:iio do pilar P2CA-CAR

33

As deforma<;:oes do concreto para os pilares armados sao mawres que as

deforma<;:oes do concreto dos pilares niio-armados, no estudo comparativo, usando-se

concreto de alta resistencia.

Page 52: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0 ,)('()

c . ; oco

"

0

10U

P2CA·CAR P1CA-CAR P2SA-CAR

-"'-P1SA-CAR

2 0 2 5 3 f,

Deformacao (%.)

Fig. 9 - Diagrama das deforma9iies dos pilares PSA-CAR e PCA-CAR.

34

Os resultados dessa comparayiio podem ser verificados nos diagramas carga x

deformayaO da figura 10, que representam as deformayiies medias dos pilares

armados e nao-armados.

Plluoo do Con<«to do Alta R;osiUinela

500.,.---------------,

Deformacao (% .)

Fig. 10 - Diagramas das deformayiies medias apresentadas pelos pilares PC A­

CAR e PSA-CAR.

Tal fato permite concluir que a se91io resistente nao e a se9iio transversal total,

para os pilares retangulares armados de concreto de alta resistencia, isto e, a

armadura define urn nucleo resistente, fato ja comprovado por Agostini (!),quando do

estudo de pilares de se91io quadrada.

Page 53: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

35

Observou-se, tambem, que a ruptura dos pilares de concreto de alta resistencia

nao-armados definem urn plano liso, com os agregados cisalhados, conforme figura a

segmr.

Fig. 11 - Pilares Pl SA-CARe P2SA-CAR rompidos

Page 54: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

5- Pilares de concreto de alta resistencia

com se~ao transversal retangular e armadura

de confinamento

36

Page 55: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

37

5 - Pilares de concreto de alta resistencia com se~ao transversal

retangular e armadura de confinamento

Os pilares de concreto de alta resistencia apresentam ruptura fragil, quando as

taxas de armaduras longitudinais e transversais empregadas sao as usuais. Portanto,

foi necessaria definir novas taxas de armaduras longitudinais e transversais que

permitissem uma ruptura ductil.

(1, 28) I 'd d . Estudos anteriores confrrmaram ta necess1 a e, pms era preocupante a

ruptura fragil dos pilares de concreto de alta resistencia quando solicitados a compressao.

Do estudo com pilares de concreto de alta resistencia com sev6es transversais

retangulares, detalhado no capitulo 4, com taxas de armaduras usuais, notou-se a

flambagem das armaduras longitudinais e a abertura dos estribos, no instante de

ruptura do nucleo de concreto definido pelas armaduras. Tal fato exigiu a aniilise de

taxas de armaduras que garantissem ruptura ductil. (fig. 12)

Para definir-se taxas de armaduras de confinamento satisfat6rias para os pilares

com sev6es transversais retangulares, foram ensaiados e analisados modelos com

diferentes taxas de confinamento.

Esses modelos foram sempre ensaiados aos pares, tendo as mesmas

caracteristicas geometricas e as mesmas taxas de armaduras, tanto transversais como

longitudinais. Foram adotados tambem o mesmo processo de instrumentavao e o

mesmo criteria de aniilise de resultados para todos os modelos ensaiados.

A nomenclatura usada para identificar cada modelo foi a seguinte:

PX/Y-Z-W

onde X/Y e a relavao entre as dimensoes da sevao transversal de concreto;

z e a taxa de armadura transversal;

we 0 indice numerico que define 0 modelo ensaiado.

Para ilustravao da nomenclatura tomou-se o primeiro modelo de urn par de

pilares ensaiados, com dimensoes 80mm x 1 OOmm x 480mm e taxa de armadura

Page 56: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

38

transversal de 1,75%. Seguindo a identificavao usada esse seria o modelo: P 8/10-

175-1.

Fig 12- Pilares PCA-CAR com taxas usuais de armaduras.

5.1- Materiais utilizados

0 travo do concreto utilizado no estudo das armaduras de confinamento, em

pilares de concreto de alta resistencia com sevao transversal retangular, foi o travo 3

T2, apresentado na tabela 2, tendo-se o seguinte consumo de materiais por m de

concreto: 545 kg de cimento, 763 kg de areia, 873 kg de pedra britada no 1, 81,8 kg

Page 57: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

39

de microssilica, 16 litros de superplastificante e 17 4 litros de agua. Com esse travo, a

reiayiiO agua/material cimentante foi de 0,28.

0 cimento utilizado foi o cimento Portland comum do tipo CPE-32, da marca

Eldorado; a microssilica foi a niio-densificada da Camargo Correa, adicionada a seco

ao cimento, numa porcentagem em peso equivalente 15% do peso do cimento.

Quanto ao superplastificante, foi utilizado o REAX-625, com peso especifico de

1 070g/l e teor de so lidos de 0,32 na solu9iio. Os agregados apresentaram as seguintes

caracteristicas: a areia possuia urn modulo de finura de 2,24 e difunetro maximo de

2,4mm, enquanto que a pedra britada n° 1 possuia modulo de finura 6,23 e diiimetro

maximo de 19,0mm.

As armaduras longitudinais foram constituidas de barras de a9o CA-SOA, com

difunetro de 3/8" e as seguintes caracteristicas: diiimetro medio de 9,99mm, area da 2

se9iio transversal de 78,53mm e resistencia ao escoamento fy =493 MPa.

As armaduras transversals (estribos) foram executados com a90 CA-60B de

diiimetro igual a 5,0mm e possuiam as seguintes caracteristicas: diiimetro medio de

5,39mm e area da se9iio transversal de 22,80mm2

.

5.2 - Instrumenta~ao

Para determina9iio das deforma96es no concreto, foram utilizados quatro

deflet6metros meciinicos Messner , com sensibilidade de O,Olmm e curso de I Omm,

posicionados nos quatro vertices dos pilares. Com as deforma96es medias obtidas,

tra9ou-se o diagrama carga x deforma9iio do concreto.

Tendo por objetivo a analise das deformavoes sofridas pelas barras longitudinais

dos pilares solicitados a compressiio, foram colados extens6metros eletricos

KYOW A, com base de medida de 5,0mm, nas superficies das barras, a meia altura.

Para o estudo da deformabilidade dos estribos, dois deles foram escolhidos e

instrumentados, tambem com extens6metros KYOW A com base de medida de

S,Omm. A escolha dos estribos a serem instrumentados foi feita em funviio do

assentamento dos mesmos nas barras longitudinais: aquele que apresentava o melhor

Page 58: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

40

assentamento e outro o que apresentava deficiencia na vinculavao com a armadura

longitudinal.

Nos pontos onde foram fixados os extens6metros, as barras de avo foram

lixadas para garantir a adesao. A colagem foi feita com adesivos instantaneos de

cianoacrilato. Ap6s a colagem, os extens6metros foram envolvidos com fitas

isolantes, para proteviio na concretagem e para evitar o efeito da umidade do concreto

no periodo de cura Durante os ensaios, os extens6metros, atraves das fiav5es

soldadas aos seus terminais, foram ligados a uma cmxa comutadora

HUGGENBERGER S.23, que, por sua vez, foi conectada a urn indicador de

deformav5es HUGGENBERGER TEPIC JT.I.

Fig 13 - Instrumentavao dos pilares.

Page 59: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

41

Para compensar o efeito da temperatura, foi utilizado compensador

instrumentado de forma identica as barras longitudinais e estribos, que era constituido

de uma barra de a9o concretada no interior de urn corpo-de-prova cilindrico (1 OOmm

x 200mm).

Para analise dos diagramas carga X deformayaO dos pilares, obtidos pelas

leituras das deformayoes, utilizando extens6metros eletricos e deflet6metros

meciinicos, foram adotadas como nomenclatura: AL para as armaduras longitudinais,

cujas disposi96es obedecem esquemas anexos aos diagramas carga x deforma9ao e E

para os estribos adotados para ensaios, onde o melhor executado encontra-se

assinalado.

5.3 - Execu~iio e cura

Quando da concretagem dos dois modelos de pilares, foram concretados

tambem dois corpos-de-prova cilindricos de dimensoes 1 OOmm x 200mm, para

controle da resistencia do concreto aos 28 dias.

Ap6s a concretagem, os modelos e os corpos-de-prova foram vibrados em uma

mesa vibrat6ria e mantidos nos pr6prios moldes por tres dias, com a face superior

protegida por lona plastica. Ap6s a desmoldagem, os pilares e os corpos-de-prova

ficaram envoltos em Ionas plasticas ate a data do ensaio.

5.4 - Rela~iio entre lados de 1 : 1,25

Em decorrencia do estudo sobre se9ao resistente em pilar com se9ao transversal

retangular, optou-se, em uma primeira fase pela rela9ao entre !ados igual a I

1,25, com modelos de pilares de dimensoes 80mm x 100mm x 480mm

Tendo-se por base o trabalho de Agostini Ol' a taxa minima de armadura

longitudinal para pilares de concreto de alta resistencia e em torno de 3,20% . Em

fun9ao desse fato, a taxa de armadura longitudinal adotada foi de 3,5 5%, tendo sido

utilizadas quatro barras de diametro de 3/8 ", com 46, Ocm de comprimento.

Page 60: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0

00

0

00

Pilares PS/10-150-1 e PS/10-150-2

100 I

~

~ i\\

------------

23

46

46

46

46

46

46

46

46

46 23

80

100

4~318"

Placa de a(:O (espessura ~ S,Ornm)

Pilares PS/10-175-1 e PS/10-175-2

Placa de avo 100 ,/

'/ !00

15

39

39 80

39

39

39

39

39 4 ~ 318"

39

39

39 39

15 L_

'\ Placa de al'o ( espessura ~ S,Ornm)

4~38"

(c~46,0cm)

8 0

~o

4~38"

(c=46,0cm)

10 + 5,00mm c! 4,6cm

(c = 30,0cm)

8 0

~o

12 $ 5,00mm c! 3,9cm

(c ~ 30,0cm)

Fig 14- Detalhamento das armadurasdos pilares P8/I0-150 e PS/10-175

42

Page 61: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

c

c

"'

Pilares PS/10-200-1 e PS/10-200-2

100

--

Placa de ayo /

f-9 f--

100

-f--3 _3

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

80

0

-If -- _3 0

- f--3

- f--3 3 - f--3

- f--

- f--3

-f--3

- f--3

- f-3 3 - f--3

- f--9 L - f-

v 4ifl3/8"

I\'

\ Placa de a<;o (espessura = 5,0nun)

Pilares PS/10-225-1 e PS/10-225-2

100

I ~

\

/

Placade ayo /~

20 30 30 80 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 20

100

4 ~ 3/8"

Placa de a<;o (espessura = 5,0mm)

I 4~38"

(<P46,0cm)

8 0

:O

4~38"

(c=46,0cm)

14 + 5,00mm c! 3,4cm

(c= 30,0cm)

8 0 :o 15 + S,OOmm c/ 3,0cm

(c = 30,0cm)

Fig 15 - Detalhamento das armadurasdos pilares P8/l 0-200 e P8/l 0-225

43

Page 62: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

00

0

00

Pilares PS/10-250-1 e PS/10-250-2

Placa de avo

100

I 100

*~; ---------~-

i\\

---------------

27 27

27 27

27

27 27 27

27

27

27 27

27 27

27 14

80

v 4$ 3/8"

Placa de ayo ( espessura = 5,0rnm)

Pilares PS/10-275-1 e PS/10-275-2

Placa de ayo 100 v/

100

]7,5

25 25 80 25 25 25 25 25 4 ~ 3/8"

25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 17,5

-' \

\ Placa de ayo (espessura = 5,0nun)

:I

4~38"

(cc,46,0cm)

8 0

:O

4<j>38"

(c=46,0cm)

17 .p 5,00nun c/ 2,7cm

(c = 30,0cm)

8 0

18 $ 5,00mm c/ 2,5cm

(c=30,0cm)

Fig. 16- Detalhamento das armadurasdos pilares PS/10-250 e PS/10-275

44

Page 63: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

45

Ja para os estribos foram estudados modelos cujas taxas de armaduras

transversais apresentavam uma variavao de 1,50% a 2,75%.

U sando-se estribos de 5, Omm de diiimetro foram analisados pilares com sev6es

transversais retangulares com taxas de armaduras transversais de 1,50%, 1,75%,

2,00%, 2,25%, 2,50%, e 2,75%.

Por informav6es, tambem obtidas com o trabalho de AgostinP), o uso de

estribos individuais foi adotado, uma vez que se mostraram mais eficientes no

confinamento do nucleo de concreto.

De forma anitloga aos pilares com armaduras usuais, foram colocadas nas duas

extremidades dos modelos placas de avo com 5,0mm de espessura, como proteyao

dessas regioes de possiveis rupturas, pelo efeito de ponta das barras longitudinais.

Na mesma data dos ensaios dos pilares, os corpos-de-prova cilindricos de

1 OOmm x 200mm foram ensaiados a compressao, para determinavao de carga de

ruptura prevista para os pilares.

Com os dados obtidos nesses ensaios, pode-se estimar as cargas de ruptura para

os modelos de pilares, apresentadas na tabela 9, com a equayao:

onde Ac = area da seyao transversal resistente do concreto

fc = resistencia media a compressao dos corpos-de-prova cilindricos

(IOOmm x 200mm);

A. = area da sevao transversal da armadura longitudinal;

fy = resistencia de escoamento da armadura longitudinal.

Page 64: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

46

TABELA-9

Pit ares A, f, A, fy Carga prevista Carga ultima

(cmz) (MPa) (cm2) (MPa) (tf) (tt)

p 8/10-150-1 80 74,48 0,72 493 63,13 56,00

p 8/10-150-2 57,50

p 8/10-175-1 80 65,83 0,72 493 56,21 60,00

p 8/10-175-2 57,50

p 8/10-200-1 80 66,27 0,72 493 56,57 60,00

P8/l 0-200-2 60,00

p 8/10-225-1 80 63,60 0,72 493 54,43 50,00

p 8/10-225-2 52,50

p 8/10-250-1 80 63,85 0,72 493 54,63 51,50

p 8/10-250-2 51,00

p 8/10-275-1 80 54, II 0,72 493 46,84 49,00

p 8/10-275-2 55,00

Os ensaios come9aram pelos modelos de pilares P 8110-150-1 e P 8/10-150-2,

com taxa de armadura transversal de 1,50%, que apresentaram ruptura fragil,

evidenciando-se a necessidade de serem aumentadas as taxas de armaduras

transversais.

A figura 17 apresenta os pilares P 8/10-150-1 e P 8/10-150-2 ensaiados.

-------------------·---·------

Page 65: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

47 j

Fig. 17- Pilares P8/l0-150 ensaiados.

F oram ensaiados os modelos de pilares com as diversas taxas de armaduras

transversais previstas, nos quais notou-se que, com a taxa de armadura transversal de

2, 00%, o confinamento come.you a se mostrar eficiente. Os pilares ensaiados

apresentaram algumas fissuras nas suas faces e, em seguida, ocorria o rompimento da

camada de concreto de revestimento das armaduras.

Os pilares que possuiam taxas de armaduras transversais acima de 2, 00% nao

apresentaram flambagem nas barras longitudinais nem abertura dos estribos, mas

somente ruptura da camada de revestimento, conforme figura 18, que mostra os

pilares P 8/10-250-1 e P 8/10-250-2 ap6s os ensaios.

Page 66: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

48

1

Fig. 18 - Pilares P8/l 0-250 ensaiados.

Analisando-se os diagramas carga x deforma<;iio tra<;ados das armaduras

longitudinais, nota-se o aparecimento de excentricidades, mesmo tendo sido a carga

aplicada em toda a se<;iio transversal do pilar.

Pela analise dos diagramas do pilar P 8/10-150-2, tal fato ja se evidencia: nas

barras longitudinais AL-2 e AL-5, dispostas do mesmo !ado (conforme pode ser visto

no esquema anexo aos diagramas ), as deforma<;oes sao menores e semelhantes.

Assim, percebe-se a ocorrencia de flexiio normal composta, provavelmente devido a

heterogeneidade do concreto.

No pilar P 8/10-225-1 ocorreu flexiio obliqua, que pode ser verificada com o

estudo dos diagramas carga x deforma<;iio das armaduras, pois as barras longitudinais

AL-3 e AL-5, dispostas na diagonal, deformaram-se igualmente, nao ocorrendo o

mesmo para as barras AL-2 e AL-4.

Page 67: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

49

Amilises equivalentes mostram a ocorrencia de flexao normal composta, em

varios modelos de pilares de dimensoes 80mm x 1 OOmm x 480mm ensaiados.

Quanto ao estudo dos diagramas das deformav5es ocorridas nos estribos, ficou

confirmado que os melhores executados sao os mais solicitados (!) .

Os equipamentos existentes no Laborat6rio de Estruturas e Materiais de

Construvao nao possibilitaram as leituras dos dados da parte descendente da curva

carga x deformavao do concreto. No entanto, essa parte descendente da curva foi

plotada pelo gritfico travado pela maquina hidniulica utilizada, sendo possivel, dessa

forma, visualizar e analisar o efeito da armadura transversal de confinamento nos

pilares.

No grafico da figura 43 sao apresentadas as deformav5es dos pilares PICA­

CAR, P 8/10-150-1 e P 8/10-250-1, onde pode-se comparar a ruptura fragil do

PICA-CAR e de P 8/10-150-1, e o confinamento do pilar P 8/10-250-1, em

decorrencia do patamar formado no diagrama antes da queda da curva, na ruptura .

Page 68: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

50

P8/10 - T150 (Pilar nQ 1)

DEFORMAQAO (o/oo) 1

0.5

-0.5

-1

-1.5 I

-2 -l-1

-2~: j -3.5 ~:---1--- ·· ··I

0 100 200 300 400 500 CARREGAMENTO (kN)

·--- -----

1 5 _____ 4

2-5 3-4

6

I

!

600

-7+- E-1

--*- E-6

-e- AL-2

-b- AL-3

-H AL-4

--7-- AL-5

~ CONCRETO

l'u • 58,00 !l lc • 7 41,48 Ml Pa

[ IESQUIEMA DIE

I ii\ISlriRUMIEII!lrACAO l _______ ...

FIG. 19 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 69: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

51

P8/10 - T150 (Pilar n2 1) DEFORMAQAO (%,) DEFORMA<;;AO (%.)

0.9 ,-----------·····~·····~······ -~~·--·1 0~,------·······································-···························· I

o.a§ 0.7

0.6

0.5

0.4

0 100

-0.5.

-1

-1.5

-2

-2.5 ' 0

. \

+·········\~ J

--9-- AL -2

-An AL-3

-B- Al-4

--4-- Al-5

-3.5 .l..l.c,""""'l=~+--~+

-3

200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN) CARREGAMENTO (kN)

DEFORMA<;;AO (%.)

or----~----~======~1 1,. I -~- CONCRETO

-o.s I_. -

- 1 •

'

-1.5

'

·j -2.5

I -3

-3.5 +-----+---+---+----+ 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 20 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 70: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/10 - T150 (Pilar n2 2)

1FcAo(%.)

0.51

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

• -3 +

-3.5 j_ ·~f.-.------+---+---+---+---0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

·- -~.-

2-5

6 1DJ: 3-4

52

--*- E-1

--"'- E-6 /;'-

-e- AL-2

--A- AL-3

-H- AL-4

--f7- AL-5

---&- CONCRETO

Pu s 57.50 H lc • 7 4,48 Ml"a

UIEI\IIA DIE

INSHlUi\IIIENTACAO

FIG. 21 - DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 71: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

53

P8/10 - T150 (Pilar nQ 2) DEFORMAQAO (%.) DEFORMAQAO (%o)

0.9 -,----__:_,_---'--------·~·~~-~~-~~~~1

0.8§ 0 . -------------- . ····~~~--~-~

-0.5 I

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0~~~~-+--~--~·~·~--~ 0 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN) CAAREGAMENTO (kN)

DEFORMAQAO ('II.) 0

I "~" CONCRETO ••n~

-0.5

- 1 . .

-1.5

-2 '•,

_,,i -3 ·.

-3.5 +----+--+---+--+---+-.--1 0 100 200 300 400 500 600

CAAREGAMENTO (kN)

FIG. 22 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 72: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/10 - T175 (Pilar nQ 1)

DEFORMA<;:AO {%.) 1

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

0 100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO {kN)

1

2-5

6

54

~~---------

---*"- E-1

-+- E-6

-e- AL-2

b- AL-3

-8-- AL-4

--{7--- AL-5

-~- CONCRETO

ll'u • 50,00 II lc • 55,83 Mll'a

!ESQUEMA DIE

IINSTRUMIEIIHACAO I ____ .....

FIG. 23 - DEFORMACBES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 73: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0

DEFORMAQAO ( .. )

§ 6

0 100 200 300

P8/10 - T175 (Pilar nQ 1)

400 500 600

I

- 2.5 ~-~ -& AL -2

II -A- AL-3

-STI-tr AL-4

i l ·+-· AL-5

-3.5 +- . . ... ,_.

55

2:,

\I -+----+-+ .J

500 600 CARREGAMENTO (kN)

0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMAQAO ( .. ) or··-- -----··--·-------=-----;:====:::;:-

1

1\ ~ CONCRETO I -0.5 •.

- 1 I •.

-1.5

J •.

-3+-----~---+----+---~-0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

. I

+-_____j

500 600

FIG. 24 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 74: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

1

0.5

0

-0.5

- 1

-1.5

-2

-2.5

-3

P8/10 - T175 (Pilar nQ 2)

DEFORMAQAO (%o)

' •

•.

·~~~~~~~~~~

. . • . ,, I

'~' "~-~·-~········· .j

I

.. •.

.. -3.5 +-~~+-~~J.-~--+~- ~+--""'!~-~

0 100 200 300 400 500 CARREGAMENTO (kN)

·-·-··~--

-1

2-5 3-4

6

600

56

'*- E-6

-e. AL-2

-b- AL-3

·-l=t- AL-4

~ AL-5

CONCRETO

I Pu: 57,50 tl i lc • 65,63 MPa

FIG. 25 - DEFORMAC0£8 NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 75: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

57

P8/10 - T175 (Pilar nQ 2) DEFORMACAO ( .. )

0.6,.-----------

l I

0.5

0.4

0.3

0.2

0

~~ l.:::.!:!...J

100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMACAO ( .. ) 0

-o.5f\ -11 '. ._

I ,

-1.5 t -2

-2.5

-3

-3.5 0 100 200

'

300

0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

1---· CONCRETO I

I ' I ' '

~ 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

FIG. 26 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 76: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

58

P8/10 - T200 (Pilar n2 1)

DEFORMAQAO (o/,.) 1 ,-------~-------------------·-········

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3 0

2-5

100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

1

6

3-4 :o1:

rM--~ E-1

-+- E-6

-e- AL-2

-b- AL-3

-B- AL-4

~- AL-5

CONCRETO

l'u " 60,00 II lc • 66,21 Mll'a

I IESQUIEMA DIE I ~

I INSTRUMIENTACAO l__. ____ _.

FIG. 27 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 77: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

59

P8/10 - T200 (Pilar n2 1) DEFORMACAO (%.)

0.7 ..;:::::.-=:==~=---~

·~ § 6 0.6

0.5

0.4

0.3

0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

~o.s '...

- 1

-1.5 t ·21

-2.5

I

500 600

\

-o.5f Q~ I "'~s~

-1+ ~'~,

_,.f ~~·

I' '\~

-2 Q

-8- Al-2

• 2.5 T -& AL-3

-3 I -&~-·~:~~:~:~~--+ 0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

500

·3+---+--+---+--

!

r-~~+ j 0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 28 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 78: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

60

P8/10 - T200 (Pilar n2 2}

DEFORMACAO (o/oo)

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3 -+---+-----1--· 0

2-5

100 200 300 400 500 CARREGAMENTO (kN)

------ - ----

-T

3-4

6

~~~~-

' --7<:- E-1

-+- E-6

-e AL-2

-A- AL-3

--8- AL-4

-0-- AL-5

CONCRETO

Pu " 60,00 II . fc " 66,27 MPa

600

I " !ESQUEMA DIE

1 iNSlfRUMIENlfACAO

FIG. 29 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 79: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

61

P8/10 - T200 (Pilar n2 2) DEFORMAQAO (._)

0.9 ·-~~--------:;:-,

o.a§ 0.7

0.6

0.5

-0.1

0 100 200 300 400 500 600

-0.5

- 1

-1.5

-2

I I -8- AL-2

-2.5 t -A- AL-3

I -8--- AL~4

I + AL~5

-3 +-"'=f"""""'""-+ 0

CARREGAMENTO (kN)

100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMAQAO (._) 0

\

'

,--~~-~ I -~- CONCRETO

-0.5

' - 1 .,

' -1.5 ·•.

-2 I

I -2.5

Jl

-3+'----~----+----+----4-----~ 0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 30 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 80: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/10 - T225 (Pilar nQ 1)

DEFORMACAO (o/oo)

-0.5

-1

-1.5

_::f -3L

-3.5 +-~-+~

0 100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

1

3-4 ltl 2 3 6

""""*- E-1

--*- E-6

~~0 AL-2

~~~~ AL-3

-8- AL-4

+ AL-5

62

• CONCRETO

~~---

1 Pu " 50,00 !I

I fc • 53,50 MPa

ESQUEMA DE

iNSlfRUMENTACAO

FIG. 31 - DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 81: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

63

P8/10 - T225 (Pilar nQ 1) DEFORMAQAO («.)

0.5~§~. ----~ DEFORMACAO(%o)

o.5 r··

0.4

0.3

0.2

0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

500 600 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

o rMACAO (%o)

-0.5 j \ . - 1

-1.5 t ·2r

-2.5+

·. ·.

·3t -3.5 41--+---+-~···+ ---+--1-_j

0 100 200 300 400 500 600 CAAAEGAMENTO (kN)

600

FIG. 32 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 82: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

1

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

64

P8/10 - T225 (Pilar nQ 2}

DEFORMACAO (o/oo)

0 100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

2-5 3-4

I , -~-1 i --*- E-6

-9-- AL-2

--fr AL-3

--& AL-4

--fr- AL-5

-~- CONCRETO

,------~---

l'u " 52,50 tl lc • 63,60 MPa

IIESQUIEMA DIE

i !NSll'lUMIENTACAO

FIG. 33 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 83: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

DEFORMA<;:AO (%.) 0.5

0.4

0.3

0.2

~ l:::..::.J

P8/10 - T225 (Pilar n2 2) DEFORMA<;:AO (%.)

0

-0.5 +

-, I -1.5

65

0.1

'

0 ~~---+------+-----+-f---_j

-2rr ~ :~:: ' ~~-AL-4 l I +- AL-5 \

-2.5 + '""""""l""=~---+- ..... ·-1 ° 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

600 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMA<;:AO (%.) 0

-0.5 +

.... ···- ...... ··---- =:-I

---- CONCAET_O_ --.. , I

-, I -•.

-1.5

-2

I -3.5 ~---+--....J---1--....J

0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 34 - DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 84: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

1

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

P8/10 - T250 (Pilar n2 1}

DEFORMAQAO (%o)

0 100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

2-5 3-4

66

E~~1-~" I -+- E-6 1 ~e- AL-2

-A- AL-3

-8- AL-4

I -0"" AL-5

I ~" CONCRETO

,--------.-~"""--~~-----

! !Pu '" 51,50 U

lc • 63,85 MPa

-~"--

SQUIE ii!IA DIE

6 JtJI: . "fRUilliiENTACAO

FIG. 35 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 85: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.8§ 0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0 100 200 300

P8/10 - T250 (Pilar nQ 1)

400 500 600

-1.5 t ' I

-2 i

- 2 5 + ,---~---··---~·" ' I

--e- Al-2

·8'" AL-3 -3 i

' B AL-4

I ' •) AL-6

-3.5 + .......... 1"""" .... ~+---+--~ 0

67

CARREGAMENTO (kN)

100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

o r~~F~f!tA_A£AO ("") .,

-0.5 \

I •'

- 1

-1.5

-2

-2.5

-3 r I

-3.5 +------+-~~f--~--1--- -~·--~-~ 0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 36 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 86: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0

-0.5

- 1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

68

P8/10 - T250 (Pilar nQ 2)

DEFORMACAO (o/oo)

-. I I

+---+-----+----+---+--·----~-+-·~ J 0

2-5

100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

T

3·4

6

~ E-1

E-6

-0- AL-2

--b- AL-3

-B- AL-4

-(7- AL-5

-•- CONCRETO

IIPu • 51,00 II I lc • 63,85 MIPa

I ESQUEMA DE IINSTRUMENTACAO

FIG. 37 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 87: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.7§ 0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

P8/10 - T250 (Pilar n2 2)

·15 t ·21~-

! --8- AL-4

J -V- AL-5

·2.5 ··--

69

~-+~-+-~-~ 0 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

500 600 CARREGAMENTO (kN)

DEFORMA<;:AO (%.) 0

-o.s+ \

[ ~-.- CONCRETO I

- 1

'· ~ 1.5

0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

FIG. 38 - DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 88: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/10 - T275 (Pilar n 2 1)

DEFORMAQAO (%.)

0.~ + ,~

0

-0.5

-1

-1.5

-2 -

-2.5

-3

-3.5 T _;_;+ _;_:L,

-6 ~------~

\ 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

l

5-4 2-3 r----=r

6

70

~ E-1

-+- E-6

-e- AL-2

8-- AL-3

--B- AL-4

AL-5

CONCRETO

l'u 8 49,00 tf lc 8 54,11 1\ill'a

IESQUIEMA DIE

I NSlrl'lU M IE IN lrACAO

FIG. 39 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 89: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

71

P8/10 - T275 (Pilar nQ 1) DEFORMACAO ('!!.)

0.7 .,...---'----- ----DEFORMACAO('!I.)

0 ... ·---·-

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

§ 6

i +-=-+--- ·--+- -----+ -~-100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

0 FRMACAO (%.)

-051\\ . '

'

- 1

-1.5

-2

-2.5

100 200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

·,

\

-3 +---1------+-----+----+---J 0 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

500

FIG. 40 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 90: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

72

P8/10 - T275 (Pilar nQ 2}

DEFORMACAO (o/oo) 1

0.5 0 !liW;,o;!!

-0.5

- 1

-1.5 -2

-2.5 -3

-3.5 -4

-4.5 -5

-5.5 -6

-6.5+---~-i-----+----~~-~~----+-~-~~-~J~--~·-···.J

0 100 200 300 400 500 600 CARREGAMENTO (kN)

-1

2-3 5-4

6

'---

~~--~----E-~1-- ······--

' --*"- E-6

-0 AL-2

-A- AL-3

-8- AL-4

~&- AL-5

- CONCRETO

Pu • 55,00 tf

fc • 54,11 MIPa

IESQl!IEMA DIE

~IN ST I'll! MIEN TA 1; AO

FIG. 41- DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 91: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

73

P8/10 - T275 (Pilar nQ 2) DEFORMACAO ( .. )

0

~ l.:::.!:.J

100 200 300 400 500 CARREGAMENTO (kN)

- 1 \

-1.5

-2

0 100

600 0

200 300 400

CARREGAMENTO (kN)

~------------

I

\

\ i

- , ,~ I 100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

600

500 600

FIG. 42 - DEFORMA<;;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 92: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

74

Pilares PS/1 0

Carregamento

T- usual T -1,50°/o

Deformayiio

Fig. 43- Diagramas carga x deforma<;ao dos pilares PICA-CAR, P8/I0-150-1 e

PS/I0-250-1, fornecidos pela maquina hidraulica.

5.5- Rela.,:ao 1: 1,50

Por serem eficientes as taxas de armaduras transversais de 2,00%, 2,25% e

2,50%, optou-se por reestudar seus efeitos em modelos de pilares com uma relacao

maior entre os !ados da se<;ao transversale, assim, foi definida a relacao 1:1,50, sendo

as dimensoes dos novos modelos 80mm x 120mm x 480mm.

Seguindo as orientacoes dos ensaios anteriores, foram concretados dois

modelos de pilares para cada uma das taxas de armaduras transversais e dois corpos

de prova cilindricos (lOOmm x 200mm), utilizando-se, novamente, o traco T2.

Com o objetivo de compensar a inevitavel heterogeneidade do concreto,

aumentou-se o mimero de barras longitudinais, de quatro para seis, pois em pilares de

secao transversal quadradaol, esse recurso mostrou-se eficiente, diminuindo as

excentricidades que apareciam quando ensaiados a compressao.

Page 93: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

75

Levando-se em consideraviio tal fato, a taxa de armadura longitudinal adotada

para os pilares de 80mm x 120mm x 480mm foi de 4,44%, como emprego de seis

barras de 0 = 3/8" de aco CA-50A.

Nas armaduras transversais adotadas para as taxas de 2,00%, 2,25% e 2,50%

foram novamente utilizados estribos individuais com diiimetro 0 = 5, Omm.

As armacoes dos pilares encontram-se nas figuras 44 e 45, com detalhamento

dos espacamentos dos estribos.

0

Pilares PS/12-200-1 e PS/12-200-2

Placa de ayo

I 12 0 / 120

~ - 15 ----

33

33 80 33 33

~---~"""""----------,

' 0

I !

l 0 b I I -

33 - 33 - 33

33 33

33 -33 6 !ft3/8" - 33 -33 - 15 -.

Placa de ayo (espessura""' S,Omm)

6 $38"

(c=46,0cm)

12 0

:O 14 ¢1 5,00mm c/ 3,3cm

(c = 34,0cm)

Fig. 44- Detalhamento das armaduras dos pilares PS/12-200

Page 94: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

Pilares PS/12-225-1 e PS/12-225-2

Placa de ayo

12 0 / 120

12

29

29 80 i I

29 J 29

0

29

29

29

29

29

29

29

29

29

29

29 12

Placa de ayo (cspessura = 5,0mm)

Pilares PS/12-250-1 e PS/12-250-2

Placa de ayo

12 0 '/ //

120 - 9

26 -26 80 -26 - 26

0 26

26

26 -26

26

26

26 -26 6 t 3/8" -26

26

26

26

26 - 9

\ Placa de ayo (espessura = S,Omm)

6$38" (c=46,0cm)

10 {) :o

6 $38"

(c=46,0cm)

16$ 5,00rnm d2,9cm

(c = 34,0cm)

100

:O 18 $ 5,00mm c/ 2,0Cm

(c = 34,0L11l)

Fig. 45 - Detalhamento das armaduras dos pilares PS/12-225 e PS/12-250

76

Page 95: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

77

Para determinavao das deformav5es foram utilizados defletometros meciinicos e

extensometros eletricos, seguindo o mesmo criterio da instrumentavao dos pilares

anteriores.(Ver figura 1).

Novamente, os extensometros eletricos foram colados nas quatro barras das

extremidades, a meia altura, e em dois estribos, o melhor assentado nas barras

longitudinais e o que apresenta deficiencia de assentamento nessas barras.

Os esquemas de posicionamento dos extensometros eletricos encontram-se nas

figuras dos diagramas carga x deformao;ao de cada modelo de pilar.

Os ensaios dos pilares ocorreram quando os mesmos atingiram a idade de 28

dias. Na data dos ensaios dos pilares, foram ensaiados tambem os corpos de prova

cilindricos (1 OOmm x 200mm), que possibilitaram prever as cargas de ruptura para os

pilares.

A tabela 10 foi obtida utilizando-se a equao;ao:

P = Ac.fc + As.fY

TABELA-10

Pilares Ac fc As fy Carga prevista Carga ultima

(em') (MPa) (em') (MPa) (tf) (tf)

p 8112-200-1 96 66,72 0,77 493 67,60 65,00

p 8/12-200-2 70,00

p 8/12-225-1 96 64,87 0,77 493 65,82 82,50

p 8/12-225-2 85,00

p 8/12-250-1 96 63,80 0,77 493 64,80 75,00

p 8112-250-2 67,50

Page 96: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

78

Os ensaios obedeceram a ordem crescente das taxas de armaduras transversais.

Ja os resultados dos ensaios dos pilares P 8/12-200-1 e P 8/12-200-2, com taxa

transversal de armadura de 2, 00%, mostraram a ocorrencia de excentricidades

acidentais e a eficiencia da armadura de confinamento.

Fig. 46- Pilar P8/12-200 ensaiado.

Page 97: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

79

Na amilise dos diagramas carga x deformaviio do pilar P 8/12-200-1 nota­

se a ocorrencia de flexiio obliqua, com as barras longitudinais AL-3 e AL-5

apresentando deformavoes pr6ximas e a barra AL-2 pouco se deformando, ao

contn\rio da barra AL-4.

Esse fato contraria o ocorrido com pilares de concreto de alta resistencia

de se9iio transversal quadrada e a tentativa de compensaviio da heterogeneidade do

concreto pela homogeneidade do avo nao foi eficiente no combate as excentricidades

acidentais.

As excentricidades continuaram existindo, sendo notadas as ocorrencias

de flexoes normal composta e flexoes obliquas.

Com relaviio aos estribos instrumentados ensaiados, novamente foram

confirmadas as conclusoes de Agostini (I), pois o estribo melhor executado foi o mais

solicitado, apresentando maiores deformavoes. Em alguns casos, como no ocorrido

com o ensaio do pilar P 8112-200-2, os dois estribos apresentaram deformabilidades

semelhantes, devido a qualidade de execuviio.

A figura 47 apresenta os pilares P 8112-250-1 e P 8112-250-2 ensaiados,

podendo-se visualizar que as armaduras transversais nao abriram e a ruptura ocorreu

pelo esmagamento do concreto do nucleo, sendo que a camada de revestimento caiu

ao mesmo tempo que ocorreu a ruptura do pilar.

Para analise do efeito de confinamento das armaduras nos pilares com

se9iio transversal retangular 80mm x 120mm, sao apresentados tambem os graficos

das figuras, obtidos pelo equipamento da maquina hidraulica com capacidade de

100,0tf que fornece os graficos de carga x deformaviio.

Page 98: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

80

Fig 47- Pilares PS/12-250 ensaiados.

Page 99: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

81

P8/12 - T200 (Pilar nQ 1)

---1 DEFORMACAO (o/oo)

1~----'------------~

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

-4

0

i I

.. '•

100 200 300 400 500 600 700 CARREGAMENTO (kN)

5·4

6

I

-*-- E-1

--+- E-6

-& AL-2

-fr· AL-3

-B- AL-4

-{7- AL-5

·-· CONCRETO

l'u • 60,00 tf fc • 65,83 Ml'a

r ESQUEMA DIE

i UIISTRUMIENTACAO I

FIG. 48 - DEFORMAQOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 100: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.7§

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0 100 200 300

P8/12 - T200 (Pilar nQ 1)

400 500 600 700

-1 ~ _,. j

-2~T: :~:: I ~ Al-4

'I "'+""""!"'AL ... -5 ...... ~~+ -2.5· __:

0 100 200 300 400 500 CARREGAMENTO (kN) CARREGAMENTO (kN)

DEFORMAQAO (%.)

-·l\ -1 \

I --+- CONCRETO I

-1.5 . -2 .

' -2.5 •.

-3 .

-35L -4 J

0 100 200 300 400 500 600 700 CARREGAMENTO (kN)

82

600 700

FIG. 49 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 101: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

83

P8/12 - T200 (Pilar nQ 2)

-0.5

- 1

-1.5

-2 + -2.5 t '•'

'.,

-3 ., -3.5

-4~--~----+----+----~--~--~---,,,,,,,,,.,,.

0 100 200 300 400 500 600 700 CARREGAMENTO (kN)

5-4

6

3,~-l·

lDJ 2 ~--- 5

---------, ---:+- E-1

----#:--- E-6

-e- AL-2

---1:3- AL-3

-8- AL-4 A

AL-5 ""\)'"--

CONCRETO

[Pu • 60,00 II -

1 1<: • 65,83 Ml'a

I IESQUIE MA DIE

i INSlrRUMIEI\!uACAO

FIG. 50 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 102: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

84

P8/12 - T200 (Pilar nQ 2) DEFORMACAO ( .. )

0.8 _;:::::_:_==~=----------¥.,

0.7§ -0.5

0.6

- 1

0.5

0.4 -1.5

0.3 -2

0.2 -8- AL-2

w 2.5 -8- AL~3

0.1 -& AL-4

~ AL-6

0 100 200 300 400 600 600 700 CARREGAMENTO (kN)

0 100 200 300 400 500 600 700

CARREGAMENTO (kN)

0 .~------~

I --. CONCRETO ! -0.5

•. \

_,:1 \

'

'•

't -2.5 ·.

-3

·. -3.5 +-----+--+-----t---1--·--l-____j

0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

FIG. 51 - DEFORMA<;:;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 103: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/12 - T225 (Pilar n2 1)

DEFORMACAO (%o) 2.---------------------------------,

1.5

1

0.5

0

-0.5 + -~," ~~~~

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

-4+---~~---+--~--+---~-4~-+--~

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 CARREGAMENTO (kN)

I

S-4

6

85

---*- E-1

---*- E-6

--e- AL-2

--A- AL-3

--8-- AL-4

-{7-- AL-5

---- CONCRETO

Pu • 60,00 tf

fc • 65,83 MPa

ESQUEMA DIE

INSTI'lUMIENTACAO

FIG. 52 - DEFORMAvOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 104: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

86

P8/12 - T225 (Pilar n 2 1) DEFORMAQAO (%.) 1.6 ~::...:===...c.:::__ _________ ~ 0.5

DEFORMACAO~(=~~l __________ ,

1.4§ 0

1.2 -0.5

0.8 -1 ]'

-1.5

-2

-2.5 J_ ,----c_ -8- AL-2

---8- AL-3

-3 -8- Al-4

--&- AL-5

-0.2 +---11---+-+--1--+--+-+---+-_j -3.5 -1-"'+""""1~~·-+~+----+---+~~_j 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

CARREGAMENTO (kN) 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMACAO (~) 0~~~~~~======~

I . -. CONCRETO I \

-0.5 ..

-1

-1.5

100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 53 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 105: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

P8/12 - T225 (Pilar n2 2)

DEFORMAvAO (o/oo) 2~------~----------------------~

1.5

1

0.5

0

-0.5

- 1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

-4+---i----~-+--~--~~~--+----1---+--·~·-.J

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 CARREGAMENTO (kN)

.. I

3tJr 2<~ 5-4

6 2 5

87

--*-- E-1

-* E-6

-& AL-2

--& AL-3

-a~ AL-4

~ AL-5

-~· CONCRETO

Pu " 60,00 tf fc " 65,83 MPa

ESQUEMA DIE

i IN Sll" l'l U M IE IHA C AO

FIG. 54 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 106: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

88

P8/12 - T225 (Pilar n2 2) DEFORMACAO (%o)

1.1 ~::._-::::::.:~:.::::~~~~~~~~~~~

0.9 I:::: I -0.5

- 1

- 1.5

-2

-2.5

-B- AL-2

-8-- AL-3 -3

-8-- AL-4

-<7--- Al-6

-3.5 -~-~"""l'="'""~+--~+----+-+----+-+---0 100 200 300 400 500 600 700 BOO 900

CARREGAMENTO (kN)

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

CARAEGAMENTO (kN)

DEFORMACAO (%.)

O --~~=:___-----;::=1 -==-C==ONC==RE-;---==0 fl -0.5

- 1

-1.5

-2

-2.5

\

'•

0 100 200 300 400

CAAREGAMENTO (kN)

'•

I ' 1

___j

500 600

FIG. 55 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 107: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

0.5

0

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

P8/12 - T250 (Pilar n2 1)

0 100 200 300 400 500 600 700 800 CARREGAMENTO (kN}

-x--- E-1

E-6

-9- AL-2

-fr- AL-3

-8- AL-4

AL-5

89

--- CONCRETO

Pu • 60,00 tf

lc • 65,83 MPa

FIG. 56 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 108: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

90

P8/12 - T250 (Pilar nQ 1) DEFORMACAO ("') 0.7 -r=~==:.:::._:.::::_ _________ __,

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

§ 6

0 100 200 300 400 500 600 700 800 CARREGAMENTO (kN)

-0.5

. I '·

-1.5

-2

-0.5

- 1

-1.5

-2 -G- Al-2

-8- AL-3

--8- AL-4

-€>-- AL-6

-2.5 .j_'!"""'!'=~'--+--+---l--t--::-_j 0 100 200 300 400 500 600 700 800

CARREGAMENTO (kN)

[ CONCRETO I

0 100 200 300 400 500 600

CARREGAMENTO (kN)

FIG. 57 - DEFORMA<;::OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

Page 109: PILARES DE CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA COM SE

91

P8/12 - T250 (Pilar n 2 2)

0.5

0 ~~~ ~~~t:=i~~::_j -0.5

-1

-1.5

-2

-2.5

-3

-3.5

-4

-. •

+---~---4----+--~~--+---~____j 0 100 200 300 400 500 600 700

CARREGAMENTO (kN)

1

5-4 3tJr 2 5 6

-fr- E-1

'""*- E-6

--e- AL-2

--8-- AL-3

--8-- AL-4

-+- AL-5

-~- CONCRETO

Pu • 60,00 tl

fc • 65,83 MPa

ESQUEMA IDE

IINSlfiRUMENTACAO ! ______ ..

FIG. 58 - DEFORMACOES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

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P8/12 - T250 (Pilar n 2 2}

0.9EIJ 0.8

0.7

0.6

0.5 - 1

-1.5

I I ~ AL-2

-2 ~ AL-3

--&- AL-4

-&- AL-6

-0.1 -l--+--+--1--l--+----+--_j -2.5 .J...':'=I""""'~I__-+--1--+-----t-_j 0 100 200 300 400 500 600 700

CARREGAMENTO (kN)

0 100 200 300 400 500 600 700

CARREGAMENTO (kN)

DEFORMAQAO (%,)

0~~~~~~~======~ I . -- CONCRETO l -0.5

-1

-1.5

-2

·2.5

0

\

•.

•.

•.

100 200 300 400 500

CARREGAMENTO (kN)

600

FIG. 59 - DEFORMA<;OES NO CONCRETO E NAS ARMADURAS

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Pilares PS/12

Carregamento

T-2,25%

Defotmayao

Fig. 60- Diagramas carga x deformavao dos pilares PS/12-200-1, PS/12-225-1

e PS/12-250-1.

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Considera~oes finais

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Considera~oes finais

0 objetivo maior desse trabalho de pesquisa foi conhecer o comportamento

estrutural de pilares de concreto de alta resistencia com seviio transversal retangular,

quando solicitados a compressao simples.

Tendo-se por base o trabalho de AgostinP\ primeiramente definiu-se a seviio

resistente dos pilares, utilizando-se concreto de resistencia usual e de alta resistencia.

Nesse estudo, quando o concreto utilizado foi o concreto de resistencia usual, os

pilares com armaduras apresentaram, na fase elastica, diagramas de carga x

deformaviio equivalentes aos pilares sem armaduras. Concluiu-se, portanto, que a

seviio resistente e a rnesma, ou seja, toda sua sevao transversal participa como

resistente.

Ja quando o concreto utilizado foi o concreto de alta resistencia, os pilares corn

armaduras apresentaram rnaiores deformav6es que os pilares sem armaduras, na fase

elastica, significando que a se91io resistente nao e a rnesma. Nos pilares armados, as

arrnaduras transversais e longitudinais definem urn nucleo resistente de concreto, corn

a carnada de revestimento das arrnaduras nao participando da sevao resistente.

Tal comportamento dos pilares de concreto de alta resistencia com sevao

transversal retangular e igual ao dos pilares de concreto de alta resistencia corn seviio

transversal quadrada, estudados anteriormente 01.

Da analise dos pilares, para definiviio da seviio resistente, foi possivel confirmar

a fragilidade apresentada, na ruptura, pelos pilares de concreto alta resistencia,

tornando-se evidente a necessidade de armadura transversal de confinarnento.

Com o objetivo de conseguir a ductilizaviio na ruptura, forarn realizados ensaios

corn pilares de dimensoes 80rnm x lOOrnm x 480rnrn com taxas de armaduras

transversais de 1,50%, 1,75%, 2,00%, 2,25%, 2,50"/o e 2,75%, todos corn taxa de

arrnadura longitudinal ern 3,55%.

Da analise dos resultados dos ensaios dos pilares atraves dos diagramas carga x

deformaviio, notou-se que, para taxa de armadura transversal igual a 2, 00%, o

confinamento corneva a se rnostrar eficiente, melhorando gradativamente ate 2,50%.

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Pode-se verificar, tambem nestes ensaios, a defini<;ao, pelas armaduras, de urn nucleo

resistente de concreto.

Ainda, quando analisados os diagramas carga x deformacao, percebeu-se o

aparecimento de flexoes normais compostas, mesmo tendo sido aplicada a carga em

toda superficie do concreto, o que permite concluir que o arranjo de armadura

longitudinal nao resolveu, tambem nos pilares com se<;ao transversal retangular, o

problema de excentricidade acidental.

Tentando-se corrigir tal fato, aumentou-se o numero de barras para seis, nos

pilares com rela<;ao de !ados 1: 1 ,50, passando, portanto, a taxa de arrnadura

longitudinal para 4,44%.

Devido aos ensaios dos pilares de se<;ao transversal retangular, cuja rela<;ao

entre os !ados era de 1: 1,25, que mostraram eficiencia no confinamento para taxas de

arrnaduras transversais entre 2,00% e 2,50%, foram ensaiados pilares com rela<;ao

entre !ados 1:1,50 com taxas de 2,00%, 2,25% e 2,50%. Novamente, verificou-se o

surgimento de excentricidades acidentais, embora fossem adequadas tais taxas para o

confinamento.

Portanto, pode-se concluir que, para pilar com se<;ao transversal retangular, nao

se compensa a heterogeneidade do concreto com a homogeneidade do a<;o, como . d d (I) • d acontece para pilares e se<;ao transversal qua rada . Sera necessilno urn estu o

mais aprofundado sobre tal fato, para que se garanta a nao ocorrencia de flexoes das

pe<;as.

Com relacao a ductilizacao dos pilares, as anillises dos diagramas carga x

deformacao confirrnaram a eficiencia de confinamento, com taxas de arrnaduras

transversais de 2,00%, 2,25% e 2,50%, e mostraram a existencia de urn nucleo

resistente de concreto, definido pelas armaduras.

Finalmente, dos resultados obtidos nessa pesquisa, pode-se concluir que para

pilares com secao transversal retangular com concreto de alta resistencia, a secao

resistente corresponde ao nucleo definido pelas armaduras e que existe a necessidade

de taxas de arrnaduras transversais de confinamento em tomo de 2,20% e de taxas de

armaduras longitudinais acima de 3,20%.

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Bibliografia

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