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ANBíO X$P

RIO DE JANEIRO. 7 DE DEZEMBRO DE 1907 SUBI. 9S!t

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ASSIGNATURAS.2$000 —Semestre.

^cSbre «íf

PAGAMENTO ADIANTADO

Fí-j-io.!, .'o ¥__~. einanal, Èíiir»;... «•»..() .-o e Illustrado;çâo e administração, JRua da Assembléa n. 99

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O RIO NtT-7 DE DEZEMBRO DE 1907

EXPE Si MENTEASSIÜN ATURAS

Anno i2$ooo + 6 raozes 7$oooNumero avulso ioo réisNos Estados e no Interior aoo réis

Os origin.ies enviados A redacç.lo nflo serüorestituidos, ainda que náo sejam publicados.

Os Agentes do Correio ou qualquer pessoa quenos enviar 3 assignaturas com pagamento adenn*tado, póilcm dCMeoutur ÜO % «lu .iiniuiln-Sito.

Toda a correspondência, seja de que espéciefor, deve ser dirigida a A. VELLOSO, Gerente.

A«M 1II.NN..S iikmIkiiiiiiIoh, eiijHH 0881-giintiiriiH uli.am uo «li» Hl do eor-rente, prdluiuN que mandem reíor-nial-tiN em (empo, Hflm de evitar que»eja siiNpenaii u r.uifssn .1» folha.

^xoGrtt^_._=>_?_:oO bom Vigário tinha por costumeErguer-se muito cedo ali na villa;E, ainda mal o sõl não vinha a lume;

Já elle estava a pé,Cara alegre, risonha e bem tranquiüa,

Tomando o seu caíéQue «t comadre, a senhora Marianna,Lhe preparava sempre com prazer,Porquanto a rapariga er.) magsna...E o vigário lhe dava um bom... viver...Sustentando-a com ovas e chouriços.,Afim de dar-lhe força n'ra os serviços.,'.

Um dia, o sacrisia^,Que acordava bem tarde, por signal,Quiz fazer uma aposta, o maganâo,lim como, pelo no dia de Nalal,|\ ais cedo que o Vigário se ergueria,E ao Vigário propõe, fazer a apostaQue a quer fazer naquelle mesmo dia.

Ajustado o negocio,O sacrista, sem ser nada beocio,Usando de esperteza, num requinte,Declara que o dinheiro ganharia,

Quem na manhã seguinte,Em primeiro logar dásse o «bom dia».

69O sacrista já tendo o plano feitoPara embrulhar o bom do sôr Vigário,Pela noitinha, achando-o distraindo,Foi metter-se debaixo do seu leito

Síin o menor ruído,Com um contentamento extraordinário,E, certo de que a aposta ganharia

Quando ao romper da manha,Em cortezia chã,

Fosse o primeiro a dar-lho o seu —«bom dia».Alta noite, porém, o bom do padre,Com a impressão de madrugar, desperta,E põe-se a conversar com a comadre,

Para ficar alerta.E a conversar com ella, de repente,Leva a conversa para um certo pontoUm poucochinho livre... mesmo quente,.,Com ares dc quem quer ., e já está tonto,,.Por fazer um brinquedo de povoar...E, assim, pegando a mão da rapariga

Mandou-a segurarEm qualquer ccisa... que eu não sei si diga,Dizendo lhe: —«Tu sabes o que é isto ?Fica sabendo, chama-se o Messias,.. oDepois, (eu de contai o não resisto)

Passando a mão tambémEm qualquer cousa... da comadre em fogo,..

Diz: —«Isso é Jerusalém...»E foi tratando logo

De trabalhar... em prol do povoamento.,.Fazendo os dois na cama um movimento.

69Ao levantar-se de manha bem cedo,

Do quarto elle sabia,Quando escutou alguém dizer-lhe a medo:— «tO' sâr vigário, cá estou eu; bom dia.'*O padre ao veio ali, achou-lhe graçaE pergunta: —«Mas tu, grande tratante,

Desde quanao aqui estás ?»O sacrista, num gesto petulante,Sendo um gajo deveras bem sagaz,Responde: -«Cá nao 'stou ha muitos dias

Nem muitas noites também,Apenas aqui estou, dês que o Messias...

Entrou em Jerusalém.,.»DEnió Júnior.

No dia 1 de janeiro suspenderemos todaa asassignaturas que nao forem reíorraadas até 31 docorrente.

COMMENTARIOSI.i um dia destes uma historia para crianças

que me deixou perplexo.Nessa historia ha uma fada que diz a doismenino».

Ali está o meu carro. Tomemos!E'singular. Uma fada que aconselha ás criam

ças que tomem não 6 fada ê,., feiosa,O peior é que o jornal não conta o resto, de

modo que fiquei sem saber si as crianças obede*ceiam ou náo,

Maa é provável que tenham obedecido porqueha crianças que tomam por gosto, um carro ououtra qualquer cousa.

CgãOAté parece que esse jornal é da Allemanha

porque agora em Berlim a moda é essa.Nao passa um dia sem que venha um tcle*

gramma noticiando que foi preso tini príncipe ougeneral por ser (o que elles chamam como muitagraça) homosexual,

Pois não lhes gabo o gosto.O mais engraçado é que em Berlirn essas cou*

sas se passam geralmente enLre ofíiciaes c sol*ciados.

Porque é que no exercito allemão, o regula-mento diz que, oa officiaes, mesmo fóra de serviçodevem andar armados.

CotlO .De Lisboa tivemos um flegramma officioso

dizendo que ha por ali assim muitos descontentescom o governo Dictatoriai

Descontente é uma palavra que serve paraambos os sexos, mas sou capaz de apostar queneste telegramma ella se refere só a homens.

Sim porque as mulheres em geral até gostambem de uma dictadura.

CocOA discussão do orçamento da guerra ia muito

bem no Senado quando de repente um senadorapresenta uma emenda fazendo assim suspendera discussão.

Por mim, continuo a aflirmar que os senadoresnão são molles nem nada. Pelo que se viu acimaelles são capazes desuspt-nder qualquer cousa.

Cg»Ao que parece estamos ameaçados de nova

invasão do Peru. Desta vez dizem us boatos é umverdadeiro exercito peruano composto de 400 ho-raens e quatro canhões que se dirige para o Ama*zonas.

O diabo que entenda esse pessoal.Ainda traz canhões para a nossa terra. Mas

irso é cousa que não falta por aqui. A rua do La-vradtojá está cheia d'elles.

Emfim sej;i lá como for, desde já vou declararque ainda mesmo que seja confirmado esse boato,não contem commigo para deíender a pátria.

Podem as 400 pessoas chegar ate aqui que eun5o pego em armas. Se viessem peruanas entãosim. Haviam de ver como logo me apresentava ar-mado I

CgâDA' propósito da lei do sorteio militar, ouvi

num bonde o seguinte dialogo.Póde ser muito bom o tal sorteio, mas não

posso admittir que alguém tenha autoridade defazer uma pessoa segurar numa cousa sem ter yon-tade. Cr.m que direito o governo pode me obrigara segurar no pau furado?!..

Homem, eu acho que vocô não deve protestarassim, porque pode sahír-se mal; o poder é poder;e diz e díc:ado que—com o teu amo não jogues asperas. Qual carapuças—eu era menino, e uma vezo patrão também quiz que eu st-gurasse numacerta cousa e eu protestei, gritei e afinal não se-gurei mesmo; e no emtanto longe de vir a soffrercastigos, elle até me fez sócio da casa mais tarde;é verdade que fiz-lhe sempre a vontade e elle fezsempre o que quiz commigo. Mas segurar não se-gurei.,, cs»

Nas touradas de domingo ultimo, quando oboi metteu os chifres nas trazeiras dum dos perso*nagens da farça—«Corta a jaca» e alguém muitoassustado dizia:—pobre homem querem ver quese machucou,.. o Manoel do3 Santos sahiu se comesta: «Qual o que; elle está acostumado, oportraz,» nâo ha mais nada que o machuque»

Salvo seja 1 Dahi, quem sabe si o Manoel naotem motivos poderosos para garantir isso?!.,,

cn_Ahi está um annuncio original.

«Um senhora com 6:ooo$oooc-fferece-se para íazer qualquernegocio com um rapaz sem com*pr omisso.

Tem pratica de todo o ser»viço etc. etc.»

Olhe minha senhora, si V. Ex. faz tudo, podevir aqui ao nosso escriptorio fazer-nos uma; nüoprecisa trazer o dinheiro, pode ate levar algumainda, si com effeito tem mesmo pratica do servi-cinho,..

cs»A propósito da lei sobre heranças um deputado

apresentou á câmara um bello projecto prohibindoque ot frades freiras e todos quanto tazem voto decastidade possam receber doações testamentarias.

Boa idéia. Assim esse pessoal não pode levarpara os conventos as heranças alheias. M-ismo por-que <S a regra. Quem quer ser casto não pode le-var nunca.

C8SDContiuúa a ser muito lido um livro feminino

intitulado Pombas Feridas.Consta que a autora d'esse livros vae escrevtr

outros sobre o mesmo assumpto com os seguintestítulos.—Corollts que se ab*em; Depois do casa-mento ; A Primeira entrada; Os Tres segredos;etc etc.

CStGAndam a falar do sr. ministro da industria, di-

zendo que elle g-istou mundos e fundos cora ataiestrada de curralinho.

Pois não sei de que se admiram IPárauma cousa d'estas, todos os recursos são

poucos, por que ura homem precisa se apresentarfirme. Olhem que abrir urna estrada nova, náo ébrincadeira.

Zé Fioeus.

msmmmmãt

A. 1POE? ÇELOL! CuratodaInfallivel no rheumatUnio. 2$ooo.FREITAS & C. Ourivei, 114.

¦—BIHüllWH IIITOIMIW m

ÍNTIMOSVI

Ao A. Pimenlel—Ha quanto tempo jã, que não nos vemos,Não nos sentimos, nem nos abraçamos...Uma quadra feliz como passamos,

De beijos e de amores,Certo, querida, não mais passaremos,,,

Deixaram dc cantar osg^turamos,Nem mais vicejam flores

Que, tanta vez ao pôr do sói colhemos INos lyrios ha tristeza, e os próprios ramos,.,Julgo que pensam, que nós dois morremos.

Tudo é silencio em nossa casa, tudo;Até nos corredores,

Onde fizemos a principio amoresAcabados na alcova perfumada...Hoje anda tudo, solitário e mudo,Toda a nossa cazinha é desolada I...

Quem mais no entanto, a tua falta sente,Quem por ti chora, toda a noite e dia

As voltas com o rosário,E se acha bem doente,

E' o bom padréco cá da freguezia,O nosso bom vigário.

—Volta breve, querida, que inda existe,Quem amor, te consagre verdadeiro;Olha: nosso vigário anda bem triste,E também cu, com falta de dinheiro 1!

Boticário.

LICOR TIBAINA SK ^S^iSimal» enteai e recouiinondado — Rua Pri-meiro de Março ia.

Tonieo Japonez -E' o melhor preparadopara perfumar o cabello e destruir parasitas, evi-tando com o seu uso diário todas as enfermidadesda cabeça—Rua dos Andradas n, 59.

Lapides morfuarins(DE EESSOA3 VIVAS)

G. Scabra Júnior

Deixando um processo célebreCorrer «na toda».,, á matroca,Por fim morreu—triste naufragolTranspondo o cabo da Roca.

Ieremias.

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, m^Êm^mlâtti mO RlONU-7 DE DEZEMBRO DB jpo7_

Presepadas5 turnmbanibii I O' ncgrada maluca, Ma-

tei-te, Alonso gostoso .'Calculem vocôs que cu tenho um

compadre na roça cuja mulher, que vem a ser aminha comadre, lem um rostinho capaz de deixarmeio mundo dc cabeça em pi,

Ora, como elle coubesse que haviam as festasmunicipaes, íscreveu-me ura lindo cartãopostal depapel de rolha de garrafa, com e conteúdo se-guinte: "Compadre A. Resorvido, vou ahi com atua cumadree minha muié, p'ra môde di apresen-cii oa festejos municipá que se arrealiza-se nosCampo di Santa Anna; aprepara uma estera p'ranois drumi; teucumpadre du curaçao, Tônico Gos-toso o

Logo que recebi o cartão, eu n Juvencia fizé-mos os preparativos paro receber os hospedes, emandamos .Iluminar os fundos .. do chateou, coralanternas de chifre de boi maluco, e copinhos decasca de ovo de pato quando mamma. Mandámosapromptar um jantar de arromba, feito de lingui-ças de barata cascuda prenha ; ensopado de ore-lhas de mosca varejeira, costelleta de pulga macho,fricandó de lombo de mosquito guisado â franceza,e sobremesa de alhos frescos com repolho.

Quando o compadre chegou, toi um xodó ma-luco; entramos no gravanço, bebemos tres pipas emeia de pae das ancias, c n'uma resaca em regratocámos para o Campo.

Como nenhum de nós tinha bilhete, pulamos agrade e cahimos dentro; mas um guarda que pes-cou o movimento poz a bocea no mundo :

Estfje preso.—Preso, eu ? Vocô está se ninando.Não é vocô só, são todos.Uma ova I

Tres guardas quizeram botar-me os gadanhos,mas eu que nao sou araiv, rodopiei nos calcantes,chimpei a munheca pelas fuças de um que des-maiou logo, emquanto a mulata raettia os mocotó-ses no outro.

O sarilho foi roxo; então, eu a mulata e osmeus compadres, sem perder tempo montamosnum avestruz, que, A todo o galope deu ura vôotrazendo-nos ao crchateau».

Ainda meios na carraspana, fomos tratar dedescançar os ossos, e eu que tencionava lazeruma povoação do solo com a comadre, quando ocompadre estivesse dormindo, esperei que ficassebem tarde para avançar na comadre.

Lá para as tantas da noite fui tratai" de vêr sipodia fazer o meu «arranjo» com ella, e deitei-mejunto de um corpo que me pareceu ser o da co-madie, e sem dar uma palavra fiz a minha «en-tradau triumphal tres vezes seguidas,,, e gosteitanto da «coisa» que nao sahi do logar; mas, quan-do o dia amanheceu, reparei que me tinha enga-nado, e que em vez de ser com a comadre, foicom o compadre que eu tinha «povoado»..,

Dei o desespero com o engano, e furioso porter virado Gouveia a pulso, sahi dali, e fui pararsem querer, na Avenida Beira mar, onde vipassar:

Monteiro Lopes.-O illustre ex-intendente vi-nha dando o solemne discurso, por causa da inva-

'ún do MagolÜ, r trajava soberba casaca de barbade camarão que vae para a fritada, calletfl deavental de moço de frege moscas, calça dc umbigode ostra dc casco de navio enferrujado, botinas depru-umniM-o de automóvel arrombado, e cartolade uma naquinha da mitra do cardeal.

Vindo as cousas pretas, azulei e fui tomarum copo de coco de catarrho no pavilhão Ma-risco.

A. RP-SORVIDO.

LICOR TIBAINA0 melhor purificador do sangue.Qraund» «fc O. Rua i". de Março, ia

BASTIDORES "

Re-vista. aos tlieatros

eo

nosso correspondente e amigo MesquitaB.iibante, recebemos estas notas que gos*tosamente publicamos:

© Tndos pen-aram que o actor Alberto .Silvalinha brigado con o Portulez.

Puro engano. Os dois amigos apenas repre-sentaram uma scena cômica a pedido do pessoalda caixa, que nao podia ver cá de ídra a Sra. Julia-na diz^-r monólogo*;.

® Perguntam me a qual dos dois Fernandes amaa cançonetista Augeolina Sin, do Palace Theatre,pois que a ambos dá corda.

Ainda não estamos habilitados a responder,mas o que desde já aíTirmaraos é que, por agora,quem «vence» é o Fernando mais mo;o.

{£ Sabe-se que o Alberto Silva ha muito estásendo «estherilisadoo pelo processo Bergerath.

Este processo e retract-irio ao uso do typhonde água gasoza, até então em uso.

í?í A Sra. Juliana declarou que para evitar acaroço e as commoçõcs, nSo mais recitará cançone-tas sem ter commigo um vidrinho de saes, umcopo de água de flores, de larangeiras e os ouvidosbem abertos ao ponto.

Eis ahi urna resolução que a honra.iíj A graciosa Maria Lina me encarregou de

mandar o seu cartão de despedida ao Rio Nu.A Maria Linaé sempre a mesma amiga do ma-

xixe c do Rio Nu.Bem bãol0 Ainda não foram comidas as oMulheres de

Palhau que continuara era scena no Lucinda.Admira terera escapado uma ou outra. Será

porque lá não vae a Maricota, que gosta das pri-meiras, ou o pae do Coisa que gosta da palha?

Chi Io sa?0 O artista eqüestre Henrique de Carvalho

faz heje beneficio, no Circo Spinelti.Além de muitas outras cousas o Carvalho

apresentará um cavallo em pello que lhe ofFereceu,a titulo de reclame, a Companhia Mercúrio.

Que o Circo se abarrote são os meus votos.i£s Os «perus» hoje vão ter no Moalin Rouge

mais uma oceasião de deitarem olhos ternos. Oespectaculo annunciado vae attrahir aquelletheatro um bandao de madamas de primeira or-dem.

© A que ponto de miséria chegareram os ar-listas 1

Quem passar p*lo Cincmatogrspho ii de ju-nho lica contristado vendo nma aclriz a porta, derauo estendida, a pedir esmolas aos freqüentado-res da bonita casa de diversão.

Pobre João Ayres I© Vae ser premiada a casaca do tenor Al-

nítida Cruz.© Até o Dias Braga niio escapou.E' elle quem estía agora fazendo uso da A Saude

da MulherAh 1 maganão !0 A aquetriz Ismenia Fonseca, a pedido dé

sua amiga a viuva do Maia Transacção, faz agoraensaios cômicos com orebestra na rua dos Jnva*lidos.

<$ O José Vai receben a seguinte carta :«Meu anjo Vi-te representar e fiquei doida por

ti. Vem hoje cá em casa; mas vem vestido de mu-lher.

Tua Marícota.n¦ © Aqui terminavam as notas do amigo Mes-

quita Barbante. Encheram a secção e por issoponho o meu Conforme e assigno-me.

Diabo Negro.

Au Bijou de Ia Í\Vm-*$tf^£eado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiror>ara homens, senhoras e creanças. Preços bara- :tissiraos, rua da Carioca ns. 74 e 76.

Aceitamos nssignaturas para qualquer ei*dade, villa ou arraial do Brazil a 12$ por anno ou7$ por seis mezes E' só enviarem em vale postalo competente arame.

Coisas... ó Rosa...De tao ingênua ser, é quasi tola,A minha prima, a cândida Sophia.Forçando a «porta-ferrea» da gaiola,

Fugiu-lhe, n'outro dia,A sua amada, ideal pombinha rola.

Cheguei no mesmo instanteA' casa .. Apenas junto a si me viu,A prima, em voz chorosa e soluçante,

Anciosa me pediu(Enrubescida a face)

Que, a pomba sem rival, que !he fugiu,Aprocural-a, eu lhe ajudasse.

E, os dois, inicio dêmos ao trabalho,Quasi a chácara inteira

Inspeccionando; até queemfira, n'um gítlhoDe uma copada e bella laranjeira,

Acreditou, SophiaQue sua pomba via.£, lesta e mui ligeira

A' arvore trepou ; e lá de cima iExclama:—«Primo, a pomba aquin3o acho»

E eu a fartar-me cá de baixo,De vêr a pomba da prima.

Escaravelho.

FOLHETIMMEMÓRIAS porDH

Uma cChaisc-loDpe»Yíctoriea h Saussaj

12

Ju|m anto Deus 1 A vida era aquillo 1 E meu amo,Jh^j) o tratante, dissera aquellas palavras, sem**^ a menor hesitação, que denunciasse men-tira.

Ella, convencida da sua belleza, habituada aser amada, desejada, cortejada por todos os ho-mens, não achava extraoidiuario que meu amoimitasse os outros.

Todavia exclamou porcoquetteric:— Então I Para ti, amas todas as mulheres!O grande cabotino entrou logo em scena. Agar-

rou Manon pela cinta, e com unia doce ternura, as-sentou-a sobre mim, perto delle.

Pela minha parte bemdigo a carícia que re-cebi, carícia perfumada, leve, eno emtanto pesadp,dum dos mais bellos conjunctos de fôrmas que ti-ve a honra de conhecer.

Mas, emquanto os meus instínetos se delicia-

vam com o contacto de tantos encantos, já meuamo começara a sua tirada:

— As mulheres I As mulheres! Dizes, Manon,que amo todas as mulheres I Porque duvidas demim? Que outras mulheres duvidassem de mim,comprehende-se. Elias nao sabem quem sou. Mastu? tens por acaso alguma desculpa de não me co-nheceres? Sou o ente mais simples e mais candi-do do mundo. A rainha perversidade é toda ficti-cia; tenho o coração duma criança que as maislevei emoções fazem pulsar com violência. AhiManon, si pudesses saber, quanta? flores e sonhoso meu coração encerra 1 Coratuclo somos velhosamigos,

Deverias adivinhar tudo, tudo o que tanto meesforço por occultar as outra, a toda3 aquellas quenão amo e que me são indiferentes

Lembra-tc... Ha_-\ alguns annos que isto foi;era no inverno, parect-me, ou quasi nesse tempo;fui ver-te pela primeira vez.

Moravas em ninho longínquo; subiam-se es-cadas muito alt39. E tive a impressão de treparesses degraus, dc que subia para o throno de umadivindade paga ou para o tabernaculo dum deusdesconhecido. Era para tua casa que ia.

Desde que tu me apparecdste, que me aban-donou o cérebro a minha poore razão; nao eramais do que um pobre anima!, desequilibrado, in-capaz de pensar, e o esforço que precisava reali-zar para me escapar ao teu perimbador domínio,era superior á minha energia.

Inclinei-me deante de ti, beijando-te o vesti-

do e os pés; amava-te, já .'o disse. A partir des^emomento o meu céo tinha a côr dos teus olhos; os.meus mais bellos sonhos, deram-me a Ülusão dos :beijos que deviatnos trocar mais tarde e guardareitoda a minha vida, no segredo e no mysterio, em ,que repoisara as alegrias jtiolvidaveis, a sensaçãode incomparavel volúpia que ainda me faz estre- :mecer, quando me autorizaste a esperar que una.dia, mais tarde, estaria de posse de felicidades que :os maiores reis da terra jamais experimentaram.

Depois, a minha carne raortificou-se; tem enru-gado a minha alma, todas as tentações; estou ai-quebrado, e precocemente velho; deante dos meus Iolhos, fluetaa o vaporoso e vago de negras sombras Iem que os desgostos e o aborrecimento se unempara me entristecerem; os meus sentidos adorine-cidos estão embotados, e a maior parte das vezes,Manon, que ms refugio no seio das mulheres, mu-Iheres quaesquer que o acaso faz passar pelos ;meus braços como por um caminho livre, t apenaspara evitar que os seres que me rodeiam p.ra quepossam, ao regressvrema casa, surprehenderera-secora um pouco mais de desprezo por si próprias dóque quando tinham sahido.

{Continua),

Este esplendido romance, bem encadernado,com trezentas e tantas paginas, e illustrado comsuggtstivas photogravura?, acha-se ã veada emnosso escriptorio pelo preço de 3$ooo. Pelo cor-rei° 3S500.

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¦<- _0 RIO NU-7_DE DEZEMBRO DE 1907

Z^Tl CUIDADOS HYCIEN.C08 FACEIRICC

O marido {entrando sem ser esperado)-Oh 1 Oiu* .¦-si,-? n„» *A muu.eh-.Eu te explico: este senhor emedi ode hy" ieneQe veiu õaTa Lcurando um logar em que a marca da vaccina fique bem escSndida.™ "

Um typo que mentia pelas tripas do demônio, disse tunavez a um amigo:-Imagina tú, que um.dia quando tomava banho internei-me no mar a- tal distancia, quu nao tive forças para voltar»aia terra; mas lelizmente uma onria furte envolvei»-rrie arrastanao-me ato a praia, e si nao fosse ias».», estarias agoraíailando com um cadáver.— E não teria lambem occasiío de ofierecerte um belloCigarao-GAVlioCHE.-conoiuiu o amigo a rir-se -:í»t resofita-vel pêts do outro f

Kellesáo :() aiüor aos vinte annos e uma iliusüo; aos trinta umaii(-»:ess:,laae; aos quarenta um costume; aos cincoenta um±o, e aos rsetenta,.. aos setenta é uma grossa perca.-

__ *?~?.Ç3|S DA í- ', Íi rISTA

senhora?'accinar... Então estava pio-

EXPLICAÇÃO'

P ra Julia o maior prazer E eu desejo-affirmoeiuyue a moda no mundo poi, Ser um pó de arror. 1,™,t botar o pu de arroz Pra que a pequena lior.o corpo a mais não poder. Ura dia me ponha nella

- - .TL_ J7~ -~-;-——' fA-^ : Jffi ^

íi i ( / l íc djf• cíAís \ \ I- L-4 -i J iI (¦« sim contesso. Enganei-te, ma»: não Sques lar -3-ibes p.irnui ;:¦»»>»- Cl cedi :a iranr,!

!t"í Aos apreciadores debonscigirrmendam-se es afaraados Oislellôcs acharutanas Paris, Palace Theatri s ,1der ne.1*«iii».<!í« Seccntivn <U» s, IEsta pomada é hoje universalmenteconhi

a unic; que cura toda e qualquer feridajudic?.r o sangue, allivia qualquer dôrcorpela a o rheumatismo — tóia dos Andrad

SiBARBA AZUL Vende-sr

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,- -«ai---'

O RIO NU-7 DE DEZEMBRO DE 11307

OS SETE PECCADOS SENSUAES"V"—.A. economia

rao typo clássico c perfeito da míle de fa-railia.

Note-se, porfm, que d. EphiRenia nioera ama secca nem outra, porque nflo tinha familiae nunca f*ra mae. Oiphfl, casara muito cedo e en-viuvíira quatro annos depois, ficando viuva, rica etivre aos 34 annos.

Pois, desde essa época, apezar de nüo lhe fal*tarem pedidos, não contrahiu novas nupcias e-oque é mais — apezar de ter attractivos sólidos ecarnudos, nunca se lhe conheceu um amante.

Todos admiravam e estranhavam essa casti-dade inaudita, mas, apoz muita espionagem e in-trigas, chegaram todos U convicç.10 de que d. Ephi-genla era de completa indifferença pelos gozos dacarne e dispensava-os.

De íacto. d. Ephigenia era uma creatura ex-cepcional. De temperamento sinão frio, pelo me-nos demorado, casou para fazer a vontade .10 tutor,c foi para o leito nupcial sem cuidar na carne, semcuriosidades nem mesmo faculdades de sensaçõescompletas.

A iniciação fel-a apenas sofírer, pareceu-lheuma brutalidade cruel e implantou em seu espiritoo invencível horror pelo marido.

Esse marido, aliás, era um bruto. Já velhote esem educação, nunca soube despertar no corpo cno espirito de d. Ephigenia enthusiasmos e sede deamor. Os próprios desrjos que surgiam natural-mente nos nervos da esposa, elle destruiu pouco apouco, porque, devido a sua idade, elie sò conse-guia realizar o acto do amor depois de cansal-ahorrivelmente, com preparativos e excitantes inter-minaveis. Tudo isso fez com que d. Ephigenia con*siderasse o exemplo uma estopada fatigante etorpe

Assim, quando o marido morreu, ella sü teve-ani ideal: viver em paz, e por isso rcpelliu syste-maticamenteos pretendentes a marido e a amante.

Em todo o caso, como náo é possivel a umacreatura humana e sobretudo a uma mulher —vi-ver sem uma affeiçâo, toda a alma de d. Ephigenia,todas as suas faculdades affectivas voltaram-separa o Pedrinho, seu afilhado e orphão como ellaiôra.

Pedrinho tinha 4 annos quando ella enviuvou.Como já estava resolvida a nào casar mais, D. Ephi-genia encarregou-se do pequeno para nâo ficarmuito só; e desde esse dia a sua existência to-mou o modelo de toda a gente.

D. Ephigenia vivia para o afilhado, não tinhaoutra preoccupação que nao fosse o futuro e o bemestar de Pedrinho, criou-o e educou o com zelos defazer inveja a uma verdadeira mae. E a dignasenhora encontrava recompensa para sua zelozadedicação no próprio resultado.

Pedrinho nunca lhe deu desgostos. De gêniocalmo, obediente, affectuoso foi um excellente es-tudante,cursou os preparatórios sem pressa mascnmbrilho, e agora fazia o curso annexo da escola Po-lytechnica, mantendo nas maneiras e na regulari-dade de vida, o caracter submisso e carinhoso quef.z a a melhor ventura de D. Ephigenia.

De repente porém o rapaz mudou... e comessa circunstancia D. Ephigenia alarmou-se.

A sua existência reclusa, e principalmente asua ambição de formar um pecúlio para o afilhado,dera hábitos de rigorosa economia. Sem avareza,sem misérias... mas'causava-lhe pezar qualquerdespeza mutil, e gostava de saber esmiuçadamenteo emprego do dinheiro que despendia.

Ora um bello día Pedrinho, que em geral che-gãva ao fim do mez guardando ainda alguma

cousa dos 30S que a madrinha lhe dava no dia ao,para bondes, pediu-lhe «uns nickeis» no dia ao.

— Como? indagou estupefacta D. Ephigenia.Já gastastc tudo?

O rapaz confessou que sim, mas nao houvemeios de f;azel-o dizer de que modo despendera amesa,Ia em 15 dias.

D. Ephigenia insistiu cm perguntar, mas Pedri-nho ficou tílo vermelho tio confuso que ella calou-se,—Ora deixai o Ia; naturalmente pagou refresco3para amigos e está com vergonha de me dizer.

Mas no dia 10 do mez seguinte a boa senhorateve uma surpreza prodigiosa.

Deu-lhe os 30$ .00 do costume aquella manhã,na hora em que o rapaz sahiu para a escola.

A' tarde, quando elle voltou, teve uma vagadesconfiança; revistou oceultamente as algibeirasdorapaz e oncontrou apenas iq$ioo.

D. Iphigenia pasmou. O rapaz gastara naquel-Ie dia to$900 í Como?

Os novecentos réis eram explicáveis... toman-do cafó... mas o resto?

Como diabo poderia o rapaz gastar io$ooo emum dial

D Ephigenia aprofundou longamente esse pro-blema, imaginando trinta mil hypotheses. Só não selembrou do mais possivel. Uma visinha casada eesperta é que lhe abriu os olhos.

Que idade tem o rapaz, d. Ephigenia VFez 15 pelo Natal.Entáo e claro.Claroo que?-perguntou d. Ephigenia, arre-

galando os olhos.Ora... a senhora bem sabe — respondeu a

outra, embaraçada para explicar a cousa. Oira-pazes quando chegam a essa idade, sempre preci-sam gastar assim uns dez mil réis de vez etnquando...Em que, senhora ?

Ora, nio se iaça de ingênua I...Ahi

Foi sõ então que a madrinha de Pedro com-prehendeu.

Voltou para casa pensativa. Aquelle incidentevinha-lhe resuscitar na memória centenas de recor-dações.

A' noite ficou na cama acordada até ás tantas,reflectindo. Um menino de hontem e tao bem edu-cadol... Mas qual, não ha remédio; por mais quese faça, os homens sio todos os mesmos; não podempassar sem essa porcaria... Ella bem se lembravado marido, que ja cahetico, mais ainda, invalido, afatígava horas e horas, obrigando-a a mil condes-cendencias para conseguir um momento de espas-mo bestial.

Entretanto, nunca lhe passara pela cabeça queo Pedrinho, criado na mais sá-moral, tambem sen-tisse gosto por aquillo.

Isso vinha perturbar gravemente a sua existen-cia. Ella não era rica. Tinha rendimentos que bemcalculados davam para a despeza e ainda sobravam;mas era indispensável que sobrasse para que ellajuntasse um pecúlio digno de um homem elevadocorno Pedrinho havia deser,,.

Até agora fora tudo muito bem, mas si o rapazdava para aquillo, nao havia dinheiro que ihe che-gasse.

A dez mil réis de cada vez!... D. Ephigeniatremia, só de pensar. Entretanto, si ella lhe falasse...lhe desse uns conselhos... Mas qual, seria terapaperdido. Os homens quando dâo para isso...

E assim, d. Ephigenia levou até as 2 horas, re-moendo essas idéas que pouco o pouco a iam en-nervando

Já se considerava uma velha, não tinha pre-tençOcs, mas o facto é que contava apenas 36 annosC nessa idade ei que a mulher esti mais suieita aoinfluxo das sensações.Verdade seja quu os seus nervos, o seu san-

gue, todo o seu temperamento feminino fora sullo-ca lona primeira nn.cidade por circumstadcius cs-peciacs .. Mas, de pensar naquellas cousas, sentianio sei que... uma dormencia, uma molleza, umatalta de ar.., assim a impressão de quem está es-pelando alguma cousa.

Dias e dias inteiros d. Ephigenia continuou a te-flectir o caso que lhe parecia alarmante.Desta vez, no dia I a jú Pedrinho esgotara amesada. Deste modo onde iria ella parar... Seria

preciso triplicara mesada.Por outro lado, si elle dispuzesse de mais di-nheiro, essas mulheres poderiam exploral-o... e —

outro perigo — o rapaz podia até apanhar umadoença.De repente, depois de muito matutar, D. Ephi-

genia corou, confessando a si própria uma idéia queJá por duas vezes lhes apparecera no cérebro. Simo único meio de poupar ao rapaz o risco de umamoléstia e aquella despeza, era dar-lhe em casa.Que diabo, ella nio era nenhuma velha. Ainda estedia na hora do banho examinara attentamente oseu physico capaz de satisfazer ao mais exigente.Afinal que mal fazia 1 Ella era livre, não podia fazerpelo rapaz, que era todo o seu enlevo, o sacrifícioque fizera durante quatro annos a seu marido gros-seiro e velho?...

Era preciso, absolutamente preciso supprimiraquellas despezas do afilhado; e o único meio eraaquelle. Que (azer, si o rapaz nio podia passarsem aquillo...

A noite, a hora do chá, Pedrinho,tremulo muitocorado pediu-lhe dinheiro.

Quanto é que voe* precisa ?— perguntou D.Ephigenia com a voz oppressa.—... Dez mil réis-murmurou o afilhado em

voz sumida.D. Ephigenia prometteu dar no dia seguinte;

mas no quarto resolveu-se. Pobre rapaz I Elle ali-nalnao tinha culpa de ter aquelles instinetos comolodosos homens; ella não podia consentir que ellegastasse dinheiro «a toa» mas tambem era umacrueldade deixal-o assim ..

Nâo hesitou mais. Arrastada pelos instinetoseconômicos, pela piedade que lhe fazia a neces:«-dade do Pedrinho e tambem pelo reflexo que cau>sava em seus nervos a idéia do desejo interno quearrastava o rapaz, D. Iphigenia sahiu. da alcova ecomo estava dirigiu-se para o quarto do afilhado.

O rapaz estava acordado tambem, o amor devolúpia devorava ode certo. Ouvindo abrira portaexclamou assustado:

—Quimestá ahi?Sou eu, murmurou D. Ephigenia.

E approximou se do leito; uma emoção infinitaagitava-a toda;

Tomou a3 mãos do rapaz e dis-e-'he baixinhr:—Vocfi agora deu para gastar muito... e com

certas typas nâo é.Pedrinho quiz protestar.—Não negues, nflo mintas que.isso é kio. Eu

nflo quero que gastes dinheiro assim; nüo quero estás-ouvindo... . .

Olha, nio chores, si tu nio podes viver assim,olha... toma... -

E apoiando as mãos de Pedrinho sobre os seusseios fartos de mulher trintona, curvou-se para orapaz estupefacto deslumbrado e ardente de de- .Sejo. D. VlLLAFLOR.

Leffres d'un Mussiú—A' mussiú le docteur, furmade en

déreitede roubes et extrangulacions,Eugenie Rocca.

Signori:

e lastime prófundement Cestôpade médonhe devôire defése, escripte... pour ôutres, et lide

pcL.r vous-même.Comme rabulisie, vous passeriez Ia perne au

ríraud General Glycerine ; et, comme oradeur, iln'dxiste pas d'6utre nenhunsinhe qui se abra, commevous, a Ia vontadinhe du grand corpe.

Et, inde pour cirne, vous avez tenid, pour !aptôe,— ti... nate.. et pour carrégadeur de Jus-t:ce un Gold Smith Vtsaon.

Vous êtes juste, correcte, en vôtre aceusaciona Catane filhe; Les catanes, fürent en rondes lesteinpcs, méttedices.,. prescrutadeures.., dus cor-1, s ,, éxtranhes.

Contude—per Dio !...Tenide «fé en Díeu»; continuez a élaborcr be-

aucoup de muites pièces inteirices de amâitre dea-forges»; et, au future julguement, vous seriez con-démnadeà Ia púae pérpetus de défenseur... descoses pérdides, ou enterrades au funde des cha-cares de les éspouses de vôtres visinhes et ini mi-gues.

Esperez; signori I...En Berlin, les juizéres abondent; en ultime case,

ils appellaron par Ia justice... de Fale.Et contez commigue, pour auxiliér vôlre Rn*

binat de sotture,Francisouf. Athanaze.

TOURADAS

|DÓE6?...GELOLl

Vae ser uma tourada de estalo a do próximodomingo, pois, fará sua estréa a espaeia JosephaMola, a rival da celebre La Reverte.

Olél Olé! Viva Ia graciai Caramba, que jáestou de perna bamba I Isso nao é verso, mas éverdade.

Além disso, o Zé Bento, o Morgado, emfim,toda a bella quadrilha promette fazer cousas de en-cher o olho (salvo seja) doa afictonados

O Zé Lisboa que vá tomando umas gemmadaspara que o clarim náo lhe faça negaças; e si o ami-galhio doCravo nos quizer mandar nitro camarote,nüo faça cerimonias, nfio se acanhe; mas que sejaum em que o sói nâo nos queime tanto o lombo.

Hei de lá estar, rente como a u„» pilo quente.<Jallo]iedína. Único nitaliivU extirpador

dos callos, nâo impede andar calçado. —Rua dosAndradas 59.

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»*-'.

C^RTE-R* PE ÜM PERU'' u tinha umas cotias para contar a vocts, a

respeito dc um certo «par de galhetas», is-toe, de um gaja * uma gaja que costumara

fazer uns escândalos cm certa zona; porem elle fez-inc uma peliçao de iiaueas cor.-us, e metteu tan-tos pislolóe.i, que fui forçado a despachar lavora-velmente o pedido, de modo que, vocês é qiii-mperdem uma bella oecasião de saber as taes coisasque eu ia p6r para fora aqui, para vocCs verem otamanho...

Kmfim, paciência, e vamos ao resto.Depois de haver jantado ii Ia gordaça na Pen.

são Braga, rt.a da Carioca 39 sobrado, preparei-me para correr as zonas e lazer as minhas cava-efies, e a primeira pessoa que encontrei foi a Ma-ria fosií Peitiana.'— O' Lingua, como «lá lü, meu bem?

O que ? tíitii está no seu buraco..,Lá delle,— volveu a Maria maliciosamente.

E' verdade, sabes que comprei um lindo chapeocom plumss no Fetit Louvre, na rua Sete de Se-lembio 132?

Sim? Mas, onde está elle quo o nílo vejo.Dei-o ii Ritinha, porque estou «ageitatidou

ella, para ver si ella quer cultivar um roçado com-migo. .

Você sempre me sahiu uma viciada .. Bem,adeus, que ainda tenho que fazer nas zonas.

Deixei a «cabrocha» e toquei para a Lapa.Na zona Arcos, encontrei o aodontologico».

G. Olá.como vaes tu.rapazT EntãoaBernardinaubo-tão electrico», continua a dar-te os «choque-**» no-arame» hein I E vote tem a pachorra de atural-a?Toma juizo rapaz, que já nao e" sem tempo.

Segui, e mais adeante encontrei o «Caldo decanna». Esse k*gado quando fica de «cabeça incha*da» por causa da Vidinha Cigana, fala até dos pro-prios camaradas. E como está pedante esse roem-no '¦ Até parece que elle agora só se veste no Ele-gante Club da Cesa Gomes, alfaiataria da rua doLavradio 2, onde um camarada ajambrado saeelegante á muque.

Quando cheguei na Lapa, fui logo informadode que a Maria 500 réis para attenuar o formidávelcalote que pregou na pens.10 Helena, em San'os, em-pregou o velhíssimo «plano» de que a «mama tinhamorrido no Rio»,

Esse processo 6 o mesmo que aqui celebrisoutào tristemente essa impagável funccionaria. •

No Largo, vi o Pernalto Barão confabulandocom a Sylvia Ffôípde Alfavaca. Naturalmente esta-vam tratando das novas pazes, que certamente se-rio regadas a Chanipagne Assis Brasil

E por falar em Pernalto; ha dias vi essa cama-rada lendo ao Gallo do Regimento a seguintequadra:

c-Quando te vejo contenteFico logo espadanado IEu vivo de ti ausente,Mas estou todo arranhada !j

Que diabo seráãsso ? A Sarah que me res-ponda.

Entrei no Bar, para ver as novidades que haviae lá fui informado que o Pituta depois que tem

. acertado... nao da. uma folga na Ermelinda Vis-condessa. Ainda no domiugo a roxura foi obri-gada a passeata. Quem deve estar se moendo, é a590 réis, em Santos.

Soube mais que o Machado «dedinho» sendo«desabarraçado» pela Pingolao, foi altas horas as-sobiar pela Mauricia Boneca, mas foi gelado, por-quanto ella estava de «viagem» nos braços dosMilhões. Essa é boa !

Disseram-me também que a Noca Rio gran-densè bateu a linda plumagemdo Ninho das Tor-tilheiras, indo morar na Caverna das Barbadas dazona Maronguape. Ha quem diga que a gaja está«casadas com a Antonica «sete vinténs», Quefan... tochona I, Fui também informado de que a maioral Victona, da casa de modas, «abarraca» de vez Sm

quando com o cunhado. Que pouca vergonha !Si ella tomasse A Saúde lia Mulher é que faziabem.Igualmente soube pelo Lord Ceará, que aAmbrozina .tres gostos» voltou de novo a rotulaoa zona Passeio, a chamar o pessoal, da seguintemaneira :«Entra sympathico, é variado e barato. •> Oraessa agora IDisse me mais o Lord, que o Marialva, nemm^rno na terra Paraense deixa de ser viciado...« Koanna que o diga.

a"ai f0'3 de 'omar uma dose de Vinho Vil/arsim * 'a eU retirar*me do Bar, quando achei pro-qu d

meSa t'° 'ic'uett0"> um papel com a seguinte

•» ¦

DE DEZEMBRO DE«Qucridinhu de mimYalma,Minha dengosa «Maroca»Do seio levas-me a calmaCom teu ar de pata chnca.n

MaKK SD5TKNIDO.

Dei uma boa gargalhada,e rodei q»e foi serviçode Morphcu.

Lincha de Piiata.«-<TI«V»

Clnllherine Tell—Nova marca de cigarrosdeliciosos, cada carteira é premiada.

SEZÕES, MALEITASFebres palustres e intermittentesSHlulas de Vaferana

D» AilRKU SOBRINHOMilhares de curas Nâo lem dieta

Diiciidepositário-J1I10 <T»Mi 4 C, Ku.. Pedr-,8'RIO DE JANEIRO

Ki.i.a-Santa Cruz. Nâo d?Elle—E' o melhor.Ella—E esperas.me onde ?Elle—Na cancella de S. Christovarn, mesmo

junto á via férrea...Ella—Nao. Na via nao quero. E' perigoso.Podem nos ver...Elle Pois na via é que náoha perigo... Como

ds tola, inexperiente...Ella - Pois bem. Estamos tratados.Elle - Bem Amanha is io horas era ponto. Na

via...O paí (f urioso.sahinrlo debaixo do divan) Oh 1

grande patife I Ahi é que eu nao deixo voei ir IPonha-se lá fora e nao seja descarado! II

Armando Sacramento.

ii;

Elias e EllesVIII-lilhôes

Ao deparar o titulo que ponho.Intrigados, talvez, ficais leitores.Luxo, banquetes, pompas, esplendores,Talvez á mente passem como um sonho!

Epopéas de gozos e de amores,Idyilios sob um luar, branco, risonho...Tudo isto agora eo vosso olhar reponhoN'uma historia banal de uns amargorei.,,

Esses milhões que cito sáo de um tioQue foi correndo atraz de um bem terrenoE regressou nostálgico e sombrio 1

O moço ao relembrala assim se expande:«O ms-u amor puz todo no peqwnaE com surpreza vi que dera grandeI. ..d

Braz Procopio.

Cura todas as ferinas, ulce.aslestias de pelle, moléstias do utero, brotoejas sarnas, sardas,pannos, espinhas, era,vos.signaes de variola, darihros

seecose humidos,'frieiras e como

preservativo das ruo-lestias contagiosas, syphi

Deposito: 1ÍS, etc, ttCOuãi.y JtematitleH -dfc i*aiva

74, RUA DE S, PEDRO, 74 -

t/m sogra de maus bofesPintasilgo era noivo da Cocota, um peque,nfto de truz e capaz de tentar um frade depedra. Sendo noivo, era natural, invadia

os com modos do commendador Resaca, filava ochd, conversava com a pequena na sacada e punha»se ao fresco diariamente ã meia noite, depois demuita beijoca e muita apertadela.

A rapariga era alumna da Escola Normal etodas as manhas ia tomar explicações, voltando átarde.

Pintasilgo, pois, queria encontrar-se cora anoiva, afim de ambos darem um passeio lá para ossubúrbios e estarem duas horas a vontade.

Por sua vez, o ccmmendador Kesaca murmu.rava aos seus botões :

— Que diabo dirão um ao outro esses noivosmodernos ? No meu tempo o namoro começava poruraa topona, quatro beliscões e depois do pedidoao pae, o noivo chocava de longe a noiva, até queamarresse o nó. Vou espreitar os malandros. Sem-pre quero ver o que elles dizem.

fci escondeu-se embaixo do divan, um divanenorme, que o deixava occulto.

Pintasilgo chegou á noite muilo alegre e antesque o pae e a mãe da pequena com elles se encon-trassem, tratou de começar logo o contrato do ai-mejado rmdes-vous) e do terraço onde estavam, ásala de visitas, travaram o seguinte dialogo:

Elle—Precisamos dar um passeio a sós, Co-cota. Queres ?

Ella—Quero Onde?Elle—A Botafogo, Santa Cruz, Cascadura,

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ridas, empingens, frieiras, suor dos pés, atsa-duras, manchas, tinha, sardas, brotoejas, gonorrhéas. etc

Cavação

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Page 8: $Pmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1907_00983.pdf · O sacrista já tendo o plano feito Para embrulhar o bom do sôr Vigário, Pela noitinha, achando-o distraindo, Foi metter-se

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