fileeterno. molde o nosso caráter para que a nos-sa caminhada diária exalte e testemunhe o seu...

40

Upload: nguyenphuc

Post on 18-Oct-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: novembro/2011

Transcrição:

Nicibel Silva

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Nicibel Silva e e Thalita Daher

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

5

ApresentAção

Na Bíblia encontramos muitos homens e mu-lheres que foram fiéis ao Senhor até o fim. Pesso-as que fundamentaram suas vidas em uma forte e inabalável aliança com Ele. E nesta mensagem, vou falar especificamente de um desses nobres homens chamado Abrão – Deus ainda não havia o nome dele para Abraão. Para tratar desta abor-dagem, veremos o capítulo 15 do texto de Gêne-sis, no qual o Senhor prometeu a Abrão que lhe daria um filho apesar da condição biológica desse homem, que naturalmente o impedia de tornar uma mulher grávida. A lógica dessa história pa-

6

rece absurda, principalmente porque eu sei que hoje o termo aliança foge do conhecimento das pessoas. Vivemos em uma sociedade descartável, vazia de compromissos, que nem mesmo contra-tos assinados têm valor, imagine as palavras. Mas a aliança que temos em Deus é diferente, é um compromisso do próprio Deus firmado com Ele mesmo, declarando que não nos abandonaria e nos protegeria, e claro, cada um de nós tem este papel de cumprir com Ele nosso trato de vida e entrega total na dependência dele. E é isso que veremos por meio do testemunho de Abrão. Ve-remos em sua história um reflexo de uma aliança estabelecida e firmada em Deus.

7

A minhA orAção

“Pai, muito obrigado por esses dias que o Se-nhor tem nos permitido viver sobre a graça. Que cada vez mais flua em nós a tua sabedoria e que a bênção da libertação e transformação do Senhor alcance cada leitor. Que a sua Palavra separe o que é carne, passageiro, terreno daquilo que é eterno. Molde o nosso caráter para que a nos-sa caminhada diária exalte e testemunhe o seu nome. Recebemos desde já a sua Palavra como semente viva, que se multiplicará em nossos co-rações, em nome de Jesus. Amém!”

8

9

AliAnçA eternA

A realidade do evangelho é, sem dúvida al-guma, uma história de amor, superação, na qual Deus nos mostra que Ele é o Deus da segunda, terceira, quarta, quinta chances. E essa constata-ção se dá em todas as manhãs nas quais as mise-ricórdias dele se renovam sobre as nossas vidas. Refletindo acerca do curso da nossa vida, pode-mos concluir que todos nós já nascemos mor-rendo. Um paradoxo. Verdade. O cronômetro de toda pessoa quando nasce passa a contar regres-

10

sivamente. É um fato na nossa vida, mas mesmo dentro dessa realidade, Deus mostra que, mesmo no ventre materno, Ele tem um plano preparado para cada um de nós, conforme o salmista Davi declarou: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determina-do, quando nem um deles havia ainda.” (Salmos 139.16.)

É verdade que durante essa caminhada terre-na que fazemos, com tantos afazeres e respon-sabilidades, pode acontecer que a tecla off seja acionada, fazendo com que nos esqueçamos de quem verdadeiramente somos, da nossa reali-dade. Você é bem mais do que um rosto bonito refletido no espelho. Bem mais do que essa pes-soa com a qual convive desde a infância, quan-do então passou a entender melhor quem era e se conhecer. Da infância à adolescência e à fase adulta, foram feitas muitas descobertas e uma delas é a que mais assusta algumas pessoas, a da morte, de que o coração um dia vai parar de ba-ter. Mas quando se conhece a Jesus, a grande e

11

mais preciosa descoberta é a de que com Ele não há morte, mas vida, e vida eterna. O corpo que você pode ver e tocar acaba, entretanto, o que existe entre você e Deus vai além do que se de-teriora. O que existe entre você e Deus jamais se acabará, jamais será corroído. Entre você e Deus há uma aliança real, um vínculo, uma ligação que jamais será quebrada, pois, Ele declarou para si mesmo que não desiste de você, e isso implica em cuidados. O Senhor declarou para si mesmo que cuidará de você enquanto viver. Que estará com os olhos abertos sobre você em todo o tem-po. Essas declarações são promessas de Deus, as quais Ele cumpre e cumprirá, pois é sempre fiel. Deus decretou, fez um pacto, um laço, uma aliança conosco por meio de cada uma dessas declarações. Tudo isso é muito sério e valoroso; logo, a nossa vida cristã não pode ser firmada em cima de uma emoção – chorar, rir, sentir arrepios –, mas em cima da Verdade, da Palavra de Deus. Se fizermos uma relação acerca das diferenças entre o evangelho de Cristo e as outras religi-ões, veremos que ele não está “preocupado” com

12

momentos ou em apresentar um bom desem-penho. O evangelho consiste numa vida inteira. E aquele que já entendeu isso percebe que esse viver é cercado por uma “redoma”, uma aliança, como o anel que o marido e a esposa carregam no dedo desde o momento em que se casam. Ele é o símbolo da união, e mesmo que não esteja fisicamente no dedo por alguma circunstância, o compromisso feito um dia diante de Deus e dos homens não é desfeito pela ausência dele. Assim é a aliança com o Senhor, não temos o anel, mas temos muito mais, a Palavra do próprio Deus. Te-mos um pacto com Ele, o qual não será quebrado e muito menos desfeito. No capítulo 15, versícu-lo 1 do livro de Gênesis, encontramos o registro da aliança que o Senhor fez com Abrão e que se estendeu a nós, leia com atenção: “Depois des-tes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.” Deus disse a Abrão que Ele seria a prote-ção dele, como se fosse um arco, uma bolha.

13

AliAnçA de Amor

Deus deseja relacionar comigo e com você profundamente, e precisamos desejar esse modo de relacionamento, não apenas contentar em re-ceber as bênçãos. Conhecer a Deus é o que mais vale, ter intimidade com Ele é o que verdadeira-mente importa. Nada é mais prazeroso do que ouvir a voz do Senhor, servi-lo da forma que o agrade. Mas infelizmente, muitas pessoas se con-tentam apenas com o “glacê ou com a cerejinha do bolo, não desfrutam do melhor, aquela gene-

14

rosa fatia recheada de chocolate”. Já outros rela-cionam com o Senhor de maneira semelhante ao diálogo a seguir:

– Alô, é do consultório do Dr. Fulano? – Sim, no que posso ajudá-lo?– Quero marcar um consulta com ele. – Ok, consulta marcada. No dia e horário da consulta, chega o pacien-

te. E então se inicia o diálogo, um tanto estranho, eu diria, com a pergunta do médico:

– Como você está? – Estou bem, eu vim aqui apenas para conver-

sar com o senhor mesmo. E o senhor, como está?A possibilidade de esse profissional enca-

minhar a pessoa para um especialista é grande, pois normalmente se vai ao consultório médico quando há alguma necessidade. Ninguém, em sã consciência procura o “doutor” para bater um papo. Ninguém paga um valor por isso, eu creio. Mas ao contrário do médico natural, nós pode-mos procurar o Médico dos médicos para dizer que tudo está bem, para bater um papo com Ele ou então, simplesmente, não dizer nada, somente

15

escutá-lo. Contrário às normas de uma consulta médica, nós não devemos procurar pelo Médico dos médicos apenas quando estivermos doen-tes. As coisas de Deus são assim, muito melhores, incomparavelmente. Então, eu o aconselho a não procurar Jesus Cristo apenas quando você tiver um problema, uma enfermidade ou simplesmen-te um sintoma. Deus é fiel e justo, Ele não privi-legia ninguém, aquilo que prometeu, cumpre na vida de todo aquele que a Ele clamar. Acontece que muitos já entenderam isso e vão a Ele ape-nas quando necessitam. Saiba, querido, que a Pa-lavra de Deus que foi liberada sobre nós, sempre acontecerá, em transformação, em todo tempo, trazendo à existência o que não existe ainda (Ro-manos 4.17). Aos poucos Deus vai mostrando e revelando o que não se vê, por isso se você já ex-perimentou dessa verdade, não viva enganado, crendo que receber as bênçãos de Deus é o que somente e mais importa.

Interessante que quando Deus vê em mim e em você disposição para nos usar, Ele se revela a nós, vivemos uma fé independente de outros

16

e dependente somente dele. Falo isso porque tem muito crente que só o é por causa de outro crente. Vive a fé do pai, da mãe, da esposa, do marido. Ele pode estar na igreja, frequentar os cultos, ser um membro “ativo” e amar a Deus, mas a confiança dele está firmada na fé de alguém. Quanto erro, quanta tristeza para Deus, que na verdade está chamando cada um de nós para olhar nos nossos olhos e nos aproximar dele. Ele quer aparecer para mim e para você como apare-ceu a Abrão e dizer: “Não tenha medo.” Note que Ele fez esse pedido a Abrão antes de lhe fazer a promessa, então não sentir medo de Deus é o primeiro ponto para se estabelecer uma aliança com Ele. E se Deus fez tal pedido, é porque te-mos esse sentimento. Sentimos medo do que vai acontecer, do que pode ser gerado, de como será o amanhã, os próximos anos da nossa vida. Mas não podemos ter esse sentimento acerca do que somente o Eterno sabe. Não cabe a mim e nem a você o dia de amanhã. Temos que viver um dia de cada vez e entregar todos eles nas mãos do Cria-dor, que assim como disse a Abrão, diz a nós: “Eu

17

sou seu escudo e grande será a sua recompen-sa.” Como todo ser humano, nosso pai da fé fez algumas perguntas sobre a promessa que Deus estava dando. Ainda hoje, alguns acordos são firmados por meio de uma aliança. Esta, na nos-sa cultura ocorre por meio de um contrato, que na verdade é apenas uma folha de papel na qual você assina e diz: “Eu me comprometo a pagar, mensalmente, os serviços prestados, como TV a cabo, internet, ligações etc.” Em contrapartida, a empresa diz que irá nos fornecer, por um número de horas, essa ou aquela programação conforme o pagamento do serviço contratado. Esse é ape-nas um exemplo, espécie de aliança, de como fechamos acordos atualmente. Já naquela época, era diferente, em alguns casos bastava apenas que a pessoa olhasse diretamente no rosto da outra. Um declarava para o outro o benefício, a proteção, aquilo que ele pudesse oferecer. Ou-tros faziam (e ainda fazem) alianças por meio do sangue. Há uma variedade de alianças, acordos, de várias formas e maneiras, depende muito da cultura do país, mas em todas elas há, primeira-

18

mente, um diálogo. E foi isso que Abrão fez com o Senhor. Ele conversou com Deus como você e eu devemos fazer. É preciso fazer perguntas ao Pai para ouvir respostas que ensinam, exortam, edificam: “Deus, como está minha vida? O que o Senhor quer de mim? Como está meu casamen-to? Tenho feito tudo corretamente, da maneira que o Senhor deseja? Senhor, estou tendo algu-ma atitude errada no meu local de trabalho, com meus amigos, meus colegas? Pai, o que preciso mudar?” Para que haja uma aliança é preciso con-versar, falar, dialogar com Deus, quebrar o medo e entender que Deus está presente em todo tem-po e em todas as circunstâncias da nossa vida. Aquele que tem uma aliança com o Senhor sabe que nunca está sozinho, tem a certeza de que há alguém do lado dele no carro, no metrô, no ôni-bus, no banheiro, na cozinha, em qualquer lugar. Deus não é um amigo imaginário, Ele é real.

A Palavra do Senhor que chegou a Abrão por meio de uma visão nos mostra que Deus não é autoritário. Ele respondeu as perguntas que Abrão lhe fez, sanou as dúvidas que ele tinha e

19

ainda confirmou a sua promessa acerca da des-cendência e da terra, fazendo uma aliança com ele.

“Senhor Deus, que me haverás de dar, se con-tinuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nas-cido na minha casa será o meu herdeiro. A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteri-dade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por heran-ça esta terra. Perguntou-lhe Abrão: Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la?” (Gênêsis 15.2-8.)

Abrão era um homem muito bem-sucedido, experiente no ramo de negócios, sabia o que era estabelecer uma aliança com homens e muito mais com Deus. Ele sabia da importância de tudo

20

o que estava acontecendo entre ele e o Pai Ce-lestial, o que não acontece com alguns “homens e mulheres de Deus.” Estes desprezam o que foi estabelecido, firmado com o Senhor. Trocam a aliança por prazeres passageiros, bens corrup-tíveis, pelo pecado, pelas efemeridades da vida natural. Esquecem que nossa aliança com Deus é eterna. Podemos e devemos aprender com Abrão que teve a certeza do que Deus havia lhe prometido e que ainda não havido chegado.

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obede-ceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.” (Hebreus 11.8-10.)

21

nAdA pode quebrAr A

AliAnçA

Nosso herói da fé entendia a linguagem de Deus porque Ele falava de maneira que o possi-bilitava entender. Isso é coisa de pai! Meu filho, Lorenzo, tem apenas dois anos, assim como meu sobrinho Benjamim. E como quase toda criança de dois anos, a linguagem verbal ainda não está fluente. Quando o meu filho vai para casa do Gustavo, meu cunhado, surge a dificuldade de

22

entender o que o Lorenzo diz, pois o Gustavo não é o papai dele. Tal experiência acontece comigo, quando o Benjamim vai para minha casa, pois ele não é o meu filho. Agora, quando os nossos filhos estão conosco, comigo e com o Gustavo, entendemos o que eles dizem, ou pelo menos querem dizer. Isso acontece porque entendemos a linguagem das nossas crianças. De maneira se-melhante, porém muito mais profunda, é assim a nossa conversa com o Pai Eterno. Ele entende a nossa dor, a nossa tristeza, alegria, aquilo que não conseguimos nem mesmo pronunciar, aqui-lo que ninguém entende, compreende. Mesmo que a palavra não tenha chegado à nossa boca, Ele já a conhece totalmente (Salmo 139.4).

Pois bem, a realidade de Abrão não o deixava acreditar que por meio dele e de Sara nasceria um herdeiro, pois estavam avançados em dias. O cro-nômetro biológico não permitia sonharem tanto assim, sonharem com um filho gerado por eles. Mas essa era a realidade natural, não a verdade es-piritual. O que realmente vale é aquilo que Deus diz. E Ele disse a ele que dele nasceria um herdeiro,

23

por mais velho que estivesse, por mais tempo que demorasse. Assim como Deus tinha frutos para esse casal amado, Ele tem para mim e para você. Frutos para a nossa vida que fluirão por meio de nós. Chega de comermos do fruto de outros. E a partir do momento que Abrão passou a entender o que estava acontecendo, a proporção do que Deus estava lhe dizendo, ele avançou, foi elevado a um grau de justiça. E ele creu. E falar de aliança é falar de crença, de acreditar. É crer que os olhos Dele estão sobre você, por isso não irá pecar. Você fala que acredita em Deus, mas peca quando acha que ninguém está vendo você. É crer que mesmo que o diagnóstico médico seja o pior possível, de uma doença que é incurável, a cura dele alcança-rá o seu corpo porque Ele lhe prometeu. Crer que Ele tudo pode mudar, tudo pode fazer. Pode criar o que ainda não existe. Pode exaltar e pode hu-milhar. Pode ressuscitar o que está morto. Aquele que acredita em Deus não titubeia quando as más notícias chegam. Ele acredita que a declaração do verso 6 de Hebreus 11, é verdade, logo, realidade na vida dele: “De fato, sem fé é impossível agradar

24

a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” Esse é o desejo de Deus, que acreditemos nele, tal como Abrão acreditou. E por isso pôde sair da lei para a justiça, entender o que estava se passando. A his-tória desse nosso irmão pode ser a nossa, pois ele nos deixou esse legado espiritual, da aliança que estabeleceu com o Eterno.

Pela bondade de Deus, Cassiane e eu estamos casados há 10 anos. E são anos de muita alegria, de muitas bênçãos. Namoramos, noivamos e ca-samos em seis meses, e nesse tempo nos vimos apenas oito vezes. Vale ressaltar que não estou incentivando ninguém a se casar em seis meses e nem após oito encontros. Nossas famílias se conheciam, existia um histórico. Então, lembro-me que com dois meses de namoro, estávamos em Londrina, tomando sorvete e trocando elo-gios, coisas de namorados! E nesse clima gostoso e propício, olhei para a Cassiane e disse: “Já nos conhecemos, temos o Senhor nas nossas vidas, tudo está bem entre nós... Você aceita se casar

25

comigo?” Ela olhou para mim, deu um sorriso e respondeu: “Sim, vamos nos casar.” Continuamos tomando sorvete – apesar de o dela derreter em suas mãos – com os corações acelerados e felizes. Então, no dia 20 de outubro de 2001, a aliança foi estabelecida entre nós. Contei a você sobre o nosso casamento para exemplificar que assim como aconteceu conosco, Deus deseja estabele-cer uma aliança com você. Entre mim e a Cassi, chegou o momento de a troca de elogios e as quatro horas ao telefone tomarem um rumo dife-rente. O Senhor não deseja apenas trocar elogios com você, acariciar o seu rosto, passar a mão no seu cabelo. Ele quer, acima de tudo, compromis-so. Ele deseja ter com você um relacionamento profundo, sem superficialidades. Mas você pre-cisa dizer sim, como a Cassiane me disse. Se ela dissesse não, talvez hoje não completássemos 10 anos de aliança firmada. Ela e eu chegamos ao momento crucial de nossas vidas, de constituir um relacionamento para a vida toda. E esse mo-mento decisivo precisa acontecer, principalmen-te, entre você e Deus, pense nisso!

26

27

nAdA vAi me sepArAr de ti

Continuemos no texto de Gênesis 15, agora no verso 9: “Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha, uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola e um pombinho.” Quando Abrão compre-endeu o que Deus havia falado, ele levou os animais que Ele havia lhe pedido. Essas espécies eram ofe-recidas em sacrifício, e mesmo sem Deus ordenar, ele as tomou e as partiu ao meio. Isso é sinal de um relacionamento profundo, no qual às vezes nem é preciso dizer uma palavra, basta apenas um olhar

28

ou gesto. Como Abrão entendia o que Deus esta-va falando, ele cortou e preparou os animais para sacrifício e ficou aguardando a resposta. Ele sabia que não estava fazendo pacto com ninguém. Não estava fazendo negócio com um líder, empresário ou com outra pessoa. Ele entendeu que estava fa-zendo aliança com Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores. E “ele, tomando todos estes animais, par-tiu-os pelo meio e lhes pôs em ordem as metades, umas defronte das outras; e não partiu as aves. Aves de rapina desciam sobre os cadáveres, porém Abrão as enxotava. Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono so-bre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o aco-meteram.” (Gênesis 15.10-12). O sinal de um novo tempo, a cada dia, recebemos pela graça de Deus. É como se fosse uma página em branco na qual as promessas de Deus se cumprirão e um novo capítu-lo da nossa história será escrito, confirmando ainda mais a aliança com o Criador. “Ao pôr-do-sol, Abrão foi tomado de sono profundo e eis que vieram so-bre ele, trevas densas, pavorantes.” Temos aqui o iní-cio de mais um encontro. Essas trevas densas eram uma referência às trevas de Israel, o que aconteceria

29

com essa nação. Deus havia prometido que Israel herdaria Canaã, a terra prometida, por meio da ação sobrenatural dele de redenção à escravidão, porém haveria lutas e tribulações.

“Então, lhe foi dito: sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que tem de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas. E tu irás para teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus. E sucedeu que, posto o sol, hou-ve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aque-les pedaços. Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendên-cia dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates.” (Gênesis 15.13-18.)

Tudo isso quer dizer que Deus não nos en-gana, existia sim uma promessa maravilhosa para Abrão e sua descendência, mas também

30

viriam tristezas. Deus não engana ninguém, Ele não oferece um evangelho mirabolan-te, sem cruz, por isso não caia nas “ofertas” existentes por aí. A aliança com o Pai pode enfrentar toda dor, sofrimento, frustração, mas mesmo que tudo isso aconteça, saiba que nenhum sofrimento será maior do que o prêmio que vamos receber no grande dia: a vida eterna, a coroa incorruptível, o prazer de ouvi-lo dizer: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está prepa-rado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25.34.)

Já lemos que Deus disse a Abrão que não sentis-se medo. Ele queria conversar com ele, e o fez. Falou de tudo, da descendência, do fruto para as nações, daquilo que estava por vir, de onde iria levá-lo, o que Ele queria que Abrão fizesse. O Senhor é mara-vilhoso e sabe da nossa limitação. Somos limitados, mas Ele não. Erramos, pecamos, falhamos, desani-mamos, desistimos, mas Deus persiste. Ele nos pede para fazermos o que damos conta. Abrão fez o que pôde, e não foi de qualquer maneira, foi o melhor,

31

no que tange ao sacrifício. E Deus o aceitou porque viu antes de tudo a obediência, a entrega, a santifi-cação da vida desse homem. Faça como Abrão, en-tregue o seu melhor a Ele, e esse melhor não se re-fere à perfeição, pois por mais que se esforce, jamais será perfeito. O melhor acontece, primeiramente, no coração. É fazer para Ele e não para homens. É fazer não visando um lucro ou uma recompensa, mas fa-zer mesmo que haja aparentes perdas, e nenhum reconhecimento ou aplauso. É oferecer a Ele o me-lhor tempo, o primeiro lugar na sua vida.

Deus o chama para viver com Ele plenamente, em santidade, consagração, oração. Mesmo que até hoje sua vida tenha sido de quedas, retro-cessos, desvios, saiba que a aliança que um dia foi estabelecida não será quebrada por Ele. Você é capaz de dar a volta por cima e começar ain-da mais forte, mais valente do que nunca. Você tem uma aliança eterna com o Eterno. Converse com Ele, não tenha medo e levante a sua cabeça. Aproveite o momento que Deus mesmo lhe deu, e firme-se na aliança que Ele estabeleceu com você, dizendo:

32

“Deus, nessa hora lhe entrego o meu coração, a minha vida. Consagrando-me ao Senhor, fazen-do o que posso, como consigo, mas dando-lhe o meu melhor. Compreendendo a sua linguagem, compreendendo a profundidade da sua Palavra, e por isso coloco-me à sua disposição. Rendo-me e reconheço que a nossa aliança está acima de to-das as coisas. Ela é muito mais que uma emoção, do que uma dádiva, uma prosperidade, um mila-gre. É uma aliança inquebrável, indestrutível, por-que essa aliança não vem de mim, mas o Senhor a fez. O Senhor declarou, determinou, decretou e eu me firmo na sua Palavra. No que depender de mim, farei o melhor para que as suas promessas se cumpram em minha vida, em nome de Jesus, amém!”

André Valadão

33

34

35

36

37

Jesus te AmA e quer

voCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

38

2º PASSO: O Homem é pecador e está se-parado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressus-citou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confes-sa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cris-to em seu coração? Faça essa oração de deci-são em voz alta: “Senhor Jesus eu preciso de Ti,

39

confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te rece-bo como meu único Salvador e Senhor. Te agrade-ço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangélica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acompa-nhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

40

Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

Twitter: @Lagoinha_com