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Professor Dr. Evandro Rodrigo Dário Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Termodinâmica Disciplina : Termodinâmica Aula 6 - Análise da Energia dos Sistemas Fechados Curso: Engenharia Mecânica Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng.

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Professor Dr. Evandro Rodrigo DárioCurso: Engenharia MecânicaDisciplina: Termodinâmica

Disciplina : Termodinâmica

Aula 6 - Análise da Energia dos Sistemas Fechados

Curso: Engenharia Mecânica

Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng.

Professor Dr. Evandro Rodrigo DárioCurso: Engenharia MecânicaDisciplina: Termodinâmica

Análise da Energia dos Sistemas Fechados

Já vimos várias formas de energia e de transferência de

energia e desenvolvemos uma equação geral para o

princípio de conservação da energia (aulas 2 e 3).

Em seguida, aprendemos a determinar as propriedades

termodinâmicas das substâncias (aulas 4 e 5).

Agora aplicaremos a equação de conservação da

energia a sistemas que não envolvem fluxo de massa

através de suas fronteiras, ou seja, sistemas fechados.

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

Uma forma de trabalho mecânico frequentemente

encontrada em situações práticas está associada à

expansão ou compressão de um gás em um arranjo

pistão-cilindro.

Durante esse processo, parte da fronteira (a superfície

interna do pistão) se move para cima ou para baixo.

Portanto, o trabalho de expansão e compressão

geralmente é chamado de trabalho de fronteira móvel

ou simplesmente trabalho de fronteira

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

O trabalho de fronteira móvel associado a motores ou compressores reais

não pode ser determinado de maneira exata apenas por uma análise

termodinâmica, porque o pistão geralmente se move a velocidades muito

altas, dificultando a manutenção do gás interno em estados de equilíbrio.

Iremos analisar aqui um trabalho de fronteira móvel de um processo de quase-

equilíbrio, um processo durante o qual o sistema permanece aproximadamente

em equilíbrio durante todo o tempo.

Um processo de quase-equilíbrio, também chamado de processo quase-

estático, é uma boa aproximação para motores reais, especialmente quando o

pistão se move em baixa velocidade

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

Considere o gás confinado no arranjo pistão-cilindro

mostrado na figura ao lado.

Se o pistão se deslocar de uma distância ds em quase-

equilíbrio, trabalho diferencial realizado durante esse

processo é:

dV

(+) Positivo / Expansão

(-) Negativo / Compressão

(+) Wf

(-) Wf

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

O trabalho de fronteira total realizado durante o

processo completo de movimentação do pistão

é obtido pela soma de todos os trabalhos

diferenciais do estado inicial até o estado final:

Essa integral pode ser avaliada somente se soubermos a relação funcional entre

P e V durante o processo. Ou seja, P = f(V) deve estar disponível.

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

A área diferencial dA é igual a PdV, que é o

trabalho diferencial.

A área total A sob a curva de processo 1-2 é

obtida pela adição destas áreas diferenciais:

A área sob a curva de processo em um diagrama P-V é igual, em magnitude,

ao trabalho realizado durante um processo de compressão ou de expansão em

quase-equilíbrio de um sistema fechado.

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

Um gás pode seguir diversas trajetórias

diferentes quando se expande do estado 1

para o estado 2.

Em geral, cada trajetória tem uma área

diferente abaixo dela e, como essa área

representa a magnitude do trabalho, o

trabalho realizado será diferente para cada

processo.

O trabalho é uma função de trajetória (isto é, depende da trajetória seguida,

assim como dos estados inicial e final).

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TRABALHO DE FRONTEIRA MÓVEL

Se o trabalho não fosse uma função de

trajetória (ou de linha), nenhum

dispositivo cíclico (motores de

automóveis, usinas de potência) poderia

funcionar como dispositivos produtores

de trabalho.

O trabalho produzido por esses

dispositivos durante uma parte do ciclo

teria de ser consumido durante outra

parte e não haveria nenhuma produção

líquida de trabalho.

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Exemplo 1: Trabalho de fronteira para um processo a volume constante

Um tanque rígido contém ar a 500 kPa e

150 °C. Como resultado da transferência

de calor para a vizinhança, a temperatura

e a pressão interna do tanque caem para

65 °C e 400 kPa, respectivamente.

Determine o trabalho de fronteira

realizado durante esse processo.

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Exemplo 2: Trabalho de fronteira para um processo a pressão constante

Um arranjo pistão-cilindro sem atrito

contém 1 kg de vapor de água a 2 Mpa

e 300°C.

Calor é transferido para o vapor até que

a temperatura atinja 500°C.

Considerando que o pistão não está

preso a um eixo e sua massa é

constante, determine o trabalho

realizado pelo vapor durante esse

processo.

1 kg2 MPa

P, MPa

v, kg/m3

Po = 2,0 MPa2,0

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Exemplo 3: Compressão isotérmica de um gás ideal

Um arranjo pistão-cilindro contém inicialmente 0,4 m3 de ar a 100 kPa e 80 °C.

O ar é então comprimido para 0,1 m3 de tal maneira que a temperatura dentro do

cilindro permanece constante. Determine o trabalho realizado durante esse

processo.

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Processo politrópico

Durante os processos reais de expansão e

compressão de gases, a pressão e o

volume são frequentemente relacionados

por PVn=C, onde n e C são constantes.

Um processo desse tipo é denominado

processo politrópico

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Processo politrópico

A pressão durante um processo politrópico pode ser expressa por:

Substituindo na equação de trabalho temos para n ≠ 1:

uma vez que 1 1𝑛

2 2𝑛. :

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Processo politrópico

Para o caso especial em que n = 1 o trabalho de fronteira resulta:

Para um gás ideal (PV = mRT), essa equação também pode ser escrita como:

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Exemplo 4: Expansão de um gás contra uma mola

Um arranjo pistão-cilindro contém 0,05 m3 de um gás,

inicialmente a 200 kPa. Nesse estado, uma mola linear com

constante de mola igual a 150 kN/m está tocando o pistão,

mas sem exercer qualquer força sobre ele. Em seguida, calor

é transferido para o gás, fazendo com que o pistão se

desloque para cima e comprima a mola até dobrar o volume

dentro do cilindro.

Considerando que a seção transversal do pistão é de 0,25 m2, determine:

(a) A pressão final dentro do cilindro;

(b) O trabalho total realizado pelo gás;

(c) Aparcela desse trabalho realizado contra a mola para comprimi-la.

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BALANÇO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS

O balanço de energia para qualquer sistema passando por qualquer tipo de

processo, foi anteriormente expresso por:

ou, na forma de taxa, como.

Para taxas constantes, as quantidades totais durante um intervalo de tempo t

estão relacionadas às grandezas por unidade de tempo por

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BALANÇO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS

A equação do balanço da energia no caso de sistema fechado utilizando a

convenção de sinais adotada é dada por;

Onde:

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BALANÇO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS

Considerando as parcelas de energia cinética da energia de um sistema temos:

Onde:

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Exemplo 5: Aquecimento elétrico de um gás a pressão constante

Um arranjo pistão-cilindro contém 25 g de vapor de

água saturado, mantido à pressão constante de 300

kPa. Um aquecedor a resistência dentro do cilindro é

ligado e circula uma corrente de 0,2 A por cinco

minutos a partir de uma fonte de 120 V. Ao mesmo

tempo, ocorre uma perda de calor de 3,7 kJ.

(a) Mostre que para um sistema fechado que o trabalho de fronteira Wf e a

variação da energia interna U na equação da primeira lei podem ser

combinados em um único termo, H, para um processo a pressão constante.

(b) Determine a temperatura final do vapor.

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Exemplo 5: Aquecimento elétrico de um gás a pressão constante

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Exemplo 6: Expansão não resistida da água

Um tanque rígido está dividido em duas partes iguais

por uma partição. Inicialmente, um lado do tanque

contém 5 kg de água a 200 kPa e 25 °C, e o outro lado

está evacuado. A partição é removida, e a água se

expande ocupando todo o tanque.

Suponha que a água troque calor com a vizinhança até

que a temperatura no tanque retorne ao valor inicial de

25 °C.

Determine: (a) o volume do tanque, (b) a pressão final e (c) a transferência de

calor ocorrida no processo.

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Exemplo 6: Expansão não resistida da água

Determine: (a) o volume do tanque, (b)

a pressão final e (c) a transferência de

calor ocorrida no processo.

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Problemas propostos:

Capítulo 4:

4; 6; 8; 13; 24; 32; 35; 38; 42; 46; 123; 126

Çengel, Yunus A. Termodinâmica. – 7. ed.