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AN NO I. NiliniDO RE FEVEREIRO DE 1S64. M.' 58. / ÍÊfò£a\Wà ÉMMÊMtâM, iliiiitóí^ 1 €1S!$€@. A redacção toma a responsabilidade dos seus arti- gos; todos os mais para serem publicados de- verão vir competentemente legalizados. Annuncios a 80 réis por linha, com abatimento para os que forem repetidos por mais de uma vez. Numero avulso -120 réis. í ^~ L ÁSSIGNATURA PARA A CIDADE. Tor anno. . . . Porsemeslre. . . Por trimestre. . . para róiiA. Tor anno. . . . Proprietário—Alexandre Francisco Cerbelon Verdeixa. ——za? '"5" ^Er—'¦ 2 $000^ Publica-se as Quartas-feiras e sabbados de cada se- mana; e subscreve-se no escriptorio da Typ. da Liber- 40$oooW/tf£Ífe, rua Formosa. 8ÍÍ000 4 ©000 ((Maio periculosam libertatem quam quielum seruitium Antes os espinhos da liberdade, que as flores da escravidão. Traducçao. Ê. I>IBE®.Í) JBlBSa Estávamos resolvido a nâo articular uma palavra mais sobre a monstruosi- dade do nosso processo, para não pre- venir a auetoridade, nem o publico do seu mérito ou demérito jurídico. Contentamo-nos com o pouco que ha- víamos escripto sobre a malignidade do seu principal protogonisía; mas como o impudente juiz é tão despeijado que não lhe corào as fuces com o que ha exer- cido deini juo e parcial, e manda para o prelo o seu próprio corpo de delicio, indusindo o seu instrumento a acompa- nhal-o no plano, cumpre-nos acceitar a luva, no mesmo terreno em que a lan- çarão. Não ha nada mais indigno c degra- dante na sociedade, do que vêr-se um juiz togado, de novclleiro no sacrosanto exercicio de suas atlribuições, subindo o oclio e malquerença ao ponto de dis- virluar a verdade dos factos, que lhe pode ser confirmada com a leitura dos mesmos fados! Esta gloria, este typo de perversidade estava reservado paia o peralta que, absorto todo nos prazeres cia vingança e da immoralidade, não recua ante con.' sideraçãò alguma que se contraponha aos instinetos de sua alma e ferocidade hereditária. Estava escripto no livro dos destinos desta província a triste e inaudita ca- tastrophe porque lem passado, na omino- sa. administração de dois entes iguaes a si mesmos, e sem rivaes na protervia, no descaro e improbidade, em todos os degráds da fragilidade humana ! Estava reservado para o ultimo quar- tel cie nossa vida ver a scena mais atroz na existência dc um povo !.. .Um cego dc suas paixões querer dominar urna situa- ção pela perfídia e pela mentira—um juiz crápula, pela protervia e devussi* dão ! O primeiro suppondo-se com direito a ser conservado pelo fino taclo da in- vectiva e hypocrisiá— o segundo, pela violência c arrebátãmeiito de suas des- ordenadas paixões—e sobre-tudo pelo cynismo e desfaçamento 1.. ' Qualquer homem de meia razão, por mais pequenina tintura que tenha do di- reito escripto de seu paiz, lendo o des- pacho da pronuncia, que corre impres- so, pela queixa da infeliz victima de seus filhos directores de todo esse arte- facto, que de\e todo o seu incremento a calamidade da actual administração desta província, pela presença de dois instrumentos das iras de Deus, não pôde escusar-se de acompanhar-nos no juizo indeclinável que, não somente nós, 'mas todo o espirito desprevenido deve formar do ódio, dolo, e d'esses dois verdugos dos dogmas mais justos e sagrados, para a prõtecção dos direi- tos individuais e de propriedade de seus governados. Em verdade, desde que um povo cons- lituido , codigalisados os seus dogmas moraes e coercitivos, estabeleceu a fór- ma e regular andamento dos processos, em qne os crimes forão qualificados na razão de sua gravidade e efleitos. ne- cessarios, foi reconhecido por todos os jurisconsultos, que as provas devem corresponder a enormidade do delicto. Ninguém dirá (salvo se fôr um beba- do), que a presumpção, por mais vehe- mente que seja, possa inflingir pena; assim como que se possa qualificar ditos vagos, apesar de extorquidos, como in- dicios certos e infalíveis, da existen- cia de um facto algures imputado, e isto ainda mesmo no primeiro conhecimento official. Ninguém ainda avançou em pu- blicb;, por seu próprio punho—que sem uma prova certa e indubitavel— sem uma convicção baseada, se possa instaurar novo processo, e com menor numero de testemunhas, estando estas mesmas testemunhas presentes no lugar do delicto, ao tempo em que se proce- dia ria indagação do delinqüente por parte da. justiça—levando o seu zelo excesso cíe serem interrogadas vinte e seis testemunhas, das que lhe erão indi- cadas pela parte, como mm habilitadas na sciencia. Ainda a mentira e a calamnia esta- vão por conquistar um instrumento ta, dócil aos seus dictames e mandatos, conseguindo-os no reinado da crapulao da protervia e da vingança, de dois ir- mãos, precursores de um flagello; syco- phantas ridículos de uma parcialidade moribunda! E para que mais se podesse dese- nhar a boa fé, illustração e moralidade de qualquer dos protogonistas do drama que com tão pouca habilidade repre- sentarão, a titulo do zelo e amor da lei offendida, de um infeliz,pela morte, e ainda mais infeliz pela condueta de sua descendência e virtuosa Eva; pas- saremos ao cômico e burlesco da grande peça de architectura jurídica, que se lhe deu publicidade, para ferrete eterno na fronte de seu auetor. Pela prolixidade do despacho que o ignorante quiz appeliidar sentença —pela perversidade de emprestar as tes- temunhas expressões que não estão em seus depoimentos—pela recapitulação sediça e miserável—pelo methodo, final- mente, empregado em provar »sua con- vicção, se mostra evidentemente o ani- mo deliberado de um espoleta em tudo, e ainda mais no exercicio das sagradas funcções da cadeira de juiz. O que o publico ignora, o que ha de mais horrível em todo o drama é saber- se, que toda essa pouca ou nenhuma prova, como lhe escapou proferir, fora extorquida por empenho á uns, pro- messa a outros, e violência aos fracos !.. Além da inversão manifesta dos ditos de suas testemunhas, como o leitor pôde vêr nos autos; (não sabemos para que). por quanto qualquer outro magistrado ja mais se levaria pela declaração de uni juiz inimigo e sem dignidade, reflicta-se no poético dapeça,queporsi denuncia o empenho e animo calculado de depri- mir a reputação da victima de seu dis- farce e palpável ódio. Bastaria attentar pobre os factos, que elle claisiíféà de indicios, que, indepen- dente cia significação juridiçá; segui- da e adoptada pelos cririiiiiàlistas de todas as escholas, ainda assim to- ciosos íexicogrãphòs defíinem— «sig- MANCH /

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Page 1: Ê. I>IBE®.Í) JBlBSamemoria.bn.br/pdf/717584/per717584_1864_00058.pdf · cadas pela parte, como mm habilitadas na sciencia. Ainda a mentira e a calamnia esta-vão por conquistar

AN NO I. NiliniDO 1» RE FEVEREIRO DE 1S64. M.' 58.

/

ÍÊfò£a\Wà ÉMMÊMtâM, iliiiitóí^ 1 €1S!$€@.

A redacção só toma a responsabilidade dos seus arti-gos; todos os mais para serem publicados de-

verão vir competentemente legalizados.

Annuncios a 80 réis por linha, com abatimentopara os que forem repetidos por mais de

uma vez. Numero avulso -120 réis.

í^~

L

ÁSSIGNATURA PARA A CIDADE.Tor anno. . . .Porsemeslre. . .Por trimestre. . .

para róiiA.Tor anno. . . .

Proprietário—Alexandre FranciscoCerbelon Verdeixa.

——za? '"5" ^Er—'¦2 $000^ Publica-se as Quartas-feiras e sabbados de cada se-

mana; e subscreve-se no escriptorio da Typ. da Liber-40$oooW/tf£Ífe, rua Formosa.

8ÍÍ0004 ©000

((Maio periculosam libertatemquam quielum seruitium :»

Antes os espinhos da liberdade,que as flores da escravidão.

Traducçao.

Ê. I>IBE®.Í) JBlBSaEstávamos resolvido a nâo articular

uma só palavra mais sobre a monstruosi-dade do nosso processo, para não pre-venir a auetoridade, nem o publico doseu mérito ou demérito jurídico.

Contentamo-nos com o pouco que ha-víamos escripto sobre a malignidade doseu principal protogonisía; mas como oimpudente juiz é tão despeijado que nãolhe corào as fuces com o que ha exer-cido deini juo e parcial, e manda para oprelo o seu próprio corpo de delicio,indusindo o seu instrumento a acompa-nhal-o no plano, cumpre-nos acceitara luva, no mesmo terreno em que a lan-çarão.

Não ha nada mais indigno c degra-dante na sociedade, do que vêr-se umjuiz togado, de novclleiro no sacrosantoexercicio de suas atlribuições, subindoo oclio e malquerença ao ponto de dis-virluar a verdade dos factos, que lhepode ser confirmada com a leitura dosmesmos fados!

Esta gloria, este typo de perversidadeestava reservado só paia o peralta que,absorto todo nos prazeres cia vingançae da immoralidade, não recua ante con.'sideraçãò alguma que se contraponhaaos instinetos de sua alma e ferocidadehereditária.

Estava escripto no livro dos destinosdesta província a triste e inaudita ca-tastrophe porque lem passado, na omino-sa. administração de dois entes só iguaesa si mesmos, e sem rivaes na protervia,no descaro e improbidade, em todos osdegráds da fragilidade humana !

Estava reservado para o ultimo quar-tel cie nossa vida ver a scena mais atrozna existência dc um povo !.. .Um cego dcsuas paixões querer dominar urna situa-ção pela perfídia e pela mentira—umjuiz crápula, pela protervia e devussi*dão !

O primeiro suppondo-se com direitoa ser conservado pelo fino taclo da in-vectiva e hypocrisiá— o segundo, pelaviolência c arrebátãmeiito de suas des-

ordenadas paixões—e sobre-tudo pelocynismo e desfaçamento 1..'

Qualquer homem de meia razão, pormais pequenina tintura que tenha do di-reito escripto de seu paiz, lendo o des-pacho da pronuncia, que corre impres-so, pela queixa da infeliz victima deseus filhos directores de todo esse arte-facto, que de\e todo o seu incrementoa calamidade da actual administraçãodesta província, pela presença de doisinstrumentos das iras de Deus, nãopôde escusar-se de acompanhar-nos nojuizo indeclinável que, não somente nós,'mas todo o espirito desprevenido deveformar do ódio, dolo, e má fé d'essesdois verdugos dos dogmas mais justose sagrados, para a prõtecção dos direi-tos individuais e de propriedade de seusgovernados.

Em verdade, desde que um povo cons-lituido , codigalisados os seus dogmasmoraes e coercitivos, estabeleceu a fór-ma e regular andamento dos processos,em qne os crimes forão qualificados narazão de sua gravidade e efleitos. ne-cessarios, foi reconhecido por todos osjurisconsultos, que as provas devemcorresponder a enormidade do delicto.

Ninguém dirá (salvo se fôr um beba-do), que a presumpção, por mais vehe-mente que seja, possa inflingir pena;assim como que se possa qualificar ditosvagos, apesar de extorquidos, como in-dicios certos e infalíveis, da existen-cia de um facto algures imputado, e istoainda mesmo no primeiro conhecimentoofficial.

Ninguém ainda avançou em pu-blicb;, por seu próprio punho—quesem uma prova certa e indubitavel—sem uma convicção baseada, se possainstaurar novo processo, e com menornumero de testemunhas, estando estasmesmas testemunhas presentes no lugardo delicto, ao tempo em que se proce-dia ria indagação do delinqüente porparte da. justiça—levando o seu zelo aòexcesso cíe serem interrogadas vinte eseis testemunhas, das que lhe erão indi-cadas pela parte, como mm habilitadasna sciencia.

Ainda a mentira e a calamnia esta-

vão por conquistar um instrumento ta,dócil aos seus dictames e mandatos,conseguindo-os no reinado da crapulaoda protervia e da vingança, de dois ir-mãos, precursores de um flagello; syco-phantas ridículos de uma parcialidademoribunda!

E para que mais se podesse dese-nhar a boa fé, illustração e moralidadede qualquer dos protogonistas do dramaque com tão pouca habilidade repre-sentarão, a titulo do zelo e amor dalei offendida, de um infeliz,pela morte,e ainda mais infeliz pela condueta desua descendência e virtuosa Eva; pas-saremos ao cômico e burlesco da grandepeça de architectura jurídica, que se lhedeu publicidade, para ferrete eterno nafronte de seu auetor.

Pela prolixidade do despacho que oignorante quiz appeliidar dè sentença—pela perversidade de emprestar as tes-temunhas expressões que não estão emseus depoimentos—pela recapitulaçãosediça e miserável—pelo methodo, final-mente, empregado em provar »sua con-vicção, se mostra evidentemente o ani-mo deliberado de um espoleta em tudo,e ainda mais no exercicio das sagradasfuncções da cadeira de juiz.

O que o publico ignora, o que ha demais horrível em todo o drama é saber-se, que toda essa pouca ou nenhumaprova, como lhe escapou proferir, foraextorquida por empenho á uns, pro-messa a outros, e violência aos fracos !..

Além da inversão manifesta dos ditosde suas testemunhas, como o leitor pôdevêr nos autos; (não sabemos para que).por quanto qualquer outro magistrado jamais se levaria pela declaração de unijuiz inimigo e sem dignidade, reflicta-seno poético dapeça,queporsi só denunciao empenho e animo calculado de depri-mir a reputação da victima de seu dis-farce e palpável ódio.

Bastaria attentar pobre os factos, queelle claisiíféà de indicios, que, indepen-dente cia significação juridiçá; segui-da e adoptada pelos cririiiiiàlistas detodas as escholas, ainda assim to-ciosos íexicogrãphòs defíinem— «sig-

MANCH/

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* A IjIIMí ¦*_»,_ 16 ffi.

nal—que dá motivos a suspeitar algumacousa. Notc-sc signal etc...

Ora, não se tendo encontrado este—signal—em circnmstancia alguma do fac-to principal—não havendo um motivoprovado ou justificável, publica e geral-mente sabido—uão se podendo dar ter-roo de comparação na inteireza entre oprimeiro e o segundo juiz processante—não havendo prova certa e infaliivel paraproceder-se u segunda dcvassa;que con-ceilo pôde merecer urn ardil, um tra-ma tão pueril e abjecto ?

Finalmente, para que o publico possaaquilatar da parcialidade e firme propo-sito do juiz mais sem juizo que até hon-tem estava por ver-se, é vergonhosodizer, mas como foi publicamente es-franhado por todos — esse ignoranlãojuiz não se peijou de negar-se a todasas nossas instâncias para ao menos ler-mos a petição da denuncia !...

E por que tanta resistência ? À parlesupposta nunca ajuntou á queixa a cer-tidão de seu casamento com a victimade suasperfidias e escandalosa vida!..*.Basta. E' muito afíronlar as leis e a pu-blica moralidade ...

Sentimos não dispor de mais tempo,nem dos instrumentos próprios para po-feder proíligar uma peça de semelhanteconstrucção e irregular forma; mas co-roo o respeitável publico ja se achaassás esclarecido, tanto pela condueta dojuiz e seu bom mentor, como pelo que alitmde tem podido colher; não desejamosa esse pobre diabo, para seu martyrioe confusão, sinão que esse borrão daactual administração seja lido semódio nem prevenção. Não queremosmaior pena do que esta.

O deputado Lopes Hélio»Até certo tempo, foi problema nas es-•cholas—si o livre alvidrio produziu mais

males do que bens—assim como si a sei-encia, ou a ignorância.

Entre os argumentos pro e contraalguns houverão, que não deixavão cie

.ter em si algum fundamento, maximesobre a liberdade d'acção, o que pareceaproveitado em o nosso pacto ou cartade liberdade legal.

O deputado por Sergipe, discípulo,pelo que parece, d'aquelles tempos,sectário do principio da divindade depensamento, não esta por essa mordaçadenominada — conveniências políticas,ou considerações momentosas.

Qual novo Tantalo, sequioso comágua a vista., desde o fatal e climate-rico anno de -1848—julgando-se poucoseguro no estado de que a liga o arre-batou, prorompeu por entre o silencioda câmara em altos e descompassadosgritos—de guerra I...

Até certo ponto teria obrado com leal-dade, mas nunca convenientemente;porque, si este ou aquelle ministro nãolhe merece confiança, o digno presidentecto conselho não deve ser medido nasmesmas condicções.

Convinha acatar e reverenciar a ma-gestade do acto, afim de nào derramarcorno derramou, a zizania no meio de(amigos, que esperavão vêr a trombeta

do norte em seus lindos extazes propace, pro pátria, et pro amüitia.

Até certo ponto louvamos-lhe o me-rito da iraoqueza, que clev erin ser maisexplicita coiitra e_te uu aquelle membrodo gabinete, e nunca implícita ou ernthese, para nao afrouxar o éio da ca-clea ainda mal trancada.

E' preciso não conhecer o terreno fal-so e inclinado em que pisamos, paraexigir-se maia do que per misericordiamse nos concedeu—é preciso descor.he-cer o dedo do gigante, para castigar-sea pedra arremessada.

Reconhecendo o amor de gloria, queembala o coração brasileiro do honra-do marquoz de Olinda, alguma vez ti-vemos de exprobar-lhe -a conservaçãode precursor de cin lera nesta provin-cia; mas logo que refiectimos no esta-do do paiz, ainda achann s que elle sehavia excedido muito da raia prescriptapelo poder irresponsável.

Não acreditamos em fulhelinistas po-;liticos, que para gozar tres e mais po-sições lucrosas sacrificão até ú própriasafleições e vínculos de sangue; entre-tanto ainda não ha motivos para assimse poder ajuizar do bello caracter doconspicuo presidente do actual gabinete.Assim como na-^ia esperamos do vio-lador das urnas pernambucanas, con-fiamos tudo da dignidade e belles prin-cipies do deputado da câmara escholas-tica de 1861, em que a irresponsabiJi-dade do poder foi vigorosamente con-'testado, e com maior somma de r_zãolevada de vencida. j

E' sobre-maneira sensível, que nocomeço de um pequeno interregno sedêem logo provas, que deverião serad-dusidas em vista de factos contráriosao programrna estabelecido.

Deu-se erro de precipitação—deu-se falta de calculo e prudência—deu-se,emfim, um grande defleilo de ordem,de nexo, e de harmonia entre dois sran-des estadistas e fieis advogados das pu-blicas liberdades. \

Sentimos com todas as veras ter de'vêr tanta soffreg-uidão e tão inopportu-na , para que os inimigos do pouco emexpe-rado triumphò libera Itenhão maisessa prova allegar—mais uma carta ajogar contra a harmonia que deverareinar nas fileiras progressistas.

Quem muit-- lo quer, muito lo perde,diz o Castelhano-a nossa epocha aindaesta na urna do ínturo^quem não amao pouco, menos o muito. O calar tam-bem é sciencia—e o fallar nem por issoé sempre conveniente. O paiz necessitamuito e muito de mudar de situação—e não será na discórdia que conseguiráo seu melhor futuro.

¦'© theatro de -Santa The-reza.

Grande foi a festançaque se fez como dinheiro da provincia, por oceasiãoda inauguração do theatro do furto,roubo e esbanjamento; o fumo do fogoartificial chegou a ponto cie negarãopasso ao sol I não fallando na papança,que foi cie arrebentar a nioela.

Com elíeito, a funcção do assenfamen-to da primeira pedra, para a qual deu-"

se o mais forte recrutamento do povo,por ordem do nosso José de fama, le-vou a tal evidencia os lucros do con-tratante, c a mais revoltante aííron-ta a publica moralidade que, a exeep-ção dos caudilhos da administração—serpenle,nãü houve quem não se sentis-se abalado em seu amor á ordem e ánecessária economia do suor doscontri-buiutes.

Foi uma verdadeira orgia, acompa-nhada da mais furiosa baechanai, ápretexto de praticar um verdadeiro es-carneo a nova política, por muitos ern-pregados, cuja subsistência depende to-da da confiança do novo administrador,a quem por esses meios se lhe armãodesgostos e difiiculdades com que lutar;senão sc empregarem os felizes instinc-tos com que outr'ora se pretendeu mu-bar a existência a um outro administra-dor na cidade de Sobral!. .Muito podea impunidade 1

De tudo quanto se ha feito de torpee de immoral, á sombra do miserávelinstrumento de suas paixões —de tudoquanto se tem praticado de horrorosoe admirável nos dinheiros públicos, na-da nos sorprehendeu tanto, como essepequeno sorvo que o Sr Dr. Justa derano pthisico coffre provincial; cujos forosde honesto só um desatinado corrum-pido os faria perder.

Sentimos que um perdido, no restode seu vaciiente poder sem poder, fi-zesse um dos nossos bellos caracteresdesertar da honestidade e bôa nota quogozava em sua mesma provincia, pelopequeno e vil interesse de um par decontos, que mais hoje, mais amanhãterá de pagar por si, e por entrem que',provavelmente, tivesse talvez maior qui-nhão na empreza.

Não lhe desejamos, de certo, erxa-quecas nem dores de dentes, não sere-mos nós o seu algoz; mas que seja obri-grado a reconhecer o seu erro entran-do para o 'lugar cPonde tirou essa som-ma barateada tão vergonhosarneníe, con-fiamos da moralidade da nova políticade economia e interesses reaes do paiz,que a lei será desaggravada, para emen-da sua e de outros que no futuro o quei-rão emitar.

ns nina 1 iaNão ha nem pôde haver dois cabro~tas iguaes na maldade e safadeza decaracter; porque se n mais v elho é ava-rento e..., o mais novo rouba aos or-

phãos e depenna aquelle a quem os dáá soldada: haja vista a derrama havidasobre todos, queiendo violentar a pa-gar a muitos, como ao Sr. major Bap-tista, por orphaos que já tinhão dez emais annos de praça no exercitol

De presente dá-se mais este acto denotória publicidade, em que foi arranca-do a um pai cego seu filho, para serdado de mão beijada a presidência, porseu irmão padrasto dos orphaos, queapezar do direito do infeliz pai, nempor isso o Sr. José Bento so quer cies-apropriar de um escravo tão barato pelopreço!. .

O caso é, que o infeliz João Martins,apesar de mil promessas do miserável

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sem juizo dos orphãos, fui por ullimodespedido por elle com palavras própriasde sua dignidade e bôa condueta, quercomo polilico, quer como juiz, e quercomo o espoleta mais infeliz que se co-nhecc.

Se o querem mais claro, deitem-lheagua.

\

K&iecioftfiaaaio curioso.

Üm engraçado, destes que não temque fazer, nos enviou para publicar onome com todos os attributos, que depoucos tempos a esta parte hão sido doa-dos com parcimônia ao Dr- Marreca=

Manoel Bento da Silva Botinlic—Dr. Marreca—Dr. Torcida—Dr. Trin-chete—Manoel das bestas—Serpente dochafariz—Juiz sem juizo, sem dignida-de nem vergonha —In sir o men to dosseus e dos ódios de seu irmão e par-tido—Juiz algoz, cynico, despeitado,vingativo e mentiroso—Déspota, espo-letii, caprichoxo, sátrapa, bachalele—Juiz relapso, padrasto dos orphãos, des-virginador das víun-as-*-Crápula, debo-dicido—Máo esposo, máo filho e pes-simo cidadão—Bêbado, narcótico, im-mi oral—Co r \ oi d o, co r r u p't o, corru pior,grosseiro, gnardanapo de taberna—Se-duetor e aliriador de testemunhas fal-sa.s—Juiz sem consciência de si nem dodireito vigente, estúpido c malcreado—VelhacVc calloteiro— Dr. caxórro—Manoel de fama—Ca br et a, cabrota oucabrito—ííjtentole, amigo clá peior ca-ni.aJha do paiz; e pnr ullimo filho das•entranhas de José Faz-tudo, comhon-•ras de branco da terra.

Irra 1 Ê' muito 1 Nem os fíihos tiosgrandes monarchas !^ywwuu i ggroggg

.Laalroclira—Como se poderá qua-lificar o f( cto de um avareuto e desgra-çado proletário—mandar lavar e engo-mar o cortinado de um palácio, con--vertido em cova de Caco, e porque porve:ho se rasgasse na lavagem um pe-daço do babado, ficar-se com o suor

-alheio? À epigraphe o diz.Pois não foi outro, não; o honesto

e limpo cie mãos José das bostas, o eco-nomico e zeloso administrador dos di-nheiros á seu cargo, cuja presidêncialhe deu de lucro perto decineoníacon-tos de réis,—mandando lavar pela velhaConceição do Ouleiro o cortinado velhodo palácio novo; porque appareceu umbabado rasgado, enchotou para fora desua presença a pobre lavadeira , flcan-do-se-lhe com o proclucto do seu tra-balho !...

Este rapaz é as vergonhas do honra-áo e desinteressado partido vermelho!Os ereados desertão para não morremá fome—os ordenanças dizem cobras elagartos de sua porca e mesquinha ucha-ria—manda recrutar o filho de umcego para seu ser-viçõ doméstico— e porultimo,mandando lavar a roupa da casa,inclusive o cortinado do palácio, pretextamotivos só para nào pagar o que deve !

A que de \il e infamante espera umente de tão baixa esphera ainda descer?Desgraçado pai; infeliz ventre que teproduziu !

Assim mesmo ainda tem aduladores,que o cej-.efi.oi Mas a razão é outra. Ocofre, o maldito cofre é o seu unicoprestigio. Tirem-lhe esse chamariz, queo mesmo devasso e devassado irmão éo primeiro a pedrejal-o, e escarnecerde sua infame administração.

Carlas tle gt-siâü— O Pedro 11se não dá em entreter os seus d-esgos-tosos assignantes coin as taes cartas deguia, um

"grande numero de subscrip-

toros, sabemos nós, só esperava o fimdo presente trimestre para se despedi-rem.

Parece-nos que o collega, atarefadona diligencia de prover o seu arsenalde matérias altas e scicntiíicas, paraquando a Constituição assestar as suasninas baianas ter com que responder-lhe ao pé da letra, em ordem a fazervoar em estilhaços Constituição, cons-tituintes, reduetos e bandeiras.

O silencio estudado e a sciencia decalar devem dar em resultado um tri-umpho certo e infailivel; senão, appel-laremos para o tempo. Dizem que sófaltão oito mezes para formatura cio no-vo astro, que tem de eclipsar a marmo-Ia, intitulada— Constituição

3&espaclio—O Dr. Joaquim Men-d-es da Silva Guimarães Junior foi agra-ciado pelo poder executivo provincialcom a tença de um conto e tresentosmilréis, deixando vago para algum famelicoo 1 ligar de contratante das obras pu-blicas, em que exerceu a mais escrupu-losa economia, á par da maior assidui-dade e intelligencia que todos lhe reco-íihecem.

Está, portanto, em leilão o lugar di-relido pela mesquinhez do ordenado.Todo aquele que se julgar com as mes-íirâs habilitações, chegue-se a sua mãidindinha, que receberá o seu lanço. Di-zem que este lugar ha muito estava pro-meltido em remuneração de serviçoseleitoraes, mas que o adepto acha pouco.

— « O século actual é o século dademocracia bem entendida e bem or-ganizadá, e quem diz democracia, dizinfluencia popular. Seria um verda-(\c\vq amchronismo querer com elemen-tos não populares estabelecer um par-lido que sc considerasse o represen-tante da liberdade. »—

Por conseqüência a primeira exigen-cia da ordem politica estabelecida emdoze de maio do anno passado è opredomínio do povo.

Tornou-se, portanto, urgente neces-sidade politica a e/feclividade da acçaodo povo para que a democracia, emvez de ter ficção, seja governo.—c< A questão da liberdade, diz-noslogicamente o contemporâneo, e commuita razão partindo do seu ponto devista, deve ser considerada em seu ter-reno pratico, não sendo sufficiente a.mera e simples denominação.))—

Quer isto dizer que hoje é insufli-ciente aquella liberdadeque, em virtudedas nossas instituições, consiste em fa-zer tudo aquillo que a lei não pro-hi.be !

Depois dc doze de maio, liberdadetéa democracia em acção.

—« Felizmente o povo comprehendeperfeitamente o verdadeiro caracter da.liberdade c não pode reconhecer comoliberal partido algum eni cuja confec-ção não entre como seu principal ele*memio.)-)—

Ora o partido progressista, que áactnalmente governo, comprehende equer tornar eíTeclivas as consequen-cias do decreto de doze de maio.

— «O partido progressista, fiel ásverdadeiras crenças democráticas, nãovê progresso onde não vê o rovo, enão poderia jamais considerar-se cons-tituido, se o elemento popular lhe fal"tasse. »—

Ií.

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czenha da ínipreiisfe {$©¦*—*!_» I#pa»»»v

1

£' natural que esta resenha come-ce pelo periódico baptizado com o ti-tulo do partido que actúalmente go-ver na o império.

Nas doctrinas desse partido está otheor do governo , que é o bem ouo mal do paiz.

O Progb.essista, periódico dé Per-nambuco que nos parece ser o órgãonotável desse partido , expõe as con-seqüências, ou antes as exigências dasituação politica proveniente da disso-lução da câmara dos deputados.

As theorias do partido progressistapartem todas das proposições contidasno período seguinte.

A. doctrina da democracia em acçãoprincipia a produzir os seus effeitos noCeará.

A Liberdade, periódico daquella pro--. incia, parece descontente da acção mo-narchica.

Nota-se o seu descontentamento notom em que julga o actual reinado ,depois de ter criticado de relance oanterior,

— « A nação, diz aquelle periódico»reassumiu toda a sua autonomia, e pro-seguindo nas mesmas pegadas, celebroua mesma convenção com o filho do reitrahidor.

«Até a suameiioridade, o poder exe-cativo era uma delegação do poder, cons-tituinte; mas a deportação dos homensmais proeminentes do estado, logo de-pois mostrou o segundo erro de cal~cido.

«De então em diante déram-se .epi-sodios que cada um de per si estabe-leceu uma epocha e dão matéria paramuitas paginas da historia nacional.

« Amais recente traz a sua data dodia doze do corrente anno; e as elei-ções desta provincia são o seu maior,cammenlario! »—

Deste protesto contra o doze de maiodevemos inferir que a Liberdade iiMa

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Page 4: Ê. I>IBE®.Í) JBlBSamemoria.bn.br/pdf/717584/per717584_1864_00058.pdf · cadas pela parte, como mm habilitadas na sciencia. Ainda a mentira e a calamnia esta-vão por conquistar

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V

não acha tam positiva como lhe con-vém a situação creada pela dissolu-1 ção da câmara temporária !

A Liberdade, quasi por instincto, re-ceia que o governo em que predomi-nam os Srs. marquezes de Abrantcs ede Olinda seja incompatível com a dè-mocracia em acçaô.

E' talvez esse receio o fundamentodas queixas um tanto desdenhosas queo contemporâneo exprime nos seguintestrechos.

— « Dahi por diante—depois de dozede maio—rasgou-se a venda do engano;a pníitica geral tornou-se tam myste-ieriosa como difficü de comprehender-sepelo menos em relação a esta pro-vincia.

« Quem querque, tomasse por bazeoprocedimento do governo geral a res-peito, para sobre elle deduzir qualquerconceito sobre a politica do paiz, te-ria consequentemente combinado como nosso fraco juizo.

c< E si ampliando a tudo isso o pro-cedimento da província de Pernambu-co sobre a eleição de um senador, emuitos outros factos que nos fazem éri-çar os cabellos, teremos concluído maisern favor de nossas justas previsões, doque da fé punica dos auetores da mes-ma epocha, que não se pôde explicarpela ordem dos syllogismos, a não se-rem sophismados com toda a ardileza.

« A politica do estado, em conclusão,è um verdadeiro labyrintho que nãopo-de produzir cousa alguma que seja pro-veitosa no presente e no futuro; pelomenos são estes os resultados de umacombinação de factos que só pôde sercontestada pela mais cynica negação.»—

Importa advertir aos leitores que operiódico de que transcrevemos essestrechos é liberal.

No tom em que este e o Progressistaescrevem, escrevem quasi todos os ou-tros periódicos de província.

Percebe-se facilmente desse tom, quenos achamos em uma conjunetura pe-xigosa.Aquelies que sejulgaram assaz hábeis

para crear uma situação que lisonge-asse certas pretenções sem satisfaze-lasrealmente, acordaram instinetos exigen-tes e poderosos que de ordinário nãocedem sem combater.

III.

Para darmos aqui mesmo um docu-mento em abono das observações comque fechamos o paragrapho antecedentetranscrevemos neste a parte essencialde um artigo da Liberdade, a respei-tO DO DIA DOIS DE DEZEMBRO.

« De que serve um júbilo official?Que significação própria pode ter um ap-plauso necessários não voluntário*! Quequer dizer .essenta etres tiros de ridi-culos abuzes e um tiroteio sediço e játam costumeiro ?

«Eis o que cada uma cabeça pensanteindaga de si, do tempo , e da pátria.« Quando o phisico padece, o seu im-mediato não pode deixar de resentir-se,e assim vice-versa.

A sociedade éum composto de serespensantes, que não podem existir sem a

fiel execução de suas leis ou concorda-tas.

«O paiz, fora da lei e todas as suasmais nobres aspirações, não pode tomaro devido interesse em o natalicio de seuprincipal representante, pelo abalo quehão lhe causado todos cs poderes civise politicos, constituídos para o protege-rem.

« Sentimos que o estrangeiro pessaaperceber-se deste estado dc público des-gosto,mormente quando oinsoleutebre-tão intende dever apoiar-se em tam falsaprova. »—

A estes trechos é desnecessário ajuntarcommentario.

Todas as reflexões a que essas phra-ses dão logar oceorrem, por effeito daboa razão, a quemlô essatraiiscripção.

IV.

Terminaremos esta rezei.ha,transcre-vendo da Situação, periódico maranhen-se, algumas considerações judiciosas arespeito da falsificação do governo re-presentativo.

A voz deste contemporâneo, que nãopertence a nenhum drs grupos repre-sentados, pelo Progressista e pela Li-berdade, vem comprovar que todos es-tão descontentes da situação.

— «A politica deste gabinete , tri-umphante pela mystificação na câmara,e pela fraude e pelas baionelasno pleitoeleitoral, não se sustenta em presençada nova câmara que, feitura delle, o re-puta estragado e repelle com asco.

« Os ministros, porém, já o dissemosuma vez, continuarão a ser o que eramaté aqui, depois que inaugurou-se a po-litica de conciliação. Nenhum ainda mes-mo com esta nova câmara terá o apoiofranco e decidido da maioria, porqueos próprios chefes ( e quem não se con-sidera chefe nessa torre de Babel ?)tem os olhos fitos nas pastas.

« Em outros paizes, onde o systhemaconstitucional é uma \erdade, aopposi-cão é que combate , só a opposicãotriumpha, :

i « Entre nós, a opposicão, o que sedeve considerar opposicão, nunca tri-umpha, nãoé mesmo representada !

« E para que ?« Isto traria a discussão, a discussão

traria em resultado o melhor ammto das7iossas instituições, e, quando mais nãofosse, a realidade do systhema, e , comouma conseqüência, a morte politica «Iasmediocridades que infelizmente teremosde ver oecupando as posições reserva-das ao saber, e ao verdadeiro mérito edecidindo dos destinos do paiz.

« E\ pois, mais engenhoso conser-var-se este estado deplora^eJ de causas,essa ficção constitucional em que uve-mos, que excita os clamores de todos,eque nimguem procura melhorar quan-do é chamado a realizar as suas iclé-as. 7)—

(Espectador da America do Sul.)

Cosrao elfies ><____(!!!)Consta-nos que o Rvd.° Sr. Braveza

deu de mao beijada -.00$000 réis a um

peralta chamado Grajahú para nego-ciar; este Sr. Grajahú sahiu do collegiod'educandos artífices por capaz de mais.Para esle peralta o Sr. Braveza nãoteve pena de dar expontancamente aquantia já mencionada; porém a seusobrinho, que é um moço de esperan-ças, por sua inteiligeucia c propensãoás letras, não goza dessas e outras fe-licidades.

Acreditamos, por certo, que se o so-brinhodo Sr. Braveza fosse um peraltacomo o Sr. Grajahú, os Srs. Rvd.° Bra-veza c Dr. Jaguaribe haviâo de terdi-nheiro para mandai-o para a academia.

Note-se que esle sobrinho do Sr. Bra-veza é orphão dc pai e mãi, e por issoé ainda mais digno de compaixão.

Estou te espiando,

_DIV__.

Francisco Janico de Paula Barros, pri-meiro sargento do corpo de policia,carcereiro e inspector gemi das ca-dei as d'esta capital com honra de mu-seu, por ter nellas ioda casta de pas-sarinhos, macacos, raposa, gaviõese serpentes &c. &c. &..

Faço saber que, achando-se vago omeu lugar-lenente ou de vice-inspector,por ter sido promovido a furriel doseu corpo o cabo Antônio Boca-nc-gra, neto do capitão Cara-preta, toda equalquer pessoa que esteja nas condic-ções de o ser, deve comparecer, cmje-jum, na primeira dominga de quaresma,no portão novo da feira velha com ashabilitações necessárias.

Advirto logo em tempo, que gozarãode preferencia os capitães do estado-maior da G. N.,—os solicitadores quepossuírem duas Evas a seu cargo—e comespecialidade os filhos do Manoelzinhodo hospital, os Pipocas do chafariz emais pagodeiros do Mucuripe. E paraque não se diga que duro foi e mal secozeu, mandei lavrar o presente, queserá publicado pela imprensa periodi-queir.i.

Dado e passado nesta inspectoria ge-ral do museu criminal, sob o meu sig-nal e sello—que são, grilhões, algemas,correntes, chicote, palmatória e navalha,para os dançadores de congos , etc. —aos . 2 de fevereiro de \ 86\, quadrages-simo terceiro da independência, e quin-lo do meu reinado.

Estava o signal.

j_u _T___r <

Junto a casa de José Dias Macieiratem a venda:

Barricas de Cimento romano a -11:000rs.: a relôlho 2:000 rs. por arroba.

Tintas em massas de todas as qua-lidacles, e pelo preço mais commodo.

Ceará:—Impresso por João Gonçalves

ILE IVEL

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