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MEMÓRIAS DA CORRUPÇÃO V A MENTIRA VILA SEMENTINHA 31 3571-3361 INFORMAÇÃO AO ALCANCE DE TODOS brumadinhoemfoco.wordpress.com facebook.com/brumadinhoemfoco Ano 04|Edição 38|Distribuição Gratuita| Fevereiro de 2016 ELEIÇÕES 2016 PÁGINA - 02 A verdade é uma mentira A CPI do Banestado e as pizzas partidárias SOMOS PRODUTORES DE CONTEÚDO. PÁGINA - 07 Av. Vigilato Braga, 231 - Centro - Brumadinho - MG DELIVERY DELIVERY 3571-2400 3571-2400 O Sistema Pedagógico Semear inaugurou um novo espaço infantil.

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MEMÓRIAS DA CORRUPÇÃO V

A MENTIRA

VILA SEMENTINHA

31 3571-3361

INFORMAÇÃO AO ALCANCE DE TODOS

brumadinhoemfoco.wordpress.com facebook.com/brumadinhoemfoco Ano 04|Edição 38|Distribuição Gratuita| Fevereiro de 2016

ELEIÇÕES 2016

PÁGINA - 02

A verdade é uma mentiraA CPI do Banestado e as pizzas partidárias

SOMOS PRODUTORES

DE CONTEÚDO.

PÁGINA - 07

Av. Vigilato Braga, 231 - Centro - Brumadinho - MG

DELIVERY DELIVERY 3571-24003571-2400

O Sistema Pedagógico Semear inaugurou um novo espaço infantil.

02Edição 38 - Fevereiro/2016OPINIÃO

Por Mardocheu Parreiras*

Disse Santo Agostinho: “O erro total só no Demônio, o acerto e a verdade plena só em Deus, como não somos nem Deus e nem Diabo, somos seres humanos, estamos sujeito a erros e acertos.Para saber se a pessoa é boa ou má temos que colocar na balança seus

defeitos e suas virtudes. Se os defeitos e erros pesarem mais, ela é uma pessoa má e não merece confiança, se os acertos, boas ações e virtudes pesarem mais ela é uma boa pessoa, merece confiança e respeito.No próximo mês de Março é o último para os eleitores ou candidatos se acomodarem dentro de cada partido de acordo com sua visão e bem estar. E, no dia 15 de agosto de 2016, os partidos

precisam ter realizado suas convenções e ter lançado seus candidatos.Usando o princípio de Santo Agostinho, ficou fácil para o eleitor brumadinhense escolher seu lixo na urna, senão, em consequência vamos colher sujeira durante 4 anos e amargar o resultado das urnas.Se nenhum dos candidatos não for do seu gosto, aconselho a votar no mosquito Aedes aegypti é o vivente

mais badalado pela mídia, é pequeno e poderoso e dengoso. Não vou criticar nossos dirigentes, pois as coisas necessárias que podia ter feito não fizeram e daqui por diante é que não vão fazer, eles não lêem jornais, fico queimando fosfato, esquentando a cuca, estragando o fígado e está chegando o fim do mandato e as coisas vão continuar da mesma forma.Até a próxima!

COMARCA DE BRUMADINHO/MG – SECRETARIA DA 1ª VARA CÍVEL/CRIME – JIJ – EDITAL DE CITAÇÃO – PRAZO DE 30 DIAS. A MM. Juíza de Direito em substituição na 1ª Vara Cível/Crime – JIJ da Comarca de Brumadinho/MG, na formad de Lei, etc. FAZ SABER a quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, extraídos da ação de USUCAPIÃO DE nº 0090.15.000.469-6 requerido por RICARDO JAIME RAMOS DOMINGOS SERAFIM, português, solteiro, inscrito no CPF nº 594.027.417-04, referente ao imóvel rural denominado “Sítio Três Barras”, localizado na Rua Hum, nº 1300, comunidade de Colégio, Distrito de São José do Paraopeba, Brumadinho/MG, com área de 1,03,46,26 (um hectare, três ares, quarenta e três centiares e vinte e seis miliares), conforme memorial descritivo juntado aos autos. E, pelo presente edital, ficam devidamente CITADOS os requerios que se encontram em local incerto

e não sabido, bem como os eventuais interessados, ausentes, incertos ou desconhecidos, observando-se o disposto no art. 942, “in fine” e 232, IV, do CPC, para, no prazo de 15 (quinze) dias, podendo e querendo, constestarem a ação, ficando advertidos que, não sendo contestada, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pela parte autora (art. 285 CPC). Para que chegue ao conhecimento de todos os interessados passou-se o presente edital com prazo de 30 (trinta) dias, que se contará da data de sua publicação no órgão oficial. Para que ninguém possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será afixado e publicado na forma da Lei. Dado e passado nesta Comarda de Brumadinho, Secretaria Judicial aos 14 de janeiro de 2016. Eu, (Assinado) Antônio Campos Jordão, Escrivão Judicial. (Assinado) Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, MM. Juíza de Direito em substituição. Advogado (a): Míriam Márcia de Menezes OAB/MG 130.603

EDITAL DE CITAÇÃO

Eleições 2016

REQUERIMENTO

EDITORIAL

A Dragagem e Locações RP Ltda. por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Brumadinho – SEMA e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CODEMA, e em aten-dimento ao Formulário de Orientação Básica (FOB) de N. 003/2016, referente ao processo SEMA N 004/2016, torna público o requerimento de Licença Ambiental simplificada (LAS) da Dragagem Locações RP Ltda., a ser instalada em Quintas do Rio Paraopeba, s/n, Ponte das Almorreimas, Brumadinho/MG.

Recentemente temos percebido algumas manifestações com possíveis pré-candidatos à prefeitura. É natural que o quadro político de nossa cidade comece a deixar as conjecturas e comece a se formar concretamente. Em matéria para um jornal de um município vizinho, o ex-prefeito Neném da Asa, se declara pré-candidato. Nas redes sociais o PT também sinaliza que terá candidato próprio, lançando os nomes de Nara e Reinaldo como pré-candidatos.Vale ressaltar que essas manifestações são legítimas e resguardadas pela legislação, não configurando campanha antecipada, visto que não há pedido explícito de voto.De agora para frente os pretensos candidatos começaram a mostrar a cara e o quadro político começará a ser formar.Vale sempre lembrar ao eleitor que o futuro de nossa cidade será decidido nas urnas. Não devemos ter memória curta, precisamos avaliar não só as propostas, mas também o passado de cada candidato. Afinal de boas intenções o inferno está cheio.

Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). Além de mudanças nos prazos para as convenções partidárias, filiação partidária e no tempo de campanha eleitoral, que foi reduzido, está proibido o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na prática, isso significa que as campanhas eleitorais deste ano serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário. Antes da aprovação da reforma, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia decidido pela inconstitucionalidade das doações de empresas a partidos e candidatos.Outra mudança promovida pela Lei nº 13.165/2015 corresponde à alteração no prazo de filiação partidária. Quem quiser disputar as eleições em 2016 precisa filiar-se a um partido político até o dia 2 de abril, ou seja, seis meses antes da data do primeiro turno das eleições, que será realizado no dia 2 de outubro. Pela regra anterior, para disputar uma eleição, o cidadão precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito.Nas eleições deste ano, os políticos poderão se apresentar como pré-candidatos sem que isso configure propaganda eleitoral antecipada, mas desde que não haja pedido explícito de voto. A nova regra está prevista na Reforma Eleitoral 2015, que também permite que os pré-candidatos divulguem posições pessoais sobre questões políticas e possam ter suas qualidades exaltadas, inclusive em redes sociais ou em eventos com cobertura da imprensa.

CONHEÇA AS NOVAS REGRAS DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

DE 2016A Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras das eleições deste ano ao introduzir mudanças nas Leis n° 9.504/1997 (Lei das Eleições), nº 9.096/1995 (Lei dos

A data de realização das convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e para deliberação sobre coligações também mudou. Agora, as convenções devem acontecer de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. O prazo antigo determinava que as convenções partidárias deveriam ocorrer de 10 a 30 de junho do ano da eleição.Outra alteração diz respeito ao prazo para registro de candidatos pelos partidos políticos e coligações nos cartórios, o que deve ocorrer até às 19h do dia 15 de agosto de 2016. A regra anterior estipulava que esse prazo terminava às 19h do dia 5 de julho. A reforma também reduziu o tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio ena TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto, no primeiro turno. Assim, a campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão com 10 minutos cada. Além dos blocos, os partidos terão direito a 70 minutos diários

em inserções, que serão distribuídos entre os candidatos a prefeito (60%) e vereadores (40%). Em 2016, essas inserções somente poderão ser de 30 ou 60 segundos cada uma.Do total do tempo de propaganda, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes que os partidos tenham na Câmara Federal. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente. No caso de haver aliança entre legendas nas eleições majoritárias será considerada a soma dos deputados federais filiados aos seis maiores partidos da coligação. Em se tratandode coligações para as eleições proporcionais, o tempo de propaganda será o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos.Por fim, a nova redação do caput do artigo 46 da Lei nº 9.504/1997, introduzida pela reforma eleitoral deste ano, passou a assegurar a participação em debates de candidatos dos partidos com representação superior a nove deputados federais e facultada a dos demais.

“É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” – CF Art. 5º Inc. IV”“As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores/colaboradores e não

expressam necessariamente, a opinião do Jornal ou de seus Editores.”

DIRETOR GERAL: Antônio VieiraEQUIPE: Cleide Sandi, Thiago FrançaCOLABORADORES: Flávia Campos, João Flávio Resende, Marciano Reis Mariano, Mardocheu Parreiras, Valdir de Castro, Tânia Campos, Nery Braga, Armindo Teodósio, Guilherme Rodrigues, Aldinei Pereira, Valdiney Pereira, Rádio Regional FM.Diagramação: à comunicaçãoTIRAGEM: 5 mil exemplares – Impressão: Sempre EditoraEndereço: Rua Presidente Vargas, 360 – Sala 02 – Centro – Brumadinho/MG Cep: 35.460-000 - Fone: 3571-3361Críticas, elogios, dúvidas e sugestões são bem vindas através do e-mail [email protected] , blog: http://brumadinhoemfoco.wordpress.com ou http://www.facebook.com./brumadinhoemfocoBrumadinho em Foco é uma publicação noticiosa, mensal, independente, imparcial e apartidária.

EXPEDIENTE

03Edição 38 - Fevereiro/2016MATÉRIA DA CAPA

CABINE FOTOGRÁFICA

Valdir de Castro Oliveira*

MEMÓRIAS DA CORRUPÇÃO VA CPI DO BANESTADO E AS PIZZAS PARTIDÁRIAS

A Comissão Parlamentar (Mista) de Inquérito (CPI) de Evasão de Divisas, ou CPI do Banestado, como ficou mais conhecida, foi criada pela Câmara dos Deputados do Brasil em 26 de Junho de 2003 a fim de investigar as responsabilidades sobre a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, quando foram retirados indevidamente do país mais de US$ 84 bilhões através de contas CC5 do Banco do Estado do Paraná ou Banestado, segundo estimativas reveladas pela operação Macuco feitas pela Polícia Federal. Este tipo de conta permite a um brasileiro remeter o dinheiro para o exterior e é usada ainda por empresas para pagamento de compromissos no exterior e para remessa antecipada de dividendos. O presidente da CPI foi o senador Antero Paes de Barros (PSDB), o vice-presidente foi o deputado Rodrigo Maia (PFL) e o relator foi o deputado José Mentor (PT).Após um ano e meio de investigações, o relator, deputado José Mentor, apresentou no dia 14/12/2004 o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito do Banestado sugerindo o indiciamento de 91 pessoas, entre elas o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta e

o dono das Casas Bahia (maior rede varejista do Brasil), Samuel Klein pelo envio irregular de dinheiro a paraísos fiscais através das contas CC5. Por sua vez, o PSDB queria apresentar uma “outra versão da CPI” na qual as acusações contra Gustavo Franco apareceriam de forma “mais branda”. O presidente da CPI do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), após vários desentendimentos com o relator, resolveu encerrar os trabalhos da comissão sem que o texto apresentado pelo deputado passasse pela votação dos integrantes da CPI, não obstante ter sugerido denunciar 91 pessoas como resultado dos trabalhos de 18 meses da CPI. Neste clima de desentendimento e de rasteiras mútuas entre o PT e o PSDB, a CPI foi formalmente encerrada com uma monumental e gigantesca pizza. O relatório final do deputado José Mentor (PT) sequer foi votado, o que fez com que Roberto Busato, presidente da OAB, declarasse: “Este é um dos piores exemplos de comportamento político que podia dar o Congresso neste fim de ano”, disse.A CPI do Banestado foi até então uma das mais conturbadas investigações parlamentares já realizadas pelo Congresso Nacional. Sua própria criação foi cercada por uma série de disputas de poder. O Palácio do Planalto tentou, desde o

início, impedir a instalação da CPI. Ela só foi criada após a repercussão negativa do caso que, por fim, reuniu na mesma sala, deputados e senadores. Suas atividades correram em paralelo com as disputas entre o presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros, do PSDB, e o relator José Mentor, do PT.A briga política entre Barros e Mentor ficou evidenciada em seus respectivos relatórios. Enquanto o deputado petista cutucou o governo Fernando Henrique Cardoso com a sugestão de indiciamento de Gustavo Franco, o senador mato-grossense pede ao Ministério Público que indiciasse o presidente do BC, Henrique Meirelles, além do ex-presidente do Banco do Brasil no governo Lula, Cássio Casseb.Um dos momentos de maior tensão no conflito entre tucanos e petistas aconteceu em torno de uma absurda discussão de se convocar o ex-prefeito Paulo Maluf para depor. O PT posicionou-se contra a convocação e o PSDB a favor. Ao final Maluf não foi convocado.Após vários outros desentendimentos com o relator José Mentor (PT), o presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros resolveu encerrar os trabalhos da comissão sem que o texto apresentado pelo deputado passasse pela votação dos integrantes da CPI. O caso do Banestado envolveu muito político graúdo e empresas de grande

porte e foi investigado pela Polícia federal e pelo juiz Sérgio Moro que já atuava como magistrado na segunda Vara Federal Criminal do Paraná. Como resultado das investigações, Moro condenou catorze pessoas por crimes de gestão fraudulenta e formação de quadrilha, todas elas funcionários do banco. Nenhum graúdo foi apanhado nesta rede, tanto por falta de vontade política quanto por causa das desavenças entre os políticos que prejudicaram as investigações. Também muito ajudou neste festival de impunidades a timidez dos recursos jurídicos da época criados mais para absolver a turma do andar de cima e punir apenas a turma do andar de baixo. Também ainda não existia nesta época a colaboração premiada. De concreto mesmo só houve a punição dos funcionários do banco, o que reforçou o ditado popular de que a “corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”. Espera-se que pelo menos as atuais ações da Operação Lava-Jato sirvam para mudar este panorama e ir para além dos espetáculos midiáticos abrindo a porta de entrada da cadeia também para os delinqüentes engravatados, independentemente do partido ou classe social a que pertencem.

* Jornalista

04Edição 38 - Fevereiro/2016

A MENTIRA

Marciano Reis Mariano*

Existe um mito sobre a verdade que diz que certo dia o aprendiz pergunta ao seu mestre: “Mestre queria saber se a verdade existe e se onde ela se encontra”. O mestre responde ao aprendiz: “Sim filho, a verdade existe e mora na cidade. Caso queira encontrá-la deve andar por três dias e três noites até chegar ao local onde se encontram os grandes arranham céus. Chegando lá pergunte sobre ela e lhe dirão onde se encontra”. O aprendiz então fez como o mestre ordenou e, chegando ao local indicado, obteve a notícia de que ali não viva a verdade, mas que realmente ela existia. Ao retornar, em seus clamores ao mestre, este confessa não ser a cidade o local exato da residência da verdade e o envia para um local totalmente diferente do primeiro, e o orienta a perguntar por ela, pois ali ela se encontraria. O aprendiz mais uma vez vai à procura da verdade, e chegando no local indicado obteve a mesma resposta passada,

dizendo que ali ela não residia, mas que existia sim esta tal verdade, entretanto, residindo em outro local. O aprendiz retorna ao mestre insistindo para que o mestre dissesse onde se encontrava a verdade, para que ele se deparasse frente a frente com ela. Pelo suplício posto, o mestre então revela a real moradia da verdade: “Siga em frente até a região mais sombria da floresta. Próximo a um grande lago encontrará uma casa, nela reside a tão procurada por você. Assim, em sua jornada, saiu o aprendiz até o local mais sombrio da floresta e encontra o lago e a casa. À margem do lago encontrava-se uma senhora, muito velha, enrugada com um aspecto horrível de se ver. Mesmo assim, parecia olhar para as águas límpidas do lago a apreciar seu rosto como se fosse linda aquela imagem. Então o aprendiz se aproxima dela e pergunta se ela é a verdade. Ela responde que sim, e que no passado foi a razão; na idade média a religião, e que nos tempos modernos é a ciência. Satisfeito com o conhecer o aprendiz se despede

e se encaminha para o retorno. Entretanto, antes que pudesse se distanciar da senhora ela o chama e o adverte dizendo: “Quando lhe perguntarem se você conheceu a verdade, diga que sim e que a verdade é uma mulher linda e maravilhosa, jovem e perfeita como a natureza”. Moral da história: a verdade é uma mentira.Este conto se inicia neste artigo para que possamos ficar atentos em relação às propostas políticas. O que de verdade é apresentado por candidatos a prefeito e vereadores? Como alguém pode realmente mudar a cidade sem saber nem o ofício? Como os eleitores podem querer o melhor pra si e para o outro, se vendem seus votos? Que cidade queremos? Onde queremos criar e ensinar nossos filhos valores morais e éticos? E como queremos ensiná-los?De fato, a mentira deslavada é proposta a todo instante e em todos os níveis possíveis; dos mais à direita aos mais à esquerda não, salva ninguém! Propus descer ao nível da negra e abrupta verdade, e preciso tecer em direção ao

mais profundo. Será mesmo que podemos acreditar que representantes políticos estão querendo o bem da cidade? Quem ainda acredita nisso? Mesmo se quisessem o investimento posto para o ganho do pleito é tão alto que após vencerem a disputa, vereadores precisam estar alinhados com o prefeito para recuperarem o investimento. Assim, nunca terá uma câmara que fiscalize de verdade, e nunca será a favor do povo. Da mesma forma o prefeito, seja ele qual for, precisa responder a quem mais financiou suas campanhas que são claro, as empresas: primeiro elas, depois o povo.Isso se repete para deputado, presidente, senador e governador. Já sabemos o mal. Agora, queremos combatê-lo? Ou queremos apenas fazer parte dele no futuro?

*Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Puc/MG,

Técnico em Agropecuária formado pela CEDAF/UFV,

Fiscal Ambiental daPrefeitura de Brumadinho, Estudante de

Direito da ASA de Brumadinho, Morador do

Aranha.

Acredite na beleza

05Edição 38 - Fevereiro/2016

ESTAÇÃO SAUDADE

Nery Braga*

Não me refiro ao bolero gravado pela dupla sertaneja Palmeira e Biá em 1.956, em uma das faces de um disco de 78 rpm. Trata-se de uma coisa mais antiga, mas que eu, muito criança ainda, sentia uma alegria ao vê-la passar. Não sei o ano, mas era uma graça observá-la subindo e descendo a Rua Governador Valadares pelo menos quatro vezes por dia. Seu companheiro inseparável era o sr. João Firmino, um dos primeiros mecânicos de veículos automotores da cidade. Ele a tratava com um carinho especial, como quem cuida do bem mais precioso de sua vida. Seu João, pai do Leci Strada, a mantinha cuidadosamente limpa a ponto de fazer inveja a quem quer que seja que a visse desfilando pelas ruas de nossa cidade, nessa época, pequenina e quase que sem atrativos a não ser o cinema, horas dançantes na “casa velha do Zezito Maciel” e um jogo de futebol no campo do Brumadinho F. C.Quanto a mim, menino sonhador e sempre quietinho dentro de casa, ficava sempre à espera da “Boneca Cobiçada”.Acho que a “Boneca Cobiçada” era de 1.939, Chevrolet, carroceria de madeira muito bem pintada em cores vivas. Capricharam também na pintura da cabina do motorista que era uma mistura de duas cores, das quais não me lembro bem. Gostava de ver as rodas raiadas pintadas de vermelho

contrastando com a banda branca dos pneus rigorosamente limpos, ainda que andassem pelas ruas sem calçamento. O pequeno veículo era lento e parece que até hoje ouço o barulho bem-comportado do

motorzinho bem regulado. Seu João exibia orgulhoso a “Boneca Cobiçada”, cujo nome fora pintado no para-choque traseiro. (Veículo semelhante – imagem da internet) A pequena caminhoneta era a princesinha da cidade. Parava na bomba de gasolina do sr. Zezito, abastecia e ia para a oficina de seu João, que era nas imediações do espaço onde, hoje, ficam uma farmácia, o Sine e o Bar e Restaurante do Joubert. Seu João, assim como seu Edmundo da “jardineira”, só enxergava de um dos olhos, mas nada que o impedisse de dirigir pelas ruas pacatas da cidade. Seu João perdera uma das vistas em um acidente de trabalho, quando

trabalhava em sua oficina, usando, por isso, um “olho de vidro”, como nós dizíamos naquela época.Certo dia, acho que seu João ia para oficina, a “Boneca Cobiçada” apontou no alto da Rua

Governador Valadares. Os meus olhos de menino miravam em primeiro plano a caminhoneta que descia e, mais ao fundo, um grande cruzeiro de madeira, que indicava o final da rua. Neste dia, achei que seu João descia mais rápido do que de costume. A “Boneca Cobiçada” estava mais ligeira, bem diferente do jeito que o experiente mecânico a conduzia sempre. À medida que descia o morro, mais aumentava a velocidade e uma poeira vermelha se levantava atrás. Tive a impressão de que seu João estava em apuros com a bonita caminhoneta. Quando passou defronte a minha porta, a velocidade era ainda maior. E seguiu, ganhando mais velocidade, até que atingiu a parte plana da rua, um trecho de no máximo cem

metros. Passou mais lenta em frente à Farmácia São Geraldo, mas ainda assim a velocidade era alta para fazer a “esquina do Braga”. A Rua Governador Valadares se encerrava ali. Em frente estava a linha da Estrada de Ferro Central do Brasil, cujos domínios eram separados por uma cerca de mourões de dormentes e trilhos retirados do uso.Sem freios e sem controle, a caminhoneta seguiu célere em direção à cerca, obstáculo muitíssimo resistente. Um barulho forte. Pronto! A caminhoneta mergulhara na cerca. A “Boneca “Cobiçada” com o radiador estourado cuspia água por todos os lados. Seu João, ileso, saiu de dentro da cabina colorida. Os para-lamas amassados e cambaios indicavam que, apesar da diminuição da velocidade, o pequeno veículo não conseguira entrar à direita na Rua Quintino Bocaiúva e ali estava cheio de fortes avarias.Ninguém se machucou a não ser a princesinha da cidade, que dali saiu arrastada para a oficina.Nunca mais soube da “Boneca Cobiçada”. Se foi reformada, jamais a vi pelas ruas de Brumadinho. Se não foi, não sei o se fez com o resto da caminhoneta que tingiu de cores alegres os meus olhos de criança e cuja lembrança permanece para sempre como uma aquarela na saudade dos meus tempos de criança.

*Nery Braga – Prof. da E. E. PaulinaAluotto Ferreira, para o Jornal:

Brumadinho em Foco

BONECA COBIÇADA

06Edição 38 - Fevereiro/2016ARTE, CULTURA, ESPORTE & TURISMO EM FOCO

Valdiney

Aldinei

REGIONAL FM ENTREVISTA ÂNGELA MANJELA

REGIONAL ESPORTES

SINTONIZE NA 87,9

1-REGIONAL FM - COMO FOI O SEU INÍCIO, ÂNGELA ? Aos doze anos eujá tocava e cantava em palestras escolares e nas rodas de amigos. Nesta idade fui convidada a fazer uma participação na III Mostra Cultural do vale do Jequitinhonha, “Daí descobri que a musica era a minha vocação!” Estudei canto e técnica vocal em Belo Horizonte, na escola “MUSICA DE MINAS” sob a direção de Milton Nascimento e Wagner Tiso, onde também fiz aulas de violão com os violonistas Gilvan de Oliveira e Bento Menezes.Mais tarde vim trilhando um caminho de vitórias em festivais: 1º lugar no Festival da Canção de Brumadinho e no II Canta Vertentes de Entre Rios de Minas em 1988 com a música CINCO

QUERER. Melhor música de Brumadinho no FESTIBRUM em 1990 com a música BEIJA FLOR, 2º lugar no Festival da Canção de Brumadinho em 1993 com a música CAMINHOS DE MINAS, neste mesmo ano foram finalistas do Festival da Canção de SÃO JOÃO DEL REY. 1º lugar no Festival da Canção de Brumadinho em 1994 com a música VIOLANDO, 3º lugar em 1995 com a música EU E O LUAR, e 3º lugar na eliminatória do FESTIBAR (Faculdade ASA) com a música “Flor da Manhã” em 2011.2-REGIONAL FM - QUAIS SÃO AS SUAS REFERÊNCIAIS NA MÚSICA? Sou amante da boa música, me identifico muito com Marisa Monte, Vanessa da Mata, Jorge Versillo, Ana Carolina, Vanderlee...3-REGIONAL FM – Á QUANTO TEMPO ESTÁ NA MÚSICA? Profissionalmente desde 2008, foi quando gravei meu CD, e passei a dedicar exclusivamente á música,

divulgando minhas canções e também trabalhando como interprete de renomes da nossa MPB.4-REGIONAL FM – QUEM QUIZER CONTRATAR SEU SHOW, COMO FAZ? Meu contato é (31) 99774 31 90 e-mail: [email protected]

5-REGIONAL FM – VOCÊ TEM ALGUM PROJETO EM BRUMADINHO? Hoje trabalho Musicalização Infantil na Escola SEMEAR, onde desenvolvo também um Coral Infantil. Faço parte do Projeto Admirável Mundo Novo, desenvolvido na Casa Do Camilo (Casa de Acolhimento), onde tenho também um coral infanto juvenil.6- REGIONAL FM – ALGUMA MENSAGEM FINAL AOS NOSSOS LEITORES?Eu tenho a música como meu escudo... Meu guia... o que tenho para dar... Ela é uma sementinha, onde, se bem plantada florescerá e darão bons frutos, ela alimenta a alma e tem o dom de transformar as pessoas. Portanto devemos mostrar as nossas crianças, desde cedo, músicas de qualidade, que nos tragam algo de bom. Temos o dever de construir um adulto melhor, capaz de repassar essa sementinha musical adiante.

Fique ligado na sintonia da Regional FM 87,9, a camisa 10 do rádio entra em campo no Campeonato Mineiro e traz todas as emoções de Atlético e Cruzeiro. Radinho na mão 87,9 no coração. Acompanhe também pelo site www.regionalfm.net.br ou pelos aplicativos de celular. Confira abaixo as próximas partidas.

CHAVE A21/02 ALIANÇA X ITAGUAENSE21/02 MELO FRANCO X UNIÃO PROGRESSO28/02 ALIANÇA X MELO FRANCO28/02 ITAGUAENSE X MINERAL06/03 ITAGUAENSE X UNIÃO PROGRESSO06/03 MINERAL X ALIANÇA13/03 MELO FRANCO X ITAGUAENSE13/03 UNIÃO PROGRESSO X MINERAL20/03 MINERAL X MELO FRANCO20/03 UNIÃO PROGRESSO X ALIANÇA

VEM AI CAMPEONATO DE JÚNIOR

TORNEIO DO 9

CHAVE B21/02 BRUMADINHO X EBENÉZER21/02 ESTRELA

MARINHENSE X VILA DA SERRA

28/02 BRUMADINHO X ESTRELA MARINHENSE

28/02 VILA DA SERRA X EBENÉZER06/03 VILA DA SERRA X BRUMADINHO06/03 EBENÉZER ESTRELA

MARINHENSE

Os horários serão ajustados, mas com previsão para o perío-do da manhã.

Foi inaugurado o campo de fu-tebol do eixo quebrado. Um mine torneio de futebol de 9 foi realizado nos dias 30 e 31 de Janeiro. Oito equipes partic-iparam da competição que teve como Campeã a equipe Miner-al vencendo o Juvena por 4 x 1 na final. O artilheiro da com-petição foi Kadico do Juvena. Participaram as seguintes equi-pes convidadas:Juvena, Saritur, Mineral, mon-jolo, novo ideal, Aroucas, Eixo quebrado e Sei Lá.

07Edição 38 - Fevereiro/2016

VOCÊ É UM PRODUTOR DE CONTEÚDO PARA A INTERNET. SABIA?

Por João Flávio*

No meu tempo de escola primária, o mês de fevereiro marcava a volta às aulas e o inevitável título da primeira redação a ser feita: “Minhas férias”. Era a primeira oportunidade de produzir texto a cada nova série que se iniciava. Os instrumentos eram apenas lápis, papel e as gostosas lembranças do tempo de descanso. Hoje, com o advento da inter-net e, principalmente das redes soci-ais (Facebook, Twitter e congêneres), a maioria dos internautas conta mes-mo como foi o período de descanso, muito mais por imagens do que por texto. Há quem capriche, por exemp-lo, legendando e datando as fotos. En-tre curtidas e comentários, quem não pôde tirar férias tem aquela invejinha de quem tirou e se prepara para sair em descanso quando puder e também postar fotos, vídeos e algum texto. Esta é apenas uma forma de conteúdo que, hoje, milhões de pes-

soas em todo o Brasil produzem para a internet, ainda que seja para alçar ao mundo aquela pose na praia, na cachoeira, na montanha ou na ci-dade histórica. Fato é que a escrita e a fotografia se popularizaram como nunca. Hoje todo mundo escreve, fo-tografa e filma – a própria mídia se serve deste “jornalismo” gratuito, à medida que abre canais na rede para que possamos enviar fotos, vídeos, co-mentários, informações em geral e a gente alimenta estes veículos de co-municação sem receber nada em tro-ca (não se trata de uma crítica a esta prática, mas de mostrar como o con-teúdo que produzimos no dia-a-dia ganha uma dimensão outrora inimag-inável). E essa produção não se re-stringe mais aos computadores e às câmeras digitais. Com o advento dos smartphones e suas múltiplas funções, tudo agora está literalmente na palma da mão. Basta o acesso à rede de dados das operadoras de telefonia móvel ou uma conexão de wi-fi e pronto: tudo pode ser escrito, registrado e compar-

tilhado em tempo real. Com a democracia que rege a internet desde a sua popularização, praticamente não há controle sobre o que se publica, o que estimula as pessoas a produzirem conteúdo so-bre os mais diversos assuntos. O lado preocupante desta liberdade é quando as discussões online descambam para ofensas, ameaças (principalmente quando envolve futebol, religião e política) e, pior, a propagação de bo-atos. Quem me conhece sabe da minha obsessão por informação clara, completa e verdadeira. Por isso, eu de-sconfio de praticamente tudo que leio na rede, especialmente coisas polêmi-cas demais e óbvias demais. Checo tudo, busco sites confiáveis para con-firmar ou desmentir antes de formar opinião e, principalmente, antes de compartilhar. Não raro comento e re-spondo posts de amigos no Facebook para desmentir boatos e informações falsas. Ainda mais nos controversos tempos que vivemos atualmente no Brasil, com tanta coisa deturpada na

política, na economia, na saúde, tan-tos interesses escusos em jogo... Outra praga das redes sociais são as fotos montadas, como a de uma jovem apontando uma arma para um bebê no seu colo. Montagem grossei-ra e de péssimo gosto. E as frases de efeito e textos bacaninhas de autoria duvidosa, tipo um pensamento fi-losófico supostamente de Albert Ein-stein ou de Cazuza? Este é o perigo da internet, a propagação de coisas falsas ou não comprovadas. Pode cau-sar estragos enorme e, por vezes, ir-remediáveis. De qualquer forma, mesmo cometendo alguns erros primários, tanto nas imagens como (e princi-palmente) nos textos, considero uma grande evolução o fato de boa parte das pessoas hoje escrever e fotogra-far – e o melhor: poder publicar o que produzem, recebendo retorno do que foi compartilhado.

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facebook.com/joaoflavioresende

“VILA SEMENTINHA”O SISTEMA PEDAGÓGICO SEMEAR INAUGUROU UM NOVO ESPAÇO INFANTIL

Como proposta prioritária a escuta e o reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança, observada e atendida a individualidade, o SEMEAR inova e se consolida como um opção ímpar na educação em Brumadinho/MGO novo espaço infantil combina as tradicionais linguagens gráficas, pictórias e de manipulação

(modelos e maquetes), e também as do corpo, ligadas ao movimento, as da comunicação verbal e não-verbal, as linguagens icônicas, o pensamento lógico, científico, natural, discussões éticas e manejo de ferramentas multimídia, sempre objetivando que a criança aprenda “com todo corpo”, de forma fluída e permanentemente integrada.

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A cidade de Brumadinho foi palco da primeira etapa do Campeonato Mineiro de Automodelismo Off Road, promovido pela Associação Mineira de Automodelismo Radio Controle - AMARC. A abertura do evento aconteceu neste final de semana, 20 e 21 de fevereiro, na pista da Uba Racing. Aberto ao público, o evento recebeu grande número de fãs da modalidade e curiosos, além de familiares e amigos dos participantes. Pilotos de várias cidades do Brasil vieram à Brumadinho

para iniciarem a edição 2016 do Campeonato Mineiro, nas categorias Buggy Nitro e Truggy Nitro. No sábado, dia 20, treinos livres para conhecimento da pista movimentou o CT Uba Racing. Já no domingo, dia 21, pela manhã houve os treinos classificatórios das duas categorias. À tarde, na largada oficial para o início da competição, pilotos experientes, juntos de suas equipes de mecânicos e ajudantes, vivenciaram emoção e tensão. Superando a expectativa do público

presente, um alto nível técnico em grandes batalhas nas curvas e rampas da pista, a primeira etapa certamente foi um sucesso. Para Gustavo Couto e Marcelo Romano, Presidente e Vice-Presidente da AMARC, o torneio começou em alto estilo e tem tudo para entrar na história do Automodelismo Off Road mineiro. A próxima etapa acontecerá nos dias 09 e 10 de abril, no Hobby Show, na cidade de Carmópolis. Para quem ainda não conhece

BRUMADINHO SEDIA PRIMEIRA ETAPA DO CAMPEONATO MINEIRO DE AUTOMODELISMO OFF ROAD

a modalidade, trata-se de carro em miniatura controlado por controle remoto. São movidos à base de nitrometano e necessitam de acompanhamento mecânico e auxiliares, como uma espécie de box, assim como em corridas de Fórmula 1 e Stock Car. Os modelos Off Road são usados para pistas de terra, onde alcançam bons saltos e velocidade entre 60/80 km/h. Abaixo, veja a classificação da Primeira Etapa do Campeonato Mineiro de Automodelismo Off Road 2016:

CATEGORIA BUGGY NITRO: 1º Gustavo Couto; 2º Raphael Cândido; 3º Marcos Viana

4º Marcelo Romano; 5ºEuler Eduardo

CATEGORIA TRUGGY NITRO:1º Raphael Cândido; 2º Gabriel Parreiras; 3º Werly Padrim;

4º Marcelo Romano; 5º Matheus Ferreira

A falta de transparência e a possibilidade de driblar a LDO - Lei de Responsabilidade Fiscal é latente. A frustração na arrecadação nada mais é, do que a falta de visão e a nova manobra orçamentária na proposta aprovada pelo Congresso, de fixar gastos sobre algo que já era identificado no momento do fechamento do Orçamento Público, que funciona bem, mas, quando não utilizado de forma devida cria futuras justificativas de impossibilidade de arrecadação em virtude de uma piora do quadro econômico que começará a funcionar bem, agora passado o período de Carnaval. O governo quer prorrogar qualquer tomada de decisão no corte dos gastos buscando alternativas para o aumento dos tributos que já foram flexibilizados para cima, como cigarros, bebidas, sorvetes e artigos de toucador. Sabendo que na Páscoa o consumo de chocolates aumenta espantosamente, o governo já deu seu jeito de aumentar a arrecadação de impostos, fazendo com que a data seja “magra,” e que o ovos sejam substituídos por “bombons”.Em decorrência da pressão por resultados positivos, antecipou-se a proposta de corte do gasto público em R$ 25 bi, em virtude de algumas situações pontuais, como o rebaixamento da nota de crédito pela Standard and Poor’s (S&P) de BB+ para BB, convalidando que o perfil do

GOVERNO JÁ NÃO CONSEGUE MAIS VESTIR A SAIA JUSTA*Reginaldo Gonçalves

crédito do Brasil se debilitou.A inércia na busca de alternativas para estimular a melhora da capacidade produtiva das indústrias de forma geral, não somente alguns setores, devem ser vistos com medidas emergenciais, mas, parece que a busca pela aprovação da CPMF, faz parte de um dos dez mandamentos de Moisés, para dar a terra prometida, ou seja, busca-se de todas as formas planejar alternativas que não tirem os benefícios sociais disponibilizados as pessoas carentes, nem que para isso o governo tenha que comprometer o FGTS, por meio de garantias de financiamento.O mercado já não leva a sério o governo e suas promessas vazias. Aumentar tributos sem contrapartida somente para manter os gastos ou manter inchada a administração pública sem investimentos de grande envergadura não vão reduzir os custos das fábricas que sofrem com as condições das estradas e altos custos de energia elétrica e combustíveis, o que de certa forma, acaba refletindo no preço de venda dos produtos. É fato, que a chuva e os temporais estão contribuindo para recuperação das bacias hidrográficas, e que justificar a adoção da bandeira das sete cores do arco-íris para penalizar os usuários de energia já não devem existir mais, no entanto, tudo isso existe para reforçar o caixa das empresas geradoras de energia elétrica, que não fizeram

investimentos estruturais nos últimos dez anos potencializando o aumento e prejudicando todos os consumidores, pois, parte dos custos se deve a má gestão do caixa.Outra situação que é fato, é a recomposição do caixa da Petrobras, que foi usurpado por má gestão do Conselho de Administração, onde o governo impunha as regras no preço dos combustíveis, dilapidando-se do que pode, não repassando os aumentos dos preços e fazendo com que uma empresa fosse responsável por segurar os índices inflacionários, as metas estabelecidas pela equipe econômica para equilíbrio da economia e estímulo do emprego.Atualmente a Petrobras, não é autosuficiente na produção e distribuição do petróleo brasileiro e precisa importar uma parte desse produto do exterior e mesmo com a queda significativa do barril, chegando abaixo de US$ 30,00, quando o preço já foi superior a casa de US$ 110,00, o preço do combustível continua subindo e criando um gatilho do aumento dos preços de toda a cadeia produtiva.A meta atual da equipe econômica, de 0,5% do PIB para 2016 de superávit primário, necessária para não haver uma aceleração do endividamento público interno já não é realidade. Prevendo que não haverá a arrecadação projetada para o orçamento e criando uma banda de flutuação para o superávit, o governo pretende utilizá-

lo como meio de justificar o aumento dos gastos públicos, mesmo com a pressão de cortar R$ 30 bi em gastos, mas, como observa-se não deve passar dos R$ 25 bi.Na fixação das receitas orçamentárias, antes mesmo da aprovação, o governo já tinha definido que na receita seria aprovada a CPMF, para que fosse possível a fixação dos gastos, o que com certeza se não aprovado irá gerar uma crise ainda maior prejudicando a governabilidade, que já não tem crédito. Para se blindar no G20 o governo corre contra o tempo, por isso a antecipação dos cortes, para que seja possível que haja uma economia no PIB de 0,5% ou R$ 30,5 bi. A desconfiança está na banda larga cuja proposta da meta fiscal é de que haja uma flexibilização entre 1% a 1,5% do PIB, o que poderá deixar de ter um superávit primário de 0,5% para atingir um déficit primário de até 1,0%.Haja no guarda-roupa do governo saias-justas para fazer a troca! Chegará uma hora que será difícil acreditar nas propostas de mudanças. Aumentar tributos gera mais sonegação, fazendo com que o remédio se torne ainda mais amargo.

*Reginaldo Gonçalves, é mestre em Ciências Contábeis pela PUC-SP e coordenador do curso de Ciências

Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

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MINERAÇÃO: A PRÓXIMA ATIVIDADE A NÃO SER MAIS ACEITA PELA SOCIEDADE?

Armindo dos Santos de Sousa Teodósio (Téo)*

Com o aumento da complexidade das sociedades e sua interligação pelas mídias digitais, os grupos so-ciais com expectativas, interesses e direitos junto às empresas mul-tiplicaram-se para muito além dos públicos tradicionais ligados ao negócio, como consumidores, tra-balhadores e comunidades direta-mente afetadas pelas atividades da empresa. Assim, cabe repensar as práticas empresariais no sentido de avaliá-las não apenas em termos de distribuição de riquezas, mas con-siderar se a pujança econômica que geram também é acompanhada de melhor distribuição de renda (ou redução da desigualdade social), mais capacidade da sociedade se organizar para resolver seus prob-lemas sociais e ambientais e preser-vação dos patrimônios naturais e culturais.Uma das tendências do consumo nos tempos atuais é incorporar às questões sociais e ambientais como elementos relevantes nas decisões de compra. Longe de ser mero modis-mo ou tendência passageira, apesar

de avançar muito vagarosamente, a consciência social e ambiental no consumo é tendência expressiva, cujo prognóstico no longo-prazo é de grande centralidade. Se pensar-mos cenários futuros a partir de 50 ou 100 anos, a preocupação ambien-tal será cada vez mais decisiva no ato de consumo. As empresas devem deixar de lado o discurso abusivo e irresponsável de sedução do cliente, que nos últi-mos anos apenas serviu para tentar impingir um poderàs corporações que nunca tiveram junto à socie-dade, o poder de manipular desejos em direção ao hiperconsumo. Ainda que muitos possam pensar que esse poder é ilimitado e muito presente, cabe destacar que nenhuma empre-sa consegue operar fora da socie-dade e contra a sociedade, prova disso é que determinados produtos e serviços, antes considerados úteis ou tolerados pela sociedade, hoje são cada vez mais questionáveis e a tendência é que venham até a ser impedidos de serem comercializa-dos no futuro. Um exemplo disso é o cigarro. Outro produto que vai pela mesma trilha é o carro de passeio, cada vez mais visto como o grande responsável pela imobilidade nos grandes centros urbanos. Em países como a França, Alemanha e Ingla-

terra, as atividades de mineração sofrem severas restrições.O grande problema empresarial, sobretudo no contexto brasileiro, é que poucas empresas conseguem efetivamente desenhar cenários de longo prazo para seus negócios. Aquelas que conseguem fazê-lo já perceberam que terão que desen-volver novas relações com seus consumidores, pois tendências im-portantes como o compartilhamen-to, a cooperação, a coprodução de bens e serviços em parceria com os consumidores e a responsabi-lidade social e ambiental são ele-mentos chaves para a reinvenção dos negócios nos tempos atuais. A perspectiva é que cooperação con-viva com competição, direitos de propriedade deem lugar ao com-partilhamento, a propriedade de bens conviva também com o uso e acesso (sem propriedade) de bens e serviços. Tudo isso exigirá no-vas formas de avaliar o valor efe-tivamente agregado ao cliente nas relações que estabelece com as em-presas. E esses valores ultrapas-sam em muito a mera geração de valor econômico e incorporam sua utilidade social, sua relevância em termos de identidade cultural, sua contribuição para a preservação ambiental e até mesmo seu papel na

garantia das liberdades individuais e democráticas. Depois dos crimes ambien-tais cometidos pela Samarco, Vale e BHP, a sociedade brasileira, em especial o povo de Minas Gerais, pôde perceber claramente que as atividades de mineração geram muito valor econômico para pou-cos, distribuindo salários pífios quando comparados aos lucros ex-agerados aferidos por acionistas e diretorias dessas empresas. Mas, o mais importante é perceber que mineração não é atividade que gera futuro para as cidades, seja pela de-pendência excessiva que acarreta em torno de poucas empresas, seja pela constatação óbvia, mas que poucos teimam em lembrar, de que nenhum recurso natural é infinito. Brumadinho, infelizmente, não está preparado para um futuro sem min-eração. Isso se deve a vários fatores, mas talvez o mais importante deles é a subserviência de todos, podero-sos e gente simples de nossa cidade, às mineradoras.

*Armindo dos Santos de Sousa Teodósio (Téo)

Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da PUC Minas

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11Edição 38 - Fevereiro/2016

Tânia A.Campos Martins*

Por Flávia Campos*

Dia 11 de fevereiro comemoramos o DIA MUNDIAL DO ENFERMO. Ter uma doença não é sinônimo de estar doente. Por exemplo: é possível compararmos duas pessoas que possuem Diabetes. Uma delas pode estar totalmente saudável e a outra pode estar doente, com várias complicações da doença. Depende da disciplina de cada uma delas, da alimentação, da frequência às consultas médicas, da realização de atividade física... Outro exemplo: Ter um tumor, um câncer, não significa estar enfermo. Não necessariamente. Um tumor pode ser descoberto em exames de rotina, sem a pessoa ter sentido nenhum sintoma. E, nesse caso, durante o tratamento, é possível que passe mal pelos efeitos colaterais da quimioterapia, mas da doença mesmo, nada... Não devemos nos desesperar frente a um diagnóstico indesejado. Devemos sim, sermos cuidadosos, responsáveis e buscarmos tratamento. E, durante o tratamento, sermos disciplinados. Bom, a quem realmente está

enfermo, devemos nossa dedicação. Nem sempre “bisbilhotar” a vida do enfermo com visitas inesperadas é sinônimo de ajuda. A convivência com os meus pacientes me ensinou que as visitas ou outras formas de aproximação dos curiosos são a maior causa de sofrimento. Para

quem não é amigo próximo do enfermo, oferecer ajuda e aguardar ser solicitado é suficiente. Nada de visitas indesejáveis, por favor. Fazer parte do dia-a-dia do enfermo é privilégio de amigos e parentes próximos. Respeitar o espaço do outro é fundamental para uma boa recuperação. Quem está ou já esteve doente, sabe bem o que eu estou dizendo. Para o enfermo ou para o cuidador, seguem algumas dicas:

-Não fique receoso em pedir que a visita retorne em outro momento ou que lave as mãos antes de se aproximar do doente. Tampouco fique constrangido em proibir que a visita sente-se na cama do enfermo. Deselegante é não se preocupar com esses detalhes.

-Mantenha o quarto arejado e o mais limpo possível.-Siga as orientações médicas e de toda a equipe de saúde (fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas...).-Providencie líquidos (água, suco, leite,) constantemente, caso seja permitido.-Prefira alimentos leves e saudáveis.-Respeite a dignidade, as características e os gostos de

cada um. Possuir limitação física, definitiva ou temporária, não significa fazer o que os outros desejam.-Não reclame do seu cuidador ou do seu paciente com outras pessoas. Faça as observações necessárias com quem você discorda em particular. Crie um clima harmônico, o mais agradável possível.Lembrem-se: não nos preocupemos com a doença e sim com o doente. Uma doença pode se manifestar de inúmeras maneiras. Pode até mesmo ser assintomática. Estar saudável, doente ou muito doente é questão de força interior e depende das companhias!*Fisioterapeuta graduada pela PUC-MG

Pós-graduada em Fisioterapia Cardiopulmonar pela PUC-MG

Mestre em Ciências da Reabilitação pela UFMG

Fisioterapeuta da Saúde em MovimentoProfessora da Faculdade ASA de

BrumadinhoMembro da Comissão de Saúde Pública

do CREFITO-4Analista Fiscal Suplente da

ASSOBRAFIRCREFITO 56.629-F

SAÚDE E EDUCAÇÃO EM FOCO

Enquanto o mundo todo tem conhecimento do que é o ZIKA VÍRUS, doença causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya, grande parte da população ainda não se conscientizou do seu papel neste momento desesperador pelo qual estamos passando .Não é comigo !Infelizmente o ser humano é muito egoísta e só consegue se envolver em um problema quando afeta diretamente a si mesmo ou aos seus.Não basta apenas ouvir e acompanhar os noticiários e dados estatísticos que sobem a cada instante , fazendo inúmeras vítimas e demonstrar compaixão . Não basta criticar e falar difusamente que precisamos fazer algo, sem

buscarmos soluções concretas para a realidade que vivenciamos. Isto só conseguiremos por meio da mobilização dos cidadãos. A participação ativa é dever de todos e a essência da verdadeira solidariedade.A Campanha da Fraternidade /2016, tem como tema “Casa comum, nossa responsabilidade “ , cujo lema é “ Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca “ Amós 5,24.O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.É muito fácil exigir direitos. Difícil é assumir deveres.A população mundial, tem como dever, neste momento da crise ZIKA, cumprir o seu papel em respeito a si mesmo e ao próximo .

Na verdade, tudo gira em volta da formação / educação de cada indivíduo.O que nos falta é postura, formação humana, princípios e valores. Estes já esquecidos por grande parte da humanidade.O Papa Francisco nos deixa uma mensagem para a Campanha da Fraternidade: “O objetivo principal deste ano é o de contribuir para que seja assegurado o direito essencial de todos ao saneamento básico. Para tanto, apela a todas as pessoas convidando-as a se empenharem com políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.”Que sejamos capazes de refletir, conscientizando-nos para a mobilização que nos apresenta a Campanha da Fraternidade e também a tantos outros chamados pelo bem comum.Lembrando que nos reeducar

ambientalmente torna-se tarefa leve quando cada um se empenha em cuidar do seu próprio ambiente. Se cada um cuidar de seu próprio espaço, com certeza estaremos cuidando da nossa Casa comum, só assim superaremos os altos índices de doenças evitáveis como é o caso da ZIKA .Deixemos o egoísmo de lado e nos reeduquemos para esta ação .Nos envergonha pensar que tantas pessoas estão pagando pela nossa falta de conscientização . Somente matar o mosquito não elimina o problema .Ter postura sim . Ter educação sim . Ter consciência sim .Faça a sua parte !

Tânia Aparecida Campos MartinsDiretora / proprietária do

SISTEMA PEDAGÓGICO SEMEAR

NÃO É COMIGO

ESTAR DOENTE X DOENÇA

12Edição 38 - Fevereiro/2016

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