+ direitos, + dignidade, + urbanidade, + acessibilidade: calÇadas acessiveis

117
+ DIREITOS, + DIGNIDADE, + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE: CALÇADAS ACESSIVEIS Fernando Zornitta / Luciano Luca Zornitta ACESSIBILIDADE, URBANIDADADE & DIREITOS UNIVERSAIS Acessível é o espaço, a edificação, o mobiliário, o equipamento urbano ou o elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação. 1 Todas as pessoas, independentemente da sua condição física, econômica ou de saúde; deveriam ter acesso e utilizarem-se com segurança, conforto e autonomia os equipamentos, o mobiliário e toda a infraestrutura urbana; de forma igualitária; exercendo os seus direitos de cidadania e de usufruto da cidade. 85% da população brasileira vive no meio urbano, em cidades que se moldam e se conformam desordenadamente, sem planejamento e nem controle, deixando um rastro de injustiças pelo caminho e ajudando na conformação das barreiras e segundo dados do IBGE de 2010, cerca de 24% da população ou 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência. Quem vem em busca da oportunidade e não a encontra, assim mesmo fica e vive nas cidades da forma que dá; mora onde der, trabalha onde e como der. E quem chega sem qualificação e sem alternativas, busca renda no comércio informal - que se dá prioritariamente nas ruas e nos espaços públicos. E essa é uma das principais barreiras à acessibilidade urbana – que nasce de uma necessidade, a de sustento familiar e da sobrevivência – e que se traduz numa 1 - ABNT - NBR 9050:2004 1. ALGUMAS DEFINIÇÕES Barreiras – Qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação. (Dec 5296/2004) “- Q impedem o direito à cidade !29

Upload: fernando-zornitta

Post on 14-Jan-2015

1.690 views

Category:

Education


3 download

DESCRIPTION

Artigo completo, intitulado + DIREITOS, + DIGNIDADE, + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE: CALÇADAS ACESSIVEIS; publicado em livro, revista e sites de forma resumida. Aborda a questão da acessibilidade arquitetônica e urbanística e aponta com programas públicos para a mudança de postura da sociedade em função da eliminação de barreiras e promoção da acessibilidade.

TRANSCRIPT

  • 1. + DIREITOS, + DIGNIDADE, + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE: CALADAS ACESSIVEIS Fernando Zornitta / Luciano Luca Zornitta ACESSIBILIDADE, URBANIDADADE & DIREITOS UNIVERSAIS Acessvel o espao, a edificao, o mobilirio, o equipamento urbano ou o elemento que possa ser alcanado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessvel implica tanto acessibilidade fsica como de comunicao.1 Todas as pessoas, independentemente da sua condio fsica, econmica ou de sade; deveriam ter acesso e utilizarem-se com segurana, conforto e autonomia os equipamentos, o mobilirio e toda a infraestrutura urbana; de forma igualitria; exercendo os seus direitos de cidadania e de usufruto da cidade. 85% da populao brasileira vive no meio urbano, em cidades que se moldam e se conformam desordenadamente, sem planejamento e nem controle, deixando um rastro de injustias pelo caminho e ajudando na conformao das barreiras e segundo dados do IBGE de 2010, cerca de 24% da populao ou 45,6 milhes de pessoas tm algum tipo de deficincia. Quem vem em busca da oportunidade e no a encontra, assim mesmo fica e vive nas cidades da forma que d; mora onde der, trabalha onde e como der. E quem chega sem qualificao e sem alternativas, busca renda no comrcio informal - que se d prioritariamente nas ruas e nos espaos pblicos. E essa uma das principais barreiras acessibilidade urbana que nasce de uma necessidade, a de sustento familiar e da sobrevivncia e que se traduz numa 1 - ABNT - NBR 9050:2004 1. ALGUMAS DEFINIES Barreiras Qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento, a circulao com segurana e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso informao. (Dec 5296/2004) - Q impedem o direito cidade ! 29

2. postura atitudinal que vem em benefcio econmico de uns de quem pratica - mas em prejuzo de toda a populao. Ruas, caladas, praas, lagoas e margens dos rios so encampados em nome da sobrevivncia dos contingentes humanos que migram para a cidade em busca da oportunidade - de moradia, trabalho, educao, sade, lazer e de servios bsicos. A condio de quem chega de pobreza e de misria e a base familiar ocorre em sub-habitaes, nas favelas e nas reas de risco. De norte a sul; de leste a oeste do Brasil, esse um processo comum s grandes metrpoles. As cidades despreparadas so excludentes e os problemas gerados tremendos, o que diminui a qualidade de vida de todos os seus habitantes. Os grandes prejudicados so aquelas pessoas com mobilidade reduzida2 , que no conseguem ter acesso aos equipamentos urbanos, s edificaes, ao transporte, cidade e cidadania. Nesse contexto, na luta pela sobrevivncia, a solidariedade e o respeito ao direito do outro no so priorizados. A revelia das leis, dos cdigos de posturas; nas ruas, caladas e nos espaos pblicos cada um faz o que quer, desrespeitando o direito do outro o de ir e vir, dentre tantos outros. a falta de urbanidade, que normalmente deixada revelia pelos gestores, pois envolve um grave problema social. URBANIDADE X DIREITO UNIVERSAL; ONDE FICA A ACESSIBILIDADE ? Urbanidade o senso de co-responsabilidade, o cuidado e o carinho que devemos ter para com o ambiente em que vivemos e que nos envolve; o esforo que empreendemos para fazer dele um ambiente saudvel para todos; o respeito ao direito do outro e de todos o direito universal um princpio de bem viver coletivamente nas cidades. O direito universal, de igualdade de direitos - o direito do outro e de todos um principio de convivncia harmnica nas cidades que deveria ser respeitado, mas no . A revelia das leis, cada um faz o que quer nos espaos pblicos e as administraes municipais fecham os olhos para os improprios, quando no, deixam rolar para ver como que fica. E sempre fica pior. Vale lembrar que os grandes redutos eleitorais esto nas camadas de base, nos mais necessitados e que, nossos polticos de planto nada fazem contra aquilo que lhes venha em prejuzo prprio. Mas o prejuzo assim fica dividido por todos e maior ainda, para aquelas pessoas alijadas do exerccio da cidadania, de usufruto da cidade, por apresentarem mobilidade reduzida idosos, pessoas com deficincias, obesos e gestantes. Apesar da garantia dos direitos constitucionais e legais, uma parcela aproximada de 40% da populao brasileira PCDs e idosos principalmente se vem tolhidas do exerccio pleno da cidade; impedidas de terem acesso s edificaes e ao meio urbano. A Conveno da ONU Sobre Direito das Pessoas com deficincias, por exemplo, aps dcadas de lutas do segmento, reconheceu e apontou para os pases membros em 50 Artigos dentre estes o nono que trata exclusivamente da acessibilidade os direitos e necessidades, recomendando aes aos governos 2 Pessoas com deficincias, idosos, obesos e gestantes 3. destes pases. O QUE QUEREM AS PCDs Logo de Fernando & Luca Zornitta Sobre as palavras chave da Conveno da ONU Sobre Direitos das PCDs, 2008 O que reivindicam as PCDs Frases extradas da leitura das Extrato da leitura das resolues da Conferncia resolues da Conferncia da ONU Sobre da ONU Sobre Direito das PCDs F. Zornitta Direitos das PCDs F. Zornitta No Brasil, desde a Constituio de 1988, que indica a elaborao de polticas para as PCDs, culminando com as Leis 10.048 e 10.098, de 2000 e o Dec. 5296/2004 - que anterior Conveno da ONU - estabelece os padres mnimos da acessibilidade com base nas normas brasileiras e indica os padres a serem obedecidos em consonncia com a NBR 9050 - Acessibilidade a edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos. Esta norma atualmente passa por reviso e ser colocada a consulta pblica. O brasil signatrio da Conveno da ONU e de seu Protocolo Facultativo desde 205 206 4. maro de 2007 e tem carter de emenda constitucional. Em seu artigo primeiro afirma que Pessoas com deficincia so aquelas que tm impedimentos de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas. A CONFORMAO DAS BARREIRAS & O SEU AMPLO ESPECTRO As barreiras encontradas nas cidades podem ser classificadas como naturais ou artificiais. As naturais dizem respeito topografia e solo, hidrografia, vegetao como por exemplos: o aclive natural do terreno, uma cachoeira, a floresta, etc.. e as artificiais, aquelas impostas pela ao humana. Estas ltimas tm o elemento atitudinal da populao como gerador e a ineficincia ou falta de planejamento e de controle das administraes municipais. As principais barreiras artificiais encontradas nas cidades so oriundas: Dos elementos de urbanizao mal constitudos, mal implantados ou danificados, por exemplo, de pavimentao inadequada, irregular ou com buracos, posteamento mal localizado e sinalizado, calamento irregular dentre outros; Do mobilirio urbano mal construdo, mal implantado ou danificados, por exemplo, dos pontos de nibus, telefones pblicos, bancos de praas, caixas de correio - dentre outros; Das obras pblicas no sistema virio, por exemplo, para acesso aos estdios da Copa de 2014, de metrs como o Metrofor em Fortaleza; de saneamento, de vias dentre outras; Do comrcio e servios ambulante e informal que normalmente se localiza nos espaos e vias pblicas; do comrcio e servios regulares; por 1. ALGUMAS DEFINIES TIPOS DE BARREIRAS Barreira urbanstica Barreira nas edificaes Barreiras nos transportes Barreira das informaes e comunicaes 31 5. exemplo, pela exposio de materiais em caladas, dos containers para venda de tudo bancas de jornais e revistas, cartes telefnicos, sucos e lanches dentre outros); De eventos em ambientes pblicos os quais no podem ser previsveis para uma grande gama de PCDs, principalmente das com deficincia visual, que se deparam com os mais inusitados eventos e desavisados feiras, feirinhas, manifestaes polticas e de todas as ordens; De arborizao sem planejamento e nem gesto comum encontrarmos rvores com razes que afloram superfcie; rvores no meio de passeios e nas fachadas dos imveis, sem qualquer planejamento. Alm de prejudicarem a circulao, danificam tubulaes de esgoto, de abastecimento d gua, redes eltricas, etc... Dos automveis e veculos que ocupam as caladas e espaos pblicos de lazer como estacionamento uma postura atitudinal comum em todas as cidades brasileiras, que a revelia das leis e demonstrando a falta de urbanidade, encampam e ocupam as caladas, espaos pblicos destinados ao lazer; De materiais diversos depositados nas vias e em espaos pblicos como por exemplo, de materiais de construo, entulho, objetos; De lixo que no tem separao, armazenamento, coleta e destinao adequados e vo parar nas caladas comum a todas as cidades brasileiras; Da populao de rua que busca a moradia e vive nas ruas; ocupando como comum encontrar-se em So Paulo ou Porto Alegre, onde pessoas moram e instalam-se em espaos pblicos diversos. Nesse contexto pode-se classificar os maiores viles da acessibilidade: O habitante, que encampa os espaos pblicos, numa postura de libertinagem, egosmo e falta de urbanidade; para estacionar carros, comercializar produtos, prestar servios, expor materiais lixo, propaganda, etc.... desrespeitando o direito do outro; O poder pblico, que fecha os olhos e deixa correr ou no consegue se impor para mudar; no planeja, no controla e nem fiscaliza e deixa rolar para ver como que fica; O comrcio e servios nas vias pblicas (informal e formal) por exemplo, as borracharias, estofarias, oficinas mecnicas, moto-conserto, bike-conserto (dentre outros); containers para venda de produtos (jornais, revistas, lanches dentre outros). Personalizou-se esse tem como vilo, pela abrangncia que tem na conformao de barreiras e condicionante da acessibilidade; O automvel, que tem prioridade em detrimento do transeunte, com total desrespeito s leis de transito, de posturas e de convivncia urbana. Tambm ganha personalidade embora tenha origem motivacional humana pela sua importncia na conformao de barreiras acessibilidade e problemas para a mobilidade urbana; 6. O sistema virio principalmente as caladas e vias pblicas de configurao espontnea, onde a revelia do planejamento, vo se abrindo vias de comunicao; onde cada um molda o seu acesso ao lote a p ou para seu automvel, pavimenta e conforma como quer sem qualquer senso de continuidade e de urbanidade. CALADA & ACESSIBILIDADE A calada o espao pblico de uso coletivo destinado a circulao de pessoas e onde devem estar localizados o mobilirio urbano, a sinalizao de trnsito, a vegetao dentre outros elementos que favorecem o conforto na cidade. Por definio do Cdigo de Transito Brasileiro3 , a calada a parte da via, normalmente segregada e em nvel diferente, no destinada circulao de veculos, reservada ao trnsito de pedestres e, quando possvel, implantao de mobilirio, sinalizao, vegetao e outros fins. A calada acessvel deve garantir a qualquer pessoa, inclusive com mobilidade reduzida, o deslocamento seguro, com autonomia e conforto; livre de barreiras. As normas determinam uma faixa livre para circulao de 1,50 m, sendo o mnimo admissvel de 1,20 m com 2,10 m de altura livre de obstculos; sendo que os demais elementos do mobilirio, devem ser alocados numa faixa especfica, a de servios (0,70 m). Em caladas com mais de 2,00 m, pode-se incorporar ainda uma outra faixa, chamada de acesso (ao lote) e ser nela onde sero implantadas as rampas, degraus, etc... de acesso ao lote. 3 - Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1977 DEC 5296/2004 Art. 14. Na promoo da acessibilidade, sero observadas as regras gerais previstas neste Decreto, complementadas pelas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposies contidas na legislao dos Estados, Municpios e do Distrito Federal. Art. 15. No planejamento e na urbanizao das vias, praas, dos logradouros, parques e demais espaos de uso pblico, devero ser cumpridas as exigncias dispostas nas normas tcnicas de acessibilidadeda ABNT. 216 7. Rampa na calada para acesso de veculos Ideograma (e respectivas faixas) - Fundao Prefeito Faria Lima - CEPAM Ideograma da distribuio das faixas Recomendao do Guia Prtico da Construo de Caladas do CREA-BA A calada de uso pblico, mas a responsabilidade de pavimentao e conservao do proprietrio do lote onde ela est localizada; podem ser pavimentados como melhor lhe aprouver, mas segundo a NBR 9050, nas condies gerais da circulao e dos acessos internos s edificaes e externos (caladas, passeios e vias exclusivas de pedestres), o piso deve ser antiderrapante (em qualquer situao inclusive de chuvas), regular e contnuo, com inclinao em direo ao meio fio (transversal) no superior a 3% e sem 8. degraus (admite uma inclinao transversal da superfcie de at 2% para pisos internos e qualquer desnvel transversal acima de 3% considerado como rampa); no devem provocar trepidao em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de beb), dentre outros condicionantes da legislao e destas normas tcnicas. Inclinaes longitudinais superiores a 5% em caladas so consideradas rampas e, portanto, devem prever reas de descanso e para manobras de cadeiras de rodas. Recomenda a norma a inclinao longitudinal das reas de circulao seja de no mximo 8,33% (1/12), sempre acompanharem as inclinaes das vias lindeiras e evitada a utilizao de padronagem na superfcie do piso que possam causar insegurana, como a impresso de tridimensionalidade; por exemplo, estampas que pelo contraste de cores. As faixas livres devem ser completamente desobstrudas e isentas de interferncias, tais como vegetao, mobilirio urbano, equipamentos de infra-estrutura urbana aflorados (postes, armrios de equipamentos, e outros), orlas de rvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veculos, bem como qualquer outro tipo de interferncia ou obstculo que reduza a largura da faixa livre. Eventuais obstculos areos, tais como marquises, faixas e placas de identificao, toldos, luminosos, vegetao e outros, devem se localizar a uma altura superior a 2,10 m. (NBR 9050:2004) A calada um dos elementos de urbanizao (anteriormente classificado pelo autor4 na segmentao de barreiras), assim como o posteamento, o asfalto, a rede de esgotos dentre outros elementos que compe a infra e a superestrutura das cidades. Serve para atender uma parte da funo humana de circulao, segundo a carta dos Andes5 , mas tambm onde se instalam e se conformam as principais barreiras acessibilidade, tais como as advindas do comrcio legal e do comrcio informal do primeiro pela exposio de produtos, propagandas e, do segundo, pela encampao do espao para as relaes comerciais com os mais diversos tipos de expositores e containers de mercadorias, de alimentao e prestao de servios. Embora a legislao determine a condio de acessibilidade, especialmente o Dec. 5296/2004 e a NBR 9050, a calada nas nossas cidades tornou-se um ambiente inseguro, um espao onde pode se encontrar de tudo. Todos e cada um, a revelia dos avanos das leis, fazem como querem as suas caladas e nela, assim como nos demais espaos pblicos praas, reas de lazer dentre outros, desenvolvem atividades laborais e de comrcio, alm de outras que desvirtuam a correta utilizao e impedem a circulao segura e confortvel como estabelece a legislao. O proprietrio do lote responsvel pela pavimentao e manuteno da calada, mas a responsabilidade pelo espao do poder pblico e, portanto, o planejamento, o controle e a fiscalizao de responsabilidade das administraes municipais. Cada municpio tem o seu cdigo de obras e posturas, leis orgnicas e planos diretores; entretanto, a legislao federal regula em todas as cidades os itens referentes acessibilidade. Basicamente o que as normas e a legislao determinam a garantia da 4 Em CIDADE ACESSVEL: EM BUSCA DOS CAMINHOS DA URBANIDADE E DO DIREITO UNIVERSAL 5 Carta que definiu as funes humanas nas cidades 9. acessibilidade para todas as pessoas, independentemente da sua condio fsica ou deficincia, a incluindo os sistemas de comunicao e sinalizao. Para tanto, as faixas e respectivas medidas, inclinaes devem obedecer estes padres mnimos e mximos estabelecidos pela legislao e pelas normas; assim como os elementos de comunicao e sinalizao visual, ttil e sonora para facilitar o bom uso e circulao atendendo ao amplo espectro das deficincias; sendo os dois principais balizadores o Dec. 5296 e a NBR 9040 de 2004 (esta ltima passando por revises no momento). O PORQU DO DIMENSIONAMENTO A cidade sempre foi pensada para a pessoa com sade e sem problemas de locomoo. Entretanto, na abordagem do desenho universal, onde todas as pessoas passam a terem direitos iguais, a ergonomia das PCMR e principalmente das PCDs, passam a direcionar os projetos urbansticos, dos equipamentos pblicos e do mobilirio urbano. Os equipamentos de tecnologia assistida bengalas, andadores, muletas, cadeiras de rodas e seus usurios, necessitam de maiores espaos e de um dimensionamento diferenciado daquelas pessoas que no tm deficincias. Nas caladas - principal elemento do sistema virio no destinado circulao de veculos e reservada ao trnsito de pedestres, o planejamento contemplando todo o tipo de pessoa condio essencial. Por bom senso, o dimensionamento deve prever as situaes mais crtica, que so as de uma pessoa em cadeira de rodas. A relao anloga a utilizada pelas engenharias do dimensionamento para as situaes limites; da carga mxima para o clculo de fiao para a eletricidade, do dimetro das tubulaes para a hidrulica, das estruturas para a engenharia civl, etc... e, tambm com base no princpio da engenharia de segurana de eliminar todos os riscos. Nesse sentido os parmetros so estabelecidos para um dimensionamento correto. As principais dimenses referenciais para deslocamentos de pessoa em p, de acordo com a norma so indicados pelos desenhos abaixo: 10. Dimenses referenciais para deslocamento de pessoa em p NBR 9050:2004 J para as pessoas em cadeiras de rodas, h de se considerar as reas para manobras sem e com deslocamento, bem como o dimensionamento mnimo para transposio de obstculos isolados, cujas metragens mnimas podem ser observada nas figuras abaixo, de acordo com o exigido pela NBR 9050 de 2004: rea para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento NBR 9050:2004 da ABNT rea para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento NBR 9050:2004 11. Vista superior Vista frontal Transposio de obstculos isolados (em cadeiras de rodas) NBR 9050:2004 DETALHES DAS CONDIES GERAIS DA CIRCULAO E DOS ACESSOS Alm de possibilitar a circulao com segurana e conforto a todas as pessoas, as caladas devem prever a integrao com o sistema virio e possibilitar a travessia de pedestres, bem como s edificaes que se interligam atravs deste fundamental elemento de urbanizao. A via pblica apresenta um desnvel da pista de rolamento em relao ao passeio e deve ser adequadamente tornada acessvel para travessias. A norma prev rebaixamento do meio fio em diversas situaes, devendo serem rebaixadas e sinalizadas - com ou sem faixa, com ou sem semforos e, sempre que houver foco de pedestres. Devem ser construdos na direo do fluxo de pedestres, com inclinao constante e no superior a 8,33% (1:12). No deve haver qualquer desnvel entre o trmino do rebaixamento da calada e o leito carrovel, prev a norma. De acordo com a NBR 9050, a largura dos rebaixamentos deve ser igual largura das faixas de travessia de pedestres, quando o fluxo de pedestres calculado ou estimado for superior a 25 pedestres/min/m. Em locais onde o fluxo de pedestres for igual ou inferior a 25 pedestres/min/m e houver interferncia que impea o rebaixamento da calada em toda a extenso da faixa de travessia, admitido o rebaixamento da calada em largura inferior at um limite mnimo de 1,20 m de largura da rampa. E, quando a faixa de pedestres estiver alinhada com a calada da via transversal, admissvel o rebaixamento total da calada na esquina. Onde a largura do passeio no for suficiente para acomodar o rebaixamento e a faixa livre, deve ser feito o rebaixamento total da largura da calada, com largura mnima de 1,50 m e com rampas laterais com inclinao mxima de 8,33%. Os rebaixamentos das caladas localizados em lados opostos da via devem estar alinhados entre si. Alm do espao ocupado pelo rebaixamento, deve ser garantida uma faixa livre no passeio de no mnimo 0,80 m, sendo recomendvel 1,20 m. As abas laterais dos rebaixamentos devem ter projeo horizontal mnima de 0,50m e compor planos 12. inclinados de acomodao A inclinao mxima recomendada pela norma de 10%. Quando a superfcie imediatamente ao lado dos rebaixamentos contiver obstculos, as abas laterais podem ser dispensadas. Neste caso, deve ser garantida faixa livre de no mnimo 1,20 m, sendo o recomendvel 1,50 m. Os rebaixamentos de caladas devem ser sinalizados. Perspectiva Rebaixo na esquina vista superior / perspectiva NBR 9050:2004 As obras eventualmente existentes sobre o passeio devem ser convenientemente sinalizadas e isoladas, assegurando-se a largura mnima de 1,20 m para circulao. Caso contrrio, deve ser feito desvio pelo leito carrovel da via, providenciando-se uma rampa provisria, com largura mnima de 1,00 m e inclinao mxima de 10%, conforme indica a norma. 13. A calada interliga os espaos, as edificaes e equipamentos urbanos. A NBR 9050 indica que todas as entradas devem ser acessveis e sinalizadas, bem como as rotas de interligao s principais funes dos edifcios e, quando de uma adaptao de edificaes e equipamentos urbanos existentes deve ser previsto no mnimo um acesso, vinculado atravs de rota acessvel circulao principal e s circulaes de emergncia, quando estas existirem. Prev ainda que quando existirem grelhas e juntas de dilatao, estas devem estar preferencialmente fora do fluxo principal de circulao e, quando instaladas transversalmente em rotas acessveis, os vos resultantes devem ter, no sentido transversal ao movimento, dimenso mxima de 15 mm; assim como tampas das caixas de inspeo e de visitas, que devem estar niveladas, com frestas inferiores a 15 mm, firmes, estveis e antiderrapantes; prev a norma. DEC 5296/2004 Art. 12. Em qualquer interveno nas vias e logradouros pblicos, o Poder Pblico e as empresas concessionrias responsveis pela execuo das obras e dos servios garantiro o livre trnsito e a circulao de forma segura das pessoas em geral, especialmente das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, durante e aps a sua execuo, de acordo com o previsto em normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislaoespecfica e neste Decreto. 214 14. Desenho da grelha - Exemplo NBR 9050:2004 SINALIZAO DE ACESSIBILIDADE Para a comunicao da condio de acessibilidade, segundo indica a norma, as informaes essenciais aos espaos s edificaes, ao mobilirio, aos espaos e equipamentos urbanos devem ser sinalizadas de forma visual, ttil ou sonora, no mnimo conforme a tabela da NBR 9050:2004 da ABNT: Aplicao e formas de comunicao e sinalizao - NBR 9050:2004 O piso ttil de alerta deve sempre ser utilizado para sinalizar situaes que envolvem risco de segurana, um aviso de uma barreira prxima; deve ser cromo-diferenciado ou deve estar associado faixa de cor contrastante com o piso adjacente. Na faixa livre que dever estar implantado o piso ttil longitudinal e o piso de alerta (de mudanas de direo), para orientao das pessoas com deficincia visual, indicando o mobilirio urbano, barreira ou a situao que envolve risco. 15. Sinalizao ttil de alerta / Sinalizao ttil de alerta em obstculos suspensos Modulao do piso Exemplo ABNT / NBR 9050:2004 Sinalizao ttil de alerta nos rebaixamentos das caladas Exemplos ABNT - NBR 9050:2004 J o piso ttil direcional, segundo a norma, deve ser utilizado quando da ausncia ou descontinuidade de linha-guia identificvel, como guia de caminhamento em ambientes internos ou externos, ou quando houver caminhos preferenciais de circulao. 16. A associao dos dois tipos de pisos de alerta e direcional, compe a orientao bsica e fundamental para as pessoas cegas ou com deficincia visual e devem ser instalados na faixa livre, que deve estar completamente desobstruda e isenta de interferncias, tais como vegetao, mobilirio urbano, equipamentos de infra- estrutura urbana aflorados (postes, armrios de equipamentos, e outros), orlas de rvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veculos, bem como qualquer outro tipo de interferncia ou obstculo que reduza a largura da faixa livre. Eventuais obstculos areos, tais como marquises, faixas e placas de identificao, toldos, luminosos, vegetao e outros, devem se localizar a uma altura superior a 2,10 m conforme determina a norma. Desenho piso ttil longitudinal e de alerta 165 < x 150 ABNT NBR 9050: 2004 17. Sinalizao Visual de Acessibilidade A simbologia de acessibilidade so padronizados internacionalmente. A norma prev a sua utilizao para sinalizar servios, espaos, edificaes, mobilirio e equipamentos urbanos onde existem elementos acessveis ou utilizveis por PCDs ou com mobilidade reduzida e aos diversos tipos de deficincias; em entradas, reas e vagas de estacionamento de veculos, reas acessveis de embarque/desembarque, sanitrios, reas de assistncia para resgate, reas de refgio, sadas de emergncia; reas reservadas para pessoas em cadeira de rodas; equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficincia. Os acessos que no apresentam condies de acessibilidade devem possuir informao visual indicando a localizao do acesso mais prximo que atenda s condies estabelecidas na norma. O detalhamento do seu correto uso e posicionamento esto detalhados no captulo 5 - Comunicao e Sinalizao da NBR 9050:2004 da ABNT; assim como outras forma de sinalizao como a auditiva obrigatrias na composio da acessibilidade plena. 18. TRAVESSIAS, EQUIPAMENTOS & MOBILIRIO URBANO A NBR 9050:2004 normatiza as faixas de travessia de pedestres de acordo com o Cdigo de Trnsito Brasileiro (anexo II item 2.2.2 Marcas transversais, alnea c), as quais devem ser aplicadas nas sees de via onde houver demanda de travessia, junto a semforos, focos de pedestres, no prolongamento das caladas e passeios, cuja largura da faixa de travessia de pedestres determinada pelo fluxo de pedestres no local, segundo a seguinte equao L = F/K > 4, onde: L a largura da faixa, em metros; F o fluxo de pedestres estimado ou medido nos horrios de pico (pedestres por minuto por metro); K = 25 pedestres por minuto. Prev ainda que nas faixas elevadas, quando instaladas no leito carrovel, deve ser sinalizada com faixa de travessia de pedestres e tambm ter declividade transversal de no mximo 3%. O dimensionamento da faixa elevada feito da mesma forma que a faixa de travessia de pedestres, acrescida dos espaos necessrios para a rampa de transposio para veculos. Essa faixa elevada pode estar localizada nas esquinas ou no meio de quadras. A sua utilizao recomendada nas seguintes situaes em travessias com fluxo de pedestres superior a 500 pedestres/hora e fluxo de veculos inferior a 100 veculos/hora e em travessia em vias com largura inferior a 6,00 m. Faixa elevada Vista superior e perspectiva 19. A norma prev em seus captulos 8 e 9 as condies de acessibilidade, dimensionamento e de instalao de equipamentos e mobilirios adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, diferenciados e especficos, tais como telefones pblicos, bebedouros, assentos, ambientes e mobilirios de trabalho dentre outros. INDICATIVOS DE CAMINHOS PARA ACESSIBILIDADE URBANA Em funo da conquista da acessibilidade e da conformao do sistema virio e que propicie a melhoria da mobilidade urbana, as ferramentas tcnicas, legais, institucionais e sociais devem ser utilizadas, num pacto para eliminao das barreiras. O princpio bsico ser o da urbanidade - da convivncia harmnica nas cidades. Quem administra a cidade deve planejar, controlar e ser gestor das aes. Deve tambm ser o protagonista das aes e envolver a sociedade para solucionar seus problemas emergenciais. O da acessibilidade pressupe programas para mudanas no padro cultural e atitudinal da populao e desde meados de 2007, de acordo com o Dec. 5296/2004, todo o ambiente urbano, equipamentos e mobilirio urbano deveriam estar acessveis ao amplo espectro de pessoas, independentemente da sua condio fsica; mas a revelia das leis no esto e raros so os espaos, edificaes e mobilirios acessveis. As intervenes resolutivas, a caminho da soluo sero conquistadas pela unio de esforos com foco na acessibilidade; fazendo valer as leis e as instituies dizerem a que vieram; atravs da reengenharia reversa do caos com propostas dinmicas e factveis; programas educativos e de conscientizao; promoo de aes individuais voluntrias e compromissadas. Aes de reengenharia reversa do caos e da degenerao urbana, como as 20. propostas no programa + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE6 abaixo descritas, podem ajudar na conquista da acessibilidade urbana em qualquer cidade. O programa tem como objetivo desenvolver aes integradas entre todas as instncias sociais para promover a acessibilidade e a eliminao de barreiras nas cidades brasileiras; bem como aes de conscientizao em funo das mudanas atitudinais dos seus habitantes; com o enfoque de atuar no mais amplo espectro da sociedade; junto ao legislativo, ao executivo, e ao judicirio; junto as entidades dos setores produtivos, as instituies de ensino, o terceiro setor e nas comunidades. Tem dentre os seus diversos eixos e aes prioritrias o do sistema virio, com aes especficas: INVENTRIO DO SISTEMA VIRIO - RUAS, CALADAS & ESPAOS PBLICOS - INVENTRIO COMPLETO DA SITUAO ATUAL DO SISTEMA VIRIO EM FUNO DA LEGISLAO DA ACESSIBILIDADE (especialmente ao Dec 5296/2004 e NBR 9050); aos cdigos de posturas e planos diretores de desenvolvimento urbano, verificando a pertinncia dos elementos de urbanizao, dos equipamentos, etc... e, dando o indicativo das adaptaes necessrias; da coerncia dos equipamentos e dos elementos que devem ser retirados ou relocados; bem como das demais intervenes necessrias; LEGISLAO - ADAPTAO DA LEGISLAO MUNICIPAL E ESTADUAL LEGISLAO VIGENTE para disciplinar a construo e manuteno das caladas; CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAO abrangentes e especficas que atinjam em 100% da populao em funo da acessibilidade; das responsabilidades e das adaptaes necessrias em caladas, edificaes, equipamentos, atendendo aos padres de acessibilidade; Projeto DESOBSTRUINDO VIAS Em funo do inventrio procedido, implantar de forma clere as adaptaes necessrias nas vias, caladas e espaos e edificaes de uso pblico e coletivo ESCRITRIO ACESSVEL - implantao de escritrio para assessoria da populao atravs de profissionais do sistema CONFEA/CREAS; CAUs em convnio com entidades pblicas e privadas; entidades de classe e universidades; - Observatrio da Acessibilidade Monitoramento sobre as condies da acessibilidade e poder para recomendar procedimentos - de adaptaes, retirada de barreiras dentre outros e de aes de orientao - como um rgo consultivo representativo a partir de convnio entre as instituies na cidade, forma-se o OBSERVATRIO DA ACESSIBILIDADE, constitudo por profissionais representantes das diversas instituies parceiras. O Programa + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE prope ainda outras aes 6 - O Programa + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE se prope a desenvolver aes integradas entre todas as instncias sociais para promover a acessibilidade e a eliminao de barreiras arquitetnicas nas cidades brasileiras; bem como aes de conscientizao em funo das mudanas atitudinais dos seus administradores e habitantes. 21. direcionadas aos setores produtivos, indstria, comrcio e servios turismo, construes de obras pblicas, direcionados populao, aos empresrios, comunidade estudantil e universitria, bem como de incentivos como de IPTU, para quem tornar a sua calada acessvel. Programas pblicos com eixo estrutural partindo do Governo Federal, pode orientar as diretrizes para todas as cidades brasileiras. Em novembro de 2011, foi lanado o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia Viver sem Limites, o qual rene aes estratgicas em quatro eixos: educao, sade, cidadania e acessibilidade. O governo federal espera promover a incluso social e a autonomia da pessoa com deficincia, eliminando barreiras e permitindo o acesso a bens e servios. Tem metas para serem alcanadas at 2014 e previso oramentria de R$ 7,6 bilhes. As aes sero executadas por 15 rgos do governo federal, sob a coordenao da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. No da educao, prev a ampliao do acesso dos alunos com deficincia escola e adequar as escolas pblicas e as instituies federais de ensino superior s condies de acessibilidade, com previso de tornar 42 mil escolas acessveis s PCDs; a implantao de novas salas de aula com recursos multifuncionais e a atualizao das salas j existentes; a contratao 1.296 tradutores para atuao no ensino superior e a oferta de at 150 mil vagas para pessoas com deficincia nos cursos federais de formao profissional e tecnolgica. No eixo da sade prev a implantao de 45 centros de referncia em reabilitao com atendimento intelectual, fsico, visual e auditivo; atendimento odontolgico; o aparelhamento de 420 centros de especialidade odontolgica, o aparelhamento de 27 centros cirrgicos especializados e a capacitao de 6.000 equipes , alm de outras aes. No eixo da Incluso social prev que o trabalhador que perder o emprego voltar a receber o Benefcio de Prestao Continuada (BPC) e tambm permitir que a renda da aprendizagem seja acumulada com a do BPC. Prev o encaminhamento ao mercado de trabalho de 50 mil beneficirios; a oferta de microcrdito pessoal para compra de produtos como cadeiras de rodas e impressoras de braile com valores de at R$ 25 mil, com juros de 0,64% ao ms, ou 8% ao ano . A renncia fiscal, segundo o governo, dever ficar em torno de R$ 160 milhes ao ano. No eixo Acessibilidade prev as obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014 e do PAC 2, a construo de 1,2 milho de moradias adaptveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida 2, as quais sero adaptadas aos portadores de deficincias. Referncias Bibliogrficas: A Conveno Sobre os Direitos da Pessoas com Deficincias Comentada. SDH- CORDE, 2008. DECRETO N. 5296 de 2 de dezembro de 2004. 22. NBR 9050:2004 Acessibilidade a edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. ABNT, 2004. CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO: Lei n. 9.503 de setembro/1997. Guia Prtico para a Construo de Caladas Crea BA. Salvador, s.d. Acessibilidade nos municpios: como aplicar o Dec. 5296/2004 Fundao Faria Lima CEPAM. So Paulo, 2008. ZORNITTA, Fernando. Cidade acessvel: em busca dos caminhos da urbanidade e do direito universal. Instituto da Cidade. ......... ZORNITTA, Luciano Luca. Acessibilidade: um direito do idoso e da pessoa com deficincia. Anais do XVII ENCONTRO DE INICIAO PESQUISA DA UNIFOR. Fortaleza, 2011. Elementos de urbanizao mal localizados rede eltrica c/ medidores no poste e em calada 23. 1 Elemento de urbanizao calada mal pavimentda e sem rebaixamento do meio-fio/ pavimentao da via danificada e bueiro sem proteo 24. Ocupao c/ comrcio regular containers em calada 25. Ocupao irregular de calada com comrcio permissionado pela municipalidade 26. Lixo sem acondicionamento e depositado no que deveria ser o passeio 27. Material de construo depositado em calada 28. Lixo depositado em calada 29. Baca de revista e jornal ocupando toda a calada 30. Obras em via pblica 31. Defensas na calada 32. Barreira do posteamento em situao imprpria + lixo 33. Borracharia no passeio e passeio c pavimentao imprpria e defeituosa 34. Comrcio em vias pblicas 35. Comrcio regular com exposio de produtos na calada 36. Passeio encampado 37. Morador de rua 38. Lixo, comrcio ambulante no centro de Fortaleza 39. Lixo no centro de Fortaleza 40. Feira do livro usado na Praa dos Lees em Fortaleza 41. A calada e a tradio 42. - Como que eu vou ? 43. Morador de rua - vendar os olhos 44. Obras no sistema virio 45. Lixo do comrcio regular 46. Deposiao e exposio de produtos na calada 47. Arborizao sem planejamento no passeio 48. Barreira Elemento de urbanizao pavimentao / falta de proteo bueiro 49. Comrio irregular e exposio de produtos nas caladas 50. Calada encampada por estacionamento apagar placas dos carros 51. Obras na Bezerra de Menezes em Fortaleza 52. - Tudo errado no passeio 53. Banca de revista na calada 54. Postemento irregular, falta de rebaixo no meio fio, depsitos de lixo e comrcio na calada 55. Lixo no centro de Fortaleza 56. Obras com deposio de material em calada 57. Calada inusitada estacionamento irregular at p/ PCD 58. Passeio prejudicado vrios elementos 59. Tudo pode nas caladas 60. Encampao da calada container comrcio autorizado em Recife 61. Poste teimoso 62. Rua sem sada barreiras das obras do METROFOR 63. Obras no sistema virio - METROFOR Rua Nereu Ramos 64. Obras no sistema virio 65. Obras no sistema virio 66. Obras no sistema virio 67. Obras no sistema virio 68. - Ateno ! Obras no sistema virio 69. Deposio de material de obras para o sistema de esgotos 70. Comrcio regular com deposio de produtos na calada 71. Comrcio e servios com deposio de produtos na calada 72. Arborizao inusitada 73. Banca de revistas encampando a calada 74. Passeio e improprios 75. Calada e rua com exposio de produtos 76. Calada e deposio de material de obra 77. Tudo na calada 78. Trabalhando e expondo na calada 79. Lixo urbano 80. Escada no passeio 81. Material exposto na calada 82. Lixo Urbano 83. Containers na praa 84. Ns na rua; eles nas esquinas 85. Apropriando-se da esquina 86. Com obstculos 87. Duas realidades 88. Eu nem queria panelas ! 89. Espaos disputados 90. o que mesmo ? - A esquina para o bote ? Foto: Fernando Zornitta 91. Evento em praa pblica Bar Pblico Sob Viaduto Foto: Fernando Zornitta 92. Pagou o pato ! 93. Calada pra q te quero ! 94. Esperando pelo destino ! Galeria Calado e Comrcio nas Caladas Foto: Fernando Zornitta 95. Domingo de feira 96. Evento permissionado em via pblica 97. Morando na Rua & Banco de praa 98. Morando na rua & banco de praa 99. Morando na rua & banco de praa 100. Passeio que no se passeia 101. Prioridade para o automvel uma questo cultural 102. Lugares trocados 103. Prioridade para o automvel 104. Passeio que no se passa 105. Passeio para que ? 106. Calada para o lanche ! 107. Quase acessvel ! 108. Obrando ! 109. Acesso ! 110. Calada da Secretaria da Justia e Cidadania do Estado do Cear 111. Calada da Secretaria da Justia e Cidadania do Estado do Cear