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Farol Alto Jornal Informativo mensal da AleAkashi Comunicação - ano 1 - número 4 dezembro 2012 Distribuição gratuita Carro de família, mas com alma de pista de corrida! Pág. 6 Audi S3 Avaliação JAC J5 O sedan médio chinês que tem excelente custo-benefício e preten- der conquistar um lugar ao sol no mercado brasileiro Pág. 4 Avaliação Peugeot 308 2.0l Felini Com design e motor acertado, o hatchback médio francês peca ao utilizar câmbio automático de qua- tro velocidades Pág. 8

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Farol AltoJornal

Informativo mensal da AleAkashi Comunicação - ano 1 - número 4 dezembro 2012 Distr

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Carro de família, mas com alma de pista de corrida!Pág. 6

Audi S3

AvaliaçãoJAC J5O sedan médio chinês que tem excelente custo-benefício e preten-der conquistar um lugar ao sol no mercado brasileiroPág. 4

AvaliaçãoPeugeot 308 2.0l FeliniCom design e motor acertado, o hatchback médio francês peca ao utilizar câmbio automático de qua-tro velocidadesPág. 8

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São Paulo, dezembro de 2012 São Paulo, dezembro de 2012 Jornal Farol Alto 32 Jornal Farol Alto

Editorial

No próximo mês, o Jornal Farol Alto ini-cia uma nova fase, com o início da circulação da primeira edição impressa. Durante os últimos quatro meses, refletimos muito sobre a viabilidade e oportunidades de produzir um jornal segmentado, especializado no setor automotivo, primeiramente em formato digi-tal, e também de forma física, palpável.

Relutamos, pois existe forte tendência à redução do número de publicações impres-sas, e aumento das digitais, não pelo custo de impressão, mas pela difusão da tecnologia de leitura digital. Hoje, é possível encontrar o mundo na tela do computador.

Mas, apesar disso, temos convicção de que a leitura no papel tem ainda muitos anos pela frente, pela praticidade e facilidade de acesso às pessoas de todas as idades.

Para marcar esta nova fase preparamos algumas novidades, mudamos paradigmas, e apostamos em uma nova forma de nos comu-

nicar com nossos leitores. A mais importante será a forma de distribuir o jornal, uma vez que não vamos para as bancas, mas, sim, para as oficinas mecânicas e de funilaria e pintura, centros automotivos e concessionários.

Adotamos esse procedimento pois queremos fazer um jornal diferente, com reportagens que expressem a opinião dos profissionais que mais entendem de automó-veis no mundo: os reparadores. Pretendemos ser, assim, porta-vozes deles, que diariamen-te têm a difícil tarefa de manter a frota de automóveis circulante funcionando tal como saíram da fábrica.

Teremos também um Guia de Ofici-nas, com os dados das principais oficinas mecânicas, funilaria e pintura, centros automotivos e oficinas de concessionários de todo País. Este é um desafio incrível que abraçamos agora, para que o leitor tenha, mensalmente, um aliado no porta-luvas

sempre que se encontrar em uma situação de emergência.

As mudanças não param por ai. A partir de janeiro, teremos um jornal de 16 pági-nas, colorido, no formato tablóide, de seis colunas, com tiragem de 20.000 exemplares, e algumas outras surpresas.

Estamos confiantes neste projeto, pois te-mos a certeza de que contaremos com o apoio de todos que gostam de automóveis e cuidam dos veículos da melhor forma possível. Por este ser um jornal da oficina para o dono do carro, nosso slogan é: “A informação automo-tiva de quem sabe para quem cuida”.

Assim, convidamos a todos a participar deste projeto, principalente as oficinas, encaminhando para nós os dados cadas-trais para que façam parte de nosso Guia, e também as montadoras e fabricantes de autopeças, equipamentos e ferramentas, com anúncios e informações.

DezembroAssim, esta última edição de 2012 encerra

uma fase. E, tal como iniciamos, em setem-bro, com avaliação da Mercedes-Benz SLS 63 AMG, estampamos na capa a avaliação de mais um esportivo, desta vez o Audi S3, um carro de família com alma de pista de corrida.

Trazemos também nossas impressões sobre o JAC J5, um sedan médio chinês que ainda vai dar muita dor de cabeça para a concorrência, pela excelente relação custo-benefício que o modelo oferece.

Outro carro avaliado nesta edição é o Peugeot 308 2.0l 16V Felini, um hatchback médio com ultrapassado câmbio automático de quatro velocidades que anda bem, mas cobra caro pelo conforto no caótico trânsito metropolitano.

Desejamos assim uma boa leitura a todos, boas festas e que aguardem as novidades que preparamos para janeiro de 2013!

As novidades para 2013

Curtas

Curtas

Edição, rEportagEm E fotografia

Alexandre Akashi (MTB: 30.349)[email protected] Puga (Rio de Janeiro)

dirEção ComErCial

Jéssica [email protected]

Quem gosta de modelos espe-ciais pode contar com a Série Itália, que a Fiat acaba de lançar no mer-cado, nas linhas Novo Palio, Novo Punto, Idea, Strada e Novo Uno.

Com acabamento exclusivo e excelente nível de conteúdos, são carros completos, personalizados com faróis de máscara negra e badge Itália.

Todos os carros vêm com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas para as portas. Além disso, Novo Palio, Novo Punto e Idea ainda recebem rádio CD MP3, chave canivete com telecomando, faróis de neblina e retrovisores externos elétricos, entre outros.

Já a Série Especial Itália do Novo Uno Vivace é composta por itens que valorizam o carro como novas rodas de liga leve aro 14’’ com pintura exclusiva, faróis com máscara negra, lanterna fumê, spoiler na tampa traseira, maça-netas e retrovisores externos na

Carro à italiana

Agora com 200 cv de potência e motor TSI, atinge 223 km/h

Fazer a correta manutenção da frota é um ato de responsabi-lidade social e também ambien-tal, uma vez que veículos bem regulados trazem benefícios para o meio ambiente e, consequen-temente à sociedade como um todo. Isso porque a manutenção preventiva evita que os veícu-los emitam poluentes além do especificado pela montadora e também reduz o risco de defeitos, que podem ocasionar acidentes. Naturalmente evita também panes causando transtorno no trânsito, principalmente nas ruas já congestiona-das da capital.

“Diariamen-te, assistimos nos noticiários da TV, histórias trágicas de aci-dentes provoca-dos por veículo que apresentou algum tipo de defeito, o qual poderia ser evitado caso a manutenção estivesse em dia”, afirma José Palacio, coordenador de Serviços Automotivos do IQA - Instituto da Qualidade Auto-motiva.

Empresas com frotas de veículos comerciais (caminhões e ônibus) contam com uma ampla rede de oficinas participantes do Programa para a Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel (PMMVD), da Cetesb, que tem como objetivo a padronização dos serviços de regulagem de motores por meio da certifica-ção dos serviços do IQA, o que resulta em melhoria da qualidade do ar com a redução do nível de emissão de poluentes.

Da mesma forma, empresas com frotas de veículos de passeio contam com centenas de oficinas certificadas pelo IQA, que têm como princípio básico oferecer serviços de qualidade assegurada ao consumidor, a preço justo e com transparência.

“Independente do tipo de veículo que possuem, os frotistas

que realizam a manutenção dentro da empresa, também podem obter a certificação de serviços do IQA, o que as habilita utilizar nosso selo de garantia de qualidade junto aos clientes”, afirma Palacio.

Utilidade públicaEm todo processo de certifica-

ção de qualidade, o consumidor desempenha um papel muito importante, pois é dele a decisão de onde irá adquirir produtos ou serviços. Muitas empresas afirmam que investem em quali-

dade, mas como confiar?

Uma das formas é obser-var se há algum selo de qualida-de, como o do IQA, que tem o reconhecimento do Inmetro, uma vez que o IQA é um organismo

oficialmente acreditado. Assim, uma oficina certificada pelo IQA significa que passou por uma avaliação criteriosa, regida por requisitos e normas aprovadas pelo Inmetro e ABNT.

O consumo consciente de produtos com certificação de qualidade já é uma realidade em brinquedos e medicamentos, duas indústrias que contam com selos específicos. Na automotiva, o representante oficial é o IQA, que tem como fundadores (e dirigentes até hoje) as principais entidades do setor automotivo - fabricantes de veículos, autope-ças, indústria de reparação (servi-ços), além do próprio governo.

Assim, consumir de empre-sas que ostentam o selo do IQA é garantia de adquirir produtos e serviços de qualidade. Neste ponto, o IQA realiza um serviço de utilidade pública ao consu-midor, uma vez que avalia e audita os processos de produção e execução de serviços, para que o consumidor tenha a certeza de não levar gato por lebre.

Coluna iQa

Responsabilidade social é cuidar da frota

No Novo Uno, destaque para rodas de liga aro 14 com pintura exclusiva

ExpEdiEntE

Todos os texto aqui publicados são fruto do trabalho desenvolvido mensalmente por Alexandre Akashi, jornalista especializado no setor automotivo, com ênfase no aftermarket e bons conhecimentos teóricos de mecânica. Algumas matérias podem ser conferidas no Blog Reparador Online (www.repara-doronline.blogspost.com). Apenas os textos das seções Curtas e Colunas podem ser reproduzidas sem prévia autorização.

O Fluence GT foi apresentado pela Renault no Salão do Auto-móvel, e já está disponível nas concessionárias da marca. Com motor 2.0l 16V turbo com 180 cv de potência, o Fluence GT tem preço sugerido de R$ 79.370, e passa a disputar um mercado que fica a cada dia mais concorrido, com competidores como Peugeot 408 THP e Volkswagen Jetta TSI.

Segundo a Renault, o Fluence GT conta com turbo twin-scroll, compacto e de última geração, que fornce quase 80% da força a partir de 1.500 rpm. E o torque máximo de 30,6 kgfm aparece logo aos 2.250 rpm. Com isso, o sedan atin-ge 220 km/h de velocidade final e precisa de apenas 8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

A montadora informa que trabalhou uma série de detalhes

técnicos no novo carro, como pistões, bielas, virabrequim e bronzinas, que foram reforçados, otimização do sistema de arrefe-cimento do bloco do motor, assim como a admissão de ar, para melhorar o enchimento do motor; a junta do cabeçote composta de três lâminas de vedação, do tipo ‘sanduíche’, possui como carac-terísticas principais a robustez e o alto nível de resistência às pressões geradas pela combustão do motor.

Além disso, o virabrequim é confeccionado de aço, as válvulas de escapamento são temperadas e nitretadas e o cabeçote, com otimização aerodinâmica dos dutos de entrada de ar, permite a redução da perda de carga e o au-mento do nível de tumble dentro da câmara de combustão. O destaque é o motor turbo de 180 cv, que pemite andar a 22 km/h e chegar aos 100 km/h em 8 segundos

cor do veículo, anéis estéticos no para-choque dianteiro e sigla Uno com tema Itália, mais badge Itália aplicado na coluna C.

Já o interior conta com moldu-ra central do painel de instrumen-tos na cor preto brilhante, quadro de instrumentos com econômetro

e conta-giros, novo tecido exclusi-vo com bordado Itália nos bancos dianteiros, painéis de porta reves-tidos parcialmente em tecido, vo-lante bi-textura, detalhes internos na cor cinza, como os comandos do ar-condicionado, e outros itens de conforto.

A volta do FuscaEm 1998, a Volkswagen

relançou o Fusca, com o nome de New Beetle. Este ano, promoveu um facelift no modelo, apesar de a marca não encarar assim, e para reforçar isso, no Brasil devolveu o nome original em português ao modelo: Fusca.

A nova versão da ‘Baratinha’ ficou mais esportiva, ganhou motor 2.0l TSI de 200 cv e novas dimensões: 1.808 mm de largura (mais 84 mm), 1.486 mm de altura (12 mm menor) e 4.278 mm de comprimento (mais 152 mm).

O porta-malas também aumen-tou. Agora tem 310 litros de capa-cidade contra 214 do New Beetle. Com o banco traseiro é rebatido, a capacidade de carga cresce para até 905 litros.

As bitolas e a largura interna do porta-malas também aumentaram. A largura disponível é de 960 mm. O comprimento do compartimento é de 737 mm com o banco traseiro na posição normal, chegando a

1.493 mm com o rebatimento.Um item novo é o defletor

traseiro, que se integra ao design e ajuda o modelo a atingir 223 km/h, nada mal.

Toda esportividade exige sistema de segurança eficiente, assim o novo Fusca conta com controle de estabilização eletrô-nica (ESC) de série, assim como

airbags frontais e laterais. Entre os opcionais, desta-

que para os faróis bi-xenônio e luzes diurnas com leds, teto solar panorâmico, rádio e sistema de navegação, sistema de som Fender, ParkPilot, entre outros. Custa a partir de R$ 76.600 (câmbio manu-al), e R$ 80.990, com transmissão DSG de dupla embreagem.

Renault turbinadoDivulgação

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São Paulo, dezembro de 2012 Jornal Farol Alto 5

Texto e fotos: Alexandre Akashi

São Paulo, dezembro de 20124 Jornal Farol Alto

avaliação

Detalhes conflitantesItens interessantes como lanternas em leds, sistema VVT e acabamento em black piano mostram que o sedan médio da JAC Motors pode ser mais do que aparenta, porém ainda falta a ele equipamentos essenciais como computador de bordo e terceiro encosto de cabeça no banco traseiro

JAC J5

Atrás, bom espaço para as pernasPosição de dirigir é agradável A traseira conta com lanternas em leds e design que lembra o Volkswagen Jetta

Painel de instrumentos básicoNo painél acabamento black pianoMotor 1.5l VVT 16v gera 125 cv

Porta-malas acomoda 460 litros

Desde que chegou ao merca-do brasiileiro no primeiro trimestre do ano, o sedan

médio da JAC mantém a promessa de oferecer espaço de carro médio a preço de compacto. Atualmente, mesmo com o desencontro do IPI promovido pelo governo federal, que elevou a alíquota do imposto nos veículos importados em 30 pontos percentuais, é possível le-var um J5 para casa por R$ 49.990, de acordo com o site da JAC Motors (www.jacmotors.com.br).

Nada mal para um carro com 4.590mm de comprimento, 1.770mm de largura, 1.470mm de altura e 2.710mm de entreeixos, que conta ainda com porta-mals de 460 litros, ar-condicionado digital, direção hidráulica, freios ABS, airbags duplos, sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga leve de 16 polegadas, com pneus 205/55, vidros, travas e espelhos retrovisores elétricos, faróis de neblina e faróis com regulagem de altura.

Porém os atributos são ape-nas esses. O modelo poderia ser oferecido com uma lista mais abrangente de opcionais, como computador de bordo, câmbio automático, piloto automático, ar-condicionado dual zone, áudio com USB (o que tem é miniUSB, um padrão pouco utilizado no Brasil), vidros elétricos com acio-namento one touch em todos os vidros (apenas o do motorista tem esta função, somente para descer).

Claro que ao oferecer mais equipamentos o preço aumentaria,

porém tornaria o modelo mais interessante. Enfim, por enquanto essa é a estratégia da JAC Motors, conquistar o consumidor pelo bolso, afinal não se pode ter tudo por R$ 49.990 (não no Brasil).

MecânicaO motor 1.5l 16V VVT rende

125 cv a 6.000 rpm com torque máximo de 15,5 kgfm a 4.000 rpm, nada mal para um motor pequeno e de baixa cilindrada, porém um tanto o quanto subdi-mensionado para um sedan médio de 1.315 kg, com rodas aro 16.

Por mais que o comando de válvulas variável ajude, é sensível a falta de motor na hora que o pedal da direita é solicitado, tanto nas arrancadas quanto nas reto-madas, e isso porque a relação de marchas está extremamente bem escalonada, o que permite elevar o giro do motor de forma rápida para se atingir rotações de torque máximo. Mas, infelizmente, não é o suficiente para empolgar.

O ideal seria um motor um pouco mais potente, po-rém, novamente, isso elevaria o custo do veículo, e essa não é a estratégia da JAC Motors.

Em compensação, o carro tende a ser econômico. Movido apenas a gasolina (o modelo flex deve chegar em 2013), somenteo foi possível re-alizar média de consumo final, após quase 500 km rodados com um tanque de 57 litros, sendo 70% em trânsito intenso e 30% em estrada.

Mas, com tudo, é preciso tirar o chapéu à JAC, que conseguiu

montar um belo conjunto motor-transmissão, de baixo custo e bom nível tecnológico, uma vez que todo conjunto propulsor é feito em alumínio. Além disso, a eletrônica embarcada de controle de injeção e ignição conta com programação inteligente, de última geração que corta a ação do acelerador sempre que o pedal de freio é acionado, independente do motor estar engatado ou não, o que reflete preocupação para evitar acidentes com travamento do acelerador.

UndercarO sistema de suspensão é inde-

pendente nas quatro rodas, do tipo McPherson na dianteira e Dual Link na traseira, ambos com molas helicoidais e barra estabilizadora, com amortecedores pressurizados.

Molas e amortecedores estão bem calibrados para o esbura-cado piso brasileiro, o que torna o J5 bem confortável. A escolha do pneus 205/55 R16 também foi feliz pois a banda mais lar-ga e alta ajuda a filtrar parte das irregullaridades do piso.

Apesar disso, a traseira do modelo testado apresentou leve ruído, quase imperceptível para a maioria dos motoristas, porém não para um profissional. “Ouvi um ligeiro ruído fora do comum vindo da traseira” comentou Juliana Cobeio, da CobeioCar, responsável por testar os veículos antes e depois de passarem por manutenção na oficina localiza-da na zona Sul de São Paulo.

Além disso, Juliana fez

comentários sobre o ruído do escapamento, alto demais, na avaliação dela. “A impressão é que o escapamento está furado”, disse.

Outro detalhe que não pas-sou desapercebido pela profis-sional foi a vibração na coluna do volante ao transitar em ruas de paralelepípedo, e o ‘nhec-nhec’ do pedal da embreagem, insistente e inconveniente.

ConfortoApesar das críticas, o J5 é um

carro confortável e apresenta bom nível de acabamento inter-no. Os componentes de plástico tem boa textura e são agradá-veis ao toque, e o painel conta com detalhes em black piano que remetem à sofisticação.

A posição de dirigir é boa, é possível ajustar a altura do banco, mas pode melhorar ainda com a adoção da regula-gem de profundidade do vo-lante, item inexistente no J5.

O espaço entre bancos é gene-roso e permite viajar bem aco-modado no banco de trás. Faltou apenas um descansa braços retrátil central e o cinto de três pontas para o passageiro do meio, assim como o apoio de cabeça central.

Porém quem viaja atrás conta com saída exclusiva de ar, no con-sole central, assim como cinzeiro.

DesignO que chama atenção no J5

é, sem dúvidas, o design, que segundo a JAC é italiano. O sedan é bem resolvido, e visto de relance

é possível confundir a traseira com um Volkswagen Jetta.

Por falar em traseira, as lanter-nas têm um charme adicional ao utilizar leds no lugar de lâmpadas convencionais, ponto positivo para a JAC que adotou a tecnologia de ponta que além de embelezar pro-move a segurança, uma vez que a velocidade de sinalização do led é superior à lâmpada convencional.

Detalhes conflitantesSe por um lado o J5 tem itens

interessantes, como lanternas em leds, motor com tecnologia de comando de válvulas variáveis, acabamento em black piano no painel frontal e portas, por outro é carente em pequenos detalhes que geralmente não são esquecidos em veículos do mesmo porte.

As ausências mais sentidas foram potência no motor, compu-tador de bordo, botões de acio-namento automático dos vidros elétricos, regulagem de profundi-dade do volante e o tereceiro en-costo de cabeça no banco traseiro.

Por estes motivos, o J5 mos-trou que ainda tem muito o que evoluir. Sinceramente, gosto do que ele apresenta a mais, porém incomoda não ter como acompa-nhar a evolução do consumo pela ausência do computador de bordo, item que até mesmo os modelos compactos já saem de fábrica com.

Outro item que senti falta foi do termômetro que mede a temperatura externa, um dis-positivo simples que poderia ser facilmente adicionado.

Ficha técnica

Jac J5Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, comando de válvulas variável, DOHC, 16VCilindrada: 1.499 cm³Diâmetro x curso: 75 x 84,8 mmPotência: 125 cv a 6.000 rpm Torque: 15,5 kgfm a 4.000 rpmCâmbio: manual, 5 marchasTração: dianteiraDireção: hidráulicaFreios: disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira, ABSPneus: 205/55 R16 Dimensões: comprimento, 4.590 mm; largura, 1.770 mm; altura, 1.470 mm; entre-eixos, 2.710 mmVolumes: porta-malas, 460 litros; tanque de combustível, 57 litrosDesempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos; velo-cidade máxima de 188 km/h

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6 São Paulo, outubro de 2012 São Paulo, dezembro de 2012 Jornal Farol Alto 7

avaliação

Jornal Farol Alto

Apesar de a Audi já ter anunciado o novo Audi S3 2013, com motor de 300 cv,

o modelo ainda deve demorar cerca de três meses para desembarcar no Brasil. Enquanto isso, quem não qui-ser esperar, a marca dos quatro anéis disponibiliza a versão 2012, com mo-tor 2.0 l TFSI de injeção direta que rende bons 256 cv a 6.000 rpm, com torque máximo de 330 Nm na faixa entre 2.500 a 5.000 rpm.

Como é de se esperar de um Audi o comportamento dinâmico do S3 é muito bom, ainda mais para um motor quatro-cilindros de baixa capacidade volumétrica. O segredo é a tecnologia de injeção direta combinada com turbocom-pressor e acoplada a uma trans-missão automatizada de dupla embreagem e seis velocidades (que a Audi chama de S tronic).

O resultado é um carro di-vertido de dirigir, com resposta sempre muito direta ao pedal da direita, e fôlego para fazer o corpo colar no banco quando é preciso pisar fundo.

SegurançaUm motor de 256 cv nos dias

de hoje não é algo excepcional, mas já é o bastante para exigir certas habilidades do motorista, pois afinal de contas, o S3 parte da imobilidade e chega aos 100 km/h em apenas 6 segundos, e atinge velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente.

Assim, o S3 conta com sistemas ativos de segurança programados para consertar eventuais excessos. Uma dessas tecnologias é a tração quattro®, um 4x4 permanente, contrlado eletronicamente, que leva em consideração a influência da velocidade e torque do motor, velocidade das rodas e aceleração para frente e lateral.

Se as rodas em um dos eixos perderem a aderência e ameaçarem girar, o torque é redirecionado no diferencial central para o outro eixo, de forma automática e contínua.

Além disso conta com freios ABS e sistema de controle de esta-bilidade (ESP), que corrige a tra-jetória do carro caso derrape em uma curva, freando as rodas para que o curso seja reestabelecido.

ConfortoPor dentro, o Audi S3 é

simples, mas conta com acaba-mento de primeira, com bancos combinados de couro e alcântara e acabamento interno em alumínio escovado fosco.

Um dos destaques é o teto solar panorâmico disponível para todos os passageiros. Outro é o ar-condicionado dual zone, assim como o sistema de navegação, em tela LCD de 7 polegadas de alta resolução e sensível ao toque.

Além da Navegação, a central multimídia integra outras tecno-logias como sistema de áudio e vídeo com reprodução de CDs,

DVD, MP3, WMA e AAC.O sistema possui ainda en-

trada auxiliar de áudio e vídeo; entrada USB; conexão direta para iPhone e iPod, que podem ser controlados na tela; e Bluetooth® integrado Hands-freecom micro-fone externo (com a função “viva-voz” para celular). O atendimento do telefone móvel deve ser feito na tela touchscreen.

Com suspensão esportiva, o carro é baixo e firme, um tanto incompatível com as ruas esbura-cadas brasileiras, mas se por um lado perde no conforto, por outro ganha dirigibilidade. Afinal, não foi desenvolvido para andar em ruas esburacadas.

FamíliaUma característica marcante

do S3 é que apesar da vocação esportiva, o carro é um excelente modelo familiar, com bom espaço interno para cinco passageiros e um porta-malas amplo e genero-so: 302 litros.

As dimensões são de um modelo médio, com 4.302 mm de comprimento, 1.765 mm de lar-gura, 1.402 mm de altura e 2.578 mm de entre eixos. O tanque de combustível é de 60 litros.

De acordo com a Audi, o con-sumo gira em torno de 8,47 km/l na cidade, 15 km/l na estrada e 11,76 km/l no uso misto.

Com 1.495 kg de peso, utiliza rodas de liga leve de 18”, calçadas

com pneus 225/40 R18. O baixo perfil dos pneus ajuda a sensação de perda de conforto ao rodar por ruas ruins, mas, mais uma vez, quem disse que é carro para rodar em locais esburacados?

DinâmicaAtrás do volante do S3, as bor-

boletas de mudança de marchas convidam para uma condução esportiva independente do tráfego a frente. Na menor brecha, a mais leve pressão sobre o pedal do ace-lerador é suficiente para acordar o motor.

A transmissão automatiza-da de dupla embreagem é ágil e reduz em milésimos de segundos as marchas até a rotação de maior potência do motor, o que deixa o carro arisco, mas sempre na mão.

Ao atingir rotação de corte, a marcha é trocada automa-ticamente e como todo bom esportivo, conta com um som característico de alívio de pres-são emitido pelo escapamento... música para ouvidos.

Porém, poderia se melhor, uma vez que a Audi conta com um S tronic de sete velocidades, que equipa a versão RS e poderia tam-bém estar disponível na S (quem preferir esperar, o modelo 2013 já conta com esse novo câmbio).

Toda essa diversão tem um custo bem elevado para os padrões brasileiros: R$ 206.512 segundo tabela Fipe.

Diversão em família

Rodas de 18”, com pneus 225/40

São Paulo, dezembro de 20126

Audi S3

Porta-malas de 302 litros Bancos dianteiros com ajuste elétricoDesign suave na traseira Atrás, bom espaço internoBorboletas atrás do volanteMotor 2.0l de 256 cv de potência Teto solar panorâmico GPS com navegador de série Friso em alumíno S3

Ficha técnica

audi S3 SportbackMotor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16V, TFSICilindrada: 1.984 cm³Potência: 256 cv (gasolina) a 6.000 rpm Torque: 330 Nm em 2.500 - 5.000 rpmCâmbio: automatizado sequen-cial, dupla embreagem S tronic - 6 marchasTração: quattro (4x4 integral)Pneus: 225/40 R18 Freios: disco ventilado na dianteira e na traseira, ABSDimensões: comprimento, 4.320 mm; largura, 1.765 mm; altura, 1.402 mm; entre-eixos, 2.578 mmVolumes: porta-malas, 302 litros; tanque de combustível, 60 litrosDesempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 6 segundos; ve-locidade máxima de 250 km/h, controlada eletronicamente

Com excelente espaço interno, o Audi S3 é feito para passeios com

muita, mas muita emoção

Texto e fotos: Alexandre Akashi

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avaliação

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Peugeot 308 2.0l flex

Confortável e gastão

Ficha técnica

Peugeot 308 2.0l 16V FelineMotor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16VCilindrada: 1.997 cm³Potência: 151 cv a 6.000 rpm (etanol) /143 cv a 6.250 rpm (gasolina) Torque: 22/20 kgfm a 4.000 rpm (e/g)Câmbio: automático sequencial - 4 velocidadesDireção: Eletro-hidráulicaTração: dianteiraPneus: 225/45 R17 Freios: disco ventilado na dian-teira e sólidos na traseira, ABSDimensões: comprimento, 4.276 mm; largura, 1.815 mm; altura, 1.498 mm; entre-eixos, 2.608 mmVolumes: porta-malas, 430 litros; tanque de combustível, 60 litrosDesempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 9,9 (etanol) / 10,5 segundos (gasolina) segundos; velocidade máxima de 206/199 km/h (e/g)

Quando o assunto é con-forto, os Peugeot 308 oferecem quase tudo que

o consumidor espera, por um preço competitivo em relação aos modelos de mesma categoria en-contrados no mercado. A versão top de linha do hatchback médio, Feline Automático, com motor 2.0l flex, vem recheado de mimos de série exclusivos que conferem ao modelo mais sofisticação.

O melhor é o teto panorâmico de vidro (opcional nas versões intermediárias). Um convite para apreciar as estrelas sem precisar se preocupar com picadas de insetos e a uma temperatura sem-pre agradável. Uma cortina com acionamento elétrico garante o conforto nos dias de sol intenso.

Outro destaque de sofisticação são as luzes diurnas de LED, que conferem assinatura na identida-de visual do veículo. Como ficam sempre acessas, destaca o modelo no meio da multidão. Na estética e conforto, o 308 2.0l Flex Feline Auto traz ainda pedais em alu-mínio, soleira de porta cromada, retrovisores externos rebatíveis eletricamente e bancos em couro.

Mas é no item segurança que o modelo apresenta mais vanta-gens, com a presença de um par de air bags laterais (motorista e passageiro), e outro par tipo cortina (motorista, passageiro, na dianteira e traseira), alarme de série, controle eletrônico de estabilidade (ESP) e controle de tração (ASR) e sensor de estacio-namento traseiro.

Além disso, conta com piloto automático com regulador e limi-tador de velocidade, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, ar-condicionado automático digi-tal Bi-zone com saídas de ar tra-seira, painel de instrumento com fundo branco, pedais em alumínio e bancos em couro de série.

O único opcional é o sistema de GPS integrado ao painel com tela colorida multifunções de 7’’ rebatível eletricamente (R$ 2.000), item que pode ser dispensado principalmente para quem tem GPS avulso. Talvez fosse o caso de a Peugeot oferecer como item de série e agregar mais este valor ao modelo que completo custa

R$ 66 mil, nas cores azul, cinza manitoba e vermelho. Se for branco, acrescente R$ 500, e se for metálico, mais R$ 1.100 (quatro opções de cinza – aluminium, cendre, grafito e moondust, e uma de preto).

MecânicaO motor PSA 2.0l 16V é um

bom e bravo propulsor conhecido no mercado, que está presente também no 408 e nos Citroën C4, rende 151 cv a 6.000 rpm quando abastecido com etanol, e 143 cv a 6.250 rpm com gasolina, com tor-que máximo de 22 (e) e 20 kgfm (g) a 4.000 rpm.

Tem como características a robustez, elasticidade e suavida-de, que torna prazeroso conduzir qualquer veículo com ele. Porém, nesta versão do 308, a Peugeot escolheu mal a transmissão auto-mática, e equipou o modelo com o velho câmbio de quatro veloci-dades, um verdadeiro ladrão de torque, o que torna o carro quase um suplício para quem precisa de agilidade no trânsito.

Para se ter idéia do quanto o câmbio automático torna o 308 lento, a fábrica divulga os números de aceleração 0 a 100 km/h das versões automáticas e manuais com o mesmo motor 2.0l. A manual é 1 segundo mais rápido, chega aos 100 km/h em 8,9 segundos, com etanol. Já com gasolina, o câmbio automáti-co fica mais lento ainda, e leva demorados 10,5 segundos para chegar aos 100 km/h enquanto a versão com câmbio manual faz o percuso em 9,3 segundos.

Tudo bem, há difernça de peso entre os dois modelos, mas é mínima. Enquanto o manual pesa 1.328 kg, o automático 1.354 kg (ambos na versão Allure). A testada, Feline, tem 1.387 kg.

Pior do que andar mais lento é o consumo no ciclo urbano. Com conversor de torque, o motor 308 automático patina in-cansavelmente até que começe a deslanchar, enquanto o ponteiro do medidor de combustível segue em direção à marca vermelha. Na cidade, o consumo médio é de 6 km/l com etanol, em trânsito moderado-intenso. Nessa hora, o

que vale mesmo é o conforto.Porém, no ciclo rodoviário,

em velocidade constante e sem muitas subidas, o câmbio automá-tico é um bom aliado do consumo, e chega a fazer impressionantes 10 km/l com etanol. Nada mal.

Só faltou a Peugeot instalar o sistema Flex Start nessa versão de motor, tal como fez com o 308 1.6l, que aposentou de vez o tanquinho de gasolina para partida a frio.

DinâmicaCom regulagem de altura e

profundidade no banco do moto-rista e volante, fica fácil encontrar boa posição de dirigir, se bem que no 308 a sensação é de estar mais sentado do que no 307, o que faci-lita a entrada e saída do carro.

Esta não é minha posição favorita, mas admito que ajuda bastante na visibilidade e, como a linha de cintura é alta, assim como a traseira, a posição beneficia aqueles que não são muito altos.

O quadro de instrumentos e o computador de bordo são padrões da marca, assim como o grau de amortecimento da suspensão, um pouco mais rígida do que a concorrência, o que torna o carro muito agradável em viagens por estradas bem conservadas, porém ruidoso nas esburacadas ruas de São Paulo.

A suspensão é independente nas quatro rodas, com amorterce-dores hidráulicos pressurizados, sistema pseudo McPherson na dianteira, com barra estabilizado-ra e molas helicoidais, e travessa deformável na traseira.

As rodas de 17 polegadas são muito elegantes e calçadas por pneus radiais 225/45, fazem dife-rença. A direção com assistência eltro-hidraulica é muito boa, leve nas manobras e precisa em velo-cidade.Conta com freios ABS de sério, com controle eletrônico de estabilidade e controle de tração.

O porte é um ponto forte, pois em relação ao 307, aparenta maior robustez. São 4,276 metros de comprimento, sendo 2,608 metros de entre-eixos, com 1,815 metro de largura e quase 1,5 metro de altura. O porta-malas acomoda 430 litros e o tanque de combustível, 60 litros.

O câmbio automático de quatro marchas da versão top de linha do hatch médio é a única parte que pode (e precisa) melhorar

8 Jornal Farol Alto São Paulo, dezembro de 2012 São Paulo, dezembro de 2012 Jornal Farol Alto

Design mais robusto Porta-malas de 430 litros Interior requintado Posição de dirigir elevada Conforto para três, no banco traseiro

Retrovisro externo rebatível

Fundo branco exclusivo no Feline GPS é opcional por R$ 2 mil Teto solar panorâmico

Texto e fotos: Alexandre Akashi

Page 6: aleakashi.files.wordpress.com · Created Date: 12/10/2012 1:52:29 AM

São Paulo, dezembro de 2012 São Paulo, dezembro de 2012 Jornal Farol Alto 1110 Jornal Farol Alto

sErviço avaliação

Luzes, ação!

Um item de segurança muito importante de

ser checado regularmente, as lâmpadas, nem sempre é feito com a

devida frequência; andar com luzes queimadas dá multa e poir, aumenta as

chances de acidentes

Se tem uma coisa que me ir-rita no trânsito é ficar atrás de um carro com as luzes

de freios queimadas. Ainda mais quando se trata de um veículo grande ou com vidros com filme escuros, que impede a visão do tráfego à frente. Ao perce-ber que estou nessa situação, redobro atenção e mudo de faixa o quanto antes, para evitar ficar aborrecido cada vez que a veloci-dade diminuir.

É lamentável situações como essas, mas ocorrem diariamente. O pior é que a grande maioria dos motoristas nem sabem que o carro deles está nesta situação. Já encontrei em meu caminho car-ros novos assim, com menos de 1 ano de uso, muitos ainda em garantia. Erro de projeto? Pode ser. Falha do fornecedor da lâm-

pada? Também é uma desculpa, mas a verdade é que depois que o carro sai da concessionária, a responsabiidade por mantê-lo em ordem é do proprietário. Assim, é bom sempre verificar o sistema de iluminação externa.

O Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB) diz que condzir o ve-ículo com defeito no sistema de iluminação, sinalização ou com lâmpadas queimadas é infração média, o que acarreta em quatro pontos na habilitação mais multa de R$ 85,13.

Mas, muito mais perigoso é o aumento das chances de aciden-tes, principalmente para quem anda com lâmpadas de faróis ou freios queimados. Os faróis são fáceis de perceber, pois atrapa-lham diretamente quem conduz o veículo. A ausência de um dos

faróis já é o suficiente para o motorista ficar alerta, e buscar conserto o mais rápido possível, porém com a luz de freio a histó-ria é diferente, pois não afeta di-ratamente o condutor do veículo, mas, sim, quem vem atrás.

EstratégiaO problema é tão grave que

algumas montadoras já utilizam estratégias de falhas que obrigam o condutor a buscar uma oficina. Em alguns modelos, a partida é dificultada, em outros, o veículo entra em estado de emergência, com corte de rotação, o que preju-dica o desempenho.

Infelizmente as marcas não divulgam essas estratégias, pois consideram ‘segredo’ de projeto. E é assim mesmo, pois nem sem-pre a própria oficina da conces-

sionária tem conhecimento disso, e ficam dias buscando um defeito na base da tentativa e erro.

Mais fácil seria se o painél tivesse uma lâmpada de sinali-zação para alertar a presença de circuito aberto em sistema de iluminação, com identificação do circuito afetado. Ou ainda, com a popularização do computador de bordo, um sistema de alerta para a presença de defeito, tal como ocorre com avisos de ‘portas abertas’ ou ‘afivelamento do cinto de segurança’.

Claro que isso tem custo, e tudo que eleva o custo do veículo é descartado imediatamente sob o risco dele ficar ‘fora do mercado’.

Porém, ao adotar uma solução, minimiza as chances de uma coli-são traseria por falta de sinaliza-ção. Claro que mesmo depois de

alertado, o motorista precisa para o carro e efetuar a devida manu-tenção. No entanto, neste caso, cai a desculpa de que não sabia que a lâmpada estava queimada.

TecnologiaApesar disso, as tecnologias

de iluminação estão evoluindo rapidamente, e os custos das no-vidades têm se apresentado mais economicamente viáveis do que o padrão utilizado atualmen-te. Assim, é possível que antes mesmo de um sistema de alerta de circuito aberto seja desenvol-vido, todos os carros saiam de fábrica com lanternas traseiras com luzes de leds, que gastam menos energia, têm respostas mais rápidas e menor frequência de queima, por serem controla-das eletronicamente.

Como o carro pensa

Poucos sabem, mas o carro pensa. É certo que pensa de for-

ma binária, com zeros e uns, mas é a partir des-ta linguagem simplista que ele comanda todos os sistemas que fazem com que o motorista saia do ponto A e chegue ao ponto B.

Para entender essa linguagem é preciso fazer cursos específicos. Há algumas semanas, o Sindirepa-SP anunciou o lançamento do curso Formação de Mecânicos para Inspeção Ambiental Veicular, com apoio da Controlar e patrocínio do Sebrae-SP.

Atualização técnica e apren-dizado é o tema do boletim desta semana, pois descobri, lamentavel-mente, que muitos reparadores não sabem o básico, ainda, que é apertar parafuso. Imaginem fazer diagnósti-co! Não é errado não saber, mas não querer aprender, ou achar que não precisa aprender, é.

O treinamento do trio Sindirepa-Controlar-Sebrae mostra quais itens do veículo devem ser verificados na pré-inspeção, e contará inclusive com certificado, emitido pelo Sindi-repa-SP, em nome do profissional e da oficina. Além de aprender mais sobre as técnicas da Controlar, o par-ticipante recebe dicas para a gestão das oficinas mecânicas, ministrado por profissionais do Sebrae-SP.

O presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola comenta que o objetivo da parceria entre o sindicato e a Controlar é oferecer aos profis-sionais de reparação automotiva o know-how para que possam atender seus clientes da melhor forma pos-sível e contribuir com a cultura da manutenção preventiva.

Já na visão do pre-sidente da Controlar, Harald Peter Zwetkoff, a parceria representa um grande avanço para a inspeção veicular, pois os treina-mentos aumentará a valorização de mercado dos profissionais e das oficinas de reparação automotiva.

Quem fizer o curso ganha o Che-cklist do Mecânico, elaborado pela Controlar. Trata-se de um guia que traz um passo a passo para orientar o profissional da reparação a deixar o veículo apto a passar na inspeção. Quero ver técnico da empresa de vistoria encontrar ‘pelo em ovo’ depois disso. Vai ser engraçado.

PensarPara consertar carros hoje em

dia é preciso pensar, e pensar como o carro pensa. Já se foi o tempo em que tudo era mecânico e simples, e de uma forma direta, se encontrava o defeito. Exemplo: não chega com-bustível no carburador. Principal causa de defeito: bomba de combus-tível queimada.

Hoje, se não há injeção de combustível, o defeito pode ser em diversos componentes e, para saber

onde está o problema, é preciso pen-sar. O diagnóstico automotivo deve ser feito a partir de uma série de testes, a partir do mais simples, que é conferir a tensão da bateria. Isso porque o motor a explosão agora conta com controle eletrônico de ge-renciamento de injeção de combustí-vel, algo que já existe há mais de 20 anos, mas continua dando baile em muito reparador por ai.

Controle eletrônico de gerencia-mento de injeção de combustível. Eita palavrão! Isso nada mais é do que uma calculadora, que a partir de uma série de informações decide quanto combustível deve ser injeta-do no motor para atender à deman-da do motorista, que é definida pelo pé no acelerador.

E como toda boa calculadora, quanto mais informação, mais preciso é o resultado. O gerencia-mento eletrônico veio para tornar os motores a explosão menos po-luentes. Ao mesmo tempo, ficaram mais econômicos. E a tendência é que os sistemas de controle eletrô-nico fiquem vez mais complexos,

pois os calculadores estão cada vez mais velozes e conseguem compu-tar mais dados.

Não é à toa que nos Estados Unidos o presidente Barack Obama (que acaba de ser reeleito) desafiou as montadoras a fazerem carros em 2025 com consumo médio de 54,5 milhas por galão (algo em torno de 23,13 km/l). O mesmo tem ocorri-do no Brasil, com o recém-lançado Inovar- Auto, em que o governo brasileiro impôs às montadoras a produção de carros mais eficientes, com redução médio de consumo de 13,6% até 2017.

Assim, mais sensores e novos dispositivos serão instalados, para que haja mais informações, para que o carro rode com menor con-sumo de combustível possível. O diagnóstico vai ficar mais comple-xo e quem não souber o básico, vai ficar à ver navios.

Por isso, é preciso aprender como o carro funciona e por que as montadoras gastam tanto dinheiro para incrementar o que há pouco mais de 20 anos era simples.

Alexandre Akashi

Texto e fotos: Alexandre Akashi

Page 7: aleakashi.files.wordpress.com · Created Date: 12/10/2012 1:52:29 AM

12 Jornal Farol Alto

artigo

São Paulo, dezembro de 2012

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