Índice · conforme acordado na sessão da cig de lisboa, a carta dos direitos fundamentais da...
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ÍNDICE
NOTA INTRODUTÓRIA 9
PONTOS PRINCIPAIS 10
A – O FUTURO DA UE 11
A.1 – TRATADO DE LISBOA E PROCLAMAÇÃO DA CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 11
A.2 – ALARGAMENTO DA UNIÃO 13 EstratégiaparaoAlargamento NegociaçõesdeadesãodaTurquia NegociaçõesdeadesãodaCroácia MecanismodeverificaçãoecooperaçãoparaaBulgáriaeaRoménia Desenvolvimentodacomunidadecipriotaturca
A.3 – BALCÃS OCIDENTAIS - PERSPECTIVA EUROPEIA 15 ProcessodeEstabilizaçãoeAssociação RelaçõescomaAntigaRepúblicaJugoslavadaMacedónia BósniaeHerzegovina Montenegro Sérvia Kosovo TribunalPenalInternacionalparaaex-Jugoslávia CooperaçãoRegional
A.4 – ALARGAMENTO DO ESPAÇO SCHENGEN 19 SISone4ALL
A.5 – ALARGAMENTO DA ZONA EURO 20
A.6 – GRUPO DE REFLEXÃO PARA O HORIZONTE 2020-2030 21
A.7 – DECLARAÇÃO SOBRE A GLOBALIZAÇÃO 23
B – QUESTÕES ECONÓMICAS, SOCIAIS E AMBIENTAIS 24
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B.1 – ESTRATÉGIA DE LISBOA 24 PreparaçãodoNovoCiclodaEstratégiadeLisboa SupervisãoMultilateral
B.2 – CONTEXTO ECONÓMICO GERAL E COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS 26 MelhorCoordenaçãodasPolíticasEconómicas PactodeEstabilidadeeCrescimento QualidadedasFinançasPúblicas ProcessoOrçamental2008
B.3 – EDUCAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO 29 Educação InvestigaçãoeInovação
B.4 – COMPETITIVIDADE 32 MercadoInterno MelhorRegulamentação PolíticaIndustrialePME DireitosdePropriedadeIntelectual/Patente LivreCirculaçãodeMercadorias:HarmonizaçãoTécnica, “NovaAbordagem”eReconhecimentoMútuo DireitodasSociedades ContratosPúblicos ServiçosFinanceiros Fiscalidade Alfândegas Estatísticas Turismo
B.5 – EMPREGO E POLÍTICA SOCIAL 40 FlexibilidadeeSegurança EstratégiaEuropeiadeEmprego PolíticaSocial Directivasnodomíniosocialelaboral IgualdadedeGénero
B.6 – TELECOMUNICAÇÕES E SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 46 Telecomunicações DirectivaServiçosPostais SociedadedaInformação
B.7 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 48 EstratégiadeDesenvolvimentoSustentável
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B.8 – AMBIENTE 49 EscassezdaÁguaeSeca Biodiversidade EstratégiadoMeioMarinho QualidadedoAr EmissõesdeAviaçãonoComércioEuropeu deLicençasdeEmissão(CELE)
B.9 – ENERGIA 51 MercadoInternodeEnergia PlanoEstratégicoparaaTecnologiaEnergética EnergiasRenováveis
B.10 – TRANSPORTES 53 QuestõesIntermodais–GALILEO TransportesMarítimoseNavegaçãoInterior TransportesTerrestres TransportesFerroviários TransportesAéreos QuestõesHorizontais
B.11 – POLÍTICA MARÍTIMA EUROPEIA 56
B.12 – JUVENTUDE, SAÚDE, CONSUMIDORES, CULTURA, MULTILINGUISMO, AUDIOVISUAL, DESPORTO 57 Juventude Saúde Consumidores Cultura Multilinguismo Audiovisual Desporto
B.13 – POLÍTICA ESTRUTURAL E DE COESÃO; REGIÕES ULTRA-PERIFÉRICAS 65
B.14 – AGRICULTURA E PESCAS 66 PolíticaAgrícolaComumPescas
C – ESPAÇO DE LIBERDADE, SEGURANÇA E JUSTIÇA 69
C.1 – MIGRAÇÕES, FRONTEIRAS E VISTOS 69 AbordagemGlobaldasMigrações:“ÁfricaeMediterrâneo”
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AlargamentodaAbordagemGlobaldasMigrações aoLesteeSudestedaEuropa MigraçãoCirculareParceriasdeMobilidade entreaUEePaísesTerceiros ImigraçãoLegal MigraçõeseEmprego ReforçodasFronteirasExternas Vistos
C.2 – LUTA CONTRA O TERRORISMO 74
C.3 – COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA E POLICIAL 75 DiaEuropeucontraaPenadeMorte ProtecçãodeDadosPessoais AcordodePrüm CooperaçãoJudiciáriaemMatériaCivil E-Justice LutacontraaDroga LutacontraoTráficodeSeresHumanos CooperaçãoPolicialeAduaneira LutacontraaCibercriminalidade
C.4 – AGÊNCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UE 80
C.5 – ASILO 81
C.6 – PROTECÇÃO CIVIL 82
C.7 – PROTECÇÃO CONSULAR 83
C.8 – RELAÇÕES EXTERNAS JAI 85
D – RELAÇÕES EXTERNAS 86
D.1 – POLÍTICA EUROPEIA DE VIZINHANÇA 86
D.2 – MEDITERRÂNEO, MÉDIO ORIENTE E GOLFO PÉRSICO 87 EuroMed Marrocos Tunísia Jordânia Líbano Líbia
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MédioOrienteeGolfoPérsico ProcessodePaznoMédioOriente TomadasdeposiçãodaUE
D.3 – EUROPA ORIENTAL, ÁSIA CENTRAL E CÁUCASO DO SUL 92 Rússia Ucrânia ÁsiaCentraleCáucasodoSul TomadasdeposiçãodaUE
D.4 – ÁFRICA 95 CimeiraUE-África AcordodeCotonou–DiálogoPolítico ÁfricaCentraleOriental RegiãodosGrandesLagos ÁfricaOcidental ÁfricaAustral DiálogosobreÁfricacomOrganizaçõesepaísesterceiros TomadasdeposiçãodaUE
D.5 – ÁSIA E OCEÂNIA 104 CimeiraUE-ASEAN China Índia Birmânia DocumentosEstratégicos DiálogoEstratégicoeoutrasdeslocações AcordosdeComércioLivre TomadasdeposiçãodaUE
D.6 – AMÉRICA LATINA E CARAÍBAS 109 1aCimeiraUE-Brasil AméricaLatinaeCaraíbas Mercosul ComunidadeAndinaeAméricaCentral Cuba Colômbia
D.7 – RELAÇÕES TRANSATLÂNTICAS 112 EUA
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D.8 – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS 113
D.9 – CONSELHO DA EUROPA E ORGANIZAÇÃO PARA A SEGURANÇA E COOPERAÇÃO NA EUROPA 115
D.10 – DIREITOS HUMANOS 117 DiálogoseConsultassobredireitoshumanos OrganizaçãodasNaçõesUnidas LinhasDirectrizesdedireitoshumanosdaUE TomadasdeposiçãodaUE AssistênciaHumanitária
D.11 – LUTA CONTRA O TERRORISMO 125
D.12 – LUTA CONTRA A DROGA 128
D.13 – DESARMAMENTO E NÃO-PROLIFERAÇÃO 132 DesarmamentoGlobal Não-Proliferação Controlodeexportaçãodearmamentoconvencional
D.14 – POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA 139 Operações Capacidades RelacionamentoUE-OTANnaáreadaPESD RelacionamentocomasNaçõesÚnicasnodomíniodaGestãodeCrises RelacionamentocomÁfrica RelacionamentocomoMediterrâneo Outrosobjectivos
D.15 – COMÉRCIO 148 Negociaçõesmultilaterais–OMC/DDA AcordosdeComércioLivre ACP-AcordosdeParceriaEconómica Mediterrâneo CaboVerde PropriedadeIntelectual–AcessoaosMedicamentos
D.16 – AJUDA AO DESENVOLVIMENTO 152 SegurançaeDesenvolvimento AjudaHumanitária RespostadaUEasituaçõesdefragilidade CoerênciadasPolíticaparaoDesenvolvimento
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DiasEuropeusdoDesenvolvimento AjudaaoComércio AjudaAlimentar África ACP–10aFED PALOP/Timor-Leste;CPLP OrganizaçãodasNaçõesUnidas OrganizaçõesInternacionaisdeProdutosdeBase OrganizaçãoInternacionaldasMigrações OrganizaçãoInternacionaldoTrabalho
D.17 – AMBIENTE 164 ComissãodeDesenvolvimentoSustentável AlteraçõesClimáticas CombateàDesertificação GovernaçãoInternacionaldoAmbiente RededaDiplomaciaVerde/“GreenDiplomacyNetwork” ProgramadasNaçõesUnidasparaoAmbiente
D.18 – DIREITO DO MAR E OCEANOS 168 ResoluçãodasNaçõesUnidassobreDireitodoMar AutoridadeInternacionaldosFundosMarinhos
D.19 – ENERGIA E RECURSOS ENERGÉTICOS 169 AgênciaInternacionaldeEnergiaAtómica RedeEuropeiadeCorrespondentesSegurançaEnergética
D.20 – CIÊNCIA, TECNOLOGIA E TELECOMUNICAÇÕES 170 SociedadedeInformação:FórumdeGovernaçãodaInternet UniãoInternacionaldasTelecomunicações
D.21 – OCDE 171
E – INSTITUIÇÕES EUROPEIAS 173
E.1 – ESTATUTO E FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS A NÍVEL EUROPEU 173
E.2 – TRIBUNAL DE JUSTIÇA – TRAMITAÇÃO PREJUDICIAL URGENTE 174
F – EVENTOS CULTURAIS 175
G – ORGANIZAÇÃO E LOGÍSTICA 177
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H – ANEXOS
H.1 – CALENDÁRIO DOS PRINCIPAIS EVENTOS DA PRESIDÊNCIA ParteI-ReuniõesdeChefesdeEstadoedeGoverno edoConselhodaUniãoEuropeia ParteII–OutroseventosemPortugal
H.2 – LISTA DOS ENCONTROS REALIZADOS COM PAÍSES TERCEIROS
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PRESIDÊNCIA PORTUGUESANOTA INTRODUTÓRIA
APresidênciaportuguesadoConselhodaUniãoEuropeiamereceuumaavaliaçãopositiva. O balanço que agora publicamos é, assim,motivo de honra para todosaquelesqueseempenharamederamoseucontributoparaesteesforçocolectivo.
Foipossívelatingirosgrandesobjectivostraçadosparaestesseismesesemesmo,emalgunscasos,superarasexpectativasiniciais.
Esta Presidência, pela abrangência dos temas da agenda europeia, envolveu aAdministraçãoportuguesanoseuconjunto,esemprecomelevadosentidodeserviçopúblico.Merece,noentanto,umapalavraespecialadiplomaciaportuguesa–etodosquantos colaboraram de forma directa, com brio e dedicação, com o Ministériodos Negócios Estrangeiros. Tal como nas anteriores Presidências portuguesas, anossa diplomacia provou ser capaz de assegurar ao nosso país, com indiscutívelcompetência,olugarquelhepertencepordireitopróprionoquadroeuropeuenosistemainternacional.
Agradecemos ainda o inexcedível apoio que a programação da Presidência – quepretendemos levar a todooPaís– recebeudasRegiõesAutónomasdosAçoresedaMadeira e dosMunicípios onde se realizarammúltiplas reuniões ao longo dosemestre.
Daleituradestebalanço,quesepretendetãoexaustivoquantopossível,parece-noslegítimo concluir que fomos fiéis aomotedanossaPresidência e que, atravésdeprogressoseresultadosconcretosalcançadosemváriasfrentes,ajudámosaconstruiruma União mais forte para um Mundo melhor.
LuísAmado
MinistrodeEstadoedosNegóciosEstrangeiros
ManuelLoboAntunes
SecretáriodeEstadoAdjuntoedosAssuntosEuropeus
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PONTOS PRINCIPAIS
Tratado de Lisboa - acordo político sobre a composição do Parlamento Europeu
Cimeira UE-África
1a Cimeira UE-Brasil
Alargamento do Espaço Schengen (“SISone4ALL”)
Cimeiras com a Ucrânia, Rússia, ASEAN, China e Índia
Kosovo
Ministeriais Euromed
Declaração sobre Globalização
Dia Europeu contra a Pena de Morte
Migrações
Preparação do novo ciclo da Estratégia de Lisboa
Galileo
Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia
Flexigurança
Serviços Postais
Pacote IVA
Agenda Europeia para a Cultura – 1o Fórum Cultural
Política Marítima
Erradicação da pesca ilegal, não declarada e não regulamentada
Reforma do Sector do Vinho
Acordos de Parceria Económica
Propriedade Intelectual – Acesso aos Medicamentos
Grupo de Reflexão para o Horizonte 2020-2030
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A – O FUTURO DA UE
A.1 – TRATADO DE LISBOA E PROCLAMAÇÃO DA CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
OmandatoqueaPPUErecebeudoConselhoEuropeudeJunhode2007foiclaroepreciso:convocarumaConferênciaIntergovernamental(CIG),negociarumprojectodetextocombasenoqueentãofoiacordadoeobterumacordoatéaofinaldoano.
Essemandatofoiintegralmentecumprido.ACIGfoiabertaa23deJulhoenaocasiãoapresentámos um projecto de Tratado. As negociações sobre o projecto de textoiniciaram-se imediatamente a seguir, no dia 24 de Julho, no âmbito doGrupo deJuristasdaCIG.
OGrupodeJuristasterminouosseustrabalhosnodia3deOutubro,tendoconseguidochegaraumacordogeralsobreo textodoprojectodeTratado,seusProtocoloseDeclarações. As questões fora do âmbito domandato e que, por isso, não foramabordadaspeloGrupodeJuristasdaCIGforamresolvidasanívelpolítico,naCIGde18deOutubro.
Obalançodesteprocessonegocialéfrancamentepositivo.APPUEconseguiuconcluirasnegociaçõestécnicasdentrodocalendáriopoliticamentedefinido.
NasessãodaCIGaníveldeChefesdeEstadoedeGoverno,quetevelugaremLisboanodiade18deOutubro,chegou-seaacordopolíticosobreoprojectodeTratado.
Nessa ocasião, foi também acordada a composição do Parlamento Europeu (PE)para a legislatura 2009-2014, com base na proposta de redistribuição de lugaresapresentadapelopróprioPE,noseguimentodasConclusõesdoConselhoEuropeude Junho.Foialteradaa redacçãodonovoArtigo9.o -AdoTUE,definindoqueolimitemáximodedeputadosseriade750,maisoPresidente.Criou-seassimumlugaradicionalrelativamenteàpropostainicialdoPEeacordou-sequeomesmocaberiaaItália.
O Conselho Europeu de Dezembro deu o seu acordo político a esta solução,importanteemduasvertentes: facilitaráa ratificaçãodoTratado, removendoumaárea de incerteza institucional; e permitirá aos Governos que implementem estadecisãonoplanonacional,emdevidoprazo,antesdaseleiçõesparaoPEemJunhode2009.Adecisãoseráformalmenteadoptadalogoquepossível,apósaentradaemvigordoTratadodeLisboa.
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Achamada“decisãodeIoannina”,previstanomandatoqueguiouostrabalhosdaCIG, foi igualmente acordada e incorporada numa Declaração anexa ao Tratado.AdecisãodoConselhofoiadoptadanodia13deDezembroeentraráemvigoraomesmotempoqueoTratadodeLisboa.
O Tratado de Lisboa1 foi assinado a 13 de Dezembro de 2007, em Lisboa, numacerimóniasolenenoMosteirodosJerónimos,presididapeloPrimeiro-MinistroJoséSócrates.
ConformeacordadonasessãodaCIGdeLisboa,aCartadosDireitosFundamentaisdaUniãoEuropeiafoisolenementeproclamadaa12deDezembro,emEstrasburgo,pelos Presidentes do Conselho da União Europeia, do Parlamento Europeu e daComissãoEuropeia.ACarta entrará emvigor aomesmo tempoqueoTratadodeLisboaeserájuridicamentevinculativa.
OTratadodeLisboadeveráentraremvigora1deJaneirode2009,umavezreunidastodasasratificaçõesdosEstados-membros,eteráumaduraçãoilimitada.
OConselhoEuropeude14deDezembroteveaintençãoclaradeultrapassaroimpasseinstitucionalemqueaUEseencontrava,permitindoassimàUniãoconcentrar-senosdesafios concretos que se lhe colocar. Foi tambémneste contexto adoptada umaDeclaraçãosobreaGlobalização(ver ponto A.7 – Declaração sobre a Globalização).
1 OTratadodeLisboatemadesignaçãooficial“TratadodeLisboaquealteraoTratadodaUniãoEuropeiaeoTratadoqueinstituiaComunidadeEuropeia”.
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A.2 – ALARGAMENTO DA UNIÃO
Estratégia para o Alargamento
OConselhoEuropeuendossouasconclusõesdoCAGREde 10e 11deDezembrosobreodocumentode estratégiaparao alargamento em2007/2008apresentadopela Comissão, assentes no “consenso renovado” sobre o alargamento a que sechegounoConselhoEuropeude2006.
Negociações de adesão da Turquia
Na Conferência de Adesão Ministerial, de 19 de Dezembro, foram abertos doisCapítulosdenegociação:21(RedesTranseuropeias)e28(ConsumidoreseProtecçãodaSaúde).
Além disso, foram aprovados em COREPER durante a PPUE seis relatórios de“screening”, relativos aosCapítulos 1 (LivreCirculaçãodeMercadorias), 3 (Direitode Estabelecimento e Livre Prestação de Serviços), 12 (Segurança dos Alimentos,PolíticaVeterináriaeFitossanitária),21(RedesTranseuropeias),27(Ambiente)e28(ConsumidoreseProtecçãodaSaúde).
DuranteaPPUEforamemitidasduasDeclaraçõesdaPresidênciasobreosataquesdoPKKnaTurquia,em12e22deOutubro,eumaterceirasobreasacçõesmilitareslevadasacabopelaTurquiaemterritórioiraquiano,em17deDezembro.
Negociações de adesão da Croácia
Durante a PPUE foram abertos quatro capítulos de negociação: os Capítulos28 (Consumidores e Protecção da Saúde) e 30 (Relações Externas) foram abertos na Conferência de Adesão Ministerial, de 12 de Outubro, e os Capítulos 21 (Redes Transeuropeias) e 33 (Disposições Financeiras e Orçamentais), na Conferência deAdesãoaníveldesuplentes,de19deDezembro.
ÉtambémdedestacarquefoiaprovadopeloCOREPERorelatóriode“screening”doCapítulo23(SistemaJudiciárioeDireitosFundamentais),umdoscapítuloscentrais,emaissensíveis,doprocessodenegociações.
Mecanismo de verificação e cooperação para a Bulgária e a Roménia
NoCAGREde23e24deJulhoforamaprovadasConclusõessobreoprimeirorelatóriodaComissãorelativoaofuncionamentodomecanismo,quetinhasidoapresentadoemJunho.
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Desenvolvimento da comunidade cipriota turca
NostermosdasConclusõesdoCAGRE,deAbrilde2004eJaneirode2007,aPPUEprosseguiu os contactos com vista à aprovação da proposta apresentada pelaComissão,deregulamentodoConselhorelativoàscondiçõesespeciaisdecomérciocomaszonasdaRepúblicadeChiprenasquaisoGovernodaRepúblicadeChiprenãoexerceumcontroloefectivo,tendoconcluídonãoestaremreunidas,nestesemestre,ascondiçõespolíticasparaquesepudessemregistarprogressossignificativos.
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A.3 - BALCÃS OCIDENTAIS – PERSPECTIVA EUROPEIA
A PPUE estabeleceu como prioridade-chave contribuir para uma situação de paz,estabilidadeeprosperidadesustentáveisnosBalcãsOcidentais,tendodesignadoumCoordenadorparaaregião,oEmbaixadorAntónioTângerCorreia.
ParaalémdaquestãodofuturoestatutodoKosovo,queassumiuparticulardestaque,registaram-se progressos com vista à conclusão de Acordos de Estabilização eAssociação(AEA).
Processo de Estabilização e Associação
OConselhoEuropeudeDezembroreiterouqueofuturodosBalcãsOcidentaisestánaUE.OsBalcãsOcidentaisconstituíramumapreocupaçãocentraldaPPUE,tendooMENEvisitadotodososEstadosdaregião,bemcomooKosovo.
Aperspectivaeuropeiafoireafirmadanasdiversasreuniõesbilateraisrealizadascomospaíses da região. Foramainda reiteradosos apelos à plena cooperação comoTribunalPenalInternacionalparaaex-Jugoslávia(emparticular,juntodaSérviaedaBósniaeHerzegovina),eaodiálogoconstrutivoentreosactorespolíticosinternos,queviabilizecompromissosegarantaumaestabilidadepolíticainterna,conducenteao avanço das reformas internas e ao desenvolvimento da cooperação regional,ambosnecessáriosàaproximaçãoàUE.
Aassinaturadeacordosdefacilitaçãodevistosedereadmissãocomospaísesdestaregiãoconstituiuumpassomuitoimportantenumamatériadegrandesensibilidadeparaaspopulaçõesdaregião(verpontoC.8–relaçõesexternasJAI).
Antiga República Jugoslava da Macedónia
Em 24 de Julho, à margem do CAGRE, realizou-se em Bruxelas a 4a reunião doConselhodeEstabilizaçãoeAssociaçãoUE/ARJM.Foianalisadaaestratégiadepré-adesão(critériospolíticos,critérioseconómicosecooperaçãofinanceira),efez-seopontodesituaçãodaimplementaçãodoAcordodeEstabilizaçãoeAssociação.
Bósnia e Herzegovina
A PPUE dedicou especial atenção à situação de crise política que a Bósnia eHerzegovina (BeH) atravessou, tendo, em conjunto com outros actores da UEe internacionais, empreendido todos os esforços com vista a uma normalização
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progressiva da situação política e ao desbloqueamento do processo de reformas,emparticularareformadapolícia.Em27deSetembrotevelugaraTroikaMinisterialUE-BeH,àmargemdaAGNU.
Apressãoexercidaproduziuresultadospositivos,tendoosseislíderesdosmaiorespartidospolíticos,em22deNovembro,aprovadoumdocumentoconjunto(PlanodeAcçãoparaa ImplementaçãodaDeclaraçãodeMostar)visandodesbloquearareformadapolícia,oqueveioapermitirqueoAEAfosserubricado(Sarajevo,4deDezembro).
Montenegro
OAEAcomoMontenegro foi assinadoem15deOutubro, àmargemdoCAGRE.As negociações tinham sido lançadas com este país em Setembro de 2006, nasequênciada independênciamontenegrina(3de Junhode2006),entroncandonoprocessonegocialquedecorriaanteriormentecomaUniãodeEstadosdaSérviaeMontenegro.
Sérvia
OConselhoEuropeudeDezembrorealçouaimportânciadaSérvianocontextodaestabilidadedaregiãoeincentivouaSérviaapreencherascondiçõesnecessáriasparaaassinaturadoAEA.AsnegociaçõesdoAEA,suspensasdesdeMaiode2006(entãocomaUniãodeEstadosdaSérviaeMontenegro),foramretomadasemJulhode2007eotextofoirubricadopelaComissãonoiníciodeNovembro.OConselhoEuropeumanifestouasuaconfiançaemquepossaseraceleradooprocessodeaproximaçãodaSérviaàUE,incluindooreconhecimentodoestatutodepaíscandidato.
Kosovo
AresoluçãodaquestãodofuturoestatutodoKosovoassumiuumcaráctercrucial,pelas suas implicações regionais e na perspectiva do objectivo global de paz,estabilidadeeprosperidadeduradouraesustentávelnaregião.
Face à suspensão, em Julho de 2007, das consultas no CSNU sobre uma novaresolução,aUEapoiouolançamento,emAgosto,deumnovoperíododenegociaçõesentreBelgradoePristina.Esteperíodoterminoua10deDezembropassado,comaentregadeumrelatório sobreestasnegociaçõesporpartedoGrupodeContactoparaosBalcãs(GC)aoSGNU,semquetenhahavidoumaaproximaçãonasposiçõesdasPartes.
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As negociações foram conduzidas por uma “Troika” doGC, de que fez parte umrepresentante da UE, o Embaixador Wolfgang Ischinger, juntamente com umrepresentantedosEUAedaRússia,colocandoaUEpelaprimeiraveznaliderançadoprocesso.APPUEacompanhoudepertoesteprocesso,tendoparticipadonasreuniõesdoGC–dequesedestacaareuniãoministerialdoGCrealizadaemSetembro,emNovaIorque,àmargemdaAGNU–enasreuniõesdoGCcoma“Troika”.
DeformaaassegurarqueaUEestariapreparadaparaassumirassuasresponsabilidadesna resolução de um problema que considera acima de tudo europeu, foramprosseguidosospreparativosparaumafuturapresençadaUEnoKosovo,incluindoumamissão civil PESDna áreadoEstadodeDireito e aparticipaçãonum futuroGabinete Civil Internacional, juntamente com outros parceiros internacionais (vertambémpontoD.14–Operações).
APPUEempreendeutodososesforçosnosentidodemanteraUEunidaemtornodeumaposiçãocomumfaceaestaquestão,proporcionandoaosEstados-Membrosváriasocasiões(adiferentesníveis)paraasuadiscussão.Estesesforçosculminaramna decisão política, adoptada no Conselho Europeu de Dezembro, de envio deumamissãocivilPESDparaoKosovo.EstadecisãoconstituiosinalmaisclarodadeterminaçãodaUEemcontinuaralideraroprocessorelativoaofuturoestatutodoKosovo,bemcomoàestabilizaçãoeaodesenvolvimentodaregião,comvistaàsuaaproximaçãoàUE,emsintoniacomaperspectivaeuropeiadosBalcãsOcidentais.
De assinalar quenos encontros realizados comosdiversospaísesda região enoâmbitodaabordagemregionalseguidaquantoàproblemáticadadeterminaçãodofuturoestatutodoKosovo,aPPUEapelouàmanutençãodeumaposiçãoconstrutivaemoderada,nãosódePristinaedeBelgrado (oqueveioacontribuirparaoseucompromissodeseabsteremdeactosoudeclaraçõespúblicasqueprejudicassemasnegociaçõeseasituaçãodesegurançanoKosovo),mastambémdosrestantesactoresregionais,queforamtambémexortadosaexerceremumainfluênciapositivasobreasPartes.
Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia
No âmbito do apoio da UE à implementação do mandato do Tribunal PenalInternacionalparaaex-Jugoslávia, foiprolongadaavalidadepormaisumanodasmedidasquesedestinamapreveniraentradaouotrânsitonosEstados-membrosde pessoas envolvidas no auxílio a pessoas indiciadas pelo TPIJ ou que pela sua
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acçãoprejudicamaimplementaçãoefectivadomandatodoTribunal,bemcomodasmedidasdestinadasacongelartodososfundoserecursoseconómicospertencentesatodasaspessoasindiciadaspeloTPIJ.
Cooperação Regional
APPUEprosseguiuoapoiodaUEaoprocessodetransiçãodoPactodeEstabilidadeparaoSudesteEuropeuparaumnovoenquadramentodecooperaçãoregional,emqueospaísesdaregiãoassumirãomaioresresponsabilidades.
Este novo enquadramento incluirá a criação de um Conselho de CooperaçãoRegional,noqualaUEcontinuaráaparticipar.Nesteâmbito,aPPUEconduziuostrabalhoscomvistaàdefiniçãodaposiçãodaUEsobreaavaliaçãodosresultadosalcançadospeloPactodeEstabilidadeeosdesafiosquepersistemnasváriasáreasdecooperaçãoregional,quefoiapresentadanasreuniõesdasMesasdeTrabalhodoPactodeEstabilidade,realizadasemTirana,em3e4deDezembro.
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A.4 – ALARGAMENTO DO ESPAÇO SCHENGEN
“SISone4ALL”
OConselhoJAIde6e7deDezembroaprovouumaDecisãorelativaàaplicação do acervo de Schengen a nove dos novos Estados-Membros (RepúblicaCheca,Estónia,Letónia,Lituânia,Hungria,Malta,Polónia,EslovéniaeEslováquia)2.DeacordocomestaDecisão,sãosuprimidos os controlos de pessoas nas fronteiras internas, em 21 de Dezembro de 2007 para as fronteiras terrestres e marítimas e em 30 de Março de 2008 para as fronteiras aéreas.
OConselhoJAIde8e9deNovembrojáhaviaconsideradoqueosreferidosEstados-Membros evidenciaram, mediante múltiplas avaliações efectuadas, um grau depreparaçãoadequadoparaaplicaremdeformasatisfatóriaasdisposiçõesdoacervodeSchengenemtodasassuasvertentes(protecçãodedados,cooperaçãopolicial,controlos de fronteiras aéreas, terrestres e marítimas, Sistema de InformaçãoSchengeneemissãodevistos-ver também ponto C.1–vistos).Em15deNovembrooPEdeuoseuparecerfavorável.
EstealargamentodoEspaçoSchengensófoipossívelgraçasàpropostaportuguesado“SISone4ALL”(aprovadaporunanimidadenoConselhoJAIdeDezembrode2006),solução que viabilizou a integração dos nove novos Estados-Membros no actualSistemadeInformaçãoSchengen(SIS),dentrodoprazoinicialmenteprevisto.
Assim,edesde1deSetembrode2007,comoarranquebemsucedidodestainiciativaportuguesa, estes Estados ficaram habilitados a usar o SIS, cumprindo um dosrequisitosindispensáveisparaoalargamentodoEspaçoSchengen.
Destemodo,foiconcretizadocomsucessoumdosobjectivosprioritáriosdaPPUEequerepresentaumpassohistóricodaconstruçãoeuropeia,dandocorpoàslegítimasexpectativas dos novos Estados-Membros de integrarem o Espaço Schengen eproporcionandoàsrespectivaspopulaçõesosbenefíciosinerentesàlivrecirculação.
Marcandoeste feito,aPPUEpromoveua realização,em21e22deDezembro,decerimónias simbólicas de supressãonos controlos das fronteiras, quedecorreramnoportodeTallin,naEstónia,eemzonasdefronteiraterrestredaAlemanhacomaPolóniaeaRepúblicaCheca,bemcomodaÁustriacomaEslováquiaeaHungriaetambémdaItáliacomaEslovénia.OPrimeiro-Ministroparticipounesteseventos.
2 JOL323,de8.12.2007.
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A.5 – ALARGAMENTO DA ZONA EURO
OConselhoECOFINde10deJulhoadoptouadecisãorelativaàadopção da moeda única por Malta e Chipre,apartirde1deJaneirode2008.
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A.6 – GRUPO DE REFLEXÃO PARA O HORIZONTE 2020-2030
A existência deste Grupo tornou-se politicamente necessária para viabilizar aprossecução das negociações do alargamento, uma vez que a França estabeleceuumaligaçãoclaraentreasduasquestões.EstaperspectivapermitiutambémevitarumdebatesobreasfronteirasdaEuropa,aqueaPPUEseopôscomêxito.
NareuniãoinformaldeChefesdeEstadoedeGoverno,de18e19deOutubro,emLisboa,oPrimeiro-MinistroanunciouqueaPPUEiriaprocederaconsultascomvistaàelaboraçãodoeventualmandatodoGrupoesuacomposição.
Nessesentido,aPPUEdesenvolveuintensoscontactosjuntodosEstados-membros,nos planos políticos e técnico. Esses esforços culminaram na aprovação de ummandato no CAGRE de 10 de Dezembro, tendo o Conselho Europeu aprovado acomposiçãodoGrupo.
OselementoscentraisdoGruposãoosseguintes:
1.Mandato:tendocomobaseaDeclaraçãodeBerlimde25deMarçode2007,oGrupodeveráidentificarosassuntos-chavequeaUniãodeveráenfrentareanalisaramelhorformadeosgerir,oqueinclui“interalia”:amodernizaçãodomodeloeuropeudesucessoeconómicoeresponsabilidadesocial,ofortalecimentodoEstadodedireito,odesenvolvimentosustentávelcomoobjectivofundamentaldaUnião,questõesligadasàestabilidadeglobal,migrações,energiaeprotecçãoclimática,assimcomoalutacontraainsegurançaglobal,ocrimeinternacionaleoterrorismo.Atençãoparticulardeverátambémserdadaàmelhormaneiradesegeriremasexpectativasenecessidadesdoscidadãos;
2.Áreasinterditas:oGruponãodebateráquestõesinstitucionais,nempoderáproporarevisãodepolíticasemcursodaUniãooutratardopróximoexercíciodasperspectivasfinanceiras(período2014-2020).AmensagemdeestabilidadeinstitucionaldoTratadodeLisboatransparecetambémnadefiniçãodomandatodesteGrupo;
3.Alargamento:otemaapenaséobliquamentereferidoquandoseafirmaqueoGrupodeveteremcontadesenvolvimentosprováveisnointeriorenoexteriordaEuropa,bemcomoexaminarcomoéqueaestabilidadeeaprosperidadedaUniãoedaregiãomaisvastaemqueseinserepoderãosermelhorservidasalongoprazo.Destaforma,foievitadoquesereabrisseodebatesobreoalargamento,tendosidomantidosintactososcompromissosdaUniãonestamatéria;
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4.Composição:umPresidente,oSr.FelipeGonzálezMárquez(Espanha),doisVice-Presidentes,aSra.VairaVike-Freiberga(Letónia)eoSr.JormaOllila(Finlândia),quedesignarãoosnove-númeromáximo-restantesmembroseuropeus(nãohaverámembrosextra-europeuscomochegouasersugerido)combasenomérito.CaberáaoConselhoEuropeuaprovaracomposiçãofinalduranteapróximaPresidênciafrancesa;
5.OGrupoapresentaráoseurelatórioaoConselhoEuropeudeJunhode2010(Presidênciaespanhola),nãoestandoprevistosrelatóriosintercalares.
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A.7 – DECLARAÇÃO SOBRE A GLOBALIZAÇÃO
Declaração sobre a Globalização
PorsolicitaçãodoReinoUnido,apresentadanareuniãoinformaldeChefesdeEstadoedeGovernode 19deOutubro,oConselhoEuropeudeDezembroacordouumaDeclaraçãosobreaGlobalização,quefoianexadaàsrespectivasConclusões.
A Declaração tem por objectivo reforçar a dimensão externa da Estratégia deLisboa,reflectindoadeterminaçãoeempenhodos lídereseuropeusemdinamizara capacidade da União para influenciar a agenda da globalização e encontrar asnecessárias respostas aos desafios que ela nos coloca, tirandomaior partido dasoportunidades.
ParteaindadopressupostodequeaEuropa,comonovoTratadodeLisboa,temascondiçõespolíticaseinstitucionaisparadarumarespostaconsistenteaosdesafiosqueaglobalizaçãocoloca,emtermoseconómicos,sociaiseambientais.Nointeressedos seus cidadãos, a Europa tem o dever de liderar e influenciar este processo,baseando-senosseusprincípiosevalorescomuns.
AEuropadeveenvolverosseusparceirosinternacionaisatravésdeumacooperaçãoestratégica mais forte, tendo em vista desenvolver uma nova agenda global quecombine a abertura de mercados, a melhoria dos padrões ambientais, sociais,financeiros e de propriedade intelectual, e a necessidade de apoiar a capacidadeinstitucionaldospaísesemdesenvolvimento,combenefíciosrecíprocos.
Aoreforçarorelacionamentoentreospovoseainterdependênciaentreasnações,aUEcontribuiassimdecisivamenteparaapazeaestabilidademundial.
Pretende-sequeestaDeclaraçãoconstituaumamensagempolítica forte,paraserlidaquerpeloscidadãosdaUE,querpelosparceirosinternacionais.
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B – QUESTÕES ECONÓMICAS, SOCIAIS E AMBIENTAIS
B.1 – ESTRATÉGIA DE LISBOA
Preparação do Novo Ciclo da Estratégia de Lisboa
ParaaPPUE,aEstratégiadeLisboa(EL)eoconjuntoabrangentedepolíticasqueaintegramconstituiuumdomíniodeacçãoprioritário.
Encerrando-seem2007oprimeirociclotrienaldagovernação,aPPUEestabeleceucomoprioridadecontribuirparaapreparaçãodonovociclodaEL.
Nestecontexto,colaboroucomaComissão,tendocontribuídoparaaelaboraçãodo“strategypaper”apresentadonoiníciodeOutubro,destinadoalançaraspistasparaodebatesobreonovociclo.OtrabalhofoisemprefeitoemarticulaçãocomaEslovéniaa quemcabe, enquantopróximaPresidência daUE, a conduçãodos trabalhosdepreparaçãodoConselhoEuropeudaPrimaverade2008.
Aquele documento serviu de base ao debate centrado na dimensão externa daEstratégiadeLisboaenarespostaaosdesafiosdaglobalizaçãoqueaPPUEdecidiurealizarnareuniãoinformaldeChefesdeEstadoedeGoverno,de19deOutubro,emLisboa.
EstedebateprocuroureforçaradimensãoexternadaEstratégiadeLisboa.ConfirmoutambémqueaEstratégiadeLisboarevistadevecontinuaraconstituiroenquadramentoadequadoparaarespostaqueaEuropatemdedaraosprincipaisdesafiosqueselhecolocam.ConfirmouaindaqueaEuropaestáafazerprogressosequeosobjectivosfixadossemantêmadequados.Porisso,onovociclodeve,nassuasgrandeslinhas,preservaraestabilidadenecessáriaparaconsolidarosresultadosjáobtidos;deveseraceleradooritmodasreformaseaomesmotemposeremintroduzidosajustamentosemelhoriasparaaplenarealizaçãodopotencialdaEstratégiadeLisboarevista.
IstomesmofoireconhecidonoscontributospreparadosemdiversasformaçõesdoConselho,queadoptaramconclusõesouabordaramtemasrelevantespararegistonasConclusõesdoConselhoEuropeudeDezembro,enquantomensagemdeorientaçãoglobalparaapreparaçãodonovociclodaEstratégiadeLisboa.
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Supervisão Multilateral
Em paralelo com os trabalhos de preparação do lançamento do novo ciclo, oConselhoprocedeuaoexercíciodesupervisãomultilateralcombasenosrelatóriosdeimplementaçãodosProgramasNacionaisdeReformaapresentadospelosEstados-membros,emOutubro,noquadroda“governance”daEstratégiadeLisboarenovada,tendoadoptadoumconjuntodeConclusões.
AavaliaçãodoConselhofoipositiva.Contudo,hááreasemqueosprogressosforammaislimitadoseemqueénecessárioimprimirmaiorritmoàsreformasestruturais,tendosidoidentificadastrêsondeforamrecomendadasacçõesconcretas:InovaçãoePME,MelhorRegulamentaçãoeConcorrênciaeMercadodeTrabalho.
EstasConclusõesforamtidasemcontapelaComissãonaelaboraçãodoseurelatórioestratégico para o próximo ciclo que incluirá uma proposta de revisão das linhasdirectrizesintegradas,recomendaçõesespecíficasaosEstados-membroseumnovoProgramaComunitáriodeLisboa.
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B.2 – CONTEXTO ECONÓMICO GERAL E COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS
Melhor Coordenação das Políticas Económicas
A rotina habitual estabelecida para a supervisão das situações orçamentais e dacoordenaçãodaspolíticaseconómicaséprosseguidaatravésdaanálisedosProgramas de Estabilidade e de Convergência,quedecorreentreJaneiroeMarçodecadaano.
Tendoematençãoquestõesrelacionadascomocicloeleitoral,noConselhoECOFINde 10 de Julho foram analisadas as actualizações do Programa de Estabilidadeda Áustria e do Programa de Convergência da República Checa e aprovados porunanimidadeospareceresdoConselhosobreestesProgramas.NocasodaRepúblicaCheca, foi igualmente aprovada por unanimidade uma Decisão do Conselho emcomoesteEstado-membronão tomouasmedidasadequadaspara reduziroseudéficeexcessivo.Nasequênciadestaaprovação,oConselhoECOFINde9deOutubroaprovouumanovaRecomendaçãoparaqueestepaísponhafimàsituaçãodedéficeexcessivo.
Poroutrolado,emJulho,oConselhoavaliouaindaasmedidastomadaspelaHungria paracorrigirasuasituaçãodedéficeexcessivo,tendoconsideradoqueasmesmassão adequadas para a correcção da situação no prazo estabelecido. EmOutubro,revogouaDecisãorelativaàexistênciadeumdéficeexcessivonoReino Unido.
OConselhoECOFINde4deDezembrovalidouaComunicaçãodaComissãosobrea avaliação dasmedidas adoptadas pela Polónia, na qual se conclui que o déficefoi corrigido em 2007 mas que a situação orçamental polaca não é sustentável.Esperandopara2008e2009queodéficevolteasituar-seacimados3%doPIB,oConselhonãoanulouporissooProcedimentodeDéficeExcessivo.
Pacto de Estabilidade e Crescimento
No Conselho ECOFIN de 10 de Julho realizou-se um debate preliminar sobreFinanças Públicas na UEM,combasenorelatório2007daComissão,tendoaPPUEconcluído haver amplo consenso quanto à necessidade demelhorar a eficácia davertentepreventivadoPactodeEstabilidade.Nasequênciadestedebate,oConselhoECOFINde9deOutubroadoptouConclusõesnosentidodesemanteraambiçãonosprocessosdeconsolidaçãoorçamentaldosEstados-membros,nomeadamentenoquerespeitaaoajustamentododéficeedadívida,convergindoparaoobjectivodemédio-prazoeevitandopolíticasorçamentaispró-cíclicasemperíodosdemaiorcrescimentoeconómico.
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Qualidade das Finanças Públicas
A qualidade das Finanças Públicas constituiu uma das prioridades da PPUE. Odebate sobre este tema iniciou-se em Julho, emLisboa, comumWorkshop sobre“Modernização das Administrações Públicas e o seu Impacto na Competitividade”.
Esta iniciativa foi decisiva para o debate que se seguiu no âmbito da reuniãoinformaldeMinistrosECOFINde 14 e 15deSetembro,noPorto. Foi reconhecidaa importância dasmedidas demodernização dasAdministrações Públicas para ocontrolodadespesaeparaoreforçodocrescimentoedoempregoe,nessamedida,oseucontributoparaalcançarosobjectivosdoPactodeEstabilidadeeCrescimentoedaEstratégiadeLisboa.Asreformasempreendidasnestedomíniodeverãoassimserobjectodeacompanhamentoregular,emparticularnocontextodosProgramasNacionaisdeReforma.
NoConselhoECOFINde9deOutubroforamadoptadasConclusõessobreestetema,incluindoadefiniçãodeorientaçõesparatrabalhofuturo.
Processo Orçamental 2008
NestedomínioaPPUEatingiutodososobjectivosaquesetinhaproposto,alcançandoumacordoglobal sobre todooprojectodeorçamentono âmbitoda concertaçãointerinstitucionalefectuadana2a leituradoConselho.Todooprocessoorçamentaldecorreu num quadro de trabalho muito intenso, mas em ambiente por todosreconhecidocomomuitoconstrutivoecordial.
Esteprocessoapresentava-sedeinícioparticularmentecomplexojáque,paraalémdasdiversasquestõesquehabitualmentesãoobjectodedecisãoedeconcertaçãocomoPE(níveldasdotaçõesparapagamentos,financiamentodasacçõesexternas,incluindo o orçamento PESC, despesas agrícolas e políticas internas /montantesdos programas co-decididos), incluiu a necessidade de encontrar soluções para ofinanciamentoplurianualdoGalileoedoInstitutoEuropeudeInovaçãoeTecnologia(IET),doisprojectosdeespecialrelevânciaparaaUniãoEuropeia.
O financiamento destes projectos exigia montantes adicionais significativos, nãointegralmente contemplados no Quadro Financeiro Plurianual em vigor, e umnúmeromuitosignificativodeEstados-membrosrecusavaumarevisãodesteQuadroFinanceiro, pelo menos nos termos mais ambiciosos propostos pela Comissão.Tornou-seassimnecessárioencontrarsoluçõesalternativasque,simultaneamente,permitissem obter os montantes necessários e acomodar os interesses dos doisramosdaautoridadeorçamental.
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A negociação dos diversos elementos do acordo foi difícil e exigiu da PPUE aconstruçãodeumcompromissocomplexo,preparadoemváriasrondasdecontactosbilaterais,reuniõesanívelministerialetrílogosinterinstitucionais.
Doacordofinal,apoiadoporumalarguíssimamaioriadeEstados-membros,fizeramparteosseguinteselementosprincipais:
P ConfirmaçãodocustototaldoprojectoGalileonoperíodo2007-2013:3,4Beuros.Para o IET o total para o período é 309 Meuros e estes montantes provêmintegralmentedefinanciamentopúblicocomunitário,i.e,doorçamentoUE.
P Obtenção dos montantes adicionais (2,7 Beuros, dado que o actual QuadroFinanceiroPlurianual jácontemplacercade1Beuros)porviadeumasoluçãoque integra, simultaneamente, reafectações no âmbito da subrubrica 1aCompetitividadeparaoCrescimentoeEmprego,revisãodoQuadroFinanceiroeutilizaçãodoInstrumentodeFlexibilidade,previstonoAcordoInterinstitucional.
P Compromissode que até ao final doperíodonão voltará a fazer-se recurso àrevisãodoQuadroFinanceiroPlurianualparaesteefeito,acompanhadodeumadeclaraçãodasinstituiçõesgarantindoaexcepcionalidadedasoluçãoadoptada.
P Para o Programa Galileo, inscrição no Orçamento 2008 de 940 Meuros emautorizações (partedestemontante, 200Meuros, éobtidopor viade recursoao InstrumentodeFlexibilidade)e 300Meurosempagamentos;eparao IET,inscriçãode2,9Meuros,tantoemautorizaçõescomoempagamentos.
P Fixação do montante máximo de dotações para pagamentos em 120 346,76Meuros(representando0,96%RNBe+5,71%relativamentea2007).
POreforçodasdotaçõesparaaPESCem2008,fixandoototaldeautorizaçõesem285,25Meuros(partedestemontante,70Meuros,éobtidoporviaderecursoaoInstrumentodeFlexibilidade).
Oacordoalcançadoentreos27Estados-membrosecomoPEnoConselhoECOFIN/Orçamento de 23 de Novembro ficou condicionado a uma evolução positiva dodossierGalileonafileira“Transportes”,oqueveioaacontecernasessãodoConselhode29e30deNovembro(ver também ponto B.10: questões intermodais – Galileo).
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B.3 – EDUCAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, INOVAÇÃO
Educação
OConselhoEducação, de 15 e 16deNovembro, deuo seu acordo à proposta derecomendação relativa ao Quadro Europeu de Qualificações. Inicia-se, assim,o processo de construção progressiva, até 2010, dos quadros nacionais dequalificações,tendoporreferênciaesteQuadroEuropeu.Prevê-sequeem2012todososnovoscertificadosdequalificações,diplomaseoutrosdocumentosemitidospelasautoridadescompetentesdosEstados-membroscontenhamjáumareferênciaclaraaosníveisestabelecidosnoQuadroEuropeu.
Avançou-se no diálogo tripartido tendo em vista a adopção da declaração queinstitui2009comoAno Europeu da CriatividadeeInovação,sendocriadoumgrupointerinstitucionalparaaredacçãodadeclaração.
Por iniciativa da PPUE, no Conselho Educação de Novembro foram adoptadasConclusõessobreaComunicaçãodaComissão“Melhorar a qualidade da formação académica e profissional dos professores”. Entreoutros temas,oacentoédadoàorganizaçãodosambientesdeaprendizagem,àformaçãodeprofessoreseàvalidaçãodecompetências.
APPUEpreparouduasResoluçõessobre“Educação e Formação”esobre“New Skills for New Jobs”,queconstituemocontributodestaáreaparaaEstratégiadeLisboaeforamaprovadasnoConselhoEducaçãodeNovembro.
Foi igualmente debatida a renovação doPrograma Erasmus Mundus (2009-2014)bemcomooalargamentodadimensãosocialdoProgramaErasmus.Nesteúltimocaso,procedeu-seaumareflexãosobreotipodeincentivosebenefíciosconcedidosaos estudantes, tendo sido consensual a necessidade de alargar a base social doprograma,dandooportunidadesaummaiornúmerodeestudantes,nomeadamentedemeiosmaisdesfavorecidos.
AConferênciade“Encerramentodos20 anos do Programa Erasmus”(Lisboa,4e5deOutubro)constituiuoreconhecimentodoimpactoqueesteProgramatemtidonomeioacadémico,bemcomodoseucontributoparaamodernizaçãoedemocratizaçãodasinstituiçõesdeEnsinoSuperior.
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Na reuniãodoGrupodeAltoNíveldasPolíticasdeEducaçãoeFormaçãonaUE,queabordouas“Estratégias de aprendizagem ao longo da vida: o método aberto de coordenação para além de 2010”,tevelugarumdebatealargadosobreoreforçodaEducaçãoeFormaçãononovociclodaEstratégiadeLisboaesobreasprioridadesdo“ProcessoEducaçãoeFormação”,paraalémde2010.
Realizou-seaindaumaReuniãodeAltoNívelsobre“Modernização das Universidades na Europa”(Lisboa,6deNovembro),queteveporobjectivocontribuirparaacelerarasreformasnoensinosuperiorepromoveraexcelênciadoensinoeamodernizaçãodasuniversidades,comvistaaresponderaodesafiode“maiscrescimentoeemprego”.
(Ver também ponto B.12 – Multilinguismo).
Investigação e Inovação
Foiobtidoacordoparaacriaçãodo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia(IET)3,nas suasduas vertentes: noConselhoCompetitividade, de 22 e 23deNovembro,concluiu-se umacordopolítico sobre oRegulamento que cria o IET; noConselhoECOFIN/Orçamento, do mesmo dia, chegou-se a acordo entre os 27 Estados-membrosecomoPEsobreorespectivofinanciamento.
AadopçãoformaldoregulamentoestáprevistaparaFevereirode2008.AescolhadopaísqueacolheráasededeveráserfeitapeloConselhoEuropeu,noprazode12mesesapósaentradaemvigordoregulamento,sendoBruxelas,atélá,asedetemporária.OsconcursosparaaconstituiçãodasprimeirasComunidadesdoConhecimentoeInovação–CCI(emdomíniosadecidirpeloComitéDirector,maspreferencialmentenasáreasdasalteraçõesclimáticas,energiasrenováveisepróximageraçãodeTIC)serãolançadosem2009easuaselecçãodeveráocorrerem2010.
OiníciodasactividadesdesteInstitutoconstituiumimportantepassoparaoaumentodacapacidadedaUniãoEuropeianocampodainvestigaçãoeinovaçãoenacriaçãodeparceriasentreainvestigação,aindústriaeasuniversidades.
Foramadoptadasasquatro Iniciativas Tecnológicas Comuns (ITC),parceriaspúblico-privadas inovadorasemáreasestratégicas,noâmbitodasquaissevisaacentuaranecessidade de associar recursos da indústria privada com programas nacionaise daUnião Europeia, consagrando objectivos comuns ambiciosos no domínio dainvestigação (IMI - Medicamentos Inovadores, ARTEMIS - Sistemas InformáticosIncorporados,CLEANSKY–AeronáuticaeENIAC-Nanoelectrónica).EstasprimeirasITCdeverãoserlançadasduranteo1osemestrede2008.
3 Novadesignação,dadoqueoPEpropôsoaditamentodapalavra“Inovação”aotítulodoInstituto,mantendo-senoentantoasiglaIET.
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Aindanamesmasessão,foramaprovadasConclusõessobreoFuturo da Ciência e da Tecnologia na Europa,conjuntamentecomasConclusõesrelativasàsComunicaçõesda Comissão sobre “A informação científica na era digital: acesso, difusão epreservação”e“OsprogressosalcançadosnaimplementaçãodoPlanodeAcçãoparaaEuroparelativoàsnanociênciasenanotecnologias”ecomaResoluçãodoConselhosobrea“ModernizaçãodasUniversidadesparaacompetitividadedaEuropanumaeconomiamundialbaseadanoconhecimento”.
FoiigualmenteaprovadaumaAbordagemGeralsobreapropostadeDecisãorelativaà participação da Comunidade numprograma de investigação e desenvolvimentodestinadoamelhoraraqualidade de vida das pessoas de idade,atravésdautilizaçãodasnovasTecnologiasdaInformaçãoeComunicação,levadaacabopelamaioriadosEstados-membros,incluindoPortugal.
NareuniãoinformaldeMinistrosdaCompetitividade(Lisboa,19a21deJulho),foiaprofundadoodebatesobrerecursoshumanosqualificados,reforçodacoordenaçãodaspolíticasnacionaiserepartiçãodoinvestimentopúblicoeprivadonodomíniodainvestigação.
Nocontextoda realizaçãodoEspaço Europeu de Investigação,elemento-chavedapolíticaeuropeiadeinvestigaçãonoquadrodaEstratégiadeLisboa,cabeaindareferiroutrasiniciativasimportantes:
P A Conferência “O Futuro da Ciência e da Tecnologia na Europa” (Lisboa, 8 a10deOutubro), emqueaPPUEassociouaodebatepolíticoosprotagonistasneste domínio, nomeadamente cientistas, sociedades científicas à escalaeuropeia, laboratórios internacionais, organizações nacionais de investigação,representantes da Indústria, Universidades, representantes do Governo einstânciascomunitárias;
P Sessão pública de apresentação das actividades do Conselho Europeu deInvestigação(Lisboa,3deJulho),abertoàcomunidadecientíficaequetraduzaimportânciaatribuídaàinvestigaçãonafronteiradoconhecimento,emtodososdomínioscientíficos;
P LivroColectivocomcontributosdosMinistrosdaCiênciados27Estados-membrossobreasituaçãoactualdosseuspaísesrelativamenteaoaumentodosrecursoshumanos qualificados, investimento público e privado em I&D na Europa,incluindoossucessoseasdificuldades.EstaobracolectivafoisimbolicamenteentregueaosChefesdeEstadoeGovernonoConselhoEuropeudeDezembro.
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B.4 – COMPETITIVIDADE
Mercado Interno
As Conclusões do Conselho Europeu de Dezembro acolhem a Comunicação daComissão sobre a revisão da política do mercado interno e convidamoConselhoa examinar as iniciativas propostas, demodo a permitir aoConselho Europeu daPrimaverade2008chegaraconclusõessobreasprioridades.
APPUEsempreentendeuqueotemaédegranderelevância.Dadaaapresentaçãotardia (20 de Novembro) da Comunicação, o Conselho Competitividade de 22 e23deNovembro, último sobPPUE,não realizouumdebate aprofundado sobreotema,contrariamenteàsexpectativasdaPPUEedeumalargamaioriadosEstados-membros.FoisimplesmentedadaoportunidadeàComissãodeprestarinformaçõessobreosaspectosessenciaisdaComunicação.
O eventomaismarcante deste semestre foi a realização do “Workshop” sobre arevisãodomercadointerno(Bruxelas,20deSetembro),organizadopelaComissão(DGECFIN)emparceriacomaPPUE(umdospainéisfoipresididopelaProfa.MariaJoãoRodrigues),equelançouareflexãosobreagovernaçãodomercadointerno.
Melhor Regulamentação
OConselhoEuropeudeDezembro registouosprogressosobtidosemmatériaderedução de encargos administrativos, tendo emvista o cumprimentodomandatofixado na Cimeira da Primavera, relativo a uma redução, em 25% até 2012, dosencargos decorrentes da legislação comunitária e das respectivas medidas detransposição.Nestecontexto,oConselhoEuropeuinstaosEstados-membrosadarrespostaaocompromissodedefinir,atéfinalde2008,osseusprópriosobjectivosnacionaisdeambiçãocomparável,tendoemcontaasdiferentessituaçõesetradiçõeseaimportânciadoexercícioparaasPME.
A redução de encargos administrativos foi objecto de Conclusões no ConselhoECOFIN de 9 de Outubro, tendo o Conselho de Competitividade de 22 e 23 deNovembro adoptado um relatório de progressos sobre o conjunto de iniciativas“BetterRegulation”.
Política Industrial e PME
A revisão intercalar da política industrial e a revisão intercalar da política de PMEestiveramnocentrododebatedosMinistrosresponsáveispelaCompetitividadetanto
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nareuniãoinformalde20e21deJulho,comonosConselhosCompetitividadede28deSetembroede22e23deNovembro.Adiscussãopermitiusalientaranecessidadedasustentabilidadedapolítica industrialedaadaptaçãoda indústriaaosdesafiosambientaiseenergéticos,bemcomoaimportânciadainovaçãonofinanciamento,damelhorregulamentação,dainternacionalizaçãoedaeficiênciaenergéticanapolíticadePME.
Estas ideias foram vertidas em Conclusões sobre Competitividade, adoptadaspelo Conselho de Novembro, as quais incluíram uma abordagem integrada deváriosfactoresqueconcorremparaamelhoriadacompetitividadeeuropeiaeparaa concretização da Estratégia de Lisboa. Estas Conclusões tiveram por base asComunicaçõesdaComissãosobrePolíticaIndustrial,PME,“e-skills”eGlobalização,bemcomooRelatóriodaCompetitividade,eincorporarammensagensdoConselhoCompetitividadeaoConselhoEuropeudeDezembro,relativamenteaonovociclodaEstratégiadeLisboa.
Nesteâmbito,oConselhoEuropeureconheceaindaqueacompetitividadeeuropeiadeveráfundar-senasvantagensdoMercadoÚnico,nodesenvolvimentodavertenteexternaenamelhoriadascondiçõesemqueactuamosconsumidoreseasempresas,emparticularasPME.
Direitos de Propriedade Intelectual/Patente
Odossier“patente”,emdiscussãohálongotempoecomsucessivosimpasses,foiobjecto de grande empenho da PPUE, que prosseguiu os trabalhos com base naComunicaçãodaComissão“MelhoraroSistemadePatentesnaEuropa”,apresentadanoprimeirosemestre.Asnegociaçõesresultaramemprogressosreaisesignificativos,queterãorepercussõesnostrabalhosadesenvolveracurtoprazo.Contrariamenteàabordagemantesseguida,optou-seporprivilegiarosistemaderesoluçãodelitígios,garantindo,noentanto,queosistemajurisdicionalsejacompatívelcomumafuturaPatente Comunitária. As questões mais polémicas foram identificadas, exigindoagoramaioraprofundamentoemaistempoparaseconsolidaremposições.Assim,orelatóriodeprogressosqueaPPUEapresentounoConselhoCompetitividade,de22e23deNovembro,identificaosprincipaiselementosquedeverãoservirdebaseaofuturosistemajurisdicionalparadirimirlitígiosrelacionadoscomapatenteeuropeiae,defuturo,comaPatenteComunitária,constituindoumasólidabasedetrabalhoparaasfuturasPresidências.
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Livre Circulação de Mercadorias: Harmonização Técnica, “Nova Abordagem” e Reconhecimento Mútuo
AsnegociaçõesdopacotelegislativodaComissãosobrelivrecirculaçãodemercadorias(harmonização técnica, nova abordagem e reconhecimento mútuo) progrediramgraças ao trabalho desenvolvido pela PPUE, tanto nas reuniões dos Grupos deTrabalhodoConselhocomonoscontactosinter-institucionais,oquepermiteesperaroencerramentodasmesmasduranteopróximoano.AvotaçãopeloPEestáprevistaparaFevereirode2008,tendoaPPUEefectuadotodososesforçosparapossibilitarquevenhaaserobtidoumacordoem1aleitura.
Direito das Sociedades
ForamadoptadasConclusõesnoConselhoCompetitividadede22e23deNovembrosobreumambiente simplificado para as empresasnasáreasdodireitodassociedadescomerciais,dacontabilidadeedaindústria.
Contratos Públicos
Foi adoptada formalmente aDirectiva "Recursos", que alteraDirectivas anterioresnoquedizrespeitoàmelhoriadaeficáciadosprocessosderecursoemmatériadeadjudicaçãodecontratospúblicos.
Serviços Financeiros
Forampromovidosdiversosdebateseadoptadasconclusõestendoemvistaalcançarprogressosnarealizaçãodomercado interno no domínio dos serviços financeiros.
Será ainda de sublinhar os desenvolvimentos ocorridos na área dos mercadosfinanceiros, cuja relevância e actualidade foi acentuada pelas recentes crises nosmercadosexternos.
Ostemasligadosàsituaçãoeconómicaeàsituaçãodosmercadosfinanceirosforamobjectodedebateemdiversasinstâncias,inclusiveaomaisaltonívelpelosChefesdeEstadooudeGoverno,nareuniãoinformalde19deOutubro,emLisboa.Nesteencontro, foi acordada a necessidade demaior transparência emelhor gestão deriscos, tendoemvistaprevenir futurascrises financeiras; foramtambémapoiadososresultadosdosdebatesocorridossobreestestemas,primeironareuniãoinformalECOFINdeSetembro(onde foiadoptadaumdeclaraçãoconjuntadosMinistrosedosGovernadoresdosBancosCentrais)eposteriormentenoConselhoECOFINde9deOutubro,incluindooprogramadetrabalhosadesenvolveratéaofinalde2008.
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Embora as incertezas e as tensões nos mercados financeiros persistam, foisucessivamenteconstatadoqueaUniãoEuropeiadispõedeumquadroregulamentare de supervisão financeira sólido e que está a ser reforçado, identificando-se umconjunto de questões a desenvolver tendo em vista o reforço da supervisão e datransparênciaeamelhoriadagestãoderiscos.Asituaçãocontinuaráaserdevidamenteacompanhada,impondo-seumaabordagemflexívelnarespostaaosacontecimentos.AUEdevemanter-sefirmeeunidanassuasposições.
OConselhoECOFINde9deOutubroadoptouConclusõesdefinindonovasmedidas,tantoaníveldaUEcomoanívelnacional,paraodesenvolvimentodosmecanismos de estabilidade financeira, incluindo,emparticular,princípioscomunsparagestãotransfronteirasdecrisesfinanceiraseum“roadmap”paraoreforçodacooperaçãoeparaarevisãodosinstrumentosdeprevenção,gestãoeresoluçãodecrises.
No domínio dos sistemas de compensação e liquidação de valores mobiliários,o Conselho analisou as questões relacionadas com as iniciativas em curso paramelhorar a eficiência, integração, solidez e segurança dos mecanismos de pós-negociaçãodevaloresmobiliáriosnaUniãoEuropeia,sublinhandoasuaimportânciapara a criação de um mercado efectivamente integrado a nível europeu. Nasequênciadestaanálise,oConselhoECOFINde9deOutubroadoptouConclusõescommedidasquecontribuemparareforçaraintegraçãodosector,evitandoassimoscustosdesnecessáriosquedecorremda fragmentaçãodomercadodosvaloresmobiliáriosequeconstituemumadesvantagemcompetitivaparaosmercadosdecapitaiseuropeus,especialmentenocasodastransacçõestransfronteiras.
Relativamente aoutros temas consideradosprioritáriospelaPPUEnestedomínio,há a salientar os resultados dos trabalhos no domínio da Directiva Solvência II,nasequênciadapropostadedirectivasobreumnovoregimedesolvênciaparaasempresasdeseguroseresseguro,apresentadapelaComissão,emJulho.
OConselhoECOFINde4deDezembroprocedeuaumdebatedeorientaçãosobrealgumas áreas identificadas pela PPUE, nomeadamente no que respeita ao novoregimedesupervisãodegruposfinanceiros.
O Conselho ECOFIN de 4 de Dezembro procedeu também a uma avaliação dofuncionamentodoprocesso Lamfalussy,tendoregistadoasmelhoriasqueintroduziunaeficáciadoquadroregulamentaredesupervisãodosserviçosfinanceiros,assimcomo na qualidade do processo legislativo. O Conselho adoptou um calendáriodetalhadodasnovasacçõesaempreenderatodososníveisdaestruturaLamfalussy,tendoemvistaaintroduçãodemelhorias.
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No que respeita aosmercados europeusde capital de risco, namesma sessão oConselhoECOFINprocedeuaumaavaliaçãodosobstáculosaoseudesenvolvimentoe adoptou Conclusões instando os Estados-membros a continuarem os seusesforços para ultrapassar as deficiências de mercado e identificar boas práticas,nomeadamentenodomíniododireitodassociedadesedafiscalidade.OConselhosublinhou igualmente a importância da modernização da legislação europeia econvidou aComissão a promover o desenvolvimento de instrumentos financeirostransversaisaociclodevidadasPMEdebasetecnológicaedeelevadocrescimento.
DesublinharaindaqueostrabalhosdesenvolvidospelaPPUE,denegociaçãocomoPEparaadaptaçãodalegislaçãofinanceiraaonovo procedimento de regulamentação com controlo,introduzidonasequênciadaalteraçãoàDecisãosobreaComitologia,permitiramaobtençãodeumacordo,faltandoapenasasuaformalização.
Fiscalidade
NaáreadafiscalidadeháespecialmenteaassinalaroacordopolíticosobreoPacoteIVAeostrabalhosrealizadosnodomíniodocombateàfraudeeevasãofiscais.
AaprovaçãodoPacote IVA,noConselhoECOFINde4deDezembro,constituiuumpassonadirecçãodoreforçodomercadointernoecombateàfraudeeevasãofiscal,atravésdorecursoamedidasdesimplificaçãoedecontroloadministrativo.Oacordoalcançadopermitiuultrapassarumimpassequesearrastavaháváriosanos.
OPacoteIVAéconstituídoporduaspropostasdedirectiva-umaalterandoolugardetributaçãodaprestaçãodeserviçoseoutradefinindoasmodalidadesdereembolsodo IVA a sujeitos passivos não estabelecidos – e uma proposta de regulamentorelativa à cooperação administrativa nosdomínios abrangidospeloPacote IVA.OacordoalcançadopelaPPUE incidiuespecialmentesobreoprimeirodestesactos,ondepersistiaaprincipalreserva,tendosidopossívelatravésdeumcompromissosobreasregrasaplicáveisaosserviçosdetelecomunicações,radiodifusãoetelevisãoeaosserviçosprestadosporviaelectrónica.Prevê-se,nomeadamente,queonovoregimeinstituídosejaaplicávelapenasapartirde2015(enão2010comonosrestantessectores)equehajaummecanismodepartilhadasreceitasfiscaisentreospaísesenvolvidos,emqueopaísdeestabelecimentovaireduzindoaproporçãoqueretém,atéàsuaeliminaçãoapartirde2019.
Noâmbitodafraude fiscal,osprogressosalcançadosduranteaPPUEforamobjectodeConclusõesaprovadaspeloConselhoECOFINde4deDezembro,tendoporbase
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umrelatóriodeprogressodaComissão,apresentadoemNovembro.NasConclusões,oConselhoassinalaasituaçãodosdebatesrelativosàsmedidasconvencionaisdelutacontraafraudeaoIVApropostaspelosEstados-membrose,combasenassuasorientações,convidaaComissãoaprosseguirosseustrabalhosdestinadosareforçaragestãodosistemadoIVAaníveldaUniãoEuropeiaporpartedosEstados-membros,tendoemvistaaapresentaçãodeconclusõesnodecursodoprimeirosemestrede2008.ConvidatambémosEstados-membrosquenãodisponhamdetaismedidasaanalisaremapossibilidadedeinstituirlegislaçãoadequada,afimdegarantirumaprotecção comparável em termos de sanções e de acção penal contra os autoresde fraudes, independentemente de a fraude cometida acarretar ounãoperdasdereceitasnosrespectivosterritóriosounoterritóriodeoutrosEstados-Membros.
Estes temas foram também debatidos na Conferência Internacional realizada emLisboa,nodia28deSetembro,sobre“AEstratégiadeLisboaeocombateàfraudefiscal”.
APPUEprocedeutambémumareflexãosobreas taxas reduzidas do IVA, tendooConselhoECOFINde4deDezembroadoptadoConclusõescomorientaçõesparaos trabalhos futuros neste domínio, com base numa Comunicação da ComissãoapresentadaemJulho.Deverãoprosseguirostrabalhossobreoimpactoeconómicodaaplicaçãode taxas reduzidase sobreaquestãode saber seas taxas reduzidasdo IVAconstituemounãoum instrumentoadequadoà consecuçãodeobjectivospolíticossectoriais.
AindanodomíniodastaxasreduzidasdoIVA,omesmoConselhoECOFINchegouaacordosobreaAbordagemGeral relativamenteaumapropostadedirectivaquevisa permitir a prorrogação, até 31 de Dezembro de 2010, de certas derrogaçõesconcedidasaalgunsnovosEstados-membros,queestãoprevistasnosrespectivosActosdeAdesãomasquecaducamnofinaldoano.
No que respeita à tributação dos automóveis ligeiros de passageiros (tributação “verde”), o Conselho ECOFIN de 13 de Novembro procedeu a um debate deorientação sobre a proposta de directiva que tem como objectivo assegurar ummelhor funcionamentodomercado internono sector automóvel e contribuirparaareduçãodasemissõesdeCO2.Odebaterevelouconvergênciadepontosdevistasobreanecessidadedeutilizarmedidasfiscaisnodomíniodatributaçãoautomóvelcomobjectivosambientais.Contudo,nãohouveconsensosobreanecessidadedeumainiciativacomunitárianestedomínio.
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Alfândegas
OCAGREde15e16deOutubroadoptouaPosiçãoComumsobreoCódigo Aduaneiro Comunitário Modernizado(acordopolíticoobtidonoConselhoCompetitividadede25deJunho),aqualfoitransmitidaaoPEnodia23deOutubro.
FoiadoptadaaDecisão“e-customs”queveminformatizarosserviçosaduaneiros,criandoumambienteinformáticonormalizadoparaasadministraçõesaduaneiraseocomércio.
APPUEconcluiuadiscussãodapropostaderevisãodoRegulamento 515/97,relativoà assistênciamútua e cooperação com vista a assegurar a correcta aplicação dasregulamentaçõesaduaneiraeagrícola.
Estatísticas
OConselhoECOFINde13deNovembroaprovouConclusõessobreosprogressosregistados em quatro áreas específicas, na sequência de orientações de sessõesanteriores do Conselho: requisitos estatísticos na UEM, redução dos encargosestatísticos,“governance”estatísticaerevisãodoSistemadeContasNacionais.Deumaformageral,foramregistadosprogressoseestabelecidasalgumasorientações.
Emespecial,asConclusõesreferemanecessidadedeencontrarumequilíbrioentreareduçãodeencargosadministrativoseaqualidadedosdadosestatísticos,assimcomodemelhoraraindependência,integridadeefiabilidadedoEUROSTATedosistemaestatístico europeu, congratulando-se com o acordo alcançado entre a ComissãoeoParlamentonoquerespeitaàcriaçãodeum“EuropeanStatisticalGovernanceAdvisoryBoard”edeum“EuropeanStatisticalAdvisoryCommittee”.
NasequênciadostrabalhosrealizadospelaPPUEforamaindafinalizadostrêsoutrosactos legislativos sobre: Estatísticas de Educação e Aprendizagem ao Longo daVida;EstatísticasdasOfertasdeEmprego;eFicheirosdeEmpresas.ForamtambémconcluídosdiversosdossierscujanegociaçãodecorreuessencialmentenaPresidênciaanterior,dequesedestacaaDecisãorelativaaoProgramaEstatísticoComunitário2008-2012,eprosseguidosostrabalhossobreapropostaderegulamentorelativaàsEstatísticasEuropeias,quetemporobjectivoreveroquadrojurídicodebaseemvigornoâmbitodaproduçãodeestatísticasaníveleuropeu.
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Turismo
Odebate relativoàComunicaçãodaComissãosobrea“Agenda para um Turismo Europeu Sustentável e Competitivo” foi lançado no Fórum Europeu do Turismo(Algarve,25a27deOutubro).OConselhoCompetitividadede22e23deNovembroadoptouConclusõescomoprincipalobjectivode incentivarosEstados-membros,aComissãoe aspartes interessadas a criaremas condiçõesnecessáriasparaqueoturismoeuropeuseja,alongoprazo,maissustentávelecompetitivo.OConselhoEuropeudeDezembroreconheceuopapelcrucialdoturismoparaocrescimentoeoempregonaUniãoEuropeia.
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B.5 – EMPREGO E POLÍTICA SOCIAL
“TrabalharparaTodos”foiolemadaPPUEnaáreadoEmpregoedaPolíticaSocial.
Flexibilidade e Segurança
OdebateemtornodaflexigurançaconstituiuumdostemascentraisnaPPUE.
NasequênciadaapresentaçãodaComunicaçãodaComissão,nofinaldeJunho,aPPUEconduziuoprocessoparadarseguimentoaomandatodoConselhoEuropeuealcançarumconsensoemtornode“princípioscomunsdeflexigurança”.
A PPUE promoveu assim diversas iniciativas, entre as quais a Conferência “Osdesafioscentraisdaflexigurança”(Lisboa,13e14deSetembro),muitoparticipadaanívelpolítico,mas tambémpor representantesdeempresasede trabalhadores,ONG’seespecialistas,oquemuitocontribuiuparaoaprofundamentodotemaeparaodebatesobreasperspectivasqueseabremparaofuturo.
OConselhoECOFINde9deOutubrodeutambémumcontributoparaestedebate,adoptando Conclusões centradas na vertente económica das políticas ligadasà flexigurança. Sublinha-se, nomeadamente, a necessidade de ser assegurada acompatibilidadecomasustentabilidadede longoprazodasfinançaspúblicasedeteremcontaadiversidadederealidadesnosEstados-membros,queexigediferentespercursosesoluções.
Todo o trabalho desenvolvido contribuiu para um consenso generalizado sobreprincípios comuns, que finalmente foram formalmente adoptados no ConselhoEPSSCOde5deDezembroeendossadospeloConselhoEuropeudeDezembro.
A PPUE procurou também incentivar o envolvimento dos parceiros sociais nestamatéria. Amodernização domercado de trabalho e os princípios da flexigurançaforam os temas centrais da Cimeira Social Informal Tripartida, que subscreveu aanálise conjunta sobre os mercados de trabalho previamente negociada entre osparceirossociaiseuropeus.Esteencontroreuniu,aomaisaltonível,representantesdaPresidência emexercício, dasduasPresidências seguintes, daComissão e dosparceirossociaisefoirealizadonamanhãde18deOutubro,antecedendoareuniãoinformaldeChefesdeEstadoedeGoverno.
OConselhoEuropeudeDezembrocontoucomapresençadeErnest-AntoineSeillière,Presidenteda“BusinessEurope”,edeMariaHelenaAndré,Secretária-GeralAdjuntadaConfederaçãoEuropeiadosSindicatos(CES),comoformadevalorizaroresultadoalcançado.
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O documento acordado entre os representantes das confederações patronais edos sindicatos contém também uma centena de recomendações sobre: Políticasactivas de emprego; Educação e formação; Políticasmacroeconómicas; Ambienteempresarial; Protecção social, coesão e inclusão; Legislação laboral e relaçõesindustriais;Flexigurança.
Estratégia Europeia Emprego
Aproveitandoacelebraçãono2osemestrede2007do10o aniversário da Estratégia Europeia do Emprego (EEE),aPPUEpromoveuumdebatealargadosobreopapeldaspolíticas emétodosde coordenaçãonoemprego.Estedebate constituiuumaprioridadeepreocupaçãotransversaldaPPUEefoiotemadareuniãoinformaldeMinistrosdoEmpregoeAssuntosSociais(Guimarães,5a7deJulho).
Naquela sessão informal a PPUE, em conjunto com a Alemanha e a Eslovénia,membros do “Trio de Presidências”, adoptou um conjunto de conclusões comdozepontos-chaveparaosdesafiosdofuturo,ondenomeadamente foi realçadaaimportânciadecontinuara fortalecereamelhoraradinâmicadecoordenaçãodepolíticas,comparticipaçãoreforçadadetodososactores,assimcomoanecessidadedemelhoraraintegraçãoeavisibilidadedasprioridadessociaisdentrodocontextomaisalargadodareformadosmodeloseconómicosesociaiseuropeus.
Este desígnio reflectiu-se nas várias prioridades temáticas abordadas. Entreelas, naturalmente o emprego, com as suas múltiplas ligações aos domínios dacompetitividade,daeducaçãoedacoesãosocial.Acriaçãodemaisempregosedeempregosdequalidade,emparticularemáreascomgrandepotencialdecrescimento,temdeconstituirumapreocupaçãoparaaEuropa.
EstestemasforamtambémdebatidosemeventosorganizadospelaPPUE:
P Conferência “EmpregonaEuropa–PerspectivasePrioridades” (Lisboa,8e9deOutubro),queconstituiuumaocasiãoparaaprofundarosdebatesactuaiseacentuaradimensãoprospectivaeestratégicadaspolíticasdeemprego.Foram,nomeadamente,analisadasasgrandestendênciasdosúltimosanos,asáreasdenovasoportunidadesdecriaçãodeempregoseas interfacescomaeducação-formaçãoeaspolíticassociais;
P Conferência “Fundo Social Europeu: Educar e Formar para o Emprego e paraa Coesão” (Lisboa, 23 deOutubro). Esta Conferência ocorreu nummomentoparticularmenteimportanteparaaconcretizaçãodosobjectivosdaEstratégiadeLisboa e para a implementação das prioridades da Política de Coesão para operíodo2007-2013,bemcomodasacçõesconstantesdosProgramasNacionais
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de Acção para o Crescimento e o Emprego, os quais constituem referênciasdecisivas na implementação e desenvolvimento de uma estratégia para umasociedadecommaisemelhorempregoecommaiscoesãoeconómicaesocial.
TodososdebatesrealizadospermitiramalimentarumquadrodereferênciaparaonovociclodaEEEnoâmbitodaEstratégiadeLisboa,dequeaprópriaEEEsetornouumpilarfundamental.
A este propósito, no Conselho EPSSCO, de 5 de Dezembro, foram aprovadasConclusões relativas às “Perspectivas da Estratégia Europeia para o Emprego nocontextodonovo ciclodaEstratégiadeLisboa” reflectindoas actuaisprioridadespolíticas,asaber: flexigurança,mercadosde trabalho inclusivos,capitalhumanoenovas competências para novos empregos, envelhecimento activo, emprego dosjovens,migraçãoeigualdadeentrehomensemulheres.
Política Social
AestruturaçãodeumaagendaconsequenteeequilibradanosdomíniosdaprotecçãoedainclusãosociaisfoipreocupaçãonaPPUE,tendosidotratadostemascomo:
P Ocombate à pobreza e à exclusão,emespecialnassuas formasmaisseverase limitadoras das oportunidades futuras (por exemplo, entre as crianças e osjovens),eopapeldosmínimossociaisdecadapaísparaesseefeito,nocontextoda inclusão activa. Esta temática foi tratada no âmbito da 6aMesa RedondaEuropeiasobre“PobrezaeExclusãoSocial–MínimosSociais:umaestratégiaparaaprotecçãoeo“empowerment”(Açores,16deOutubro).Oobjectivoprincipaldesteeventoconsistiuemlançaradiscussãosobreoconceitodemínimossociaisenquantopilarnalutacontraapobrezaeaexclusãosocial, fazendomuitoemespecialapontecomaagendada“inclusãoactiva”.
OConselhoEPSSCOde5deDezembroaprovouConclusõesquetiveramtambémporbaseaComunicaçãodaComissãorelativaàmodernizaçãodaprotecçãosocialnaperspectivademaiorjustiçasocialecoesãoeconómica,nosentidodoavançodainclusãoactivadaspessoasmaisafastadasdomercadodetrabalho.
P O envelhecimento activo e as diferentes dimensões (financeira, económica esocial)dasustentabilidadedosmodelosdeprotecçãosocial,emparticulardossistemas de pensões
Noespíritodaaprendizagemmútuaemtornodedesafioscomuns,aConferência“Oscaminhosdasustentabilidadeeareformadossistemasdepensões”(Lisboa,13 e 14deNovembro) constituiuum intercâmbio construtivo sobreobjectivospolíticos,boaspráticasnacionaisecaminhosderesposta.Apartirda reflexão
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sobre as diferentes vertentes do tema e sobre casos concretos de reforma,pretende-se ajudar a construir bases sólidas de conhecimento em torno dasustentabilidadefinanceira,económicaesocialdossistemasdepensõesàescalaeuropeia.
P Os novos e complexos equilíbrios entre trabalho, vida familiar e pessoal,numa perspectiva de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres,nomeadamente valorizando, para além das iniciativas públicas, o papel dosparceirossociais.
Neste âmbito, há a destacar a realização da Conferência “Conciliação entre aVida Profissional, Familiar e Pessoal: novos desafios para os parceiros sociaiseaspolíticaspúblicas”(Lisboa,13de Julho).Considerado temarelevanteparao crescimento do emprego, designadamente das mulheres, e central para aigualdadedegénero,atemáticadaconciliaçãotemprofundasimplicaçõesnasdiscussõesmais actuais daspolíticas sociais, comoos sistemasdeprotecçãosocial,osserviçossociais,asmudançasnomercadodeemprego,aspolíticasfamiliareseastendênciasdemográficas.EmarticulaçãocomoimportantepapeldoEstado,osparceirossociaisatodososníveisestãofortementeenvolvidosnaspráticasdomercadodetrabalhoetêmporissoumpapeldecisivodeiniciativae de construção de soluções negociadas para o benefício dos cidadãos, dasempresasedodesempenhoeconómicoesocialdospaíseseuropeus.Opapeldosváriosactoresnestecontextofoi,aliás,otópicocentraldaconferência.
Aindanestedomínio,oConselhoEPSSCOde5deDezembroaprovouConclusõessobrea“Participaçãoequilibradadasmulheresedoshomensnavidaprofissional,nocrescimentoenacoesãosocial”.
P OsServiços Sociais de Interesse Geraleoseupapelparaapromoçãodobem-estarequalidadedevidadaspessoasefamílias,paraacoesãoedesenvolvimentosocialeterritorialeparaasdinâmicasdecriaçãodeemprego.
Neste domínio, decorreu no dia 17 de Setembro, em Lisboa, o 1o Fórum dosServiços Sociais de Interesse Geral. Realizado sob os auspícios do PE, esteeventoteveporobjectivodarsequênciaaodebatequetemvindoaterlugarnosúltimosanos,tendoservidodeplataformaalargadaparapromoveroencontrodosdiferentesactores (autoridadespúblicas, instituiçõeseuropeias,sociedadecivil),demodoafomentaradiscussãoeavançosnumamatériaque,noquadroamplodaspolíticassociais,temimplicaçõesaváriosníveis.
TendoporbaseestesdebateseaComunicaçãodaComissão,apresentadaemNovembro,oConselhoEPSSCOde 5deDezembroprocedeuaumdebatede
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orientação,noqualreconheceuaimportânciadosServiçosSociaisdeInteresseGeral. A diversidade de situações nos Estados-membros não pode constituirumobstáculoàpromoçãodestetipodeserviços.FoiaindareconhecidoqueoMétodoAbertodeCoordenaçãopoderáseraquiumimportanteinstrumento.
P De referir ainda o encerramento do Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todos(2007),valorizandoalutacontratodasasformasdediscriminação,quefoiassinaladonumaConferênciarealizadaemLisboa,em19e20deNovembro.ÉdedestacaraResoluçãoadoptadanoConselhoEPSSCOde 5deDezembrosobreo seguimentoadar a estamatéria, onde se convidaos Estados-Membros, a Comissão, a sociedade civil e os parceiros sociais adesenvolveremmedidasconcretasdecombateàdiscriminaçãoedepromoçãodaIgualdadedeOportunidadesparatodasaspessoas,independentementedoseusexo,raçaouorigemétnica,religiãooucrença,deficiência,idadeouorientaçãosexual.
Directivas no domínio social e laboral
Noquerespeitaàsdirectivas sobre a organização do tempo de trabalho e trabalho temporário,aPPUE levouacaboumvasto trabalhodenegociaçãoedeconsultastendoemvistaavaliaraspossibilidadesdealcançarumacordopolítico.Comoapoiode uma larga maioria de Estados-membros e da Comissão, a PPUE seguiu umaestratégiadiferente,estabelecendoumaligaçãoentreasduasdirectivasparaalcançarumequilíbrioglobalnodomíniodaregulaçãodomercadodetrabalho.
Foramregistadosprogressosnasnegociaçõesdeambasasdirectivas,masnãofoipossível obter o consensodesejado.Após o trabalhodesenvolvidopela PPUE, foiconstatadaavontadedeprosseguirasnegociaçõescombasenassoluçõesdefendidaspelamaioria,considerando-seexistirmargemparaumadecisãopolíticaem2008.AspróximasPresidênciaseaComissãodeverãotrabalharnestesentido.
Noque respeita àdirectiva sobre a aquisição e preservação dos direitos à pensão suplementar, foram feitos progressos durante a PPUE, devendo o trabalho serprosseguido pelas próximas Presidências. A Comissão apresentou uma propostarevistaemque,nasequênciadostrabalhosdesenvolvidosedoparecerdoPE,deixoucair a vertente portabilidade, que levantava maiores dificuldades. Ainda assim, eapesardosprogressos,persistemproblemasrelativamenteaoperíodoparaaquisiçãodosdireitos(“vestingperiod”).
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Igualdade de Género
FoiobjectivodaPPUEpromovera integraçãodaperspectivadogéneroem todosos domínios de política, passando pela defesa da implementação plena do PactoEuropeuparaa IgualdadedeGénero, comparticular atençãonodesenvolvimentodepolíticasdeemprego“family-friendly”enoreforçodacompatibilizaçãoentrevidaprofissional,familiareprivada.
Nestesentido,édesalientaraabrangênciadostemastratadosnareuniãoinformaldosMinistrosresponsáveispelapromoçãodaigualdadeentrehomensemulheres(Lisboa,4deOutubro),queabordouemespecialaintegraçãodadimensãodogéneroemmatéria de crescimento e emprego, a capacidade de inserçãoprofissional e oespíritoempresarialdasmulhereseaconciliaçãoentreavidaprofissional,privadaefamiliar,doshomensedasmulheres.
TambémnesteâmbitoédedestacararealizaçãodaConferência“EmpregabilidadeeEmpreendedorismo–EstereótiposdeGénero”(Lisboa,3e4deOutubro),ondefoi sublinhada a responsabilidade dos diferentes actores – governos, autoridadesregionais e locais, parceiros sociais, sociedade civil – na procura de soluções ena implementação de políticas emedidas que promovam a empregabilidade e oempreendedorismodasmulheres.
NoâmbitodestatemáticaforamadoptadasConclusõesnoConselhoEPSSCOde5deDezembro,sobreaparticipaçãoequilibradadasmulheresedoshomensnavidaprofissional,nocrescimentoenacoesãosocial.
Igualmente a reunião doGrupo de AltoNível para o “mainstreaming” de género(Lisboa,11deSetembro),presididapelaComissãoEuropeia,fezumpontodesituaçãodaspolíticasparaaigualdadedegéneroaníveldaUE.NasequênciadaPlataformade Pequim, a PPUE elaborou um Relatório sobre “Asmulheres e a pobreza”, doqual decorreu uma proposta de indicadores a adoptar nestamatéria, bem comoConclusõesadoptadaspeloConselhoEPSSCOde5deDezembro.
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B.6 – TELECOMUNICAÇÕES E SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Telecomunicações
Na sessão do Conselho Transportes, Telecomunicações e Energia, de 29 e 30 deNovembro,foramaprovadasConclusõessobreaComunicaçãodaComissão“Reforçaromercadointernodatelevisãomóvel”.
OConselhoaprovoutambémumaAbordagemGeralsobreapropostadaComissãoque revoga a Directiva GSM (“Global System for Mobile Communications”), de1987 (referente às bandas de frequência a atribuir para a introdução coordenadade comunicações móveis terrestres digitais celulares públicas pan-europeias naComunidade), de forma a permitir o uso destas bandas por sistemas capazes deoferecerserviçosdecomunicaçõeselectrónicasalémdoGSM.
FoiadoptadoumrelatóriodeprogressossobreapropostadaComissão,apresentadaemAgosto,paraumaDecisãodoConselhoedoParlamento relativa à selecçãoeautorização de sistemas que fornecem serviços móveis via satélite (MSS). Esterelatórioreflecteosdoisassuntosdemaiorrelevânciaeemqueseregistadivergências:coberturapan-europeiaecomitologia.
Directiva Serviços Postais
APPUEalcançounoConselhoTransportes, Telecomunicações eEnergia, de 1 e 2deOutubro, um acordo, hámuito aguardado, no sector postal. Após 20 anos denegociações complexas, o Conselho acordou liberalizar totalmente os serviçospostaisnaUniãoEuropeia,apartirde31deDezembrode2010.AposiçãocomumdoConselhogarantesimultaneamenteofinanciamentodoserviçopostaluniversal.Assim, deixa de existir omonopólio da correspondência com um peso inferior adeterminadolimite(actualmente50gramas).Oacordoalcançadoinclui,emespecial,osseguinteselementos:
P aberturatotalàconcorrênciadomercadopostala31deDezembrode2010;
P derrogação, até 31 de Dezembro de 2012, da data de liberalização completados serviços postais para os novos Estados Membros que a solicitaram(Chipre,RepúblicaCheca,Hungria,Letónia, Lituânia,Malta,Polónia,RoméniaeEslováquia),bemcomoparaaGréciaeoLuxemburgo,emrazãodatopografiadifíciledabaixadensidadepopulacional;
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P no âmbito da cláusula de reciprocidade, os Estados-membros que tenhamliberalizadoosseusmercadosaté2010podemimpedir,de1deJaneirode2011até31deDezembrode2012,aentradanomercadodeoperadoresdosEstados-membrosquetenhambeneficiadodaderrogaçãoàdatadaliberalização;
P constarão em anexo as regras gerais sobre o cálculo dos custos líquidos dasobrigaçõesdoServiçoUniversal.
AposiçãocomumdoConselhofoiadoptadapelaComissãodosTransportes(TRAN)doPE,em18deDezembro2007,devendoaPlenárianoiníciodopróximoanodarporconcluídooprocesso.
Sociedade da Informação
Nesta área decorreram nos dias 19 a 21 de Setembro, em Lisboa, a Reunião deMinistros“eGovernment”eaConferência“ReapingtheBenefitsofeGovernment”.Nareuniãoministerialforamdefinidasprioridadesparaospróximosanos,emmatériadeadministraçãoelectrónicaeinclusãodigital.
Realizou-seaConferênciadeAltoNível sobreNanotecnologias (Braga,20e21deNovembro),quecontoucomapresençadosComissáriosdaInvestigaçãoeSociedadede Informação, para além de investigadores, representantes da indústria e dasIniciativasTecnológicasConjuntas(ARTEMISeENIAC),paradebaterasNanociênciaseNanotecnologiasnaEuropa.
Quanto à “eInclusão”, foram adoptadas Conclusões no Conselho Transportes,Telecomunicações eEnergiade29 e 30deNovembro, sobreo tema “Ageingwellinthe informationsociety”.Numeventodedicadoaestamatéria(Lisboa,2e3deDezembro), teve lugar um debate ministerial sobre a Política para a Inclusão naEuropa.
(Ver também ponto D.20 – Ciência, Tecnologia e Telecomunicações).
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B.7 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Estratégia de Desenvolvimento Sustentável (EDS)
Na sequência da apresentação pela Comissão do primeiro Relatório bienal de avaliação de progressos,aPPUE,atravésdoGrupo“AmigosdaPresidência”,preparouasmensagensaenviaraoConselhoEuropeudeDezembro.ParaalémdoConselhoAmbiente de 30 de Outubro, o relatório foi igualmente debatido no ConselhoTransportesde29e30deNovembro.
Esteprimeiroexercíciodeavaliaçãopermitiuconcluirqueosobjectivos,princípioseáreaspolíticasdaEstratégiadeDesenvolvimentoSustentávelsemantêmválidos,devendoaatençãoserfocadanasuaimplementação.ForamidentificadosdomíniosrelevantesnaópticadaEstratégiadeDesenvolvimentoSustentáveledaEstratégiade Lisboa, tais como clima/energia, transportes, recursos naturais, protecção dabiodiversidadeeproduçãoeconsumosustentáveis.
OConselhoEuropeudeDezembroconvidouaComissãoaapresentar,emJunhode2009,umcalendáriocomasacçõesaindaaimplementarcomamáximaprioridade,conjuntamentecomopróximorelatóriodeprogressos.
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B.8 – AMBIENTE
Escassez da Água e Seca
EstetemamereceuparticulardestaquedaPPUE,sendoobjectodareuniãoinformaldosMinistrosdoAmbiente(Lisboa,31deAgostoa1deSetembro).Asconclusõesdesta reunião, formalmente adoptadas no Conselho Ambiente de 30 deOutubro,reconhecemaimportânciadacriaçãodeumaplataformaparaarecolhadedadosedodesenvolvimentodeactividadesdeinvestigação,esperando-sequeesteprocessoculminenacriaçãodeumobservatórioeuropeuparaassecas.
FicouacordadoqueaComissãoapresentaráumrelatóriodeacompanhamentoem2008,naperspectivadadiscussãodeeventuaisiniciativaslegislativasequeservirádebaseàactualizaçãoeaprofundamentodaEstratégiadaUEnestedomínio,até2012.
Biodiversidade
Realizou-se uma Conferência de Alto Nível “Business & Biodiversity” (Lisboa,12 e 13deNovembro), comoobjectivode reforçar as ligações entre as empresase a biodiversidade, envolvendo as empresas na conservação da biodiversidade econfirmandoovaloracrescentadodabiodiversidadenestecontexto.
AsconclusõesdaConferência,apresentadasnodocumento“MensagemdeLisboasobre Empresas e Biodiversidade”, apelam à divulgação das melhores práticas eparcerias,atravésdeinstrumentosoperacionaisparaaconservaçãodabiodiversidade,eencorajamacriaçãodenovosincentivosparaidentificar,desenvolverefortalecerparceriasentreempresas,governos,organizaçõeseONGsdoambientenalutacontraa perda da biodiversidade. A adesão de trinta grandes empresas a este projectodemonstraointeressedadoaestainiciativa.
Estratégia do Meio Marinho
Apósumdifícil processode conciliação, foi adoptada, emDezembro, aDirectiva-quadro“EstratégiadoMeioMarinho”,pilarambientaldapolíticamarítimaintegrada,que consagra um elevado nível de protecção, essencial para atingir o potencialeconómico e social dos oceanos e dos mares (ver também ponto B.11 - Política Marítima Europeia).
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Qualidade do ar
Depois de um complexo processo de conciliação, foi adoptada, emDezembro, aDirectiva-quadrodaqualidadedoar,quevemconsolidarlegislaçãodispersanumsóactojurídicoeactualizarasnormasmínimasdaqualidadedoar,assegurandoumarmaislimpoemtodaaUE.
Emissões de aviação no CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão)
A proposta de directiva, que tem por objectivo a redução do impacto da aviaçãonasalteraçõesclimáticasatravésda inclusãodasemissõesdosectornoComércioEuropeudeLicençasdeEmissão(CELE),foiobjectodeacordopolíticonoConselhoAmbiente de 20 de Dezembro. A directiva abrangerá tanto os voos comunitárioscomoosdepaísesterceiros.
(Sobre a vertente ambiental multilateral, ver ponto D.17 – Ambiente, em particular o tema das “alterações climáticas”).
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B.9 – ENERGIA
Mercado Interno de Energia
AComissãoapresentou,nodia20deSetembro,oterceiropacotelegislativorelativoaoMercadoInternodeEnergia(duaspropostasdealteraçãodasactuaisdirectivas,queestabelecemasregrascomunsparaomercadodaelectricidadeedogásnaturaletrêspropostasderegulamento–criaçãodaAgênciadeCooperaçãodosReguladoresdeEnergiaealteraçãodosactuaisregulamentosrelativosaocomérciodeelectricidadeedogásnatural).AspropostasconstituemparteintegrantedaEstratégiadeLisboaedaEstratégiadaUEparaaenergia,aprovadanoConselhoEuropeudeMarçode2007.
No Conselho Energia, de 3 de Dezembro, a PPUE apresentou um relatório deprogressosrelativoaosprincipaistemasemnegociação:separaçãodasactividades(“Unbundling”), planeamento de investimentos, novas infra-estruturas, regime deregulação transfronteiriço, cooperação regional e solidariedade, funcionamento demercados,poderesdosReguladoreseAgênciadeReguladoresdeenergia.Deacordocomesterelatório,asáreasquereunirammaiorconsensodizemrespeitoaospoderesdosreguladores(independênciaedefiniçãodeobjectivosgerais)eaosinvestimentoseminfra-estruturas.
Pelocontrário,asquestõesrelativasàseparaçãodasactividades(opção“OwnershipUnbundling” ou opção Operador de Rede Independente) constituem os temasde maior sensibilidade, tendo em conta a oposição de alguns Estados-membros(nomeadamente França, Alemanha, Áustria, Bulgária, Letónia e Eslováquia) àspropostasexistentes.OConselhoconvidouestesEstados-membrosaapresentarumaterceira alternativa. Tambémnoque respeita àAgênciadeReguladoresEuropeus,apesardeamaioriadosEstados-membrosestardeacordosobreaconstituiçãodeummecanismoindependente,nãofoialcançadoconsensorelativamenteaomodeloproposto.
Plano Estratégico para a Tecnologia Energética
A Comissão aprovou, no dia 22 deNovembro, o Plano Estratégico Europeu paraas Tecnologias Energéticas (SET-PLAN), dossier considerado umadas prioridadesdaPresidênciaportuguesa.APPUE já tinha iniciadoodebate sobre estamatéria,promovendoumareuniãodeAltoNível,quedecorreunodia8deOutubro,emLisboa,envolvendoosresponsáveispelasáreasdaenergiaedainvestigação.
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No Conselho Energia, de 3 deDezembro, teve lugar um primeiro debate sobre aComunicaçãodaComissão,queapelaparaanecessidadedecustosmaisbaixosparaaenergialimpaedecolocaraindústriaeuropeianaliderançadosectordastecnologiassustentáveis.Paraestadiscussão,aPPUEpreparouaindaumacontribuiçãoespecíficasobre“AnovaERAdaEnergia”.
Asprincipaismensagensdodebateforam:
P necessidade de contemplar as especificidades dos Estados-membros nasnegociaçõesquevirãoadecorrer;
P dupla abordagem do novo modelo energético: promover a adopção dastecnologias limpasjáexistentesouemestadoavançadodedesenvolvimentoeapostaremnovastecnologias;
P criaçãodeinstrumentosadequadosparaacelerarasalteraçõestecnológicasnosectorenergéticoepromoveroinvestimentoprivado;
P importânciadasparceriasinternacionaisparaodesenvolvimentodastecnologiasenergéticas.
Energias Renováveis
NãoobstanteointeressedaPPUEeminiciarodebatesobreestamatéria,ossucessivosadiamentosdaComissãonaapresentaçãodassuaspropostas,queestáprevistaparaoiníciode2008,nãopermitiu.
(Na vertente multilateral, ver ponto D.19 – Recursos Energéticos e Energia).
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B.10 – TRANSPORTES
Questões Intermodais - GALILEO
Apóso fracassodasnegociaçõesdocontratodeconcessãoemJunhoúltimoenoseguimentodadecisãodeimplementaroprogramaGalileoatravésdosectorpúblico,com necessidade de financiamento público adicional, a PPUE considerou que aabordagempara alcançar umadecisão integrada seria a aprovação de conclusõesdoConselhocomumanovaarquitecturaparaagovernaçãoe regrasde contratospúblicos.
Assim,dandocumprimentoaomandatodoConselhoEuropeudeJunho,oConselhoTransportesde29e30deNovembroadoptouConclusõessobreoLançamentodosProgramasEuropeusrelativosaoSistemaMundialNavegaçãoporSatélite(GalileoeEGNOS),que,comoacordosobrefinanciamentodoGalileo,constituiuadecisãointegradasobreaimplementaçãodoprogramaGalileo.
AquestãodofinanciamentohaviajásidoobjectodeacordonoConselhoECOFIN/Orçamentode23deNovembro,oqualcontribuiudeformadecisivaparaaaprovaçãodesteprograma.Foiconfirmadoqueocustototalparaoperíodo2007-2013,de3,4Beuros,provémnaíntegradefinanciamentopúblicocomunitário(Ver também ponto B.2 – Processo Orçamental 2008).
Transportes Marítimos e Navegação Interior
ProsseguiramasnegociaçõesdaspropostasqueconstituemoTerceiroPacotesobreSegurança Marítima (Erika III),quecontémsetepropostaslegislativas.APresidênciaalemãalcançouacordopolíticosobretrêspropostas(inspecçãodenaviospeloEstadodo porto, acompanhamento e informação de tráfego de navios e investigação deacidentes).NoConselhoTransportes,TelecomunicaçõeseEnergia(TTE)de29e30deNovembroaPPUEalcançouumacordopolíticosobreduaspropostas-SociedadesdeclassificaçãoeConvençãodeAtenas.AvançaramostrabalhosdapropostarelativaaoEstadodeBandeiraefoiapresentadaapropostareferenteàresponsabilidadecivilegarantiasfinanceirasdosproprietáriosdenavios.
NoConselhoTTEde1e2deOutubrofoiadoptadauma"Resolução"sobreaCriaçãodeumCentrodeDadosdaUniãoEuropeiadeIdentificaçãoeSeguimentodeNaviosaLongaDistância(LRIT).
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APPUErealizouumareuniãoministerialsobre "Auto-estradas marítimas e logística" (Lisboa, 23 deOutubro), que representouumaoportunidadeúnicaparamanter aactualidadeedardestaqueaumtemaque,sendoumaprioridadenacional,nãotemvindoaseragendadoaonívelcomunitário.
(Ver também ponto B.11 - Política Marítima Europeia).
Transportes Terrestres
Foiadoptadaformalmente,a18deSetembro,apropostarelativaàsobrigações de serviços públicos de transporte ferroviário e rodoviáriodepassageiros.
NoConselhoTTEde1e2deOutubrofoialcançadaumaAbordagemGeralquantoàpropostadedirectivarelativaàgestão da segurança da infra-estrutura rodoviária.
A PPUE iniciou as negociações doPacote Rodoviário, que contém três propostaslegislativas(transporteinternacionaldemercadorias,acessoàprofissãoeacessoaomercado),prosseguindoostrabalhosduranteafuturaPresidênciaeslovena.
Transportes Ferroviários
APPUEconcluiuostrabalhosreferentesàadopçãofinaldoIII Pacote Ferroviário.FoiaindaalcançadoumacordopolíticonoConselhoTTEdeNovembronoquedizrespeitoàspropostas relativas à interoperabilidadedo transporte ferroviário, segurançanotransporteferroviárioealteraçãodoestatutodaAgênciaFerroviáriaEuropeia.
Transportes Aéreos
NoConselhoTTEdeOutubroforamadoptadasConclusõessobreo"Plano de Acção relativo à capacidade, eficiência e segurança dos aeroportos na Europa".
No Conselho TTE de Novembro foi alcançado um acordo político relativamenteà proposta de regulamento sobre regras comuns de exploração dos serviços detransporteaéreonaComunidade(alteraçãodoIII Pacote Aéreosobrealiberalizaçãodomercadodaaviação).
Sobre a proposta “taxas aeroportuárias”, o Conselho deNovembro acordou umaAbordagemGeral.
AindanoConselhodeNovembroforamadoptadasduasdecisões:umaautorizandoaComissãoadarinícioàsnegociaçõesparaestabelecerumacordoeuro-mediterrânico,nodomíniodaaviação,entreaComunidadeEuropeiaeoReinodaJordâniaeoutra
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autorizandoaComissãoaencetarnegociaçõessobreumacordorelativoaauditorias/inspecçõesdesegurançaaéreaeassuntosafins,entreaComunidadeEuropeiaeaOrganizaçãodeAviaçãoCivilInternacional(ICAO).
ForamconcluídoscomsucessoosprocessosdeconciliaçãorelativosaoregulamentosobreregrascomunsnaáreadaaviaçãocivileestabelecimentodaAgênciaEuropeiaparaaSegurançadaAviação(EASA)esobreoregulamento"Segurança da Aviação - Security".
Questões Horizontais
NoConselhoTTEdeNovembroforamadoptadasConclusõessobreumaComunicaçãoeumPlanodeAcçãoemmatériadelogísticanotransportedemercadoriasesobreaNovaEstratégiadaUniãoEuropeiaparaoDesenvolvimentoSustentável.
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B.11 – POLÍTICA MARÍTIMA EUROPEIA
Na sequência do mandato recebido do Conselho Europeu de Junho de 2006, aComissãoadoptou,a10deOutubro,opacote“PolíticaMarítima”queconsisteemduas Comunicações:umadefineasuavisãosobreumapolíticamarítimaintegradapara a União Europeia (“Livro Azul”) e é acompanhada de um plano de acçãopormenorizadoqueestabeleceumprogramade trabalhosparaospróximosanos;aoutraanalisaos resultadosdaconsultapúblicaaoLivroVerdesobreuma futuraPolítica Marítima Europeia, apresentado em Junho de 2006 e que terminou noprimeirosemestrede2007.
Um momento importante da PPUE foi a Conferência Ministerial sobre Política Marítima,queteve lugaremLisboa,em22deOutubro,equejuntouosdecisorespolíticos responsáveis pela coordenação dos assuntos domar para uma primeiratrocadeimpressõessobreopacote“PolíticaMarítima”.OsresultadosdaConferênciade Lisboa serviram de base ao texto sobre Política Marítima Europeia integrada,constante das Conclusões do Conselho Europeu de Dezembro, que prevê que afutura políticamarítima integrada assegurará as sinergias entre as várias políticassectoriais,comrespeitopeloprincípiodasubsidiariedadeepelasespecificidadesdecadaEstado-membro.
(Ver também pontos B.10 – Transportes Marítimos e D.18 – Direito do Mar e Oceanos).
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B.12 – JUVENTUDE, SAÚDE, CONSUMIDORES, CULTURA, MULTILINGUISMO AUDIOVISUAL, DESPORTO
Juventude
Tendocomopanode fundooPactoEuropeuda Juventude, aPPUEdefiniucomoprioridadeasquestõesdovoluntariado,desenvolvendointensaactividadecomvistaaconcluiranegociaçãodeumaResoluçãodoConselhosobreestatemática,queveioaseradoptadanoConselhoEducação,JuventudeeCulturade15e16deNovembro.
No que diz respeito ao empreendedorismo, na sequência da Comunicação daComissão sobre a plena participação dos jovens na educação, no emprego e nasociedade,foramadoptadasConclusões,tambémnoConselhodeNovembro,paraumaabordagem transversal dapolíticade juventude, tendoemvistapermitir aosjovens realizaremplenamente as suaspotencialidades eparticiparemactivamentenasociedade.
Realizou-se o Evento Juventude (Lisboa, 15 a 17 de Setembro), que reuniu cercade 120 representantes de jovens daUnião Europeia, dos ConselhosNacionais daJuventudedosEstados-membros,dospaísesEFTAedeOrganizaçõesinternacionais.Esteencontrodebateuseisgrandestemas,queforamobjectodeumaDeclaração:opapel da juventudena construçãodaUE,o empregoeo empreendedorismo, ainclusãosocialeaigualdadedeoportunidades,aparticipaçãodosjovensnodiálogoestruturado,aeducaçãonãoformaleovoluntariado.
Teve lugarumdiálogo informalcomos jovens,noâmbitododiálogoestruturado,à margem do Conselho de Novembro. Contou com a participação da PPUE, dafuturaPresidênciaeslovena,derepresentantesdeorganizaçõesdejovens(ConselhoNacionaleFórumEuropeu),bemcomoderepresentantesdasinstânciascomunitárias.EmdebateesteveapolíticadajuventudeeonovociclodaEstratégia de Lisboaeanecessidadedepromoverabordagenshorizontaisnosentidodegarantirumaefectivaintegraçãodajuventudenaspolíticas.
APPUEpromoveuaindaumdebate,noConselhodeNovembro,sobreaaplicaçãodoPactoEuropeuparaaJuventudenoquadrodeoutraspolíticasconexasenomeadamentedaEstratégiadeLisboa.Adiscussãofoiconclusivaquantoànecessidadedereforçodacoerênciaedacoordenaçãodepolíticasconexas,bemcomodeaperfeiçoamentodosinstrumentosdisponíveis,nomeadamentedoMétodoAbertodeCoordenaçãoedosProgramasNacionaisdeReformas.
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APPUErealizouaindaaCimeiraJuventude UE – África(Lisboa,4a7deDezembro),quetevecomoobjectivosestimularaparticipaçãodosjovensnacooperaçãoeuro-africanaeadoptouumaDeclaraçãodestinadaaserapresentadaàCimeiradeChefesdeEstadoedeGovernoUE-África(Lisboa,8e9deDezembro).Foramabordadostemascomoaerradicaçãodapobreza,igualdadedegénero,migrações,mobilidadee co-desenvolvimento, diálogo intercultural, emprego e coesão social, comércio edesenvolvimentosócio-económico(ver ponto D.4 – Cimeira UE-África).
Saúde
Principal iniciativadaPPUEnaáreadaSaúde realizou-seemLisboa,a27e28deSetembro,aConferência“Saúde e Migrações na UE: melhor saúde para todos numa sociedade inclusiva”,quecontoucomaparticipaçãodosEstados-membros,OMS,ConselhodaEuropaeONG’s.AsconclusõesgeraisdaConferênciasalientam:
P anecessidadedepromoverasaúdedosimigrantesatravésdoacessoaoscuidadoseserviçosdesaúde;
P o reconhecimento de que a liderança da UE nesta área é peça fundamentalparaodesenvolvimento,devendoasaúdeserincluídanacartadosdireitosdosimigrantes;
P oreconhecimentodequeosimigrantessãoumimportanterecursoemtermosdemográficoseeconómicosedequequantomaissaudáveisforemmaispodemcontribuirparaodesenvolvimentodopaísdeacolhimento;
P o reconhecimento de que os imigrantes são mais vulneráveis em termos desaúde,nomeadamentedoençasinfecciosas(sida,tuberculose);
P a diversidade dos imigrantes, as barreiras linguísticas, devem ser aspectosconsideradosnadefiniçãodaspolíticasdeintegraçãodosimigrantes;
P aatençãoespecialquedeveserdadaàsaúdedosimigrantesemtodosasáreas– “saúde em todas aspolíticas” -, comespecial ênfasena cooperaçãopara odesenvolvimento.
O Conselho Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSSCO), de 6 deDezembro,aprovouConclusõessobreotema,propondoqueestepasseaserintegradonaEstratégiaEuropeia, a fimdepermitir ummelhor conhecimentoda saúdedosmigrantesedesenvolverapromoçãoeoacessodosmigrantesaoscuidadosmédicos,nascondiçõesestabelecidaspelaslegislaçõesepráticasnacionais.Salienta-seaindaque,sendoasaúdeeasmigraçõesfenómenosdeâmbitomundial,exigemrespostasdomesmonívelequeaUEpodeassumirumpapeldeliderançanarespostaaestedesafioàescalamundial.
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Realizou-seemLisboa,nosdias12e13deJulho,umamesaredondasobre“Estratégias Europeias de Saúde”,aqualcontribuiuparaadefiniçãodeumquadroquesirvadebaseaoestabelecimentodeobjectivoscomunsedemetas,quepassamporumareacçãoeficazperanteameaçasdesaúde,pelaprevençãodedoençasepelacooperaçãoentresistemasdesaúde,culminandooprocessocomaadopção,em23deOutubro,doLivroBrancodaComissão“JuntosparaaSaúde:umaabordagemestratégicaparaaUE(2008-2013)”.
As Conclusões aprovadas no Conselho EPSSCO, de 6 de Dezembro, realçam aimportânciadeencararosectordasaúdecomoprodutivoenãocomodespesista,comforteimpactonacompetitividadeeprosperidade,emligaçãoassimcomaEstratégiadeLisboa.Assinalamaindaqueumaestratégiacomumterádetervaloracrescentadofaceàsestratégiasnacionais,deacordocomoprincípiodasubsidiariedade.
AdádivaetransplantedeórgãosfoioutrotemaquemereceuaatençãodaPPUE,tendoomesmoConselhoEPSSCOaprovadoConclusões,quesublinhamaimportânciadatransplantaçãodeórgãoscomotratamentoeficazdeelevadonúmerodedoenças,sendo imprescindível cumprir elevados padrões de qualidade e segurança, quecontribuamparaasegurançadosdoenteseparaaumentarastaxasdedádivasdeórgãos.
Portugal coordenou a posição da UE na Conferência das Partes da Convenção – Quadro da OMS para a Luta Anti-tabaco,queserealizouemBanguecoqueentre30.06e06.07.Dasconclusões,salienta-seaadopçãodeumorçamentoeprogramaparaaConferênciadasPartesparaoperíodo2008-2009eadecisãodeseremelaboradaslinhasmestrasparaaimplementaçãodaConvenção.
A elaboração de uma monografia em língua inglesa “Health in Portugal 2007”,caracterizando de forma global o estado de saúde da população portuguesa nasúltimasdécadas e a evoluçãodeumconjuntodeparâmetros relacionados comamesma, visou facultar aos restantes Estados-membros e demais interessadosinformaçãoactualizadasobreosistemadesaúdeeasaúdedosportugueses.
Consumidores
Sob PPUE foi decidido pela Comissão, após um processo de consulta pública,procederaumarevisãodosprincipaisactosemvigoremmatériadeprotecçãodosconsumidores,atravésdaapresentaçãodeuminstrumentohorizontalpararegularasquestõescomunsatodososcontratoscelebradoscomosconsumidores,apardeeventuaisrevisõesdasdirectivassectoriais.
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Anegociaçãodapropostade revisãodaDirectiva“Timeshare”, iniciadaem Junho,mereceu um grande impulso durante a PPUE com o seu agendamento nas duassessõesdoConselhoCompetitividade.
TambémaAcçãoColectivaEuropeia, instrumentopara facilitarodireitodequeixae do seu exercício por um grupo de consumidores, mereceu particular destaquenomeadamentecomarealizaçãodeumaConferência“EmbuscadaAcçãoColectivaEuropeia?”,organizadapelaPPUE,emLisboa,a9e10deNovembro.
Foi adoptada a Posição Comum sobre a proposta alterada de directiva relativa acontratosdecréditoaosconsumidores,tendoemvistaasuatransmissãoaoPE,noâmbitodasegundaleitura.
Cultura
AaprovaçãodeUma Agenda Europeia para a Cultura,temadeumaComunicaçãodaComissão,constituiuoprincipalobjectivodaPPUEnestaárea.
Esteassuntofoiabordadonareunião informaldeMinistrosdaCultura(Lisboa,28deSetembro),encontroquefoiantecedidopelo1o Fórum Cultural Europeu(Lisboa,26 e 27 de Setembro). No Fórum foi lançado um diálogo estruturado e regularentreasociedadecivil eosdecisores, tendoemvistacontribuirparao reforçodalegitimidadeerespeitopelaespecificidadedosectorcultural,abrangidopeloprincípiode subsidiariedade.OFórumcontou comumgrandenúmerodeparticipantesdetodasasvertentesculturaiseapresentouasrespectivasconclusõesaosMinistrosdosectoreàComissão.
EsteprocessoculminounaadopçãodeumaResoluçãonoConselhodeMinistrosdaCultura,em15e16deNovembro,assenteemtrêseixos–diálogo interculturalcomo um investimento social, promovendo a diversidade cultural; economia daculturacomoinvestimentoeconómico,promovendoaculturacomocatalisadordecriatividade no quadro da Estratégia de Lisboa; cultura e relações externas comoum investimento político/cultura como elemento vital das relações internacionaisdaUnião.TodosestesmecanismosserãoalcançadosatravésdoMétodoAbertodeCoordenação(MAC),flexívelevoluntário.
Em resultado da adopção desta Resolução, a Comissão propôs-se apresentar umnovodocumento–Plano de Acção da Cultura 2008-2010-,queincluiráumconjuntodemedidasconcretasnosseguintesdomínios:melhorarascondiçõesnecessáriasàmobilidadedosartistaseoutrosprofissionaisdosectorcultural;protegeropatrimónioartístico,lutandocontraotráficoilegaldeobrasdearte;desenvolveroespíritocriativonasescolaseempresas;promoveroturismoculturaleomultilinguismo.
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OConselho deMinistros de 15 e 16 deNovembro designou as cidades de Turku(Finlândia)eTallin(Estónia)comoCapitais Europeias da Culturaparaoano2011.
Realizou-seaindaareuniãoinformaldeDirectores-Gerais da CulturadosMinistériosdos Negócios Estrangeiros (Sintra, 11 e 12 de Outubro), tendo como temáticas“Language and Business”, “Intercompreensão e Multilinguismo” (ver a seguir,nestemesmoponto,B.12–Multinguismo),“Osconceitosdepaisagemculturaledepatrimóniomundial”,“Opapeldascolecçõesprivadasnaartecontemporânea”e“Oestatutodosartistasnassociedadescontemporâneas”.
EsteencontroreuniuosresponsáveispelainternacionalizaçãodaculturadosEstados-membros, tendo-se abordado temas da maior actualidade, proporcionando aomesmotempoadivulgaçãodaculturaportuguesa,nomeadamentedeparadigmasdapaisagemnaturalclassificada,docoleccionismoedainspiraçãoemdiversossectoresartísticos.
Quantoàsgrandeslinhasdasconclusõesresultantesdesteencontro,serádereferir:
P A preservação da riqueza e diversidade cultural e linguística exige, através dacooperaçãoentreEstadose instituiçõespúblicaseprivadas, a concertaçãodeesforçosparaaintegraçãodacultura–“softpower”–nasagendasinternacionais,duma forma coerente e participativa. Deverá, pois, apostar-se na defesa domultilinguismo e do multiculturalismo, promovendo a intercompreensão,nomeadamente como forma de assegurar o diálogo intercultural, contributoindispensávelparaaestabilidadeinternacional;
P Amobilidade,enquantocontributoparapromovereveicularacompreensãodo“Outro”,deveráusufruirdosapoiosnecessários,deformaaasseguraracirculaçãode artistas e de outros profissionais culturais, bem como os seus trabalhos,incrementandoointercâmbiodeideias,deexperiênciasedepráticas.
Multilinguismo
A PPUE manifestou forte empenho na promoção do Multilinguismo, traduzidopelo apoio incondicional e contínuo às iniciativas da Comissão Europeia, a qualcontou,desdeJaneirode2007,comumComissárioparaestaárea,LeonardOrban.Pretendendo lançarumanova estratégia para o Multilinguismo no2o semestrede2008, a Comissão desenvolveu acções preparatórias neste sentido. Em 2007 foicriadoumGrupo de Intelectuais para o Diálogo Intercultural,queficouincumbidodedelinearacontribuiçãodoMultilinguismoparaoAnoEuropeudoDiálogoIntercultural(2008)eparaofuturo–noqualPortugalestárepresentadoatravésdoprofessoreensaístaEduardoLourenço-,bemcomoaconstituiçãodeum“BusinessFórum”-
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Fórum de Negócios/Empresarial para o Multi linguismo,comopropósitodeanalisarasformasparaaumentarascapacidadesmultilinguesdasempresaseoportunidadesparaapoiaramobilidade,comincentivoseficazes.
Para lançar a discussão deste último tema, o Comissário para o MultilinguismorealizouemBruxelas,em21deSetembro,aConferência, “Business, Languages and Intercultural Skills”,comvistaadebaterasconclusõesdoestudo“ELAN”(“EffectsontheEuropeanEconomyofShortagesofForeignLanguageSkillsinEnterprise”),tendoemparalelodecorridotrêsencontrosdetrabalho,nasseguintesvertentes:Línguase Desenvolvimento Regional, Procura e Oferta de Competências Linguísticas nasEmpresasePromoçãodaAprendizagemdeLínguasnasEmpresas.
APPUEassociou-seaestainiciativa,tendoco-presidido,atravésdoInstitutoCamões,àConferênciaereiteradonaocasiãoaimportânciadadimensãoexternadaLínguaPortuguesaenquantolínguatranscontinental.OprincipalresultadodoencontrofoiacriaçãodeumFórum Empresarial para o Multilinguismo,constituídoporcercade10a15líderesempresariais,cujamissãoseráadecoadjuvaraComissãonapreparaçãodanovaestratégiaparaoMultilinguismo.
PoriniciativadaPPUE,aprimeirareuniãodoFórumrealizou-seemLisboa,em19deNovembro,sendoco-organizadacomaComissãoEuropeia.ODr.AntónioGomesdePinhointegrouesteFórumEmpresarialenquanto“ChiefExecutiveOfficer”(CEO)português.
Poroutrolado,aproveitandoassinergiasresultantesdoespíritodecooperaçãoearealizaçãodeacçõesconcertadas, foicelebrado,em3deDezembro,umProtocoloentreoInstitutoCamões,oGabinetedoParlamentoEuropeuemLisboaeaFundaçãoLuso-AmericanaparaoDesenvolvimento(FLAD),paraolançamento de um Portal do Multilinguismo.
Nasequênciadaapresentação,pelaComissão,deumrelatóriodeexecuçãodoseuPlanodeAcçãosobrelínguas(2004-2006),foipromovidoumdebatenoConselhoEducaçãode15e16deNovembrosobreotema“ParaumaEuropamaisMultilingue”.OComissáriodoMultilinguismodestacoucomoeixosfundamentais
P aigualdadeentretodasaslínguasoficiaisdaUE;
P o multilinguismo como instrumento fundamental para as relaçõesinternacionais;
P a necessidade de omultilinguismo oferecer novas respostas à sociedade e àmelhoriadaeconomiadosEstados-membros.
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Aindano âmbito dapromoçãodoMultilinguismo, será de referir o relevodado aeste temapelaEUNIC(“European Union National Institutes for Culture”), rededeinstitutos nacionais para a cultura dos Estados-membros, tais como o InstitutoCamões,o“BritishCouncil”ouoInstitutoCervantes,quetêmcomoatribuiçõesadivulgaçãodaculturaeapromoçãodalínguadosrespectivospaíses.
AEUNIC,organizandoedesenvolvendoprojectos em tornodematérias-chavedaactualsituaçãodaculturanaUniãoEuropeia,procura,igualmente,chamaraatençãodospoderpolíticoesociedadecivilparaanecessidadedeincluiraculturaealínguanoquadrodasprioridades.Nestecontexto,assegurandoapresidênciadasreuniõesdosChefesdeMissãoeConselheirosCulturaisdaUE,Portugalcontinuou,duranteo2osemestrede2007,asuapolíticadeincentivoàcriaçãodenovosEUNICClusters,sendoderelevaraEUNICÍndia.
OMultilinguismofoiigualmenteumdostemasdiscutidosnareuniãoinformaldosDirectores-Gerais da CulturadosMinistériosdosNegóciosEstrangeiros(Sintra,11e12deOutubro),sendoabordadosostemas“LanguageandBusiness”eIntercompreensãoeMultilinguismo”(ver tema anterior neste mesmo ponto B.12 – Cultura).
Audiovisual
Foi formalmente aprovada aDirectiva “Televisão sem fronteiras”. Asnovas regrasagora adoptadas respondem à evolução tecnológica e criam novas condições deconcorrência equitativa na Europa para os serviços de comunicação audiovisuaisemergentes(vídeoapedido,televisãomóveleserviçosaudiovisuaistransmitidosportelevisãodigital).ADirectivareafirmaigualmenteospilaresdomodeloaudiovisualdaEuropa,nomeadamenteadiversidadecultural,aprotecçãodemenores,aprotecçãodosconsumidores,opluralismodosmeiosdecomunicaçãosocialeocombateaoódioracialereligioso.
Desporto
AapresentaçãopelaComissãoEuropeia,emJulho,doLivro Branco sobre o Desportoconstituiuo temadominantedaPPUEnestaárea,sendo igualmente relevantesasquestõesdecombateàdopagem no desporto.
Na reunião de Directores-Gerais do Desporto (Lisboa, 13 e 14 de Julho) foramdebatidosgrandestemasquedevemnortearaactuaçãodaUEnofuturoquadrodecooperação: politicas dedesporto e saúde, desporto e economia, voluntariadonaáreadodesporto,financiamentododesportoecombateàdopagem.
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A reunião informaldosMinistrosdoDesporto (Lisboa,25deOutubro)pretendeucontribuirparaodesenvolvimentodeumprograma europeu de acçãoparaodesporto,que represente um ponto de viragem de valorização do desporto no quadro daspolíticaseuropeias.
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B.13 – POLÍTICA ESTRUTURAL E DE COESÃO; REGIÕES ULTRAPERIFÉRICAS
Como é habitual, após a apresentação do Relatório da Coesão, a ComissãoorganizouemBruxelas,a27e28deSetembro,oFórum da Coesão.APPUEesteverepresentada aomais alto nível, através de intervenções do Primeiro-Ministro, doMinistro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional edo CoordenadorNacional para a Estratégia de Lisboa. Esta participação permitiusublinhara importânciaquePortugalatribuiàPolíticadeCoesãoeosprincípiosegrandesobjectivosquedevempresidiràsuaactuação.
Oeventodestinou-sesobretudoadesencadearasreflexõessobreobalançoefuturodaPolítica deCoesão, tendo sido lançadauma consulta pública, cujos resultadosconstituirãoumcontributoparaoprocessodereexamedoorçamentodaUE,previstopara2008-2009.
Este tema teve sequência na reunião informal dosMinistros doDesenvolvimentoRegional,emNovembro.Noseguimentodosdebates,aPPUEretirouumconjuntode conclusões sobre os principais temas que necessitam de ser aprofundados,sublinhando-se a importância da Política de Coesão para o desenvolvimentoharmoniosodasregiõesdaUE.
Paralelamente, realizou-se na mesma ocasião a reunião informal dos MinistrosresponsáveispeloOrdenamentodoTerritório,naqualfoiadoptadooPlanodeAcçãoparaaimplementaçãodaAgendaTerritorialEuropeia,tendoaComissãoanunciadoaapresentaçãodeumLivroVerdesobreCoesãoTerritorialnaPrimaverade2008.
AComissãoadoptouumaComunicaçãosobreobalançoeperspectivasdaestratégiadaUniãorelativaàsRegiões Ultraperiféricas (RUP),quefoiapresentadapelaComissáriaHübnernareuniãodosPresidentesdasRUP(Madeira,de2a6deOutubro.ComestaComunicação iniciou-seumperíododeconsultapúblicaquedecorreráatéMarço,tendo o Conselho Europeu de Dezembro mandatado a Comissão Europeia paraapresentaraspropostaslegislativasconcretasatéOutubrode2008.
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B.14 – AGRICULTURA E PESCAS
Política Agrícola Comum
Areforma profunda do sector do vinho,cujapropostafoiapresentadaemJulhonasequênciadareformadaPACde2003,constituiuumobjectivoprioritáriodaPPUE.NoConselhoAgriculturaePescasde17a19deDezembro,foialcançadoumacordopolítico,baseadonumcompromissoelaboradopelaPresidênciaemconsultacomaComissão.
AreformafoiobjectodedebatesnoConselho,tendoaPPUEidentificadoasprincipaisquestões políticas que estavam emaberto e que foramo centro da discussão noConselhode14deDezembro.OcompromissodaPPUE,mantendooobjectivodereforçodacompetitividadedosvinhoseuropeusqueestareformapropunha,permitiuultrapassarasprincipaisdificuldadesdeváriosEstados-Membros.
Com base num compromisso apresentado pela PPUE, a sessão do ConselhoAgriculturaePescas,de26e27deSetembro,aprovouumacordopolíticosobreumpacotedemedidasquevisamacelerarareestruturaçãodosector do açúcar,dadonãoteremsidoatingidososobjectivosdareformade2005.
OConselhoAgriculturaePescasdeSetembroadoptouaindaumregulamentosobreareforma do sector das frutas e produtos hortícolas,bemcomoumpacotelegislativomodificandoosectordosprodutoslácteos.
ComoobjectivodecontribuirparaodebatesobreaavaliaçãoeperspectivasdaPACapós2013,aPPUEelaborouumdocumentosobreaImportância das Fileiras Agro Alimentares para o Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais,objectodedebatenareuniãoInformaldeMinistrosdaAgricultura(Porto,16a18deSetembro).
Após váriosmeses de debate, o Conselho de Agricultura e Pescas de 22 e 23 deOutubrochegouaumacordopolítico,combasenumcompromissoapresentadopelaPPUE,sobreaalteraçãoaoactualquadrolegalúnicoparaoFinanciamento da Política Agrícola,quesurgiunasequênciadaexigênciadapublicaçãodeinformaçõessobreosbeneficiáriosdefundoscomunitários.
DeacordocomoprogramadaPPUEparaaáreaagrícolaedandoprossecuçãoaosobjectivosde simplificaçãodaPCA, foi aprovadoum regulamentoque estabeleceumquadro jurídicoúnicoparaapolíticadepromoçãoe informaçãodosprodutosagrícolas,quernomercadointernoquernospaísesterceiros.
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AComissãoapresentounoConselhodeOutubroumaComunicação sobre uma nova Estratégia de Saúde Animal da União Europeia (2007-2013) sobo lema“Mais valeprevenir do que remediar”.O objectivo consistiu em identificar as grandes linhasaníveldoConselhoeenviaràComissãoumsinalclarodotrabalhoquedeveráserdesenvolvido.NestesentidoaPPUEdesenvolveuesforçosqueculminaramcomaaprovaçãodeConclusõesdoConselho.
AComissãoapresentouaoConselhoAgriculturaePescasde26e27deNovembroumaComunicação sobre a preparação para o “Health Check” da reforma da PAC.
EstaComunicaçãodaComissão teveporobjectivo fazerumbalanço exaustivodaaplicaçãodareformadaPAC,permitindoàPPUElançarumdebatepréviosobreolequedasprincipaismedidasdeajustamento,assimcomoequacionaroseufuturoapartirde2013.EstaanálisepermitiráigualmentelevaracaboumareflexãosobreaevoluçãodaPAC,duranteoactualquadrofinanceirodaUE,demodoaassegurarqueasbaseseconómica,ambientalesocialdomodeloagrícolaeuropeurespondemadequadamenteedeumaformasustentávelaosfuturosdesafios.
Estedossier,acolhidofavoravelmentepeloConselho,seráanalisadoaoníveltécnico,tendoafuturaPresidênciaeslovenaindicadoqueprevêaapresentaçãodeconclusõesemMarçode2008.Pretende-sequeaComissãopossaapresentaremMaioassuaspropostaslegislativas.
EstaComunicaçãotemporobjectivosessenciais:melhoraroregimedepagamentoúnico, tornando-o mais eficaz e simplificando-o; modernizar os instrumentos deapoio dosmercados agrícolas; e vencer os novos desafios ambientais (alteraçõesclimáticas, desenvolvimento dos biocombustíveis, gestão dos recursos hídricos ebiodiversidade).
Pescas
Tendoemvistaamelhoriadoprocessodecisório,aPPUEdesenvolveuumcontinuadotrabalho preparatório para adopção, até ao final de 2007, das possibilidades de captura, sua repartição e condições da actividade da pesca para 2008,oquepermitiuaaprovação,emfasesseparadas,daspossibilidadesdepescaecondiçõesassociadasaaplicarnoMarBáltico,bemcomo,pelaprimeiravez,noMarNegro.
A realizaçãodaConferênciadeAltoNívelsobreaerradicação da pesca ilegal, não reportada e não regulamentada (IUU)(Lisboa,29deOutubro),permitiuaadopçãodeumaDeclaraçãodetodosospaísespresentes(paraalémdosEstados-membros,
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dezEstadospesqueiros), reconhecendo anecessidadede reforçodasmedidasdecontroloevigilânciadaactividadedapescaea importânciadavertentecomercialdapesca ilegaledefendendoo recursoamedidasque impeçama importaçãodeprodutosprovenientesdestetipodepesca.Osresultadosdesta iniciativaconjuntadaPPUEedaComissão,paraalémdetraduziremumclarosinalpolíticoporpartedacomunidadeinternacional,impulsionarãoodebatecomvistaàadopçãodemedidas comunitárias concretas de combate à pesca IUU, as quais constituirão um doscontributosdaPoliticaComumdePescasparaafuturaPoliticaMarítimaEuropeia.
OConselhode 26 e 27deNovembro aprovou, por unanimidade, o compromissoapresentadopelaPPUErelativoàadopçãopelaComunidadedeumplano plurianual (15 anos) de recuperação do atum rabilho no Atlântico Este e no Mediterrâneo,recomendadopelaICCAT(ComissãoInternacionalparaaConservaçãodosTunídeosdoAtlântico).
AreuniãoanualdaNAFO(OrganizaçãodePescasdoAtlânticoNoroeste4),queserealizouemLisboa,de24a28deSetembro,alcançouresultadosmuitopositivos.Paraalémdaadopçãodemedidasequilibradasdegestãoeconservaçãopara2008, foipossível,após2anosdenegociação,acordarnareformadaConvenção,adaptando-aàsnovas regrasdefinidaspelasNaçõesUnidas, designadamente a abordagemdeprecauçãoeagestãoecossistémica,bemcomomodernizandoosprocedimentosdedecisão.
4 Organização Regional que tem por objectivo gerir, numa base multilateral, os recursos de pescasituadosnoaltomar,numazonacontíguaàZonaEconómicaExclusivadoCanadá,zonadamáximaimportânciaparaaactividadedafrotalongínquanacional.
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C – ESPAÇO DE LIBERDADE, SEGURANÇA E JUSTIÇA
C.1 – MIGRAÇÕES, FRONTEIRAS E VISTOS
Abordagem Global das Migrações: “África e Mediterrâneo”
APPUEefectuouMissões específicas “Migração”(previstaspeloConselhoEuropeudeDezembrode2006)aoSenegaleàEtiópiaefezaindao“follow-up”dasMissõesaCaboVerdeeaoGana.Poroutrolado,elaborouesubmeteuaosparceirosumanovalistadepaíses-alvopara2008.
AprimeirareuniãoMinisterial EuroMed MigraçõestevelugarnoAlgarve,em18e19deNovembro.APPUEconseguiureunirconsensoparaaprovaçãodeconclusõesquetocamtodososaspectosdatemáticamigratória.Estasconclusõescontêmumaparteoperacional,comumasériedeprojectosemcadaumdostrêspilaresprincipaisdaagendapolíticamigratória,cujaimplementaçãodeveráiniciar-seapartirdeJaneirode2008.
Esta primeira reunião Ministerial reveste especial significado dado traduzir-senumreforçosignificativodaparceriaEuroMed.Osresultadosdestareuniãoforamdevidamentetidosemcontanostrabalhosda2aCimeiraUE-África(verpontoD.4).
Alargamento da Abordagem Global das Migrações ao Leste e Sudeste da Europa
APPUEparticipou nas primeiras reuniões exploratórias, lideradas pelaComissão,paraaaplicaçãodaAbordagemGlobaldasMigraçõesàsregiõesvizinhasdoLesteeSudestedaEuropa,talcomodecididopeloConselhoEuropeudeJunhode2007.Osresultadosapontamparaoaprofundamentoedesenvolvimentodeacçõesaoabrigodoquadroestruturadodediálogopolíticoedecooperaçãojáexistentecomospaísesdaregião.APPUEaprovouaslinhasgeraisdeorientaçãopolíticaparaoseguimentofuturodaAbordagemGlobaldasMigrações.
Migração Circular e Parcerias de Mobilidade entre a UE e Países Terceiros
O Conselho JAI de 6 e 7 de Dezembro aprovou Conclusões sobre Parcerias de Mobilidade e Migração Circular,obtendo,assim,oacordodosparceirosparaqueosprimeirosprojectos-pilotodeparceriassejamlançadosem2008(comCaboVerdeeaRepúblicadaMoldova).EstasConclusõesforamigualmenteaprovadaspeloCAGRE,de10e11deDezembro.
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A PPUE aprovou ainda um glossário explicativo das noções usadas na área daMigraçãoeDesenvolvimento,queincluiamigraçãocirculareparceriasdemobilidade,constando também outros conceitos, como política europeia migratória global,AbordagemGlobaldasMigrações,perfisdemigração,plataformasdecooperaçãosobre migração e desenvolvimento e programa temático sobre migração e asilo(Sobre migrações e desenvolvimento, ver também ponto D.16 – Coerência das Políticas para o Desenvolvimento).
Imigração Legal
A PPUE realizou uma Conferência de Alto Nível sobre Imigração Legal (Lisboa,13 e 14 de Setembro), que reuniuMinistros e peritos. Foi debatida a gestão dosfluxosmigratórios,a integraçãodosmigranteseosefeitosdasmigraçõessobreodesenvolvimento,tendosidoconfirmadaaimportânciadeumapoliticademigraçãolegalbemgeridaparaocrescimentoeconómicodaUnião.
Tevelugarem27e28deSetembro,emLisboa,umaConferênciasobre“MigraçõeseSaúdenaUE:melhorsaúdeparatodosnumasociedadeinclusiva”,noqualseabordouoacessodeimigrantesaosistemadesaúde(ver também ponto B.12 – Saúde).
Aspropostasdedirectivasobreaadmissãodetrabalhadoresaltamentequalificadosesobreumaautorizaçãoúnicaeconjuntocomumdedireitosparaosnacionaisdepaíses terceiros, aprovadas pela Comissão a 23 de Outubro, foram formalmenteapresentadasedebatidasnoConselhoJAIde8e9deNovembro.
A6deDezembro,realizou-seumareuniãoconjuntadosMinistrosdaJustiçaedosAssuntos Internos e dosMinistros doEmprego e daPolítica Social, que efectuouumdebatepolíticosobreotema“Migração,EmpregoeEstratégiadeLisboa”,àluzdaspropostaslegislativasnestedomínio.Esteencontropermitiuconstatarqueumapolíticamigratóriabemgeridapoderácontribuirparacolmatarosdéficesdomercadode trabalhoeuropeue,nestecontexto,sublinhoua importânciadasmedidasparacombateroempregoilegal,enquantofactordeatracçãodeimigraçãoilegal,eparapromoveraintegraçãodosmigrantes.
OConselhoJAIde6e7deDezembroaprovou,ainda,umaAbordagemGeralsobrea proposta de Decisão do Conselho que cria uma Rede Europeia de Migrações,destinadaafornecerinformaçõessobremigraçõeseasiloàsInstituiçõeseuropeiaseaosEstados-membros.
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Migrações e emprego
Nocontextodaglobalização,ofenómenodasmigraçõestemumpapelfundamental,contribuindoparaaumentaropotencialdecrescimentoeparafacilitarosajustamentos.Nestesentido,ecombasenumrelatóriodaComissão,oConselhoECOFINde4deDezembroadoptouConclusõessobreosefeitosdesta realidadenamobilidadedofactortrabalho,salientandoqueocrescimentodemográficodaUniãoEuropeiaécadavezmaissuportadopelosfluxosmigratórios.Destacouaformadecisivacomoestescontribuempara o reforço da flexibilidade necessária para fazer face a choques ecompensarfracosníveisdemobilidadeintra-regional.Aimigraçãonãopodesubstituirasreformasestruturais.
(Sobre migrações, ver também ponto D.16 – Organização Internacional das Migrações).
Reforço das Fronteiras Externas
APPUEdeuumforteimpulsoàcriaçãodoSistema Integrado de Gestão das Fronteiras Externas da União,tendoaprovado,noConselhoJAIde18deSetembro,ConclusõessobreafronteiramarítimasuldaEuropa.
A Presidência atribuiu, também, prioridade à operacionalização das equipas de intervenção rápida nas fronteiras (RABITs), que contarão com a participação deperitosdosEstados-Membros.Materializandoessalinhadeorientação,decorreunoaeroportoFranciscoSáCarneiro/Porto,de6a9deNovembrode2007,oprimeiroexercíciooperacionalalgumavezrealizadosobreaactuaçãodasRABITs.
A gestão integrada das fronteiras, nomeadamente através do uso das novas tecnologias,foiumdostemasdebatidosnareuniãoinformaldeMinistrosJAI(Lisboa,1e2deOutubro),tendoentãosidosublinhadaanecessidadedefazerummelhoraproveitamento das possibilidades dos sistemas automatizados de passagem dasfronteiras(videocasodosistemaportuguêsRAPID).
Vistos
Instrumentos aprovados:
P Acordos de facilitação da emissão de vistos de curta duração–foramnegociadose aprovados Acordos de Facilitação de Vistos com cinco países dos BalcãsOcidentais (Albânia, Antiga República Jugoslava da Macedónia, Bósnia eHerzegovina,MontenegroeSérvia)ecomaMoldávia(ver ponto C.8 – Relações Externas JAI);
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P Iniciativa da República Portuguesa para a Alteração da Parte 1 da Rede de Consultas Schengen (Especificações Técnicas)–foramintroduzidasalteraçõestécnicascomoobjectivodepermitirainclusãonaredeVISIONdosnoveEstados-MembrosquecomeçaramaaplicartotalmenteoAcervodeSchengen,em21deDezembrode2007;
P Decisão do PE e do Conselho introduzindo um regime simplificado de controlo de pessoas nas fronteiras externas,baseadonoreconhecimentounilateralpelaBulgária,RepúblicaCheca,Chipre, Letónia,Hungria,Malta,Polónia,Roménia,EslovéniaeEslováquiadecertosdocumentoscomoequivalentesaosseusvistosnacionaisparafinsdetrânsitopelosseusterritórios;
P Decisão do PE e do Conselho emendando a Decisão 896/2006/CE, que estabelece um regime simplificado de controlo de pessoas nas fronteiras externas,baseadonoreconhecimentounilateralpelosEstados-MembrosdecertasautorizaçõesderesidênciaemitidaspelaSuíçaepeloLiechtensteinpara finsde trânsitopelosseusterritórios.
Progressos técnicos alcançados:
P Alargamento da Rede de Consulta Schengen (“VISION”)àparticipaçãodosnoveEstados-MembrosquecomeçaramaaplicartotalmenteoAcervodeSchengenem21deDezembrode2007–consistiunamigraçãodosoftwareVISIONutilizadoaquinzeparaumnovoquepermitisseaparticipaçãodemaispaíses–comofoiocasodoSISone4All–,semoqualnãoseriapossívelaosnovenovosEstados-MembrosemitiremvistosSchengendesdeasuaintegração.Oprocessoimplicouplaneamento, realização de testes e a concretização da migração num curtoespaçodetempo(vertambémpontoA.4–AlargamentodoEspaçoSchengen).
Progressos do Grupo de Trabalho Vistos:
P Projecto de Regulamento do PE e do Conselho que emenda as Instruções Consulares Comuns com vista à introdução da biometria–emboranãotenhasidopossívelfecharoprocessoemco-decisão,comochegouaseradmitido,aPPUEdeuumgrandeimpulsoàsnegociaçõesdesteprojectonoseiodoConselho,processoqueseencontravabloqueadodesdeaPresidênciafinlandesa.Foipossívelencontrarsoluçõesdecompromissoparamatériascomoahierarquizaçãodasformasdecooperaçãoparaarecepçãodospedidosdevistoouovalordosemolumentoscobradosemcasodeexternalizaçãodosserviços(pontoquenãoficoufechadomascujasoluçãodeveráterporbaseapropostadaPPUE);
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P Projecto de Regulamento do PE e do Conselho que visa a criação de um Código Comunitário de Vistos – A PPUE conseguiu chegar ao fimda primeira leituradeste projecto, o que era considerado improvável dado que até ao seu inícioapenastinhasidoanalisadoumterçodosartigos;
P Manuais de Cooperação Consular Local Schengen – A PPUE apresentou umrelatório com a avaliação dos onzemanuais recebidos dos postos consularesportugueses a quem foi solicitado este exercício, que visa a harmonizaçãodepráticaseda interpretaçãodasnormasdas InstruçõesConsularesComuns.Orelatório inclui ainda recomendações paramelhorar a eficácia da CooperaçãoConsularLocalSchengen.
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C.2 – LUTA CONTRA O TERRORISMO
APPUEempenhou-senadesignaçãodonovo coordenador europeu da luta contra o terrorismo,Sr.GillesdeKerchove.
O tema da radicalização e recrutamento assumiu um carácter essencial, tendo aPPUE organizado um Seminário (Bruxelas, 11 de Setembro) sobre a radicalizaçãoe recrutamento de jovens no contexto escolar. As conclusões emedidas práticaspropostasforamcontempladasnarevisãodaEstratégiaePlanodeAcçãocontraaradicalizaçãoerecrutamento.
A PPUE também atribuiu especial atenção à temática dos explosivos, tendoorganizadoumaConferência sobre amatéria (Braga, 16 e 17 de Julho).Combasenas respectivas conclusões, aComissãoapresentouumPlanodeAcção relativo àsegurança de explosivos, precursores e detonadores.OConselho JAI de 6 e 7 deDezembro aprovou Conclusões relativas às orientações e prioridades estratégicasparaaumentarasegurançadeexplosivos.
OConselhoJAIde8e9deNovembroalcançouumacordopolíticosobreaDecisãodoConselhoqueestabeleceamelhoriadacooperaçãoentreasunidadesespeciaisdeintervençãodosEstados-Membrosemsituaçõesdecrise(Decisão ATLAS).
No Conselho JAI de Dezembro foi apresentada uma proposta de alteração da Decisão-quadro de combate ao terrorismo, queprocuraactualizar este importanteinstrumentojurídicodaUnião.OCoordenadorEuropeudaLutacontraoTerrorismoapresentouaindaumconjuntodesugestõesparamelhoraraexecuçãodaEstratégiadaUEnestedomínio.
As questões ligadas à biopreparação e aomodo de enfrentar os riscos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares foram também objecto de particular atenção.Assim, combase no respectivo Livro Verde daComissão, no futuro inventário deinstrumentosenoexercíciosobrebiopreparaçãorealizadonoquadrodaPPUE,foramaprovadasConclusõessobreestamatérianoConselhoJAIdeDezembro.
(Sobre os aspectos externos/PESC da luta contra o terrorismo, ver também ponto D.11 – Luta contra o Terrorismo).
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C.3 – COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA E POLICIAL
Dia Europeu Contra a Pena de Morte
OConselhoJAIde6e7deDezembrochegouaacordo,porunanimidade,quantoàinstauraçãodoDiaEuropeuContraaPenadeMorte,acelebrara10deOutubro.Esteacordosó foipossíveldevidoàmudançadeGovernonaPolónia,paísquesetinha oposto a tal adopção no contexto da Conferência contra a pena de morte(Lisboa,9deOutubro),promovidapelaUniãoEuropeiaepeloConselhodaEuropa.NessaconferênciaoDiaEuropeuacabariaporserinstituído,masapenasaoníveldoConselhodaEuropa.
APPUEdecidiurecolocarotemanaagendadoConselhoJAIdeDezembro,oquepermitiuoacordorelativamenteaumadasmaisimportantesesimbólicasiniciativasdaPresidência.
(Ver também ponto D.10 – Organização das Nações Unidas, no âmbito da resolução sobre a moratória do uso da pena de morte).
Protecção de Dados Pessoais
Depoisde,em18deSetembro,oConselhoteralcançadoumacordoquantoaduasimportantesquestõesnocontextodasnegociaçõesdoprojectodedecisão-quadrosobreaprotecçãodedadospessoaisnodomíniodacooperaçãopolicialejudiciáriadaUE,oConselhoJAIde8e9deNovembroacordounumaAbordagemGeralsobreacitadapropostadedecisão-quadro.
Acordo de Prüm
AintegraçãodoAcordodePrümnoacervodaUEcarecedaadopçãodeumadecisão de implementação,cujaproposta,depoisdelargamentedebatidaduranteaPPUE,foiobjectodeumaAbordagemGeralnoConselhoJAIdeNovembro.
Este instrumento tem por objectivo executar a decisão do Conselho, acordadaem Junhode 2007, que integra naUE a parte relativa ao III Pilar da denominadaConvençãoPrüm.Onovotextoestabeleceasnecessáriasdisposiçõesadministrativasetécnicasrelativasadiversasformasdecooperação,especialmentenoqueserefereaointercâmbioautomatizadodedadosADN,dactiloscópicosederegistodeveículos.
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Cooperação Judiciária em Matéria Civil
ORegulamento (CE) no 1393/2007 relativo à citação e notificação de actos judiciais e extrajudiciaisfoiassinadonopassadodia13deNovembro5.Temcomoprincipaisobjectivos melhorar e acelerar as formas de transmissão de actos (citações enotificações), através da interacção directa entre as entidades locais responsáveispelatransmissão,previamentedesignadasporcadaEstado-Membro.
QuantoàpropostadeDirectiva relativa a certos aspectos da mediação em matéria civil e comercial, foi alcançado um acordo político no Conselho JAI de 8 e 9 deNovembro.EstaDirectivavisa facilitaroacessoà justiçadecidadãoseempresas,atravésdorecursoàmediaçãocomoprocedimentoadequadoàresoluçãodelitígiosdeformasimplificada.
APPUEtambémprocedeu,nodia30deOutubro,àassinatura,emnomedaUE,daConvenção de Luganorelativaaoreconhecimentoeexecuçãodedecisõesemmatériacivilecomercial(anovaConvençãoincluiaComunidadeEuropeia,Islândia,NoruegaeSuíça).
ApropostadeRegulamento relativo à lei aplicável às obrigações contratuais (Roma I)foiaprovadanoConselhoJAIde6e7deDezembro,possibilitando,assim,oacordocomoPEemprimeira leitura.EstapropostavisasubstituiraConvençãodeRomade 1980, relativa à lei aplicável às obrigações contratuais, transformando-a numinstrumentocomunitárioe,aomesmotempo,procedendoàsuaactualização.
E-Justice
APPUErealizouumaConferênciadedicadaàE-Justice(Lisboa,3e4deSetembro),onde foramdivulgadosdiversos serviços electrónicosde sucesso, como formadeabordagemaoE-Justice,atravésdointercâmbiodeexperiênciaseboaspráticas.
Areunião informaldeMinistros JAI (Lisboa,1e2deOutubro)acordouem iniciaros trabalhos de detecção dos obstáculos legais à justiça electrónica, criar umfórumpermanente de partilha de boas experiências e utilizar preferencialmente aviaelectrónicanos futuros instrumentoscomunitários.EmDezembro,oConselhoJAI procedeu auma trocade impressões epontoda situação sobre estamatéria,sublinhandoaimportânciadotrabalhodesenvolvidopelaPPUEemtornodoprotótipodeportaleuropeudeJustiçaElectrónica.
5 JOL324,de10.11.07.
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Luta contra a Droga
O Conselho JAI de Dezembro aprovou um documento relativo ao nível definanciamentoedistribuiçãogeográficaetemáticadosprojectosdaUniãoEuropeiaemmatériadelutacontraadroga,noqualconstaamatrizdeassistência,istoé,ummaparelativoàassistênciaprestadapelosEstados-MembrosepelaComissãonalutacontraadroga.
APPUEpromoveutambémumdebatetemático,nomeadamentesobre“Reduçãodosdanosnasprisõeseprevençãodadroganasruas”.
Teve ainda lugar uma Conferência em Lisboa, em 19 e 20 de Setembro, sobre a“AvaliaçãodasPolíticasPúblicaseProgramassobreDroga”,bemcomooencontrodosCoordenadoresNacionaisdeDrogasdaUE(Lisboa,24deOutubro).
(Sobre a vertente externa/PESC, ver ponto D.12 – Luta contra a Droga).
Luta contra o Tráfico de Seres Humanos
Areunião informaldeMinistrosJAI(Lisboa,1e2deOutubro)debateuotemadaProtecção das Crianças,dequeresultouoreconhecimentopolíticodequeaprotecçãodacriançaéumadasprioridadesdaUniãoEuropeia.
Nosdias8e9deOutubro,decorreunoPortoumaConferênciasobreTráfico de Seres Humanos e Género, cujasconclusões (constantesdadenominada“DeclaraçãodoPorto”)apelamaoConselho,àComissãoeaosEstados-membrosparaqueprevinamecombatamaqueleflagelo(campanhasdesensibilização,promoçãodeestratégias,coordenação,formação,protecçãoàsvítimas,transposiçãodeinstrumentosjurídicoscomunitários,entreoutrasmedidas).
AComissão,comoapoiodaPPUE,organizouolançamentodoDiaEuropeu Contra o Tráfico de Seres Humanos(18deOutubro),quefoiacompanhadoporumSemináriosubordinadoaotema“TraffickinginHumanBeings:TimeforAction”,realizadoemBruxelas,aoqualaPPUEeoPEseassociaram.
SobpropostadaPPUE,oConselhoJAIde8e9deNovembroaprovouConclusõessobre tráfico de seres humanos, o que traduz um importante sinal político decondenaçãoecombateaestefenómenovioladordosdireitoshumanos,mensagemqueseinscrevenalinhadosvaloresculturaisejurídicosdefendidosepropostospelaUniãoEuropeiaepelosseusEstados-Membros.
AsConclusões,paraalémdesublinharemanecessidadedeseencararofenómenonum contexto global, convidam os Estados-Membros a adoptarem medidas de
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protecção,deassistênciaedeindemnizaçãoàsvítimasdotráficodesereshumanos,semperderdevistaaperspectivadegénero,apardoreconhecimentodasituaçãoespecialdascriançasvítimasdetráfico,paraqueménecessáriaumaassistênciaeprotecçãoadequadas.
Cooperação Policial e Aduaneira
NosConselhosJAIdeNovembroedeDezembrochegou-seaacordo,respectivamente,sobreosCapítulosIIeIIIesobreosCapítulosVI,VIIeIXdapropostadedecisãoqueprocedeà substituiçãodaConvenção Europol.Osdebates sobreos restantescapítulos continuarão a decorrer durante a futura Presidência eslovena, tal comoprevisto,deformaasubstituiraConvençãoatéaofinaldoprimeirosemestrede2008.NoConselhoJAIdeNovembrofoitambémaprovadoum“roadmap”,elaboradopelaComissãoepelaEUROPOL,paragarantirqueofinanciamentodesteorganismosejafeitoatravésdoorçamentocomunitárioapartirde2010.
Aindanacooperaçãopolicial,oConselhoJAIdeDezembroaprovouConclusõesqueadoptamoprogramadetrabalhosobremedidasadicionaisdestinadasaoptimizarasegurançaporocasiãodejogosdefutebolcomdimensãointernacional,bemcomoumManualdestinadoàsautoridadespoliciaisedesegurançaparaacooperaçãoemeventosdedimensãointernacional.Sobreestetema,aPPUEassociou-seàComissãoEuropeia, ao PE e à UEFA na organização em Novembro, em Bruxelas, de umaConferênciadeAltoNível subordinadaao tema“RumoaumaEstratégiaEuropeiacontraaviolêncianodesporto”.
Noâmbitodacooperaçãoaduaneira,aPPUEprosseguiuaavaliaçãodaConvenção de Nápoles II,tendosidodadoseguimentoàimplementaçãodoPlanodeAcçãoparaaCooperaçãoAduaneirapara2007-2008.QuantoaoSistemadeInformaçãoAduaneira,avançaramabomritmoostrabalhosvisandoasuamodernizaçãoetransposiçãoparaumambiente“web-based”.
APPUEpromoveuaindaadinamizaçãodeummecanismodecoordenação operacionaldostrabalhosdacooperaçãoaduaneiracomoutrosgruposdetrabalhoeinstâncias(Grupo da Cooperação Policial, FRONTEX, “Task Force” dos Chefes de Polícia),procurando também reforçar o apoio à cooperação operacional entre entidadespoliciaisealfandegárias,comvistaàrealizaçãodeoperaçõesaduaneirasconjuntaspelosEstados-Membros.
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Luta contra a Cibercriminalidade
A PPUE procurou aprofundar os trabalhos no que se refere à luta contra acibercriminalidade. No Conselho JAI de Dezembro aprovou Conclusões visandoapoiarosesforçosdesenvolvidosaoníveldaformaçãodasautoridades,comdestaqueparaopapeldaEUROPOLeEurojust,eencorajandoacooperaçãoentreentidadespúblicaseprivadascomoformadeprevençãoecombateaestefenómeno.
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C.4 – AGÊNCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UE
APPUEempenhou-seemdarcontinuidadeaostrabalhosconducentesaviabilizaroplenofuncionamentodaAgênciadosDireitosFundamentaisnoiníciode2008.
OConselhochegouaacordosobreoprogramaplurianualdaAgênciaparaoperíodo2007-2012,aguardando-seoparecerdoPE,previstoparaJaneirode2008.
NoqueserefereaoAcordodeCooperaçãoentreaAgênciadosDireitosFundamentaise o Conselho da Europa, após parecer positivo do PE, em 13 de Dezembro, foiigualmente,alcançadoumacordonoConselho.Otextocareciadeserultimadopelosjuristas-linguistas,peloquesóiráserformalmenteadoptadonapróximaPresidênciaeslovena.
ProsseguemostrabalhosparaanomeaçãodoDirectordaAgência,tendoaComissãoapresentado uma lista de candidatos. O Parlamento Europeu e o Conselho nãoprocederamaindaàsuaaudição.EsteprocessosóficaráconcluídocomanomeaçãopeloConselhodeAdministraçãodaAgência,quedeveráteremcontaospareceresdoPEedoConselho.
(Sobre a vertente externa/PESC dos direitos humanos, ver ponto D.10 – Direitos humanos).
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C.5 – ASILO
Em6deJunho,aComissãoadoptoutrêsComunicações:“LivroVerdesobreofuturoSistemaEuropeuComumdeAsilo”;“PropostadeDirectivadoConselhoquealteraaDirectiva2003/109/CEdemodoaalargaroseuâmbitodeaplicaçãoaosbeneficiáriosdeprotecção internacional”; “RelatóriodaComissãoaoPEe aoConselhosobreaavaliaçãodoSistemadeDublin”.
APPUEdeu início aos trabalhosde análisedapropostade alteraçãodaDirectivadoConselho2003/109/CE6,noGrupodeTrabalho“Asilo”(note-sequeestenãosereuniuduranteasduasanterioresPresidências).
Teve lugaremBruxelas,a7deNovembro,aaudiçãopúblicadoLivroVerdesobreofuturoSistemaEuropeuComumdeAsilo,nasequênciadoprocessodeconsultalevadoacabopelaComissão.OsseusresultadosservirãodebaseparaapreparaçãodeumPlanodeAcção,aadoptarno1otrimestrede2008,tendoemvistaaconclusãodoSistemaEuropeuComumdeAsiloaté2010.
Foiadoptado,em26deNovembro,umRelatóriodaComissãoaoConselhoeaoPEsobreaaplicaçãodaDirectiva2003/9/CE,de27deJaneiro,queestabelecenormasmínimasemmatériadeacolhimentodosrequerentesdeasilonosEstados-Membros.Este relatório visa dar uma perspectiva geral da transposição e da aplicação daDirectiva.Emtermosgerais,aDirectivafoitranspostasatisfatoriamentenamaioriados Estados-Membros e a Comissão irá acompanhar as situações problemáticasidentificadas.
OConselhoEuropeudeDezembroaprovouconclusõesnestaárea, sublinhandoanecessidadedeprogressoparaaplenarealizaçãodofuturoSistemaEuropeuComumdeAsilo,até2010.AComissãodeveráavaliaros instrumentosdaprimeirafasedoSistemaEuropeuComumdeAsiloeproporiniciativasnodecursode2008.
6 EstapropostavisaatribuiraosrefugiadosebeneficiáriosdeprotecçãosubsidiáriaomesmoestatutoqueaUniãoconfereaosimigrantesresidenteslegalmentenumEstado-Membrohácincoanos.Pretende-se,destamaneira,assegurarumaequiparaçãotendencialaosnacionais,nomeadamenteemmatériadeemprego,educaçãoeliberdadedecirculaçãonoespaçoeuropeu.
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C.6 – PROTECÇÃO CIVIL
APPUEdeuprioridadeàsnegociaçõesdapropostadeDirectivarelativaàProtecção das Infra-estruturas Criticas,tendoalcançadosignificativosavanços,assinaladosnorelatóriodeprogressoenviadoaoConselhoJAIde6e7deDezembro.
A PPUE realizou um seminário sobre o Sistema de Alerta Precoce, com especialênfasenoriscodeTsunamis(Albufeira,15a18deJulho),comoobjectivodedebaterarespostaeuropeiaàquelasemergências.AsConclusõessobreestetema,aprovadaspeloConselhoJAIdeDezembro,permitirãoimpulsionarostrabalhosnestedomínio,enquadrandoaacçãoeuropeianosistemaaserdesenvolvidoanívelmundial.
DuranteaPPUEfoiaprovadoumnovoMecanismo Comunitário de Protecção Civil (Recast),queirátornarmaiscélereeeficazarespostaaemergências,nomeadamenteatravésdoestabelecimentode“módulos”comunitáriosdeprotecçãocivil.
Na vertente externa, realizou-se, em Outubro a primeira reunião dos Directores-GeraisdeProtecçãoCivilnoâmbitoEuroMed,naqual foramdiscutidasformasdeaprofundaracooperação.
AspropostasconstantesdoRelatório Barnierde2006,quecontemplaumconjuntode recomendações sobreamelhoriada capacidadeeuropeiade respostaa crises,incluindo a criação de uma Força Europeia de Protecção Civil, foram objecto dedebatenoâmbitodareuniãodo“GrupodoFuturo”7,queserealizouem29e30deOutubro,naMadeira.
7 Grupodetrabalhoinformaldenívelministerial,parareflexãosobreofuturodapolíticaeuropeiaemmatéria de assuntos internos a partir de 2010, criado por proposta da anterior Presidência alemãe composto pelos Ministros do Interior dos dois “Trios de Presidências” (Alemanha, Portugal,Eslovénia,França,RepúblicaChecaeSuécia),umMinistrodoInteriordo“Trio”seguinte(Espanha),umrepresentantedeumEstado-membrode“commonlaw” (ReinoUnido)eaComissão(ComissárioFrattinni).OGrupodeveráapresentarumrelatóriodostrabalhosem2009.FoicriadotambémduranteaPPUE,um“GrupodoFuturo”paraaáreadajustiça.
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C.7 – PROTECÇÃO CONSULAR
APPUEimpulsionouodebateepromoveudiversasiniciativasnoâmbitodaprotecçãoconsular,sendodedestacarosseguintespontos:
P O“Estado Piloto”duranteascrisesconsulareseagestãodasmesmas,realizando-seumexercícionoCairo,em26deOutubro,abertoatodasasEmbaixadasdaUEecoordenadopeloReinoUnido.Esteexercícioteveporobjectivoreflectirsobreopapeldo“EstadoPiloto”emcasodeemergênciaconsular;
P Os detidos da UE em vários países, nomeadamente nos Estados Unidos, naAméricaLatina,naBielorrússiaenaLíbia.EmrelaçãoaoUruguai,classificadodurante a Presidência alemã na categoria C no que respeita às condições dedetenção(sendoAosquetêmmelhorescondiçõeseCaspiores), foiaceiteapropostadaPPUE,nasequênciadeumpedidodosChefesdeMissãodaUEemMontevideu,paraqueestepaísfossereclassificadonacategoriaB;
P A Protecção Consular, prosseguindo o debate relativamente a esta temática,nomeadamentesobreoLivroVerdedaComissãoeorespectivoPlanodeAcção,quefinalmentefoiapresentadopelaComissãoduranteaPPUE.
Deassinalarque,por iniciativaconjuntadaPPUEedaComissãoEuropeia, foipelaprimeiravezorganizadoumSemináriosobreestamatéria (Lisboa,26deNovembro), reunindo os representantes dos Estados-Membros, bem comoalgunsrepresentantesconsularesnospaíseslusófonosemÁfrica.
Este encontro foi estruturado em trêsmódulos e contou com a presença doSecretáriodeEstadodasComunidadePortuguesas,queproferiuodiscursodeabertura.ForamdebatidasexperiênciasdeprotecçãoconsularempaísesterceirosrelativamenteanacionaisdaUniãoEuropeianosquaisoEstado-Membrodequesão oriundos não se encontra representado. Dado o seu sucesso e utilidade,reconhecido por todos, será realizada uma iniciativa semelhante durante aPresidênciaeslovena.
AindanoâmbitodaProtecçãoConsulardosnacionaisdosváriospaísesdaUE,tevelugaremLisboa,em11deOutubro,umaTroikaConsularcomosEstadosUnidos.Foram debatidos vários assuntos do foro consular entre a União e os EUA, taiscomo:
noacessoàprotecçãoconsularporpartedosdetidosdaUEnosEUA;
nasdificuldadesdetratamentodenacionaisdaUEnospontosdeentradadosEUA;
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naAutorizaçãoElectrónicadeViagem,comopartedonovoProgramaVisaWaiver;
nOsraptosdecriançasporpartedosprogenitores;
nosplanosdecontingênciaexistentesnoâmbitodaspandemias;
nacooperaçãoemcasodegestãodecriseconsulareocontactodecidadãosemcasodedesastresnaturais,bemcomooacessoàprotecçãoconsularduranteoprocessodedeportaçãoporpartedenacionaisdaUE.
Areuniãodecorreunumambientedetrabalhodescontraídoeconstrutivo, tendoadelegaçãoamericanasidomuitoreceptivaàssituaçõesexpostas.
P Os grandes eventos internacionais com reflexos consulares, iniciando-se adiscussãosobreacooperaçãoconsularentreosparceiros,emPequim,duranteosJogosOlímpicosde2008.
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C.8 – RELAÇÕES EXTERNAS JAI
Portugal deu continuidade ao vasto programa RELEX JAI iniciado em anterioresPresidências,comespecialenfoqueparaasquestõesligadasàconclusão/assinaturados acordos de facilitação de vistos e de readmissão de pessoas em situaçãoirregular.
Derealçarque,nodecursodaPPUE,foramassinadosacordos de facilitação de vistos e de readmissão de pessoas em situação irregular com quatro países dos BalcãsOcidentais(AntigaRepúblicaJugoslavadaMacedónia,BósniaeHerzegovina,SérviaeMontenegro), em Setembro de 2007, um acordo de facilitação de vistos com aAlbâniaedoisacordosdefacilitaçãoereadmissãocomaMoldova,emOutubrode2007.Estesacordosdeverãoentraremvigorem1deJaneirode2008,viabilizandoamanutençãodastaxasdeemissãodevistosnosactuais35Eurose,assim,facilitandoos contactos entre os povos da UE e estes países vizinhos8. As negociações doacordodereadmissãocomoPaquistãoforamconcluídas,aguardando-sequesejamrubricados.
OAcordo entre a UE e os EUA relativo à transmissão de dados PNR (“PassengerNameRecord”)foiassinadoa23deJulho,àmargemdoCAGRE,estandoemcursonegociaçõesparaasuaimplementação.
A PPUE fomentou o reforço da cooperação entre osGrupos de Trabalho da áreaJAIeosGruposdeTrabalhoregionais,deformaaprosseguira implementaçãodadimensãoexternadaáreaJAI.Acooperaçãocomospaísesterceirosfoiimpulsionada,nomeadamentecomosEUAeaRússia,parceiroscomosquaistiveramlugartroikasJAIaonívelministerial,respectivamenteem22e23Novembroe10e11deDezembro.
8 NostermosdaDecisãodoConselhono2006/440/CE,de1deJunhode2006,ocustodosemolumentosa cobrar por cada pedido de visto passou de 35 para 60 Euros, de forma a cobrir os encargossuplementaresdecorrentesdarecolhadedadosbiométricosdosrequerentesdevisto.Esteaumentoentrouemvigorem1deJaneirode2007.Noentanto,eafimdefacilitaroscontactosdosnacionaisdepaísesterceirosvizinhoscomosEstados-MembrosdaUE,areferidaDecisãodoConselhoexceptuouexpressamentedaaplicaçãodaactualizaçãodopreçodosemolumentosospaísesterceirosemrelaçãoaos quais a Comissão tivesse sidomandatada peloConselho, antes de 1 de Janeiro de 2007, paranegociarumAcordodefacilitaçãodevistos.
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D – RELAÇÕES EXTERNAS
D.1 – POLÍTICA EUROPEIA DE VIZINHANÇA
Com o apoio político da PPUE, a Comissão organizou uma Conferência sobre o reforço da Política Europeia de Vizinhança (PEV),a3deSetembro,emBruxelas,nasequênciadasuaComunicaçãodeDezembrode2006.ParticiparamMinistrosdosNegócios Estrangeiros de vários Estados-Membros e foram convidados todos ospaísesabrangidospelaPEV.AreuniãotevecomoobjectivotransmitiraosparceirosdaUEaimportânciaqueaUniãoatribuiàPEV,daraconheceraComunicaçãodaComissãoeouvirosparceiros.
AComissãoapresentounoCAGREde10e11deDezembroumaComunicaçãosobreaPolíticaEuropeiadeVizinhança,naqual,nasequênciadodebatesobreaPEVquedecorreuem2007,seanalisaasáreasemrelaçãoàsquaisaComissãoeosEstados-Membrosterãodedarseguimentoem2008enosanosseguintes.
NassuasConclusões,oConselhoEuropeuconvidouafuturaPresidênciaeslovenaaprosseguirostrabalhosdeexecuçãodoreforçodaPEV.
Por outro lado, esta política prevê, com base no princípio da diferenciação, apossibilidadedeaUEdesenvolverrelaçõesaprofundadascomcadaparceiro.Nestequadro,foicriadoumGrupodeTrabalhocomMarrocos(ver ponto D.2 - Marrocos),tiveram lugar duas rondas negociais do novo Acordo Reforçado UE-Ucrânia (ver ponto D.3 - Ucrânia)erealizou-seasegundareuniãodoGrupodeReflexãoUE-Israel.Nodecursodestareunião,Israelapresentoupropostas informaisparadebatecomaUE, tendoosEstados-Membros consideradonecessárioproceder aumaanáliseaprofundada,anívelinterno,sobreaspropostasisraelitas.
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D.2 – MEDITERRÂNEO, MÉDIO ORIENTE E GOLFO PÉRSICO
Tendo presente a importância do flanco sul do Mediterrâneo enquanto espaçogeoestratégico fundamentalparaaestabilidadeeprosperidadedaEuropa,aPPUEassumiucomoprioridadecolocaroMediterrâneoeasrelaçõescomomundoárabeeislâmiconocentrodaagendaeuropeia
Nestaperspectiva,aPPUEprocuroudesenvolverereforçaraacçãodiplomáticaemdiversas instâncias, que se traduziu num renovado interesse e atenção a dossiersque,pelasuaimportânciaintrínseca,designadamenteoPPMO,IrãoeIraque,oupeloseuimpactonazonaeuro-mediterrânica,contribuemparaoestabelecimentodeumaáreadepaz,estabilidadeeprosperidadepartilhadas.
EuroMed
APPUEdedicouumaatençãomuitoparticularàvertenteEuroMed,tantoemtermospolíticoscomoeconómicos,enfatizandoasuarelevânciaestratégicaparaaUE.FoidesignadoumCoordenadordaPPUEparaavertenteEuroMed,oEmbaixadorPedroRibeirodeMenezes.
Na 9a Reunião dos Ministros de Negócios Estrangeiros da Parceria EuroMed(Lisboa,5e6deNovembro)foramadoptadasconclusõesporconsenso,aprovandoum programa de trabalho para 2008.De destacar a inclusão, em anexo, de umaDeclaração da Presidência sobre o PPMO que tornou possível reunir o consensoparaumareferênciaaoconflitoisraelo-árabenasconclusões.Poroutrolado,serádeassinalaraadesãodaAlbâniaeMauritâniaaoProcessodeBarcelona,quecontanestemomentocom39paísesparticipantes.
Àmargemdestaministerial,tevelugaratroikaministerialUE-União do Magrebe Árabe,que permitiu retomar o diálogo em domínios de interesse comum, interrompidodesde1991,eexplorarnovasformasdecooperaçãofutura.
Foram ainda realizadas as Reuniões Ministeriais EuroMed ECOFIN (Porto, 15 deSetembro),Comércio(Lisboa,21deOutubro),Migrações(Albufeira,18e19Novembro),Energia(Chipre,17deDezembro)eaConferênciadeAltoNívelsobrea“extensãodosprincipaiseixos transeuropeusdetransportesàregiãodoMediterrâneo”(Lisboa,3deDezembro).
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Por outro lado, a habitual Conferência Anual da Rede EuroMeSCo teve lugar emLisboa,em3e4deOutubro,abordandotemascomoasdiferentesgeometriasdoMediterrâneo(UniãoMediterrânica),combateàxenofobiaeculturadesegurança.
(Sobre EuroMed Comércio ver o ponto D.15 – Mediterrâneo; sobre EuroMed Migrações ver o ponto C.1 - Abordagem Global das Migrações: “África e Mediterrâneo).
Marrocos
Teve lugar em 23 de Julho, à margem do CAGRE, o Conselho de Associaçãocom Marrocos, no qual foi estabelecido um Grupo de Trabalho (compostopela Comissão, Secretariado-Geral do Conselho, todos os Estados-membros eautoridadesmarroquinas),queexaminaráosnovosobjectivoseetapasseguintesdodesenvolvimentodasrelações,nasequênciadopedidoapresentadoporestepaísparadesenvolverum“EstatutoAvançado”faceàUE.PortugalintegroucomaEspanhaeaFrançaumgrupodeapoioaodesenvolvimentodeste“EstatutoAvançado”.
Realizou-se o 6o Comité de Associação, em 30 deNovembro, no qual foi notórioodesenvolvimentodacooperaçãoentreambasasPartesereafirmadoodesejodereforçodasrelaçõescomaUE.
Decorreu ainda uma sessão de Diálogo Político Reforçado ao Nível de AltosFuncionários(Bruxelas,21deDezembro).
Tunísia
Realizou-seem12deOutubroa1areuniãodoSub-ComitédeDireitosHumanoscomaTunísia,cujoestabelecimentofoiconseguidoapósdoisanosdenegociaçõescomestepaís,contribuindodeformadecisivaparaanormalizaçãodasrelaçõesentreaUniãoEuropeiaeaTunísia,emparticularnavertentepolítica.
Na reunião do Conselho de Associação UE-Tunísia, que decorreu no dia 19 deNovembro,àmargemdoCAGRE,equenãotinhalugardesdeJaneirode2005,ambasaspartesmanifestaramavontadededarumsaltoqualitativonodesenvolvimentodorelacionamentomútuo.
Jordânia
Nodecursodo6oConselhodeAssociaçãoUE-Jordânia,realizadoem10deDezembro,emBruxelas,àmargemdoCAGRE,constatou-seaexcelênciadasrelaçõesentreasPartes e a importância deste país na região, nomeadamente pelo seu avançonasreformaspolíticas,quesãoumexemploparaoutrospaísesdavizinhança.
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Líbano
AsituaçãointernadoLíbanoeoimpassepolíticodecorrentedaausênciadeconsensopara eleiçãodonovoPresidente libanêsmereceuumconstante acompanhamentoemonitorizaçãoporpartedaPPUE.Desdeo iníciodoprocessoeleitoral, aPPUEenvidoueapoioutodososesforços,designadamentedeoutrosparceiroseuropeus,nosentidodeincentivaraspartesaalcançarumacordosobreocandidatopresidencial,comtotalrespeitopelasnormasconstitucionaiseseminfluênciasexternas.
Líbia
Nasequênciada resoluçãodo casodopessoalmédicobúlgaro, libertado a 18deJulho,foilançadooprocessoparaaredefiniçãodasrelaçõescontratuaisentreaUEeaLíbia.Assim,oCAGREde15e16deOutubroaprovouConclusõessobreaLíbia,quemarcamumanovafasenorelacionamentodaUEcomestepaísmediterrânico.OConselhomandatouaComissãoparaapresentardirectivasdenegociaçãotendoemvistaaconclusãodeumacordo-quadro.
Médio Oriente e Golfo Pérsico
Pontosadestacar:
P ReafirmaçãodoempenhodaUEnaobtençãodeumasoluçãodiplomáticadelongoprazoparaodossier nuclear iranianoeprossecuçãodasuaestratégiade“doubletrackapproach”relativamenteaoIrão.
AUEmanteveumaposiçãocoesadaUniãoEuropeianoquerespeitaaosprocessosemcursonoquadrodaAgênciaInternacionaldeEnergiaAtómicaedoConselhodeSegurançadasNaçõesUnidas (CSNU).FoiasseguradoconsensoquantoàeventualaprovaçãodeumaterceiraresoluçãosancionatóriadoCSNUeiniciadooprocessodereflexãosobreeventuaismedidasadicionaisdaUEquepossamvir a ser adoptadas, para reforçar oprocessodasNUe garantir os objectivospartilhadospelacomunidadeinternacional,expressosnasresoluçõesdoCSNU.
NasConclusõesdoConselhoEuropeudeDezembroétransmitidaumamensagemclara e inequívoca a Teerão para que cumpra as exigências da comunidadeinternacional;
P ApoioaumpapelcentraldasNUnoIraque,emdiversasáreas,eàpromoçãododiálogoecooperaçãoentreoIraqueeosseusPaísesVizinhos.APPUEparticipouem reuniões internacionais sobre o Iraque, designadamente a II ConferênciaMinisterial de Países Vizinhos do Iraque (Istambul, 2 e 3 de Novembro), a
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ReuniãodeAltoNívelsobreoIraque,(NovaIorque,22deOutubro)eaReuniãodoCompactoInternacionalparaoIraque(NovaIorque,20deJulho).
OMNEZebariparticipounasessãodoCAGREde19e20Novembroerealizou-seaTroikaministerialUE-Iraque(Nova Iorque,27deSetembro), reflectindooempenhonofortalecimentodorelacionamentopolíticocomoIraque.
FoiprosseguidaadoaçãodeassistênciahumanitáriaeparaareconstruçãodaUEaoIraqueerenovadoomandatodasuaMissãoparaoEstadodeDireito,EUJUSTLEX,atéJunhode2009.EmNovembrotevelugara3arondadenegociaçõesdoAcordodeComércioeCooperaçãoUE-Iraque;
P Teve lugaruma troikaministerialUE-Conselho de Cooperação do Golfo (NovaIorque,27deSetembro)(ver ainda D.8 – Acordos de Comércio Livre).ComoIémenfoirealizadaumasessãodediálogopolítico(Bruxelas,25deOutubro);
P Decorreuumareunião de Altos Funcionários com a Liga Árabe(Bruxelas,11deDezembro),dandoinícioaoprocessodepreparaçãodareuniãoministerial“adhoc”UE-LigaÁrabe, que deverá ter lugar no dia 11 de Fevereiro de 2008, emMalta,duranteaPresidênciaeslovena.
Processo de Paz no Médio Oriente
FoidesignadoumcoordenadordaPPUEparaoPPMO,oEmbaixadorLuísAlmeidaSampaio,destacando-seosseguintestrabalhosdesenvolvidosduranteaPPUE:
P ContinuaçãodoenvolvimentoactivodaUEnasactividadesdo Quarteto,mediantea participação nas diversas reuniões que tiveram lugar durante o segundosemestrede2007.Destacam-seareuniãoanívelde“Principals”,quedecorreuemLisboaem19deJulho,eoterceiroencontroentreoQuartetoeoComitéde“Follow-up”daIniciativadePazÁrabe,quetevelugarnaEmbaixadadePortugalemParis,em17deDezembro,àmargemdaConferênciadeDoadoresparaosTerritóriosPalestinianos;
P Noquerespeitaainiciativasdeâmbitointernacional,participaçãonaConferência de Annapolis (26 de Novembro), que possibilitou o lançamento imediato denegociações substantivas sobre questões do estatuto final, tendo em vistaalcançarumacordoentrepalestinianoseisraelitasantesdofinalde2008;
P EndossodeumaEstratégia de Acçãoorientadoradasuaacçãonestedomínio:“StateBuildingforPeaceintheMiddleEast:anEUActionStrategy”,tendoemvistaaConferênciadeAnnapolis;
P Participação activa na Conferência de Doadores de Paris para os Territórios Palestinianos(a17deDezembro),cujosucessosetraduziunoelevadomontante
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defundosdisponibilizadospelacomunidadeinternacionale,designadamenteosparceirosárabes,paraofortalecimentodasinstituiçõespalestinianasetendoemvistaodesenvolvimentoeconómicoeacriaçãodofuturoEstadoPalestiniano.FoitambémanunciadaasubstituiçãodoanteriorTemporaryInternationalMechanism(TIM)pelonovomecanismoeuropeudeassistênciaaosTerritóriosPalestinianos:PEGASE(PalestinoEuropéendeGestiondel’AssistanceSocio-Economique);
P ParticipaçãodoPrimeiro-MinistroFayyaddaAutoridadePalestiniananoCAGREde10e11deDezembro;
P ApoioaotrabalhodesenvolvidonoterrenopeloEnviadoEspecialdoQuarteto,TonyBlair,eindicaçãodeumfuncionáriodiplomáticoportuguêsparaintegrarasuaequipaemJerusalémnodecursodaPPUE;
P Conclusãododifícilecomplexoprocessodeacreditação, juntodoGovernodeIsrael,dosfuncionáriosdamissão EUPOL COPPS,em28deDezembro;
P Noquadroda62aAGNU,aPPUEassegurouamanutençãodopadrãodevotodosEstados-membrosrelativamenteàaprovaçãodasresoluçõessobreoMédioOriente;
P AprovaçãodaResolução ECOSOC sobre Territórios Palestinianos Ocupados,tendoaPPUElogradogarantiraposiçãocomumdosEstados-membros(abstenção).
Tomadas de posição da UE
Forampublicadas,24 declarações da PresidênciaquereflectiramaposiçãodaUniãoEuropeiarelativamenteaacontecimentoseeventosrelacionadoscomaárearegionaldo Magrebe, Médio Oriente e Golfo Pérsico. Por outro lado, foram proferidas 6 intervenções da Presidência em nome da UE,previamenteacordadaspelosEstados-membrosdaUE,nasseguintesreuniõesinternacionais:
P ReuniãodoCompactoInternacionalparaoIraque(NovaIorque,20deJulho);
P ReuniãodeAltoNívelsobreoIraque(NovaIorque,22deSetembro);
P ReuniãodoAd Hoc Liaison Committee(NovaIorque,23e24deSetembro);
P IIConferênciadePaísesVizinhosdoIraque,formatoalargado(Istambul,2e3deNovembro);
P Conferência Internacional de Annapolis (Annapolis – Maryland, 16 deNovembro);
P ConferênciadeDoadoresdeParisparaosTerritóriosPalestinianos(Paris,17deDezembro).
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D.3 – EUROPA ORIENTAL, ÁSIA CENTRAL E CÁUCASO DO SUL
APPUEteveporobjectivocontribuirparaoreforçoemelhoriadasrelaçõesdaUEcomospaísesdaEuropaOriental,ÁsiaCentraleCáucasodoSul.Destaca-senestecontextoarealizaçãodasCimeirascomaRússiaecomaUcrânia.
Rússia
A20aCimeiraUE-Rússiarealizou-seemMafra,nodia26deOutubro,tendosidoemlargamedidaumaCimeirade“transição”edenormalizaçãodorelacionamentoentreosdoisblocos,não se esperandodela a resoluçãodosproblemaspendentes. FoidivulgadonofinaldaCimeiraumComunicadodeImprensadaPresidência.
Noencontropassou-seemrevistaograudeprogressoregistadonaimplementaçãodosRoteirosdosQuatroEspaçosComuns.Foi tambémsublinhadaa importânciados vários diálogos existentes entre a UE e a Rússia, que têm lugar em diversasáreas,comdestaqueparaoDiálogodeInvestimento,agorainiciado,eparaoDiálogoEnergético.Aestepropósito, registou-seapossibilidadedeseconcluirembreveaconcretizaçãodoMecanismodeAlertaPrecocenodomíniodaEnergia.Relativamenteàsperspectivasfuturas,foisublinhadaaimportânciadonovoAcordoeaurgênciadaconclusãodoprocessodeadesãodaRússiaàOMC.Assinalou-seaindaacrescenteinterdependência económica entre aUE e a Rússia, espelhada naMesa Redondade IndustriaisUE-Rússia, realizada àmargemdaCimeira, cujas conclusões foramapresentadasaoslíderes.
Por ocasião da Cimeira foram assinados umMemorando de Entendimento sobreDrogaseToxicodependênciaeumAcordosobreComérciodeAço.
DeassinalarqueduranteaPPUEteve lugaro1oConselhoPermanentedeParceria(PPC – “Permanent Partnership Council”)UE-Rússia sobre Cultura (Lisboa, 25 deOutubro), dando um sinal de abertura e ligação à sociedade civil.Na Cimeira deMafra,oslíderesdaUEedaRússiacongratularam-secomasuarealização.Em22e 23 deNovembro realizou-se emBruxelas o sétimoPPCna área JAI e em 10deDezembrotevelugaremBruxelas,àmargemdoCAGRE,oquartoPPCMNE’s.
Aindanoplanododiálogopolítico,foramváriasasreuniõesorganizadaspelaPPUEcom a Rússia, aosmais diferentes níveis, merecendo destaque, neste capítulo, areuniãoministerialquedecorreuàmargemdaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas,entreos27Estados-membrosdaUEeaRússia.
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Ucrânia
ACimeiraUE-Ucrânia realizou-seemKiev,a14deSetembro.ForamdiscutidososúltimosdesenvolvimentosnaUEenaUcrâniaeoestadodasrelaçõesentreambasaspartes.ParaalémdorelatóriodeprogressosobreoestadodasnegociaçõesdonovoAcordo,aCimeiratomouaindanotadosegundorelatóriodeprogressorelativoaoMemorando de Entendimento sobre Energia, assinado na Cimeira de 2005.OnovoAcordoReforçado foi referidocomoum importantepassoparaaUcrâniaseaproximardaUE.FoiaindaemitidaumDeclaraçãoconjunta.
AsnegociaçõesdonovoAcordoReforçadoUE-Ucrâniaprosseguiramabomritmo,tendodecorridoemOutubroaquintarondanegocial.EmDezembrodecorreu,emKiev,umareuniãodo3oGrupodeTrabalhodedicadoàsPolíticasSectoriais.
No quadro do diálogo político regular entre aUE e aUcrânia, a PPUE organizoudiversasreuniões,adiferentesníveis,assegurando,dessaforma,acontinuidadedoscontactos.
Ásia Central e Cáucaso do Sul
Mercê da importância reconhecida pela PPUE a estas regiões e à sua crescenterelevânciaparaaacçãoexternadaUE,foidesignadocomoCoordenadorparaaÁsiaCentraleCáucasodoSuloEmbaixadorManuelMarceloCurto.
Coube à PPUE iniciar a implementação da Estratégia da UE para a Ásia Central,adoptada no final da Presidência alemã. Para este efeito, foram organizadasdeslocaçõesaquatrodoscincopaísesdaregião(oTurquemenistãofoiaexcepçãopordificuldadesdecalendáriodasAutoridadesdeAshgabat).Foramaindaorganizadosdebatessobredireitoshumanos,nosquaisparticipouoRepresentanteEspecialdaUE(REUE)paraaÁsiaCentral,EmbaixadorPierreMorel.Estaabordagemrevelou-sedamaiorutilidadeparaostrabalhosdesenvolvidosduranteaPPUE.
NocasodoUzbequistão,noseguimentodeintensosesforçosdaPPUE(deslocaçãoa Tashkent e posterior negociação nas instâncias competentes do Conselho deumasuspensãotemporáriaeparcialdassanções),oCAGREaprovouasuspensãotemporáriadoembargodevistos.
QuantoaoCáucaso do Sul,foramdiscutidasassituaçõesnestespaíses,procurandochegaraconsensoquantoàlinhadeactuaçãopolíticaaseguir,numexercícioconjuntocomoREUE,EmbaixadorSemnby.
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Tomadas de posição da UE
Nesta área foram publicadas sete declarações da UE (caso Litvinenko, eleiçõespresidenciaisnoNagorno-Karabakh,incidentecomummíssilnaGeórgia,condenaçãode Fatullayev no Azerbeijão, situação na Geórgia, encerramento dos escritóriosdo British Council) e oito declarações da Presidência (eleições parlamentares noCazaquistão,eleiçõesnaUcrânia,Constituiçãoenovaleieleitoralquirguizes,marchasocialnaBielorrússia,acontecimentosnaGeórgia,manifestaçõesnaRússia,eleiçõesquirguizes,eleiçõespresidenciaisnoUzbequistão).
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D.4 – ÁFRICA
Oreforçodorelacionamentocomocontinenteafricano,emparticulararealizaçãoda2aCimeiraUE-África,constituiuobjectivoprioritáriodaPPUE.Nestesentido,nodecurso de 2007, Portugal continuou a desenvolver e a reforçar uma persistenteacção diplomática em diversas instâncias, incluindo junto da União Africana,tendoemvistaoreforçododiálogoeuro-africano,afinalizaçãodosdocumentosaseremapresentadosna2aCimeiraeaefectivarealizaçãoesucessodesteencontro.Recorde-sequea1oCimeiratevelugarnoCairo,em2000,tambémsobPresidênciaportuguesa.
(Ver também o ponto D.16 - África).
Cimeira UE-África
A realização da 2a Cimeira UE-África (Lisboa, 8 e 9 de Dezembro) representou oestabelecimentodeumanovabaseparaorelacionamentoentreosdoiscontinentes,centradonumdiálogoestratégicoentreparceirosquesepretendemiguaisemáreasprioritárias.
Este encontro foi o culminar de um longo e complexo processo de negociaçãoUE-África, liderado por Portugal, dando assim pleno cumprimento às sucessivasconclusõesdoConselhoEuropeu,quereiteravama importânciaestratégicadeumdiálogoaomaisaltonívelcomÁfrica.DeassinalarquefoidesignadoumCoordenadordaPPUEparaaCimeiraUE-África,oEmbaixadorAntónioMonteiro.
A Cimeira adoptou a Estratégia Conjunta, o Plano de Acção e a Declaração deLisboa:
P A Estratégia Conjunta constitui o documento base da parceria UE-África,estabelecendo os princípios, objectivos, metodologia e grandes áreas deinteresse comum– paz e segurança (sobre a vertente da segurança, ver ponto D.14 – relacionamento com África), governação e direitos humanos, comércioe integração regionaledesenvolvimento.Dadaasuanatureza, trata-sedeumdocumento demédio prazo a partir do qual são delineadas as medidas queconstamdoPlanodeAcção;
P OPlanodeAcçãoconsagraparceriasqueosdoisladossecomprometemexecutarnos três anos seguintes, no período entre Cimeiras. Encontram-se previstasparcerias,nasseguintesoitoáreas:pazesegurança,governaçãodemocráticae
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direitoshumanos, integraçãoregionalecomércio,desenvolvimento,objectivosde Desenvolvimento do Milénio, energia, alterações climáticas, migrações,mobilidadeeempregoeciência,sociedadedeinformaçãoeespaço;
P ADeclaraçãodeLisboaapresenta-secomoumdocumentocurtoepolítico,quesalientaaalteraçãoestratégicadorelacionamentoUE-ÁfricaeosmecanismosdeseguimentodaCimeira.
AEstratégiaConjuntaeoPlanodeAcçãoforamendossadosnaTroikaMinisterialUE-África(Accra,31deOutubro),quefoiantecedidaporumintensoprocessonegocial,com frequentes reuniões conjuntas, sendo patente o clima positivo e cooperanteentre os negociadores europeus e africanos. A reuniãoministerial preparatória daCimeiratevelugaremSharm-El-Sheiknodia5deDezembro.
EmLisboa foipossívelconstatarumsentimentodepremênciana realizaçãoda2aCimeiraUE-África(colocandofimaumaausênciadeseteanosdediálogoaomaisaltonívelentreosdoiscontinentes),demonstradapelacomparênciadecercade80ChefesdeEstadoedeGoverno9.NodecursodaCimeiraoambientefoiconstrutivoefranco,apesardealgumasdivergênciasconstatadasentreasduaspartes(violaçãodedireitoshumanosnoZimbabuéeAcordosdeParceriaEconómica).
Aoabrigodaexcepçãoprevistanoparágrafo5,artigo4odaPosiçãoComum2004/161/PESC10,PortugalenviouumconviteatodososChefesdeEstadoedeGovernoparaparticiparemnaCimeira.
Pela primeira vez, a um encontro político de alto nível entre os dois continentesjuntou-se a sociedade civil (organizações não-governamentais, meio empresarial,juventudeesindicatos).OsrepresentantesdosváriosmovimentosapresentaramemplenárioasconclusõesdosencontrosemparalelorealizadosemLisboa.
Por último, de assinalar que registaram-se avanços no processo que conduzirá àelaboraçãodeuminventáriosobrebensculturais,dandoassimadevidaimportânciaa este assunto sensível para a parte africana e que figura na EstratégiaConjunta.
9 Do lado europeu, apenas o ReinoUnido, República Checa, Chipre, Eslováquia,Hungria, Polónia eLituânianãosefizeramrepresentaraomaisaltonível.Doladoafricano,constatou-seaausênciaanívelelevadodoQuénia(eleiçõesinternas),RDC(agravamentodasituaçãointerno),Gâmbia,Madagáscar,SerraLeoaeTanzânia.
10 QuepermiteexcepçõesaproibiçãodeemissãodevistosparaaEuropaquandoaviagemficaradever-seàparticipaçãoemreuniõesintergovernamentais,incluindoencontrosorganizadospelaUE,nosquaisodiálogopolíticopromovaademocracia,osdireitoshumanoseoestadodedireitonoZimbabué.
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Sobreaquestão“esquecida”desdeoscompromissosassumidosnaCimeiradoCairoquantoàdevoluçãodosbensculturaisilicitamenteobtidos,aPPUEpromoveuumadiscussãoabertasobreamatéria(Lisboa,5deOutubro).
(VeraindanestemesmopontoD.4-DiálogosobreÁfricacomOrganizaçõesepaísesterceiros).
Acordo de Cotonou – Diálogo Político
ForamadoptadasdirectrizesdeconduçãodoDiálogoPolíticoentreaUEeosdiversospaísesafricanos,noquadrodoartigo8odoAcordodeCotonou,aserrevistoacadadoisanos.EstedocumentopossibilitaráumauniformizaçãonoprocessodediálogopolíticocomÁfrica,estabelecendocritériosdeequidadedetratamentocomatodosospaísesACP,maspermitindosimultaneamente,algumaflexibilidade.
África Central e Oriental
P Sudão/Darfur–OSudãomereceupermanentedestaquedurantetodooanode2007eemparticularnosegundosemestre,períododemediaçãointernacional,protagonizadapelosEnviadosEspeciaisdasNUeUA,edenegociaçõesentreoGovernodoSudãoeosrepresentantesdosgruposrebeldes.
O processo político em curso no Sudão (implementação do “ComprehensivePeace Agreement”), bem como a situação humanitária e de segurança foramestreitamenteseguidospelaUE,através,sobretudo,dapresençaeactuaçãonoterrenodoREUEparaoSudão,EmbaixadorTorbanBrylle.Umdospontosarelevarserá a actualização do Plano de Acção Política para o Sudão, umdocumentoconjunto (REUE, Secretariado-Geral do Conselho e Comissão) e flexível, quepretendeadequaraacçãodaUEà realidadedasituaçãono terreno,enquantofrutodopermanenteacompanhamentodacrisenaquelepaís.
APPUEfacilitouarealizaçãodeumaTroikadealtonívelcomoPresidentedoSudão, à margem da Cimeira UE-África, tendo dado eco às preocupaçõeseuropeiasquantoaosaspectosmaiscapitaisdacrisenopaíse,emparticular,quanto aos atrasos no destacamento da força híbrida NU/UA, tendo asautoridadessudanesassidoinstadasalevantarosobstáculosquetêmcolocadoaodestacamentodamesma;
P Sudão/dimensão regional (ChadeeRCA)–Comapropagaçãodadeterioraçãodas condições humanitárias e de segurança provocadas pela crise no Darfur,aUEdecidiudestacarumaoperaçãomilitarnoLestedoChadeeNordesteda
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RepúblicaCentroAfricana(EUFORChade/RCA)11noquadrodaPolíticaEuropeiadeSegurançaeDefesa.
A EUFORChade/RCA terá por objectivo garantir a segurança dos campos derefugiadose facilitaro regressodosdeslocados internosaos locaisdeorigemnolestedoChadeenonordestedaRCA,bemcomoassegurarascondiçõesdeacessohumanitárioeasegurançadasinstalaçõesepessoaldasNU.Amissãodeverá ainda contemplar um processo de reconstrução de aldeias destruídas,permitindooregressodosrefugiados;
P Chade–Comvistaaoreforçodoprocessodemocráticonopaís,emmeadosdeAgostotevelugaradeslocaçãodeumaTroikadaUEaN’djamena;
P Etiópia-Eritreia–OimpassenaresoluçãodocontenciosofronteiriçoqueopõeaEtiópiaàEritreiapersistiucomoumadasquestõesmaispreocupantesdaregiãodoCornodeÁfrica.
TendoemcontaassuasresponsabilidadesenquantotestemunhadosAcordosdeArgel12,aUEemitiu,autonomamente,nodia28deDezembro,umadeclaraçãoapoiandoosesforçosdasNUnaresoluçãodacriseedisponibilizando-separaassistiraspartesnaprocuradeumasoluçãopacífica.Adeclaraçãofoiantecedidade numerosas diligências, sem resultados, da PPUE, procurando conciliar asposições das restantes testemunhas dos Acordos de Argel com vista a emitirumadeclaraçãoconjuntadetodasastestemunhasdosAcordos.
P A PPUE manifestou disponibilidade para facilitar um encontro entre os doisChefesdeEstado, àmargemdaCimeiraUE-África, o que acaboupornão terlugardadaaausênciadevontadepolíticadaEritreia,apesardaaparenteaberturaporpartedoPrimeiro-MinistrodaEtiópia,MelesZenawi;
P Somália –Foi actualizadoo “OptionsPaper”para aSomália, documentoquevisaenunciarpossíveisacçõesalevaracabopelaUEemtrêspilares:político,desegurançaehumanitário
Perante a crescente deterioração da situação de segurança durante todo osegundosemestrede2007,oreforçodaAMISOMconstituiumapreocupaçãocentraldacomunidadeinternacional.Paraparticiparemdebatesobreamatéria,
11 Aaprovaçãonodia25deSetembro,porconsenso,daResolução1778doCSNUqueautorizaapresençamultidimensionalnoChadeenaRCA(MINURCAT),permitiuàUEodestacamentodeforçasporumperíodode12meses.Nodia15deOutubro,oConselhoadoptouaAcçãoComumsobreoChadeeaRCA,queanunciaadecisãodaUEdeenviarumaMissãoPESD(EUFORChade/RCA)enomeiaoGeneralirlandês,PatrickNash,comoComandantedaOperação.
12 AcordosassinadosemDezembrode2000-puseramtermoàshostilidadesquepersistiamdesde1998ecriaramumaComissãoIndependente(EEBC)paradelinearotraçadofinaldafronteira,bemcomoumperímetrodesegurançade25km,aserrespeitadopelosdoispaíses(ZonaTemporáriadeSegurança).
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aPPUEconvidouoComissárioparaaPazeSegurançadaUA,SahidDjinit,queabordouasexpectativasedificuldadesdaUAfaceàAMISOM.
Região dos Grandes Lagos
P República Democrática do Congo–Nosegundosemestrede2007,aUEcontinuouaapoiaraRDCnosentidodaconsolidaçãodaestabilidadee reconstruçãodopaís,manifestandopreocupaçãocomoconflitonoleste(Kivus).
O apoio daUE desenvolveu-se essencialmente em torno de quatro principaisprioridades,comoempenhodoREUEparaosGrandesLagos,RolandvanderGeer:
n manutençãodeumdiálogopolíticointensocomKinshasa;
n contribuiçãoactivaparaareformadosectordesegurança-aUEmantémnopaísduasmissõesPESD(EUSECeEUPOL13),estandoaapoiarasautoridadesdaRDCnaorganizaçãodeumaMesaRedondaInternacionalsobreamatéria;
n contribuição para uma abordagem integrada do conflito no Leste dopaís, envolvendo as componentes política, militar, humanitária e dedesenvolvimento;
n apoioàcooperaçãoeintegraçãoregionais.
P Burundi–AUEacompanhouaevoluçãopolíticanoBurundi,tendoemitidoumadeclaraçãosaudandoaformação,emNovembro,deumnovoGovernodeamplo
13 AsduasMissãointegramportugueses,sendoaEUPOLchefiadaporumportuguês.
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consenso,queseinscrevenumadinâmicapositivadediálogoeconcertação,edisponibilizando-separaapoiarestepaísaprosseguirnessavia;
P Uganda–EmNovembro,oCOAFR(GrupodeTrabalhocompetentedoConselho)congratulou-secomosavançosnoprocessodepaznoNortedoUgandaentreoGovernoeo“Lord’sResistanceArmy”(LRA),tendosidosaudadososesforçosdo antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, enquanto EnviadoEspecialdoSGNUparaaszonasafectadaspeloLRA,noprocessodemediaçãoemcurso.
África Ocidental
P Cabo Verde-GraçasaoempenhodeCaboVerde,aquePortugaldeuoseuapoio,duranteaPPUEfoiconcretizadaaParceriaEspecialUE-CaboVerde,aprimeiraqueaUniãoestabelececomumpaísACP.
NoseguimentodaComunicaçãodaComissãopropondoa referidaparceria,oCAGREde19e20deNovembroadoptouConclusõessobreamatéria,sublinhandoaimportânciadaParceriaEspecialnocontextododesenvolvimentofuturodestepaís e concretizando assim os objectivos do reforço e aprofundamento dasrelaçõesentreCaboVerdeeaUE,noâmbitodeCotonou.
AParceriaEspecial,queseráimplementadaatravésdeumPlanodeAcção,visaassimreforçarorelacionamentoentreasduaspartes,passandodeumalógicadecooperaçãoparaodesenvolvimentoparaumquadrodecooperaçãobaseadoeminteressescomuns,nomeadamentenodiálogopolítico,segurança,migraçõesedesenvolvimentoeconómico(ver também ponto D.15 – Cabo Verde);
P Guiné-Bissau–AUEadoptouDecisãoparaarealizaçãodeumaMissãoPESDàGuiné-Bissau,comvistaàReformadoSectordeSegurança(ver ponto D.14 – Operações).
Portugaldesenvolveuumaimportanteepersistenteacçãonosentidodechamara atenção da comunidade internacional para a necessidade de manter o seuapoioàGuiné-Bissau,tendoemvistaaconsolidaçãodoprocessodemocrático,daestabilidadegovernativaedodesenvolvimentoeconómico.Destaca-seaindaa iniciativa de realizaçãodeumaConferência Internacional sobreoTráficodeDroganaGuiné-Bissau,emLisboa,nodia19deDezembro(ver ponto D.12 - Luta contra a Droga).
Finalmente, no âmbito das Nações Unidas, Portugal defendeu a inclusão daGuiné-Bissau na Agenda da “Peace Building Commission”, objectivo que foiefectivamenteatingidoapóslongosdebatesnasinstânciasdasNU.
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(Ver neste mesmo ponto D.4 - Diálogo sobre África com Organizações e países terceiros o tema “Diálogo com a CEDEAO”).
África Austral
P República da África do Sul (RAS) – Decorreram em Pretória, em 10 e 11 deOutubro,asreuniõesdoConselhodeCooperaçãoConjuntoedaMinisterialUE/RAS.Asduaspartesregozijaram-secomofactodetersidoaprimeirareuniãoministerialrealizadaemPretória(asanteriorestiveramlugaremBruxelas)apósaratificaçãodoAcordodeComércio,CooperaçãoeDesenvolvimento,queregeo relacionamento UE-RAS, algo hámuito solicitado pela África do Sul e quemereceudesdeoinícioaconcordânciadePortugal;
P Zimbabué–AUEcontinuouaexpressarpreocupaçãoquantoàdeterioraçãodasituaçãopolítica,económicaedeviolaçãodosdireitoshumanosnoZimbabué.EsteassuntofoirecorrentementediscutidopelaUE,emreuniõestécnicasedeMNE’s.
AUEcontinuouaapoiara iniciativadaSADC14eemparticularamediaçãodoPresidentedaÁfricadoSul,ThaboMbeki15.Assinale-sequeaPPUEparticipoucomo observadora na Cimeira da SADC, em Agosto de 2007, e mantevepermanentescontactossobreasituaçãonoZimbabuécomaRepúblicadaÁfricadoSul,comaSADC,bemcomocomoutrosdirigentesdeÁfricaAustral.
Foi endossado um “non-paper” identificando as medidas susceptíveis deseguimento adequado por parte da UE no apoio à iniciativa da SADC. EmDezembro, um Enviado Especial da UE deslocou-se à União Africana (AddisAbeba),àSADC(Gaborone)eàÁfricadoSulparaavaliaroprocessodemediaçãoemcursoeperspectivasdomesmo.
Diálogo sobre África com Organizações e países terceiros
P Diálogo com África (União Africana)–Portugalapresenta-secomouminterlocutorprivilegiadonaaproximaçãoentreosdoiscontinentes.As relaçõescomÁfricaforam por conseguinte inscritas como uma das prioridades da PPUE, tendo
14 “SouthernAfricanDevelopmentCooperation” -organizaçãoque integra,paraalémdosnovepaísesfundadores (Angola, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia eZimbabué),aRepúblicaDemocráticadoCongo,Madagáscar,Maurícias,NamíbiaeÁfricadoSul.
15 NaCimeiraExtraordináriadaSADCdecorridaemMarçode2007,oPresidentedaRASfoimandatadoparamediarodiálogointernoentreopartidogovernamental,ZANU-PF,eaoposiçãodoMDC,tendoemvistaaseleiçõesdeMarçode2008.
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presenteomomentodeviragemestratégica,emqueéconsideradafundamentala construção de uma nova parceria com o continente africano, adaptada aosdesafioseoportunidadesdonovoséculo.
FoicomestavisãomaisabrangentequeaPPUE,emconjuntocomosparceiroseuropeus,procuroudesenvolverorelacionamentocomestecontinente,atravésdo reforço dos laços comdiversos países africanos e do relacionamento coma União Africana (UA) e respectivas organizações sub-regionais, bem comoatravésdeumextensoprocessonegocialcomvistaàadopçãodeumaEstratégiaConjuntaedeumPlanodeAcção,na2aCimeiraUE-África(ver neste mesmo ponto D.4 – 1a Cimeira UE-África).
P Diálogo com a CEDEAO– teve lugar em10deOutubro, emOuagadougou, aTroikaMinisterialUE-CEDEAO(ComunidadeEconómicadosEstadosdaÁfricaOcidental), sendo de assinalar as conclusões na área da paz e segurança (naqual foi abordada a situação na Guiné-Bissau), consolidação democrática eeleições,direitoshumanoseboagovernação.De ressaltaraindaodiálogoemmatériademigrações,tendosidoreconhecidaanecessidadedasuacontinuaçãoefortalecimento(ver informação em “África Ocidental”, neste mesmo ponto D.4);
P Diálogo com a IGAD–realizou-seumaTroikaMinisterialUE-IGAD(AutoridadeIntergovernamentalparaoDesenvolvimento16),nodia 12de Julho, emLisboa,revitalizandoassimumdiálogoquenãotinhalugardesde2003.ForamabordadasquestõescentraisàsituaçãonoCornodeÁfrica(Sudão,Somália,questõesdedesenvolvimento), tendosidomanifestoodesejomútuodeumaaproximação,sobretudonoquetocaàexistênciadeumdiálogoregularentreasduaspartes;
P Diálogo com a China –Na sequência do diálogo sobreÁfrica já iniciado pelaanteriorPresidênciaedasdiscussõesrealizadascomosparceiroscomunitários,coubeàPPUEaformalizaçãoeconsolidaçãodosprimeirospassoscomvistaaumdiálogoregularcomaChinasobreÁfrica,tendosidoenviadaumacartadaTroikaàsautoridadeschinesas.
16 AIGADécompostapelosseguintespaíses:Quénia,Uganda,Sudão,Somália,Djibouti,EtiópiaeEritreia(EstepaíssuspendeuasuaparticipaçãonestaorganizaçãoemAbrildoanotransacto).
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EstesignificativoavançotevedesdelogoreflexosmuitopositivosnodiálogoentreoREUEparaoSudão,EmbaixadorTorbanBrylle,comorespectivointerlocutorchinês, que foi considerado muito útil e abriu um precedente positivo parauma colaboraçãomais estreita nas questões relativas ao continente africano.A paulatina mudança da posição chinesa no que concerne ao diálogo sobreÁfricapermiteterexpectativasencorajadorasquantoàidentificaçãodeáreasdecooperaçãocomunsaexplorarpelaUE;
P Diálogos com os EUA, Canadá, Japão e no âmbito do Espaço Económico Europeu–nestesencontros,ambososladosmanifestaramabordagensepreocupaçõescomuns relativamente a diversas situações de crise (Sudão, Somália, RDC,Zimbabué,Etiópia-Eritreia,entreoutras).
Tomadas de posição da UE
Foram publicadas, 23 declarações que reflectiram a posição da Presidência e daUniãoEuropeiaquantoàevoluçãopositivadediversosprocessosdedemocratização,negociaçãooudereconciliaçãonacional,arealizaçãodeeleiçõesesituaçõesdecriseoudedeterioraçãopolíticaedesegurança.
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D.5 – ÁSIA E OCEÂNIA
APPUEtevecomoprincipaisobjectivoscontribuirparaoreforçodorelacionamentoentreaUEeaÁsia-Oceânia,emparticularelevareaprofundarasparceriasestratégicascom aChina e a Índia, desenvolver o relacionamento com a ASEAN, promover acooperaçãoeodiálogocomoutrasorganizaçõesregionais,adoptarumaestratégiadaUniãoparaTimor-LesteeacompanhardepertoasituaçãopolíticaempaísescomoaCoreiadoNorte,Paquistão,Afeganistão,Birmânia,Taiwan,SriLankaeNepal,entreoutros.
Cimeira UE-ASEAN
ACimeiraUE-ASEANcomemorativados30anosderelacionamentoentreasduasregiõesrealizou-seem22deNovembro,emSingapura.FoifeitaumaavaliaçãodasrelaçõesedacooperaçãoUE-ASEANaolongodasúltimastrêsdécadaseperspectivadaumamaiorcooperaçãoemtornodetemasglobais,designadamentenoâmbitodaenergiaedesenvolvimentosustentável.Estiveramtambémemdestaqueocomércio,asalteraçõesclimáticas,asituaçãonoAfeganistãoenaBirmânia.ACimeiraadoptouumaDeclaraçãoConjuntaeumPlanodeAcção,queimplementaráaDeclaraçãodeNurembergacomvistaaoaperfeiçoamentodaparceriaUE-ASEAN.FicouigualmenteacordadoqueaUEpoderáaderiraoTratadodeAmizadeeCooperação,oquereforçouacooperaçãomultilateralregional.
China
Realizou-sea10aCimeiraUE-China,nodia28deNovembro,emPequim,tendosidoadoptada uma Declaração Conjunta. A Cimeira apreciou o desenvolvimento dasrelaçõesnosúltimosdezanos,fazendoumbalançopositivodacooperaçãobilateral,queseestendeactualmenteaumvastoconjuntodetemasdenaturezasectorialeglobal.AChinaeaUniãoEuropeiamantêmcontactosformaiseinformaiscadavezmaisestreitos,sendoclaraavontadedeambasaspartesemestenderodiálogoaoutrasáreas,acrescentandovaloràparceriaestratégica.
Ostemaspolíticos,nomeadamente,aquestãodeTaiwan(emparticular,astentativasdeTaiwandepromoveractividades–concretamenteumreferendosobreapretensãodeadesãoàONU–contráriasà“oneChinapolicy”),Myanmar,anão-proliferaçãonuclear,oMédioOriente,mas tambémoutros temasglobais, comoasalteraçõesclimáticas e o desenvolvimento e estabilidade de África estiveram presentes naagenda da Cimeira. Em particular destaque estiveram as principais preocupaçõesdaUEnoseurelacionamentocomaChina -ocrescentedéficecomercial,odifícil
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acessoaomercadochinês,anãoprotecçãodosdireitosdepropriedadeintelectualeomovimentodataxadecâmbiodorenmimbi.
A estepropósito, ambasaspartes acordaramestabelecer, atéMarçode2008umDiálogoEconómicoeComercialdeAltoNível,entreaComissãoEuropeiaeoConselhode EstadodaChina, a nível deVice Primeiro-Ministro, que irá discutir estratégiasnacooperaçãoeconómica,comercialeinvestimento,coordenarprojectosbilaterais/estudosedesenvolverplanosemsectoresprioritários.Assim,estediálogocobrirátemas como o desequilíbrio da balança comercial, o acesso efectivo aomercado,propriedadeintelectual,ambiente,altatecnologiaeenergia.
Ficou igualmente acordadoque oMinistro doComércio daChina e oComissáriopara o Comércio da União Europeia irão preparar este mecanismo e a agenda.Relativamenteàcooperaçãoemmatériadepolíticamacroeconómica,aChinaeaUEirãocontinuaraaprofundarodiálogofinanceiroeaconcertaresforçosparaaadoptarmedidas abrangentes, intensificar o ajustamento estrutural e evitar movimentosdrásticosdetaxasdecâmbio.Estacooperaçãoseráumcontributoparareduzirosdesequilíbriosglobais.
ACimeirapermitiutambémàChinaeàUEavaliarodesenvolvimentodasnegociações,iniciadasemJaneiro,paraaconclusãodeumAcordodeParceriaeCooperação,oqualreforçaráorelacionamentopolítico,acrescentaránovosdomíniosàcooperaçãoexistenteeactualizaráacooperaçãoeconómicaecomercial,actualmentebaseadanoAcordodeCooperaçãoCE-China,de1985.
À margem da Cimeira, foi assinado pelo BEI e pelas autoridades chinesas umempréstimo-quadrode500milhõesdeeurosparaapoiarprojectosquecontribuamparaocombateàsalteraçõesclimáticasnaChina.
Índia
Tevelugara8aCimeiraUE-Índia,nodia30deNovembro,emNovaDeli.FoiadoptadaumaDeclaraçãoConjunta,bemcomoumRelatóriodeImplementaçãodoPlanodeAcçãoConjuntoUE-Índia.AUniãoEuropeiaea ÍndiaacolheramosprogressosnaimplementaçãodoPlanodeAcçãoConjunto,constatandoqueesteseráobjectodeavaliação em2008 e que, nessaocasião, ambas aspartes equacionarão formas emeiosdeaprofundaroenquadramentoglobaldasrelaçõesUE-Índia.Espera-sequeeste exercício possa abrir caminho a um futuro acordo de parceria e cooperação,conformepretendidopelaUE.
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Ambasaspartesnotaramoreforçodasrelaçõeseconómicasbilateraiseosprogressosalcançadoscomasprimeirasrondasdenegociaçõesnoâmbitodofuturoacordodecomércioeinvestimento,manifestandoempenhonaintensificaçãodasnegociaçõestendoemvistaarespectivaconclusão.
Salientaramigualmenteaimportânciadeumaabordagemintegradadasalteraçõesclimáticaseenergia.Foiacordadoodesenvolvimentodeumprogramadetrabalhonodomíniodaenergia,ambiente,investigaçãoealteraçõesclimáticas.
Foram debatidas questões globais, internacionais e regionais, incluindomultilateralismo,desarmamentoenão-proliferação,lutacontraoterrorismo,SAARCeosseusmembros(Paquistão,Nepal,Bangladesh,SriLankaeAfeganistão)Myanmar,MédioOrienteeIrão.
PorocasiãodaCimeirafoiassinadaarenovaçãodoAcordodeCiênciaeTecnologia,bemcomooMemorandodeEntendimentoentreaComissãoEuropeiaeaÍndiasobreoProgramaIndicativoPlurianual2007-2010.
Birmânia
Peranteaeclosãodeumaondarepressivadoregimebirmanêssobreapopulaçãocivil,aUEreforçouassançõesjáexistentescontraaquelepaís,aplicandoaindanovasmedidasrestritivas,noplanoeconómicoecomercial.
Para a PPUE foi necessário coordenar a posição comumdos Estados-membros eexercer, emmúltiplas frentes, uma diplomacia pró-activa, em prol damudança eaberturadoregime(incluindolibertaçãodosprisioneirospolíticos),oqueconstituiuumapesadatarefa.
FoinomeadooRepresentanteEspecialdaUniãoEuropeiaparaaBirmânia/Myanmar,oeurodeputadoPierroFassino,cujomandato foiaprovadode formaunânimeportodososparceiroseuropeus,apósosgravesconfrontosdeSetembro,afimdepermitirumamelhoractuaçãodaUniãonagestãodaquestãodaBirmânia/Myanmar.
Documentos Estratégicos
Foram aprovados diversos documentos estratégicos, que vieram consolidar aactuação,influênciaeinteressedaUniãonaÁsiaenoPacífico,sendodeassinalar:
P “Policy Paper” sobre Timor-Leste–aPPUEpromoveuecoordenouaelaboraçãodeum“policypaper”sobreTimor-Leste,quedefineosparâmetrosdoestreitamentofuturodoslaçospolíticosedecooperaçãoentreaUEeTimor-Lesteedesenha
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umaestratégiaconsistenteparaosprogramasdeajudaeuropeiaàcapacitaçãoinstitucional,integraçãoregionaledesenvolvimentosocio-económicodeTimor-Leste;
P Publicação das “guidelines” políticas para a Ásia Oriental” – as “guidelines”forampublicadaspelaprimeiravez,estabelecendo-seumconjuntodeprincípioserecomendaçõesquepermitemàUniãoactuarnaquelaregiãodeformacoerente,commaiorsegurançaevisibilidade;
P Revisão do “Policy Paper” sobre o Paquistão–Foiconcretizadaarevisãodo“PolicyPaper”sobreoPaquistão,exercícionecessárionoquadrododelicadomomentopolítico que aquele país atravessa. A revisão proporcionou a oportunidade deredireccionar e adaptar a política da UE nas suas relações com o Paquistão,cadavezmaisdecisivastendoemcontaocontextoregionalemqueestepaísseinsere;
P Assinatura da Declaração Conjunta UE-Nova Zelândia - estenovodocumento-quadrodasrelaçõesUE-NovaZelândia,assinadoemLisboa,a21Setembro,porocasiãodarealizaçãodaTroikaMinisterialdaUEcomestepaís,visasublinhara partilha de valores e objectivos comuns, bem como reforçar as consultaspolíticas emquestões bilaterais e reafirmar a promoçãopelasduaspartes domultilateralismoemassuntosinternacionais;
P Reforço diálogo político UE-PIF-Foiapresentadaem19deOutubro,àmargemdo“PostForumDialogue”(Tonga,Nuku’alofa),umapropostadereforçododiálogopolíticoentreaUEeo“PacificIslandsFórum”.APPUEpropôsarealizaçãodeumareuniãoMinisterialemcadadois/quatroanos,emBruxelas,bemcomoumareuniãoanualaníveldeAltosFuncionários,emSuva,capitaldasFijiesededoPIF.
Diálogo Estratégico e outras deslocações
APPUErealizoudiversasreuniõesnoâmbitodoDiálogoEstratégicosobreaÁsiaeaOceânia,designadamentecomaChina,osEUA,oJapão,oCanadáeaRússia.DereferiremparticularorelançamentododiálogoestratégicoUE-China(Lisboa,25deOutubro),reuniãoqueultrapassouoâmbitododiálogopolíticoregular,abordandoquestõescomoÁfrica,NaçõesUnidase“desafiosglobais”.
DuranteaPPUEforamrealizadasaindaduasvisitasdaTroikaapaísesdaÁsia(Nepal e Coreia do Norte), quepermitiramàUniãosublinhara importânciaqueatribui à
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estabilidade,paz,segurançaeresoluçãopacificadosconflitos,bemcomoaosvaloresinerentes à democracia, Estado de Direito e direitos humanos. Ambas as visitasconfirmaram que a União está fortemente empenhada na região, seguindo comatençãoeactivamenteodesenrolardosacontecimentos.
Acordos de Comércio Livre
No seguimento das directivas adoptadas pelo CAGRE de Abril para a negociaçãodeAcordosdeComércioLivrecomalgunsparceirosestratégicos,decorreramcincorondasdenegociaçãocomaCoreiadoSul.QuantoàÍndia,realizaram-setrêsrondasdenegociação.ComospaísesASEANtevelugara2arondadenegociaçãoemOutubro,esperando-seanegociaçãosubstantivaapartirdeJaneirode2008.
Tomadas de posição da UE
APPUEacompanhoudeformaactivaepermanentediversascrisesocorridasnaÁsiaenoPacífico,tendosedesdobradoemdiligênciaspolíticasediplomáticascomofoiocasodaBirmânia/Myanmar,doPaquistão,deTaiwanedasIlhasFiji,querevestiramtantoaformadedeclaraçõespúblicascomodediligênciasaomaisaltonível.
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D.6 – AMÉRICA LATINA
O lançamento de umaparceria estratégicaUE-Brasil constituiu umdos principaisobjectivosdaPPUE,bemcomooreforçodorelacionamentodaUEcomaAméricaLatinaeCaraíbasecomosváriosgruposregionais,incluindonoâmbitodosprocessosdenegociaçãodosAcordosdeAssociação.
1a Cimeira UE-Brasil
A1aCimeiraUE-BrasiltevelugaremLisboa,a4deJulho,tendodecididooreforçododiálogopolíticoaomaisaltoníveleestabelecidoumaparceriaestratégica,quedeveráserentendidanãosócomoumvectordoreforçodasrelaçõescomoBrasil,mastambémcomoumaformadepotenciarorelacionamentoestratégicobi-regionalUE-AméricaLatina.
Este foi umponto inserido por Portugal no Programapara 18meses do “Trio dePresidências”,endossadopeloCAGREdeDezembrode2006.
ADeclaraçãodaCimeiraincluiureferênciasaofortalecimentododiálogopolíticoUE–Brasil,bemcomoadiferentesáreasdecooperaçãointernacionalqueinteressamàsduaspartes(segurançaedefesa,combateàpobreza,alteraçõesclimáticasenovasfontesenergéticas).OtextodedicaigualmentealgunsparágrafosaofortalecimentodasrelaçõescomerciaiseeconómicaseaodesejodeconcluiroAcordodeAssociaçãoUE-Mercosul. A UE e o Brasil comprometeram-se ainda a elaborar um plano deacção para implementar osobjectivosdestanovaparceria, a aprovar napróximaCimeira.
Portugal empenhou-se, desde o início, no aprofundamento da relação entre aUE e o Brasil considerando-a mutuamente benéfica e consequência natural doreconhecimento,porpartedaUE,dopapelessencialqueoBrasiljádesempenha,nãosónaAméricaLatinacomoanívelglobal.Nestesentido,épatenteocrescentepesoeconómicodestepaís(na11aposiçãoentreosparceiroscomerciaisdaUE,sendoaUEo2omaiorinvestidoreparceirocomercialdoBrasil)que,alémdomais,detémumpapelfundamentalnapromoçãodosprocessosdaintegraçãoregional,especialmentenocontextodaMercosul.
América Latina e Caraíbas
NoquadrodaintensificaçãodasrelaçõesentreaEuropaeaAméricaLatinaeCaraíbas,tevelugaremLisboa,nosdias9e10deOutubro,aXXIII reunião de Altos Funcionários UE-ALC,queaprovouostemasdedebateparaaVCimeira,arealizaremLima,a16
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deMaiode2008(pobreza,igualdadeeinclusão;desenvolvimentosustentável:meioambiente,alteraçõesclimáticaseenergia).
Mercosul
AsnegociaçõesrelativasaoAcordo de AssociaçãoUE/Mercosulmantêm-sesuspensasdesdeSetembrode2004,dadoo impassedoprocessoOMC/DDA.OComissárioAlmuniaparticipounaCimeiradoMercosul(Montevideu,17deDezembro),ficandoacordadoretomaroscontactostécnicosem2008.
Comunidade Andina e América Central
No seguimento das directivas de negociação, adoptadas pelo CAGRE em Abrilúltimo, decorreu, emBogotá, emSetembro, a 1a ronda de negociações visando oestabelecimentodeumAcordodeAssociaçãoUE/Comunidade Andina.A2asessãonegocialtevelugarde10a14deDezembro,emBruxelas.
OmesmoCAGREaprovoutambémasdirectivasdenegociaçãoparaacelebraçãodeumAcordodeAssociaçãoUE/América Central,idênticoaodaComunidadeAndina.A1arondadenegociaçõestevelugarde22a26deOutubro,emS.José,naCostaRica,tendoapartecentro-americanapropostoarealizaçãoda2asessãonegocialparaasemanade25a28deFevereiro,emBruxelas.
Cuba
Dando cumprimento às conclusões do Conselho Europeu de Junho de 2007, nosentidodeseremdesenvolvidosesforçospararelançarodiálogopolítico UE – Cuba,aPPUEpromoveuumencontroinformal,aoníveldeTroika,àmargemdasemanaministerialdaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas,emNovaIorque.
Neste encontro, aPPUE insistiuna importânciade seremdadospassospositivosemmatéria de direitos humanos, nomeadamente a libertação de presos políticoscubanos,oquepermitiriaummelhorrelacionamentoUE-Cuba.AUEmanifestouporoutroladoaberturaparamanterumdiálogopolíticocomasautoridadescubanassobre todas as matérias de interesse comum, incluindo nos domínios político,económico,científicoecultural,prosseguindosimultaneamenteosseuscontactoscomasociedadecivil.Adelegaçãocubana,apesardeconsiderarqueexistiriamalguns“obstáculos”ao relançamentodeumdiálogopolítico formalcomaUE(aPosiçãoComum da UE de 1996 e asmedidas de 2003, actualmente suspensasmas nãoabolidas),classificouestareuniãoinformalcomo“positivaeconstrutiva”ereafirmouaimportânciaqueCubaatribuiàmelhoriaderelaçõescomaUE.
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Colômbia
OConselhoEuropeude19deNovembroaprovounovasConclusões sobre a Colômbia(asúltimastinhamsidoadoptadasem1995),nasquaissereconhecemosesforçosdesenvolvidospeloGovernocolombianonaconsolidaçãodademocracia,norespeitopelos direitos humanos, no fortalecimento do Estado deDireito, na luta contra onarcotráficoenabuscadesoluçõesparaencontrarapazeareconciliaçãonacional.
As Conclusões incluem também uma condenação das violações do DireitoHumanitário Internacional que continuam a ser cometidas pelos grupos ilegaisarmadosnaColômbiae,nestecontexto,exigequeseponhafimaosraptoseoutrosactosdeterrorismooudeviolênciacontraapopulaçãocivil.ReiteramaindaoapelodaUEaque todosos refénssejam libertados imediatamenteesemcondições.OConselhoacrescentouesperarquesejapossívelalcançarprogressosnasnegociaçõesparaaobtençãodeumAcordoHumanitário.
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D.7 – RELAÇÕES TRANSATLÂNTICAS
EUA
ForamrealizadasduasreuniõesaoníveldeMNE’s,nasquaisforamabordadostemascomoasrelaçõescomaRússia,situaçãonosBalcãs,Afeganistão,ProcessodePazdoMédioOriente,AméricaLatinaeÁfrica.DecorreuaindaumareuniãodeMinistrosdaAdministraçãoInterna,naqualforamdebatidasquestõesrelativasaoprocessodealargamentoatodososEstados-membrosaoprograma“visawaiver”.
NoâmbitodaNovaParceriaEconómicaTransatlântica, teve lugaremWashington,nodia9deNovembro,aprimeira reuniãodoConselhoEconómicoTransatlântico(CET)estabelecidonaCimeiraUE-EUAde30deAbril,sendolideradopelaComissão(Comissário Verheugen) pelo lado europeu. O CET tem como principal funçãodesenvolver o “Framework” de Integração Económica acordado. A PPUE esteverepresentada nesta reunião pelo Ministro da Economia, tendo a sua delegaçãointegradorepresentantesdosoutrosmembrosdo“TriodePresidências”(AlemanhaeEslovénia)edoSecretariado-GeraldoConselho.
Como principais resultados desta reunião deverão destacar-se: o reconhecimentomútuo das normas internacionais de contabilidade, um acordo sobre “standards”de biocombustíveis, a redução de restrições nos medicamentos destinados aotratamentodedoençasraras(“orphandrugs”)eoestabelecimentodeumdiálogosobreinvestimento.
Poroutrolado,paraalémdasreuniõesrealizadasadiferentesníveisnoquadrododiálogo político regular, a PPUE continuou o diálogo comos EUA sobre o direitointernacional e a luta contra o terrorismo. Este diálogo entre os directores dosdepartamentos jurídicos tem permitido abordar questões complexas e polémicasentreosdois ladosdoAtlânticocomoaexistênciadeumaguerraglobal contraoterrorismo, a aplicabilidade do direito internacional humanitário e dos direitoshumanosà lutacontraoterrorismoeoestatuto jurídicoetratamentodosdetidosemGuantanamo.
A ronda deste diálogo teve lugar emNova Iorque, em 31 deOutubro. Durante aPPUEhouveaindaacordoquantoàcontinuaçãododiálogo,tendosidodecididooseualargamentoaoutrostemasrelevantesparaaUEeosEUAnocampododireitointernacional.
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D.8 – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
No âmbito do Grupo de Trabalho do Conselho (GT CONUN) competente pelasposições da UE relativamente às grandes temáticas das Nações Unidas, partesubstancialdoprogramadaPPUEfoideterminadapelaagendadaquelaOrganização,destacando-searealizaçãoda62aAssembleia-Geral.Sãodeassinalarosseguintespontos:
A nível institucional:
P Reforço do multilateralismo efectivocomoelementocentraldapolíticaexternadaUE:aPPUEprocuroureforçarastemáticasmultilaterais,designadamentenasNaçõesUnidas,Cimeiras,TroikasMinisteriaiseencontrosdeAltosFuncionárioscomdiversosparceirosegruposregionais;
P Reforço dos contactos do Grupo de Trabalho competente do Conselho (GT CONUN) com o sistema das Nações Unidas: foi promovidaumamaior participaçãodeAltosFuncionáriosdoSecretariadodasNUemreuniõesdoGTCONUN(ViceSecretária-GeraldasNaçõesUnidas,AshaRose-Migiro,Secretária-GeralAdjuntaparao“PeacebuildingSupportOffice”,CarolynMcAskie,eAltoRepresentantedoSecretário-GeraldasNaçõesUnidasparaaAliançadasCivilizações,Dr.JorgeSampaio);
P Alargamento das consultas/diálogos no âmbito do CONUN a outros parceiros:traduziu-senumaprimeirareuniãocomoG77(NovaIorque,2deOutubro),comparticular enfoque na criação de um climademaior confiança e colaboração,reforma do sistema das Nações Unidas, fortalecimento da Comissão para aConsolidação da Paz e da iniciativa “System-wide Coherence”, perspectivas epreocupaçõesrelativamenteà62aAGNU.
A nível temático/sectorial:
P “System-wide Coherence”: foi promovido e monitorizado o exercício “UNSystem-wide Coherence”, designadamente nos oito países-piloto, procurandomantê-locomoumaprioridadedasNaçõesUnidas,tendo-seprocedidoàrevisãoeredacçãodeumnovomodeloderelatóriodeChefesdeMissãoparaavaliaçãodoexercício.
P Comissão de Consolidação da Paz (“Peacebuilding Commission” – PBC): foipromovidaareflexãosobreoscritériosdeselecçãoparafuturospaísesobjectoda intervençãodaComissãodeConsolidaçãodaPaz.Desenvolveram-seaindaesforçosnosentidodeencontrarumasoluçãoparaa representaçãodaUEnaPBC,questãoquefoiconcluídacomsucessoemDezembropelaPPUE.
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P Orçamento regular das Nações Unidas 2008-09:comoobjectivodeprovidenciarosrecursosnecessáriosàprossecuçãodosobjectivosdasNaçõesUnidassemporemcausaosprincípiosdedisciplinaorçamental,apresidênciadoGTCONUN,emarticulaçãocomaMissãoPermanenteemNovaIorque,assegurouoapoioderetaguardaaoprocessonegocialconduzidocomsucessoemNovaIorquesobreoorçamentobienaldasNaçõesUnidas;
P Aliança das Civilizações (AoC): foi promovida a iniciativa AoC, tendo o AltoRepresentantedoSecretário-GeraldasNaçõesUnidasparticipadoemreuniãodoGTCONUN.ForamaindacoordenadasiniciativasnoâmbitodaAoC.
Poroutrolado,noâmbitodoGrupodeTrabalhoCompetentepelasquestõesdeDireitoInternacional–Tribunal Penal Internacional(GTCOJUT-TPI)aUEprocuroumanterapolíticadeforteapoiodaUEaoTPI,apoioconsideradocrucialnosprimeirosanosdasuaexistência.Nesteâmbito,destacam-seosseguintespontos:
P IntervençõesemnomedaUEemapoiodoTPInoâmbitoda62aAssembleia-GeraldasNaçõesUnidasedaAssembleiadosEstadosPartedoTribunalPenalInternacional(3deDezembro);
P ReferênciaàlutacontraaimpunidadeeaopapelrelevantedoTPInessecontextonaEstratégiaConjuntaaprovadana2aCimeiraUE-África;
P ReferênciaànecessidadedecooperaçãodoSudãocomoTPInaexecuçãodosmandatosdecapturaemitidosporesteTribunalnasConclusõesdoCAGRE(10deDezembro).
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D.9 – CONSELHO DA EUROPA E ORGANIZAÇÃO PARA A SEGURANÇA E COOPERAÇÃO NA EUROPA
SendopartesubstancialdoprogramadecadaPresidênciadeterminadapelasagendasdoConselhodaEuropa(CdE)edaOrganizaçãoparaaSegurançaeCooperaçãonaEuropa (OSCE), os trabalhosdaPPUE,queprocurou imprimirumcunhopróprio,foramnorteadosportrêsobjectivosfundamentais:
P ReforçaracooperaçãoearticulaçãoentreaUE,aOSCEeoCdEemmatériasdeinteressecomum;
P AumentaravisibilidadeexternadaUE;
P Reforçar a coordenação interna entre osGruposdeTrabalhoPESC comáreasgeográficascoincidentes.
Quantoaosprincipaisdesafios,destacar-se-iamosseguintes:
P Forjar umaposição comumdaUnião relativa à candidatura doCazaquistão àpresidênciaemexercício(PeE)daOSCEem2009;
P Assumir as responsabilidades de Presidência da UE em cooperação com aEspanha,PeEdaOSCE.
Emtermosdeavaliaçãoederesultados,serádeassinalar:
P EmcadasessãodetrabalhodoGrupoforamorganizadosdebatessobretemáticasespecíficasnapresençadeumconvidadoexterno.Semprequepossível,foramescolhidostemasigualmenterelevantesparaaUE,OSCEeConselhodaEuropa,demodoaidentificarnovassinergiasouareforçaracooperaçãoentreastrês;
P FoiorganizadaumareuniãoconjuntaentreosGruposdeTrabalhodoConselhocompetentesnavertentedaOSCE(GTCOSCE)eRússia(GTCOEST),dedicadaàtemáticadaRússia:avaliaçãodaRússianaOSCEenaMinisterialdeMadrid,aseleiçõesnaRússiaeaquestãodaobservaçãoeleitoralpeloODIHR(“OfficeforDemocraticInstitutionsandHumanRights”);perspectivasparaasrelaçõesentreaRússiaeaUE;
P Foramestabelecidasduasnovaspráticas,queirãosercontinuadaspelaspróximaspresidências:
n arealizaçãodeum“Trílogo”anualentreaAgênciaEuropeiaparaosDireitosFundamentais,oCdEeaOSCEparaavaliaracooperaçãoeinter-acçãoentreastrês;
n arealizaçãodereuniõesconjuntasCOSCE/COESTsobretemáticasgeográficasdeinteressecomumaosdoisgrupos;
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P Ainda relativamente àOSCE, foi estabelecida uma estreita cooperação com aPeEespanholadaOSCE.AolongodosseismesesdePPUEhouveumaestreitacooperaçãoeconcertaçãoentreLisboaeMadridemmatériasOSCE,incluindoquestõesgeográficasepolíticassobreasquaisaPPUEtevedesepronunciar,bemcomoapreparaçãoeconduçãodaMinisterialdeMadrid(29e30deNovembro).Julga-sedesalientar,ocontributorelevantedaPPUEparaaresoluçãodaquestãodacandidaturadoCazaquistãoàPeEdaOSCE,aoconseguirconsensoUEafavordeumasoluçãodepacotede três anosque incluíssedoisparceiroseuropeus(GréciaeLituânia);
P Maisespecificamente,quantoaoCdE,asprincipaisprioridadescentraram-senaquestãodanãoratificaçãopelaDumadaFederaçãoRussadoProtocolono14àConvençãoEuropeiadeDireitosHumanos,na implementaçãodoMemorandodeEntendimentoentreoCdEeaUEenoseguimentoadaraoRelatórioJuncker.
Sobreoprimeiroponto,emboradesdelogotenhaficadoclaroqueaDumanãoiriaratificaroProtocolono14atéaofinalde2007,aPPUEeosoutrosEstados-membrosdaUEnãodeixaramderealizardiligênciasdiplomáticas,incluindoaonível político, juntodedirigentes ede representantesdaFederaçãoRussa emdefesadaquelaratificação.
Relativamenteà implementaçãodoMemorandodeEntendimentoentreoCdEeaUE,concluídoemMaiode2007,merecedestaquearealizaçãodaReuniãoQuadripartidaentreoCdEeaUE(Estrasburgo,23deOutubro)eaadopçãodasrespectivasConclusõesConjuntassobreacooperaçãorespeitanteàpromoçãodademocraciaenoquadrodaPolíticaEuropeiadeVizinhança.DerealçartambémoMemorandodaPPUEsobreoreforçodacooperaçãoentreoCdEeaUE,queconstituiumdocumentodereflexãoparaostrabalhosemcurso,incluindosobreoseguimentodasReuniõesQuadripartidas.
Porúltimo,oseguimentoadaràsrecomendaçõescontidasnoRelatórioJunckerestárelacionadocomaimplementaçãodoMemorandodeEntendimentoentreo CdE e a UE e com o seguimento das Conclusões Conjuntas das ReuniõesQuadripartidas,nomeadamenteatravésdaconcretizaçãodeprogramasconjuntosemáreasprioritáriasdeinteressecomum.AlgumasrecomendaçõesdoRelatórioJuncker especificamente dirigidas à UE estão condicionadas pela entrada emvigordoTratadodeLisboa,enquantooutrasdireccionadasparaoCdEpodemserdesdejá-oujáoforam–objectodedecisãodoComitédeMinistrosdoCdE.AmaioriadasrecomendaçõesqueimplicamtantooCdEcomoaUEfoi,decertomodo,incluídanotextodoMemorandodeEntendimentoentreambos,tendoaPPUEprosseguidoumaanáliseprofundadassuasimplicaçõesfuturas.
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D.10 – DIREITOS HUMANOS
AsquestõesdedireitoshumanosestiveramnocentrodaacçãoexternadaUEduranteaPPUE,queassumiucomoprioridades:
P Implementaros3eixosdaagendadoGrupodeTrabalhocompetentedoConselho(GTCOHOM),tantonaparteinterna(comoseguimentodaslinhasdirectrizes,adifusãodestasmatériaspelosoutrosGruposdeTrabalhoeapreparaçãodosdiálogoseconsultascomospaísesterceiros),quantonaparteexterna(coordenareimplementaraestratégiadaUEnasNaçõesUnidas);
P Asseguraraconduçãodosdiálogosedasconsultasdedireitoshumanos;
P Assegurar todo o acompanhamento das várias situações que exigissem umatomadadeposiçãodaUniãoEuropeia.
Diálogos e Consultas sobre Direitos Humanos
P Diálogo com o Turquemenistão - A PPUE (no contexto da implementação daEstratégia para a Ásia Central)melhorou o formato do diálogo ad-hoc comoTurquemenistão,tendoorganizadoumarondaemBruxelas,em18deSetembro.Este encontro foi precedido por uma reunião comONGs, na qual participoutambémoSub-ComitéDireitosHumanosdoParlamentoEuropeu.
A atitude turquemene foi construtiva, sendo abordadas questões como aliberdadedeassociação,liberdadedeexpressão,liberdadedereligião,liberdadedemovimentoeoacessodaCruzVermelhaInternacionalàsprisões.AUEtevetambémaoportunidadedeentregarumalistadecasosindividuais.APresidêncialocalemAshgabatfaráoseguimentodestescasos;
P Diálogo com a União Africana–em19deSetembrodecorreuaprimeirareuniãodeperitosdedireitoshumanosentreaUE–UniãoAfricana,emBruxelas.Estareuniãoestavaprevistadesdeo1osemestrede2006masapenastevelugarsobPPUE.
Tratou-sedeumareuniãoexploratóriamuitopositiva,ondesediscutiramquestõesdedireitoshumanos,acooperaçãonoâmbitodasNaçõesUnidas,bemcomoaspossíveisáreasparaodesenvolvimentodestediálogoerespectivosformatoe substância. A apresentação que a UA deu das suas instituições de direitoshumanosedosdesafiosqueestasenfrentamdemonstrouquehaveriaaquiumaoportunidadedecooperaçãomuitoválidaentreaUEeaUA.UmapropostadeformatoedemodalidadesparaestediálogofoiformalmenteentregueemmeadosdeDezembroàUniãoAfricana,comoobjectivodeseremimplementadosjánapróximaronda,queterálugarno1osemestrede2008;
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P Consultas UE-Rússia–asconsultastiveramlugaremBruxelas,em3deOutubro.FoiantecedidaporumareuniãocomONGsrussaseinternacionais.Estarondadediálogofoiorganizadacomumnovoformato,centradoemtemasdedireitoshumanos,tendohavidoumdiálogomaisfrancoeconstrutivodoqueoregistadoemanterioresrondas.
Foramabordadosostemasdaliberdadedeexpressãoeassociação,aseleiçõespresidenciais e parlamentares na Rússia e a relação entre as autoridades e asociedadecivilnocontextodaleisobreasactividadesdasONGsedaleisobreas actividades extremistas. Foi ainda discutido o respeito pelo primado dodireito,asituaçãodasminorias,ocombateàtorturaemaus-tratoseosdireitosdasmulheres, incluindoo tráficodesereshumanos,bemcomoasituaçãonoCáucasodoNorte
ARússiasublinhouaexistênciademelhoriasnasituaçãodedireitoshumanosnaChechénia,tendoreferidoadeterioraçãodasituaçãovividanaInguchétiaenoDaguestão,considerando,noentanto,queestatemorigemnosconflitosétnicosenocrimeorganizadoenãonumadeterioraçãodasituaçãodedireitoshumanos.Refutando que a tortura seja uma prática generalizada, a Rússia salientou oresultado positivo de medidas tomadas para controlar os abusos cometidosduranteaspraxesnasforçasarmadas;
P Diálogo UE-China-realizou-seem17e18deOutubro,emPequim,a24arondadoDiálogosobredireitoshumanoscomaChina,quedecorreudeumaformapositiva,construtivaeaberta.OstemasprioritáriosparaaUEforamaratificaçãodoPactoInternacional sobreDireitosCivisePolíticos (PIDCP), a revisãodosistemadereeducaçãoatravésdotrabalho,aquestãodapenademorte,ocombateàtortura,a liberdade de expressão e a cooperação emmatéria de direitos humanos noquadrodasNaçõesUnidas.
AChinaconfirmouqueosdiplomataseuropeuseosjornalistaspodemassistiràssessõesnostribunaisrelativasacasosdepenademorte.EmrelaçãoàliberdadedereligiãonoTibete,asautoridadeschinesasinsistiramnofactodareencarnaçãodosLamasserumassuntosocialedesegurançanacionalquedeveriaserreguladopeloEstado.AUEreiterouanecessidadedealegislaçãorelativaàsactividadesdosjornalistasestrangeirosduranteosJogosOlímpicos,emvigordesdeJaneirode 2007, ser igualmente aplicada uniformemente aos jornalistas locais, bemcomoaimportânciadegarantiroseuprolongamento,depoisde17deOutubrode2008.
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OSeminárioLegal,quedecorrehabitualmenteàmargemdoDiálogodedireitoshumanos,nãoserealizouduranteaPPUE.ApósocancelamentodoSeminárioemBerlim,sobPresidênciaalemã,tornou-senecessárioclarificaralgunsaspectos,oquenão foipossívelem tempoútil.Noentanto, ficouclaroque,apesardesteadiamento,ambasaspartescontinuamaconsideraroSeminárioparteintegrantedoDiálogobianual.OpróximoSeminárioterálugarduranteaPresidênciaeslovenaeasnegociaçõesparaasuarealizaçãojáseiniciaram.
FoirealizadaumavisitadeobservaçãoàChina,queéconsideradaparteintegrantedo diálogo e que teve lugar na Província de Shanxi (a um templo Budista;acompanhamentodeumapelonumcasodehomicídio,numtribunaldesegundainstância;visitaaumaestaçãodetelevisão)enacidadedeTianjin(visitaaumaassociaçãosindical).
P Outras consultas – foram realizadas outras consultas sobre direitos humanoscom o Canadá, com o Japão, com os EUA e com os países candidatos. É desalientarquefoiaprimeiravezqueasconsultascomospaísescandidatostiveramlugarduranteosegundosemestre.EsteexercíciocomestesváriosparceiroséverdadeiramentecrucialparaumaboacoordenaçãodasposiçõesnoâmbitodasNaçõesUnidas.
Organização das Nações Unidas
Relativamente ao objectivo de assegurar a coordenação e a implementação daestratégiadaUEnasNaçõesUnidas(6asessãodoConselhodeDireitosHumanose3aComissão),serádeassinalar:
P 6a Sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH)-OCDHcompletouumanodeexistênciapoucoantesdoiníciodaPPUE,ecomeleterminouoprocessodeconstruçãoinstitucional.Assim,coubeàPPUElidarcomosassuntospendentesdessa construção institucional e com a primeira sessão normalizada desde acriaçãodoConselho.A6aSessãodoCDHfoidivididaemduaspartes:aprimeiratevelugarde10a28deSetembroeasegundade10a14deDezembro.
RelativamenteaoconjuntodaSessão,e tendoemcontaosobjectivosaqueaUniãoEuropeiasepropôs,serápossível concluirque foiumasessãobastantepositiva.Commaisde40decisõestomadas,estafoidassessõesmaisprodutivasdesteConselho.Osassuntospendentesdareformainstitucionalforamtratadoscomsucessoe,comaadopçãodasDirectrizes,poderáiniciar-seomecanismode revisão periódica universal, uma das principais criações deste novo órgão.QuantoàrevisãodosmandatosdeRelatoresEspeciaisedeGruposdetrabalho,estateveinício,talcomoaUniãoEuropeiahaviapedido,numabaseindividual.
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ForamrenovadososmandatossobreDetençõesArbitrárias,PovosIndígenaseDireitoàAlimentaçãoeosmandatosdosperitosindependentesparaoBurundieoHaiti.
Por outro lado, ao longo do semestre, as situações de países consideradasprioritárias para a União Europeia, como o Sri Lanka, Zimbabué, Birmânia/Myanmar e a situação no Sudão/Darfur,foramalvodegrandeatençãonoConselhodeDireitosHumanos.AsituaçãodoSriLankafoiparticularmentediscutida,tendoopaísaceiteavisitapelaAltaComissáriaparaosDireitosHumanosmesmoantesda6asessãotercomeçado.EmrelaçãoaoDarfur,aUniãoEuropeiafomentouumadiscussãosobreestaquestãodurantetodaa6asessãoetrabalhounosentidodarenovaçãodomandatodaRelatoraEspecial,queocorreuemDezembro.
A União Europeia conseguiu suscitar, em Genebra, todos os assuntos queconsiderava prioritários, através de declarações gerais e/ou de diálogosinteractivos.UmdosprincipaissucessosdaUEfoiarealizaçãodeumaSessãoEspecial sobre a situação na Birmânia/Myanmar. Perante a degradação dasituaçãodedireitoshumanosnopaís,aPPUEconseguiureunirdeimediatoosapoiosnecessáriosparaconvocarumaSessãoEspecialdoConselho.ASessãorealizou-sea2deOutubroeumaresoluçãocondenandoasituaçãodedireitoshumanosnopaísfoiadoptadaporconsenso.
Aresoluçãosobre intolerância religiosa foiumdospontosmaisproblemáticosda6asessãodoCDH,devidoàgrandeoposiçãodaOrganizaçãodaConferênciaIslâmica (OIC) e de alguns países do Grupo Africano. Estava em causa arenovaçãodomandatodaRelatoraEspecial,oquedeuorigemamesesdedifíceisnegociações. A renovação deste mandato foi todavia possível em Dezembro,atravésdeumaresoluçãoadoptadacom29votosafavore18abstenções;
P 3a Comissão da 62a AGNU - outromomento importante da acção da UE emmatériadedireitoshumanosfoia3aComissãoda62aAGNU,queserealizouemNovaIorque.Na3aComissão,asprioridadesdaUniãoEuropeiaconcentraram-seemtrêsresoluçõestemáticas(resoluçãosobreamoratóriasobreousodapenademorte, resoluçãosobredireitosdascriançase resoluçãosobre intolerânciareligiosa) e duas resoluções sobre situações de direitos humanos (Birmânia/MyanmareCoreiadoNorte).AUEapresentouainda,emconjuntocomosEUA,
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uma resolução sobre a Bielorrússia e empenhou-se fortemente, na adopçãoda resolução sobre a situação de direitos humanos no Irão, apresentada peloCanadá.Todasestasresoluçõesforamadoptadascomsucesso.17
Masoassuntoquedominoua3aComissãoesteano,etalvezatéaprópria62asessãodaAGNU,foiclaramentearesolução sobre a moratória no uso da pena de morte.AsuaaprovaçãorepresentoumarcohistóriconasNaçõesUnidasnocombatepelaaboliçãouniversaldapenademorte.
Enquanto Presidência da UE, e sendo este um projecto de resoluçãoverdadeiramentetransregional,tivemosnaturalmenteduasfrentesdenegociação:por um lado, a tarefa de construir e fazer evoluir a posição dos 27membrosUEaolongodoprocessoconjugando-acomaposiçãodosco-autoresprincipais(Albânia,Angola,Brasil,Croácia,Filipinas,Gabão,México,NovaZelândiaeTimor-Leste);poroutrolado,adefesadoprojectoderesoluçãonasconsultasinformaisabertasaosrestantesEstadosmembrosdasNU.
O lobby intenso nas capitais e emNova Iorque, realizado em equipa não sópelaPPUEepelosrestantesparceiroscomunitáriosmastambémpelosoutrosco-autores, resultounaadopçãoda resolução,nodia 15deNovembro, como
17 OprojectoderesoluçãosobreaBielorússiafoiadoptadonodia21deNovembrocom68votosafavor,32 votos contra e 76 abstenções, tendo a FederaçãoRussa apresentado umamoção de não acçãocontraaresoluçãoqueveioaserderrotadapor79votoscontra,65votosafavore31abstenções.AresoluçãosobreaBirmânia/Myanmarfoiadoptadanodia21deNovembrocom88votosafavor,24votoscontrae66abstenções.AresoluçãosobreasituaçãodedireitoshumanosnaCoreia do Norte foi adoptadapor97votosafavor,23contrae60abstenções.OprojectoderesoluçãoDireitos da criançafoi adoptado por 176 votos a favor, 1 contra (EUA) e 0 abstenções. A resolução sobre intolerância religiosafoiadoptadaporconsenso.
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resultadode99votosafavor,52contrae33abstenções18.Aprópriavotaçãofoiumamaratonadifícilqueduroudoisdiasequeimplicou14votaçõesdeemendasescritaseváriasemendasoraisdeparágrafosdaresolução,gerandomomentosdegrandetensãoeemoção.
Aolongodesteprocesso,foinotóriooespíritodegrupoeofactortransregionaldestainiciativa:todososco-autores,representandotodososgruposregionais,intervieram, dividindo equitativamente a tarefa de defender o projecto deresolução. Esta foi uma vitória de todos aqueles que na UE ou fora da UEparticiparamconvictamentenoprocesso(ver também ponto C.3 – Dia Europeu contra a Pena de Morte).
Linhas Directrizes de Direitos Humanos na UE
Otrabalhonesteâmbitofoicentradonaimplementaçãoefectivadetodasaslinhasdirectrizes daUE cujos temas são a penademorte, tortura, crianças em conflitoarmado, defensores de direitos humanos e ainda uma nova linha directriz sobrepromoçãoeprotecçãodosdireitosda criança.A acçãodaPPUE foi assim focadana implementação no terreno, tentando aumentar o conhecimento das nossasEmbaixadaseintegrandoaslinhasdirectrizesnotrabalhoquotidianodaUE,intervindoaoabrigodasmesmassemprequepossível.
No âmbito das linhas directrizes sobre crianças em conflitos armados, foi dadacontinuidade ao trabalho da Presidência alemã, que tinha definido estratégiasnacionaisparacadaumdos13paísesquefaziampartedalistadeprioridadesdaUEnestaárea.Foialargadaalistadepaísesprioritários,de13para1919,paraquealistadepaísesprioritáriosdaUEestejaem linhacoma listada representanteespecialdoSGNUecubraassimosprincipaisfocosdepreocupaçãoquantoàsituaçãodascriançasemconflitosarmados.
Quantoàslinhasdirectrizessobreapena de morte,foramfeitasdiligênciasportodoomundoreiterandoaposiçãodaUEcontraapenademorteemqualquercircunstânciae apelando à comutação das sentenças. Foram realizadas diligências sobre casosindividuaisnoAfeganistão,Bielorrússia,Etiópia,EUA,Iémen,Irão,Iraque,Japão,LíbiaeSíria.APPUEpublicouaindaváriasdeclaraçõesexpressandoasuapreocupaçãosobreexecuçõesiminentes,sentençasproferidasamenores,sentençasdelapidaçãoeexecuçõespúblicas,condenandosempreaaplicaçãodepenademorteemqualquercircunstância.
18 Aresoluçãofoi,maistarde,em18deDezembro,adoptadaemplenáriodaAssembleia-Geralcom104votosafavor,54contrae29abstenções.
19 ForamincluídosoChade,Israel,Territóriospalestinosocupados,Líbano,IraqueeHaiti.
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Iniciámos o processo de revisão das linhas directrizes sobre tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes.ParatalforamsolicitadoscomentáriosaosChefesdeMissãoeàcoligaçãodeONGssobreTortura, sobreoconteúdoeimplementaçãodestaslinhasdirectrizes.Estescomentários,juntamentecom as recomendações do estudo do Parlamento Europeu, irão servir de base àrevisãoemcurso.Seráimportantesalientarqueesteprocessoderevisãonãoafectoua implementação das linhas directrizes, nomeadamente a intervenção da UE emcasos individuais, como foi o caso de umamulher recentemente sentenciada porumtribunaldaArábiaSauditaaumapenadechicoteamentoportersidovítimadeviolação.
Relativamenteàs linhasdirectrizessobredefensores de direitos humanos, aPPUEiniciou a implementação de estratégias nacionais definidas durante a Presidênciaalemã e solicitou a mais de 13 países que elaborassem documentos idênticos.Simultaneamente, foi pedido às Embaixadas que realizassem uma análise dessamesmaimplementação.Peranteonúmeroelevadoderespostasrecebidoserápossívelconsiderar que o objectivo de sensibilização dosChefes deMissão foi alcançado.APPUEpraticouaindadiversasdiligências sobrecasosdeDefensoresdeDireitosHumanos, nomeadamentenaChina,Bangladesh,Colômbia, Iémen,Cuba, Egipto,Síria,Irão,Gambia,GuatemalaePaquistão.
Paraalémdisso,aPPUEcontinuouotrabalhodefortaleceresteinstrumentodaacçãodaUE.Comefeito,enumaacçãoconcertadado“TriodePresidências”,foiaprovadopeloCAGRE,nodia10deDezembro,DiadosDireitosHumanos,umnovoconjuntode linhasdirectrizesdedicadosàpromoçãoeprotecçãodosdireitos das crianças.Foi simultaneamente adoptada uma estratégia de implementação destas linhasdirectrizesque,numprimeiroperíodode2anos,teráênfasenaviolênciacontraascrianças. De salientar ainda que estas linhas directrizes foram desenvolvidas emconsultacomoParlamentoEuropeu,ONGseaUNICEF.
Tomadas de posição da UE
Naáreadosdireitoshumanos forampublicadas38 declarações, que reflectiramaposição daUnião Europeia sobre situações de violação dos direitos humanos emdiversospaíses.APPUEprocurouconciliarapublicaçãodedeclaraçõescomapráticadediligências,noâmbitodasLinhasDirectrizesdaUniãoEuropeia.Forampublicadasdeclaraçõessobreasituaçãodaliberdadedeexpressãoedeassociação,empaísescomoaGeórgia, Irão,Paquistão,Bielorrússia,Quirguistão,RepúblicaDemocráticadoCongo,Birmânia/Myanmar,SomáliaouAzerbeijão,bemcomodeclaraçõessobrecasos de defensores de direitos humanos e sobre a aplicação da pena demorte,
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incluindocasosdeexecuçãodemenoresecasosdelapidação.APPUEteveigualmenteoportunidadedesecongratularcomaaboliçãoformaldapenademortenoRuanda,comadecisãodoCongressoguatemaltecodeestabeleceraComissãoInternacionalcontraaImpunidadeoucomaaboliçãoformaldapenademortenoEstadodeNovaJérsia,jáemDezembro.
Deummodogeral,asquestõesdedireitoshumanosestiverampresentesemtodasasdeclaraçõesconjuntasdas Cimeiras da União Europeiacompaísesterceiros.
Assistência Humanitária
P XXX Conferência Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho(Genebra,20a30deNovembro)-Portugal,enquantoPresidência,coordenouposiçõesaoníveldaresoluçãosobreoacessodeambulânciasaosterritóriosdeIsraeledaPalestina.A intervençãoemnomedaUEfoiproferidanodia27deNovembropeloMinistrodosAssuntosParlamentares;
P Comité Executivo do ACNUR(Genebra,1a5deOutubro)-Portugal,enquantoPresidênciadaUE, foi responsávelpelacoordenaçãoda intervençãoemnomedosEstados-membros,proferidanodia2deOutubro;
P Segmento humanitário-durantea62asessãodaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas foram adoptadas 10 resoluções e uma decisão, tendo a delegaçãoportuguesaassumidoopapeldefacilitadorem2resoluções,nasquaisserádedestacaravançossignificativosnaáreadasegurançadopessoalhumanitário.Oconjuntode resoluçõeshumanitárias foiaprovadoporconsenso, tal comoemanosanteriores,na3ae4aComissões,alémdoplenário.Portugalproferiuainda7declaraçõesemnomedaUEsobrediversospontosdaagenda.
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D.11 – LUTA CONTRA O TERRORISMO
NoâmbitodoGrupodeTrabalhodoConselhocompetentepelosaspectosexternosdalutacontraoterrorismo(GTCOTER),foidadaparticularatençãoànecessidadedesepromoveraimplementaçãodasdiferentesEstratégiasePlanosdeAcçãoexistentes,bemcomoacoerênciadaacçãodaUEemmatériadecontra-terrorismo.Oterrorismorepresentaumaameaçaglobale,comotal,exigeumarespostaglobaleconcertada,quepassanecessariamentepeloaumentodofluxoedatrocadeinformações,pelacoordenaçãointernadeposições,pelacoordenação/parceriascomEstadosterceiros,pela implementação de uma estratégia mundial de combate ao terrorismo, naqualasNUdetêmumpapel líder,epelacooperaçãoestreitacomumamiríadedeorganizaçõesregionaiseinternacionaisenvolvidasnocombateaoterrorismo.
TendoaPPUEdecorridono2osemestre,a“agendaonusiana”deteveumpapelderelevo,exigindoumacoordenaçãocomunitáriaatentaeumacooperaçãoestreitacomosperitosterrorismodasMissõesdaUEjuntodaONUemNovaIorque.
QuantoàavaliaçãoeprincipaisresultadosdaPPUE,serádeassinalar:
P Estratégia e Plano de Acção da União Europeia para Combater a Radicalização e o Recrutamento-APPUEorganizouumsemináriosobreRadicalização(Bruxelas,11 de Setembro) dedicado à temática “Prevenir e responder à radicalizaçãodos jovens: o papel das Escolas, dos Textos e dos Formadores”. Tratou-se doprimeiroseminárioconjuntodestinadoàsdelegaçõesdoCOTEReGTT(IIIPilar),participando ainda peritos externos. O Seminário foi aberto pelo ComissárioFrattini,tendocontadocomumaelevadaparticipação,eresultadonumdebateactivodeondesaírampropostasdeacçãoespecíficascomvistaaimplementaraEstratégiaeoPlanodeAcçãoparaCombateraRadicalizaçãoeRecrutamento.OSeminárioatingiuoseusegundoobjectivo,defomentarodiálogoentreperitosde dois grupos de trabalho com “backgrounds” diferentes:MNE, Serviços de“Intelligence”ePolícias.
Foi dado seguimento ao processo de implementação da “Estratégia deComunicação–“MediaandCommunicationStrategy”,atravésdoenvolvimentodeoutrosDepartamentosdoSecretariado-GeraldoConselhoedaComissão,tendosidoelaboradaumalistadeacçõesespecíficasquedeverãoseracompanhadaseimplementadasporfuturaspresidências.FoiapresentadoediscutidoorelatóriodeavaliaçãodaimplementaçãodestaEstratégia;
P Assistência da UE a países prioritários-foramidentificados7paísesprioritáriosno domínio da Assistência Técnica. Quanto aos Planos de Cooperação com
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MarrocoseArgélia,de2005,sobPPUEfoireavaliadaaestratégiadeAssistênciaTécnicadaUEaestespaíses,oquepermitiudeimediatoarevisãodoPlanodeCooperaçãocomaArgélianodomíniodocontra-terrorismo.FoitambémrealizadoumsemináriocomaIndonésia,emcolaboraçãocomo“JakartaCentreforLawEnforcementCooperation” (JCLEC),quevisoua cooperaçãona regiãoasiáticaemparticularnodomíniodocontra-terrorismo,ecomospaísesafricanosatravésdo“CentroAfricanodeEstudossobreoTerrorismo”(CAERT),recém-criadoemArgelevocacionadoparaamesmatemática.Comesteúltimo,aPPUElevouacaboumasériedeencontroscomvistaàimplementaçãoda“AcçãoComumdeapoioaoCAERT”.
Foi igualmente possível promover umdebatemais aprofundado e clarificadoremtornodosinstrumentosfinanceirosàdisposiçãodosEstados-membrosparaprojectosdecooperaçãonaáreadocontra-terrorismo;
P Diálogos com países terceiros-paraalémdashabituaistroikascomaRússiaeosEUA,realizou-sepelaprimeiraveznocontextodoCOTERumatroikacomaArgélia.Esteencontroteveresultadosmuitopositivos,sinalizandoointeressedeumdiálogoaprofundadocomestepaísmagrebino.
No que respeita ainda aos parceiros do Mediterrâneo, teve lugar a habitualreuniãoad-hocEUROMEDperitosterrorismo,quepermitiuumdebatealargadocomosnossosparceirosdoMediterrâneonumatemáticadeinteressevitalnestaregião e visou a implementação de áreas prioritárias do Código de Conduta,designadamente o encorajamento à moderação e ao diálogo intercultural.Foi pensadauma interacçãodirecta comoprocesso em tornoda “AliançadeCivilizações”,oqueimplicouaimportanteparticipaçãodoseuAltoRepresentante,Dr.JorgeSampaio,comoconvidadoespecial.
APPUEdeuaindacontinuidadeaoexercíciodeelaboraçãode“MasterMessagesonCounter-Terrorism”autilizarnosdiálogospolíticoscompaísesterceiros;
P Cooperação internacional e as Nações Unidas-EmSetembro,aPPUEorganizouumareuniãoconjuntaentreperitosdoCOTEReperitosterrorismodasMissõesUE junto dasNações Unidas com vista a concertar posições sobre a agendaonusianaemmatériadecontra-terrorismo,designadamentenoquedizrespeitoàhabitualresoluçãoda6aComissãosobreterrorismointernacional,àConvençãoGlobal sobre Terrorismo e ao processo de implementação da Estratégia dasNações Unidas de luta contra o terrorismo. A primeira avaliação informal daEstratégiatevelugara4deDezembro,tendosidopossívelàUEapresentarospassosporsidadosnaimplementaçãodestaEstratégiaemanifestaroseuapoio
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financeiro e político ao trabalho desenvolvido pela CTITF (“Counter-TerrorismImplementationTaskForce”).Finalmentenesteâmbito,aPPUEpreparouumadeclaração da UE para o debate aberto do Conselho de Segurança dedicadoaos“briefings”porpartedosÓrgãosSubsidiáriosdoConselhodeSegurança,nomeadamenteoComitédeSanções1267relativoàAl-QaedaeaosTalibãs,oComité1373deContra-TerrorismoeoComité1540demonitorizaçãodoacessodeactoresnão-estataisaarmasdedestruiçãomaciça;
P O Financiamento do Terrorismo-àPPUEcoubeorganizaremLisboaumWorkshopUE/EUAsobreaaplicaçãodesanções financeirasnodomínioda lutacontraoterrorismo.Oseguimentoadar àEstratégiadaUEnaáreadoFinanciamentodo terrorismo foi tambéma temática centraldeumSeminário conjuntoGTT/COTER/AdidosFinanceirosorganizadoemBruxelaspelaPPUE;
P Papel do SITCEN/SIAC(“SingleIntelligenteAnalysisCapacity”)edinamização dos relatórios sobre a ameaça terrorista -Umdosobjectivos igualmentealcançadopelaPPUE foiodedarseguimentoàsconclusõesdos relatóriosdoSITCENedinamizarasuaapresentação.Nessesentido,aPresidênciamanteveencontrosdetrabalhocomoSITCENvisandodiscutirastemáticasdosrelatóriosaapresentarduranteaPPUE,tendoaindapromovidosessõesconjuntasentreoCOTERoGTTeoutrosperitos “externos”aestesdoisgrupos,mascom ligaçãoàsmatériasabordadas.
P Tomadas de posição da UE-naáreadocontra-terrorismoforampublicadastrêsdeclarações, negociadas e proferidas quatro intervenções em nome da UE enegociadaumaresoluçãona6aComissãodasNaçõesUnidas.
(Sobre a vertente interna/JAI da UE, ver também C.2 – Luta contra o Terrorismo).
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D.12 – LUTA CONTRA A DROGA
AÁfricaOcidentaleotráficodedrogas(sobretudococaína)atravésdaquelaregiãoconstituiu a grande prioridade da PPUE, sendo absoluta novidade no âmbito datradicionalagendadoGrupodetrabalhocompetentedoConselho(GrupoHorizontalDrogas-GHD),centradasobretudonacooperaçãocomospaísesdaAméricaLatinaeCaraíbas(rotadacocaína)ecomoAfeganistãoepaísesvizinhos(rotadaheroína).A aceitação de tal prioridade visou responder à recentemas forte emergência dofenómenodotráficodecocaínaatravésdaquelaregiãocomdestinoàEuropa.
Indica-seemseguidaostrabalhosdesenvolvidosduranteaPPUE.
África OcidentalFoiconseguidoumamplolequederesultados,quepermitiuconsolidarestetemanaagendadoGHD:
P Realizaçãodeumdebatetemáticosobreasituaçãodasdrogasnaregião,baseadonumdocumentodediscussãoelaboradopelaPPUE(11deJulho);
P RealizaçãodaprimeiratroikasobredrogasentreaUEeaCEDEAO–ComunidadeEconómicadeEstadosdaÁfricaOcidental(6deSetembro);
P AprovaçãodeConclusõesdoConselhoJAIde6e7deDezembrosobreotráficoaolongodarotadacocaína,incluindoaÁfricaOcidental.Trata-sededocumentodenaturezamaistransversalequesublinhaasgravesconsequênciasqueaproduçãoeotráficodecocaínatêmparaospaísesdaAméricaLatina,dasCaraíbaseparaoNortedeÁfricaeÁfricaOcidental,nomeadamente:oconsumodedroga,osdanoscausadosaotecidosocialepolíticoeoseucontributoparaosconflitosarmados,bemcomoasrepercussõesconsideráveisdessasactividadesilegaisnaprópriaUE;
P AprovaçãodeConclusõescomrecomendaçõesefuturasmedidasdecooperaçãocomaÁfricaOcidentalemmatériadedrogas(20deDezembro);
P Assinatura(apósaconduçãoeconclusãodasrespectivasnegociações)entreseteEstados-membros(ReinoUnido,França,Espanha, Itália,PaísesBaixos, Irlandae Portugal) do Acordo Internacional de constituição do MAOC-N (“MaritimeAnalysisandOperationsCentre–Narcotics”),umcentrooperacionaldecarácterpolicial e com apoio militar, sedeado em Lisboa e destinado ao combate aotráficomarítimodecocaínaatravésdoAtlânticoOriental,incluindoaplataformadaÁfricaOcidental;
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P Elaboraçãodeumprojectoderesoluçãoaaprovarpela“CommissiononNarcoticDrugs” (CND) dasNaçõesUnidas sobre o “Reforço do apoio internacional àGuiné-Bissaunocombateaoproblemadasdrogas”(Dezembro);
P ColaboraçãonaorganizaçãodeumaConferênciaInternacionalsobreasDrogasna Guiné-Bissau, com vista à congregação de esforços para uma intervençãointernacional de apoio ao combate ao tráfico de drogas naquele país (19 deDezembro),daqualsaíramcompromissosfinanceirosnumtotalde5milhõesdeeuros;
P AcçãodelobbyingjuntodaComissãoEuropeia,quelevouàassumpçãodeumcompromissoinformalporpartedaComissãoEuropeianosentidodaelaboração,para o biénio 2009-2010, de um importante programade assistência àÁfricaOcidentalnaáreadasdrogas,afinanciarpeloInstrumentodeEstabilidade.
Diálogos com países terceiros
P ParaalémdarealizaçãodashabituaistroikascomaRússia(11deOutubro)ecomosEUA(14deNovembro)-reconhecidasporestesparceiroscomoosmelhoresencontrostidosatéaomomentonoâmbitodosrespectivosdiálogosregulares-registe-seolançamentodedoisnovosdiálogos:comaCEDEAO(6deSetembro)ecomoPaquistão(12deDezembro).AtroikacomaCEDEAOpermitiuatrocade informações sobre a situação das drogas nos dois espaços geográficoseadefiniçãode futurasprioridadesparaa cooperação futura.A troika comoPaquistão teve como principais resultados a assumpção de um compromissoporpartedaUEnosentidodeprocurarfacilitaroreforçodacooperaçãoentreoPaquistãoeoAfeganistão,bemcomoaidentificação,porpartedoPaquistão,deáreasprioritáriasparaodesenvolvimentodacooperaçãocomaUEemmatériadedrogas;
P No âmbito doMecanismo de Cooperação e Coordenação UE-América Latinae Caraíbas realizaram-se duas reuniões do respectivo Comité Técnico (6 deSetembroe14deNovembro).Graçasaobomambientedediálogoeintercâmbiodeinformações,conseguiu-se,pelaprimeiraveznahistóriadomecanismo,(criadoem1999)queaALCapresentasseàUEumconjuntodenecessidadesepropostasdeprojectosdecooperaçãoprioritáriosquegostariamdeverdesenvolvidos;
P APPUEco-presidiuaindaà10areuniãodoDiálogoEspecializadodeAltoNívelsobredrogasentreaUEeaComunidadeAndina,realizadaemBogotáa1e2Novembro, importante reunião anual de Alto Nível mantida com os paísesandinosprodutoresdecocaína;
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P PPUEfoichamadaatarefasdecoordenaçãocomunitárianoâmbitodareuniãodoGrupoConsultivodoPactodeParis(rotasdeheroína),realizadaemVienaa3e4deDezembro.
Organização das Nações Unidas
P SerádedestacarapreparaçãodograndeexercícioglobaldeavaliaçãodaUNGASS(“UnitedNationsGeneralAssembleySpecialSessiononDrugs”).Nesseâmbito,a PPUE apresentou uma proposta de resolução, a aprovar pela “CommissiononNarcoticDrugs”(CND)dasNaçõesUnidas,emMarçode2008,relativaaosaspectosprocedimentaisaseguirnoreferidoprocessodeavaliaçãodaUNGASS(oquesucedeupelaprimeiravezcomtantaantecedência),paraalémdeterlançadojá,aoníveldaUE,adifícildiscussãorelativaaosaspectosmaissubstanciaisdoexercício;
P APPUEelaboroueapresentouaindaumasegundaresoluçãoparaaCNDrelativaao“ReforçodoapoiointernacionalàGuiné-Bissaunocombateaoproblemadasdrogas”;
P A PPUE elaborou a parte relativa às drogas da Intervenção da Presidência daUEna62aAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas,3aComissão,sobrePrevençãoCriminal,JustiçaCriminaleControloInternacionaldeDrogas.
Reforço dos aspectos de coordenação e articulação
P Tendoemvistaoreforçoda coordenação e articulação interna,aPPUEnãosódeuseguimentoàpráticainstitucionalizadadeapresentação,emcadareunião,deumdocumentocomasiniciativasdeoutrosgruposdetrabalhocomimplicaçõesemmatériadedrogas,comoaindalançou,tendoemvistaumamelhorarticulaçãoentregrupos temáticosegruposdecoordenaçãopolíticageográfica,apráticainovadora de promover “visitas” do GHD aos grupos regionais em que asquestões de drogas têm ummaior impacto.Nesse sentido, oGHD visitou oCOLAT(AméricaLatinaeCaraíbas)a6deSetembroeoCOASI(ÁsiaeOceânia)a 12deDezembro, facultandoaessesgruposumavisãodeperitosdedrogassobreaassistênciaaospaíseseregiõesabrangidosporessesgruposregionais;
P Comvistaaoreforçodacoordenação e articulação externa,aPPUEconvidouaUNODC(“UnitedNationsOfficeonDrugsandCrime”),aOrganizaçãoMundialdeSaúde,oGrupoPompidoudoConselhodaEuropaeosEUA(atravésdaDEA– “Drugs EnforcementAgency”) para reuniões doGHD, com vista a fazeremapresentaçõeseaparticiparemdasdiscussõesdoGrupo.Nesteâmbito,seráde
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destacaraindaparaoencontrodoGrupoIInter-Agências(Varsóvia,28e29deNovembro)-facilitadopeloGrupoPompidoueemqueaPPUEdesempenhouumpapelactivo-,quevisouaarticulaçãodaactuaçãodasdiferentesorganizaçõescomcompetênciasnaáreadasdrogasaníveleuropeu.
Por último, para além do debate temático sobre a situação das drogas na regiãoÁfricaOcidental,acimareferido,teveaindalugardiscussãosobreos“Mecanismosoperacionais e de troca de informação”, em 5 de Setembro. Neste encontropretendeu-sepromoveraaproximaçãoentreoníveldecoordenaçãopolíticaeonívelde coordenação operacional das polícias e serviços de informação, com enfoqueparticularnasrelaçõescompaísesterceiros.
(Sobre a vertente interna/JAI, ver também o ponto C.3 – Luta contra a Droga).
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D.13 – DESARMENTO E NÃO-PROLIFERAÇÃO
Desarmamento Global
Assembleia-Geral das Nações Unidas – 1a Comissão
P Preparação, negociação e adopção de cinco Declarações da União Europeia(Declaração Geral, Armas Nucleares, Outras Armas de Destruição Maciça,ArmamentoConvencionale“ComplianceMechanism”);
P CoordenaçãodasposiçõesdaUniãoEuropeia,atravésdereuniõesdetrabalhodiáriasemNovaIorque(de1deOutubroa2deNovembro);
P Preparação,negociaçãoeadopçãodaDeclaraçãodaUEnaSessãoPlenáriaFinaldaConferênciadeDesarmamento.
Conferência de Desarmamento (CD)
P CoordenaçãodasposiçõesdaUniãoEuropeia,atravésdarealizaçãodereuniõesdetrabalhodiárias,emparalelocoma3aSessãodaConferênciadeDesarmamento(Genebra,30deJulhoa14deSetembro);
P IntervençãodeencerramentoemnomedaUniãoEuropeia.
Convenção sobre Armas Biológicas (BTWC)
P Elaboração(emconjuntocomoSecretariado-GeraldoConselho),negociaçãoeadopçãodaAcçãoComumdeApoioàsActividadesdaOrganizaçãoMundialdeSaúde(OMS);
P DiscussãoeaprovaçãodaprorrogaçãodoperíododeexecuçãodaAcçãoComumPESC/184/2006emapoioàBTWC,atéAbrilde2008;
P Elaboração, negociação e adopção das Declarações da União na Reunião dePeritosdaBTWCecoordenaçãocomvistaàapresentaçãodosDocumentosdeTrabalhodaUEnestareunião;
P CoordenaçãodaparticipaçãodaUEnaReuniãodePeritosdaBTWC;
P Preparação,negociaçãoeadopçãodaDeclaraçãodaUniãoEuropeianareuniãodeEstados-Parte;
P Criaçãode“e-taskforce”paraaelaboração,negociação,coordenaçãoeadopçãodos cinco Documentos de Trabalho apresentados pela União Europeia naReuniãodeEstadosParte(umdosquais,intitulado“AssistanceandCooperationintheFrameworkoftheImplementationandUniversalizationoftheBTWC”daresponsabilidadedePortugal);
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P Promoção de diligências para a adopção de legislação nacional sobre ArmasBiológicasedeToxinasnaNigéria;
P Promoção de diligências em países terceiros para a universalização daConvenção;
P Preparação da visita à Ucrânia para avaliar as condições de segurança emlaboratóriosdebiologia;
P PromoçãodediligênciasparaarealizaçãodesemináriosobreauniversalizaçãodaBTWCnoMédioOriente;
P ContinuaçãodaexecuçãodoPlanodeAcçãoUEsobreaBTWC.
Convenção sobre Armas Químicas (CWC)
P AvaliaçãodasAcçõesComunsadoptadasaté2007;
P NegociaçãoeadopçãodasDeclaraçõesdaUniãonaReuniãodeEstados-ParteàCWCenaReuniãodoConselhoExecutivodaOPCW;
P Preparação,negociaçãoeadopçãodaDeclaraçãodaUniãoEuropeianaCerimóniaComemorativado10oaniversáriodaCWC,emNova Iorque,àmargemda62aAGNU;
P ResoluçãododiferendoentreaComissãoeaOPCWquantoaofinanciamentodaAcçãoComumde2007;
P Financiamentonacionalde“BriefingBook”paraa2aConferênciadeRevisãodaCWC;
P PromoçãodediligênciasempaísesterceirosparaauniversalizaçãoaaplicaçãodaConvenção;
P Criaçãode“e-taskforcefocalpoints”paraaConferênciadeRevisão.
Convenção sobre Certas Armas Convencionais (CCW)
P FinalizaçãodaAcçãoComumdeApoioàCCW;
P Definição da posição da União quanto à negociação do instrumento jurídicointernacionalsobrebombasdefragmentação(“clustermunitions”);
P PreparaçãoerealizaçãodediligênciasrelativasaomandatonegocialdaUEquantoaoreferidoinstrumento;
P Preparação,negociaçãoeadopçãodasoitoDeclaraçõesdaUEnaReuniãodeEstadosParteàCCW(DeclaraçãoGeral,ProtocoloII,ProtocoloV,“SponsorshipProgramme”, Bombas de Fragmentação, Universalização, “ComplianceMechanism”e“PresidencyConcludingStatement”);
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P Coordenação Comunitária no âmbito da Reunião de Estados-Parte à CCW(Genebra);
P Participação em todas as reuniões do chamado “Processo de Oslo” sobremuniçõesdefragmentação;
P Preparação,negociaçãoeadopçãodaDeclaraçãodaUniãonaConferênciadeVienasobre“ClusterMunitions”.
Espaço Exterior
P CoordenaçãoerevisãodosElementosConstituintesdofuturoCódigodeCondutasobreActividadesEspaciais;
P Criaçãoecoordenaçãodeuma“e-taskforce”parapreparaçãodoCódigo;
P RealizaçãodeconsultascomEstadosUnidos,FederaçãoRussaeChinasobreoobjectodoCódigodeConduta;
P Elaboração e discussão inicial de um Código de Conduta sobre ActividadesEspaciais;
P Preparação, discussão, adopção e remessa àsNações Unidas da resposta daUnião Europeia à Resolução 61/75 da AGNU (“Transparency and ConfidenceBuildingMeasuresinOuterSpaceActivities”).
Armas Ligeiras e de Pequeno Calibre (ALPC)
P Preparação de Declaração da Presidência sobre Apoio a Estados Terceiros eCooperaçãonoDesenvolvimentodeCapacidadesnoControlodeALPC(reuniãoinformalsobre“PrincípiosdeControlosdeTransferências”,emGenebra,Agostode2007);
P Preparação,negociaçãoeadopçãodeAcçãoComumdeapoioaoInstrumentosobreMarcaçãoeRastreiodeArmasLigeirasedePequenoCalibreilícitas;
P RealizaçãoemNovembrodeReuniãoEspecialdoGrupodeTrabalhocompetentedoConselho(GTCODUN),dedicadaaALPC,compresençaeapresentaçõesderepresentantesdo“MaintenanceandSupplyAgency”(NAMSA),“UN-RegionalCentre for Peace, Disarmamanet and Development in Latin America and theCaribbean”(UN-LiREC)e“SouthEasternandEasternEuropeClearingHousefortheControlofSmallArmsandLightWeapons”(SEESAC).
Minas Anti-pessoais
P Preparação,negociaçãoeadopçãodeAcçãoComumparaaUniversalizaçãoeAplicaçãodaConvençãodeOttawa(MBT);
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P Preparação,negociaçãoeadopçãodaDeclaraçãodaUniãoEuropeianaReuniãodeEstados-ParteàConvençãodeOttawa(Amã);
P Coordenaçãocomunitárianoâmbitoda9aReuniãodeEstados-ParteàConvençãosobreMinasAnti-Pessoais.
Não-Proliferação
Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)
P AvaliaçãodasAcçõesComunsadoptadasaté2007;
P Adopção da 4a Acção Comum em Apoio ao Fundo de SegurançaNuclear daAIEA,alargandooâmbitogeográficodasanterioresAcçõesComunsaospaísesdoSudesteAsiático;
P CoordenaçãocomunitáriaduranteosConselhosdeGovernadoresdaAgência(Viena);
P Coordenaçãocomunitáriadurantea51aConferênciaGeraldaAIEA(Viena);
P Continuaçãodareflexãosobregarantiasdefornecimentodecombustívelnuclear(“nuclearfuelassurances”).
(Ver também ponto D.19 – Agência Internacional de Energia Atómica).
Tratado para a Supressão Total de Ensaios Nucleares (CTBT)
P CoordenaçãocomunitárianoâmbitodaConferênciasobreoart.XIVodoCTBT;
P CoordenaçãocomunitáriaduranteasreuniõesordináriasdosGruposdeTrabalhoAeBeacompanhamentodotrabalhodoSecretariadoProvisóriodaOrganizaçãodoTratadoparaaSupressãoTotaldeEnsaiosNucleares(CTBTO);
P Realização de diligências sobre a universalização do CTBT junto de paísesterceiros;
P Realização de diligências sobre questões orçamentais e de financiamento doCTBTjuntodepaísesterceiros.
Resolução CSNU 1540
P ReflexãosobrepossibilidadedeadopçãodeumanovaAcçãoComumemApoioàActividadedoComité1540doCSNU,que incluiudebatecomapresençadoEmbaixadorPeterBurian,Presidentedaqueleórgão.
Mísseis Balísticos (MTCR e HCoC)
P Realizaçãodediligênciasjuntodosgovernosrussoesul-africanocomoobjectivodeviabilizaraResoluçãoda1aComissãodaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas
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relativaaoCódigodeCondutadeHaiacontraaProliferaçãodeMísseisBalísticos(HCoC);
P CoordenaçãodasposiçõeseuropeiasduranteaReuniãoPlenáriadoRegimedeControlodeTecnologiaMíssil(MTCR),quetevelugaremNovembroemAtenas.Portugal proferiu, na ocasião, três intervenções emnome daUE: discurso deabertura;apresentaçãodasactividadesdaUEnodomíniodoapoioaocontrolodeexportaçõesbemcomoumadeclaraçãorelativaàadesãodosnovosEstados-membrosdaUEaoMTCR;
P Elaboração, em nome da UE, de uma proposta de “watch-list” sobre benssensíveiscomdestinoaoIrão.EstapropostaviriaasersubmetidaàapreciaçãoeendossadapelosdemaisEstados-membrosdoMTCRduranteaReuniãoPlenáriadeAtenas;
P Realização de diligências junto dos governos russo, sul-africano e brasileirodeformaaviabilizarapropostade“watch-list”queviriaaserapresentadanoPlenáriodoMTCR.
Questões Regionais
P Acompanhamento das crises nucleares norte-coreana e iraniana, bem comodosúltimosdesenvolvimentosrelativosaoAcordodeCooperaçãoNuclearEUA-Índia;
P AdopçãodaAcçãoComumPESC/753/2007emapoioàsactividadesdeverificaçãoemonitorização conduzidas pela AIEA na República Democrática Popular daCoreia;
P RealizaçãodeduasreuniõesconjuntasentreoGrupodeTrabalhocompetentedoConselhopelasquestõesdenãoproliferação(GTCONOP)eosGruposdeTrabalhonoâmbitodaÁsiaeOceânia(GTCOASI)edoMédioOrienteeGolfoPérsico (GT COMEM), para analisar as respectivas crises nucleares e propormedidas futuras no quadro das posições adoptadas pelaUE relativas àquelespaíses.
Cláusulas de Não-Proliferação
P Acompanhamento da negociação de Cláusulas de Não-Proliferação (“WMDClauses”)comaRepúblicaPopulardaChina(PCA);Ucrânia(NEA);ÁfricadoSul(TDCA)eÍndia(FTA).
Outras Iniciativas
P ParticipaçãoactivanaIniciativadeSegurançacontraaProliferação(PSI);
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P ObtençãodeestatutodeobservadorparaaUniãoEuropeianaIniciativaGlobalparaoCombateaoTerrorismoNuclear(GICNT)
Controlo de exportação de armamento convencional
Iniciativas
P Elaboração e aprovação de uma Acção Comum de apoio a actividades depromoçãodecontrolodeexportaçõesdearmamentojuntodepaísesterceiros;
P RealizaçãodediligênciasemtodososEstados-membrosdaUEtendoemvistaaaprovaçãodaPosiçãoComumsobreoCódigodeCondutarevistoqueiráconferircarácterjuridicamentevinculativoaoCódigodeCondutadaUEsobreExportaçãodeArmamentoConvencional,principalinstrumentodaUEnestamatéria;
P Publicação do 9o Relatório Anual da União Europeia sobre Exportação deArmamentoConvencional;
P AcompanhamentodainiciativadaComissãodestinadaafacilitarasTransferênciasIntra-Comunitáriasdeprodutosdedefesa.
Tratado de Comércio de Armas (“Arms Trade Treaty”- ATT)
P Actividades de promoção de um instrumento destinado a regular o comérciointernacionaldearmasnoâmbitodasNaçõesUnidas(“ArmsTradeTreaty”);
P CoordenaçãodasposiçõesdaUniãoEuropeiarelativasàadopçãodoTratadodeComérciodeArmas;
P PreparaçãoenegociaçãodeconclusõesdoCAGREsobreoATT.
Acordo de Wassenaar
P CoordenaçãoComunitárianoâmbitodasReuniõesdo“GeneralWorkingGroup”edoPlenáriodoAcordodeWassenaar;
P Preparação, negociação e adopção de dois discursos de âmbito geral para asReuniõesdo“GeneralWorkingGroup”edoPlenáriodoAcordodeWassenaar;
P Realização de diligências junto do governo turco, previamente à reunião do“GeneralWorkingGroup”edoPlenáriodeWassenaar,tendoemvistaaadesãodeChipreaesteacordo;
Seminários e Outras Encontros
P Organização de Seminário Informal do Grupo de Trabalho competente doConselho(GTCOARM)emLisboa(9e10Julho);
P OrganizaçãodeSemináriodoGrupodeTrabalhoCOARMcomONGs;
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P ParticipaçãoemencontrocomoComitédeSegurançaeDefesadoParlamentoEuropeu;
P OrganizaçãodeSemináriocomosPaísesdosBalcãsOcidentaisparapromoçãodo Código de Conduta da União Europeia sobre Exportação de ArmamentoConvencional,emBelgrado,nosdias13e14deDezembro.
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D.14 – POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA
AagendadetrabalhosdaPPUEcentrou-senasmissões/operações,desenvolvimentodecapacidadeseparceriasestratégicas,bemcomonacooperaçãocomÁfricaecomoMediterrâneo.OsesforçosempreendidospermitiramcolocarnocentrodasatençõesdaUE as questões relativas ao nexo entre Segurança, Defesa e Desenvolvimentoe ao seu relacionamento com o continente africano, perspectiva essencial facenomeadamenteaoslaçosqueunemosdoiscontinenteseàsuainterdependênciaemmatériadesegurança.
Operações
Operações em curso:
P Althea -Comuma força estabilizadade2500militares, aEUFORcontinuouagarantir um ambiente estável e seguro na Bósnia e Herzegovina (BeH), quefacilitaaacçãodamissãocivilPESDnoterreno(EUPM).Deu-secontinuidadeaoprocessodetransferênciadedeterminadosassuntosmilitaresespecíficos(“JointMilitaryAffairs”)paraasautoridadesdaBeH(desminagem,etc).Procedeu-seaoacompanhamentodasequipasdeligaçãoeobservação(LOT)disseminadaspeloterritóriodaBeH.OdispositivomilitarportuguêsnaALTHEAécompostopor12oficiaise2sargentos.DuranteaPPUEaforçamiltarespecializada(IPU)começouasersubstituídaporumdestacamentodaEurogendarmeria.Procedeu-seaindaàtransferênciadocomandodaEUFORparaumGeneralespanhol;
P EUPM-NasequênciadeconviteexpressodasautoridadesdaBeH,aUEdecidiurefocalizar amissãocivilPESD (EUPM)nosentidodeacompanhar eapoiaroprocessodereformadapolícia,decontinuaraapoiarodesenvolvimentodeumapolícia sustentável e de prestar conselho e assistência na luta contra o crimeorganizado. Esta missão PESD comporta actualmente cerca de 200 políciasinternacionaisetemumaduraçãoprevistaatéaofinalde2008.DuranteaPPUEprocedeu-seàrevisãoeaprovaçãodoConceitodeOperações(CONOPS),PlanodeOperações(OPLAN)eAcçãoComumeàextensãodomandatodoChefedaMissão (BrigadeiroVincenzoCoppola).Portugalparticipanestamissãocom2elementosdaGNR;
P EUSEC/RDC - Amissão EUSEC/RDC prosseguiu os seus esforços no sentidode contribuir para a reforma do sector da segurança (RSS) no Congo, tendocolaborado,apardeoutrosparceirosinternacionaisedasautoridadescongolesas,na reflexão sobre o futuro modelo das forças armadas da RDC. Registaram-se progressos significativos no que se refere ao projecto relativo à cadeia de
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pagamentos,nomeadamenteemtermosdaeficáciadopagamentodesaláriosaopessoaldas forçasarmadas,bemcomoemmatériaderecenseamentodosefectivosmilitares,comrecursoadadosbiométricos.
Aguarda-sequeaMesaRedondasobreRSS,arealizarembreve,possapermitiro relançamento do processo de reforma do sector da segurança, bem comocontribuir para uma desejável clarificação da repartição de atribuições nestamatériaentreosdiversosactoreslocaiseinternacionais;
P EUPOL/RDC -TambémnodomíniodaRSS,masnaáreacivil–PolíciaeinterfacecomaJustiça–amissãoEUPOLRDCsucedeu,em1deJulho,àmissãoEUPOLKinshasa(concluídaem30deJunho).TemporobjectivoassistirasautoridadescongolesasnareestruturaçãodaPolíciaNacionalCongolesaenosesforçosdemelhoriadofuncionamentodosistemajudicialpenal.Atravésdasuaparticipaçãono “Comité de Suivi de la Reformede la Police”, a EUPOLRDCdesempenhafunçõesderelevoemtermosdecoordenaçãodosesforçoslocaiseinternacionaisemmatériadereformadapolícia.Desalientaraindaasignificativaparticipaçãonacional:9elementos,entreosquaisoChefedaMissão,SuperintendenteAdílioCustódio;
P Apoio da UE à AMIS-AUEprosseguiuoseuapoiotécnicocivilemilitaràestruturadecomandodaAMIS,bemcomooapoio financeiroe logísticoaestamissãodaUAnoSudão,nomeadamenteacoordenação,emconjuntocomaOTAN,dotransporteestratégicoderotaçãodepessoaldesuportedaAMIS.Desempenhouigualmente um papel de relevo em matéria de observadores militares e deaconselhamentoeformaçãodacadeiadecomandodacomponentepolicialdaAMIS.NaperspectivadatransiçãoparaaoperaçãohíbridaNU-UA(UNAMID),aUEcooperouestreitamentecomaONUeaUAnoesforçodeimplementaçãodoschamados“pacotes ligeiros”(“light”)e“pesados”(“heavy”)deapoiodasNaçõesUnidas.OfinaldaPPUEcoincidiucomatransferênciadeautoridadedaAMISparaaUNAMID(31deDezembro),pondoassimtermoaoenvolvimentodaUE no que respeita ao apoio àmissão (com a excepção do cargo de VicePresidentedaComissãodeCessarFogo);
P EUPOL COPPS-Noterrenodesde1deJaneirode2006,comummandatodetrêsanos,procuracontribuirparaa implementação, juntodapolíciacivilpalestina,de procedimentos policiais sustentáveis e eficazes, conformes aos padrõesinternacionais.DuranteaPPUE, foramrevistosoCONOPSeaAcçãoComumparaacomodaranovaestruturadecomandoecontroleparaasoperaçõescivisda UE. Foi ainda aprovado o projecto de reactivação e expansão da EUPOL
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COPPS,tendoemconsideraçãoasalteraçõesdepolíticadesegurançaverificadasapós a tomada de posse do actual Governo palestino. Para garantir o bomfuncionamentodamissãoeumnívelmínimodesegurançaaosseuselementos,realça-seofactodeem28deDezembrotersidocompletadoodifícilecomplexoprocessodeacreditaçãojuntodoGovernodeIsraeleautorizadaautilizaçãodeveículosblindadosnaMargemOcidental.PortugalparticipanestamissãocomumelementodaGNR;
P EUBAM Rafah-DepoisdatomadadopoderpeloHamasemGaza,estamissãoestáimpossibilitadadeexercerassuasfunçõesemvirtudedeopostofronteiriçode Rafah se encontrar permanentemente fechado, semperspectiva de abrir amédioprazo.Foidecididoreduzirosefectivosdestamissão,deformafaseada,mantendocontudoasuacapacidadedevoltardenovoaoterreno,logoqueascondições o permitam. Foi autorizado que amissão semantenha no terrenoaté24deJaneirode2008,alturaemqueserádenovoavaliadaasuasituaçãooperacional.PortugalnãoparticipanaEUBAMRafah;
P EUPOL Afeganistão - Lançada semanas antes do início daPPUE, estamissãode polícia tem por objectivo apoiar as autoridades afegãs na implementaçãode procedimentos policiais sustentáveis e eficazes, conformes aos padrõesinternacionais,naáreadapolícia civil, em interacçãocomosectorda Justiça.Comaduraçãoinicialdetrêsanoseumefectivodecercade195políciaseperitosnosectordeJustiça(acapacidadeoperacionalplenaseráatingidaemMarçode2008),astarefasprincipaisdamissãosãooaconselhamento,amonitorizaçãoea formaçãodas forçaspoliciaisafegãs.Ultrapassadasasdificuldades iniciaisrelativas ao recrutamento de pessoal e ao processo de aquisição dematerial,e após a substituição do respectivo Chefe, o dispositivo damissão passou aintegrarumconjuntodeLOT(“liaisonandobservationteams”)disseminadasemdeterminadasprovínciaseregiões.DuranteaPPUEforamaindanegociadascomosEstados-membros responsáveisaparticipaçãodeelementosdamissãoemdeterminadasLOT.Portugalnãoparticipanestamissão;
P EUJUST LEX – Esta missão consiste em ministrar formação integrada nosdomínios da gestão e investigação criminal a oficiais superiores das áreasjudiciária,depolíciaedeguardaprisional,tendoemvistapromoveredesenvolverumsistemadejustiçacriminalintegradanoIraque.DuranteaPPUEprosseguiramasactividadesdeformaçãoetreinoadicionais,tendoosEstados-membrossidosolicitados a contribuírem com um esforço suplementar de 11,3Meuros paracobriroscustoscomunsdestafasedamissão.ForamaindarevistosoCONOPS,oOPLANeaAcçãoComumeprolongadaamissãoaté30deAbrilde2008.
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Planeamento de Operações:
P EUFOR TCHAD/RCA-ForamdadospassosdecisivosnoprocessodeplaneamentodafuturamissãoPESDnoLestedoChadeenoNordestedaRCA,cujoenvioparaoterrenoseprevêparabreve,umavezcompletado,comsucesso,oprocessodegeraçãodeforças.Estamissão,decercadequatromilmilitares,emcoordenaçãoeapoiodamissãodepolíciadaONU(MINURCAT)20,teráporobjectivogarantiras indispensáveiscondiçõesdesegurançanarespectivaáreadeoperações,deformaaassegurarascondiçõesmínimasparaoprosseguimentodaassistênciahumanitáriaaosrefugiadosedeslocadosinternoseoretornodestesúltimosaosseuslocaisdeorigem.Insere-se,assim,nalógicadaadopçãodeumaperspectivaregional por parte da comunidade internacional relativamente ao conflito doSudão/Darfur,queaUEvemdefendendo.
P Missão PESD de Reforma do Sector de Segurança (RSS) na Guiné-Bissau -Foram lançadas as bases do planeamento político-estratégico tendo em vistao lançamento, no primeiro trimestre de 2008, de umamissão PESD de RSSna Guiné-Bissau. Foi aprovado o Conceito Geral para a missão PESD/RSS,abrangendo um vasto conjunto de domínios conexos, incluindo as ForçasArmadas,asforçasdepolíciaediversasáreasdosectordaJustiça,incluindoalutacontraonarcotráfico.Umaatençãoespecialestáaserdadaàcoordenaçãocomosesforçosempreendidosporoutrosactores,dentroeforadaUE,comoaComissão,iniciativasbilateraisdosEstados-membros,ONU,CEDEAOeCPLP;
P Eventual missão PESD no Kosovo - Esta futura missão terá como objectivopolítico contribuir para a consolidação da paz, segurança e estabilidade naregião,propiciandoodesenvolvimentosustentadoeo reforçodas instituiçõeslocais no amplo campo do Estado de Direito. Amissão implementará o seumandatoatravésdeumaacçãodemonitorização,formaçãoeaconselhamento,aomesmo tempo que reterá algumas responsabilidades executivas em áreasde Polícia, Justiça e Alfândegas. Foi acelerado o processo de planeamento,recrutamento de pessoal e aquisição de material, de acordo com um planode contingência, tendo em consideração os resultados das negociaçõesda Troika quanto ao Estatuto do Kosovo. Foram ultimados os preparativosdo CONOPS e da Acção Comum, tendo em vista não só o lançamento damissão logo que as condições políticas e de segurança o permitam, comoa constituição do Gabinete do EUSR/ICR (ver também ponto A.3 – Kosovo);
20 ResoluçãodoConselhodeSegurançadasNaçõesUnidasno1778(2007),de25deSetembro.
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P Possível missão PESD na fronteira sírio-libanesa-Nasequênciadeumapropostaespanhola, no sentido de ser estudada a viabilidade de uma eventualmissãoPESDdestinadaaapoiarocontrolo,gestãoesegurançadefronteirasírio-libanesa,pela Síria, foi enviada umamissão prospectora preliminar (Outubro) à Síria eaoLíbano, seguidadeumamissãopolítica exploratória àSíria (Novembro).Aposterior discussão pelo Comité Político e de Segurança do Conselho da UEsobreapossibilidadedeenviodeumamissãodeapuramentodefactosresultou,parajá,inconclusiva.
Exercícios:
P As dificuldades persistentes no domínio do relacionamento entre a UE e aTurquia, inviabilizaram a que se procedesse ao planeamento e condução doexercícioconjuntocomaOTANnodomíniodagestãodecrisesCME/CMX07,cuja fase activa estava inicialmente previsto que pudesse decorrer durante aPPUE.Nestascircunstâncias,noâmbitodoseuprogramadeaprofundamentodarelaçãoUE-OTAN,aPPUEprocurouassegurararealizaçãodeumaactividadedesubstituição,anível institucional,quepermitisseprosseguirodiálogoentreasduasorganizaçõesnodomínio emconsideração.Esta veio a concretizar-seatravésdarealização,sobaégidedoInstitutodeEstudosdeSegurança,deumsemináriosubordinadoaotemagenérico:“OFuturodaUEeaOTAN”,quetevelugaremParisem11deDezembro.
P FoidesenvolvidaumaparteimportantedotrabalhodeplaneamentodoexercíciodegestãodecrisesdaUEaterlugarem2008-CME08-comarealizaçãodasrespectivasreuniõesdeplaneamentoinicialeprincipal.Esteexercícioestáaserconcebido tendo em vista testar a capacidade de aUE planear o lançamentodeumamissãomilitaremapoiodeumamissãocivilPESDjánoterrenoe,emsimultâneo,procederàreconfiguraçãoeaoreforçodareferidamissãocivil.
Formação PESD:
P Iniciou-se o trabalho de revisão da Acção Comum da Academia Europeia desegurançaeDefesa,actualmenteemvigor(2005/575/PESC,de18deJulho).
P TeveiníciooCursodeAltoNívelsobreaPESD2007/2008,organizadoemcincomódulos,quecontacomaparticipaçãode70funcionáriosoriundosdosEMsedasInstituições.Osegundomódulo,subordinadoaotemageraldeCapacidades,decorreuemLisboa.Realizaram-seaindadoisCursosdeOrientaçãosobreaPESD,umdosquaisco-organizadoporseisEstados-membros,entreosquaisPortugal,ededicadoessencialmenteàsquestõesdasegurançanoespaçomediterrânico.
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Capacidades
Capacidades militares:
P OConselhoaprovoua19deDezembrooCatálogodeProgressos(CP07),quepermiteidentificareprioritizaraslacunasactualmenteexistentesemrelaçãoaoObjectivoGlobal2010(HLG2010)eservirdebaseparaodesenvolvimentodotrabalhosubsequentenoâmbitodoPlanodeDesenvolvimentodeCapacidades.
P Relativamenteaosagrupamentostácticos(“battlegroups”),Portugalconfirmouocompromissopreviamenteassumidodeparticipaçãonoagrupamentotácticomultinacional constituído por Espanha, França, Alemanha e o nosso país (aEspanhaéanação-quadro),queentroudeprevençãoem1deJaneirode2008,porumperíododeseismeses.
P No âmbito do programa das três Presidências, deu-se início à definição dametodologiaemandatoparaa revisãodoconceitomilitarde resposta rápida,queintegrarátrêscomponentes:naval,terrestreeaérea.
Capacidades civis:
P Foi aprovado o Relatório Final doObjectivoGlobal Civil 2008, bem como aslinhasdeorientaçãoconceptuaisparaodesenvolvimentodeumnovoObjectivoGlobalCivilparaohorizonte2010.
Relacionamento UE-OTAN na área da PESD
OrelacionamentoentreaUEeaOTANnaáreadaPESDtemvindoaseremalgumamedidaprejudicadodevidoaosproblemasquesubsistemnas relaçõesentreaUEe a Turquia. Esta situação, que esteve na origem do já aludido cancelamento doexercícioconjuntonodomíniodagestãodecrisesCME/CMX07,colocaproblemasde coordenação de esforços entre missões das duas organizações presentes nosmesmosteatrosdeoperações–comoéocasodoAfeganistãoe,possivelmente,nofuturopróximo,doKosovo–reflectindo-seaindanegativamentenoutrasáreas,comoéocasodacoordenaçãodeesforçosemmatériadedesenvolvimentodecapacidadesmilitares.
APPUEprocurouagirnosentidodecontribuirparaamelhoriadorelacionamento,procurandopropiciarumclimadediálogofrancoedeprocuradesoluçõesconstrutivasqueabrissemperspectivasparaodesejáveldesenvolvimentodasrelações,norespeitopeloenquadramentonormativoexistenteetentando,namedidadopossível,atenderaosinteressesespecíficosrelevantesdosEstados-membrosdasduasOrganizações.
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Foiassimpossível:
P Realizar,comoacimareferido,umaactividadedesubstituiçãodoexercícioCME/CMX07;
P Acordarumdocumentoconceptualparatornarmaiseficaz,coerenteetransparenteacooperaçãonoquadrodoGrupodeCapacidadesUE–OTAN;
P Desenvolver um conjunto de iniciativas diplomáticas visando a promoção dodiálogoeaprocuradebasesdeentendimentonoquerespeitaaorelacionamentoUE-TurquianaáreadaPESD.MerecerealcearealizaçãoemLisboa(18deSetembro)deumaTroikadeDirectoresPolíticos comaTurquia,daqual fezparte, à suamargem,umareuniãodeDirectoresEstratégicos,destinadaespecificamenteaanalisarorelacionamentonoâmbitodaPESD.
Relacionamento com as Nações Unidas no domínio da gestão de crises
A PPUE deu início à implementação da declaração conjunta sobre a cooperaçãoONU-UEemmatériadegestãodecrises,acordadaemJunhode2007.NodecursodaPPUEprosseguiuodiálogoaaltonível,bemcomoo intercâmbioperiódiconoplano técnico. No plano operacional, por seu turno, intensificou-se a cooperaçãoemdiversoscenários–Darfur,RDC,Afeganistão–assimcomonoquerespeitaaoplaneamentodeoperaçõesfuturas–Chade/RCAeKosovo,nomeadamente.
Relacionamento com África
P Reforço das capacidades africanas em matéria de Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos-CoubeàPPUEumpapelimportantenoarranquedaimplementaçãodoConceitoEuropeuparaoReforçodasCapacidadesAfricanasemmatériadePrevenção, Gestão e Resolução de Conflitos e do respectivo Plano de Acção.Tendoporbaseasprioridadesdefinidasnesteúltimodocumento, foipossívelavançarcomasprimeirasiniciativas,dequesedestaca,nodomíniodotreino/exercícios,oprimeirociclodoprogramaEURORECAMP.APPUEpatrocinouarealização, em Bruxelas, em 22 de Novembro, de um seminário dedicado aotema“PrevençãodeConflitos–DesenvolvendoumPapeldeLiderançaparaaUE–CooperaçãocomOrganizaçõesRegionais”,organizadoconjuntamentepelaFundaçãoEuropeiaMadariagaepelaAcademiaFolkeBernadotte,daSuécia;
P Estratégia Conjunta UE-África – capítulo relativo à Paz e Segurança - O novopatamar atingido no relacionamento com o continente africano, através doestabelecimento da nova parceria estratégica consubstanciada na EstratégiaConjunta, é particularmente evidente no domínio relativo à Paz e Segurança.Estemereceuumcapítulopróprionodocumentoeaprevisãodeumconjunto
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de iniciativas no respectivo Plano de Acção, reflectindo aliás o significativodesenvolvimentoqueasrelaçõesnestedomíniojáregistamactualmente.Espera-seque,paraalémdoimpulsoquedeveráserdadoàcooperaçãoemmatériadePazeSegurança,aperspectivamultissectorialadoptadanaEstratégiaConjuntacontribuaparaumamaioreficáciaecoerêncianaabordagemdasmúltiplasáreasdeconvergênciaentreasegurançaeoutrosdomínios,desdeonexosegurança/desenvolvimentoatéfactorescomoasconsequênciasemmatériadesegurançadosfenómenosedaspolíticasambientais,entreoutros(ver também ponto D.4 – Cimeira UE-África);
P Reunião informal de Directores PESD-AhabitualreuniãoinformaldeDirectoresdePolíticadeSegurançadaUE(13e14deSetembro)foiorganizadaemformatode seminário e subordinada ao tema “A Estratégia Europeia de Segurança easRelações comÁfrica”.O formato adoptado e, emparticular, apresençadediversosoradores convidados africanos, contribuiuparao estabelecimentodeumdiálogofrancoe,emprimeiramão,entreresponsáveisafricanoseeuropeus,sobreasprincipaisquestõesdacooperaçãonaáreadaPESD,naperspectivadoestabelecimentoefuturaimplementaçãodaEstratégiaConjunta;
P Conferência de Alto Nível sobre a PESD-Em23deOutubrorealizou-seemLisboa,sobaégidedoInstitutodeEstudosdeSegurançaecomopatrocíniodaPPUE,umaconferênciadealtonívelsubordinadaaotema“APESDeaResoluçãodeConflitosemÁfrica”;
P Criação do Gabinete do Representante Especial da UE (REUE) junto da UA em Adis Abeba-foiaprovadaacriaçãodoGabinetedoREUE/DelegaçãodaComissãoEuropeiajuntadaUA,emAdisAbeba,tendosidojádesignadoorespectivoREUE/DelegadoCE(KoenVervaeke).
Relacionamento com o Mediterrâneo
P Curso de Orientação PESD sobre segurança na Bacia do Mediterrâneo-SobaégidedaAcademiaEuropeiadeSegurançaeDefesa, teve lugarumaediçãoespecialdoCursodeOrientaçãoPESD,essencialmentededicadaàtemáticaemepígrafe.Portugal foiumdosco-organizadores.Ocurso,quecontoucomparticipantesoriundosde países daBacia doMediterrâneo, permitiu abordar, entre outros,os temas ligados aos desafios que se colocam no quadro do Processo deBarcelona,àsameaçasàsegurançanaáreamediterrânicaeàsquestõesrelativasàscomunidadestransnacionais;
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P Reunião Informal de Ministros da Defesa (Évora, 28 e 29 de Setembro) - osMinistrosdaDefesados27debateramquestõesligadasàcooperaçãonaáreadaPESDcomosparceirosmediterrânicos,nodecursodeumasessãoconjuntacomosMinistrosdaDefesadaArgélia,Líbia,Mauritânia,MarrocoseTunísia.
(Ver também ponto D.2 – EuroMed – Processo de Barcelona).
Outros objectivos
P Desenvolvimento das estruturas do Secretariado-Geral do Conselho no âmbito da PESD - Merece relevo o início do funcionamento da nova estrutura doSecretariado-GeraldoConselhoresponsávelpeloplaneamentoeconduçãodasoperaçõescivis:“CivilianPlanningandConductCapability”(CPCC).Apartirdeagora,oDirectordoCPCCpassaaassegurarocomandooperacionaldetodasasmissõescivisPESD;
P Segurança e Desenvolvimento -OConselhoConjuntodeMinistros daDefesae do Desenvolvimento, realizado em Novembro, adoptou um documento deconclusõessobreonexoentresegurançaedesenvolvimento,queseconsiderapoderviraconstituirumcontributoimportanteparaacoerênciadaacçãoexternadaUE(ver também ponto D.16 – Segurança e Desenvolvimento).
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D.15 – COMÉRCIO
Negociações Multilaterais - OMC/DDA
NoseguimentodofalhançodaReuniãodoG4–UE+EUA+Índia+Brasil–emPotsdam,oprocessonegocialdaAgendadeDesenvolvimentodeDohafoi retomadoanívelmultilateralemGenebra(150membros).Nestequadro,osPresidentesdosGruposAcesso aoMercado Produtos Não-Agrícolas (NAMA) e Agricultura apresentaramem17deJulhoassuaspropostasquantoamodalidades,tentandodividiroscustosportodososmembros.Osdesenvolvimentosdoprocessonegocial–agoraadiadopara2008–levaramaodebatenoConselhode23JulhodaspropostasapresentadaspeloPresidentesdosGruposNAMAeAgricultura.OConselhoconstatouqueestaspropostasrespeitavamapenasdoisdomínios,aindaquedeterminantes,daAgendadeDoha,peloquenãoconstituíamoresultadofinal.ReiterouoapoioàComissãonosentidodeprosseguirasnegociações,nãosócomvistaaaumentaraambiçãocomoquantoànecessidadedeserconhecidoopacoteglobal.Oobjectivodeumresultadoglobalabrangenteeequilibradomantêm-se.
O processo, retomado emGenebra em Setembro, não teve quaisquer resultadospositivosatéaopresente.Refira-sequeosPaísesemDesenvolvimento(PED) têmvindoadesenvolveresforçosnosentidodeacentuaravertentedesenvolvimentoemtodosostemasdanegociaçãoe,muitoparticularmente,noNAMA(sobrecomércio,vertambémpontoD.16–AjudaaoComércio;OrganizaçãodasNaçõesUnidas).
Acordos de Comércio Livre
Em23deAbrilde2007,oConselhoconferiumandatosàComissãoparaanegociaçãodeAcordosdeComércioLivrecomospaísesASEAN,ÍndiaeCoreiadoSuledeAcordosdeAssociaçãocomaAméricaCentraleaComunidadeAndina.Asnegociaçõesdestesacordoscomeçaramno10semestre(ver também pontos D.5 – Acordos de Comércio Livre e D.6 – Comunidade Andina e América Central).
Poroutro lado,comoConselhodeCooperaçãodoGolfodecorreramduasrondasdenegociação, em JulhoeNovembro, tendo-se registadoalgunsprogressos,masrestandoaindadiversospontosporacordar.NãoexistedemomentoperspectivadedataparaaconclusãodoAcordo.
ACP – Acordos de Parceria Económica
Nos termos do Art. 370 do Acordo de Cotonou, foram iniciadas em 2002 asnegociaçõesentreaUEeasseisregiõesdeÁfrica,dasCaraíbasedoPacífico,com
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vistaàconclusãodeacordosregionaisdelivrecomércio(APE)compatíveiscomasregrasdaOMC,asquaisimplicamaliberalizaçãode“praticamentetodoocomércio”dentrode“umprazorazoável”.NoâmbitodosAPEistotraduz-senumacoberturadepelomenos80%docomércio,comperíodosdeliberalizaçãolongosdoladoACP,quepodemiraté15anos.Doladoeuropeualiberalizaçãoéimediata.
Apesar da dificuldade das negociações, conseguiu-se rubricar um número muitosignificativo de APE intermédios (20 países)21. Estes acordos incidem sobremercadorias e disposições correlativas, tendo uma cláusula de “rendez-vous” quegaranteaprossecuçãodasnegociaçõesem2008,comvistaaoestabelecimentodeAPEcompletos.Algunsdestesacordosintermédiosincluemaliásjádisposiçõesquevãoparaalémdosimplescomércio.
FoiigualmenterubricadocomoCariforum(regiãoqueinclui15países),oprimeiroAPE completo que, para além das disposições de carácter comercial compatíveiscomaOMC, inclui tambémosserviços,questões relacionadascomocomércioecooperaçãoparaodesenvolvimento.
DadaamorosidadedosprocedimentosderatificaçãodosAPE,asdisposiçõesdestesacordosserãoaplicadaspelaUEatítulotransitórioeautónomodesde1deJaneirode2008,atravésdeumRegulamentosobreacessoaomercado.Assim,ospaísesACPquetenhamcelebradoumAPEserão incluídosnoAnexoI–coberturageográfica.Embora juridicamente não conforme com as disposições OMC, não deverá serobjectodecontestaçãoporpartedosdemaismembrosdaOMC,dadotratar-sedaaplicaçãotransitóriadeacordosjáassinados.
NoCAGREde10e11deDezembrofoipossívelalcançaracordopolíticoparaaprovaçãodesteRegulamento,oqualfoiformalmenteaprovadonoúltimoConselhodaPPUE,a20deDezembro.
Comoacordadohámaisde7anosentreospaíseseuropeuseospaísesACP,estesacordosirãoagorasubstituiravertentecomercialdoactualAcordodeCotonou.
21 Entre finais deNovembro emeados deDezembro, foram rubricados os seguintes acordos:SADC:Botswana, Lesoto,Moçambique, Suazilândia eNamíbia;África Oriental: Burundi,Quénia, Ruanda,Tanzânia,Uganda,Seychelles,Zimbabué,Maurícias,MadagáscareComores;África Ocidental:CostadoMarfimeGana;África Central:Camarões;Pacífico:PapuaNovaGuinéeFidji.
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Mediterrâneo
Com os países doMediterrâneo está em curso a negociação do espaço de livrecomércioaté2010,nosdomíniosdaagriculturaepescas,dosserviçosedaliberdadedeestabelecimento.AReuniãoEuroMeddeMinistrosdoComércio (Lisboa,21deOutubro)permitiuconstataroavançonasnegociaçõesparaaconstituiçãodeumaZonadeComércioLivreEuro-Mediterrânica,nomeadamentenodomíniodosserviços,direitodeestabelecimento,agriculturaepescas.Foiacordadaacriaçãodeumgrupodetrabalho,aoníveldeAltosFuncionários,areunir-seem2008,quedeverátraçarum“roadmap”quepossadelinearospróximospassosnaliberalizaçãodocomércioaté2010emaisalém(ver também ponto D.4 – EuroMed).
Cabo Verde
Em6deDezembro,foiconcluídooprocessodeadesãodeCaboVerdeàOrganizaçãoMundial de Comércio (OMC), o qual foi submetido ao Conselho-Geral destaOrganização,em18deDezembro,tornando-seassimoseu152omembro.
CaboVerdepediuaadesãoàOMCemNovembrode1999,sendoimportantequeestaadesãoseconcretizeatéaofinalde2007,antesdaalteraçãodeestatutodoGrupodePaísesMenosAvançados(PMA)paraacategoriadepaísderendimentomédio(PRM),queseverificaráemJaneirode2008.AderindoCaboVerdecomoestatutodePMA,apenasteránecessidadedevincularnasuaofertaumnúmerolimitadodesectores, tendo em conta as suas necessidades emmatéria de desenvolvimento,finançasecomércio.
Ao deixar de ser classificado como paísmenos avançado pelasNaçõesUnidas apartirdeJaneirode2008,comoprevistonoSistemadePreferênciasGeneralizadasdaUE,CaboVerdeseriaretiradodalistadospaísesbeneficiáriosdoregime“EverythingButArms”(EBA),apósumperíodotransitóriodetrêsanos.NasequênciadeumapropostaconjuntadeFrançaedePortugal,foipossível,apósintensasnegociaçõescomaComissão,obteralgumaflexibilidadeadicionalparaCaboVerde,quesetraduzem mais um ano. Esta concessão, constante em Declaração da Comissão, só éconcretizadaseCaboVerde,noanoprecedenteaotermodoperíododetransição,não tivercelebradonenhumAPEouqualqueroutroacordovisandoa liberalizaçãorecíproca do comércio demercadorias com a Comunidade e se Cabo Verde tiverratificado todas as Convenções relevantes do SPGplus (regime especial) e feitoprogressossatisfatóriosrelativamenteàsuaefectivaaplicação.
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EstaadesãovempermitiraCaboVerde,porumlado,amanutençãodoestatutodePMAnoquadrocomunitário,mantendo-seassimbeneficiáriodoEBA,e,poroutrolado,aadaptaçãoaoscritériosdoregimeSPGplus,aoqualsepoderácandidatar.
(Ver também ponto D.4 – África Ocidental).
Propriedade Intelectual – Acesso aos Medicamentos
A24deOutubro,oPEdeuoseuparecerfavorávelàpropostadedecisãodoConselhodeaceitação,emnomedaComunidade,doProtocolodealteraçãodoAcordoTRIPS.Esteinstrumentopermitiráautilizaçãodelicençasobrigatóriasparaproduzireexportar,paraospaísesemdesenvolvimentosemcapacidadeoucapacidadeinsuficientenosectorfarmacêutico,medicamentospatenteadosnecessáriosaocombatedeflagelosdesaúdepública,comoasidaouatuberculose.
EstepedidoestevebloqueadoduranteváriosmesesnoPE,quetentou,porumlado,obter garantias e concessões adicionais emmatéria de acesso aosmedicamentospelos países em desenvolvimento, que extravasavam em alguns casos a própriadecisão OMC, bem como afirmar-se face ao Conselho e à Comissão, tentandotransformar o seuprocedimentode assentimentonumprocessode co-decisão.Aquestão foisuperadapelaPPUEatravésdemúltiplas intervenções,aváriosníveis,juntodosgruposparlamentaresdoPE.
Os Representantes da PPUE, da Comissão Europeia e do Secretariado-Geral doConselhodepositaramnodia30deNovembro,naOMC,oinstrumentodeaceitaçãopelasComunidadesEuropeiasdoProtocoloquealteraoAcordoTRIPS.
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D.16 – AJUDA AO DESENVOLVIMENTO
APPUEdeucontinuidadeaos trabalhosdecorrentesdoDeclaraçãoComumsobrea Política de Cooperação para o Desenvolvimento da União Europeia, aprovadapeloConselhoEuropeudeDezembrode2005,tendoatribuídomaiordestaqueaosseguintestemas:
P Coerência,comespecialênfaseparaasquestõesdasMigraçõeseDesenvolvimentoecriaçãodeumaAliançaGlobalsobreAlteraçõesClimáticas;
P Fragilidade dos Estados, bem como a ligação destes com as questões daSegurançaeDesenvolvimento.
P Vertente“Desenvolvimento”daEstratégiaconjuntaUE-África.
Segurança e Desenvolvimento
EstasduasáreasforamabordadasemreuniõesconjuntasdosGruposdeTrabalhocompetentesdoConselhoenareuniãoInformaldeMinistrosdoDesenvolvimento(Funchal, 21 e 22 de Setembro), tendo por base um documento conjunto doSecretariado-GeraldoConselhoedaComissão.
Foram adoptadas Conclusões, no CAGRE de 19 e 20 de Novembro, sublinhandoa importância do nexo entre as duas políticas como forma de aumentar acomplementaridade, a coerência e a eficácia da acção externa da UE. EstasConclusõesapelamaoaprofundamentodotrabalho,focandoaindavariantesdonexonãoabrangidasnodocumentoconjunto, e àdefiniçãodeumPlanodeAcçãoporparte da Comissão e Secretariado-Geral do Conselho, sob supervisão das futurasPresidências.
FoiaprimeiravezqueosMinistrosdasduasáreasdiscutiramotemaemconjunto,devendootrabalhodesenvolvidopelaPPUEeasreferidasConclusõesmarcaroiníciodeumprocessodecooperaçãoentreaSegurançaeoDesenvolvimento,áreascomresponsabilidadeespecíficasmasobjectivoscomuns.
Ajuda Humanitária
Foi aprovado o Consenso Europeu em matéria de ajuda humanitária, primeirodocumentodeenquadramentosobreapolíticadeajudahumanitáriadaUEedosEstados-membros, tendo sido assinado pelo Conselho, Comissão e ParlamentoEuropeu.EsteConsensoorientaráapolíticadeajudahumanitáriadaUEcombasenosprincípiosdeimparcialidade,neutralidade,humanidadeeindependência.
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A Resposta da UE a situações de fragilidade
O tema “A Resposta da UE a situações de fragilidade”, prioritário para a PPUE,iniciou-secomaapresentaçãodeumestudoencomendadopelaPUE.EstadiscussãoenvolveunãosóosEstados-membroseinstituiçõeseuropeias,mastambémoutrasorganizações,comooBancoMundial.
Apreocupaçãocomassituaçõesde fragilidade foi enquadradanoâmbitodedoisdos temas/documentos transversais da Política Europeia de Cooperação para oDesenvolvimento:ACoerênciadasPolíticasparaoDesenvolvimentoeoCódigodeCondutasobreComplementaridadeeDivisãodeTarefas.
NoCAGREde19e20deNovembroforamaprovadasConclusõesondeéreconhecidaanecessidadedaUEutilizardeformamaiseficazosdiversosinstrumentosaoseudispor–diplomáticos,dedesenvolvimento,desegurançaedeajudahumanitária–paraapromoçãodaestabilidadeedodesenvolvimento,tendoemvistaaprevençãodesituaçõesdefragilidade.AsConclusõesmandatamaComissãoparaolevantamentodos instrumentos financeiroscomunitáriosebilateraisdisponíveis,bemcomodaspossibilidadesdeintervençãodosEstados-membroseapreparaçãodeumplanodeexecução,aapresentarem2009.Estetrabalhodeverácomeçarcomaformação,aníveleuropeu,deequipasdetrabalhotemáticaseporpaísecomoestudodecasospiloto.
Coerência das Políticas para o Desenvolvimento
Como resposta ao 10 Relatório Bienal sobre Coerência das Políticas para oDesenvolvimento (CPD), elaborado pela Comissão Europeia, foi promovido umalargado debate no Conselho, nomeadamente ao nível dosGrupos de Trabalho eComitésdas12áreasvisadasnoPrograma2006-2007sobreCPD.
Dessedebateresultariaaaprovaçãode:
P Conclusões sobre Coerência das Políticas para o Desenvolvimento (aspectosgerais);
P ConclusõesespecíficassobrecoerênciaentreasPolíticasdaUEdeMigraçãoeDesenvolvimento, como objectivo demaximizar os benefícios dasmigraçõespara o desenvolvimento e, nesse contexto, dar uma atençãomuito particularaopotencialdascomunidadesdeimigrantesparaodesenvolvimentodosseuspaísesdeorigem,aoapoioàscapacidadesinstitucionaisdospaísesparalidaremcomofenómenomigratórioeàreduçãodealgunsimpactosnegativos,comoéocasodafugadecérebros;
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P ConclusõessobreacriaçãodeumaAliançaGlobalsobreAlteraçõesClimáticasentre aUE e os PEDpobres emais vulneráveis às alterações climáticas. EsteúltimotextoconstituiuaindaumcontributoparaaConferênciadeBali(ver ponto F.1 – Alterações Climáticas).
Dias Europeus do Desenvolvimento
Entre 7 e 9 de Novembro, Portugal foi o país anfitrião e co-organizador com aComissão,naFIL/EXPO,da2aEdiçãodosDiasEuropeusdoDesenvolvimentosobreatemática“AlteraçõesclimáticaseDesenvolvimento.”Portugal,alémdepaísanfitrião,foi igualmente co-organizador e co-financiador, entre outras, das acções culturaisabertas igualmente co-organizador e co-financiador, entre outras, das acçõesculturaisdavertente“GrandePúblico”,abertasaopúblicoemgeralenãoapenasaosparticipantesnasdiversasconferências.
O evento contou com cerca de 3000 participantes profissionais, conferencistas evisitantes,provenientesdasInstituiçõeseuropeias,dosEstados-membros,dospaísesparceiros do desenvolvimento, das organizações parlamentares, das organizaçõesinternacionais e da sociedade civil (Fundações, ONGs, ONGD, sector privado efinanceiro).Registouaindaaparticipaçãode70“stands”(incluindodoIPAD),dandoaconhecerosrespectivosprojectoseprogramasdaquelasorganizaçõesnodomíniododesenvolvimento.Foramrealizadoscercade50eventosparalelos.
ArealizaçãoemPortugaldosDiasEuropeusdoDesenvolvimentoteveaparticularidadede ser o arranque da descentralização desta iniciativa comunitária num Estado-membro, permitindo uma verdadeira apropriação europeia dos seus objectivos.Sendopelaprimeiravezabertaaopúblicoemgeral,lançouaindaocaminhoaqueseimponhacomoumverdadeiroFóruminformaldaUEparaodebateentreosdiversosactoresrelevantesemmatériadeDesenvolvimento.
Ajuda ao Comércio
PortugalacompanhouecontribuiudeformaactivaparaodebatenoseiodaUE,enocontextomultilateral,emparticularnoquadrodaOMC,paraoaprofundamentodasmatériasligadasaoComércioeDesenvolvimento.
NoquadroespecíficodaPPUEédeassinalaraadopçãoformal,noCAGREde15e16deOutubro,da“EstratégiadaUEparaaAjudaaoComércio-reforçaroapoiodaUEparasuprirasnecessidadesnodomíniocomercialdospaísesemdesenvolvimento”.Esteaspectoassumiuimportânciaparticular,porterpermitidoapresentar,emtempoútil,aposiçãodaUEnestamatérianaReuniãodaOMCdeAvaliaçãoGlobaldaAjuda
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aoComércio, realizadaemGenebra, a 20e21deNovembro, e contribuirpara asnegociaçõesdosAcordosdeParceriaEconómicacomospaísesACP(ver ponto D.15 – ACP - Acordos de Parceria Económica e neste, mesmo ponto D.16, Organização das Nações Unidas).
Ajuda Alimentar
Na sequência da discussão que teve lugar na Conferência sobre Ajuda Alimentar(Berlim,Maiode 2007), ficoudemonstradoque aConvençãodaAjudaAlimentardeverá continuar a fazer parte da arquitectura da ajudamultilateral, embora comalgumasreformasprofundas.SobPPUE,osEstados-membrosconcordaramqueaactualConvençãodaAjudaAlimentardeveser renegociada,apósaconclusãodasnegociações da OMC. Na sessão do Comité da Convenção da Ajuda Alimentar(Tóquio,6deDezembro)ficouacordadoquesedeveráencetarasnegociaçõesemJunhode2008.
África
Para Portugal foi vital focalizar a acção emÁfrica, tendo presente as particularesresponsabilidades da UE e a necessidade de reforçar a luta contra a pobreza,nomeadamente naÁfrica subsariana, para que todos os países possamatingir osObjectivosdeDesenvolvimentodoMilénio.Sãodeassinalarosseguintespontos:
P Debate de Orientação - no CAGRE de 19 e 20 deNovembro osMinistros doDesenvolvimentotiveramohabitualdebate(anual)deorientaçãosobreaeficáciadaacçãoexternadaUE,esteanosobreotema:”AEstratégiaUE–ÁfricaeoPlanodeAcçãoeasrespectivasimplicaçõesparaaPolíticadeDesenvolvimentodaUE”.FoisublinhadaaimportânciadestesdocumentosnaáreadoDesenvolvimento,tantoaoníveldaarquitecturalinstitucionalcomodosinstrumentosfinanceiros,bemcomoanecessidadedeaumentaracoerência,definirabordagenscomunsecriarsinergiasentreasváriasáreasabrangidaspelaEstratégiaConjuntaePlanodeAcção;
P Dinamizar a Agricultura em África – sendoaagriculturaabaseeconómicadamaioriadapopulaçãopobreafricana,oConselho,sobpropostadaPPUE,aprovouConclusões equacionandoalgunsaspectos aquedevemobedecer as relaçõesdecooperaçãodaUEcomÁfricanestamatéria,nomeadamenteacoerênciadaspolíticas, o incentivo ao envolvimento dos pequenos agricultores, com realceparaopapeldasmulheres,eainteracçãodaagriculturacomomeioambiente;
(Ver também D.4, em particular Cimeira UE-África).
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ACP – 10o FED
No âmbito do 10o FED, foi dada continuidade a matérias que tinham transitadoda Presidência alemã e que foi possível terminar, nomeadamente a aprovação deregulamentosessenciaisparaqueo10oFEDpossaser implementadono iníciode2008(Regulamento financeirodo10oFEDeRegulamento internodoComitéFED,entreoutros).
PALOP/Timor-Leste; CPLP
P Memorando de Entendimento entre a Comissão Europeia os PALOP e Timor-Leste – irádar continuidadeaoPIRPALOP,noquadrodo 10oFundoEuropeudeDesenvolvimento(2008-2013),concentrando-senagovernaçãodemocrática(“Iniciativas no domínio Governação PALOP/Timor Leste”), como factorfundamentalparaodesenvolvimentoelutacontraapobreza;
P Memorando de Entendimento entre a Comissão Europeia e o Secretariado Executivo da CPLP – tem em vista reforçar a concertação, a cooperação e acoordenaçãoentresi,bemcomoasseguraracomplementaridadeeassinergiasnecessárias, a fim de aumentar a eficácia das acções, projectos e programasconjuntos.
Estes dois memorandos de entendimento foram assinados em Lisboa, em 7 deNovembro,àmargemdosDiasEuropeusdoDesenvolvimento.
Organização das Nações Unidas
P Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) - decorreu emGenebra,de2a27deJulho,aSessãoSubstantivaAnualdoConselhoEconómicoe Social das Nações Unidas (ECOSOC). Chefiaram a delegação nacional oSecretáriodeEstadodosNegóciosEstrangeirosedaCooperaçãoeoSecretáriodeEstadodaSegurançaSocial,quepresidiramemnomedaUEaoSegmento de Alto Nível(2a5deJulho),dedicadoaotemaglobaldaerradicaçãodapobrezaefome.
Nesteâmbito,eparaalémdashabituais tarefasdepreparaçãodasposiçõeseintervenções emnome daUE, a PPUE dinamizou os trabalhos de umaMesaRedonda sobre a coerência e coordenação de políticas macroeconómicas atodososníveis,noâmbitodadiscussãotemáticasobreoreforçodosesforçosnapromoçãodeumcrescimentoeconómicosustentado favorávelaospobres,incluindoatravésdepolíticamacroeconómicasequitativas.
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Emtermosglobais,noâmbitodoECOSOCaPPUEficará igualmentemarcadapela adopção da primeira Declaração Ministerial do Segmento de Alto Nívelreestruturado, resultante do processo de reforma deste Conselho, bem comopelo lançamento do primeiro FórumdeCooperação para oDesenvolvimento,que terá a suaprimeira sessão formal emNova Iorque, em2008.NoquadrodostrabalhosdoECOSOC,foramnegociadascercade45 Resoluções e DecisõesconstantesdaagendadoSegmentoGeral,tendoapenastransitadodestasessão7pontosqueforamconsideradosnasessãoresumidadoECOSOC,quetevelugaremNovaIorque,emSetembro.
P 2a Comissão da Assembleia-Geral das Nações Unidas - No quadro dostrabalhosda2aComissãoda62aAGNU,quedecorreramemNova Iorque (deOutubro a Dezembro), a PPUE seguiu, entre outros assuntos, com particularatençãoos “clusters” dedicados aosAssuntosMacroeconómicos (Comércio eDesenvolvimento,SistemaFinanceiro Internacional eDesenvolvimento,DívidaExternaeDesenvolvimento,FinanciamentodoDesenvolvimento)eGlobalizaçãoeInterdependência(CiênciaeTecnologiaparaoDesenvolvimento).
Assinalam-seosseguintesresultados:
Financiamento do desenvolvimento n IIIDiálogodeAltoNível:APPUEpreparoueparticipouemnomedaUEnoIII
DiálogodeAltoNívelsobreoFinanciamentodoDesenvolvimentoenaMesaRedondasobreoaumentodacooperação técnicae financeira internacionalparaodesenvolvimento(23-24Outubro).AchefiadadelegaçãonacionalfoiasseguradapeloSecretáriodeEstadodoTesouroeFinanças;
n Seguimento da Conferência Internacional sobre Financiamento doDesenvolvimento(2002):foiadoptadaporconsensoumaResoluçãorelativaao seguimento da Conferência Internacional sobre Financiamento doDesenvolvimento–RevisãoeImplementaçãodoConsensodeMonterrey.
Comércio e Desenvolvimento
Nãoobstanteos esforçodaPPUE comvista a obter uma solução consensualsobre o projecto de Resolução apresentado pelo G77 sobre Comércio eDesenvolvimento e dado que este continha linguagem não aceitável sobreaevoluçãodasnegociaçõesnoâmbitodaAgendadeDohaecondicionavaasfuturas negociações da UNCTAD XII, a UE que habitualmente se abstém navotaçãodestaresoluçãooptouporvotarcontraareferidaResolução.
No que diz respeito à Resolução sobre Globalização e Interdependência, oprocessodenegociaçãocentrou-se,comoprevisto,naquestãodo“policyspace”,
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conceitoqueficaraacordadonoâmbitodaUNCTADXI(S.Paulo,2004)equeoG77pretendiarever,deformaaconsagrarqueasnormaseregrasmultilateraispodem ser limitativas para os Países em Desenvolvimento. Não obstante asdivergênciasdefundosobreestamatéria,osesforçosdaUEpermitiramalcançarumconsensonestaResolução,combasenocompromissodedebateroreferidoconceitoemsedeprópria(Ver abaixo, neste mesmo tema das NU, “Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – preparação da UNCTAD XII”).
Países em situações especiais: PMA e LLDCn NoâmbitodosPMA(PaísesMenosAvançados),foiaprovadaumaResolução
relativaàIIIConferênciadasNaçõesUnidasparaosPMA,comadecisãodeorganizarumaIVaConferênciaatéaofinaldacorrentedécada(deassinalarqueaUEquestionouanecessidadederealizaçãodesseevento);
n RelativamenteaosLLDC(PaísesEnclaveemDesenvolvimento) foiaprovadaumaResoluçãoqueconsagraarealizaçãodedoisdiasdeplenário,noâmbitodapróximaAssembleia-Geral,dedicadaà revisão intercalardoProgramadeAcçãodeAlmaty.
Desenvolvimento Sustentável: SIDSn FoiaprovadaumaResoluçãosobreosSIDS(PequenosEstadosInsularesem
desenvolvimento),comaintroduçãodepreocupaçõesrelativasaosimpactosnegativosdasalteraçõesclimáticasnestespaíses;
n SobpropostadaUE,foiaprovadaumadecisãoprevendoaavaliação,durantea65aAssembleia-Geral(2010/2011),doprogressoalcançadonaexecuçãodoProgramadeAcçãodasMaurícias.
Erradicação da Pobreza: 2a Década para a erradicação da Pobreza
FoiadoptadaporconsensoumaResoluçãosobreaimplementaçãoda1aDécadaparaaerradicaçãodapobrezaeproclamaçãoda2aDécadaparaaerradicaçãodapobreza.AUE,quemanifestouassuasreservasnestamatéria,apresentouumaExplicaçãodePosiçãoreiterandoasuaconvicçãodeque,nocontextodocombateàpobreza,osObjectivosdeDesenvolvimentodoMiléniodeverãocontinuar aser o ponto de base quer para as Nações Unidas quer para a comunidadeinternacional.
Actividades Operacionais do Desenvolvimento
NoSegmentodeActividadesOperacionaisdosProgramaseFundosdasNaçõesUnidas (10-13de Julho)aPPUEpreparouecoordenoua intervençãodaUE.Adiscussão focouo “Triennal Comprehensive Policy Review” (TCPR), com vista
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ànegociaçãoeaprovaçãodarespectivaresolução,queveioaseraprovadaporconsenso.Esta resolução, correspondendoaosobjectivosdaUE, confirmouaanteriorResolução(de2004),naqualsãoassinaladosprogressosemdiferentesdomínios (género, transição, custosde transacçãoe eficiência), reconhecendoaindaa relaçãoentrePaz,Segurança,DesenvolvimentoeDireitosHumanoseintroduzindoconceitosimportantescomoresponsabilizaçãoetransparênciadosistemadasNaçõesUnidas.
Parcerias Globais para o Desenvolvimento
Foiaprovadaporconsensoumaresoluçãonodomíniodasparceriasglobaisparaodesenvolvimento,resoluçãobianualapresentadahabitualmentepelaUE.
Graduação de Samoa
FoiaprovadaaResoluçãorelativaàgraduaçãodaSamoadalistadePMA.Estefoi um processo extremamente longo, que finalmente foi concluído de formapositiva.
P Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – preparação da UNCTAD XII - As prioridades daUE para as negociações daUNCTADXII(Gana -Accra,Abrilde2008) foramabordadasnoGrupodeTrabalhosobreaPreparação de Conferências Internacionais sobre temas de Desenvolvimento.Portugalcolaborou,aparcomaComissãoEuropeia,comaanteriorPresidênciaalemã na elaboração da primeira versão do documento “Key Objectives andPriorityPaper”.Anegociaçãodestedocumento,quetevelugarduranteaPPUE,foiconcluídacomsucessoemSetembro.OdocumentofoiaprovadonoCAGREde15e16deOutubro,permitindodotaraUEdeorientaçõesconcretasatempodoiníciodassessõesde“brainstorming”edasreuniõesdosComitésPreparatóriosdaUNCTAD,quetiveramlugaremGenebra,definaisdeOutubroaDezembro.
Durantea54aSessãodoConselhodeComércioeDesenvolvimento,quedecorreuigualmenteemGenebra,de1a11deOutubro,debateram-se,entreoutros,ostemasdaGlobalização,África,PMAeAgendadeDoha.APPUElogrouintegraraperspectivaeuropeianasconclusõesfinais,nomeadamenteemtermosdeboagovernação,responsabilidadedospaísesemdesenvolvimentopeloseuprópriodesenvolvimentoecriaçãodeumambientepropícioqueraodesenvolvimentoqueraoinvestimento.Sublinha-seaindaoiníciodostrabalhossobreareformadaOrganização(ver ainda neste mesmo ponto D.16 – Ajuda ao Comércio e neste mesmo tema das NU, a 2a Comissão da AGNU – Comércio e Desenvolvimento).
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P Organizações das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação-noâmbitodaOrganizaçãodasNaçõesUnidasparaaAgriculturaeAlimentação(FAO),aPPUEassegurouanecessária coordenação comunitária, sendoaindade assinalar asreuniõesrealizadas,nomeadamentedoGrupodeTrabalhoAGRIFAO(Bruxelas),bemcomodosConselhosdaFAO(Roma).
OtrabalhodesenvolvidopelaPPUEteveoseupontomaiselevadonaConferência bianualdaFAO,órgãomáximodegovernodestaorganização,quedecorreuemRoma,de17a24deNovembroúltimo.AdelegaçãonacionalàquelaConferência,que estava igualmente incumbida das responsabilidades de coordenaçãocomunitária inerentes ao exercício da Presidência da UE, foi chefiada peloMinistrodaAgricultura,DesenvolvimentoRuraledasPescas.
APPUEdeuprioridadeàreforma da organização,queseinserenoquadromaisvasto do processo de reformas em curso nas agências e sistema dasNaçõesUnidas, não obstante as especificidades muito próprias da FAO. Trata-se daprimeira grande reestruturação desta agência especializada, em 60 anos deexistência. A PPUE conseguiu alcançar ummuito significativo consenso entreosparceirosdaUEsobreomodelodereformadaFAOeospassos imediatosaseguirparaasuaconcretização,na linhadaspropostasdaavaliaçãoexternaindependente levadas a cabo a pedido da própria organização. Foi assimaprovada a pertinente resolução que define o calendário e enquadra estaimportantereforma,bemcomoumconjuntodeacçõesadesenvolverem2008,nomeadamentearealizaçãodeumaconferênciaespecialparadebateredecidirasreformasconcretasaempreender.
Culminando anos de negociações, foi ainda aprovado, durante a PPUE, oTratado para a “Conservação dos Recursos Genéticos Animais para a Agricultura e Alimentação” – “Declaração de Interlaken”, o qual constitui doravante umsignificativoinstrumentoparaaconservaçãodosrecursosgenéticoseapoioaodesenvolvimentoruralnospaísesemdesenvolvimento.Trata-sedeumTratadoque inclui a base para um “plano de acção global sobre recursos genéticosanimais”,bemcomoasquestõesdofinanciamento,dosdireitosdepropriedadee dos efeitos sobre o desenvolvimento e a conservação de recursos naturais,acordoqueé relevantenomeadamentenoquediz respeitoàprossecuçãodosobjectivosdedesenvolvimentodoMilénio1(eliminaçãodapobrezaextremaedafome)e7(assegurarasustentabilidadeambiental).
P 12a Conferência Geral da UNIDO (Desenvolvimento Industrial) - decorreu emViena, de 3 a 7 de Dezembro, a 12a Conferência Geral da UNIDO. Portugal
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esteve empenhado na coordenação da intervenção da UE, merecendo aindadestaqueaparticipaçãodoPresidentedoIAPMEInaConferênciacomo“KeynoteSpeaker”namesaredondaintitulada“BuildingProductiveCapacitiesforTradeCompetitiveness:EconomicPartnershipAgreements”.Asquestõesdeenergia,alteraçõesclimáticaseoapoioaodesenvolvimentomereceramdestaquenestaConferência, tendoemcontaqueopróprioDirector-GeraldaUNIDO,KandehYumkella,assumiráfunçõesàfrentedo“UN-Energy”.
Organizações Internacionais de Produtos de Base
No Grupo de Trabalho Produtos de Base (PROBA) a PPUE deu continuidade aonecessáriotrabalhodepreparaçãodaposiçãocomunitáriaaapresentarnasreuniõesdasOrganizaçõesInternacionaisdosProdutosdeBase(OrganizaçãoInternacionaldasMadeirasTropicais,doCafé,doCacau,doAzeite,entreoutras),quetiveramlugarno2oSemestrede2007.
Nesteâmbito,importadestacar,comoprincipaisresultadosalcançados:
P aconclusãodasnegociaçõesdoAcordoInternacionaldoCafé,2007;
P aaprovação,emConselho,daDecisãorelativaàassinaturaeaplicaçãoprovisóriadoAcordoInternacionaldasMadeiras Tropicais,2006;
P a assinatura doAcordo Internacional dasMadeiras Tropicais, 2006, emNovaIorque,nasNaçõesUnidas;
P olançamentodoprocessodeconcertaçãocomoPE,relativamenteàpropostadeDecisãosobreacelebraçãodoAcordoInternacionaldasMadeirasTropicais,2006.
APPUEimpulsionouigualmenteareflexãosobreofuturopapeldasOrganizaçõesInternacionaisdeProdutosdeBase,noâmbitodoComércioedoDesenvolvimento(redefiniçãodeobjectivos,mandatos, estrutura internae relaçõesnãosóentreaspróprias Organizações Internacionais, mas também destas com as organizaçõesinternacionaisrelevantesparaosProdutosdeBase,nomeadamenteoBancoMundial,aFAO,aUNCTADeoFundoComumparaosProdutosdeBase).DuranteaPPUEforam aprovadas Conclusões sobre o “Estudo sobre o Futuro das Organizações Internacionais de Produtos de Base”,quevirãoaserintegradasnasfuturasConclusõesgeraisrelativasàimplementaçãodoPlanodeAcçãodaUEparaosProdutosdeBase,previstaspara2008.
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Organização Internacional das Migrações
Em Junho de 2007, e após ummoroso processo de negociações, foi adoptado odocumento definidor das linhas mestras do trabalho da OIM nos próximos anos,evitando a duplicação e sobreposição de actividades com outras organizações esublinhandoaimportânciadacooperaçãoecoordenaçãocomoutrasorganizações,particularmentecomosistemadasNaçõesUnidasenoseiodo“GlobalMigrationGroup”.
DuranteaPPUEtevelugaremGenebra,de27a30deNovembro,a94a Sessão do Conselho da OIM,aqualcontoucomapresençadoSecretáriodeEstadoAdjuntoedaAdministraçãoInterna,queparticipoucomooradornospainéisdeAltoNível,doeventodedicadoaotema“DiálogoInternacionalsobreMigrações”.Nasdiscussões,foramnomeadamenterealçadososseguintesaspectos:
P anecessidadedemelhorarosdadoseestatísticassobremigrações;
P aimportânciadecontinuaraanálisedas“rootcauses”dasmigrações;
P oenfoquesobreamigraçãoregularemigraçãocircular;
P aquestãodaintegraçãodosmigrantes;
P anecessidadedeminimizara“fugadecérebros”;
P aprossecuçãododiálogocompaísesafricanos;
P aimportânciado1oFórumGlobalMigraçõeseDesenvolvimento(queserealizouemBruxelasde9a11deJulhode2007)easexpectativasquantoàrealizaçãodasua2areuniãoanual(Filipinas,Outubrode2008);
P ocaráctermultisectorial,transversaleinterdisciplinardasmigrações.
(Ver também ponto C.1 – Migrações).
Organização Internacional do Trabalho
DuranteaPPUE,tevelugaremLisboa,de31deOutubroa2deNovembro,oFórumdaOrganizaçãoInternacionaldoTrabalho(OIT)sobreo“Trabalho Digno para uma Globalização Justa”.Esteeventoconstituiuumespaçoprivilegiadodediálogopolíticoentreosparticipantes e asorganizações eneleparticiparampara alémdoDGdaOIT,JuanSomávia,representantesdealtoníveledetodososquadrantessociaisepolíticosdeváriaspartesdomundo.
O conceito deste Fórum foi inicialmente proposto pela Comissão Mundial sobreaDimensãoSocial daGlobalizaçãono seu relatório “PorumaGlobalização Justa:CriarOportunidadesparaTodos”(Fevereirode2004),oqual tevegrande impacto
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nomundodotrabalhoeajudouapromoverumamplodebate internacionalsobreagovernaçãodaglobalização.OprogramadoTrabalhoDignodaOITpropõeumaestratégiadedesenvolvimentoquereconheceopapelcentraldotrabalhonavidadaspessoas.
O Fórum de Lisboa permitiu consolidar a importância crucial do Trabalho Dignoenquantoperspectivadeprogressoeconómicoesocialàescalaglobal.
Durantea300a Sessão do Conselho de Administração (CA) da OITquetevelugaremGenebra,de1a16deNovembrode2007,destacam-seosseguintesassuntos:
P ImplementaçãodaAgendaGlobalparaoEmprego;
P AgendadoTrabalhoDignonaestratégiadareduçãodapobreza;
P ImplementaçãodaAgendaGlobalparaoEmprego;
P ImplementaçãodosprogramasnacionaisdeTrabalhoDigno;
P ReforçodacapacidadedaOIT;
P Situação daBielorrússia na implementação das recomendações daOIT sobreliberdadesindical;
P SituaçãodotrabalhoforçadonoMyanmar;
P PapeldaOITnareformadasNaçõesUnidas.
Destaca-seaindaaaprovaçãonaSessãoPlenáriadoCAdacandidaturaportuguesaàrealizaçãoemLisboa,emFevereirode2009,da8aSessãodaConferênciaRegionalparaaEuropadaOIT,cujotemaserá“OTrabalhoDignoeaInclusãoEconómicaeSocial”.
164
D.17 – AMBIENTE
Foi designado umCoordenador da PPUE para o Ambiente e Assuntos doMar, oEmbaixadorGervásioLeite,reflectindoaprioridadedadaaestasmatérias.
Comissão de Desenvolvimento Sustentável
Aconclusãodostrabalhosda15a sessão da Comissão de Desenvolvimento Sustentável(CDS), emMaio de 2007, deu início a um novo ciclo do programa plurianual daCDS.Nestecontexto,nosegundosemestrede2007,coubeàPPUE,porintermédiodo Grupo de Trabalho sobre Assuntos Ambientais Internacionais (WPIEI-Global),coordenaraelaboraçãodospapéistemáticosparacadaumadasáreasabrangidaspelonovociclo,asaber:Agricultura,DesenvolvimentoRural,Solos,Desertificação,Seca, África e Assuntos Transversais. Na sequência deste trabalho, foram aindafinalizadasasposiçõesdaUEparaReuniãodeImplementaçãoRegionalemmatériadeDesenvolvimentoSustentáveldaComissãoEconómicaparaaEuropadasNaçõesUnidas(CEE-ONU),arealizaremGenebra,nosdias28e29deJaneirode2008.
Alterações Climáticas
OConselhoAmbientede30deOutubroacordouaslinhasgeraisdeorientaçãodaposiçãodaUEparaBali.Osprincipaiselementosdeumquadrodeacção,quesequereficaz,abrangenteeinclusivoparaopós-2012,centram-senoobjectivodelimitarasalterações climáticas aumaumentoda temperaturamédiamundial inferior a 2oCrelativamenteaosníveispré-industriaisenareduçãodasemissõesdeCO2de30%paraospaísesdesenvolvidosem2020ede60-80%em2050.
A Conferência de BalinoâmbitodaConvenção-QuadrodasNaçõessobreasAlteraçõesClimáticas (3a14deDezembro)deu inícioàsnegociaçõesdeumacordosobreofuturoregimeclimáticopós-Quioto(2012).APPUEfoirepresentadanaConferênciapeloMinistrodoAmbiente,OrdenamentodoTerritórioeDesenvolvimentoRegional,pelo Secretário de Estado do Ambiente e pelo Secretário e Estado da Indústria eInovação.
ComoforteempenhodaPPUE,foipossívelàCOPacordarum“roadmap”quedefineos passos até à adopção de um instrumento legal, na XVConferência das Partes(Copenhaga,Dezembro de 2009). Para o efeito, foi instituído um “Grupo ad-hocsobrecooperaçãoa longoprazo”,quedeverá iniciarosseustrabalhosatéAbrilde2008.
165
OsresultadosdareuniãodeBalireconhecemexplicitamenteasconclusõesdoIPPC(Painel IntergovernamentalsobreasAlteraçõesClimáticas)eanecessidadedeumcortesubstantivodasemissõesdegasescomefeitodeestufaafimdeprevenirqueoaquecimentoglobalpossaatingirníveisperigosos.Foramaindaadoptadasdecisõessobre outros assuntos, incluindo o combate à desflorestação, o financiamentodos Países emDesenvolvimento para que estes se possam adaptar aos impactosclimáticos e o aumento de financiamento para a transferência de tecnologias emfavordaquelespaíses.
Respondendo à crescente preocupação suscitada pela questão das AlteraçõesClimáticasenaexpectativadesepoderlançarnaCimeiradeBaliasnegociaçõesparaumacordosobreofuturoregimeclimático,osegundosemestrede2007ficouaindamarcadopelaproliferaçãodeiniciativasmultilateraisemtornodestatemática.Graçasaumgrandeesforçodearticulaçãointerministerial,Portugalparticipouactivamenteemtodasaquelasiniciativas:
P Debate Ministerial no ECOSOC sobre desafios emergentes à Erradicação daPobreza:AlteraçõesClimáticas,DesertificaçãoeSaúdePública(5deJulho);
P DebateTemáticosobreAlteraçõesClimáticasnaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas(31deJulhoa2deAgosto);
P 4areuniãodoGrupodeTrabalhosobreCompromissosFuturosparaosPaísesdoAnexoInoâmbitodoProtocolodeQuioto(Viena,27a31deAgosto);
P Evento de Alto Nível sobre Alterações Climáticas promovido pelo Secretário-GeraldasNaçõesUnidas(24deSetembro);
P Reunião das “Major Economies” sobre Energia e Alterações Climáticas(Washington,27e28deSetembro);
P Conferência Internacional sobre solidariedade para combater as AlteraçõesClimáticasemÁfrica(Tunis,18a20deNovembro).
FoiaindalançadaemLisboa,nodia29deOutubro,a“International Carbon Action Partnership”(ICAP),umainiciativaquereúnepaíseseregiõesenvolvidos–ouemviasdeseenvolver–emmercadosdecarbono.
Combate à Desertificação
A VIII Conferência das Partes à Convenção das Nações Unidas de Combate àDesertificação (UNCCD) decorreu em Madrid, de 3 a 14 de Setembro, tendo omandatodaUEparaestareuniãosidoaprovadonoCAGREde23e24deJulho.
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ComoempenhodaUE,foipossívelnaCOPdeMadridaprovaroPlanoEstratégicoDecenal2008-2018.OOrçamentodaUNCCDpara2008-2009veioaseracordadoemCOPextraordináriarealizadaem26deNovembro,emNovaIorque,tendoconsagradoumaumentode4%relativamenteaoexercícioanterior.NaCOPdeMadridteveaindalugaranomeaçãodonovoSecretárioExecutivodaConvenção,oSr.LucGnacadja,doBenin.
Governação Internacional do Ambiente
DaCimeiradasNaçõesUnidasemSetembrode2005(WSO),resultouoacordodosEstadosemexploraremapossibilidadedeencontrarumaarquitecturainstitucionalmais coerente para as actividades ambientais no âmbito do Sistema dasNaçõesUnidas. Neste contexto, em Junho de 2007 foi apresentada uma compilação deopções(“OptionsPaper”)preparadapelosco-facilitadoresdoprocessoConsultivoInformalsobreaEstrutura InstitucionalparaasactividadesambientaisdasNaçõesUnidas.
Em sede doGrupo de Trabalho daUE sobre Assuntos Ambientais Internacionais(WPIEI-Global),concluiu-seemDezembroaanáliseexaustivadasdiferentesopçõesapresentadaspelosco-facilitadores,devendoaquelaanáliseservircomoguiãoparaasintervençõesdaUEnoâmbitodoreferidoprocessoConsultivoInformal,quedeverácontinuarduranteoanode2008.
NoâmbitodesteprocessoPortugalparticipou–enquantoPresidênciadaUE -naConferência Ministerial sobre “Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: desafios para a Governação Internacional”,realizadanoRiodeJaneironosdias3e4deSetembro.AchefiadadelegaçãoportuguesafoiasseguradapeloSecretáriodeEstadodoAmbiente.Nestareuniãofoipossívelencontrarpontosdeconvergência,clarificarposiçõesecontribuirparaoaumentodeconfiançaentreosprincipaisactoresinternacionaisidentificando-seaindaumconjuntodeelementosnasseguintesáreas:pontosdeconvergênciageral, temasquenecessitamreflexãoadicionalepossíveiscaminhosdeacçãofutura.
Rede da Diplomacia Verde/”Green Diplomacy Network”
Decorreu emLisboa, em23de Julho, a 10a reuniãodaRededaDiplomaciaVerde(GDN),daqualresultouacriaçãodeumarededepontosfocaisdaGDNnospaísesBRIC bem como o agendamento de uma ronda de diligências sobre AlteraçõesClimáticas,queveioaserrealizadanaprimeiraquinzenadeNovembro.
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A Rede daDiplomacia Verde reúne os pontos de contacto emmatéria ambientaldosdiferentesMinistérios dosNegócios Estrangeiros daUE.A reuniãode LisboacontoucomaparticipaçãodoSecretáriodeEstadodosNegóciosEstrangeirosedaCooperaçãoedoSecretáriodeEstadodoAmbiente.
Programa das Nações Unidas para o Ambiente
No âmbito do acompanhamento dos trabalhos do Programa das Nações UnidasparaoAmbiente(PNUA),foiiniciadoumprocessodecoordenaçãocomunitáriaemBruxelas, queprocura complementar a coordenação existente emsededeComitéde Representantes Permanentes junto do PNUA, em Nairobi. A nova forma decoordenação foi testada com êxito preparação da posição da UE relativamente àelaboraçãodaEstratégiadeMédioPrazodoPNUA2010-2011,esperando-sequeestacoordenaçãopossaservirdeprecedenteàpromoçãodeumaparticipaçãomaisactivadetodososEstados-membros,incluindoaquelesquenãoseencontramacreditadosemNairobi.
Em Novembro teve ainda lugar uma reunião em formato Troika com o DirectorExecutivodoPNUA,AchimSteiner,quepermitiupassaremrevistaacooperaçãoentreaUEeaqueleProgramadasNaçõesUnidaseexplorarasperspectivasrelativamenteaváriosdostrabalhosemcursonoquadrodoPNUA,nomeadamentequantoàsuareestruturaçãoeàEstratégiadeMédioPrazo.
(Sobre a vertente ambiental interna da UE, ver ponto B.8 – Ambiente).
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D.18 – DIREITO DO MAR E OCEANOS
Resolução das Nações Unidas sobre Oceanos e Direito do Mar
AacçãodaPPUEfoi,comohabitualmentesucedenosegundosemestre,dominadapelanegociação/coordenaçãodaResoluçãodaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidassobreOceanoseDireitodoMar,numprimeiromomentoemsedeCOMAR(GTPESC/DireitodoMar)e,posteriormente,noquadrodasNaçõesUnidas.
APresidêncialogrouintroduzirnotextodaResoluçãoquestõesprioritáriasparaaUE,nomeadamente;reforçodalinguagemrelativaaocombateàpirataria,introduçãodotema“fertilizaçãodosoceanos”(“ironfertilization”)e“alteraçõesclimáticas”(esteúltimo,proposto,emprimeirolugar,pelaNoruega,masrelativamenteaoqualaacçãoeapoiodaUEvieramarevelar-sedeterminantes).
Poroutrolado,alinguagempropostapelaUniãoEuropeianoquerespeitaaodebatesobre o regime jurídicodos recursos genéticosmarinhos (emáreaspara alémdajurisdiçãonacional),veioacolheroapoiodoG77,permitindoultrapassaroimpasseexistente nesta matéria desde a reunião do Processo Consultivo Informal (NovaIorque, Junhode2007),resultantedeposiçõesantagónicasdoG77,porumlado,edosEUA/Islândia,poroutro.Odebatesobreotemapoderáassimprosseguir,emsedeNaçõesUnidas,emparticularnoquadrodoGT“adhoc”sobreprotecçãodabiodiversidadeemáreasparaalémdajurisdiçãonacional.
Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos
EmJulhode2007realizou-se,emKingston,a13asessãodaAutoridadeInternacionaldosFundosMarinhos.Os trabalhos incidiramsobreaelaboraçãodo regulamentorelativo àprospecção e exploraçãodedepósitode sulfitospolimetálicos e crostascobálticas.
(Ver também o ponto B.11 – Política Marítima Europeia).
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D.19 – RECURSOS ENERGÉTICOS E ENERGIA
Agência Internacional de Energia Atómica
Teve lugar o Conselho de Governadores e a 51a Conferência Geral da AgênciaInternacionaldeEnergiaAtómica(AIEA),emViena,de17a21deSetembrode2007,aqualassinalouo50oaniversáriodestaagência.
A delegação nacional àquela Conferência, que igualmente estava incumbida dasresponsabilidadesdecoordenaçãocomunitária inerentesaoexercíciodaPPUE, foichefiadapeloSecretáriodeEstadodosNegóciosEstrangeirosedaCooperação.
Os departamentos competentes acompanharam e participaram nos trabalhosdaAIEA, nomeadamente no que àConferência diz respeito, no âmbito doGrupode Trabalho sobre Salvaguardas e no trabalho preparatório e de negociação dasrespectivasResoluçõesposteriormenteaprovadas.
(Ver também ponto D.13 – Não-Proliferação).
Rede Europeia de Correspondentes de Segurança Energética
AsConclusõesdoCAGREdeDezembrode2006estabeleceramacriaçãodaRedeEuropeiadeCorrespondentesdeSegurançaEnergética(NESCO)comparticipaçãoda Comissão Europeia, Secretariado-Geral do Conselho e Estados-membros daUE,emigualdadedecircunstâncias.ANESCOinicioufunçõesapósnomeaçãodosCorrespondenteserealizaçãodasuaprimeirareunião,a10deMaiode2007,estandoagoraplenamenteoperacional.
Na2aReuniãodeCorrespondentes,quetevelugar,emBruxelas,em17deDezembrode2007,aComissãoapresentouoprojectoderelatóriodoprimeiroanodeactividadedaRede.FoiasseguradaapresençadaPPUEnestereunião,naqualfoidesencadeadooprocessodeprimeiraavaliaçãodaRedecomvistaaoseuaperfeiçoamentofuturo.
(Ver também ponto B.9 – Energia).
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D.20 – CIÊNCIA, TECNOLOGIA E TELECOMUNICAÇÕES
Sociedade de Informação: Fórum de Governação da Internet
Teve lugarnoRiode Janeiro,de12a 15deNovembrode2007,a2a reunião anual do Fórum Governação Internet (FGI),aqualfoipromovidapeloSecretário-GeraldasNações Unidas no seguimento da CimeiraMundial da Sociedade de Informação,realizada em Tunis, em Novembro de 2005. A delegação nacional foi chefiadapeloMinistrodaCiência, Tecnologia e EnsinoSuperior que, em representaçãodaUE, proferiu ainda uma intervenção na sessão de abertura. Foi ainda asseguradaa necessária coordenação comunitária e consultas informais para preparação deumadeclaraçãoemnomedaUE,apresentadanasessãoplenáriadedicadaaotema“StocktakingandWayForward”.ApróximareuniãodoFGIterálugaremNovaDeli,de8a11deDezembrode2008.
União Internacional das Telecomunicações
Realizou-seemGenebra,de22deOutubroa16deNovembrode2007,aConferência Mundial de Radiocomunicações(WRC-2007).ApreparaçãodasposiçõeseuropeiasparaostemasemdiscussãonasagendasdasWRC,organizadasnoâmbitodaUIT,coubeaoGrupodeTrabalhodaConferênciaEuropeiadasAdministraçõesdeCorreioseTelecomunicações.
A Conferência teve por objectivo abordar matérias relacionadas com a utilizaçãomundial das frequências de rádio, indo ao encontro das necessidades globais emtermosdeespectro,questãoestreitamente ligadaaodesenvolvimento tecnológicoeaocrescimentodosectordatecnologiadeinformaçãoecomunicação.OsActosFinaisdaWRC-2007entrarãoemvigornodia1deJaneirode2009.
(Ver também ponto B.6 – Telecomunicações e Sociedade da Informação).
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D.21 – OCDE
Durante a PPUE foi prosseguido e, inclusivamente, reforçadoo acompanhamentodaactividadedaOCDE,tendoemvistaasseguraranecessáriacoordenaçãointernaentreasentidadesnacionaisqueseguemosdiversosComitéseGruposdeTrabalhodaOCDE.
Nodecursodo2osemestrede2007,ostrabalhosdaOCDEdecorreramdeacordocomo calendário previsto, dando sobretudo cumprimento ao acordadonaúltimaReuniãoanívelMinisterial(“MCM”),de15e16deMaiode2007,nomeadamentenoquedizrespeitoàdecisãoquantoaoalargamentodaorganização.
Paraesteefeito,foraminiciadasasnegociaçõescomcinco novos Estados candidatos à adesão, desenvolvendo-se intenso trabalho relativamente aos “road map” dosprocessosdeadesãoàorganizaçãodaEslovénia,Estónia,Chile,IsraeleRússia.Deassinalar,poroutrolado,oimportantetrabalholevadoacabonoâmbitoda cooperação reforçadacomaÁfricadoSul,ÁsiadoSudeste,Brasil,ChinaeÍndia.
Naausênciadeumacordoglobalsobrenovasregras de financiamentodaorganização,prosseguiram os trabalhos no Comité de Orçamento, à luz dos princípios geraisorientadoresdefinidosnaúltima“MCM”.
Dedestacar ainda que foi entretanto encontradauma solução consensual no quedizrespeitoàcorrecta menção de ChipreemdocumentosoficiaisdaOCDE,questãosuscitadapelaTurquia,complexaecomcontornosiminentementepolíticos.Paraasuaresoluçãofoidecisivaa intervençãodaPPUE,desbloqueandoumassuntoquesearrastavaequecorriaoriscodepodervirabloquearonormalfuncionamentoearegularprocessodetomadadedecisãoporpartedaorganização.
Em Julho de 2007, aOCDE deu início ao processo de definição dasOrientações Estratégicas de Médio Prazo(“MediumTermOrientations-MTO”),paraoperíodo2009-2010. Neste âmbito, procedeu-se a um exercício de avaliação conjunta econcertaçãointernainterministerial,afimdeprepararocontributonacionalparaasnovasorientaçõesestratégicasamédioprazodaOCDE.
AOCDEprocedeuàdivulgaçãodassuashabituaisprevisõeseconómicas,bemcomoà elaboração e divulgação de diversos estudos económicos de carácter geral ouespecífico.EmDezembrodivulgouaindaosresultadosdoInquéritoPISA2006nodomíniodaeducação.
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Quanto aos encontros realizadosno2o semestre, decorreram reuniõesdoComitéExecutivoemsessãoespecial(ECSS)a28deSetembroe12e13deNovembro.TeveaindalugaremRoma,a21deNovembro,aConferênciadeAltoNívelcomemorativadoDécimoAniversáriodaConvençãoAnti-CorrupçãodaOCDE.
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E – INSTITUIÇÕES EUROPEIAS
E.1 – ESTATUTO E FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS A NÍVEL EUROPEU
Foi alcançado acordo sobre dois actos jurídicos referentes ao estatuto e aofinanciamentodospartidospolíticosaníveleuropeu.
ApropostademodificaçãoaoRegulamento(CE)n.o2004/2003,apresentadapelaComissãoa27deJunhode2007,incluíatrêsconjuntosdealteraçõesprincipais:
P oaperfeiçoamentodasdisposiçõesfinanceirasqueregemofinanciamentodospartidoseuropeus,comderrogaçõesàregradeinexistênciadelucro(possibilidadedeconstituiçãodereservasfinanceirasedetransferênciadesaldosremanescentes–até25%-paraoexercícioseguinte);
P apossibilidadedefinanciarfundaçõesaoníveleuropeu;
P a possibilidade de financiar campanhas dos partidos políticos europeus noâmbitodaseleiçõesparaoPE.
A proposta acabou por ser dividida em dois actos jurídicos (um alterando oRegulamento Financeiro e um regulamento contendo as restantes disposições daproposta),queretêmoessencialdapropostainicial,masressalvandoque:
P o financiamento das eleições para o PE, pelos partidos políticos europeus, éregulamentadopelaslegislaçõesnacionais;
P asfundaçõeseuropeiasnãopodemterfinslucrativos;
P ofinanciamentocomunitárioàsfundaçõesnãopodeserutilizadoparacustearcampanhaseleitoraisouparareferendos;
P as fundações têm de ter órgãos sociais com uma repartição geográficaequilibrada.
ApropostaassumiuumaelevadaprioridadeparaoPEeparaaComissão,bemcomoparaasprincipais famíliaspolíticaseuropeiasque, reunidasàmargemdaCimeiradeLisboa(18e19deOutubro),apelaramnosentidodasuaaprovaçãoepublicaçãoantesdofinaldoano,oquefoiconseguidoemprimeiraleitura,numdosprazosmaiscurtosatéhojealcançadosemmatériadeco-decisão.
A Assinatura teve lugar no dia 18 de Dezembro, aquando da Sessão PlenáriaExtraordináriadoPEcomoPrimeiro-Ministro.
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E.2 – TRIBUNAL DE JUSTIÇA – TRAMITAÇÃO PREJUDICIAL URGENTE
OConselhoaprovouformalmente,nodia20deDezembro,duasDecisõesquecontêmmodificaçõesdoEstatutoedoRegulamentodeProcessodoTribunaldeJustiça.EstedossierestavabloqueadonoiníciodaPPUE.
AsmodificaçõesvisamcriarumanovatramitaçãoprocessualnoTribunaldeJustiça–atramitaçãoprejudicialurgente.AnovatramitaçãourgentepermitiráaoTribunaldeJustiçadarumarespostarápidaaospedidosdeinterpretaçãodeactoscomunitáriosrelativosaoespaçodeliberdade,desegurançaedejustiça,apresentadospelosórgãosjurisdicionaisnacionais.
OobjectivodeclaradopeloTribunalepeloConselhoconsisteemqueosprocessosurgentespossamsertratadosdentrodoprazomáximode3meses,emvezdoscercade18meseshabituais.
Desta forma,oTribunalde Justiçaestaráemcondiçõesde respeitaroprevistonoartigo 234o CE, alínea b), última frase, tal como modificado pelo futuro TratadodeLisboa:«seumaquestãodestanatureza for submetida emprocessopendenteperanteumórgãojurisdicionalnacionalrelativamenteaumapessoaqueseencontredetida,oTribunaldeJustiçadaUniãoEuropeiapronunciar-se-ácomamaiorbrevidadepossível».
Sóassimsepoderádarrespostasatisfatóriaaospedidosdedecisãoprejudicialemmatériascomoosvistos,oasiloeaimigração,ouacooperaçãojudicialemmatériacivilepenal.
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F – EVENTOS CULTURAIS
A PPUE promoveu diversos eventos culturais, sendo de assinalar as seguintesiniciativasdesenvolvidaspeloInstitutoCamões:
Programação cultural:
P Actividadesnasinstalaçõesdasinstituiçõeseórgãoscomunitários;
P Organização,comparticipaçãoouapoioa275acções,emnoventaeoitocidades,numtotaldetrintaetrêspaíses,nasáreasdeexposições,música,dança,teatro,cinema,eventosmultidisciplinareselivro.
Nesteâmbito,emBruxelasdestacam-se:
P AsintervençõesnoEdifíciodoConselhodaUE(“JustusLipsius”)–comobrasdeJoanaVasconceloseCarlosBunga–eactividadesnoParlamentoEuropeuenoComitéEconómicoeSocial;
P NocontextodoFestivalEuropália:n organizaçãodaexposiçãodearquitecturasobreGonçaloByrneeAiresMateus
–“TheVoid”(Paláciode“Beax-Arts”);
n colaboraçãodaPPUEnasexposições“Ograndeatelier–asmatrizesdaarteeuropeiadoséc.XIIIaoséc.XVIII”;
n participação em “Agorafolly” (intervenção em uma de vinte sete praças dacidade);
P O desenvolvimento de um programa multidisciplinar dedicado à criaçãocontemporâneaportuguesanaáreadasartesperformativasedenominado“UnAutomnePortugais”(“HallesdeSchaerbeek”);
P Aproduçãodojornal“PortugalemBruxelas”,comdistribuiçãogratuita.
Quantoaeventosnoutrascidades,realça-se:
P EmBerlim,aPPUEco-organizouagrandeexposição“NovosMundos–PortugaleaÉpocadosDescobrimentos”,iniciativadegrandeimpacto,apresentadanumespaçoexpositivo jáconsagrado (MuseuHistóricoAlemão)equenoprimeiromêsrecebeuquinzemilvisitantes;
P PorocasiãodaCimeiraUE-Índia(30deNovembro),aPPUEorganizouemNovaDeliaExposição“SizaVieiraArquitecto”;
P A “5a Mostra Portuguesa – Mostra Multidisciplinar de Cultura”, alargada aonzecidadesespanholas,comespecialincidêncianasáreasdaMúsica,Teatro,Literatura,Fotografia,Pintura,Ciência,ArteePensamentoeCinema.
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Edição:
NoâmbitodaPPUEforampublicadasduasobrasdedivulgaçãodacontemporaneidadeedaarteportuguesa,coordenadaspeloInstitutoCamões:
P “RetratodePortugal”,emversãoportuguesaeinglesa(respectivamente2500e10000exemplares),emparceriacomoCírculodeLeitores/TemaseDebates,coordenadoporAntónioReis;
P “Arte e Artistas em Portugal”, da autoria de AlexandreMelo, versão bilingueportuguês/inglês(5000exemplares).
Agenda Cultural:
Comoobjectivodeproporcionarumguiãodasactividadesculturais,foielaboradaumaAgendaCulturalparao2osemestrede2007(20milexemplares),comespecialincidência:
P nos eventos a realizar nas cidades onde tiveram lugar reuniões ministeriaisinformais;
P nasacçõesdemaiordimensãoarealizarnoutrascidadesoulocalidades;
P nas grandes exposições, principais espectáculos, conferências e lançamentosprevistosnasgrandessalasinternacionais,domundointeiro,deummodogeralcoordenados, co-produzidosouapoiadospela redediplomáticaportuguesa e,muitoparticularmente,pelarededoInstitutoCamões.
Dadaaespecial visibilidade,acolhimentoesignificativo impactodestasacçõesnaLínguaeCulturaPortuguesasetendoemcontaoseupapelestratégicocomo“softpower”anívelpolítico,económicoediplomático,seráimportantedarcontinuidadeao impulso decorrente da PPUE, através de uma maior intervenção, de formacoordenada,doEstadoesociedadecivil,emparticulardomeioempresarial.
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G – ORGANIZAÇÃO E LOGÍSTICA
AEstruturadeMissãoparaaPresidênciaPortuguesadoConselhodaUniãoEuropeiafoi criada no início de Janeiro de 2006, para assegurar sobretudo a organizaçãologísticadasreuniõesrealizadasemterritórionacional,aoníveldeChefesdeEstadoedeGoverno,ministerialetécnico.
Em termos globais, tendo em conta os eventos da responsabilidade dos diversosministérios, decorreramemPortugal cerca de 150 reuniões, das quais 27 de nívelministerialousuperior,como foiocasodaCimeira InformaldeChefesdeEstadoedeGoverno(Lisboa, 18e19deOutubro)edasCimeirasUE-Brasil (Lisboa,4deJulho),UE-Rússia(Mafra,26deOutubro)eUE-África(Lisboa,8e9deDezembro).Édesalientarainda,peloseugraudeimportânciaeexigênciamediática,aCerimóniadeAssinaturadoTratadodeLisboa(13deDezembro).
A maioria dos encontros teve lugar nas “Instalações Permanentes” da PPUE(IP’s), centro de reuniões criado para o efeito, como forma de conter custos quenecessariamente aumentariamcomadispersãogeográfica.As IP’sdispunhamdeduassalasdereuniõesplenáriascomcabinesdetraduçãosimultânea,umasaladerefeiçõesdetrabalho,tambémcominterpretação,trêssalasparaencontrosbilateraiseumcentrodeimprensacomcapacidadepara200jornalistas.
AsIP’sacolheram3reuniõesaníveldechefesdeEstadoedeGoverno,11ministeriaise86reuniõestécnicas.Participaramcercade11000delegados,quetiveramacessoapostosdetrabalhoequipadoscommaterialinformáticoedeescritório,sendo-lhesoferecido“coffeestation”erefeições.
Poroutrolado,atendendoaoobjectivodaspresidências“itinerantes”,deaproximaçãoàspopulações,realizaram-sereuniõesdenorteasuldopaísenasRegiõesAutónomas(RA’s).Nesteâmbito,édesalientaroempenhodasautarquiaseRA’s,quefacilitaramasoperaçõeslogísticas,cederamespaços,organizaramprogramassociaiseoferecerampresentesàsdelegações.
Emtermosglobais,duranteaPPUEforamacreditadosmaisde17.000delegadosdosEstados-membrosdaUniãoedepaísesterceiros.Comapreocupaçãodereceberomelhorpossívelasdelegaçõesestrangeiras,dentrodoslimitesrazoáveisdoscustos,foi-lhespreparadoacolhimento,acompanhamento,transporteereservadoalojamentoa preços negociados. Além disso, para amaioria das reuniões e por vontade doministérioorganizador,àmargemdassessõesdetrabalhoosparticipantespuderamusufruir de programas de carácter social, cultural e turístico. Foram igualmenteacreditadoscercade8000jornalistasquebeneficiaramdeumcentrodeimprensacom
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apoiode“catering”eequipadocomdiversomaterialinformáticoedecomunicaçõesgratuito,bemcomodeacessoàInternetemtodosospostosdetrabalho.Ocentrode imprensadispunhaaindadeumacentraldetelevisãoparaemissãoegravação,comdistribuidordesinaláudioevídeoaque tinhamacesso todasas televisõeserádios nacionais e estrangeiras. Foi igualmente assegurado apoio no transporte ealojamentodoselementosdaimprensa.
De assinalar ainda que o Portal da Presidência foi elemento dinamizador e dedivulgação,contendoinformaçãoútil relativaaPortugaleà logísticadasreuniões,assimcomodocumentaçãodesuporte.
OsnúmerossobrePortalsãoeloquentes:
P Cercade1milhãodevisitas,600.000visitantesúnicose5milhõesdepáginasvisionadas, representando, por comparação com a Presidência finlandesa (aúnicaquedivulgouosseusdados),umaumentode9%nonúmerodevisitaseumaumentode84%nonúmerodevisitantesúnicos;
P OnúmerodevisitasquasetriplicoufaceaoportaldaPresidênciaportuguesade2000(passoude363.000para971.000);
P Divulgaçãodecercade600notícias;129declaraçõesPESC;164declaraçõesdaPresidênciaemorganizaçõesinternacionais;126discursos;cercade480fichasde reunião preparadas e 1.426 ficheiros fotográficos em alta resolução, bemcomoatransmissãoemdirectodecercade120conferênciasdeimprensaqueabrangeramcercade4.100utilizadores;
P Resposta a cerca de 1.500 questões recebidas no portal sobre a Presidênciaportuguesa.
Para a logística associada à realizaçãodestas reuniões e respectivos programas àmargem,aEstruturadeMissãointegrouumaequipacujacomposiçãoreflectiuumapreocupaçãodetransversalidade,comelementosoriundosdeváriosdepartamentosdeestado.Poroutrolado,aEstruturadeMissãocontoucomacolaboraçãodogrupodetrabalhonomeadopeloministériosectorialresponsávelporcadareunião.
As despesas inerentes às referidas actividades não ultrapassaram os 70 Meuros(montanteinferioràspresidênciasquenosprecederam).Aestimativainicialfoide62Meuros,nãoestandonaalturaprevistaarealizaçãoda2aCimeiraUE-África.
179
ANEXO H.1
CALENDÁRIO DOS PRINCIPAIS EVENTOS DA PRESIDÊNCIA1
PARTE I REUNIÕESDECHEFESDEESTADOEDEGOVERNOEREUNIÕESDOCONSELHODAUNIÃOEUROPEIA
DataReuniões Local Ministério
Início Fim
02.07 02.07 Reunião Conjunta do Governo Português e da Comissão Europeia2 Porto MNE
04.07 04.07 1a Cimeira UE-Brasil Lisboa MNE
10.07 10.07 ConselhoEconomiaeFinanças(ECOFIN) Bruxelas MFAP
13.07 13.07 ConselhoEconomiaeFinanças(Orçamento) Bruxelas MFAP
16.07 17.07 ConselhoAgriculturaePescas Bruxelas MADRP
23.07 23.07AberturadaConferênciaIntergovernamental(TratadoReformador)
Bruxelas MNE
23.07 24.07ConselhoAssuntosGeraiseRelaçõesExternas(CAGRE)–incluindoMinistrosdoComércio
Bruxelas MNE
14.09 14.09 Cimeira UE - Ucrânia Ucrânia MNE
18.09 18.09 ConselhoJustiçaeAssuntosInternos(JAI) Bruxelas MAI/MJ
24.09 24.09 ConselhoAgriculturaePescas(eventual) Bruxelas MADRP
28.09 28.09 ConselhoCompetitividade Bruxelas MCTES/MEI
101.10 02.10 ConselhoTransportes,TelecomunicaçõeseEnergia Luxemburgo MCTES/MEI/
MOPTC
1 Descodificaçãodassiglasutilizadasnofimdodocumento.
180
09.10 09.10 ConselhoEconomiaeFinanças(ECOFIN) Luxemburgo MFAP
15.10 15.10 ConferênciaIntergovernamental(TratadoReformador) Luxemburgo MNE
15.10 16.10 ConselhoAssuntosGeraiseRelaçõesExternas(CAGRE) Luxemburgo MNE
18.10 19.10Conferência Intergovernamental (Tratado Reformador) a nível de Chefes de Estado e de Governo
Lisboa MNE
19.10 19.10 Reunião Informal de Chefes de Estado e de Governo Lisboa, IP MNE
22.10 23.10 ConselhoAgriculturaePescas Luxemburgo MADRP
26.10 26.10 Cimeira UE - Rússia Portugal, Mafra MNE
30.10 30.10 ConselhoAmbiente Luxemburgo MAOTDR
08.11 09.11 ConselhoJustiçaeAssuntosInternos(JAI) Bruxelas MAI/MJ
13.11 13.11 ConselhoEconomiaeFinanças(ECOFIN) Bruxelas MFAP
15.11 16.11 ConselhoEducação,JuventudeeCultura Bruxelas MCTES/ME/
MP/MC
19.11 20.11
ConselhoAssuntosGeraiseRelaçõesExternas(CAGRE)–incluindoMinistrosdaDefesaedoDesenvolvimento
Bruxelas MNE/MDN
22.11 22.11 Cimeira Comemorativa dos 30 anos UE-ASEAN Singapura MNE
22.11 23.11 ConselhoCompetitividade Bruxelas MCTES/MEI
23.11 23.11 ConselhoEconomiaeFinanças(Orçamento) Bruxelas MFAP
26.11 27.11 ConselhoAgriculturaePescas Bruxelas MADRP
28.11 28.11 Cimeira UE - China China MNE
181
29.11 30.11 ConselhoTransportes,TelecomunicaçõeseEnergia Bruxelas MCTES/MEI/
MOPTC
30.11 30.11 Cimeira UE - Índia Índia MNE
03.12 03.12Conselho Transportes,Telecomunicações e Energia –vertenteenergia
Bruxelas MEI
04.12 04.12 Conselho Economia e Finanças(ECOFIN) Bruxelas MFAP
05.12 06.12 Conselho Emprego, Política Social,SaúdeeConsumidores Bruxelas MEI/MTSS/
MS
06.12 07.12 ConselhoJustiçaeAssuntosInternos(JAI) Bruxelas MAI/MJ
08.12 09.12 Cimeira UE - África Lisboa, FIL MNE
10.12 11.12 ConselhoAssuntosGeraiseRelaçõesExternas(CAGRE) Bruxelas MNE
14.12 14.12 Conselho Europeu Bruxelas MNE
17.12 19.12 ConselhoAgriculturaePescas Bruxelas MADRP
20.12 20.12 ConselhoAmbiente Bruxelas MAOTDR
182
PARTE II OUTROSEVENTOSEMPORTUGAL
DataReuniões Local Ministério
Início Fim
03.07 04.07 ReuniãodoConselhoCientíficodoConselhodeInvestigaçãoEuropeu Lisboa,CCB MCTES
05.0705.07 5aConferênciadaNetworkofEU
EnvironmentalLawyers Lisboa,IP MAOTDR
07.07 Reunião Informal de Ministros do Emprego e Assuntos Sociais Guimarães MTSS
06.07 06.07Workshop sobre Modernização das Administrações Públicas e o seu Impacto na Competitividade
Lisboa,IP MFAP
09.0709.07 Workshop Mobile TV – Technology
for the future Aveiro MOPTC
10.07 SeminárioMares e Globalização Açores RAA
11.0712.07 SeminárioRenováveis 2020: como
atingir 20% Lisboa,IP MEI
14.07 VisitadeTrabalhodoTribunaldeJustiça(UE) Lisboa MJ
12.07
12.07 Reunião Ministerial Troika UE-IGAD Lisboa MNE
13.07
ConferênciaConciliação entre a Vida Profissional, Familiar e Pessoal: Novos Desafios para os Parceiros Sociais e as Políticas Públicas
Lisboa MTSS
13.07 MesaRedondasobreEstratégias de Saúde na Europa Lisboa,FIL MS
16.07
17.07 2aConferênciasobreSegurançadeExplosivos Braga MAI
18.07SemináriosobreSistemas de Alerta Precoce para Tsunamis e Sinais de Alerta
Algarve,Albufeira MAI
17.07 18.07 EventoJuventude Lisboa,FIL MP
18.07 18.07Workshop O Contributo da Aviação Civil no Combate às Alterações Climáticas
Lisboa,IP MOPTC
183
19.07 21.07Reunião Ministerial Informal sobre Competitividade (Ciência; PMEs e Política Industrial)
Lisboa, IP MCTES/MEI
23.07 23.07 ReuniãodaRededaDiplomaciaVerde Lisboa MNE
31.08 02.09 Reunião Informal de Ministros do Ambiente Lisboa, IP MAOTDR
03.09 04.09 Conferênciasobree-Justice Lisboa MJ
07.09
08.09 Reunião Informal de Ministros dos Negócios Estrangeiros (GYMNICH)
Viana do Castelo MNE
08.09SeminárioDigitalização: Preservação, Arquivos, Disponibilização/Propriedade Intelectual
Lisboa,IP MC
10.09
11.09 SemináriodoComitéAVSEC-Segurança da Aviação Lisboa,IP MOPTC
11.09 ReuniãodeAltoNívelparaoMainstreamingdeGénero Lisboa,IP MP
14.09 ReuniãodeThink Tank sobre Violência no Desporto Lisboa MAI
12.0913.09
WorkshopsobreaAplicação do Princípio da Responsabilidade Alargada ao Produtor
Lisboa,IP MAOTDR
14.09 ConferênciaInternacionalsobreConstrução Sustentável Lisboa,IST MOPTC
13.09
13.09 WorkshopsobreasRelações UE-África Lisboa,IP MNE
14.09 ConferênciadeAltoNívelsobreImigração Legal Lisboa MP/MAI/MNE
14.09 ConferênciaOs Desafios Centrais da Flexigurança Lisboa,CCL MTSS
14.09
14.09 Seminárioa situação das pescas nas RUP no Horizonte 2013 Açores RAA
14.09 Reunião Informal do Eurogrupo Porto, Alfândega MFAP
15.09 Reunião Informal de Ministros ECOFIN
Porto, Alfândega MFAP
15.09 15.09 Ministerial Euromed ECOFIN Porto, Alfândega MFAP
184
16.0917.09
AudiçãoParlamentar:“VozesJovensaoEncontrodaDiversidadenaEducação”
Lisboa,AR ME
18.09 Reunião Informal de Ministros da Agricultura e Pescas
Porto, Alfândega MADRP
17.09
17.09 10FórumdosServiços Sociais de Interesse Geral Lisboa MTSS
18.09 EventoJuventudeVoluntariado e Empreendedorismo Lisboa,FIL MP
22.09 SemanaEuropeiadaMobilidade diversoslocais MAOTDR
19.09
19.09 Reunião Informal de Ministros no âmbito e-Government Lisboa, FIL MP/ MCTES
20.09ConferênciasobreaAvaliação das Políticas Públicas no domínio das Drogas
Lisboa,IP MS/MNE
21.09 4aConferênciaMinisterial–Reaping the benefits of eGovernement Lisboa,FIL MP/MCTES
20.09 21.09 FórumInter-regional Lisboa MAOTDR
21.0921.09 Reunião Ministerial Troika UE-Nova
Zelândia Lisboa MNE
22.09 Reunião Ministerial Informal Desenvolvimento RAM MNE
24.09
25.09 SemináriosobreMedidas Alternativas a Penas de Prisão Lisboa MJ
26.09 Conferência Ministerial Fórum Cultural para a Europa Lisboa, CCB MC
26.09 ConferênciasobreInvestigação em Segurança dos Doentes Porto MS
28.09ReuniãoAnualdaOrganizaçãodasPescariasnoAtlânticoNoroeste(NAFO)
Lisboa MADRP
27.09
28.09 ConferênciaEuropeiasobreSaúde e Migrações na UE Lisboa,FCG MS
28.09
ConferênciaDesenvolvimento profissional de professores para a qualidade e equidade da aprendizagem ao longo da vida
Lisboa,IP ME
185
28.09
28.09 Reunião Informal de Ministros da Cultura Lisboa, CCB MC
28.09ConferênciaInternacionalRegulação da Convergência; Convergência da Regulação
Lisboa,Culturgest MOPTC
28.09ConferênciaInternacionalsobreA Estratégia de Lisboa e o combate à Fraude e à Evasão Fiscais
Lisboa MFAP
28.09 ReuniãodosPontosdeContactoCulturais Lisboa,CCB MC
29.09 Reunião informal de Ministros da Defesa Évora MDN
01.10 02.10 Reunião Informal de Ministros da Justiça e dos Assuntos Internos Lisboa, IP MAI/MJ
02.10 17.10 QuinzenadaHabitação Várioslocais MAOTDR
03.10 04.10ConferênciadePeritosemIgualdadedeGénero:Empregabilidade e Empreendorismo
Lisboa,IP MP
04.1004.10 Reunião Informal de Ministros da
Igualdade Lisboa, IP MP
05.10 20oAniversáriodoPrograma Erasmus Lisboa,CCB MCTES
07.10 08.10 SeminárioOn line Contents Lisboa MC
07.10 09.10 ConferênciadeAltoNívelAudiovisuais on line Lisboa MC
08.10
08.10ReuniãoInformaldeAltoNível–Construindo um Plano Estratégico para as Tecnologias Energéticas
Lisboa,IP MEI
09.10 ConferênciaEmprego na Europa – Perspectivas e Prioridades Lisboa MTSS
09.10 ConferênciaTráfico de Seres Humanos e Género
Porto,Alfândega MP
09.10 FórumFinanciamento da Inovação – das Ideias ao Mercado Estoril MEI
10.10 ConferênciaO Futuro da Ciência e da Tecnologia na Europa Lisboa,FCG MCTES
09.10 09.10 Conferênciaparaainstituição do Dia Europeu contra a Pena de Morte Lisboa,CCB MJ
186
10.10
12.10 SemináriosobreRecursos Humanos na Saúde Lisboa MS
12.10
SimpósioInternacionalsobreExperiênciasNacionaisnaIdentificaçãoeAbordagemdeProblemasdosRecursosHumanosnaSaúde
Lisboa MS
13.1015aConferênciaAnualdoEuropean Environment Sustainable Development Advisory Council
Évora MAOTDR
11.10 12.10 NECFórum–10oFórumdosConselhosNacionaisdeÉtica Lisboa,IP MP
12.103oEventoCAF:inspiring change (common assessment framework for public service)
Lisboa,FCG MFAP
12.10 13.10
ReuniãodosCoordenadoresdosProgramasNacionaisVIH/SIDAdospaísesdaUE,daRegiãoOMS-EUROePaísesVizinhos
Lisboa,CCB MS
15.10 16.10 Conferênciae-Learning Lisboa MP
16.10 17.10
6aMesaRedondaEuropeiasobrePobreza e Exclusão Social – Mínimos Sociais: uma estratégia para a protecção e empowerment
Açores,SãoMiguel MTSS
17.1017.10 ConferênciaEuropean Corporate
Governance Lisboa MFAP
21.10 European Students Convention Lisboa MCTES
18.10 19.10WorkshopsobreaGuideline Europeia sobre Medicamentos à base de Células Humanas
Lisboa,INFARMED MS
21.10 21.10 6a Reunião Ministerial EuroMed Comércio Lisboa MEI
22.10
22.10 Conferência de Alto Nível sobre a Política Marítima Europeia Lisboa, IP MDN
22.10SeminárioInternacionalsobreIndicadores de Desenvolvimento Sustentável
Faro MAOTDR
187
23.10
23.10ConferênciaFundoSocialEuropeu:Educar e Formar Para o Emprego e para a Coesão
Lisboa MTSS
23.10ConferênciadeAltoNívelsobreaPESD e a Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos em África
Lisboa,IP MDN
23.10 ConferênciasobreAuto-estradas do Mar e Logística Lisboa MOPTC
24.10 24.10 ConferênciaEuropeiadeCombate à Dopagem no Desporto Lisboa,IP MP
25.10
25.10 Reunião Ministerial Informal Desporto Lisboa, IP MP
25.10 Conselho de Parceria Permanente Cultura UE-Rússia Lisboa MC
27.10 VIFórumEuropeudoTurismo Algarve,Portimão MEI
29.1029.10
ConferênciaMinisterialdeAltoNívelsobreaerradicação da Pesca Ilegal, Não declarada e Não regulamentada(INN)
Lisboa MADRP
30.11 ConferênciasobreO Futuro do Eurojust Lisboa MJ
31.10 01.11 SeminárioO Sector Cultural e Criativo – Agenda de Lisboa Lisboa,IP MC
01.11 02.11FórumdaOrganizaçãoInternacionaldoTrabalhosobreTrabalho Digno para uma Globalização Justa
Lisboa MTSS
02.11 03.11 ConferênciaAs Escolas Face a Novos Desafios Lisboa,IP ME
05.11
06.11 9a Reunião Euromed de Ministros dos Negócios Estrangeiros Lisboa, IP MNE
06.11
EncontroEuropeusobreAvaliação do Impacto nos Sistemas de Saúde e na Saúde de Políticas e Medidas de Outros Sectores
Lisboa MS
188
06.11
06.11
ConferênciaMelhorar a Qualidade e a Produtividade no Trabalho: a Nova Estratégia Comunitária sobre Saúde e Segurança no Trabalho 2007-2012
Lisboa MTSS
06.11ReuniãodeAltoNívelsobreModernização das Universidades na Europa
Lisboa MCTES
06.11 ReuniãodeAltoNívelEnergiaShaping Energy Market Integration Estoril MEI
07.11
09.11 JornadasEuropeiasdoDesenvolvimento Lisboa,FIL MNE
09.11Conferênciafraude e roubo de identidade, a logística do crime organizado
Tomar MAI
09.11 10.11ConferênciaRumoaumaresoluçãocolectivadeconflitosdeconsumoaníveleuropeu
Lisboa,IP MEI
12.11
13.11 ConferênciasobreBusiness & Biodiversity Lisboa,FCG MAOTDR
13.11 SemináriosobreosRegulamentos Roma I e Roma II Lisboa MJ
13.11 ConferênciaPublic Procurement Network - passado, presente e futuro Lisboa MOPTC
13.11
13.11ConferênciaUtilização das Tecnologias de Informação e Comunicação para a Competitividade das PME
Lisboa MEI
14.11ConferênciaOs caminhos da sustentabilidade e a reforma dos sistemas de pensões
Lisboa MTSS
14.11
14.11ReuniãodosPontosFocaisparaoAno2008-AnoEuropeudoDiálogoIntercultural
Lisboa,IP MP/MC
16.115oCongressodeEpidemiologia:A Saúde dos Homens numa Perspectiva Epidemiológica
Lisboa MS
189
15.11
15.11 ConferenciaDiaEuropeudaConcorrência Lisboa,CCB MEI
16.112aConferênciaInternacionaldeLisboasobreoDireito e Economia da Concorrência
Lisboa,CCB MEI
16.11ConferênciaeexposiçãosobreRadio Frequency Identification (RFID): The next step to the Internet Things
Oeiras MCTES
18.11
ConferênciaRiscos naturais na Europa, estratégias para a gestão de crises e mecanismos de resposta dos congéneres europeus
Açores,SãoMiguel RAA
16.11 16.11 Workshop sobre Drought Management System Lisboa MAOTDR
18.11 19.11 ReuniãoMinisterialEuromedsobreMigrações
Algarve,Albufeira MAI/MNE
19.11
19.11 FórumdeNegóciosparaoMultilinguismo Lisboa MNE
20.11ConferênciadeEncerramentodoAnoEuropeudaIgualdadedeOportunidadesparaTodos
Lisboa,CCB MP/MTSS
20.11ConferênciaInovação Farmacêutica: a necessidade de uma nova estratégia de I&D na UE
Lisboa,INFARMED MS
20.1121.11 ConferênciasobreAeroportos –
Diálogo com a Indústria Lisboa MOPTC
21.11 ConferênciadeAltoNívelsobreasNanotecnologias Braga MCTES
23.11
24.11ReuniãoInformaldeMinistrosdeOrdenamentodoTerritórioeDesenvolvimentoRegional
Açores MAOTDR
24.11SemináriosobreCooperação Prática em matéria de Controlo da Fronteira Externa Marítima da UE
Lisboa,IP MAI
24.11 SemináriosobreGestãodaSegurançaPessoal Lisboa,IP MAI
190
26.11
26.11 SemináriosobreCooperaçãoConsular Lisboa,IP MNE
27.11 ConferênciaQualidade e Inovação: Uma relação bi-unívoca
Porto,Alfândega MEI
27.11
ConferênciaValorizaraAprendizagem:PráticasEuropeiasdeValidaçãodeAprendizagensNãoFormaiseInformais
Lisboa,IP ME
27.11
28.11 ConferênciasobreDoençasRaras Lisboa MS
28.11WorkshopUE-EUAsobreaaplicaçãodassanções financeiras no domínio da luta contra o Terrorismo
Lisboa,IP MFAP/MNE
29.11
30.11 SeminárioInovação no Turismo Europeu Estoril MEI
30.11 ConferênciaO Diálogo Social na Europa Lisboa MTSS
30.11 ConferênciasobrePobreza, Saúde e Nutrição Lisboa MS
30.11 Worshop Sustainable development indicators at the European Level Caiscais MAOTDR
01.12 01.12WorkshopPerspectivas para o Desporto universitário na Europa e a Gestão de Infra-estruturas Desportivas
Lisboa MCTES
02.12 03.12 Conferência Ministerial e-Inclusion Lisboa MCTES
03.1203.12
ConferênciaEuroMeddeAltoNívelsobreaextensão dos principais eixos transeuropeus de transportes à região do Mediterrâneo
Lisboa MOPTC
4.12 ConferênciadaEuropean Industrial Research Management Association Lisboa,FCG MCTES
05.12 06.12 SeminárioPatrimónio e Sociedade Lisboa,IP MC
06.12
07.12 9oFórumdeONG’sdeDireitosHumanosdaUniãoEuropeia
Lisboa,PalácioFoz MNE
07.12 European Enterprise Awards – Awards Ceremony inPortugal
Porto,Alfândega MEI
07.12 ConferênciaPMEeEmpreendedorismo
Porto,Alfândega MEI
07.1207.12 GMES–AFRICAGlobal Monitoring for
Environment and Security Lisboa,CCB MCTES
07.12 ReuniãodoConselhoEuropeudeArquivosNacionais Lisboa,IP MC
191
10.12 11.12
ConferênciaAnualdeBoasPráticasePrémioEuropeudePrevençãoCriminal-RedeEuropeiadePrevençãoCriminal
Lisboa,IP MAI/MJ
12.12 13.12 ReuniãodaRedeJudiciáriaEuropeia Óbidos MJ
SIGLAS E RESPECTIVO SIGNIFICADO
•AR AssembleiadaRepública
•CCB CentroCulturaldeBelém
•CCL CentrodeCongressosdeLisboa
•ESF EuropeanScienceFoundation
• FCG FundaçãoCalousteGulbenkian
•FDL FaculdadedeDireitodeLisboa
•FIL FeiraInternacionaldeLisboa
• I&D InvestigaçãoeDesenvolvimento
• IP InstalaçõesPermanentesdaPresidência (SalaTejodoPavilhãoAtlântico–ParquedasNações)
• IST InstitutoSuperiorTécnico
•MADRP MinistériodaAgricultura,DesenvolvimentoRuralePescas
•MAI MinistériodaAdministraçãoInterna
•MAOTDR MinistériodoAmbiente,Ordenamento doTerritórioeDesenvolvimentoRegional
•MC MinistériodaCultura
•MCTES MinistériodaCiência,TecnologiaeEnsinoSuperior
•MDN MinistériodaDefesaNacional
•ME MinistériodaEducação
•MEI MinistériodaEconomiaedaInovação
•MFAP MinistériodasFinançasedaAdministraçãoPública
•MJ MinistériodaJustiça
•MNE MinistériodosNegóciosEstrangeiros
192
•MOPTC MinistériodasObrasPúblicas,TransporteseComunicações
•MP MinistrodaPresidência
•MS MinistériodaSaúde
•MTSS MinistériodoTrabalhoedaSolidariedadeSocial
•PESD PolíticaEuropeiadeSegurançaeDefesa
•PME PequenaseMédiasEmpresas
•RAA GovernodaRegiãoAutónomadosAçores
•RAM GovernodaRegiãoAutónomadaMadeira
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