· alcides pascoal junior engenheiro ambiental crea/pr 108839/d marcelo gonçalves geógrafo...

125
www.evoluaambiental.com.br

Upload: dinhmien

Post on 25-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

www.evoluaambiental.com.br

Page 2:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

II

PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY - ES

R. Átila Vivácquia, nº 79 - Centro

CEP: 29350 | CNPJ: 27.165.703/0001-26

Fone: (28) 3535-1900

Sítio: www.presidentekennedy.es.gov.br

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – MÓDULOS LIMPEZA

URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DRENAGEM E MANEJO DE

ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

PRODUTO 4: DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

VOLUME 4

TOMO II

Versão 1

DEZEMBRO DE 2015

Page 3:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

III

EMPRESA RESPONSÁVEL

EVOLUA AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA

CNPJ 16.697.255/0001-95

END.: R. Foz do Iguaçu, nº 250

CEP 86061-000, Londrina – PR.

EQUIPE TÉCNICA

Nayla Motta Campos Libos

Eng. Sanitarista e Ambiental

CREA/SC 90377-1/D | V-PR 110861

Alcides Pascoal Junior

Engenheiro Ambiental

CREA/PR 108839/D

Marcelo Gonçalves

Geógrafo

CREA/PR 95232/D

Deise Beatriz Farias

Gestora de Finanças

CRA/PR 200469

Claudia Barboza Camilo

Estagiária em Arquitetura e Urbanismo

Thiago Henrique Silva

Desenhista Técnico

John L. Dantas Cruz

Estagiário em Arquitetura e Urbanismo

Page 4:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

IV

ÍNDICE GERAL

Volume 1

PLANO DE TRABALHO

Volume 2

FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO

Volume 3

PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL

Volume 4

RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO

Volume 5

RELATÓRIO DO PROGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Volume 6

RELATÓRIO DOS MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DO CONTROLE SOCIAL

E DOS INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DO PMSB

Volume 7

RELATÓRIO DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

Volume 8

PLANO DE EXECUÇÃO

Volume 9

MINUTA DE PROJETO DE LEI DO PMSB

Volume 10

RELATÓRIO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO DO PMSB

Volume 11

SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

Volume 12

RELATÓRIO MENSAL SIMPLIFICADO

Volume 13

RELATÓRIO FINAL DO PMSB

Page 5:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

V

SUMÁRIO

1 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ........................... 13

2 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR E LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ............................. 15

3 SISTEMA DE MACRO E MICRO DRENAGEM ........................................................................ 21

COMPONENTES DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM ........................................................ 21

SISTEMA DE MACRODRENAGEM ........................................................................................... 22

COMPONENTES DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM ......................................................... 24

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ......................................................................................... 27

SISTEMA DE MANUNTENÇÃO DE REDE DA DRENAGEM URBANA .................................... 27

FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E NÍVEL DE ATUAÇÃO ................ 29

SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA E LIGAÇÕES CLANDESTINAS DE ESGOTAMENTO

SANITÁRIO ............................................................................................................................... 29

4 LACUNAS NO ATENDIMENTO PELO PODER PÚBLICO ...................................................... 30

RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO ................................................................................... 30

5 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL ..................................................................................... 31

COEFICIENTE DE COMPACIDADE DA BACIA - KC ................................................................ 32

DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD ........................................................................... 33

RELAÇÃO DE RELEVO (M/KM) - RR ........................................................................................ 35

6 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS das BACIAS E MICRO-BACIAS URBANAS ......... 37

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO RIO PRETO ....................................... 38

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO CAETÉS ......................... 45

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO JORDÃO ........................ 52

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO SÃO BENTO .................. 59

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO BAIXO ITABAPOANA ........................ 66

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO MAROBÁ ....................... 74

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO DOS GALOS .................. 81

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO VALÃO SÃO PAULO ..... 88

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA RIO MUQUI DO NORTE .......................... 95

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO MANHÃES ................... 102

7 ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS E SEDIMENTO LÓGICOS E SUA INFLUÊNCIA NA

DEGRADAÇÃO DAS BACIAS E RISCOS DE ENCHENTES, INUNDAÇÕES E

DESLIZAMENTOS DE TERRA. .............................................................................................. 109

8 CARACTERIZAÇÃO E INDICAÇÃO CARTOGRÁFICA DAS ÁREAS DE RISCO DE

ENCHENTES, INUNDAÇÕES, ESCORREGAMENTOS ........................................................ 116

ZONEAMENTO DE RISCOS DE ENCHENTES ....................................................................... 118

MAPEAMENTO DE ÁREA POTENCIAL COM RISCO A ENCHENTES NA SEDE URBANA . 120

9 ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS AO SISTEMA DE

DRENAGEM URBANA ............................................................................................................ 124

Page 6:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

VI

10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 126

Page 7:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

VII

LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 – Característica do leito do rio ............................................................................................. 21

Figura 3.2 – Centro de Presidente Kennedy inundada devidos as chuvas Dezembro de 2013 .......... 22

Figura 3.3 – Detalhe da área inundada próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos Corrêa .... 23

Figura 3.4 – Trecho da construção de galeria no Córrego da Batalha ................................................. 24

Figura 3.5 – Elementos da composição da microdrenagem urbana .................................................... 25

Figura 3.6 – Croqui de um sistema de microdrenagem urbana ............................................................ 25

Figura 3.7 – Modelo de Sarjetão ........................................................................................................... 26

Figura 3.8 – Boca de lobo guia ............................................................................................................. 26

Figura 3.9 – Boa de lobo com grelha .................................................................................................... 26

Figura 3.10 – Boca de lobo combinada ................................................................................................ 26

Figura 3.11 – Desobstrução de boca de lobo com grelha .................................................................... 28

Figura 3.12 – Limpeza interna de boca de lobo .................................................................................... 28

Figura 7.1 – Exemplos dos tipos de erosões encontrados no município............................................ 113

Page 8:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

VIII

LISTA DE PRANCHAS

Prancha 1 – Relação de relevo da rede de drenagem ......................................................................... 36

Prancha 2 – Localização da Subbacia do Rio Preto ............................................................................. 40

Prancha 3 – Hidrografia da Subbacia do Rio Preto .............................................................................. 41

Prancha 4 – Gradiente de Energia ........................................................................................................ 42

Prancha 5 – Topografia ......................................................................................................................... 43

Prancha 6 – Percentual de Declividade ................................................................................................ 44

Prancha 7 – Localização da Subbacia do Córrego Caetés .................................................................. 47

Prancha 8 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Caetés .................................................................... 48

Prancha 9 – Gradiente de Energia ........................................................................................................ 49

Prancha 10 – Topografia ....................................................................................................................... 50

Prancha 11 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 51

Prancha 12 – Localização da Subbacia do Córrego Jordão ................................................................. 54

Prancha 13 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Jordão .................................................................. 55

Prancha 14 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 56

Prancha 15 – Topografia ....................................................................................................................... 57

Prancha 16 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 58

Prancha 17 – Localização da Subbacia do Córrego São Bento ........................................................... 61

Prancha 18 – Hidrografia da Subbacia do Córrego São bento ............................................................. 62

Prancha 19 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 63

Prancha 20 – Topografia ....................................................................................................................... 64

Prancha 21 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 65

Prancha 22 – Localização da Subbacia do Baixo Itabapoana .............................................................. 69

Prancha 23 – Hidrografia da Subbacia do Baixo Itabapoana ............................................................... 70

Prancha 24 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 71

Prancha 25 – Topografia ....................................................................................................................... 72

Prancha 26 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 73

Prancha 27 – Localização da Subbacia do Córrego Marobá ............................................................... 76

Prancha 28 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Marobá ................................................................. 77

Prancha 29 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 78

Prancha 30 – Topografia ....................................................................................................................... 79

Prancha 31 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 80

Prancha 32 – Localização da Subbacia do Córrego dos Galos ........................................................... 83

Prancha 33 – Hidrografia da Subbacia do Córrego dos Galos ............................................................. 84

Prancha 34 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 85

Prancha 35 – Topografia ....................................................................................................................... 86

Prancha 36 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 87

Prancha 37 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo ................................................. 90

Page 9:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

IX

Prancha 38 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo .................................................. 91

Prancha 39 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 92

Prancha 40 – Topografia ....................................................................................................................... 93

Prancha 41 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 94

Prancha 42 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo ................................................. 97

Prancha 43 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo .................................................. 98

Prancha 44 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 99

Prancha 45 – Topografia ..................................................................................................................... 100

Prancha 46 – Percentual de Declividade ............................................................................................ 101

Prancha 47 – Localização da Subbacia do Córrego Manhães ........................................................... 104

Prancha 48 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Manhães ............................................................ 105

Prancha 49 – Gradiente de Energia .................................................................................................... 106

Prancha 50 – Topografia ..................................................................................................................... 107

Prancha 51 – Percentual de Declividade ............................................................................................ 108

Prancha 52- Classificação dos processos erosivos na área urbanizada do município ...................... 115

Prancha 53 – Mapeamento de áreas com potencial alagável ............................................................ 117

Prancha 54 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Sede Municipal ................................ 122

Prancha 55 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Comunidade São Paulo .................. 123

Page 10:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

X

LISTA DE TABELAS

Tabela 5.1 - Coeficiente de Compacidade (Kc) das bacias do município de Presidente Kenedy ........ 32

Tabela 5.2 – Densidade de drenagem (Dd) das bacias do município de Presidente Kennedy ........... 34

Tabela 7.1 – Tipos de Movimentação de Solos .................................................................................. 110

Tabela 7.2 – Classificação do Grau de Risco ..................................................................................... 111

Tabela 8.1 – Localização dos pontos com potencial de alagamento ................................................. 116

Tabela 8.2 – Modelo de Cálculo de Grau de riso por cenários ........................................................... 120

Page 11:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

XI

LISTA DE SIGLAS

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ONG Organização não Governamental

PDM Plano Diretor Municipal

SEMMA/PK Secretaria de Municipal de Meio Ambiente

SEMOB Secretaria de Obras e Serviços Públicos

IJSN Instituto Jones dos Santos Neves

INMA Instituto Estadual de Meio Ambiente

Page 12:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

13

1 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações

substanciais em decorrência do processo de urbanização de uma bacia,

principalmente como consequência da impermeabilização da superfície, o que produz

maiores picos e vazões.

Com isso, o crescimento urbano das cidades brasileiras tem provocado

impactos na população e no meio ambiente, surgindo um aumento na frequência e no

nível das inundações, prejudicando a qualidade da água, e aumento da presença de

materiais sólidos no escoamento pluvial. Isto ocorre pela falta de planejamento,

controle do uso do solo, ocupação de áreas de risco e sistemas de drenagem

ineficientes.

Com relação à drenagem urbana, pode-se dizer que existem duas condutas

que tendem a agravar ainda mais a situação (PMPA, 2005):

Os projetos de drenagem urbana têm como filosofia escoar a água precipitada

o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta em várias ordens de

magnitude a vazão máxima, a frequência e o nível de inundação de jusante.

As áreas ribeirinhas, que o rio utiliza durante os períodos chuvosos como zona

de passagem da inundação, têm sido ocupadas pela população com construções,

reduzindo a capacidade de escoamento. A ocupação destas áreas de risco resulta em

prejuízos evidentes quando o rio inunda seu leito maior.

O sistema tradicional de drenagem urbana pode ser considerado como

composto por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob

critérios diferenciados: o Sistema Inicial de Drenagem, ou Microdrenagem, composto

pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas

pluviais e, também, canais de pequenas dimensões, dimensionado para o

escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno; e o Sistema de

Macrodrenagem, constituídos, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado)

de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de

retorno. (PMSP, 1999).

Além desses dois sistemas tradicionais vem sendo difundido o uso de medidas

chamadas sustentáveis que buscam o controle do escoamento na fonte, através da

infiltração ou detenção no próprio lote ou loteamento do escoamento gerado pelas

Page 13:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

14

superfícies impermeabilizadas, mantendo, assim, as condições naturais pré-

existentes de vazão para um determinado risco definido (ABRH, 1995; Tucci, 1995;

Porto & Barros, 1995).

Neste Plano, o componente, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, em sua

fase de diagnóstico, pretendem analisar o sistema de macrodrenagem e

microdrenagem, sua manutenção, planejamento e fiscalização em diversos níveis,

inclusive a correlação com o sistema de esgotamento sanitário, identificação dos

fundos de vale e microbacias, analisando sua capacidade e contribuição para o

sistema de microdrenagem.

Page 14:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

15

2 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR E LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Os sistemas de drenagem urbana e manejo de aguas pluviais devem ser

fundamentados na multiplicidade do planejamento urbano, levando se em conta,

planos, projetos, obras, legislação, etc.

Um sistema de drenagem urbana fundamenta-se nos seguintes itens: planos,

projetos, obras, legislação e medidas. É de fundamental importância que se leve em

consideração a legitimidade legal das ações ao sistema de drenagem urbana, é

imprescindível formulações de códigos, leis de regulamentação sobre edificações,

zoneamentos urbanos, uso de solo, loteamentos. Criar um sistema de fiscalização da

administração pública municipal nas áreas urbanizadas.

Ainda para o controle e prevenção a inundação é necessário o zoneamento

com as delimitações das áreas inundáveis, delimitação de áreas onde a ocupação

deve ser evitada, fixação de incentivos fiscais para que áreas inundáveis seja ociosas

(sem ocupação predial), obras de controle ou amortecimento de cheias, plano de

emergência contra inundações.

Existem políticas e leis federais que devem ser seguidas e que auxiliam o

município. A Lei Federal n° 6.766, de dezembro de 1979, dispõe sobre o parcelamento

do solo urbano, fator de grande importância para a drenagem urbana, além disso,

essa lei também dispõe das infraestruturas mínimas que devem ser exigidas em novos

loteamentos, inclusive os dispositivos de drenagem urbana.

O município possui um aparato legal bem construído, composto com várias leis

sancionadas no quesito de drenagem urbana e manejo de aguas pluviais no município

e possuindo dentro do Plano Diretor Municipal – PDM, normativas e diretrizes sobre o

mesmo tema.

O anteprojeto de Lei do PDM que Dispõe sobre a organização do espaço

territorial do Município de Presidente Kennedy, conforme determina o disposto no art.

182 da CRFB de 1988 e o art. 39 c/c arts. 40, 41, 42 do Estatuto da Cidade – Lei

10.257 de 2001, traz na Seção II – Da Política Ambiental, do Capítulo II – Das

Diretrizes do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy, o seu art. 5 traz a

seguinte redação:

“XV - Controlar o uso e a ocupação de margens de cursos d’água, áreas

sujeitas à inundação, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem.”

Page 15:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

16

Ainda nesse tema encontramos na Subseção II – Zonas de Proteção Ambiental,

da Seção III – Do Zoneamento, encontrado no Capítulo IV – Do Ordenamento

Territorial, traz em seu art. 92 a seguinte definição:

“Art. 92. Ficam também identificados e declarados como Zonas de Preservação Ambiental 01: V - as margens de nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d’água, seja qual for sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinquenta metros) de largura e a partir de sua margem, de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia de drenagem contribuinte.

Esse dispositivo legal é de extrema importância, ao controlar o uso e ocupação

de áreas de preservação ambiental, evita-se o passivo de um desastre ambiental,

contendo assim danos humanos tanto quanto danos ambientais.

Outro ponto interessante presente no PDM, é a controle do parcelamento de

solo e seu uso, o Capítulo V – Do Parcelamento do Solo, Seção II – Do Loteamento,

prescrito na Subseção I – Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento:

“Art. 198. O parcelamento do solo para fins urbanos deverá atender quanto à

infraestrutura básica as seguintes exigências:

I - implantação da rede de abastecimento e distribuição de água, com

projeto aprovado pela concessionária responsável pelo serviço;

II - sistema de coleta, tratamento e disposição de esgotos sanitários e

industriais, com projeto aprovado pela concessionária responsável pelo

serviço;

III - implantação da rede de escoamento de águas pluviais.”

O planejamento prévio e estruturação dos serviços básicos de saneamento, é

item necessário ao se projetar um novo loteamento, definir os aparelhos da

infraestrutura urbana, permite a evolução e crescimento ordenado dos serviços

prestados, isso reflete no controle das redes que compõe o saneamento básico,

evitando problemas como a ligação cruzada, permite o controle da malha de rede

existente, permite a destinação adequada do esgoto coletado e o direcionamento das

aguas pluviais.

Ainda no quesito urbanização o PDM, recorre de dispositivos legais de controle

e efetividade do proposto no Art. 198, para fim de aprovação de um novo loteamento

deve obedecer os dispostos do Art. 206:

Page 16:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

17

“Art. 206. A aprovação do projeto de loteamento será feita mediante

requerimento do proprietário, observadas as diretrizes urbanísticas e

ambientais fixadas, acompanhado dos seguintes documentos:

IX - projeto completo da rede de escoamento das águas pluviais, indicando e

detalhando o dimensionamento e o caimento de coletores, assim como o local

de lançamento.”

O PDM, abrange também a esfera industrial norteando o parcelamento e a

implantação de terrenos destinados a atividade industrial, no Art. 225.

Nos loteamentos de interesse social, que cabem ao poder público municipal,

com a parceria ou não da esfera Estadual e/ou da União, também são abordados e

impostos os requisitos mínimos para sua implantação no seguinte artigo:

“Art.236. A infraestrutura básica dos loteamentos de interesse social deverá

observar no mínimo os seguintes requisitos:

I – vias de circulação pavimentadas, meio fio e sarjeta;

II – soluções para a coleta e o escoamento das águas pluviais podendo-se

aceitar soluções alternativas, de baixo custo, desde que aprovadas e

licenciadas pelos órgãos ambientais competentes;

III – rede de abastecimento de água potável;

IV – soluções para esgotamento sanitário podendo-se aceitar soluções

alternativas, de baixo custo, desde que aprovadas e licenciadas pelos órgãos

ambientais competentes;

V – rede de energia elétrica domiciliar e de iluminação pública.

Ainda sobre lotes de interesse social, o Art. 242 define como um dos elementos

do planejamento dessas áreas no inciso V a obrigatoriedade de anteprojeto do

sistema de águas pluviais, com a indicação do local de disposição.

O PDM contempla um sistema de fiscalização no Capitulo VII – Da

Fiscalização, Notificação, Vistoria e do Alvará de Conclusão de Obras, o Art. 257

define a fiscalização da implantação de projetos de uso e parcelamento de solo,

competindo a esfera Municipal o exercício da fiscalização, inclusive sobre a

implantação de sistema de drenagem urbana.

O município conta também com uma série de leis que abordam o tema aqui

recorrente. Na Lei Orgânica Municipal na Seção II – Da Política Habitacional, define

diretrizes básicas para o desenvolvimento urbano e melhoria da infraestrutura no

Artigo:

Page 17:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

18

“Art. 114. A política habitacional deverá compatibilizar-se com as diretrizes do

plano estadual de desenvolvimento e com a política de desenvolvimento

urbano, e terá por objetivo a redução do "déficit" habitacional, a melhoria das

condições de infraestrutura atendendo, prioritariamente, à população de

baixa renda.

Parágrafo único. Na promoção da política habitacional incumbe ao Município garantir o acesso à moradia digna para todos assegurados: III - implantação de unidades habitacionais com dimensões adequadas e com padrões sanitários mínimos de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de drenagem, de limpeza urbana, de destinação final de resíduos sólidos, de obras de contenção em áreas com risco de

desabamento.”

A Lei Orgânica trata também sobre o tema de saneamento básico na seção III,

definindo as obrigações do município na prestação de serviços.

“Art. 120. A política e as ações de saneamento básico são de natureza pública, competindo ao Município com a assistência técnica e financeira do Estado, a execução, a oferta, a manutenção e o controle de qualidade dos serviços dela decorrentes. § 1º. Constitui-se direito de todos o recebimento de serviços de saneamento básico. § 2º. A política de saneamento básico do Município, respeitadas as diretrizes do Estado e da União, garantirá: I - fornecimento de água potável às cidades, vilas e povoados; II - instituição, manutenção e controle de sistemas: a) de coleta, tratamento e disposições de esgoto sanitário e domiciliar; b) de limpeza pública, de coleta e disposição adequada do lixo domiciliar, industrial e hospitalar; c) de coleta, disposição e drenagem de águas pluviais.”

A Lei Orgânica municipal evidência a responsabilidade e a obrigatoriedade do

Município na prestação dos serviços básicos de saneamento, destacando-se sobre a

infraestrutura urbana, que devem garantir os recursos mínimos necessários de

saneamento, ficando a cargo da prefeitura garantir a ocorrência efetiva desses

serviços.

Outro grande ponto positivo do município é a Lei nº 114, de 20 de Agosto de

1985, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município, incluso no

Capitulo III - Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento e Desmembramento,

temos no artigo 7º desta lei, inciso IV os equipamentos mínimos necessários para a

implantação de loteamentos, que inclui no item a – obras de escoamento de águas

pluviais. A lei de uso e parcelamento do solo ainda traz definições para condomínios

Page 18:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

19

de unidades autônomas, normalizando as responsabilidades e obrigações dessas

instituições, o artigo 33 desta lei, dispõe sobre a os equipamentos necessários, entre

eles rede de drenagem pluvial:

“Art. 33. Na instituição de condomínios por unidades autônomas é obrigatória a instalação de redes e equipamentos para o abastecimento de água potável, energia elétrica e iluminação das vias condominiais, redes de drenagem pluvial, sistema de coleta, tratamento e disposição de esgotos sanitários e obras de pavimentação e tratamento das águas de uso comum.”

Ainda no processo de aprovação para condomínios de unidades autônomas,

só podem ser aprovadas perante o cumprimento do Artigo 64, o inciso IV deste artigo

coloca a necessidade do proponente a expor para critérios de aprovação os projetos

das redes de drenagem pluvial.

A Lei nº 530, de 26 de julho de 1999, institui o código de vigilância à saúde do

município de Presidente Kennedy, dispõe sobre os direitos e obrigações que se

relacionam à saúde e bem estar individual e coletivo dos seus habitantes, sobre o

sistema único de saúde e aprova normas sobre promoção, proteção e recuperação

da saúde, dentre as propostas relaciona as questões de saneamento e saúde pública,

haja visto que, são temas intrinsecamente ligados, em seu artigo 83 traz a seguinte

redação:

“Art. 83. É proibido introdução direta ou indireta de esgotos sanitários e outras águas residuais nas vias públicas e ou galerias de águas pluviais, assim como é proibida a introdução diretas ou indiretas de águas pluviais em canalizações de esgotos sanitários.”

Reforçando esse disposto a Lei nº 681, de 30 de dezembro de 2005, que dispõe

sobre o código sanitário do município em seu artigo 89.

O município também conta com um Plano de Contingencia, aprovado pelo

decreto nº 1, de 07 de janeiro de 2014, esse plano traz uma série de ações para

respostas de situações de estado crítico relacionado as fortes chuvas, este plano tem

como objetivos:

I - Determinar a estrutura operacional e medidas de prevenção, alerta e

emergência para situações de calamidade total ou parcial, acarretadas pelos

desastres. Restabelecendo a normalidade no menor prazo possível, principalmente

os serviços públicos essenciais, reabilitando os cenários atingidos pelos desastres;

II - Envolver os mais diversos Órgãos Públicos: Municipais, Estaduais e

Federais, do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e os mais

Page 19:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

20

diversos segmentos da sociedade organizada e das comunidades, por exemplo,

Associação de Moradores, ONG’s, Igrejas, dentre outros;

III - Focar as ações de prevenção e socorro para as áreas consideradas

vulneráveis ao desastre, principalmente, relacionados com os efeitos naturais (chuvas

prolongadas ou súbitas, enxurradas, chuvas de granizo, vendavais e estiagem no

intuito de melhor controlar e empregar os recursos disponíveis dos órgãos

competentes, visando reduzir a vulnerabilidade, evitando danos humanos.

Essas medidas são de fundamental importância para a proatividade das ações

em resposta as calamidades causadas pelas chuvas, planejando as ações da cada

órgão municipal afim da proteção da vida humana.

O plano é dividido em 3 etapas:

Prevenção: Períodos de normalidade, preparo de medidas que previnam

possíveis incidentes;

Alerta: É acionado esta etapa em casa de acidente, a Coordenadoria de

Defesa Civil determina este acionamento, assim, a Coordenadoria de

Defesa Civil, fica responsável por colocar em prática as diretrizes do

plano colocando as demais secretarias em estado de alerta;

Emergência: Nesta etapa, as adversidades temporais, seja de chuvas

intensas, secas, incêndios, e quaisquer variáveis climáticas, as equipes

ordenadas pela Coordenadoria de Defesa Civil, deverão percorrer os

locais atingidos, para que constate quais os problemas que estão

ocorrendo atuando prontamente no socorro, e dando conhecimento, com

a máxima urgência.

O Município possui uma série de leis que dispõe sobre a drenagem urbana,

isso é um avanço e um indício da preocupação com o sistema de drenagem urbana e

o manejo de águas pluviais, sendo fundamental para o planejamento do setor,

possibilitando legitimidade legal nas ações e dando lastro à evolução das políticas do

tema referido.

Page 20:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

21

3 SISTEMA DE MACRO E MICRO DRENAGEM

Os sistemas de drenagem urbana devem ser planejados alinhados ao

planejamento urbano, isso evita a construção de um sistema de alto custo e deficiente,

incapaz de suprir a realidade e as necessidades do Município.

Na maioria dos casos, o mau funcionamento dos sistemas de drenagem urbana

é a principal causa de inundações. As enchentes urbanas são problemas recorrentes

nas cidades brasileiras, isto ocorre principalmente, pela má gerencia do planejamento

da drenagem e a aplicação equivocada dos projetos de engenharia, isso reflete sobre

a gestão, gerando sistemas deficiente intrinsecamente ligados a falta de mecanismos,

legais e administrativos, de controle da ampliação das cheias devido a urbanização

das cidades sem o devido planejamento (Tucci et al., 1995).

COMPONENTES DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM

A macrodrenagem envolve os sistemas coletores de diferentes sistemas de

microdrenagem. Quando é mencionado o sistema de macrodrenagem, as áreas

envolvidas são de pelo menos 2 km² ou 200 ha. Estes valores não devem ser tomados

como absolutos porque a malha urbana pode possuir as mais diferentes

configurações. O sistema de macrodrenagem deve ser projetado com capacidade

superior ao de microdrenagem, com riscos de acordo com os prejuízos humanos e

materiais potenciais (PMPA, 2005).

Os rios geralmente possuem dois leitos: o leito menor, onde a água escoa na

maior parte do tempo; e o leito maior, que pode ser inundado de acordo com a

intensidade das chuvas. O impacto devido à inundação ocorre quando a população

ocupa o leito maior do rio, ficando sujeita a enchentes (PMPA, 2005), a Figura 3.1.

Figura 3.1 – Característica do leito do rio

Page 21:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

22

SISTEMA DE MACRODRENAGEM

Pela configuração da drenagem natural e pela pouca área urbanizada, o

sistema de macrodrenagem ainda conserva, na maior parte dos rios, as configurações

originais de leitos, ou seja, não existem grandes canais de escoamento.

Devido a permeabilização, a baixa cota encontrada, aliada a ocupação do leito

maior, a não existência de zonas de amortecimento de cheias, o município de

Presidente Kennedy sofreu diversas vezes com inundações, como pode ser

observado Figura 3.2.

Figura 3.2 – Centro de Presidente Kennedy inundada devidos as chuvas Dezembro de 2013

Fonte: Portal São Francisco de Itabapoana, 2015

A Figura 3.3 detalha a área inundada próximo ao ginásio de Esportes Eraldo

Lemos Corrêa.

Page 22:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

23

Figura 3.3 – Detalhe da área inundada próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos Corrêa

Fonte: Portal São Francisco de Itabapoana, 2015.

No detalhe da imagem podemos observar o curso natural do Córrego da

Batalha e seu leito menor, o ginásio de esportes foi construído sobre a linha do leito

natural, configurando problemas de planejamento na urbanização ao longo deste

córrego.

Para reverter essa situação a prefeitura municipal através de sua Secretaria de

Obras e Serviços Públicos, segundo informações do portal de notícias oficiais da

Prefeitura Municipal (http://presidentekennedy.es.gov.br/noticia/843/PavimentaA-A-o-

e-drenagem-em-fase-de-conclusA-o.html), publicado no dia 03 de Novembro de 2015,

colocou em pratica a canalização do Córrego da Batalha, a primeira etapa é a

construção de 260 metros de galeria. Podemos ver o trecho em construção na Figura

3.4.

Page 23:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

24

Figura 3.4 – Trecho da construção de galeria no Córrego da Batalha

Fonte: Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, 2015.

COMPONENTES DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM

De acordo com as Diretrizes Básicas para Projetos de Drenagem Urbana do

Município de São Paulo (PMSP, 1999), a microdrenagem urbana é definida pelo

sistema de condutos pluviais em nível de loteamento ou de rede primária urbana.

O dimensionamento de uma rede de águas pluviais é baseado nas etapas de

subdivisão da área e traçado, determinação das vazões que afluem à rede de

condutos, dimensionamento da rede de condutos e dimensionamento das medidas de

controle (PMPA, 2005).

O sistema de drenagem é composto de uma série de unidades e dispositivos

hidráulicos com terminologia própria e cujos elementos mais frequentes são assim

conceituados (Fernandes, 2002):

Greide - é uma linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da

superfície livre da via pública;

Guia - também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de

separação do passeio com o leito viário, constituindo-se geralmente de

concreto argamassado, ou concreto extrusado e sua face superior no

mesmo nível da calçada;

Page 24:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

25

Sarjeta - é o canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia

e a pista de rolamento, destinado a coletar e conduzir as águas de

escoamento superficial até os pontos de coleta.

Figura 3.5 – Elementos da composição da microdrenagem urbana

A composição do sistema de microdrenagem e seus elementos

fundamentais podem ser observadas na Figura 3.6.

Figura 3.6 – Croqui de um sistema de microdrenagem urbana

Esses elementos são fundamentais para a composição eficaz do sistema de

drenagem, segue abaixo a sua descrição simplificada.

Sarjetões - canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos

encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar

sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta;

Page 25:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

26

Figura 3.7 – Modelo de Sarjetão

Bocas coletoras - também denominadas de bocas de lobo, são

estruturas hidráulicas para captação das águas superficiais

transportadas pelas sarjetas e sarjetões; em geral situam-se sob o

passeio ou sob a sarjeta;

Figura 3.8 – Boca de lobo guia

Figura 3.9 – Boa de lobo com grelha

Figura 3.10 – Boca de lobo combinada

Galerias - são condutos destinados ao transporte das águas captadas

nas bocas coletoras e ligações privadas até os pontos de lançamento ou

nos emissários, com diâmetro mínimo de 0,40 m;

Condutos de ligação - também denominados de tubulações de ligação,

são destinados ao transporte da água coletada nas bocas coletoras até

as caixas de ligação ou poço de visita;

Poços de visita e ou de queda - são câmaras visitáveis situadas em

pontos previamente determinados, destinadas a permitir a inspeção e

limpeza dos condutos subterrâneos;

Trecho de galeria - é a parte da galeria situada entre dois poços de visita

consecutivos;

Page 26:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

27

Caixas de ligação - também denominadas de caixas mortas, são caixas

de alvenaria subterrâneas não visitáveis, com finalidade de reunir

condutos de ligação ou estes à galeria;

Emissários - sistema de condução das águas pluviais das galerias até o

ponto de lançamento;

Dissipadores - são estruturas ou sistemas com a finalidade de reduzir ou

controlar a energia no escoamento das águas pluviais, como forma de

controlar seus efeitos e o processo erosivo que provocam;

Bacias de drenagem - é a área abrangente de determinado sistema de

drenagem.

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

O município não conta com o sistema de drenagem urbana cadastrado, não há

nas bases existentes disponibilizadas a rede existente, bem como os componentes

da microdrenagem, indicando que a priori o sistema foi construído conforme demanda

necessária da infraestrutura de pavimentação realizada no município.

Entretanto a município possui elaborado o projeto executivo do sistema de

drenagem de águas pluviais, elaborado em 2009. Ele contempla toda a área

urbanizada da sede municipal, com todos os componentes e a infraestrutura

necessária para o escoamento das águas pluviais.

Segundo o portal de notícias do sitio oficial da Prefeitura Municipal

(<http://presidentekennedy.es.gov.br/documento.html?id=429>), está disponível o

edital de Concorrência Pública nº CP 21/2015, com data de abertura aos 12 dias de

janeiro de 2016, tendo como como objeto a contratação de empresa para execução

da pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário, iluminação pública, passeios,

ciclovia e paisagismo da avenida Orestes Baiense e suas respectivas travessas, na

sede deste município.

SISTEMA DE MANUNTENÇÃO DE REDE DA DRENAGEM URBANA

O município possui uma equipe responsável pela limpeza e manutenção das

vias urbanas, coordenada pela secretaria de obras que é responsável por dentre os

demais serviços a desobstrução de bueiros e bocas de lobo, colo pode ser observado

Page 27:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

28

na Figura 3.11 e Figura 3.12. Outro trabalho realizado também pela equipe de limpeza

urbana é a limpeza da rede de drenagem superficial.

Figura 3.11 – Desobstrução de boca de lobo com grelha

Figura 3.12 – Limpeza interna de boca de lobo

Page 28:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

29

FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E NÍVEL DE

ATUAÇÃO

O município não possui setor especifico de fiscalização do sistema de

drenagem urbana, entretanto a SEMOB - Secretaria de Obras e Serviços Públicos,

possui em sua estrutura administrativa uma coordenação de fiscalização, que fica

responsável por fiscalizar e acompanhar todas as obras e projetos desenvolvidos pela

SEMOB, bem como a manutenção dos equipamentos públicos municipais.

SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA E LIGAÇÕES CLANDESTINAS DE

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

A ligação cruzada ocorre quando há o lançamento de agua proveniente da

chuva na rede de esgotamento sanitário, e quando ocorre o lançamento de esgoto na

rede de drenagem urbana. As duas formas de cruzamento das redes são prejudiciais

ao meio ambiente.

Ás aguas de chuvas lançadas de forma irregular na rede de esgotamento pode

causar o extravasamento do efluente, movendo os tampões causando acidentes e

ainda espalhar esgoto nas vias urbanas causando mal cheiro, além disso essas

ligações prejudicam de forma excessiva o funcionamento e qualidade do tratamento

dos esgotos na Estação de Tratamento, encarecendo o preço do tratamento.

Em contrapartida a ligação do esgotamento na rede de drenagem urbana pode

acarretar enormes prejuízos ao meio ambiente, pois, o efluente acaba desaguando

diretamente no corpo hídrico sem nenhum tratamento prévio, contaminando o

manancial e com o mesmo potencial contaminante podendo disseminar diversas

doenças. O esgoto doméstico possui alto nível de acidez e ao longo do tempo pode

corroer a galaria de concreto da drenagem urbana causando enormes problemas.

Outro agravante é o potencial de contaminação.

Page 29:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

30

4 LACUNAS NO ATENDIMENTO PELO PODER PÚBLICO

RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO

A responsabilidade do sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais

em Presidente Kennedy é de forma compartilhada entre as secretarias de obras e

serviços públicos – SEMOB e a Secretaria de Municipal de Meio Ambiente –

SEMMA/PK, usando a suas estruturas administrativas para delegar ações as

atividades necessárias para o devido funcionamento do sistema de drenagem

implantado.

Sendo assim a SEMOB, tem como dever e responsabilidade a contratação,

controle e fiscalização de obras públicas de drenagem urbana, promover e garantir a

execução direta ou indiretamente dos serviços de construção de obras, bem como a

reforma do sistema implantado havendo necessidade.

A SEMMA/PK atua paralelamente as atividades de contingência da

problemática ambiental, como a divulgação de importância da destinação coleta dos

resíduos gerados, evitando assim que esses fiquem no logradouro e entupam o

sistema de drenagem urbana, bem como a correta destinação dos efluentes de esgoto

gerados, mitigando a existência de ligações cruzadas, evitando a contaminação dos

corpos hídricos que receberão as aguas pluviais da rede de drenagem.

Essas secretarias e as demais envolvidas atuam também no Plano de

Contingência do Município de Presidente Kennedy para Situações de Prevenção,

Alerta e Emergência.

Page 30:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

31

5 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL

A topografia do município é constituída por planície flúvio-marinha adentrando

o vale do Rio Itabapoana, que possui relevo bastante regular, modelado em rochas

areno-argilosas do grupo Barreiras, constituindo os tabuleiros e por superfície

onduladas, modelada em rochas cristalinas. Ambientes de terrenos sedimentares, o

escoamento superficial das drenagens principais, ou seja, os rios perenes exibem um

padrão em forma de dendrítica, com direção principal SW-SE e N-S. Já seus

tributários, comumente estreitos, adquirem direções SE-NW e W-E

As bacias subbacias do município foram determinadas utilizando as octobacias

de nível 6 disponibilizados pelo IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves e INMA –

Instituto Estadual de Meio Ambiente. Presidente Kennedy possui 10 subbacias

principais, sendo que a subbacia Marobá abrange a maior parcela urbanizada no

município.

Alguns padrões existentes na drenagem natural podem ser responsáveis por

problemas de ordem hidrológica, em especial na ocorrência de enchentes e

inundações, por isso a importância em analisa-los, mesmo em municípios que não

apresentam tais ocorrências.

Estes parâmetros foram analisados para as bacias com rios de maior ordem

encontrados em Presidente Kennedy por questões metodológicas, pois, é a partir de

bacias hidrográficas de maior ordem que o estudo dos parâmetros morfométricos e

tratamentos estatísticos se fazem convenientes (Canali, 1986).

Para a determinação destes parâmetros morfométricos da rede de drenagem

seguiu-se a metodologia proposta por Horton (1945) e aplicada segundo as condições

ambientais e físicas do Brasil por Villela & Mattos (1975) e Christofoletti (1980). Todos

os dados secundários foram hospedados em ambiente SIG onde foram feitos os

cálculos através de ferramentas estatísticas e de geoprocessamento, utilizando os

softwares ESRI® ArcMap™ 10.1 e Microsoft® Excel.

Os fatores analisados foram: coeficiente de compacidade ou forma da bacia;

densidade de drenagem, e; relação de relevo.

Page 31:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

32

COEFICIENTE DE COMPACIDADE DA BACIA - KC

É a relação entre o perímetro da bacia e a √ da área da bacia, este coeficiente

determina a distribuição do deflúvio ao longo dos cursos d’água e é em parte

responsável pelas características das enchentes, ou seja, quanto mais próximo do

índice de referência que designa uma bacia de forma circular, mais sujeita a enchentes

será a bacia. É obtido pela fórmula:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝐾𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Pelos índices de referência, 1,0 indica que a forma da bacia é circular e 1,8

indica que a forma da bacia é alongada. Quanto mais próximo de 1,0 for o valor deste

coeficiente, mais acentuada será a tendência para maiores enchentes. Isto porque em

bacias circulares o escoamento será mais rápido, pois a bacia descarregará seu

deflúvio direto com maior rapidez produzindo picos de enchente de maiores

magnitudes. Já nas bacias alongadas o escoamento será mais lento e a capacidade

de armazenamento maior.

Tabela 5.1 - Coeficiente de Compacidade (Kc) das bacias do município de Presidente Kenedy

SUB-BACIA (Nome do Rio Principal)

PERÍMETRO (km)

ÁREA (km²) (Kc) FORMA

Córrego Valão São Paulo 43,5 53,6 1,7 Circular

Rio Muqui do Norte 46,0 37,8 2,1 Alongada

Córrego Manhães 44,3 72,7 1,5 Circular

Córrego dos Galos 107,8 174,2 2,3 Alongada

Baixo Itabapoana 40,5 44,5 1,7 Circular

Page 32:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

33

Córrego Morobá 68,9 131,8 1,7 Circular

Córrego São Bento 51,4 50,1 2,0 Alongada

Córrego Jordão 27,0 24,9 1,5 Circular

Córrego dos Caetés 44,5 42,2 1,9 Alongada

Rio Preto 93,1 233,9 1,7 Circular

De acordo com a

Tabela 5.2, o coeficiente de compacidade, que aponta a forma da bacia e sua

maior probabilidade de ocorrência de enchentes, as bacias presentes no município

devido suas características geomorfológicas, a baixa ocupação, a presença de uma

grande rede de drenagem natural, possui um coeficiente de compacidade, com

valores bons quando comparados com o índice de referência, a subbacia que

apresentou valores tendendo ao formato circular, isto é, com o coeficiente apontando

para a suscetibilidade de alagamento foi a subbacia do Córrego Jordão, entretanto o

município tem uma configuração topográfica que favorece o acumulo de água em suas

planícies alagáveis, onde a ocupação deve ser planejada.

DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD

É a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia. É obtido pela

fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Segundo Villela & Mattos (1975), o índice varia de 0,5 km/km², para bacias com

pouca capacidade de drenagem, até 3,5 km/km² ou mais, para bacias

excepcionalmente bem drenadas.

Page 33:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

34

Este índice considerado importante, pois reflete a influência da geologia,

topografia, vegetação e solos de uma bacia hidrográfica e está relacionado, com o

tempo gasto para o escoamento superficial da bacia (Horton 1945). Quanto maior a

densidade de drenagem maior a capacidade da bacia de fazer escoamentos rápidos

no exutório. A Classificação do índice pode é definido assim:

Bacias com drenagem pobre → Dd < 0,5 km/km2

Bacias com drenagem regular → 0,5 ≤ Dd < 1,5 km/km2

Bacias com drenagem boa → 1,5 ≤ Dd < 2,5 km/km2

Bacias com drenagem muito boa → 2,5 ≤ Dd < 3,5 km/km2

Bacias excepcionalmente bem drenadas → Dd ≥ 3,5 km/km2

Tabela 5.2 – Densidade de drenagem (Dd) das bacias do município de Presidente Kennedy

SUB-BACIA Lt = Comprimento dos

canais (km); Área (km²)

Densidade de Drenagem (Dd) - km/km²

Valão São Paulo 106,0 53,6 1,98 Rio Muqui do Norte 69,2 37,8 1,83

Córrego Manhães 119,7 72,7 1,6 Córrego dos Galos 308,0 174,2 1,77

Baixo Itabapoana 31,8 44,5 0,72 Córrego Morobá 269,8 131,8 2,05

Córrego São Bento 122,9 50,1 2,45 Córrego Jordão 48,1 24,9 1,93

Córrego dos Caetés 90,8 42,2 2,15 Rio Preto 500,5 233,9 2,14

Observa-se na

Tabela 5.2, que a bacia do Córrego Caetés, seguido do Rio Preto, possuem as

maiores densidades de drenagem, enquanto que o Baixo Itabapoana possui a menor

densidade entre as bacias analisadas.

Page 34:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

35

RELAÇÃO DE RELEVO (M/KM) - RR

É a relação entre a altura da bacia e a maior extensão da referida bacia medida

paralelamente ao rio principal. Esta relação indica a energia dos rios nas encostas,

quanto maior a energia maior o aprofundamento do leito e quanto menor a energia

maior a acumulação de materiais no fundo. É obtido pela fórmula:

𝑅ℎ = 𝐻𝑏

𝐿𝑏

Onde

𝑅𝑟 = 𝑅𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑒𝑣𝑜 (𝑚/𝑘𝑚);

𝐻𝑏 = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑚);

𝐿𝑏 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚).

Este gradiente também pode ser expresso em porcentagem (%) – 𝑅𝑟 =

𝐻𝑏 / 𝐿𝑏 ∗ 100

Page 35:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

36

Prancha 1 – Relação de relevo da rede de drenagem

Page 36:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

37

6 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DAS BACIAS E MICRO-BACIAS

URBANAS

Para a diferenciação das características morfológicas das bacias hidrográficas

foram consideradas a hidrografia, topografia, declividade percentual e gradiente de

energia da rede de drenagem natural pelo cálculo de relação de relevo, para cada

uma das classificações elaborou-se uma prancha no Formato A4, a identificação das

pranchas estão disposta no campa da folha da prancha, definida pela sigla

PMSB(Plano Municipal de Saneamento Básico)-DGN(Diagnóstico)-DRE(Drenagem)-

CMB(Características Morfológica das bacias), seguida da sequência numeral de

elaboração. A sequência das bacias alvo do estudo, segue assim:

Subbacia Hidrográfica do Rio Preto,

Subbacia Hidrográfica do Córrego Caetés;

Subbacia Hidrográfica do Córrego Jordão;

Subbacia Hidrográfica do Córrego São Bento;

Subbacia Hidrográfica do Baixo Itabapoana;

Subbacia Hidrográfica do Córrego Morobá;

Subbacia Hidrográfica do Córrego dos Galos;

Subbacia Hidrográfica do Córrego Valão São Paulo

Subbacia Hidrográfica do Rio Muqui do Norte; e

Subbacia Hidrográfica do Córrego Manhães.

Para efeito de estudo calculou-se o coeficiente de compacidade da bacia – Kc,

densidade de drenagem, relação de relevo (m/km) – Rr, altura máxima, altura média

e altura mínima, sendo feito de forma individual para cada uma das dez bacias

hidrográficas do município.

As subbacias do município foram determinadas utilizando as octobacias de

nível 6 disponibilizados pelo IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves e INMA –

Instituto Estadual de Meio Ambiente, a bacia do córrego do Córrego dos Galos, teve

seu perímetro ajustado, senda a única bacia não possuindo a classificação do padrão

das octobacias disponibilizadas.

Page 37:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

38

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO RIO PRETO

Localizado ao extremo oeste de Presidente Kennedy, cerca de 60% da área da

bacia está dentro do território de Mimoso do Sul, essa subbacia hidrografia tem uma

área de aproximadamente 233,9 km², conforme Prancha 2 - Folha - PMSB-DGN-DRE-

CMB- 001.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 500 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em

estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade, com

depósitos horizontais de ambientes marinhos e fluviomarinhos, sentido interior do

continente, devido a bacia possui região pantanosa com potencial inundável,

abrangendo uma área de aproximadamente 5,5 km² (Prancha 3 - Folha - PMSB-DGN-

DRE-CMB- 002).

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de

drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 93,1

√233,9= 𝟏, 𝟕

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

Page 38:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

39

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a

classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,

a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

500,5

233,9= 2,1 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 4 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 003.

A bacia possui uma altitude máxima de 1.170 metros de Altitude ao norte,

devido a Serra das Torres, decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões

pantanosas, de potencial alagáveis (Prancha 5 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 004).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha

do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as

planícies variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave ondulado a forte

ondulado, tendo como característica de montanhoso a escarpado ao norte variando a

declividade de 45 a >75%.

Page 39:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

40

Prancha 2 – Localização da Subbacia do Rio Preto

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 001

Page 40:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

41

Prancha 3 – Hidrografia da Subbacia do Rio Preto

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 002

Page 41:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

42

Prancha 4 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 003

Page 42:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

43

Prancha 5 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 004

Page 43:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

44

Prancha 6 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005

Page 44:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

45

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO CAETÉS

A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 42,2 km², conforme

Prancha 7-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 006.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 90 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do

tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia

possui região pantanosa com potencial inundável na calha do rio principal,

abrangendo uma área de aproximadamente 3,4 km² (Prancha 8-Folha - PMSB-DGN-

DRE-CMB- 007).

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.9, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de

drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 44,5

√42,2= 𝟏, 𝟗

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a

classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,

a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

Page 45:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

46

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

90,8

42,2= 2,1 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 9-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 008.

A bacia possui uma altitude máxima de 150 metros de Altitude ao norte,

decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões pantanosas, de potencial

alagáveis na calha do rio principal (Prancha 10-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 009).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 11-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 010, a declividade ao longo da calha

do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, o restante do território da bacia

possui declividade variando de 3 a 20 %, sendo classificado como de suave ondulado

a ondulado.

Page 46:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

47

Prancha 7 – Localização da Subbacia do Córrego Caetés

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 006

Page 47:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

48

Prancha 8 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Caetés

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 007

Page 48:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

49

Prancha 9 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 008

Page 49:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

50

Prancha 10 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 009

Page 50:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

51

Prancha 11 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 010

Page 51:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

52

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO

JORDÃO

A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 24,9 km², conforme

Prancha 12-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 011.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 48,1 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do

tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia

possui região pantanosa com potencial inundável na calha do rio principal,

abrangendo uma área de aproximadamente 1,8 km² (Prancha 13-Folha - PMSB-DGN-

DRE-CMB- 012).

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.5, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, porém, comparado com a média

de outras bacias possui a drenagem um pouco inferior, entretanto, conforme a

classificação usual com característica boas de drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 27,0

√24,9= 𝟏, 𝟓

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a

Page 52:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

53

classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,

a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

48,1

24,9= 2,1 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 14-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 013.

A bacia possui uma altitude máxima de 100 metros, decaindo a cota mínima de

1 metro nas regiões pantanosas, de potencial alagáveis na calha do rio principal

(Prancha 15-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 014).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 16-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 015, a declividade ao longo da calha

do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, o restante do território da bacia

possui declividade variando de 3 a 20 %, sendo classificado como de suave ondulado

a ondulado, com uma parcela mínima de declividade variando de 20 a 45 % nas

maiores altitudes a norte.

Page 53:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

54

Prancha 12 – Localização da Subbacia do Córrego Jordão

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 011

Page 54:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

55

Prancha 13 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Jordão

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 012

Page 55:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

56

Prancha 14 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 013

Page 56:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

57

Prancha 15 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 014

Page 57:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

58

Prancha 16 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 015

Page 58:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

59

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO SÃO

BENTO

A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 50,1 km², conforme

a Prancha 17-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 016.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 122,9 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é

do tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia

possui uma grande região pantanosa com potencial inundável, abrangendo uma área

de aproximadamente 15,1 km², cerca de 30% da área total da bacia (Prancha 18-

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 017).

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 2.0, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual

tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 51,4

√50,1= 𝟐, 𝟎

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.4, conforme a

classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,

Page 59:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

60

a bacia possui boa drenagem quase alcançando valores de uma drenagem muito boa,

o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

122,9

50,1= 2,4 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 19-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 018.

A bacia possui uma altitude máxima de 140 metros, decaindo a cota mínima de

1 metro nas regiões pantanosas, de potencial alagáveis (Prancha 20-Folha - PMSB-

DGN-DRE-CMB- 019)

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade na área com

potencial inundável possui uma porcentagem de 0 a 3%, o restante do território da

bacia possui declividade variando de 3 a 8%, sendo classificado como de suave

ondulado a ondulado, com uma parcela mínima de declividade variando de 8 a 20%

nas maiores altitudes a norte da bacia.

Page 60:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

61

Prancha 17 – Localização da Subbacia do Córrego São Bento

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 016

Page 61:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

62

Prancha 18 – Hidrografia da Subbacia do Córrego São bento

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 017

Page 62:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

63

Prancha 19 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 018

Page 63:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

64

Prancha 20 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 019

Page 64:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

65

Prancha 21 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020

Page 65:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

66

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO BAIXO

ITABAPOANA

A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 44,5 km², conforme

pode ser observado seu perímetro na Outro item fundamental para a análise das

bacias hidrográficas é a Relação de relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia

dos rios nas encostas, para obtenção desses valores foi utilizou-se ferramentas de

geoprocessamento, que possibilitam a visualização espacial do gradiente de energia

no percurso da rede de drenagem, o resultado pode ser observado na Prancha 24-

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023.

Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de

38 metros ao norte, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões pantanosas, de

potencial alagáveis, chegando ao nível do mar no estuário (Prancha 25Folha - PMSB-

DGN-DRE-CMB- 024).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade da bacia fica em sua

totalidade sendo classificada como plano com variação de 0 a 3%, com pequena

variação de suave ondulado (3 a 8%) ao norte.

Page 66:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

67

Prancha 22-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 021.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 31,8 km lineares, tendo como canal principal o Rio Itabapoana, o

padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do tipo dendrítica ou dendróide, com sua

foz de tipo estuário desaguando no oceano Atlântico Sul.

A geomorfologia é definida como planície costeira, sua fisionomia se deve a

ação combinada das correntes marinhas paralelas à costa, aos aportes fluviais e às

ações eólicas, variáveis de acordo com as modificações climáticas, devido essa

configuração possui uma grande área com potencial inundável, com

aproximadamente 18,9 km² de extensão, representando cerca de 42,5% da área total

desta bacia (Prancha 23-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 022).

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual

tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 40,5

√44,5= 𝟏, 𝟕

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 0.7, sendo assim

ficando na faixa de 0,5 ≤ 0,7 < 1,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no

Page 67:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

68

item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui drenagem

regular, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

31,8

44,5= 0,7 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 24-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023.

Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de

38 metros ao norte, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões pantanosas, de

potencial alagáveis, chegando ao nível do mar no estuário (Prancha 25Folha - PMSB-

DGN-DRE-CMB- 024).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade da bacia fica em sua

totalidade sendo classificada como plano com variação de 0 a 3%, com pequena

variação de suave ondulado (3 a 8%) ao norte.

Page 68:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

69

Prancha 22 – Localização da Subbacia do Baixo Itabapoana

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 021

Page 69:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

70

Prancha 23 – Hidrografia da Subbacia do Baixo Itabapoana

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 022

Page 70:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

71

Prancha 24 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023

Page 71:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

72

Prancha 25 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 024

Page 72:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

73

Prancha 26 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-D RE-CMB- 025

Page 73:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

74

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO

MAROBÁ

A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 131,8 km²,

conforme pode ser observado seu perímetro na Prancha 27-Folha - PMSB-DGN-DRE-

CMB- 026.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 122,9 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é

do tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa, com uma parcela ao sul

da bacia definida como planície costeira, a bacia possui região pantanosa com

potencial inundável ao sul da bacia, abrangendo uma área de aproximadamente 23,2

km² de extensão.

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual

tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 68,9

√131,8= 𝟏, 𝟕

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2, sendo assim

Page 74:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

75

ficando na faixa de 1,5 ≤ 2,0 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no

item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa

drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

269,8

131,8= 2,0 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 29Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 028.

Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de

190 metros a noroeste da bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões

pantanosas, de potencial alagáveis, onde seus afluentes desaguam no Rio

Itabapoana (Prancha 30-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 029).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha

do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as

planícies variam de 3 a 8%, sendo classificadas como de suave ondulado, e na porção

noroeste o relevo ganha características de ondulado com variação de 8 a 20%, com

pequenas parcelas atingindo a classificação de forte ondulado.

Page 75:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

76

Prancha 27 – Localização da Subbacia do Córrego Marobá

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 026

Page 76:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

77

Prancha 28 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Marobá

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 027

Page 77:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

78

Prancha 29 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 028

Page 78:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

79

Prancha 30 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 029

Page 79:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

80

Prancha 31 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-D RE-CMB- 030

Page 80:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

81

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO DOS

GALOS

Localizado a nordeste de Presidente Kennedy, cerca de 25% da área da bacia

está dentro do território do município de Marataízes e de Itapemirim, essa subbacia

hidrografia tem uma área de aproximadamente 174,2 km², conforme pode ser

observado na Prancha 32-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 031.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 308 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em

estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados

Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa, com uma parcela ao sul

da bacia definida como planície costeira, a bacia possui região pantanosa com

potencial inundável ao sul da bacia, abrangendo uma área de aproximadamente 15,2

km² de extensão.

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 2.3, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de

drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 107,8

√174,2= 𝟐, 𝟑

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

Page 81:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

82

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.7, conforme a

classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,

a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

307,9

174,2= 1,7 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 34-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 033.

A bacia possui uma altitude máxima de 130 metros de Altitude ao noroeste,

decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões pantanosas, de potencial

alagáveis ao sul (Prancha 35-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 034).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 36-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 035, a declividade ao longo da calha

do rio principal, seguindo até as planícies costeiras ao sul, possui uma porcentagem

de 0 a 3 %, classificado como plano, as planícies interiores variam de 3 a 20%, sendo

classificadas como de suave ondulado a ondulado.

Page 82:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

83

Prancha 32 – Localização da Subbacia do Córrego dos Galos

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 031

Page 83:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

84

Prancha 33 – Hidrografia da Subbacia do Córrego dos Galos

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 032

Page 84:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

85

Prancha 34 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 033

Page 85:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

86

Prancha 35 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 034

Page 86:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

87

Prancha 36 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 035

Page 87:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

88

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO VALÃO

SÃO PAULO

Localizado a nordeste de Presidente Kennedy, cerca de 40% da área da bacia

está dentro do território do município de Itapemirim, essa subbacia hidrografia tem

uma área de aproximadamente 53,6 km², conforme pode ser observado na Prancha

37-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 036.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 106 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em

estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.

O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,

com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo

de tabuleiros costeiros.

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual

tem características de boa drenagem. Assim calculou

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 43,5

√53,6= 𝟏, 𝟕

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.9, sendo assim

ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,9 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no

Page 88:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

89

item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa

drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

106,0

53,6= 1,9 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 39-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 038.

A bacia possui uma altitude máxima de 170 metros de Altitude no centro da

bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro atingindo a calha do rio principal que segue

sentido SW-NE (Prancha 40-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 039).

Segundo a definição de classes de declividades proposto pela EMBRAPA,

temos analisando a Prancha 41-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 040, a declividade ao

longo da calha do rio principal, possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como

plano, as planícies interiores variam de 3 a 20%, sendo classificadas como de suave

ondulado a ondulado, possuindo uma pequena porção na região central da bacia de

forte ondulado.

Page 89:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

90

Prancha 37 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 036

Page 90:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

91

Prancha 38 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 037

Page 91:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

92

Prancha 39 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 038

Page 92:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

93

Prancha 40 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 039

Page 93:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

94

Prancha 41 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 040

Page 94:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

95

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA RIO MUQUI DO NORTE

Localizado ao norte de Presidente Kennedy, apenas cerca de 15% da área da

bacia está dentro do território do município, 19% está em Atílio Vivacqua e o 66%

restante em território de Itapemirim, essa subbacia hidrografia tem uma área de

aproximadamente 37,8 km², conforme pode ser observado na Prancha 42-Folha -

PMSB-DGN-DRE-CMB- 041.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 69,2 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em

estudo é do tipo dendrítica ou dendróide, com a presença de um canal edificado para

escoamento das aguas.

O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,

com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo

de tabuleiros costeiros.

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 2.1, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual

tem características de boa drenagem. Assim calculou

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 46,0

√37,8= 𝟐, 𝟏

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.9, sendo assim

Page 95:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

96

ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,9 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no

item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa

drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

69,2

37,8= 1,9 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 44-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 043.

A bacia possui uma altitude máxima de 250 metros de Altitude a noroeste da

bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro atingindo a calha do rio principal que segue

sentido SW-NE (Prancha 45-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 044).

Segundo a definição de classes de declividades proposto pela EMBRAPA,

temos analisando a Prancha 46-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 045, a declividade ao

longo da calha do rio principal, possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como

plano, as planícies interiores variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave

ondulado a forte ondulado.

Page 96:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

97

Prancha 42 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 041

Page 97:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

98

Prancha 43 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 042

Page 98:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

99

Prancha 44 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 043

Page 99:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

100

Prancha 45 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 044

Page 100:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

101

Prancha 46 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 045

Page 101:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

102

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO

MANHÃES

Localizado ao extremo oeste de Presidente Kennedy, cerca de 60% da área da

bacia está dentro do território do município de Atílio Vivacqua, essa subbacia

hidrografia tem uma área de aproximadamente 72,7 km², conforme Prancha 47-Folha

- PMSB-DGN-DRE-CMB- 046.

Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de

aproximadamente 120 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em

estudo é do tipo dendrítica ou dendróide (Prancha 48-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB-

047).

O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,

com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo

de tabuleiros costeiros.

O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao

longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a

circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para

a subbacia referida o valor obtido foi de 1.5, ao comparar com o índice de referência

vemos que a bacia possui comportamento alongado, porém, comparado com a média

de outras bacias possui a drenagem um pouco inferior, entretanto, conforme a

classificação usual com característica boas de drenagem. Assim calculou-se:

𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃

√𝐴 = 𝐾𝑐 =

0,28 ∗ 44,3

√72,2= 𝟏, 𝟓

Onde:

𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;

𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;

𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.

Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,

definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do

Page 102:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

103

sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.6, sendo assim

ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,6 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no

item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa

drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:

𝐷𝑑 = 𝐿𝑡

𝐴 = 𝐷𝑑 =

119,7

72,2= 1,6 𝑘𝑚²

Onde:

𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;

𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);

𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).

Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de

relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção

desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a

visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o

resultado pode ser observado na Prancha 49-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 048.

A bacia possui uma altitude máxima de 930 metros de Altitude ao noroeste,

decaindo a cota mínima de 1 metro na calha do rio principal (Prancha 50-Folha -

PMSB-DGN-DRE-CMB- 049).

Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando

a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha

do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as

planícies variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave ondulado a forte

ondulado, tendo como característica de montanhoso a escarpado a declividade de 45

a >75%, sentido NO-SW.

Page 103:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

104

Prancha 47 – Localização da Subbacia do Córrego Manhães

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 046

Page 104:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

105

Prancha 48 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Manhães

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 047

Page 105:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

106

Prancha 49 – Gradiente de Energia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 048

Page 106:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

107

Prancha 50 – Topografia

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 049

Page 107:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

108

Prancha 51 – Percentual de Declividade

Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 050

Page 108:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

109

7 ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS E SEDIMENTO LÓGICOS E SUA

INFLUÊNCIA NA DEGRADAÇÃO DAS BACIAS E RISCOS DE ENCHENTES,

INUNDAÇÕES E DESLIZAMENTOS DE TERRA.

Os processos erosivos e sedimentológicos são fatores de extrema importância

na identificação de áreas de risco de deslizamentos de terra, estradas com fluxo

elevado e áreas residenciais se somam e aumentam o risco potencial de

deslizamentos de terra, é um fenômeno provocado por escorregamentos de materiais

sólidos, podendo ser solo, rochas, vegetação ou qualquer material que esteja ao longo

de áreas com alto grau de inclinação como encostas. Sua ocorrência se dá

principalmente em áreas com relevo acidentado, geralmente onde a cobertura vegetal

original responsável pela consistência do solo e o desaceleramento da energia

acumulada pelo fluxo desentende das águas pluviais.

A grande diferença dos processos erosivos e os deslizamentos são a

quantidade de massa transportada em alta velocidade, tendo enorme potencial

destruidor. Esse fenômeno podem ter sua origem natural ou devido a ação antrópica,

causando enormes prejuízos naturais, materiais e humanos.

A avaliação do processo erosivo e sedimentológico de um município é um fator

de suma importância para determinação do risco ou não de incidências de

deslizamentos de terra, em especial junto a estradas de grande fluxo de veículos e

áreas residenciais.

Para caracterização local, principalmente em locais onde há moradias

ribeirinhas eu em encostas deve-se avaliar:

Tipo de talude: natural ou corte;

Tipo de material: solo, aterro, rocha;

Presença de materiais: blocos de rocha e matacões, lixo e entulho;

Inclinação da encosta ou corte;

Sinais de movimentação;

Vegetação ciliar;

Distância da moradia ao topo ou base dos taludes.

Page 109:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

110

A avaliação dos materiais presentes define a tipologia do processo resultante.

O Ministério das Cidades traz a seguinte classificação descrita na Tabela 7.1

Tabela 7.1 – Tipos de Movimentação de Solos

PROCESSOS CARACTERISTICAS DO MOVIMENTO/MATERIAL/GEOMETRIA

RASTEJO

(CREEP)

Vários planos de deslocamentos (internos);

Velocidades muito baixas a baixas (cms/ano) e decrescentes

com a profundidade;

Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes;

Solo, depósitos, rocha alterada/fraturada;

Geometria indefinida.

ESCORREGAMENTOS

(SLIDES)

Poucos planos de deslocamento (externos);

Velocidades médias (m/h) a altas (m/s);

Pequenos a grandes volumes de material;

Geometria e materiais variáveis:

PLANARES: solos poucos espessos, solos e rochas com um plano de

fraqueza;

CIRCULARES: solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas;

EM CUNHA: solos e rochas com dois planos de fraqueza.

QUEDAS

(FALLS)

Sem planos de deslocamentos;

Movimento tipo queda livre ou em plano inclinado;

Velocidades muito altas (vários m/s);

Material rochoso;

Pequenos a médios volumes;

Geometria variável: lascas, placas, blocos, etc.

ROLAMENTO DE MATAÇÃO.

TOMBAMENTO;

CORRIDAS

(FLOWS)

Muitas superfícies de deslocamento (internas e externas à massa

em movimentação);

Movimento semelhante ao de um liquido viscoso;

Desenvolvimento ao longo das drenagens;

Velocidades médias a altas;

Mobilização de solo, rocha, detritos e água;

Grandes volumes de material;

Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas.

Fonte: Modificado de Ministério das Cidades.

Page 110:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

111

A partir disso, podemos definir o grau de risco para cada tipo de caso, essa

classificação também foi definida pelo Ministério das Cidades, ficando classificado

conforme Tabela 7.2.

Tabela 7.2 – Classificação do Grau de Risco

GRAU DE

PROBABILIDADE DESCRIÇÃO

R1

Baixo ou sem

risco

1. Os condicionantes geológicos-geotécnicos predisponentes (inclinação,

tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de baixa ou

nenhuma potencialidade para o desenvolvimento de processos de

escorregamentos e solapamentos;

2. Não se observa(m) sinal /feição/evidência(s) de instabilidade. Não há

indícios de desenvolvimento de processos de instabilização de encostas e

de margens de drenagens;

3. Mantidas as condições existentes não se separa a ocorrência de eventos

destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal.

R2

Médio

1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo

de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de média potencialidade

para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos;

2. Observa-se a presença de algum(s) sinal/feição/evidencia(s) de

instabilidade (encostas e margens de drenagens), porém incipiente(s);

Processos de instabilização em estágio inicial de desenvolvimento.

3. Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência

de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas,

no período compreendido por uma estação chuvosa.

R3

Alto

1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo

de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade

para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos;

2. Observa-se a presença de significativo(s) sinal/feição/evidencia(s) de

instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, etc.).

Processos de instabilização em pleno desenvolvimento, ainda sendo possível

monitorar a evolução do processo;

3. Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência

de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas,

no período compreendido por uma estação chuvosa.

R4

Muito Alto

1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo

de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de muito alta

Page 111:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

112

GRAU DE

PROBABILIDADE DESCRIÇÃO

potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e

solapamentos.

2. Os sinais/feições/evidencias de instabilidade (trincas no solo, degraus de

abatimento em taludes, trincas em moradias ou em muros de contenção,

arvores ou postes inclinados, cicatrizes de escorregamentos, feições

erosivas, proximidade da moradia em relação à margem de córregos, etc.)

são expressivas e estão presentes em grande número de magnitude.

Processo de instabilização em avançado estágio de desenvolvimento. É a

condição mais crítica, sendo impossível monitorar a evolução do processo,

dado seu elevado estágio de desenvolvimento.

3. Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de

eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no

período compreendido por uma estação chuvosa.

Fonte: Modificado de Ministério das Cidades.

O item 6 traz detalhadamente tocas as características morfológica das

subbacias do município, a priori o relevo local varia de 0 a 20%, sendo classificado de

plano a ondulado, isso reduz muito a ação de processos erosivos de forma

intensificada.

Entretanto, o município possui uma vasta extensão de pastagem degradada,

segundo dados do IBGE, o município possui aproximadamente 726 hectares de

pastagens em situação degradada, isso acarreta grandes problemas como

assoreamento e poluição dos recursos hídricos, redução do potencial produtivo e área

agricultável, aumento da necessidade de fertilizantes e irrigação, ainda podem trazes

destruição de bens públicos como estradas, ponte, etc.

Essa degradação pelo mal uso do solo, remoção da vegetação natural, podem

acarretar a ocorrência de processos dinâmicos superficiais, e o fator mais importante

nesses processos dinâmicos superficiais, essas forças aliadas causam erosões

hídricas, o município apresenta em diversos pontos o tipo de erosão linear, esse tipo

de erosão pode ser classificado como sendo em forma de Sulcos (estágio inicial),

Ravinamento (estágio médio) e Voçorocas (estágio avançado). Um exemplo desses

tipos de processos pode ser observados na Figura 7.1.

Page 112:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

113

Figura 7.1 – Exemplos dos tipos de erosões encontrados no município.

Esses tipos supracitados de processos erosivos são encontrados em todo o

município, devido a topografia, em sua maioria os processos apresentam-se em

estágios iniciais, sem grandes preocupações de imediato prazo, porém, se não

tomada das devidas ações de reparação, os casos existentes podem evoluir para

processos erosivos extremos e irremediáveis.

A Prancha 52, traz o mapeamento realizado por imagens de satélite dos

processos erosivos encontrados na sede municipal, esses fenômenos estão

presentes de formas distribuídas em toda a extensão territorial do município,

apresentando evoluções diferentes de erosões.

Para entendimento da classificação entende-se por:

Sulcos: Apresentam pequenas incisões na superfície (na forma de filetes

muito rasos), de até 0,5m de profundidade, perpendiculares às curvas

de nível. Podem ser eliminados por operações normais de preparo de

solo. Desenvolvem-se em áreas nas quais a erosão laminar é mais

intensa (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999);

Page 113:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

114

Ravinas: Apresentam profundidade maior que 0,5 metros, diferenciando-

se dos sulcos por não serem obliteradas pelas operações normais de

preparo do solo. Ocorrem quando a água do escoamento superficial

escava o solo atingindo seus horizontes inferiores e, em seguida, a

rocha. Também ocorrem movimentos de massa devido ao abatimento

de seus taludes. Possuem forma retilínea, alongada e estreita.

Raramente se ramificam e não chegam a atingir o nível freático.

Apresentam perfil transversal em "V" e geralmente ocorrem entre eixos

de drenagens, muitas vezes associadas a estradas, trilhas de gado e

carreadores (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

Voçorocas: Formas mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo

da erosão linear. Devem-se à ação combinada das águas do

escoamento superficial e subterrâneo, desenvolvendo processos como

o "pipping" (erosão interna), liquefação de areias, escorregamentos,

corridas de areia, etc. O inadequado uso do solo é considerado fator

principal e decisivo no surgimento das boçorocas. São formas erosivas

de difícil controle. Em geral são ramificadas, de grande profundidade,

apresentando paredes irregulares e perfil transversal em "U". Também

podem se formar pelo aprofundamento de ravinas até o nível freático,

sendo denominadas voçorocas de encosta (Proin/Capes & Unesp/IGCE,

1999).

Page 114:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

115

Prancha 52- Classificação dos processos erosivos na área urbanizada do município

Page 115:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

116

8 CARACTERIZAÇÃO E INDICAÇÃO CARTOGRÁFICA DAS ÁREAS DE

RISCO DE ENCHENTES, INUNDAÇÕES, ESCORREGAMENTOS

Observando a estrutura urbana, no aspecto morfológico percebemos que a

sede municipal está alocada entre o limite de duas subbacias, a subbacia do Córrego

Marobá e a subbacia do Córrego dos Galos, onde as vias principais fluem em sentido

SE-NO, onde o município se desenvolveu crescendo as margens do Córrego da

Batalha, sendo assim, a ocupação urbana tem característica de ocupação em vale,

tendo sua cota altimétricas mais elevada de 68 metros, onde existe uma convergência

do fluxo das águas pluviais para a calha do córrego, onde estão presentes as Ruas

Átila Vivacqua, seguindo até a Rua Jaques Soares e todas as vias paralelas as

principais.

Analisando a topografia, o acumulo de fluxo descendente entre outros fatores

identificou-se 5 pontos de alagamentos, conforme Prancha 53, Folha-PMSB-DGN-

DRE-CIC-001. Apesar da existência de equipamentos da rede de drenagem em

alguns pontos com potencial alagável o sistema implantado não possui capacidade

de deflúvio suficiente. A localização dos pontos está contido na Tabela 8.1.

Tabela 8.1 – Localização dos pontos com potencial de alagamento

Ponto Potencial

de Alagamento Localização Coordenadas

1 Rua Jaques Soares 287928 E – 7664998 S

2 Próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos

Corrêa 286841 E – 7665816 S

3 Rua Jaques Soares com a Rua São Salvador 287739 E – 7665245 S

4 Rua Jaques Soares com a Rua Manoel L. Gomes 287699 E – 7665312 S

5 Rua sem Denominação 287381 E – 7665475 S

Os processos erosivos foram tradados no item 7, onde realizou-se a

classificação dos tipos de processos erosivos encontrados no município. Devido a

diversos fatores, não existem áreas com grande potencial de escorregamentos, porem

a situação atual, se não for cuidada, pode ter seu quadro agravado e causar desastres.

a prefeitura possui uma coordenação da defesa civil, que fica responsável pelo

acompanhamento dos processos evolutivos dos desastres naturais.

Page 116:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

117

Prancha 53 – Mapeamento de áreas com potencial alagável

Page 117:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

118

ZONEAMENTO DE RISCOS DE ENCHENTES

Para o entendimento dos fenômenos naturais, definimos as enchentes como

sendo associadas as variáveis e incertezas climáticas, independente diretamente da

ação humana, sendo desastres naturais.

A defesa civil classifica vários tipos de inundações, podendo ser repentinas,

bruscas ou enxurradas, ocorrendo em regiões de relevo montanhoso, ocorrendo pela

presença de grande quantidade de água em um curto espaço de tempo, a massa de

água associada aos materiais carregados apresenta grande poder destruidor.

Inundações lentas ou de planície, ocorrem com o elevamento paulatinado do

nível de água podendo ser previsível, mantendo-se em situação de cheia durante um

tempo e escoando gradativamente.

Outro tipo de evento é inundação em cidades, sendo o acumulo no leito dos

rios que permeiam os centros urbanos. Estes desastres podem ser potencializados

por um sistema de drenagem falho ou ineficiente, fortes precipitações, onde o sistema

de drenagem não consiga dar vazão ao acumulo de água. Estes problemas estão

relacionado também com outros fatores, como:

Compactação e impermeabilização do solo;

Pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície

de infiltração;

Construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo

exposto e concentrar o escoamento das águas;

Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se

desenvolvem no espaço urbano;

Acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de drenagem e

cursos d´água;

Insuficiência da rede de galerias pluviais.

Para o gerenciamento de riscos em áreas urbanas é necessário prever onde

pode ocorrer o desastre, para isso é necessário o acompanhamento contínuo das

áreas identificadas como áreas potenciais e estabelecer condições para a ocorrência

dos processos. Outro fator de grande importância é a prevenção dos processos, por

avaliação e tomada de medidas mitigadoras visando o impedimento ou se não for

Page 118:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

119

possível, reduzir ao máximo a magnitude do desastre, evitando danos principalmente

humanos.

Para a identificação das áreas de risco é preciso determinar o grau de

probabilidade de ocorrência de um processo ou risco tendo como parâmetro o período

de retorno de chuvas, segundo o gerenciamento de risco proposto pelo Ministério das

Cidades, os níveis de probabilidade de ocorrência são:

Risco muito alto (MA);

Risco alto (A);

Risco médio (M);

Risco baixo (B).

É preciso ter o conhecimento local, definir as planícies de inundações

existentes no município, áreas de alagamento momentâneas dada por problemas na

rede de drenagem urbana por exemplo.

As condicionantes climáticas e geomorfológicos das bacias urbanas, bem como

as intervenções ocorridas devido as atividades antrópicas são fatores determinantes

para a ocorrência de inundações e alagamentos, a identificação das áreas de riscos

podem ser realizadas pelo observação de algumas definições e características como:

Planícies pluviais extensas;

Locais de baixa capacidade natural de escoamento dos cursos principais

de drenagem;

Impermeabilização demasiada do solo;

Falta ou subdimensionamento de estruturas de drenagem;

Áreas de adensamento urbano precárias;

Dinâmica lenta de escoamento superficial;

Alta declividade nas porções das cabeceiras dos recursos hídricos;

Instabilidade geomorfológica do solo.

Juntamente com todas as variáveis anteriores, utiliza-se a divisão em quatro

períodos diferentes de retorno de chuvas:

Períodos de retorno breve (PRB), até 1 ano;

Período de retorno mediano (PRM), de 1 a 5 anos;

Período de retorno rápido (PRR), de 5 a 10 anos;

Período de retorno longo (PRL), maior que 10 anos.

Page 119:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

120

Sendo ainda necessário uma avaliação dos tipos de inundações ou enchentes,

de acordo com o cenário hidrológico:

Processo hidrológico 1: inundações/enchentes lenta de planícies fluviais

(C1);

Processo hidrológico 2: inundações/enchentes com alta energia cinética

(C2);

Processo hidrológico 3: inundações/enchentes com alta energia de

escoamento e capacidade de transporte de material sólido - erosão (C3);

Com todas as variáveis apresentadas pode ser feito a análise de riscos e a

identificação de zonas passiveis de ocorrências de processos.

Tabela 8.2 – Modelo de Cálculo de Grau de riso por cenários

C1 C2 C3

PRB A MA MA

PRM M A A

PRR B M A

PRL B M A

Fonte: MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2015

Esse padrão de levantamento e mapeamento de risco é utilizado e praticado

principalmente pela defesa civil. É um trabalho minucioso que exige o

acompanhamento continuo dos processos, com essa ferramenta de classificação é

possível prever as áreas com riscos potenciais, se adiantando diante um desastre

eminente, evitando assim o risco a vida humana e quando possível ao patrimônio

público.

MAPEAMENTO DE ÁREA POTENCIAL COM RISCO A ENCHENTES NA

SEDE URBANA

Conforme análise feita no item 8, o município apresenta em sua sede urbana

um grande potencial de enchentes, o perímetro alagável, foi mapeado através de

ferramentas de geoprocessamento levando em conta a geomorfologia local,

Page 120:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

121

topografia, entre outros fatores, o resultado pode ser observado na Prancha 54 –

Folha-PMSB-DGN-DRE ZRE-001.

Por meio das reuniões comunitárias outro ponto de alagamento foi identificado

na Comunidade São Paulo, o problema foi identificado no córrego São Domingos,

onde em grandes períodos chuvosos a galeria existente que corta a o asfalto não

supre a vazão de agua acumulada, gerando transtornos aos moradores da

comunidade. A identificação do ponto alagável pode ser vista na Prancha 55, Folha-

PMSB-DGN-DRE ZRE-002.

Page 121:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

122

Prancha 54 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Sede Municipal

Page 122:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

123

Prancha 55 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Comunidade São Paulo

Page 123:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

124

9 ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS AO

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Os indicadores epidemiológicos mostram a inter-relação entre os quadros de

doenças relacionadas a óbitos por um determinado tipo de doença ou portadores de

determinados casos clínicos correlacionados ao conjunto de membros da população.

Esses indicadores fazem um apontamento estatístico entre a incidência de doenças

vinculadas ao possíveis problemas e deficiências no sistema de drenagem urbana,

levanto em conta subitens como, morbidade, mortalidade infantil, esperança de vida.

As variáveis do índice são referentes a doenças transmitir por veiculação

hídrica, as principais doenças transmitida por esse meio são:

Ancilostomíase;

Ascaridíase;

Amebíase;

Cólera;

Diarreia infecciosa;

Disenteria bacilar;

Esquistossomose;

Estrongiloidíase;

Febre tifoide;

Febre paratifoide;

Salmonelose;

Teníase;

Cisticercose;

Outras doenças podem estar relacionadas com a água parada limpa, como a

Dengue (família Flaviviridae) e a febre chikungunya, ambas transmitidas pelo vetor

Aedes aegypti e recentemente o caso do Zika Vírus, ainda não se sabe muito sobre

as complicações que o Zika vírus pode causar. Recentemente ele foi relacionado pelo

Ministério da Saúde à casos de microcefalia - uma condição neurológica rara

identificada em geral na fase da gestação e à Síndrome de Guillan-Barré, que é uma

doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso por

Page 124:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

125

engano, que o causa uma inflamação nos nervos e fraqueza muscular, o Zika Vírus

encontrou também o Aedes aegypti como transmissor.

O município mesmo não apresentando um sistema de drenagem urbana e

manejo de aguas pluviais adequado, os dados oficiais de registros sanitários oficiais

não relacionam diretamente o eixo da drenagem, e sim, o saneamento básico como

um todo.

Page 125:  · Alcides Pascoal Junior Engenheiro Ambiental CREA/PR 108839/D Marcelo Gonçalves Geógrafo CREA/PR 95232/D Deise Beatriz Farias Gestora de Finanças CRA/PR 200469 Claudia Barboza

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II

126

10 REFERÊNCIAS

CANALI, A. F. M. Analise morfométrica da bacia do rio Açungui. Curitiba:1986. Tese (Professor Titular). Departamento de Geografia, da Universidade Federal do Paraná.

CHRISTOFOLETTI, A., 1980. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blücher.

DEFESA CIVIL. Como agir em inundações. Disponível em: <http://www.defesacivil.mg.gov.br/conteudo/arquivos/manuais/Manuais-de-Defesa-Civil/Como-agir-em-Inundacoes.pdf>. Acesso em: 22 de Dezembro de 2015.

FERNANDES, C. - MICRODRENAGEM - Um Estudo Inicial, DEC/CCT/UFPB, Campina Grande, 2002.

GALERANI, C. et al. Controle da Erosão Urbana. In: Tucci, C.E.M.; Porto, R.L.L.; Barros, M.T. Drenagem Urbana. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ABRH, 1995, V.5.

HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: a hydrophysical approach to quantitative morphology. Geol Soe. Am. Bull., v.56, n.3, p.275-370, 1945.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Capacitação em Mapeamento e Gerenciamento de Risco. Disponível em: <http://www.defesacivil.mg.gov.br/conteudo/arquivos/manuais/Mapeamento/mapeamento-grafica.pdf>. Acesso em: 18 de Dezembro de 2015.

IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Georreferenciamento de Áreas de Risco. Disponível em: <http://www.jaguariuna.sp.gov.br/portais/seguranca/wp-content/uploads/2014/02/3-Anexo-2-Relat%C3%B3rio-IPT-Georreferenciamento-Areas-Risco.pdf>. Acesso em: 18 de Dezembro de 2015. PMPA, Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Plano Diretor de Drenagem Urbana: Manual de drenagem urbana. Porto Alegre: IPH/UFRS.

PMSP, Prefeitura Municipal de São Paulo. Diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no município de São Paulo. São Paulo: FCTH.

TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L. L.; BARROS, M. T. et al, Drenagem Urbana, Editora da Universidade, ABRH, Porto Alegre, 1995.

VILLELA, S. M. & MATTOS, A. 1975, Hidrologia Aplicada. Editora Mc Graw Hill, São Paulo.